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Métodos
1 OBJETIVO ...................................................................................................................... 3
1.1 Perfil da Escola .............................................................................................................. 3
1.2 Análise das mudanças na Escola .................................................................................. 4
2 ANÁLISE DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ................................................. 8
2.1 Organograma Geral da Escola ...................................................................................... 9
2.2 Descrição do desenho organizacional da Empresa: autoridade, responsabilidade e
comunicação; estratégia, tecnologia, ambiente, pessoas e objetivos .................................. 12
2.3 Comentários sobre a Empresa e sugestão de melhorias ................................................ 12
3 ANÁLISE DOS MÉTODOS E PROCESSOS ............................................................. 13
3.1 Descrição das tarefas dos empregados da área em estudo............................................. 14
3.2 Fluxograma de uma rotina ............................................................................................. 15
3.3 Layout ............................................................................................................................ 16
3.4 Análise de Processos: comentários sobre o processo atual (pontos fortes e pontos fracos) e
sugestão de melhoria ........................................................................................................... 19
4 CONCLUSÃO .............................................................................................................. 21
1 OBJETIVO
O presente trabalho tem por objetivo analisar o perfil de uma Escola Pública
municipal localizada no munícipio de Ibirité, pertencente ao Sistema Mineiro de
Educação e as mudanças ocorridas no período pandêmico quanto à sua organização,
sistemas e métodos.
As escolas públicas, como parte integrante de um Sistema de Ensino que pode ser
estadual, municipal ou federal, respondem pelo inciso VI do artigo 206 da Constituição
Federal, ou seja, “gestão democrática do ensino público”.
Em Ibirité, o Sistema de Ensino é organizado segundo os princípios da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) 9394/1996, que estabelece no Artigo
8º, § 2º que “os sistemas de ensino terão liberdade de organização nos termos desta Lei”,
acrescido Artigo 11, Parágrafo único onde reza que “os Municípios poderão optar, ainda,
por se integrar ao sistema estadual de ensino ou compor com ele um sistema único de
educação básica”.
É preciso enfatizar que a Constituição não estabelece hierarquia entre as
unidades federadas, dotadas de autonomia. A relação entre os sistemas
fundamenta-se no princípio da colaboração, não no da subordinação. A
Constituição e a LDB estabelecem princípios e diretrizes necessárias ao projeto
nacional de educação, atribuindo aos sistemas campos de atuação e
competências prioritárias. A hierarquia é estabelecida pela abrangência da lei, e
o limite da autonomia são as competências nela definida (BRASIL, 2004)
(GRIFO NOSSO).
A partir de 2020, com a crise sanitária instalada pelo novo Coronavírus, algumas
mudanças significativas foram necessárias para atender à nova demanda.
Com a suspensão das aulas presenciais, o modelo pedagógico até então conhecido
pela maioria dos profissionais em Educação foi substituído, inicialmente, por atividade
não presenciais e, em 2021, pelo ensino híbrido. Essa alternância obrigou a todos e,
principalmente, à equipe gestora customizar e expandir comunicações, uma vez que dela
dependia o sucesso do trabalho pedagógico e a manutenção de um mínimo de qualidade.
As atividades não presenciais são elaboradas pelos/as professores/as sob a
orientação da equipe pedagógica (supervisoras pedagógicas) em conformidade com as
Matrizes de Referência do município de Ibirité. Essas matrizes foram elaboradas com
ampla participação do corpo docente e equipes pedagógicas das escolas e da Secretaria
Municipal de Educação (SEME) de Ibirité, ancoradas na BNCC.
Em 2021, a SEME decidiu eleger e trabalhar com as “habilidades prioritárias”, ou
seja, privilegiar as habilidades mais necessárias a serem desenvolvidas para cada Ano
escolar. Destarte, cada escola elegeu as habilidades essenciais para cada componente
curricular e para os respectivos Anos escolares. A SEME se encarregou em unifica-las e
comunicar às equipes pedagógicas tais habilidades, que foram transmitidas ao corpo
docente.
