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GUIA DE ORIENTAÇÕES

DO CONSELHO ESCOLAR NA GESTÃO DEMOCRÁTICA

NATAL/RN
2 0 23
FÁTIMA BEZERRA

GOVERNADORA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

GETÚLIO MARQUES FERREIRA

SECRETÁRIO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, DA

CULTURA, DO ESPORTE E DO LAZER

MÁRCIA MARIA GURGEL RIBEIRO

SECRETÁRIA ADJUNTA

ÁLVARO LUIZ BEZERRA

SUBSECRETÁRIO DE ESTADO DE EDUCAÇÃO

MAGNÓLIA MARGARIDA DOS SANTOS

MORAIS

COORDENADORA DOS ÓRGÃOS REGIONAIS DE

EDUCAÇÃO

MARIA EUGÊNIA DE MOURA FURTADO SARAIVA


MARIA DE LOURDES DA SILVA
MÁRCIA LÚCIA BARRETO DE LIMA

EQUIPE DA GESTÃO DEMOCRÁTICA/CONSELHOS ESCOLARES


SUMÁRIO

Apresentação........................................................................................................1

Introdução.............................................................................................................2

O que é o conselho escolar..................................................................................3

Representantes do conselho escolar:..................................................................3

Por que ter um conselho escolar..........................................................................4

Funções do conselho escolar...............................................................................4

Gestão escolar......................................................................................................5

Dinâmica de funcionamento do conselho escolar................................................6

O processo de autonomia da escola....................................................................7

Atribuições do presidente do conselho escolar....................................................8

Atribuições do vice-presidente.............................................................................9

Atribuições dos conselheiros................................................................................9

Atribuições do secretário......................................................................................9

Gestão democrática escolar...............................................................................10

Como realizar as reuniões..................................................................................12

A legislação que ampara os conselhos escolares.............................................13

O conselho escolar e o acompanhamento da prática pedagógica....................22

A democratização da gestão financeira escolar.................................................22

Anexos................................................................................................................23
8

APRESENTAÇÃO

Prezados (as) Conselheiros Escolares,

Uma escola democrática implica no fortalecimento do exercício da


cidadania. Entre os mecanismos de participação presentes no interior da escola
encontra-se o Conselho Escolar enquanto organismo colegiado, campo pedagógico
de aprendizado das noções de direito e deveres; base da compreensão e
desenvolvimento do conceito de cidadão consciente.
Este guia de orientações reúne o registro de informações, a partir de
leituras realizadas aos cadernos do Programa Nacional de Fortalecimento dos
Conselhos Escolares, conceitos sobre o princípio democrático de gestão na escola
pública, bem como os mecanismos legais que sustentam o Conselho Escolar, sua
função e suas atribuições.
O conteúdo, ora exposto busca contribuir com o processo formativo de
aprendizagens significativas junto aos segmentos escolares (pais, professores,
funcionários, estudantes) aperfeiçoando suas práticas escolares e sua participação
na gestão escolar, a fim de que possam impulsionar mudanças na qualidade do
processo de ensino aprendizagem.
É fator determinante para uma efetiva atuação do Conselho Escolar que
este seja, participativo e transparente em suas ações e procedimentos, alertando
cada conselheiro para sua real função e o exercício deste de maneira responsável.
Não basta a simples junção de pessoas para se dizer que existe um
Conselho Escolar, ele cria vida e movimento quando existe um processo sistêmico e
orgânico, favorecendo o desenvolvimento integral da comunidade escolar. Desta
forma, a escola democrática, autônoma e inclusiva que queremos depende muito da
participação integral de todos os membros.
Ademais, você conselheiro (a) cada vez mais participativo (a), com sua
voz e voto, será capaz de contribuir na construção de uma escola pública de
qualidade social.
9

Para atingir os objetivos para os quais foi criada,


a escola precisa, por meio dos atores nela
envolvidos, planejar suas ações e estabelecer
prioridades.

“Caderno 7 – Programa Nacional dos Fortalecimentos dos


Conselhos Escolares.”

