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CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE TRINDADE-GOIÁS

ESCOLA DE EDUCAÇÃO EDSEI

Regimento Escolar

Educação Infantil
Creche e Pré-escola
Grupos de crianças de 3 a 5 anos e 11 meses de idade

Rua das Margaridas, Qd. 62 Lt 06, Setor Palmares


Trindade – Goiás
2.024
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CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE TRINDADE-GO

Controle, Acompanhamento e Fiscalização

Cleide Pereira de Carvalho Louredo


Presidente do CME

GESTORA DA ESCOLA DE EDUCAÇÃO EDSEI

Edna Maria Raimundo Araújo


Diretora/Coordenadora

SEBASTIÃO TEODORO DE ARAÚJO

Auxiliar administrativo

Mantenedora

Edna Maria e Sebastião Teodoro Ltda -ME

CGC: nº 04.312.829/0001-80

Aprovação
Assembleia Geral da Comunidade Escolar
Conselho Municipal de Educação de Trindade-Go
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APRESENTAÇÃO

Apresentamos o Regimento da Escola de Educação Edsei, que oferta a


Educação Infantil para grupos de crianças de 3 a 5 anos e 11 meses de idade,
em período parcial para Creche e Pré-escola, sob a orientação,
acompanhamento e fiscalização do CME de Trindade-Go.
O mesmo compõe-se de normas e regras, embasadas na LDB com
suas atualizações, BNCC, Resolução CME n. 011/21 e demais normas afins,
que regulam as práticas e ações pedagógicas e administrativas desenvolvidas
na Educação Infantil de nossa Instituição e que, se inter-relacionam com o
Projeto Político Pedagógico, para juntos, numa gestão democrática, serem os
guias de uma Educação Integral, com princípios de Educação voltada para a
cidadania e a inclusão, conforme legislação educacional vigente.
É um documento que versa sobre as normas de convivência, de gestão
administrativa e Pedagógica da Escola, norteado pelas diretrizes, regras e
propostas do PPP e reelaborado sob o amparo e defesa deste, permitindo a
implementação do processo de ensino aprendizagem e contemplando o modo
de ser e agir da Instituição escolar e as relações estabelecidas entre os sujeitos e
agentes do processo educacional.
A reelaboração do mesmo, contou com a participação de
representantes da comunidade escolar, tecendo um compromisso de ligação
entre si, para que ambos sejam responsáveis pela Educação aqui proposta, em
todos os sentidos.
Aprovado pela comunidade escolar em assembleia geral, lavrado em
Ata e exposto para acesso público e consulta de estudantes, docentes,
profissionais da escola, pais ou responsáveis. O mesmo entrará em vigor a
partir do ano de 2.024.

SUMÁRIO
TÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES RELIMINARES............................................06
Capítulo I -Da Identificação, Natureza e Personalidade Jurídica....................06
Capítulo II - Da Estrutura e dos Princípios da Educação Básica.................... 07
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Seção I – Da Estrutura da Educação Básica.............................................. 07


Seção II – Dos Princípios da Educação Básica........................................... 07
Seção III – Dos Princípios da Educação Inclusiva.......................................08
Capítulo III – Da Concepção, Finalidade e Objetivos Da Educação Infantil..... 08
Seção I – Da Concepção e Finalidade....................................................... 08
Seção II – Dos Objetivos da Educação Infantil.......................................... 09
Capítulo IV - Da oferta da Educação Infantil............................................. 12

TÍTULO II - DA GESTÃO ESCOLAR........................................................... 13

TÍTULO III - DA ESTRUTURA FUNCIONAL................................................ 14


Capítulo I – Da Diretora/Coordenadora.................................................... 15
Capítulo II – Coordenação Pedagógica......................................................17
Capítulo III - Da Equipe Docente............................................................. .19
Capítulo IV – Do Corpo Discente............................................................. 21
Capítulo V - Do Colegiado..................................................................... 22
Seção I - Do Conselho de Educação Infantil.............................................. 22
Capítulo VI – Dos Espaços de Aprendizagem Complementar e Lazer.............24
Capítulo VII – Do Apoio Administrativo.....................................................25
Seção I – Auxiliar Administrativo.............................................................25
Seção II – Auxiliar de Serviços Gerais......................................................25

TÍTULO IV - DA ORGANIZAÇÃO DIDÁTICA................................................26


Capítulo I –Do Projeto Político Pedagógico................................................ 26
Capítulo II - Da Organização Curricular da Educação Infantil....................... 31
Seção I – Ação Pedagógica de Letramento p/ Educação Infantil................... 33
Seção II – Ação Pedagógica com os professores........................................36
Capítulo III – Da Educação Especial na perspectiva Inclusiva...................... 37
Capítulo IV - Da Avaliação da Aprendizagem na Educação Infantil............... 39
Seção I – Da Orientação para Elaboração de Relatório Individual................. 42
Capítulo V – Da Avaliação Institucional Interna.......................................... 43

TÍTULO V – DA ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO...................................45


Capítulo I - Dos Agrupamentos............................................................... 45
Capítulo II - Da Matrícula....................................................................... 47
Capítulo III – Da Frequência................................................................... 48
Capítulo IV -Da Escrituração Escolar e arquivos........................................ 49
Seção I – Do Descarte de documentos.................................................... 50
Capítulo V – Da Família e Escola............................................................. 51
Capítulo VI – Da Formação Continuada.................................................... 53
Capítulo VII – Do Calendário Escolar........................................................54
Capítulo VIII – Dos Profissionais da Educação........................................... 55
Capítulo XIX - Espaços Físicos, Instalações e Equipamentos........................ 57

TÍTULO VI - DAS NORMAS DE CONVIVÊNCIA........................................... 60


Capítulo I – Do quadro de Funcionários.................................................... 60
Seção I – Dos Direitos dos Funcionários do Quadro de Pessoal.................... 61
Seção II – Dos Deveres dos Funcionários do Quadro de Pessoal.................. 61
Seção III – É vedado aos Funcionários do Quadro de Pessoal...................... 62
Capítulo II – Dos Direitos e Deveres dos Pais ou responsáveis das crianças...65
Seção I – Dos Direitos dos Pais ou responsáveis........................................65
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Seção II – Dos Deveres dos Pais ou responsáveis...................................... 65


Capítulo III – Das Orientações e Direitos das Crianças............................... 66
Seção I – Das Orientações às Crianças.................................................... 66
Seção II – Dos Direitos das Crianças....................................................... 66

TÍTULO VII – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS................................................ 67

TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

CAPÍTULO I
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DA IDENTIFICAÇÃO, NATUREZA E PERSONALIDADE JURÍDICA.

Art. 1º - A Escola de Educação Edsei, localizada à Rua das Margaridas,


Qd. 62 Lt 06, Setor Palmares Trindade – Goiás é uma empresa com fins
educacionais, de Natureza Jurídica e Direito Privado, mantida pela Razão
Social Edna Maria e Sebastião Teodoro LTDA ME, com registro no CNPJ nº
04.312.829/0001-80, JUCEG nº 52201762270, jurisdicionada à Coordenação
Regional de Educação de Trindade, doravante será regida por este Regimento.

Art. 2° – Segundo a Resolução 011/21, toda Instituição de Educação


Infantil do Município de Trindade, pública ou privada, deve cumprir as
Normativas do Conselho Municipal de Educação e está sujeita ao
acompanhamento, à fiscalização e à avaliação do Órgão.

Art. 3º - A Escola oferta a Educação Básica em duas etapas, sendo este


Regimento, especificamente elaborado, para a Educação Infantil – Creche e
Pré-Escola, atendendo à grupos de crianças de 3 a 5 anos e 11 meses de idade e
Atendimento à Inclusão de Necessidades Educacionais Especiais, conforme
Legislação em vigor, quando houver demanda.

Art. 4º - A organização administrativa, didática e disciplinar da Escola,


no que se refere à Educação Infantil, baseia-se, nos dispositivos constitucionais
da LDBEN n° 9394/96, BNCC/17, Res. CME nº 011/21, Estatuto da Criança e
do Adolescente, DECNEIS e demais normativas referentes à Educação Infantil.

Art. 5º - A Escola de Educação Edsei, para efeitos deste regimento, será


denominada a partir de então, apenas Escola ou Instituição.

CAPÍTULO II
DA ESTRUTURA E DOS PRINCÍPIOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA
SEÇÃO I
DA ESTRUTURA DA EDUCAÇÃO BÁSICA

Art. 6º - A educação básica compõe-se de três etapas de escolarização


formal, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho, correspondentes a
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diferentes momentos constitutivos do desenvolvimento educacional: a


educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio.

SEÇÃO II
DOS PRINCÍPIOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA

Art. 7º - De acordo com a LDB 9394/96; DCNS, RECNEI e Resolução


CME n. 011/21, os princípios da Educação Básica são:

I - Éticos: de justiça, solidariedade, liberdade e autonomia; de respeito à


dignidade da pessoa humana e de compromisso com a promoção do bem de
todos, contribuindo para combater e eliminar quaisquer manifestações de
preconceito étnico-raciais, gênero, cor, idade e quaisquer outras formas de
discriminação;

II - Políticos: de reconhecimento dos direitos e deveres de cidadania, de


respeito ao bem comum e à preservação do regime democrático e dos recursos
ambientais; da busca da equidade no acesso à educação, à saúde, ao trabalho,
aos bens culturais e outros benefícios; da exigência de diversidade de
tratamento, para assegurar a igualdade de direitos entre os educandos que
apresentam diferentes necessidades; da redução da pobreza e das desigualdades
sociais e regionais;

III - Estéticos: do cultivo da sensibilidade, juntamente com o da


racionalidade; do enriquecimento das formas de expressão e do exercício da
criatividade; da valorização das diferentes manifestações culturais,
especialmente a da cultura brasileira; da construção de identidades plurais e
solidárias.

SEÇÃO III
DOS PRINCÍPIOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Art. 8º – A Educação Inclusiva, fundamenta-se em princípios


filosóficos, políticos e legais dos direitos humanos e, compreende a mudança
de concepção pedagógica, de formação docente e de gestão educacional, para a
efetivação de todos à educação, transformando as estruturas educacionais que
reforçam a oposição, entre o ensino comum e especial e a organização de
espaços segregados para alunos público-alvo da educação especial.
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CAPÍTULO III
DA CONCEPÇÃO, FINALIDADE E OBJETIVO
DA EDUCAÇÃO INFANTIL

SEÇÃO I
DA CONCEPÇÃO E FINALIDADE

Art. 9º - A Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica,


constitui-se em direito da criança de até 5 anos e 11 meses de idade, a quem o
Estado tem o dever de atender, complementando a ação da família e da
comunidade; oferecida em:

I - Creche: crianças de até 3 anos e 11 meses de idade;


II - Pré-escola: crianças de 4 e 5 anos e 11 meses de idade.

Parágrafo Único. O atendimento às exigências de oferta da Educação


Infantil pública, gratuita, laica e de qualidade, sem requisito de seleção, deve
considerar o regime de colaboração entre a União, os Estados e os Municípios.

Art. 10 - A Educação Infantil compreende a criança como sujeito sócio-


histórico e cultural e de direitos, que, nas interações, relações, vivências e
práticas cotidianas, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina,
deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói significados
e sentidos sobre a natureza e a sociedade, apropriando, modificando e
produzindo cultura e conhecimentos.

Art. 11 - A Educação Infantil tem como finalidade o desenvolvimento


integral da criança de até 5 anos e 11 meses de idade, constituindo-se em um
processo educativo, no qual o educar e o cuidar são indissociáveis permeado
por brincadeiras e interações.

Art. 12 - A oferta da Educação Especial, como modalidade transversal a


todos os níveis, etapas e modalidades de ensino, é parte integrante da Educação
e compreende o atendimento às crianças de até 5 anos e 11 meses de idade com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, altas
habilidades/superdotação.

Parágrafo único - Esse atendimento deve ser previsto no Projeto


Político-Pedagógico da instituição da Rede privada, fundamentado e
referenciado na legislação vigente, garantidas todas as condições de
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acessibilidade, recursos pedagógicos e recursos humanos, conforme o


especificado no artigo 41 da Resolução CME N 11/21.

Art. 13 – O Conselho Municipal de Educação firmará parcerias com


órgãos municipais e estaduais de fiscalização, de modo a coibir a oferta
irregular de Educação Infantil.

SEÇÃO II
DOS OBJETIVOS

Art. 14 - A Educação Infantil tem como objetivo garantir à criança o


acesso a processos de apropriação, renovação e articulação de conhecimentos e
aprendizagens de diferentes linguagens, assim como o direito à proteção, à
saúde, à liberdade, à confiança, ao respeito, à dignidade, à brincadeira, à
convivência e à interação com outras crianças e com os adultos.