As atividades não presenciais são encaminhadas pelo corpo docente à equipe
pedagógica que as revisam e encaminham-nas para a SEME que divulga no site da
prefeitura. Além disso, a equipe gestora, principalmente direção e vice direção,
acompanhada pela secretária e uma auxiliar de secretaria, são encarregadas em imprimir
e distribuir essas atividades às famílias dos aprendentes. Essa equipe faz o controle da
devolutiva das atividades e repassa ao corpo docente para registrar, nos diários, a
frequência – que é atribuída pela devolução das atividades realizadas – e avaliação.
Objetivando estreitar a interação professor-aluno e oferecer mais uma ferramenta
de estudos, o Município lançou o projeto Educa Ibirité. O projeto contempla a plataforma
Google sala de aula como suporte e meio de interação, consiste em lançar desafios
pedagógicos aos estudantes e propiciar a interação por meio da plataforma Meet.
Um dos grandes desafios da Educação no Brasil é o seu financiamento. Apesar do
Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação (FUNDEB) e do atual Plano Nacional de Educação (PNE-2014-2014) ainda se
tem uma lacuna no que diz respeito ao acesso às tecnologias de informação, tais como
computadores ou tablets ligados à Internet. Essa lacuna deixou mais de 70% do corpo
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O referido autor apresenta o seguinte organograma que pode ser comum à todas
as escolas.
ORGANOGRAMA BÁSICO DE ESCOLAS
Conforme visto neste estudo, existe uma relação biunívoca entre qualidade da
gestão escolar, suas atividades fins e atividades-meios. Comparando as projeções com o
IDEB observado entre os anos de 2009 a 2019, constata-se que a Escola superou a estas
projeções. Destarte, infere-se que a articulação da Gestão Escolar alcança os objetivos
das suas atividades fins, ou seja, a apropriação do saber pelos educandos.
escolar, pode ser entendido como estrutura, no sentido de ordenamento e disposição das
funções que asseguram o funcionamento da Escola.
Os métodos, no sentido estrutural da Escola, são articulados entre todos os
segmentos com vistas a atingir “[...] o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo
para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho” (BRASIL, 1994), pois
“a Educação é dever do Estado, da família” e deve ser “[...] promovida e incentiva com a
colaboração da sociedade [...]” (BRASIL, 1988).
Enquanto representantes do Estado, os membros da Equipe Gestora, corpo
docente e pessoal administrativo corroboram-se nas famílias e na sociedade para que o
acesso e permanência bem sucedida das crianças sejam garantidos e os processos sejam
em conformidade com a legislação, sem desacatá-la ou suprimi-la.
Também, enquanto servidores públicos, percebe-se o zelo pelos princípios da
supremacia do interesse público, assegurando os direitos sociais e individuais, e da
indisponibilidade do interesse público. Observa-se, conforme pautado por Libâneo;
Oliveira e Toschi (2012, p.444) que “a organização e os processos de gestão assumem
diferentes modalidades, conforme a concepção que se tenha das finalidades sociais e
políticas da educação em relação à sociedade e à formação dos alunos”.
Desta maneira, infere-se que os métodos e processos da Escola analisada se
enquadram no modelo de Gestão democrático participativa uma vez que,
Privilegia a forma coletiva de tomada de decisões. Advoga que não basta a
tomada de decisões, é preciso que sejam colocadas em prática para prover as
melhores condições de viabilização do processo de ensino e aprendizagem.
Tais ações dependem diretamente das capacidades e responsabilidades
individuais e de uma ação coordenada e controlada. Baseia-se na relação
orgânica entre a direção e a participação dos membros da equipe. Prioriza uma
gestão onde todos buscam objetivos comuns que serão assumidos por todos, e
a ênfase encontra-se tanto nas tarefas quanto nas relações (LIBÂNEO,
OLIVEIRA e TOSCHI, 2012, p. 323-325).
Destaca-se que Escola, enquanto entidade pública, se pauta nos princípios básicos
instituídos no artigo 37, caput, da Constituição da República, a saber: legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
A gestão escolar envolve uma série de atividades diárias que, juntas, ajudam a
garantir um ensino de excelência para os estudantes, além de uma estrutura adequada para
que eles possam se desenvolver de maneira saudável. Para que a gestão escolar atenda o
princípio da eficácia e eficiência é necessário se ter uma equipe gestora bem preparada,
experiente e com profissionais multidisciplinares.