Art. 15 - - Na efetivação desse objetivo, o Projeto Político Pedagógico


da Instituição Educacional, além de prever condições para o trabalho coletivo e
a organização de materiais, espaços e tempos, assume o compromisso em:

I - Proporcionar as condições adequadas ao bem-estar da criança, sua


educação, proteção e cuidado, observando o seu desenvolvimento nos aspectos
físico, emocional, psicológico, motor, social, cognitivo, afetivo, linguístico,
ético, político e estético;

II - Promover situações de aprendizagens significativas e intencionais


em espaços amplos, que possibilitem a apropriação, a renovação e a articulação
de conhecimentos e a ampliação das formas de expressão corporal, cultural e
artística pela criança;

III - Possibilitar à criança vivências e experiências compartilhadas que a


levem a estabelecer e ampliar suas relações sociais, articulando seus interesses
e pontos de vista com os dos demais, de modo que seja respeitada a diversidade
socioeconômica, étnico-racial, de gênero, regional, linguística e religiosa;

IV- Possibilitar à criança o conhecimento das contribuições histórico-


culturais afro-brasileiras e indígenas, asiáticas, europeias e de outros países da
América, para a constituição de sua identidade;
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V - Estimular a criança a observar, explorar, investigar, interagir com a


natureza e a se perceber no ambiente em que vive, com atitude curiosa e
consequente, para que possa ampliar suas experiências e seus conhecimentos
sobre si e o mundo;

VI - Possibilitar às crianças experiências narrativas, de apreciação e


interação com a linguagem verbal, oral e escrita, e não-verbal, por meio do
contato com diferentes suportes e gêneros textuais, articulados às diferentes
linguagens;

VII Recriar com as crianças em contextos significativos relações


quantitativas, medidas, formas, dimensões e orientações relativas ao espaço e
ao tempo;

VIII - Proporcionar a interação das crianças com diversificadas


expressões que envolvam a música, as artes plásticas e gráficas, o cinema, a
fotografia, a dança, o teatro e a literatura e outros;

IX - Possibilitar às crianças experiências significativas com movimento


corporal, por meio de jogos e brincadeiras e do contato com danças, lutas,
esportes, ginástica, capoeira, artes circenses e outras formas de movimento,
preferencialmente com profissional qualificado (Educador Físico);

X - Promover a interação, o cuidado, a preservação e o conhecimento da


biodiversidade e da sustentabilidade da vida na Terra; assim como o não
desperdício dos recursos naturais;

XI - Incentivar a curiosidade, a exploração, a investigação, o


encantamento, o questionamento, a indagação e o conhecimento das crianças
em relação ao mundo físico, social e cultural, ao tempo e ao espaço;

XII- Assegurar a educação em sua integralidade, entendendo o cuidado


como algo indissociável ao processo educativo;

XIII- Garantir a indivisibilidade das dimensões expressivo-motora,


afetiva, cognitiva, linguística, ética, estética e sociocultural da criança;

XIV- Promover a participação, o diálogo e a escuta cotidiana das


famílias, o respeito e a valorização de suas formas de organização;
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XV- Promover o estabelecimento de uma relação efetiva com a


comunidade local e de mecanismos que garantam a gestão democrática e a
consideração dos saberes da comunidade;

XVI- Assegurar o reconhecimento das especificidades etárias, das


singularidades individuais e coletivas das crianças, promovendo interações
entre crianças de mesma idade e crianças de diferentes idades;

XVII - garantir a todas as crianças, inclusive àquelas com deficiência,


transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, o
acesso às diversas Tecnologias de Informação e Comunicação (TICS), por
meio do planejamento de situações de aprendizagens significativas, que
demandem o uso dessas tecnologias;

XVIII - Articular a transição nos diferentes momentos vividos pela


criança (transição casa/instituição de Educação Infantil, transições no interior
da instituição, transição creche/pré-escola e transição pré-escola/anos iniciais
Ensino Fundamental).com base no respeito à continuidade dos processos de
aprendizagem e desenvolvimento da criança, seus interesses e necessidades,
priorizando a dimensão lúdica no trabalho pedagógico, na perspectiva de
garantir o direito de acesso aos diferentes conhecimentos, sem antecipar
conteúdos previstos para o Ensino Fundamental;

XIX - Garantir condições para o trabalho coletivo e a organização de


espaços e materiais, que assegurem a dignidade da criança como pessoa
humana e a proteção contra qualquer tipo de violência (física ou simbólica) e
qualquer forma de negligência no interior da Instituição Educacional ou pela
família, prevendo encaminhamento para instâncias competentes;

Parágrafo Único. Os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico,


abandono, mendicância, trabalho infantil, tratamento cruel ou degradante e de
maus tratos contra a criança serão, obrigatoriamente, comunicados pela
instituição ao Conselho Tutelar, sem prejuízo de outras providências legais

CAPÍTULO IV
DA OFERTA DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Art. 16 - A Educação Infantil em nossa Instituição, será oferecida em


espaços institucionais coletivo, não domésticos, cuja finalidade é educar e
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cuidar de crianças de 3 a 5 anos e 11 meses de idade, no período diurno, em


jornada Integral e parcial, regulado e fiscalizado pelo Conselho Municipal de
Educação e submetido a controle social.

Parágrafo Único. A instituição apresenta Projeto Político-Pedagógico e


Regimento, que contemplam a organização do Conselho Municipal de
Educação no processo educativo, assegurando a continuidade, a ludicidade, a
significatividade e a especificidade da aprendizagem e do desenvolvimento
infantil nas diferentes faixas etárias.

Art. 17 - As instituições classificam-se nas categorias administrativas:


Públicas e Privadas.

§1 - Nossa Instituição é mantida e administrada por pessoa Jurídica, de


direito privado, enquadrada na categoria de particular, (nos termos do artigo
20, da Lei no 9.394/96).

§ 2 - A Educação Infantil em nossa Instituição, respeitada a sua


especificidade, em espaços sempre mais amplos, oferece duas etapas do ensino
Fundamental: Educação Infantil e Ensino Fundamental 1º a 5º.

Art. 18 - A oferta da Educação Infantil, segundo a Res. CME 011/21, é


livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições:

I - Cumprimento das normas gerais da educação nacional e das


respectivas redes de ensino;
II - Autorização de funcionamento e avaliação de qualidade pelo Poder
Público;
III - Capacidade de autofinanciamento, ressalvado o previsto no artigo
213 da Constituição Federal.

TÍTULO II
DA GESTÃO ESCOLAR

Art. 19 – A Gestão Escolar é democrática e composta pela


Diretora/Coordenadora, com apoio do Auxiliar Administrativo. Ambos são os
mantenedores da Escola.
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Parágrafo único- A escolha e contratação de funcionários é feita pela


Mantenedora da Instituição, de acordo com as normas vigentes e, após
aprovação de Currículo e entrevista com candidatos.

Art. 20 – O Grupo gestor divide bem as tarefas, estabelece bom fluxo de


informações, viabilizando o trabalho em sua totalidade, compartilhando tudo
entre si:

I - A Diretora/Coordenadora representa e administra a Instituição em


todos os sentidos, financeiro, pedagógico, social, além de ser a interlocutora
nas questões omissas neste Regimento Escolar.

II – Como coordenadora Pedagógica, a diretora cuida da qualidade do


Ensino Aprendizagem, sempre presente e ativa nos encontros pedagógicos
realizados na Instituição, orientando e participando dos grupos de estudos e dos
compartilhamentos de experiências, entre professores e demais funcionários.

III – Conta com o apoio do Auxiliar administrativo.

IV - Delegar e liderar são as palavras de ordem dessa Gestão, indicando


caminhos, sendo sensível às necessidades da comunidade, desenvolvendo
talentos, facilitando o trabalho da equipe e resolvendo problemas.

Art. 21 – Somos uma Instituição da Rede Privada, que tem a Educação


Infantil sob orientação, fiscalização e avaliação do CME de Trindade e, tem
como princípio, a gestão democrática, com a participação de toda a
comunidade Escolar, na reformulação do Projeto Político Pedagógico,
Regimento Escolar e Avaliação Institucional.

TÍTULO III
DA ESTRUTURA FUNCIONAL

Art. 22 – A Estrutura, a disposição e a ordem das partes físicas e


hierárquicas que compõem a Escola, estão da seguinte forma:

I – Mantenedora
a–Diretora/Coordenadora
b- Auxiliar administrativo

II - Corpo Docente
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III - Corpo Discente

IV – Colegiado:
a - Conselho de Educação Infantil

V –Espaços de Aprendizagem, Convivência e Lazer


a - Parque Infantil
b - Brinquedoteca
c – Biblioteca
d – Laboratório de Informática
e – Cantina
f – Área de alimentação
g – Pátio de recreação
h- Cantina

VI - Auxiliar de Serviços Gerais

CAPÍTULO I
DA DIRETORA

Art. 23 - A diretora é habilitada em Pedagogia, na execução de sua


função, participa, elabora, monitora e avalia o processo educacional, por meio
de metodologias que cuidem dos aspectos administrativo e Pedagógico, em
função do bom desenvolvimento acadêmico da Instituição, tendo em vista a
aprendizagem das crianças, com as seguintes responsabilidades:

I – Conhecer a realidade em que sua comunidade está inserida;


II - Possuir conhecimentos técnicos e pedagógicos indispensáveis para a
sua função;
III – Ser articuladora, firme e flexível;
IV - Comunicativa, motivadora e envolvente com seu grupo;
V - Enfrentar com entusiasmo os obstáculos;
VI - Buscar soluções criativas para resolução de problemas;
VII - Firmeza na direção planejada procurando soluções que melhor
contribuam para o alcance dos resultados de aprendizagem esperados;
VIII - Ter habilidade para expressar pensamentos e ideias de maneira
compreensível para o interlocutor;
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IX - Conhecer bem o idioma e as normas de escrita para a elaboração de


textos;
X - Resolver problemas cotidianos com uma capacidade de resiliência
contínua, utilizando o planejamento como ferramenta de trabalho;
XI - Traçar metas e estratégias para alcançar os resultados necessários e,
fazer o acompanhamento constante das atividades desenvolvidas pela equipe
Escolar;
XII – Promover e ajudar na formação continuada dos professores e
demais servidores, desenvolvendo uma liderança democrática e inspiradora.
XIII - Manter-se presente na Instituição Escolar, zelando pelo pleno
desenvolvimento do projeto político-pedagógico, pela pontualidade e
frequência de seus servidores, pelo cumprimento integral da carga horária das
aulas, articulando esta atuação com a finalidade principal, que é a formação dos
educandos;
XIV - Incentivar, discutir e propiciar a compreensão da diversidade,
como forma de promoção da inclusão social, considerando a diversidade, não
apenas pelos vários tipos de deficiência física, mental, visual ou auditiva, mas
pelas diferenças sociais, culturais e étnico-raciais, bem como, pelas diferenças
de gênero, de crenças e de valores;
XV - Encorajar e garantir, uma gestão participativa, (democrática),
envolvendo toda a comunidade escolar;
XVI - Acompanhar o desempenho de toda a comunidade escolar,
inclusive dos pais ou responsáveis;
XVII - Sensibilizar e organizar a participação dos pais e da comunidade
escolar nas atividades, abrindo espaço para as Atividades do Conselho de Pais
e Mestres;
XVIII - Organizar, administrar e articular o funcionamento da
Instituição Escolar, garantindo o cumprimento dos 200 (duzentos) dias letivos
e das 800 (oitocentas) horas mínimas de atividades escolares efetivas;
XIX – Coordenar a elaboração, o monitoramento e a avaliação do
Projeto Político-Pedagógico (PPP) e do Regimento Escolar;
XX - Encorajar e garantir, a reflexão sobre a prática da educação para o
exercício da cidadania, num clima de confiança e de credibilidade, de
aprendizagem e de compromisso com o sucesso, permanência e promoção dos
estudantes;
XXI - Estimular a prática da avaliação Institucional e de Aprendizagem,
como instrumento gerencial;
XXII - Contribuir para que o processo de ensino garanta sua relação
com o processo de construção do conhecimento;
XXIII - Cumprir a legislação vigente, as orientações advindas do CME
de Trindade e da mantenedora.
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XXIV – Convocar a comunidade escolar para apreciação e aprovação


do Regimento Escolar, bem como, do Projeto Político Pedagógico;
XXV – Dirigir e participar das reuniões de pais, após cada bimestre;
XXVI – incentivar os professores e funcionários a participarem de
cursos, encontros e demais eventos alusivos à Educação Infantil;
XXVII – Promover e participar das reuniões de estudos e trabalho, com
os professores, visando o constante aperfeiçoamento das atividades de ensino;
XXVIII – Controlar o recebimento da anuidade escolar e demais
encargos, contidos no contrato de Prestação de Serviço, firmado no ato da
matrícula, juntamente com o Secretário;
XXIX – Controlar a escala de férias dos professores, pessoal técnico
pedagógico e administrativo;
XXX – Controlar a assiduidade, cortando o ponto ou justificando as
faltas cometidas pelos funcionários
XXXI – Contratar ou dispensar funcionários, por delegação da
mantenedora;
XXXII – Participar da elaboração do calendário escolar e horários das
aulas, juntamente com o Secretário.

CAPÍTULO II
DA COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA

Art. 24 – Essa função também pertence à diretora, que é Graduada em


Pedagogia e concentra na formação, orientação e apoio aos professores, em
seus planejamentos pedagógicos, bem como, entre outras atribuições, estimular
o uso dos recursos midiáticos disponíveis, como suporte ao Ensino e
aprendizagem

Art. 25 - São Atribuições da Coordenadora Pedagógica:

I - Acompanhar, avaliar e retroalimentar o processo de elaboração, e


execução do projeto político-pedagógico (PPP), garantindo que este reflita
preocupação sistemática com o conhecimento, sua transmissão, construção e
articulação com a vida da comunidade em que está inserido;
II - Elaborar e divulgar o plano anual de trabalho pedagógico para o ano
letivo, considerando as diretrizes da Mantenedora, as orientações do CME, a
realidade técnico-pedagógica e as necessidades da instituição;
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III - Sensibilizar os professores e demais funcionários para a realização


de um trabalho articulado, integrado e participativo, com foco no sucesso do
estudante;
IV - Acompanhar, articular e avaliar a elaboração e execução dos
Projetos de Atividades Educacionais, compreendendo seus fundamentos,
objetivos e operacionalização, buscando enriquecer o ensino aprendizagem;
V - Articular o trabalho pedagógico desenvolvido no interior da Escola,
de forma a manter a integração e a inter-relação entre as ações desenvolvidas
pelas professoras de todos os grupos;
VI – Incentivar o uso dos recursos midiáticos, dando suporte
pedagógico aos professores.
VII - Planejar com os professores, acompanhar, assessorar, avaliar a
operacionalização do trabalho pedagógico;
VIII – Participar dos grupos, para acompanhamento do trabalho
pedagógico do professor;
IX - Orientar o professor no preenchimento de instrumento de
acompanhamento do desempenho das crianças;
X - Organizar periodicamente, cursos de capacitação e grupos de
estudos com a equipe docente, como forma de garantir práticas reflexivas e
dialéticas, assegurando a integração e inter-relação do saber das diversas áreas,
mantendo os professores atualizados;
XI - Elaborar gráficos demonstrativos de rendimento dos estudantes
para serem utilizados como um dos instrumentos de análise de evidências da
qualidade do desempenho global da turma, por ocasião da realização dos
Conselhos de Educação Infantil;
XII - Participar dos Conselhos de Educação Infantil realizados,
colhendo informações sobre o fazer pedagógico e o desempenho das crianças,
para posterior estudo, análise e planejamento docente;
XIII - Avaliar e analisar com as professoras, os seus relatórios,
buscando juntas, alternativas para melhoria do processo de ensino e de
aprendizagem;
XIV - Estimular, divulgar e socializar ações bem-sucedidas quanto à
melhoria dos resultados de aprendizagem dos estudantes;
XV - Manter a comunidade escolar informada das ações desenvolvidas
e dos resultados avaliativos alcançados pelos estudantes, ao longo do ano
letivo;
XVI – Aprovar os instrumentos de avaliação de acordo com a
Resolução CME/011/21.
XVI – Atender ao público com igualdade, respeito, educação e
agilidade.
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CAPÍTULO III
DA EQUIPE DOCENTE

Art. 26 – A Escola conta com um quadro de docentes habilitados, de


acordo com a legislação vigente, bem como, de conformidade com a Res. CME
011/21.

Art. 27 - A mantenedora promove e facilita o acesso dos profissionais


aos programas de educação continuada, que atendam aos objetivos da educação
infantil.

Parágrafo único - A participação na formação continuada é orientada,


principalmente pelas necessidades oriundas da concepção e execução do
projeto político pedagógico, podendo ocorrer na própria instituição ou fora
dela.

Art. 28 – A equipe docente é constituída por profissionais previamente


selecionados mediante Currículo e entrevista e após aprovados, contratados
pela mantenedora.

Art. 29 – No ato da admissão, o professor toma conhecimento das


disposições deste Regimento Escolar, das regras da Instituição e das normas do
Contrato de Trabalho.

Art. 30 - Um dos principais pontos de sustentação do processo de


aprendizagem da criança, está diretamente ligado à função docente como
mediador, que se configura como atividade essencialmente coletiva,
fundamentada em estudos e reflexões cotidianas que propiciam o repensar das
ações educativas e a construção de uma prática teoricamente fundamentada e
refletida.

Art. 31 - A jornada de trabalho do professor em efetivo exercício da


docência é constituída por horas-aula, acrescentando-se as horas destinadas aos
momentos de planejamento, estudos e correção das atividades desenvolvidas na
realização do projeto pedagógico em desenvolvimento.

Art. 32 - Para que o objetivo principal da atividade docente seja


alcançado é obrigatório que o professor seja admitido para desempenhar
funções, de acordo com sua formação.
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Art. 33 - Os professores que atuam na Educação Infantil, devem focar o


olhar em como se avalia, ficando atentos aos pontos abaixo:

I – Fazer Análise e discussão periódica sobre o trabalho pedagógico.

II - Dar voz à criança para que possa se expressar.

III – Fazerem observações e registros sistemáticos.

IV – Levantar dados e situações significativas acerca do trabalho


realizado e interpretações sobre as próprias atitudes e sentimentos.

V - Utilizar de diversos instrumentos de registro.

VI - Trabalhar o lúdico de forma que a criança aprenda sem sentir que


está passando por um processo de educação e aprendizagem;

VII - Criar hábitos de correção com suavidade e fineza.

VIII - Ao propor atividades para as crianças, conduzi-las da melhor


maneira possível, sem deixar traumas, cansaço ou repúdio.

IX - Preparar o momento da leitura com maior carinho possível, visto


que se trata de um momento mágico para a criança e que estimula o
crescimento do vocabulário preparando-a para a alfabetização.

X - Observar bem os seus alunos, podendo detectar o que pode


melhorar ou até mesmo o que deve ser eliminado.

XI - Ter consciência que punições devem ocorrer para corrigir maus


hábitos, porém busque a melhor forma de realizá-la, fazendo com que a criança
tenha consciência do erro, sem se sentir agredida;

XII - Não esquecer que o bom professor aprende junto com seus alunos,
antes mesmo de propor a educá-los.

XIII - Reconhecer que educar na Educação Infantil significa,


proporcionar situações de cuidado, de brincadeiras, de interação educador/
criança/criança - criança, proporcionando situações, que possam garantir a
aprendizagem das crianças;

XIV - O educador, nessa etapa se caracteriza como mediador do


processo de ensino-aprendizagem, precisa ouvir e sentir as crianças, o que
pensam, observar do que brincam e como brincam, as suas concepções, o seu
desenvolvimento, pois nessa fase inicia-se a formação do ser humano sensível,
20

de uma base de valores, que proporcionarão às mesmas a busca e a vontade de


aprender, mas também ser.

CAPÍTULO IV
DO CORPO DISCENTE

Art. 34 – O Corpo Discente é constituído por todos os alunos


regularmente matriculados na Educação Infantil, conforme a normativa do
CME de Trindade;

Art. 35 – No ato da confirmação da matrícula, os pais ou responsáveis


da criança, assumirá compromisso de respeitar as autoridades constituídas, as
normas do Regimento Escolar, o Projeto Político Pedagógico e demais normas
vigentes;

Art. 36 – Para admissão da criança como aluno (a), da Instituição


Escolar, o Pai ou o responsável deverá satisfazer as exigências e os requisitos
previstos neste Regimento e nas normas vigentes, estabelecidas pelo CME de
Trindade.

CAPÍTULO V
DO COLEGIADO

SEÇÃO I
CONSELHO DE CLASSE DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Art. 37 – De acordo com a Resolução CME nº 011/17, o Conselho de


classe, observada a Legislação vigente, será regulamentado por normas
próprias, cabendo-lhe a função de avaliar o processo de aprendizagem de cada
educando, bem como, as condições em que a aprendizagem se realiza na
Escola.

Art. 38 - Ao longo e ao final de cada Bimestre letivo e no final do ano,


o processo de ensino e de aprendizagem, deve ser objeto de rigorosa
verificação e análise, pelo Conselho de Classe, autônomo em suas decisões e
obrigatório a cada Bimestre letivo, composto por professores, monitores,
coordenação Pedagógica e Direção, representantes de pais ou responsáveis.
21

Art. 39 – Após cada Conselho de Classe, todos os pais ou responsáveis,


deverão ser informados, por esse, em reunião pedagógica, do desenvolvimento
da aprendizagem de seus filhos, e ouvidos sobre estratégias e medidas a serem
tomadas, visando ao seu aprimoramento.

Art. 40 - A cada bimestre letivo o Conselho de Classe se reunirá,


ordinariamente em data prevista no Calendário Escolar e, extraordinariamente,
sempre que um fato relevante o exigir.

Art. 41 – Os Conselhos de Classe e as reuniões pedagógicas, citadas no


artigo anterior, de que participam os pais e professores, são consideradas
atividades de efetivo trabalho Escolar, integrantes dos dias letivos constantes
no Calendário da Escola.

Art. 42 – As decisões/discussões realizadas durante o Conselho de


Classe, são autônomas e só poderão ser revisadas ou modificadas por ele
mesmo.

Art. 43 - Durante a realização do Conselho de Classe, as Fichas


Descritivas deverão ser objeto de análise, considerando o desenvolvimento de
cada criança/grupo, com intuito de propor as intervenções e medidas
necessárias, em prol do desenvolvimento de cada criança.

Art. 44 - As Fichas Descritivas deverão ser socializadas com os pais ou


responsáveis e, havendo divergência do resultado apresentado, os interessados
ou o representante legal, deverá entrar com solicitação ao CME, mediante
recurso Interposto, no prazo estabelecido de cinco dias, não podendo ser
inferior, ficando vedada toda e qualquer ingerência ou interferência em sua
autonomia decisória.

Art. 45 – Ao final de cada semestre letivo, o Conselho de Classe deve


realizar amplo debate sobre o processo pedagógico, o ensino ministrado, a
aprendizagem e a avaliação desenvolvida ao longo do período, promovendo as
mudanças e adaptações que se fizerem necessárias, visando o aprimoramento
no semestre seguinte.

Art. 46 – Ao término do ano letivo o Conselho de classe deve realizar


análise Global sobre o desenvolvimento de cada criança, tendo como
parâmetros os seguintes aspectos:

I – Presença e participação da criança nas atividades escolares;


22

II – Sua sociabilidade e comunicação com os colegas, professores e


agentes educativos;
III – Capacidade de criar e apropriar-se dos conteúdos/eixos, inerentes a
sua idade;
IV – Desenvolvimento das capacidades de ordem física, afetiva,
cognitiva, ética, estética, de relação interpessoal e inserção social, contribuindo
assim, para a aquisição de sua identidade e autonomia, necessárias ao pleno
exercício da cidadania.

Art. 47 – As reuniões do Conselho de Classe se realizarão com a


presença mínima de 75% (setenta e cinco por cento) de seus membros e devem
ser devidamente registradas em documento próprio, por Secretária/ auxiliar,
designada para isso, dando-se ciência de seu inteiro teor a todos os
interessados, no prazo de cinco (5) dias, contados da última reunião.

CAPÍTULO VI
DOS ESPAÇOS DE APRENDIZAGEM COMPLEMENTAR E LAZER

Art. 48 – Os Espaços de Aprendizagem Complementar são:

I - Biblioteca Escolar
a. O acervo conta com vários exemplares de livros didáticos e
paradidáticos, revistas, etc. Todas as atividades realizadas são registradas em
forma de Relatório.

II - Laboratório de Informática
a. O Laboratório de Informática possui 15 máquinas ligadas à Rede de
Internet e está sempre organizado para uso dinâmico das crianças, conforme
cronograma previamente preparado pelas professoras, que acompanha os
trabalhos das crianças.
b. Deve ser usado em parceria com os professores e Direção;
c. Todo acervo tecnológico catalogado e controlado;
d. Os alunos usuários terão acompanhamento orientado;
e. Possui arquivos de programas, arquivos fotográficos e históricos
organizados e atualizados;
f. Possui Livro para registro de controle de entrada e saída de material;
g. Possui Livro para arquivo de relatórios do movimento e das
atividades desenvolvidas no Laboratório;
h. Acervo eletrônico sempre conservado e restaurado.
23

III – Brinquedoteca
a. Esse espaço de aprendizagem, ajuda na construção da identidade,
autonomia e das diferentes linguagens do educando, sendo “responsável por
mediar à construção do saber, em situações de prazer, com gosto de aventura,
na busca pelo conhecimento espontâneo e prazeroso”, e ainda, incentiva
extravasar sentimentos, conhecimentos e emoções.
b. A Brinquedoteca está organizada com vários brinquedos
pedagógicos, livros de histórias, fantoches, material de Sucata, Fantasias, TV,
Data Show e materiais variados para uso e criatividade das crianças.

IV – Os Espaços de Esporte, convivência, Laser e eventos são:


a – Parque Infantil
b – Pátio de Convivência e recreação
c – Área de Alimentação

CAPÍTULO VII
DO APOIO ADMINISTRATIVO

SEÇÃO I
AUXILIAR ADMINISTRATIVO

Art. 48 – Auxilia a Direção dando suporte e organizando a


infraestrutura, interagindo com todos os funcionários, visando o cumprimento
das Normas Educacionais e da Resolução CME 011/21, do Projeto Político
Pedagógico e do Regimento Escolar, em concordância com a sócia
Mantenedora.

SEÇÃO I
AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS

Art. 49 – Perfil do Auxiliar de Serviços Gerais:

I – Ser capaz de trabalhar coletivamente;


II - Executar tarefas referentes à limpeza e à conservação do prédio e
outras dependências da escola;
III - Contribuir com o processo de educação ambiental e preservação
patrimonial,
24

IV – Ser educado e tratar os alunos com gentileza.

Art. 50 – São Atribuições do Auxiliar de Serviços Gerais:

I - Manter o prédio e áreas abertas sempre limpos e as lixeiras sempre


vazias;
II - Zelar pela conservação do patrimônio escolar e pela preservação
ambiental,
III – Ser exemplo dentro do recinto escolar.

TÍTULO IV
DA ORGANIZAÇÃO DIDATICA

CAPÍTULO I
DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO E DO REGIMENTO
DA INSTITUIÇÃO

Art. 51 - O currículo contido no Projeto Político-Pedagógica, deve


garantir os seis Direitos de Aprendizagem e Desenvolvimento (conviver,
brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se), articulado com os eixos
estruturantes: (Interações Sociais, Brincadeira e Cultura);

§1 - Dentro desse contexto, deve-se trabalhar:


I - Experiências e Vivências Compartilhadas;
II - Criatividade e Imaginação;
III - Apropriação e Expressão das Diferentes Linguagens;
IV - Escuta Ativa das Crianças,
V - Acolhimento e Afetividade como Princípio do Educar e Cuidar.
VI - os Campos de Experiências (O Eu, o Outro e o Nós);
Escuta, Fala, Pensamento e Imaginação; Corpo, Gestos e Movimentos;
Traços, Sons, Cores e Formas; Espaços, Tempos, Quantidades, Relações e
Transformações), que se desdobram nos seus Objetivos de Aprendizagem e
Desenvolvimento, num contexto de vida coletiva.