Cada membro da equipe gestora (Especialista em Educação, Diretora e vice-
diretoras) possui funções e incumbências que estão descritas nos artigos 104, 105, 106,
110 e 111 da Lei Complementar (LC)164 de 10 de julho de 2019 e, exercidas com
competência e compromisso, são fundamentais para o progresso da Escola e dos seus
alunos. Essas tarefas são de cunho pedagógico, administrativo e financeiro.
O Especialista em Educação (supervisor pedagógico e orientador educacional)
assume papel importantíssimo na coordenação e articulação do processo ensino-
aprendizagem, sendo corresponsável, com a direção da escola, na liderança da gestão
pedagógica que deve ser o eixo a nortear o planejamento, a implementação e o
desenvolvimento das ações educativas.
Neste sentido, o Especialista atua em três campos fundamentais, interligados e
articulados entre si, abrangendo as ações de planejamento, implementação, organização
e avaliação do processo de ensinar e aprender, mediados pela necessidade de se garantir
um clima interno favorável ao desenvolvimento destas ações e, ainda, a necessária e
indispensável participação e envolvimento com os pais e comunidade.
A diretora, junto com as vice-diretoras, além das atribuições descritas nos artigos
110 e 111 da LC 164/2019, é vista como o elo entre os níveis organizacionais superiores
e a Escola. Sua função operacional tem características peculiares, repleta de pressões,
conflitos e mudanças advindas do cotidiano escolar, do sistema educacional e da
sociedade. A diretora exerce a função de líder institucional, até por força das
diversificadas atividades que exigem dela a clareza dos objetivos a serem atingidos, visão
articulada do funcionamento da escola como um todo e a percepção crítica das complexas
relações entre educação escolar e sociedade.
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3.3 Layout
Infere-se que a adaptações atendem aos “tipos de trabalho” que, na Escola, podem
ser classificados como “trabalho rotineiro”, conforme “Perrow (1967) e apresentada por
Cury (2000, p. 74) e Daft (2002, p. 199-201)” (citados por LAVARDA e LAVARDA,
2016, p. 295).
Na escola analisada pode-se perceber “erros” no projeto arquitetônico que afetam
o cotidiano escolar. Para exemplificar, é relevante que as salas de aula tenham iluminação
e circulação de ar naturais. Contudo, ao fazer o projeto arquitetônico, os projetistas
desconsideraram os pontos cardeais. Assim, a escola analisada não conta com boa
circulação de ar e luminosidade naturais, pois, quanto às janelas e portas das salas de aula,
a edificação está à leste, impedindo a circulação do ar norte-sul passar pelas salas e o sol
da manhã exige o uso de cortinas, escurecendo-as e, consequentemente, exigindo acender
as lâmpadas.
Além disso, os corredores que dão acesso às salas de aula foram colocados do
lado leste e isso prejudica o acesso às salas em período chuvoso. Estes são alagados e a
água escorre pelas escadas que dão acesso ao térreo, tornando-se perigoso o traslado para
os banheiros, ala administrativa, quadra de esportes e cantina.
A cantina não conta com refeitório. Há um pátio em frente que foi adaptado como
refeitório. Porém, este é muito próximo da rua e, anteriormente ao fechamento das grades,
os transeuntes paravam para observarem as crianças durante a merenda. Outro problema
que afeta a cantina é o cemitério municipal que é localizado do outro lado da rua, ou seja,
foi desconsiderado os riscos de animais, tais como baratas, ratos e escorpiões.
A secretaria, presente na ala administrativa, é pequena e não tem luminosidade e
nem circulação de ar naturais, exigindo o uso de ventiladores e lâmpadas acessas
constantemente. O hall da secretaria funciona para receber e encaminhar as pessoas que
precisam entrar e resolverem problemas. Nos horários de pico (início e término das aulas)
ou períodos de matrícula, este é insuficiente para o grande fluxo de pessoas, além disso,
interfere no fluxo dos/as professores/as que caminham para a sala de professor.