§ 2º - A criança é um sujeito histórico e de direitos que, nas interações,


relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e
coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta,
narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo
cultura, a qual deverá ser compreendida como o centro do planejamento
curricular.
25

Art. 52 - O Projeto Político Pedagógico na Educação Infantil deve


assegurar o efetivo cumprimento das funções sociopolítico e pedagógico da
instituição, destacando-se as seguintes:

I - Compartilhar com as famílias e complementar a educação e o


cuidado das crianças, assegurando condições e recursos para que estas
usufruam de seus direitos civis, humanos sociais.

II - Assegurar a igualdade de oportunidades educacionais para as


crianças de diferentes classes sociais, considerando aspectos relacionados aos
gêneros, às etnias, às nacionalidades, às especificidades dos grupos itinerantes,
indígenas, quilombolas e do campo, e às condições necessárias a pessoas com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, altas
habilidades/superdotação e outras vulnerabilidades, no processo de promoção e
ampliação do conhecimento e de acesso a bens culturais;

III - Possibilitar a convivência das crianças entre si e entre crianças e


adultos, nos processos de aprendizagem e desenvolvimento e vivências das
infâncias;

IV - Construir novas formas de sociabilidade e de subjetividade


fundamentadas em processos democráticos, na ludicidade, continuidade,
significatividade, na sustentabilidade do planeta e comprometidas com o
rompimento de relações de desigualdade e dominação;

V - Assegurar o direito da criança ao desenvolvimento de sua


identidade e de sua autonomia, respeitando a diversidade étnico-racial, cultural,
religiosa e de gênero, em contraposição a toda forma de racismo e
discriminação;

VI - Adotar procedimentos que assegurem a inclusão de crianças que


tenham alergia elou intolerância alimentar e outras patologias, com especial
atenção à higiene pessoal, aos materiais e aos espaços utilizados no cotidiano
da instituição educacional;

VII- As instituições públicas deverão especificar as fontes dos recursos


financeiros e a forma de prestação de contas junto à comunidade.

Art. 53 - Compete a nós, como Instituição de Educação Infantil,


elaborar, executar e avaliar nosso Projeto Político Pedagógico, explicitando:
26

I - Concepção de educação, de sociedade, de criança e infâncias, de


ensino aprendizagem, de aprendizagem e desenvolvimento infantil, de
currículo e ação pedagógica, inclusão, de avaliação na e da Educação Infantil;

II - Concepção acerca das relações entre o educar e o cuidar


indissociados e sua articulação no desenvolvimento da ação pedagógica;

III - Objetivos da Educação Infantil, articulados aos modos próprios de


aprendizagem da criança e ao seu desenvolvimento integral

IV - Características da população atendida, dos profissionais e da


comunidade local;

V - Regime de funcionamento;

VI - Descrição, a organização e a utilização do espaço físico, das


instalações, dos equipamentos e do mobiliário, observando a oferta de
brinquedos, equipamentos que respeitem as características ambientais e
socioculturais da comunidade que atendem as especificidades das crianças,
incluindo as crianças com deficiência, de acordo com as normas de segurança;

VII- Organização de agrupamentos e turmas, com base nas relações


espaço/criança e criança/professor (a) estabelecidas nesta Resolução;

VIII - Relação de todos os profissionais da educação responsáveis pelo


atendimento às crianças, inclusive àquelas com deficiência, transtornos globais
do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, especificando cargos,
funções, habilitação e níveis de escolaridade;

IX - Currículo com práticas pedagógicas que articule as experiências e


os saberes das crianças com os conhecimentos sistematizados pela humanidade
ao longo da história, os conhecimentos do patrimônio cultural, artístico,
ambiental, tecnológico, científico,

X – Deve estar fundamentado na indissociabilidade do educar e cuidar,


assegurando as interações e a brincadeira como eixos estruturantes da ação
educativa articulado com os seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento,
os cinco campos de experiências, com seus desdobramentos nos objetivos de
aprendizagem e desenvolvimento no contexto de vida coletiva;

XI- Adaptação Curricular e Plano Educacional Individualizado (PEI)


para atender as necessidades e especificidades das crianças do público-alvo da
27

inclusão: crianças com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e


altas habilidades/superdotação e outras vulnerabilidades;

XII Pressupostos teórico-metodológicos que fundamentem a ação


pedagógica e respeitem o processo de aprendizagem e desenvolvimento da
criança;

XIII - Ações que favoreçam a interação entre crianças de diferentes


faixas etárias e com os adultos;

XIV - Ações voltadas à educação das relações étnico-raciais, conforme


o previsto em lei;

XV - Planejamento geral, os projetos e programas previstos para o ano


letivo, incluindo as especificidades e necessidades das crianças público-alvo da
inclusão: crianças com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e
altas habilidades/superdotação outras vulnerabilidades;

XVI - Ações propostas para se promover a articulação entre instituição


e famílias;

XVII - Avaliação e as diferentes formas de registros e acompanhamento


do processo de aprendizagem e desenvolvimento da criança, da ação
pedagógica institucional e do trabalho coletivo;

XVIII- Proposta de formação continuada, construída e organizada de


modo a estabelecer um processo de aprimoramento constante dos seus
profissionais e a definição das ações que são da competência da instituição e as
que são de responsabilidade da mantenedora;

§ 1 - A proposta de formação continuada da instituição deve abarcar


estudos sobre as especificidades das crianças, considerando as diferenças de
classes sociais, de gênero, de etnias, de nacionalidades, inclusive as
relacionadas aos grupos itinerantes, indígenas, quilombolas, do campo,
incluindo as crianças com transtornos globais do desenvolvimento, altas
habilidades/superdotação e as com restrições alimentares e outras
vulnerabilidades;

§ 2 - 0 Projeto Político Pedagógico da escola bilíngue deve prever


também atividades de formação continuada em Libras, estudos sobre os surdos,
culturais e práticas voltadas para a pedagogia visual, de modo a envolver a
28

equipe docente, a equipe gestora, a equipe de apoio da instituição educacional e


toda a comunidade educacional, conforme previsto na legislação vigente.

XIX- Ações voltadas à participação da comunidade educacional para a


efetivação da gestão democrática, no que refere às dimensões pedagógicas;

XX - Articular a transição nos diferentes momentos vividos pela


criança: transição casa/instituição de Educação Infantil, transições no interior
da instituição, transição creche/pré-escola e transição pré-escola/Ensino
Fundamental) e as ações que viabilizem;

XXI - Calendário letivo, de acordo com o planejamento geral.

Art. 54 - O Projeto Político Pedagógico deve ser (re) elaborado,


anualmente, pela comunidade educacional e sua avaliação deve ser contínua.

§ 1º - Entende-se por comunidade educacional, para efeito desta


Resolução, todos os profissionais da instituição, as crianças e suas famílias.
§ 2º - A instituição deve manter em sua escrituração a ATA de
Aprovação do Projeto Político Pedagógico, o qual deve permanecer disponível
à comunidade educacional em versão impressa elou digital.

Art. 55 - O Regimento Interno, documento normativo e obrigatório da


instituição, deve atender à legislação vigente, ser aprovado pela comunidade
educacional, em consonância com as orientações do Conselho Municipal de
Educação, e explicitar:

I - Fundamentação legal do Projeto Político Pedagógico e ser com ela


compatível;
II - Normatização da organização administrativa e pedagógica e as
relações entre os diversos segmentos que constituem a comunidade
educacional;

Parágrafo único - A instituição educacional deve manter em sua


escrituração a ATA de Aprovação do Regimento e o documento impresso ou
digital e deve permanecer disponível à comunidade educacional.

CAPÍTULO II
ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DA EDUCAÇÃO INFANTIL
29

Art. 56 – As práticas Pedagógicas que compõem a proposta curricular


da educação Infantil devem ter como eixos norteadores as interações, a
brincadeira e garantir experiências que:

I - Promovam o conhecimento de si e do mundo por meio da ampliação


de experiências sensoriais, expressivas, corporais que possibilitem
movimentação ampla, expressão da individualidade e respeito pelos ritmos e
desejos da criança;
II - Favoreçam a imersão das crianças nas diferentes linguagens e o
progressivo domínio por elas de vários gêneros e formas de expressão: gestual,
verbal, plástica, dramática e musical;
III - Possibilitem às crianças experiências de narrativas, de apreciação e
interação com a linguagem oral e escrita, e convívio com diferentes suportes e
gêneros textuais orais e escritos;
IV - Recriem, em contextos significativos para as crianças, relações
quantitativas, medidas, formas e orientações espaço temporais;
V - Ampliem a confiança e a participação das crianças nas atividades
individuais e coletivas;
VI - Possibilitem situações de aprendizagem mediadas para a
elaboração da autonomia das crianças nas ações de cuidado pessoal, auto-
organização, saúde e bem-estar;
VII - Possibilitem vivências éticas com outras crianças e grupos
culturais, que alarguem seus padrões de referência e de identidade no diálogo e
conhecimento da diversidade;
VIII - Incentivem a curiosidade, a exploração, o encantamento, o
questionamento, a indagação e o conhecimento das crianças em relação ao
mundo físico e social, ao tempo e natureza;
IX - Promovam o relacionamento e a interação das crianças com
diversificadas manifestações de música, artes plásticas e gráficas, cinema,
fotografia, dança, teatro, poesia e literatura;
X - Promovam a interação, o cuidado, a preservação e o conhecimento
da biodiversidade e da sustentabilidade da vida na Terra, assim como o não
desperdício dos recursos naturais;
XI - Propiciem a interação e o conhecimento pelas crianças das
manifestações e tradições culturais brasileiras;
XII - Possibilitem a utilização de gravadores, projetores, computadores,
maquinam fotográficas, e outros recursos tecnológicos e midiáticos.

Art. 57 - Educar nesta fase significa cuidar e o cuidado, por sua própria
natureza, inclui duas significações básicas, intimamente ligadas entre si:
I - A primeira consiste na atitude de solicitude e de atenção para com o
outro.
30

II - A segunda é de inquietação, sentido de responsabilidade, de cogitar,


pensar, manter atenção, mostrar interesse, revelar atitude de desvelo, sem
perder a ternura.

Art. 58 - Cuidado é um princípio que norteia a atitude, o modo prático


de realizar-se, de viver e conviver no mundo.

Art. 59 - O currículo da Educação Infantil é concebido como um


conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes da
criança com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural,
artístico, ambiental, científico e tecnológico, de modo a promover o
desenvolvimento integral de crianças de 0 a 5 anos de idade.

Art. 60 - A proposta pedagógica da Educação Infantil considera que a


criança, centro do planejamento curricular, é sujeito histórico de direitos, que
nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua
identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende,
observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a
sociedade, produzindo cultura.

Art. 61 - Tais práticas são efetivadas por meio de relações sociais que as
crianças desde bem pequenas estabelecem com os professores e outras
crianças, e afetam a construção de suas identidades.

Art. 62 - Intencionalmente planejadas e permanentemente avaliadas, as


práticas que estruturam o cotidiano de nossa instituição de Educação Infantil,
consideram a integralidade e indivisibilidade das dimensões expressivo-
motora, afetiva, cognitiva, linguística, ética, estética e sociocultural das
crianças, apontam as experiências de aprendizagem que se espera promover
junto às crianças e efetivam-se por meio de modalidades que assegurem as
metas educacionais do projeto pedagógico.

SEÇÃO I
AÇÃO PEDAGÓGICA DE LETRAMENTO /EDUCAÇÃO INFANTIL

Art. 63 - Cada criança ao chegar à Escola, traz consigo a história da


humanidade e da cultura, construída ao longo de muitos séculos na civilização
e na organização social, por isso, o trabalho na Educação Infantil, é
exclusivamente voltado para o desenvolvimento integral da criança, de maneira
31

contextualizada e respeitosa no seu desenvolvimento e limites de


aprendizagens.

Art. 64 - Mediar conflitos, organizar situações de aprendizagens


problematizando-as, será a frente de trabalho na Educação Infantil, para que
cada criança internalize e crie seu próprio contexto.

Art. 65 – Nossa Proposta prevê um cenário na construção do processo


cognitivo, afetivo e social das crianças e, para isso, o educador juntamente com
a coordenação pedagógica, serão os responsáveis por dirigir e organizar os
espaços educativos, num contexto que desafie os limites da aprendizagem das
crianças, compatível com a idade de cada agrupamento.

Art. 66 - É necessário que educadores e equipe de coordenação, tenham


clareza, que o ato de planejar a ação pedagógica é muito mais que dispor de
atividades sequenciais em uma folha de papel.

Art. 67 – Saber um pouco da história de cada criança, da família, das


fases de desenvolvimento em que se encontra, se faz necessário, além de
considerar o tempo que permanecem na Escola, para que os objetivos da
Proposta sejam alcançados.

Art. 68 - O tempo que a criança irá permanecer em sala de aula, exigirá


uma prática que esteja sustentada pelos três pilares fundamentais, que norteiam
todo o processo pedagógico e que validam o processo cognitivo na perspectiva
do desenvolvimento infantil - o cuidar, o educar e o brincar.

Art. 69 - As rotinas deverão ser planejadas e articuladas com o objetivo


de contribuir na formação pessoal e social da criança, no desenvolvimento da
autonomia e o conhecimento de mundo.

Art. 70 - O educador utilizará os Eixos norteadores do planejamento,


promovendo experiências significativas de aprendizagens, considerando que as
crianças são ativas na construção de seu conhecimento.

Art. 71 - Para um desenvolvimento gradativo das competências


linguísticas básicas (falar, escutar, praticar leituras e escritas), ambas serão
trabalhadas de forma integrada e diversificadas abrangendo os vários
conteúdos propostos para cada agrupamento.

Art. 72 - Nesta perspectiva, o “educar” vai além do pensamento do


brincar espontâneo, toda ação deverá dar-se a partir de uma intencionalidade,
32

pois, o Brincar sem intencionalidade não ajuda o processo de Ensino e


Aprendizagem se desenvolver satisfatoriamente.

Art. 73 - O trabalho do educador terá como ponto de partida o


letramento e as múltiplas linguagens (corporal, musical, plástica, oral e escrita)
para o desenvolvimento de capacidades cognitivas que serão necessárias para a
escolaridade futura das crianças de todos os agrupamentos: Creche e Pré-
escola, (3 a 5 anos), respeitando os Indicadores de Qualidade da Educação
Infantil (propostos pelo MEC) e as metas propostas para esta etapa.

Art. 74 - Conforme o RCNEI (1998, v.3), as crianças desde muito


pequenas já se veem envolvidas em atividades de letramento, como: ver jornais
e revistas, ver a escrita nas latas e pacotes de alimentos, ver a conta de luz e de
água, ver faixas penduradas pelas ruas, ver anúncios na porta de lojas, outdoors
nas ruas, no contexto da família e no convívio do bairro onde vive.

Art. 75 - Essa prática, deve estar presente no cotidiano e nas ações do


Colégio, com os agrupamentos, através do contato com o nome da própria
criança e dos colegas, também nas práticas de leituras de histórias, cantigas,
apresentação através de desenhos, escritas livres e outros, aprofundando no
agrupamento da pré-escola de 5 anos.

Art. 76 - Para a efetivação do trabalho numa perspectiva do letramento,


se organizará com práticas pedagógicas que respeitem as características das
crianças, sendo fundamental o planejamento e a avaliação das atividades.

Art. 77 - O planejamento das atividades elaboradas e sistematizadas


devem ser socializadas com a Coordenação Pedagógica, para intervenções e
orientações necessárias e, consequentemente a efetivação da prática
pedagógica, de forma interdisciplinar, levando em consideração a cultura em
que a criança está inserida, adequando-a ao conteúdo a ser trabalhado, às
produções de diferentes gêneros textuais e à sua utilização social, tendo como
estratégia uma linguagem interativa, criativa e descobridora, abandonando os
métodos repetitivos e descontextualizados.

Art. 78 - No processo de letramento os recursos didáticos/tecnológicos


têm a função de mediar o processo ensino aprendizagem, contribuindo para que
as crianças usufruam deles e compreendam as atividades propostas em sala de
aula, o seu desenvolvimento e seu resultado, melhorar a cognição, a rede de
relações humanas, a organização das ideias de forma crítica, criativa, com
autonomia e autenticidade, bem como, a capacidade de expressão e de
33

colaboração entre as crianças e os adultos mediadores envolvidos no processo


de ensino aprendizagem.

Art. 79 – O uso de materiais impressos, como cartazes devem ser o


referencial permanente de visualização das crianças na ação pedagógica do
processo de letramento, pois, tudo partirá dele, para a visualização e
acessibilidade das crianças no processo de leitura e escrita, nele fará leituras,
marcações de letras, palavras e outros que estiverem na proposta de trabalho
para cada faixa etária e, após a exploração no cartaz, a criança terá
oportunidade de realizar as atividades propostas pela professora em cadernos,
livros e outros.

SEÇÃO II
AÇÃO PEDAGÓGICA COM OS PROFESSORES EM
GRUPOS DE ESTUDOS

Art. 80 – Esse é um dos momentos em que a Instituição Escolar se


reúne para se autoavaliar, propor novas estratégias, estudar, discutir novas Leis,
Resoluções, Pareceres ou outros assuntos inerentes ao contexto educacional,
expor Projetos novos ou que estão sendo inovadores na qualidade e melhoria
do processo educativo, compartilhar experiências e projetos, que contribuam
para a melhoria do aprendizado dos alunos.

Art. 81 – Durante todo o ano, nos reunimos uma vez por mês para os
grupos de estudos e no final do ano, fechamos com um encontro Pedagógico do
Colégio, previsto no Calendário Escolar.

CAPÍTULO III
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA

Art. 82 - De acordo com a legislação brasileira artigo 58 da LDB/1996,


a Educação Especial é uma modalidade de ensino transversal que perpassa
todos os níveis de ensino e outras modalidades, visando apoiar o
desenvolvimento dos alunos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades.

Art. 83 - A educação inclusiva está respaldada pela Resolução CME nº


011/21, que versa:
34

§ 1 - A oferta da Educação Especial, como modalidade transversal a


todos os níveis, etapas e modalidades de ensino, é parte integrante da Educação
e compreende o atendimento às crianças de até 5 anos e 1 1 meses de idade
com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, altas
habilidades/superdotação.

§ 2 - Esse atendimento deve ser previsto na Proposta Político-


Pedagógica da Secretaria Municipal de Educação (SME) e nos Projetos
Político-Pedagógicos das instituições públicas e privadas, fundamentadas e
referenciadas na legislação vigente, garantidas todas as condições de
acessibilidade, recursos pedagógicos e recursos humanos;

§ 3 - As Redes Pública e Privada de Educação devem assegurar às


crianças com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação:

I - matrícula, na rede regular, em instituições de Educação Infantil,


públicas e privadas, e condições que proporcionem sua permanência na
instituição e condições de avanço em seu processo formativo;
II - Flexibilização do currículo e uso de métodos, técnicas, tecnologias e
recursos educativos e demais meios específicos, para atender às necessidades
apresentadas no processo educativo;
III - professores com formação adequada para o atendimento das
atividades pedagógicas, nas instituições de Educação Infantil, e profissionais
capacitados para auxílio nessas atividades, conforme o especificado na
Resolução CME;
IV - Acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais
suplementares, disponíveis para essa etapa da Educação Básica.

§ 4 - às crianças surdas de até 5 anos e 1 1 meses de idade deve-se


garantir:
a) estimulação, a partir da detecção da surdez;
b) educação bilíngue, conforme previsto na Lei Estatuto do Deficiente
13.146/ julho de 2015 Cap. IV, em instituições de Educação Infantil, de forma
a favorecer lhes a ampliação do conhecimento de mundo e a formação da
identidade, por meio do desenvolvimento linguístico, cognitivo, emocional,
psíquico, social e cultural, a partir da aquisição da Língua Brasileira de Sinais
(Libras), considerando-se a relevância da atuação de profissionais surdos nesse
processo.
35

c) Matrícula na sala de recursos no contraturno, com profissional


devidamente qualificado para o AEE (Atendimento Educacional
Especializado)

Art. 84 - São assegurados a matrícula, o atendimento e o cuidado, em


suas especificidades, às crianças com necessidades alimentares especiais, nas
Instituições de Educação Infantil das Redes Pública e Privada de Educação de
Trindade.

§1º - As famílias das crianças de que trata o caput devem comunicar à


instituição educacional a(s) necessidade(s) alimentar (es) específica(s) das
crianças e apresentar orientações respaldadas por médico elou nutricionista
sobre os cuidados necessários a essas crianças.

§2º - É condição indispensável para que se efetivem o atendimento, o


cuidado e a inclusão dessas crianças o diálogo permanente entre a instituição
educacional e as famílias.

Art. 85 – A Educação Especial na Perspectiva Inclusiva, compreende as


mudanças de concepções pedagógicas, de formação docente e de gestão
educacional, transformando as estruturas educacionais que reforçam a posição
entre o ensino comum e especial e, a organização de espaços segregados, para
alunos público-alvo da educação especial.

CAPÍTULO IV
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

Art. 86 - O processo de avaliação da aprendizagem na Educação


Infantil, conforme Resolução CME nº 011/21, deve ser assim:

I - A avaliação na Educação Infantil deve ser contínua, processual,


descritiva, de caráter formativo, e ter como função possibilitar mediações
pedagógicas necessárias ao processo de ensino e da aprendizagem e
desenvolvimento da criança e o redimensionamento do Projeto Político
Pedagógico, das ações dos gestores, professores e demais profissionais da
educação, sempre que necessário.

§ 1 - 0 processo de avaliação da aprendizagem e desenvolvimento da


criança deve ser global, contínuo, processual, qualitativo, descritivo com
análise dos múltiplos registros realizados pela criança e pelo professor em
36

diferentes momentos, os quais permitam o olhar crítico e criativo sobre suas


atividades, suas brincadeiras, suas múltiplas relações e interações no seu
cotidiano.

§ 2 - Também devem ser analisados os objetivos de aprendizagem


estabelecidos para sua faixa etária, e principalmente, o trabalho que foi
desenvolvido e suas possibilidades.

§ 3 - Deve ser documentado por meio de Relatórios Descritivos,


conforme a LDB, (BRASIL, 1996, art. 31), comunicando os percursos, a
aprendizagem e o desenvolvimento da criança, tomando-a na sua
individualidade e subjetividade como referência, inclusive aquelas com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, altas
habilidades/superdotação, e outras vulnerabilidades.

II - A avaliação da ação pedagógica deve promover reflexão acerca da


proposta educacional da instituição, das metodologias adotadas, dos recursos e
materiais disponíveis e apontar demandas para a formação continuada dos
professores profissionais que atuam no processo educativo;

Art. 87 - Procedimentos para acompanhamento do trabalho pedagógico


e para avaliação do desenvolvimento das crianças, sem objetivos de seleção,
promoção ou classificação, garantindo:

I - A observação crítica e criativa das atividades, das brincadeiras e


interações das crianças no cotidiano;
II - Utilização de múltiplos registros realizados por adultos e crianças
(relatórios, fotografias, desenhos, álbuns etc.);
III - A continuidade dos processos de aprendizagens por meio da
criação de estratégias adequadas aos diferentes momentos de transição vividos
pela criança (transição casa/instituição da Educação Infantil, transições no
interior da instituição e transição pré-escola/ ensino fundamental);
IV - Documentação específica que permita às famílias conhecerem o
trabalho da instituição junto às crianças e os processos de desenvolvimento e
aprendizagem da criança na Educação infantil;
V - A não retenção das crianças na Educação Infantil.

Art. 88 - Diante da importância do registro individual de cada criança,


disponibilizamos aos professores, uma Ficha Descritiva (documento unificado,
em anexo a proposta), a qual deverá ser preenchida bimestralmente com o
registro do desenvolvimento da criança, nos aspectos físicos/motor; aspectos
sociais, aspectos linguísticos, aspectos éticos e estéticos, e aspectos cognitivos.
37

Art. 89 - A ficha descritiva é um documento que deve ser arquivado na


pasta de matrícula da criança e, sempre que necessário, deverá ser apresentado
aos responsáveis da criança.

Art. 90 – Sugerimos alguns pontos de avaliação tais como:

I - Hábitos e Atitudes:
a) - Está sempre atento na sala de aula;
b) - Relaciona-se bem com os colegas e professores;
c) - Ouve com atenção e espera a sua vez de falar;
d) - Faz a tarefa com capricho e é pontual na sua entrega;
e) - Porta-se no momento da merenda e higiene;
f) - Colabora com a limpeza da sala de aula;
g) - É cuidadoso com o material escolar;
h) - Confia nas tarefas que realiza;
i) - Comporta-se bem nas atividades desenvolvidas;
j) - A conversa está interferindo no rendimento;
l) - Reparte os brinquedos com os colegas.

II - Linguagem:
⦁ - Entende bem o que lhe é falado;
⦁ - Expressa-se com clareza.
⦁ - Articula bem as palavras.
⦁ - É desinibido e gosta de participar das atividades musicais e
teatrais.
⦁ - Dialoga sobre suas vivências espontaneamente
⦁ - Na hora da história, está disposto a ouvir e participar.

III - Desenvolvimento Cognitivo:


⦁ - Apresenta bom raciocínio matemático.
⦁ - Tem facilidade em compreender as noções matemáticas.
⦁ - Compõe quebra-cabeça.
⦁ - Consegue concentrar-se na realização das atividades.
⦁ - Demonstra interesse e criatividade na execução dos trabalhos.
⦁ - É responsável na execução das atividades.

IV - Desenvolvimento Psicomotor:
⦁ - Consegue movimentar-se bem (pular, correr, saltar, arrastar...)
⦁ - Quando modela cria formas diferentes.
⦁ - Apresenta boa motricidade fina (recortar, pintar, colar...).
38

⦁ - Tem consciência do seu corpo e consegue expressar-se


graficamente.
⦁ - Orienta-se bem no espaço e tempo.

SEÇÃO I
ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO
DO RELATÓRIO INDIVIDUAL DAS CRIANÇAS

Art. 91 - O relatório bimestral individual deve apresentar o


desenvolvimento global da criança.

Art. 92 - A avaliação é um instrumento fundamental na reorganização e


redefinição do processo educativo, devendo o relatório ser descritivo,
minucioso e atentar-se para todo o processo, e não apenas para o produto,
retratando o desenvolvimento de cada criança nos seus diferentes aspectos:
cognitivos, social, motor, linguístico, ético e estético.

Art. 93 - O relatório individual das crianças é de responsabilidade das


professoras-regentes dos agrupamentos, todavia, a professora pode e deve com
a agente educativa socializar informações e observações sobre as crianças.

Art. 94 – Ao Elaborar o relatório, o professor deve:

I - Fazer a releitura dos relatórios anteriores de cada criança e verificar


os aspectos que demonstram avanços, limites e possibilidades.

II - Considerar os objetivos do projeto trabalhando, os planejamentos


semanais, a atuação e motivação do professor e do agente com a temática
desenvolvida.