3.4 Análise de Processos: comentários sobre o processo atual (pontos fortes e pontos
fracos) e sugestão de melhoria
autonomia à escola deve consistir em conferir poder e condições concretas para que ela
alcance objetivos educacionais articulados com os interesses da comunidade a qual está
inserida. E isso não acontecerá jamais por concessão espontânea dos grupos no poder.
Essa autonomia, esse poder, só se dará como conquista de uma dada comunidade. Por
isso é preciso, com ela, buscar a reorganização da autoridade no interior da escola. A esse
respeito, o maior obstáculo nos dias de hoje, é precisamente a função atual do diretor que
o coloca como autoridade última no interior da escola. Essa regra, astutamente mantida
pelo Estado, confere um caráter autoritário ao diretor, na medida em que estabelece uma
hierarquia na qual ele deve ser o chefe de quem emanam todas as ordens na instituição
escolar; leva a dividir os diversos setores no interior da escola, contribuindo para que se
forme uma imagem negativa da pessoa do diretor, a qual é confundida com o próprio
cargo; faz com que o diretor tendencialmente busque os interesses dos dominantes em
oposição aos interesses dos dominados; e confere uma aparência de poder ao diretor que
em nada corresponde à realidade concreta. É preciso, pois, começar por lutar contra esse
papel do diretor (não, entretanto, contra a pessoa do diretor). É preciso aprofundar as
reflexões de modo a que se perceba que, ao se distribuir a autoridade entre os vários
setores da escola, o diretor não estará perdendo poder já que não se pode perder o que não
se tem.
A gestão deve ser tomada como uma atividade facilitadora na escola. O grande
desafio dentro da escola diz respeito a rapidez e facilidade de acesso à informação; com
isso avulta a necessidade dos atores da escola estarem preparados para transmitir
conhecimento e mediar contato com novas tecnologias, estimular o aluno a aprender onde
buscar informações e o que fazer com ela e questiona-la.
Sobre o processo pedagógico durante o isolamento social, a SEME atribuiu à
Escola a responsabilidade de conduzi-lo em conformidade com os parâmetros de
segurança. Para tanto, foram disponibilizadas, no primeiro momento, atividades não
presenciais e, em 2021, as interações – inicialmente no Instagram e, a partir de maio, foi
implantado o projeto Educa Ibirité, com a utilização da plataforma Google sala de aula e
Meet.
A partir de agosto (2021) a Escola adotou o ensino híbrido como alternativa para
reintroduzir os alunos na rotina e cultura escolar. Um ponto fraco é a frequência das
crianças. Tanto no ensino online, quanto presencial, a frequência não atinge a maioria dos
estudantes. Por um lado, as famílias não têm condições financeiras para disporem aos
filhos estudantes um computador ou tablet ligado à Internet, por outro, as famílias ainda
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se sentem inseguras quanto a presença das crianças em sala de aula, apesar de a Escola
seguir todas as normas de segurança adaptadas à realidade escolar.
O layout é, desde o início das atividades da Escola, o grande problema, isto porque
a Escola dispõe de um projeto arquitetônico inadequado à dinâmica escolar. Estando ele
todo construído e qualquer modificação estrutural compromete a edificação.
As proposições para o layout se centram apenas em arranjos de espaços físicos,
tais como, abertura de janelas com grades na secretaria, uma vez que esta é rente à rua;
colocação de toldos nos corredores com vistas a proteger das chuvas; colocação de grades
de proteção no parapeito, principalmente no andar superior com vistas a resguardar a
integridade físicas das crianças.
4 CONCLUSÃO
Quanto aos seus sistemas e métodos infere-se que, tanto em momento anterior à
pandemia, quanto agora, os sistemas estão interligados, propiciando e garantindo um
mínimo de qualidade de aprendizagem. Os métodos adotados para o período de
isolamento social trazem elementos que configuram a responsabilidade, o compromisso,
a tentativa de eficiência e eficácia dos agentes públicos em resguardarem a permanência
bem sucedida de todas as crianças.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
NERY JÚNIOR, Nélson. Princípios do processo civil à luz da Constituição Federal. São
Paulo: Revista dos Tribunais, 1999.