III - Considerar as dimensões que deverão ser desenvolvidas pelas


crianças, nos aspectos:

a) cognitivo: hábitos e habilidades que aprimoram o desenvolvimento


intelectual: criatividade, iniciativa, imaginação, raciocínio lógico,
compreensão, argumentação, ampliação do conhecimento (músicas e histórias
aprendidas, conhecimentos científicos e culturais trabalhados e relação deles
com as vivências pessoais das crianças).
39

b) Afeto/Social: hábitos e atitudes (respeito, carinho, compreensão,


interação) que demonstram os aspectos da capacidade de socialização:
criança/criança, do próprio agrupamento, criança/professora, criança/agente;
resolução de conflitos (resolve sozinha sempre a ajuda da professora e/ou
agente educativo).

c) Motor: Considerar o uso do corpo da dramatização. Encenação,


dança e habilidades como: firmar o pescoço, engatinhar, rolar, sentar-se, andar,
correr, pular com os dois pés, um pé só, pegar objetos, dar cambalhotas, ter
agilidade para movimentar-se no espaço, noção corporal.

d) linguístico: Desenvolvimento da oralidade, capacidade de balbuciar,


falar palavras, contar e recontar histórias, imitar sons, vozes dos personagens,
elaborar frases e ideias sobre histórias ou fatos vivenciados etc., ampliação do
repertorio e apropriação de outras palavras.

e) estético: Considerar o gosto pela música, a leitura de imagens,


representação através do desenho, dança, das artes visuais.

CAPÍTULO V
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL INTERNA

Art. 95 - A Avaliação Institucional prevê que: deve-se garantir, a


participação, o acompanhamento e a escuta de todos os profissionais da
instituição, das famílias e das crianças” e determina que: “A Avaliação
institucional interna, com periodicidade anual deve ser prevista no Projeto
Político Pedagógico e detalhada no plano de gestão, considerando se as
orientações vigentes da rede, com vistas a melhoria do trabalho desenvolvido.”

Art. 96 - Diante do estabelecido na normativa do CME, registramos


neste Regimento e PPP, o processo de Avaliação Institucional interna, que
envolve toda a comunidade escolar

Art. 97 - Ao avaliarmos a Instituição em sua totalidade, estamos


facilitando a obtenção de uma percepção mais fiel de nós mesmos, bem como a
condução dos processos de avaliação institucional, ao contrário da percepção
das partes de forma isolada do todo.
40

Art. 98 - A avaliação institucional proporciona a análise e revisão das


práticas pedagógicas e administrativas, desenvolvidas ao longo do ano,
intervindo de forma a transformar as ações para obtenção de melhores
resultados.

Art. 99 - A inserção da prática da avaliação institucional, permite que


avaliemos todas as suas dimensões, incluindo a pedagógica, administrativa,
jurídica e financeira.

Art. 100 - A avaliação deve ser conduzida de modo imparcial, com


isenção de ânimo, livre de opiniões previamente estabelecidas, ideias
preconcebidas, receios e medos e, os participantes devem ter a certeza, de que
as informações coletadas servirão exclusivamente para melhorar a tomada de
decisão, destacando o Sigilo e a Ética, como um dos princípios na avaliação da
Instituição.

Art. 101 - A avaliação institucional terá como objetivo geral, rever e


aperfeiçoar o Projeto Político–Pedagógico e o Plano de Ação, promovendo a
melhoria da qualidade, pertinência e relevância das atividades desenvolvidas na
área pedagógica e na administrativa em prol da aprendizagem dos alunos.

Art. 102 - Para maior alcance do processo de avaliação institucional,


e8sta terá os seguintes objetivos específicos:

I - Desenvolver o interesse da Escola em se auto avaliar, como meio de


conhecer melhor e garantir a qualidade da gestão, bem como, de prestar contas
à sociedade;

II - Acompanhar/Monitorar como as atividades/projetos/ações


pedagógicas e administrativas estão sendo desenvolvidas;

III - Acompanhar a execução do Projeto Político-Pedagógico,


contribuindo para a reformulação das ações previstas no PPP e no Plano de
Ação;

IV - Analisar os resultados no que concerne à aprendizagem e propor as


intervenções necessárias.

Art. 103 – A execução da Avaliação Institucional, terá procedimentos


quantitativo e qualitativo, podendo ser utilizado questionários abertos e
fechados, que deverão ser analisados, interpretados, e emitido um parecer final
41

conclusivo deste processo de avaliação institucional realizado com


periodicidade anual.

TÍTULO V
DA ORGANIZAÇÃO E DO FUNCIONAMENTO

CAPÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO DE AGRUPAMENTOS

Art. 104 - A Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, é


oferecida na Instituição, à Nível de Creche, para grupos de crianças de 3 anos e
11 meses e, Pré-escola, para grupos de crianças de 4 a 5 anos e 11 meses de
idade, em jornada integral, regulado e supervisionado pelos órgãos
competentes do Conselho Municipal de Educação de Trindade e submetido à
controle social.

Art. 105 – Os grupos serão formados por idade da seguinte forma:

I – Grupos de 3 anos a 3 anos e 11 meses, até 12 crianças, 1 professor,


de doze a 24 (máximo), 1 professor e um auxiliar.
II – Grupos de 4 anos a 4 anos e 11 meses, máximo de 25 crianças: Um
Professor
III – Grupos de 5 anos a 5 anos e 11 meses, máximo de 25 crianças: Um
professor.
IV – Em todo agrupamento deve haver um professor, em hipótese
alguma o auxiliar do professor poderá substituí-lo,
V – Independente da faixa etária, todos os agrupamentos deverão
respeitar a relação metragem/criança mínima de 1,50 m².

Art.106 - A organização em agrupamentos de crianças está prevista no


Projeto Político-Pedagógico da Educação Infantil que ofertamos.

§ 1º - Nos agrupamentos mistos, deverá ser respeitada a relação


professor criança, correspondente à menor idade das crianças agrupadas;
independente da quantidade de crianças com menor idade.

§ 2º - A organização de agrupamentos ou turmas deverá possibilitar as


condições para que se concretizem os objetivos da Educação Infantil, as
42

condições de aprendizagem e desenvolvimento das crianças, suas necessidades


e especificidades, e as exigências contidas na Resolução CME 011/21, para a
organização do espaço físico.

§ 3º - Em todo agrupamento deve haver um professor; em hipótese


alguma, o auxiliar do professor poderá substituí-lo.

§ 4º - Nos agrupamentos ou turmas, independente da faixa etária, deverá


ser respeitada a relação metragem/criança mínima de 1 ,50m2;

Art. 107 - Os agrupamentos podem ser constituídos por crianças da


mesma idade.

§ 1º - Os agrupamentos podem também ser constituídos por crianças


com idades aproximadas, mas contendo apenas dois recortes etários, seja para
atendimento parcial ou integral.

§ 2º - A instituição que optar pelo agrupamento com dois recortes


etários, ou agrupamento misto, deverá esclarecer às famílias das crianças ou
seus responsáveis, acerca do agrupamento de referência da criança e da idade
legal para o ingresso na Pré-EscoIa e fazer o registro da ciência da
família/responsável em documento específico.

§ 3º - Ao matricular as crianças de até 3 anos e constituir os


agrupamentos por idade, a instituição deve atentar para a idade legal
estabelecida na Normativa do Conselho Municipal de Educação para o ingresso
na Pré-Escola.

§ 4º - Nos agrupamentos mistos, deverá ser respeitada a relação


professor criança correspondente à menor idade das crianças agrupadas,
independentemente da quantidade de crianças com menor idade.

Art. 108 - Para suprir as faltas ou períodos de licença do professor e/ou


auxiliar, a SME ou a mantenedora deverá garantir outro professor e/ou auxiliar
para substituí-Io, imediatamente.

Art. 109 - Os funcionários responsáveis pelos serviços de limpeza e


organização do ambiente educativo, de alimentação, da secretaria e da portaria
não podem exercer a função docente, nem substituir o professor em sua
ausência.
43

CAPÍTULO II
DA MATRÍCULA

Art. 110 - A matrícula de alunos, será efetuada mediante solicitação dos


pais ou responsável, observado o critério de idade seguinte:

I – De três (3) anos a três (3) anos e onze (11) meses: Creche
II - De 04 (quatro) a 4 (quatro) anos e onze (11) meses: Pré-I
II – De 5 (cinco) a 5 (cinco) anos e onze meses: Pré-II

Art. 111 - No ato da matrícula, deverão ser entregues os seguintes


documentos da criança:

a) Cópia da Certidão de Nascimento;


b) Cópia do Comprovante de Endereço atualizado;
c) Cópia da documentação do pai, mãe ou, responsável legal;
d) Cópia do Cartão de vacina;
g) Nome, endereço, telefone da pessoa com autorização para pegar a
criança nos impedimentos do responsável;
h) Histórico e/ou declaração de transferência, Ficha Descritiva.

Art. 112 – A efetivação da matrícula será fundamentada após


confirmação e assinatura da Diretora.

Art. 113 - A solicitação de vagas das crianças para serem atendidas, será
feita pelo pai ou responsável diretamente na Instituição Escolar, em qualquer
época do ano, desde que tenha vaga.

Art. 114 - No caso de o representante não ter a guarda da criança a


Escola realiza a confirmação da matrícula e comunica via ofício ao Conselho
Tutelar, que o responsável não tem a guarda da criança, mas que foi o
responsável pela assinatura da matrícula, conforme LEI Nº 16.732, de 06 de
outubro de 2009. (Gabinete Civil de Goiás – GAB).

CAPÍTULO III
DA FREQUÊNCIA
44

Art. 115 - O registro da frequência escolar (diários/pautas) das crianças


matriculadas é de responsabilidade do professor-regente do agrupamento.

Art. 116 - A frequência mínima exigida para a Educação Infantil é de


60% (sessenta por cento) do total de horas letivas.

Art. 117 - A frequência na Educação Infantil, não pode, em nenhuma


hipótese, implicar na retenção da criança ou constituir-se como pré-requisito
para matrícula no Ensino Fundamental, nem tão pouco, resultar em punição da
criança ou implicar na perda do direito à vaga na instituição.

Art. 118 - A intermitente infrequência da criança, não justificada pelos


pais ou responsáveis, deverá ser comunicada pela instituição ao Conselho
Tutelar, conforme Lei Municipal nº 8.410/2006.

Art. 119 - Ao completar 30 (trinta) dias de faltas consecutivas sem


nenhuma justificativa, a família será notificada e, caso a criança não retorne, a
vaga poderá ser cedida a outra criança

CAPÍTULO IV
DA ESCRITURAÇÃO ESCOLAR

Art. 120 – A Escrituração Educacional se constitui no registro


sistemático das ações pedagógicas e administrativas da Escola, nos documentos
por ele abarcados e devem ser garantidas autenticidade, regularidade,
atualização e organização.

§ 1° – A escrituração Educacional está organizada em arquivos ativo e


passivo e contém os seguintes documentos:

I – Referentes à Instituição Escolar

 Comprovante da regularidade jurídica e do aspecto físico,


 Regimento Escolar e cópia da Ata de Aprovação,
 Projeto Político Pedagógico e cópia da Ata de aprovação,
 Calendário das atividades letivas,
 Dossiê dos profissionais contendo, no mínimo, dados de
identificação pessoal e profissional, comprovação legal de habilitação para o
45

exercício do magistério e comprovante do regime de trabalho do servidor, de


acordo com a função exercida,
 Registros da ação administrativa e pedagógica em documentos
específicos,
 Coletânea de Legislações educacional atuais,

II – Referente às crianças:

a. Registros de matrícula,
b. Dossiês contendo, no mínimo, cópia do Registro de Nascimento e
do Cartão de Vacinação, comprovante de endereço, cópia de documentos
pessoais dos pais ou responsáveis legais, prescrições e atestados médicos para
aquelas crianças, cujas especificações demandam esses documentos,
c. Diários/ Pautas de agrupamentos,
d. Relatórios descritivos do processo de avaliação da aprendizagem e
do desenvolvimento,
e. Planejamento de Atividades.

§ 2° - Os documentos de que tratam os incisos I e II estarão


permanentemente na secretaria e serão disponibilizados ao Serviço de Inspeção
Escolar, sempre que solicitados

Art. 121 - Os pais que precisarem de alguma documentação da


secretaria deverão pedir com antecedência mínima de 3 dias, por escrito na
agenda do aluno ou pessoalmente na Secretaria.

SEÇÃO I
DO DESCARTE DE DOCUMENTOS ESCOLARES

Art. 122 – Considerando à Política Nacional de Resíduos Sólidos, em


especial à Lei nº 12.305 de 02/08/2.010, e Resolução CME nº 008/17, os
Estabelecimentos de Ensino do Sistema de Educação do Estado de Goiás,
ficam terminantemente proibidos de usar o meio de incineração (queima) de
documentos considerados desnecessários.

Art. 123 – A Política Nacional de Resíduos Sólidos, reúne o conjunto de


princípios, objetivos, instrumentos, diretrizes, metas e ações, adotados pelo
Governo Federal, isoladamente ou em regime de cooperação com Estados,
Distrito Federal, Municípios ou particulares, com vistas à gestão integrada e ao
gerenciamento ambientalmente adequado dos resíduos sólidos.
46

Art. 124 - A Política Nacional de Resíduos Sólidos integra a Política


Nacional do Meio Ambiente e articula-se com a Política Nacional de Educação
Ambiental, regulada pela Lei n 9.795, de 27 de abril de 1999, com a Política
Federal de Saneamento Básico, regulada pela Lei nº 11.445, de 2007, e com a
Lei nº11.107, de 6 de abril de 2005, respaldada pela Resolução CME nº
008/17.

Parágrafo único – Cabe a Direção, criar incentivos de ações voltadas ao


destino dos Resíduos Sólidos, gerados pelo Estabelecimento de Ensino, tais
como:
I – Desenvolvimento de Projetos de Gestão dos Resíduos Sólidos
gerados pela Escola;
II – Estruturação de Coleta Seletiva no ambiente escolar;
III – Conscientização das famílias pelo cumprimento da Lei;
IV – Projetos de Reciclagem ou encaminhamento do Resíduo Sólido
aos lugares adequados de sua finalização.

Art. 125 – A Instituição Escolar pode fazer descartes como:

I – Documentos referentes ao processo de verificação de aprendizagem


escolar, no fim do ano letivo seguinte, desde que tenham sido feitas as devidas
anotações;
II – Requerimento de matrícula; cópias de atestados e declarações, após
o término do curso;
III – Diário de classe, pautas e mapas colecionador de canhotos, após
vinte (20) anos de conclusão dos cursos e ouvindo o setor competente do CME.
IV – O ato de descarte será realizado na presença de representante do
CME e será lavrado em ata, assinada pelo Diretor, pelo representante do CME,
na qual constará o extrato dos documentos descartados.
V – A pasta individual do aluno, contendo os documentos pessoais,
ficha individual, histórico escolar e Fichas Descritivas, bem como os livros de
atas, que fazem parte do arquivo da Escola, não poderão ser descartados.

Parágrafo único – Os documentos citados no inciso V do artigo, deverão


receber manutenção diária de cuidados preventivos para sua conservação e
preservação da identidade escolar dos alunos.

CAPÍTULO V
DA FAMÍLIA E ESCOLA
47

Art. 126 - A Instituição proporciona ações com intuito de envolver as


famílias no processo educativo da Educação Infantil.

Art. 127 - A relação família e instituição de ensino é uma questão que


merece destaque, pois tanto a instituição quanto a família são essenciais para o
sucesso da criança no processo de ensino-aprendizagem.

Art. 128 – A Instituição se propõe a ser um complemento da família e


trabalha para que ambas tenham filosofia e princípios próximos, para
beneficiarem os filhos/alunos, sendo também um espaço, agradável,
confortável e afetivo, para o desenvolvimento integral da criança.

Art. 129 - Para que a participação da família seja significativa,


recomendamos que a família participe das reuniões quando convocados ou
convidados, da elaboração da proposta pedagógica, acompanhe o
desenvolvimento da criança procurando orientá-la sobre a importância da
Escola e o cumprimento das normas e atividades que propomos.

Art. 130 - Executamos a formação dos profissionais para o


estabelecimento de vínculo com a família, promovendo momentos de discussão
sobre os papéis de cada segmento, a importância de cada um na vida das
famílias e das crianças, com zelo, cuidado e afetividade.

Art. 131 - A relação entre a família e instituição não está livre de


conflitos, apesar de ambas terem o mesmo objetivo, que é a formação da
criança por meio de uma educação de qualidade.

Art. 132 – Por se trata de instituições diferentes, Família/instituição,


muitas vezes possuem posicionamentos complexos e divergentes sobre as
relações com as crianças e as expectativas quanto às responsabilidades de
ambos acabam em conflitos, que precisam ser resolvidos entre si.

Art. 133 – Por esse motivo, estamos sempre prontos e abertos ao


diálogo, convocando as famílias por problemas referentes às dificuldades de
relacionamento, adaptação e envolvimento da criança com as pessoas e
atividades propostas pela instituição.

Art. 134 – Cabe à família refletir, se a Instituição Escolar atende ou não,


aos seus interesses e aos interesses da criança, para estar aberta ao diálogo
sobre as vivências no ambiente de educação, conscientizar-se e contribuir para
o cumprimento das normas estabelecidas junto com a Instituição, promovendo
a autonomia do filho para situações problemas que surgirem.
48

Art. 135 – Cabe à nós, como Instituição Escolar, o cumprimento da


proposta pedagógica construída em conjunto com os pais, promover a
liberdade de manifestação por parte da criança enquanto sujeito da comunidade
escolar, valorizando a construção de um processo educativo atualizado,
oportunizando momentos para o diálogo e parceria com a família.

Art. 136 - A convivência com essa diversidade é enriquecida quando os


familiares acompanham as vivências e as produções das crianças, participando
e permitindo a troca de conhecimento entre familiares e profissionais em
relação a cada uma das crianças

Art. 137 - Família e Instituição Escolar, em um só propósito, terão


melhores elementos para apoiar as crianças nas suas vivências, saberão mais
sobre suas potencialidades, seus gostos, suas dificuldades, contribuindo para
aprimorar o processo de “cuidar e educar”.

Art. 138 - Os responsáveis por garantir os direitos das crianças não são
somente da instituição de Educação infantil e da família/responsáveis, razão
pela qual é muito importante que as instituições de educação infantil
participem da chamada Rede de Proteção aos Direitos das Crianças,
articulando-se aos serviços públicos de saúde, de defesa dos direitos e outros,
contribuindo para que todas as crianças sejam, de fato, sujeitas de direitos,
conforme estabelece o ECA.

CAPÍTULO VI
DA FORMAÇÃO CONTINUADA

Art. 139 - A formação continuada é uma exigência da profissão docente


e caminhar para esta prática é o grande desafio dos educadores, na atual
conjuntura, quando o professor deve ser um constante aprendiz.

Art. 140 – Conforme a LDB 9394/96 e Res. CME 011/21, a formação


continuada está garantida e reforça o “aperfeiçoamento profissional
continuado”, ficando estabelecido o “período reservado a estudos,
planejamento e avaliação, incluído na carga horária de trabalho”.

Art. 141 – Entendemos por educação continuada: “atividades formais e


informais de aprendizagem através das quais os indivíduos elevam seus
49

conhecimentos, atitudes e competências”, devendo integrar-se ao cotidiano da


escola e considerar os diferentes saberes e a experiência dos educandos:

I - A formação continuada dos profissionais do magistério será atendida


por atividades formativas e cursos de aperfeiçoamento, preferencialmente,
dentro das horas atividades.

II - A formação em nível de Pós-Graduação, Lato Sensu ou Stricto


Sensu, é um direito do profissional, com regulamentação conforme legislação
vigente.

III - A formação continuada dos profissionais docentes e não docentes


será feita por meio de cursos promovidos pela Instituição escolar.

IV - A participação na formação continuada deve ser orientada


principalmente pelas necessidades oriundas da concepção e execução do
Projeto Político Pedagógico, podendo ocorrer na própria instituição ou fora
dela.

CAPÍTULO VII
DO CALENDÁRIO ESCOLAR

Art. 142 – O Calendário é o instrumento normativo, onde se indicam os


dias letivos a serem cumpridos e os períodos destinados às atividades, que
serão desenvolvidas, objetivando o cumprimento do Plano Geral da Escola e do
Currículo Pleno.

§ 1º - Caberá à Instituição Escolar, adequar o seu calendário ajustando-o


as peculiares locais, inclusive climáticas, econômicas, sociais e culturais;
§ 2º - A Instituição Escolar ministrará, anualmente, no mínimo 200
(duzentos) dias letivos, totalizando um mínimo de 800 (oitocentos) horas na
Educação Infantil e um mínimo de 04 (quatro) horas diárias de efetivo trabalho
escolar.
§ 3º - Do Calendário Escolar devem constar, além do previsto no
parágrafo anterior, os dias destinados às férias do professor, às reuniões
pedagógicas, às reuniões de pais e outras.

CAPÍTULO VIII
DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO
50

Art. 143 - Para assegurar a implementação do Projeto Pedagógico da


instituição de Educação Infantil, devem ser garantidos, pela instituição privada,
o quantitativo de profissionais e as condições adequadas de trabalho para o
atendimento às crianças de até 5 anos e 11 meses de idade.

Art. 144 - A direção das instituições de Educação Infantil deve ser


exercida por profissional com graduação em Pedagogia, admitidos, ainda,
aqueles com Licenciatura Plena em outras áreas do conhecimento.

Parágrafo Único. A escolha do diretor das instituições privadas é de


inteira responsabilidade da mantenedora, desde que se cumpra o que versa no
caput do Artigo anterior deste Regimento.

Art. 145 - A coordenação pedagógica das instituições que atendem a


Educação Infantil deve ser exercida por profissional com licenciatura em
Pedagogia, preferencialmente, com Especialização em Educação Infantil.

Art. 146 - O professor regente na Educação Infantil deverá ter formação


em Pedagogia, admitida, ainda, como formação mínima, a oferecida em nível
médio, na modalidade normal.

§ 1º - A mantenedora da instituição privada, deve promover a política


de formação continuada, ou facilitar o acesso dos profissionais da Educação
Infantil em cursos de aperfeiçoamento, que atendam aos objetivos da Educação
Infantil.

§ 2º - A participação na formação continuada deve ser orientada


principalmente pelas necessidades oriundas da concepção e execução do
Projeto Político Pedagógico, podendo ocorrer na própria instituição ou fora
dela.

§ 3º - Quando a instituição incluir em sua organização curricular o


ensino de Língua Estrangeira, deverá contratar profissionais com licenciatura
Plena, ou habilitação com especialização.

§ 4º - Quando a instituição incluir em sua organização curricular


atividades específicas da área de Educação Física, deverá contratar
profissionais com Licenciatura Plena na respectiva área de atuação.
51

Art. 147 - Os profissionais da educação que atuar na direção ou na


coordenação pedagógica não deverá exercer outras funções no mesmo turno.

Parágrafo Único. Admitir-se-á que o profissional que atua na direção,


assuma simultaneamente, a função de coordenação pedagógica, quando a
instituição tiver até 25 crianças.

Art. 148 - No atendimento às crianças com deficiência, transtornos


globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, sempre que
necessário e sem custo adicional às famílias dessas crianças, deve ser
garantida:

I - Presença do profissional Tradutor e Intérprete da Língua Brasileira


de Sinais, conforme o estabelecido na legislação;
II - Presença de profissionais para atuarem como apoios nas atividades
pedagógicas, de alimentação, higiene e locomoção, conforme legislação.
III — Profissionais para atuarem como apoios nas atividades
pedagógicas devem ter como formação mínima, o Ensino Médio. Lei de
Diretrizes e Bases da Educação, de acordo com a Lei 9.394/96, no Art. 59.

Art. 149 - A instituição de Educação Infantil deve ter, em seu quadro


administrativo, secretário elou auxiliar de secretaria, Monitor de educação
infantil com, no mínimo, o Ensino Médio.

Parágrafo Único. De acordo com a Lei Municipal N. 1.026 de 17 de


março de 2003, fica criado o cargo de Monitor de Educação Infantil.

Art. 150 - Os profissionais administrativos responsáveis pelos serviços


gerais, de alimentação, portaria, vigilância e outros deverão receber formação
continuada promovida pela mantenedora da instituição.

Art. 151 - O profissional que exerce função de serviços gerais não deve
exercer, concomitantemente, a função de serviços de alimentação e, para essa
última, é exigida a formação em Ensino Fundamental completo.

Art. 152 - Os profissionais das instituições de Educação Infantil deverão


ter vínculo empregatício e comprovarem formação adequada ao exercício de
suas funções, sejam estas de natureza pedagógica ou administrativa.

Parágrafo único - Estudantes vinculados à instituição por contrato de


estágio não poderão exercer outras funções que não as estabelecidas no
contrato.
52

CAPÍTULO IX
DOS ESPAÇOS FÍSICOS, DAS INSTALAÇÕES E DOS
EQUIPAMENTOS

Art. 153 - Os espaços, as instalações e os equipamentos da instituição


deverá oferecer à criança proteção e segurança, assim como oportunidades de
aprender e se desenvolver, explorar o mundo e construir sua identidade e
autonomia.

Art. 154 - Para a concessão do ato de Autorização de Funcionamento, a


edificação deve ser adequada ao fim educativo e atender às normas da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e às especificações
técnicas definidas nos Códigos de Edificações e de Postura de Trindade, no
Plano Diretor do Município, pela Vigilância Sanitária e pelo Corpo de
Bombeiros.

§ 1º - As dependências da edificação devem apresentar condições


adequadas de aeração, insolação, iluminação natural ou artificial, e, para
garantir as condições de acessibilidade e segurança:

I - Acesso à entrada principal da instituição e os existentes no interior


da edificação devem possuir portas adequadas e, se necessário, rampas, a fim
de propiciar a circulação das pessoas, inclusive das com deficiência física ou
mobilidade reduzida;

II - Escadas e/ou rampas existentes na edificação devem ter piso


antiderrapante e ser equipadas com corrimão e guarda-corpo. Quando se tratar
de escadas ou rampas com largura superior a 2,40m é necessário a instalação
de corrimão intermediário;

III - Edificações que possuem pavimento superior, ao qual a criança


tenha acesso, deve haver tela protetora nas janelas e guarda-corpo na sacada,
complementado com grade ou tela protetora, somente vertical, até o teto;

IV – Quando houver piscina, deve haver piso antiderrapante em seu


contorno e grades com barras verticais, com altura mínima de 1,50m, que
isolem a área de circulação em volta, e com portão e cadeado na parte superior.
53

§ 2º - As instalações sanitárias destinadas as crianças devem ser


separadas por sexo, adequadas à faixa etária atendida, em quantidade
suficiente, acessíveis às crianças com deficiência física ou mobilidade reduzida
e ter garantidas a sua higienização e conservação.

§ 3º - Na edificação, deve haver instalações sanitárias destinadas,


exclusivamente, aos profissionais que prestam serviços à instituição e aos
visitantes, em condições acessíveis às pessoas com deficiência física ou
mobilidade reduzida.

§ 4º - 0 mobiliário e os equipamentos destinados ao uso das crianças


devem atender aos princípios da ergonomia e apresentar durabilidade,
funcionalidade, segurança, estética adequada aos objetivos da Educação
Infantil e possibilitar acessibilidade e mobilidade às crianças com deficiência.

§ 5º - 0 fornecimento de água e o afastamento de esgoto devem atender


às normas constantes do Código de Posturas do Município de Trindade e o
Código Sanitário de Trindade.

§ 6º - Os reservatórios de água potável das edificações devem ter


capacidade suficiente para atender à demanda e deverão respeitar as exigências
constantes no Código Sanitário de Trindade.

§ 7° - As caixas d'água das instituições devem ser higienizadas


semestralmente, e na disponibilização de água para beber, há de se observar
que:

I - Bebedouros e Purificadores devem ser instalados em locais


apropriados e adequados ao uso das crianças, vedada à instalação em locais
insalubres;

II - Equipamentos de que trata o inciso I devem ser mantidos em


perfeito estado de limpeza e conservação, com troca periódica dos filtros,
conforme normas de manutenção;

III - Higienização da caixa d'água e o controle de praga devem ser


comprovados com documentos.

Art. 155 - Os espaços internos e externos da instituição educacional,


devem ser adequados às atividades administrativas, pedagógicas, recreativas,
culturais, sociais e de serviços gerais, conforme o Código de Edificações e Uso
do Solo de Trindade e o Código Sanitário de Trindade;
54

Parágrafo único - assim, a edificação deve ter uma estrutura básica que
contenha:

I - sala para recepção; salas específicas para diretoria, secretaria,


coordenação pedagógica, professores e outras que se fizerem necessárias;
III - salas para atividades que possibilitem relação metragem/criança
mínima de 1,50m2 e que permitam a mobilidade das crianças, do professor e
auxiliares, do mobiliário e dos equipamentos;
IV - espaços específicos destinados à cozinha, com os equipamentos e
utensílios apropriados à conservação de alimentos, à despensa, ao almoxarifado
e aos serviços gerais;
V - refeitório próximo à cozinha, com mobiliário adequado, conforme
as normas da ABNT e Inmetro, e em quantidade suficiente, nas instituições que
oferecem refeições;
VI - áreas cobertas e descoberta, que possibilitem o desenvolvimento de
atividades de expressão corporal, artística e de lazer, compatíveis com o
quantitativo de crianças atendidas;
VII - área livre, preferencialmente, arborizada e ajardinada, que ofereça
segurança e bem-estar às crianças e aos professores;
VIII - parque infantil ou áreas cobertas e descobertas, onde possam ser
colocados brinquedos e equipamentos, aprovados pelo Inmetro, que respeitem
as características ambientais e socioculturais da comunidade; e atendam às
especificidades de todas as crianças.

Art.156 - As instituições educacionais que oferecem a Educação Infantil


e o Ensino Fundamental devem reservar espaços para uso exclusivo das
crianças de até 5 anos e 11 meses de idade.

Art. 157 - A instituição atende crianças na faixa etária de 3 a 5 anos e


11 meses de idade, em período Parcial e dispõe de colchonetes para uso
individual das crianças.

TÍTULO VI
DAS NORMAS DE CONVIVÊNCIA

CAPÍTULO I
DIREITOS, DEVERES E NORMAS DISCIPLINARES DO PESSOAL QUE
INTEGRA O QUADRO DE FUNCIONÁRIOS
55

Art. 158 – Os funcionários do Quadro de pessoal, são admitidos por


Contrato com a Mantenedora, após selecionados por currículo e entrevista,
considerando a competente habilitação e qualificação exigida para a respectiva
função, conforme legislação em vigor.

SEÇÃO I
DOS DIREITOS

Art. 159 – São direitos assegurados aos funcionários:

I – Direito de petição e representação devidamente comprovado, bem


como, o de defender e reportar, nos termos da Lei;
II – O exercício de função de acordo com seu cargo e qualificação;
III – Gozo de férias regulares nos termos das escalas programadas pela
Instituição Escolar e aprovada pela mantenedora;
IV – Gozo de licença para aprimoramento profissional de acordo com a
escala elaborada e aprovada pela mantenedora;
V – Recebimento de orientação da Mantenedora ou da Direção, sempre
que necessário;
VI – Ciência de todos os atos administrativos emanados da Instituição;
VII – Liberação da mantenedora para participar de eventos culturais e
educativos correlacionados com a sua área de atuação, sem prejuízo das
atividades da Instituição Escolar.

SEÇÃO II
DOS DEVERES

Art. 160– São deveres dos funcionários que integram o quadro de


pessoal:

I – Exercer com responsabilidade, assiduidade, pontualidade e


qualidade, as funções de sua competência;

II – Responsabilizar-se pelo uso, manutenção e conservação do


equipamento de ambientes próprios de sua área de atuação;
56

III – Comunicar à direção todas as irregularidades que porventura,


ocorram na Escola, quando delas tiver conhecimento;

IV – Guarda sigilo sobre assuntos escolares de natureza confidencial ou


por razões éticas;

V - Ser fiel às atribuições previstas neste regimento e as determinadas


pelos seus superiores, relativas à sua área de atuação;

VI - Zelar pelo bom nome da Instituição, dentro e fora dela;

VII - Colaborar para a ordem, a disciplina e as regras estabelecidas pela


Instituição, e isso inclui, não manter sob sua guarda pessoal, criança cuja
retirada não se fizer dentro do horário estabelecido;

VIII - Manter espírito de colaboração e respeito com todos;

IX – Participar de todas as reuniões ou atividades, sempre que


convocado.

SEÇÃO III
É VEDADO AO PESSOAL
DO QUADRO DE FUNCIONÁRIOS

Art.161– É vedado ao pessoal do quadro de funcionários:

I – Adulterar arquivos escolares, bem como, outros documentos por


qualquer motivo;

II – Fazer Proselitismo religioso, político partidário ou ideológico, por


qualquer circunstância, bem como, pregar doutrinas contrárias aos interesses
nacionais, insuflando nos alunos e colegas, clara ou disfarçadamente, atitudes
de indisciplina ou agitação;

III – Falar, escrever ou publicar artigos ou dar entrevistas em nome da


Instituição, em qualquer época sem que para isso esteja credenciado;

IV – Retirar-se do local de trabalho, sem motivo justificado, antes do


final de seu horário de serviço;
57

V – Suspender alunos de sala de aula sem anuência da


Direção/coordenação;

VI - Ofender com palavras, gestos ou atitudes qualquer membro da


comunidade escolar;

VII – Apresentar-se no ambiente escolar vestido de maneira


inadequada;

VIII – Exercer atividades comerciais de qualquer natureza no recinto de


trabalho;

IX – Valer-se do cargo ou posição que ocupa para lograr proveito


ilícito;

X – Ingerir durante o serviço, mesmo em quantidade insignificante,


bebida alcoólica;

XI – Introduzir bebida alcoólica no local de trabalho, para uso próprio


ou de terceiros;

XII – Importar ou exportar, usar, remeter, preparar, produzir, vender,


oferecer, ainda que gratuitamente, ter em depósito, transportar, prescrever,
ministrar ou entregar de qualquer forma, a consumo de substância entorpecente
ou que determine dependência física ou psíquica;

XIII – Retirar, sem prévia autorização superior, documento ou objeto


pertencente a Escola, ou sob a sua guarda;

XIV – Permutar tarefa trabalho ou obrigações, sem expressa permissão


da autoridade competente;

XV – Abrir ou tentar abrir qualquer dependência da Escola, fora do


horário de expediente, salvo se estiver autorizado pela Direção;

XVI – Negligenciar ou descumprir qualquer ordem emitida por


autoridade competente;

XVII – Retardar o andamento de informações de interesse de terceiros;

XVIII – Fumar no ambiente de trabalho, principalmente na frente dos


alunos;
58

XIX – Assumir qualquer tipo de comportamento que envolva recusa


dolosa das disposições legais.

Art. 162 – Pela inobservância ao disposto neste Regimento e Legislação


pertinente estará sujeito às seguintes Normas disciplinares:

I – Advertência;

II – Repreensão;

III – Demissão;

Art. 163 – As Normas disciplinares serão aplicadas pela Diretora, no


caso dos incisos I e II, e pela mantenedora, no caso do inciso III.

Art. 164 - Para a aplicação das normas disciplinares serão consideradas


a natureza da infração, a gravidade e a circunstância em que tenha ocorrido, a
repercussão do fato, os antecedentes e a reincidência.

Art. 165 – A advertência será verbal e destina-se a transgressões leves.

Art. 166 - A repreensão será aplicada por escrito:

I – Pela reincidência das situações de advertência;

II – Pela transgressão do disposto nos itens III, VI, IX, X, XII, XIV,
XV, XVI e XVIII do Artigo anterior, pertinente ao assunto.

Art. 167 - A Demissão será efetivada pela mantenedora, em caso de


falta grave ou de reincidência a que alude o Artigo anterior, dentro da Lei
vigente.

Parágrafo Único – A Demissão será precedida de baixa na carteira


profissional ou fim do contrato, de acordo com as leis vigentes.

CAPÍTULO II
DIREITOS E DEVERES DOS PAIS OU RESPONSÁVEIS
59

SEÇÃO I
DOS DIREITOS DOS PAIS OU RESPONSÁVEIS

Art. 168 - Os pais ou responsáveis pelos alunos, como participantes do


processo educativo, têm direito à:

I - Receber informações sobre a vida escolar do aluno;


II - Apresentar sugestões quanto ao processo educativo;
III - Conhecer e participar da Proposta Pedagógica do Colégio;
IV - Participar da elaboração das normas de convivência;
V - Conhecer as normas deste regimento.

SEÇÃO II
DOS DEVERES DOS PAIS OU RESPONSÁVEIS

Art. 169 - São deveres dos Pais ou Responsáveis:

I - Cumprir os horários estabelecidos para entrada e saída da criança,


conforme normas do Colégio;
II - Comparecer às reuniões de pais ou quando convocados
individualmente.
III - Garantir a frequência regular da criança;
IV - Comunicar com antecedência a Direção/Coordenação, a entrada ou
saída em horários extras, bem como, a autorização de outra pessoa que não seja
o responsável pela retirada do aluno na Escola;
V - Comunicar à Direção/coordenação, sobre o estado geral de saúde da
criança, encaminhando quando necessário, o medicamento e a receita prescrita
pelo médico;
VI - A criança que estiver com suspeita de alguma doença contagiosa
como: sarampo, catapora, estomatites, viroses, conjuntivite, rota vírus, rubéola,
piolho ou outras possíveis, os pais deverão deixá-la em casa para cuidados,
avisando a escola imediatamente e quando retornar, trazer atestado médico
com a liberação.

VII - Autorizar por escrito a participação do aluno em atividades


externas promovidas pela Instituição Escolar;
VIII - Comparecer urgente a Escola quando for convocado em caso de a
criança estar passando mal com febre ou outros sintomas, pois, a Instituição
60

Escolar não ministra remédios às crianças sem prévia autorização por escrito
dos Pais ou responsáveis.
VIII - Manter atualizada a vacinação do seu filho.

CAPÍTULO III
DAS ORIENTAÇÕES E DIREITOS DAS CRIANÇAS

SEÇÃO I
DAS ORIENTAÇÕES ÀS CRIANÇAS

Art. 170 – As crianças devem receber orientação para:

I – Desenvolver sua curiosidade, imaginação e capacidade de expressão;


II – Desenvolver sua identidade cultural e social;
III – Criar hábitos de respeito aos coleguinhas à professora e demais
funcionários;
IV – Aprender desde cedo o valor de partilhar;
V – Aprender sobre a alimentação que promove hábitos nutricionais
saudáveis
VI – Adquirir bons hábitos de postura.

SEÇÃO II
DOS DIREITOS DAS CRIANÇAS

Art. 171 - São direitos das crianças:

I – Receber educação e cuidado de qualidade, assegurada por meio de


experiências e interações, que comprovam seu desenvolvimento físico, afetivo,
cognitivo, emocional, linguístico, simbólico e cultural;
II – Ter garantido o acesso e a permanência na Escola com sucesso,
indiferente de sua raça, seu credo, condição física, econômica, social e cultural;
III – Ter condições assegurada de aprendizagem, desenvolvimento e
acesso aos recursos didáticos oferecidos;
IV – Ter sua individualidade respeitada pelos profissionais, sem
discriminação de qualquer natureza;
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V – Ter no espaço interno e externo, um ambiente aconchegante, seguro


e estimulante, que permita a realização de atividades promotoras do seu
desenvolvimento integral
VI – Ter especial atenção durante seu período de adaptação à Escola.
VII – Ter proteção, afeto, amizade e expressão de sentimentos.

TÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 172 – Todas as informações necessárias deverão ser relatadas na


agenda da criança, tanto por parte da Instituição, quanto por parte dos pais ou
responsáveis.

Art. 173 - As professoras não poderão atender aos pais, por (telefone ou
pessoalmente), durante o período de aula, pois este é um momento dedicado
totalmente às crianças, por isso, recomendamos que todas as dúvidas ou
pedidos sejam transmitidos através da Agenda de seus filhos, ou se preferir,
falem pessoalmente com a Direção/coordenação.

Art. 174 - As Reuniões de Pais acontecerão bimestralmente em data


prevista no calendário e serão reforçadas através de bilhetes colados na agenda
da criança.

Art. 175 - O atendimento individual aos pais ou responsáveis, deverão


ser agendados e nesse dia, não será permitido à presença do aluno, para que se
tenha um melhor aproveitamento da reunião.

Art. 176 - Em caso de acidentes, as devidas providências serão tomadas


conforme a necessidade do caso, se houver Emergência Médica, essa será
acionada pela Escola e imediatamente os pais serão avisados.

Art. 177 - Os casos omissos neste regimento escolar serão resolvidos


pela Direção.

Art. 178 – A Instituição Escolar exibe a placa informativa do Conselho


Tutelar da Criança e do Adolescente, conforme prescrito em Lei nº
16.733/2009.
62

Art.179 – Este Regimento foi reelaborado, revisado e aprovado com a


participação da comunidade escolar, para vigorar a partir de 2024 e estará
sujeito a mudanças, após apreciado pelo Conselho Municipal de Educação,
sempre que se fizer necessário.

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