INTRODUÇÃO

Secretaria de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer do


Rio Grande do Norte, por meio da Coordenadoria dos Órgãos Regionais de
Educação - CORE monitora os conselhos escolares com o objetivo de implantar nas
escolas públicas estaduais, um processo de discussão enquanto espaço privilegiado
para o exercício da democracia participativa, favorecendo a integração de todos os
segmentos.
Quando se pensa em gestão democrática na escola, a participação
constitui uma das bandeiras fundamentais a serem implementadas pelos diferentes
atores que constroem o cotidiano escolar.
É necessário repensar a cultura escolar e os processos, normalmente
autoritários, de distribuição do poder no seu interior. Destacando-se a qualificação
dos conselheiros escolares para que entendam a participação como um processo a
ser implementado coletivamente na escola.
Para que a participação seja realidade, são necessários meios e
condições favoráveis de forma que a cultura escolar e os processos que envolvem
ações de autoritarismo e de distribuição de poderes arraigados no interior das
escolas públicas, sejam discutidos em condições favoráveis à participação coletiva
no espaço escolar.
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O QUE É O CONSELHO ESCOLAR?

O Conselho Escolar é órgão colegiado de natureza consultiva,


fiscalizadora, mobilizadora, pedagógica, articuladora, deliberativa e representativa
da comunidade escolar que assegura o projeto político-pedagógico da escola, como
a própria expressão da organização educativa da unidade escolar, que deverá
orientar-se pelo princípio democrático da gestão participativa.
Constitui-se em um lugar de participação; um espaço de discussão,
negociação e encaminhamento das demandas educacionais, possibilitando a
participação social e promovendo a gestão democrática. É também uma instância
de discussão, acompanhamento e deliberação, na qual se busca construir uma
cultura democrática, substituindo a cultura patrimonialista pela cultura participativa e
cidadã.
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REPRESENTANTES DO CONSELHO ESCOLAR:

 Pais ou responsáveis, estudantes, professores, funcionários, gestor (a)


- membro nato.

POR QUE TER UM CONSELHO ESCOLAR?

 Para criar ambiente articulador da gestão democrática escolar;


• Para favorecer a integração entre a comunidade escolar e local em prol
do acompanhamento ao desempenho da escola;
• Para ser instância de escuta, reflexão e participação;
• Para desenvolver uma atitude democrática, criando oportunidades para
que todos os segmentos possam falar e defender os seus interesses
coletivos;
• Para exercer o controle social da educação.

FUNÇÕES

1- Função Fiscalizadora: acompanha, supervisiona, monitora e avalia o


cumprimento das normas da escola e a qualidade social do cotidiano
escolar
2- Função mobilizadora: promove, estimula e articula a participação
integrada dos segmentos representativos da escola e comunidade
local;

3- Função consultiva: aconselha e emite opiniões sobre questões,


assuntos e problemas relacionados à escola. Assessora e encaminha as
questões levadas pelos diversos segmentos da escola e apresenta
sugestões de soluções, que poderão ou não ser acatadas pela unidade
escolar;
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4- Função deliberativa: examina as situações apresentadas ao


Conselho Escolar com vista a
uma decisão; aprova proposições, encaminhamentos e prestação de
conta;
5-Função pedagógica: em relação aos aspectos pedagógicos, serão
observados os princípios
e as disposições constitucionais, os pareceres e as resoluções dos
órgãos normativos federal
e estadual, bem como a legislação do Sistema de Ensino do Estado do
Rio Grande do Norte;
6- Função articuladora: posiciona-se na hora certa e no lugar certo
mediando opinião que
contribua para o bem comum da comunidade escolar;
Função representativa: eleitos através do voto direto e com a missão de
representar a escola
de acordo com seu segmento

FUNCIONAMENTO DO CONSELHO ESCOLAR

A atividade do Conselho dá-se por meio de reuniões ordinárias periódicas


(no mínimo mensais) e reuniões extraordinárias (de acordo com a necessidade),
sendo estas convocadas pelo presidente ou pela comunidade escolar. Deve ser
promovida bimestralmente uma Assembléia Geral, para comunicações do
funcionamento geral da escola, nas dimensões pedagógica, administrativa e
financeira.
O calendário de reuniões ordinárias, extraordinárias e Assembleias
Gerais, deve ser construído coletivamente pelos conselheiros fixados em locais
estratégicos da escola para ser visto pelo maior número de pessoas. Isso, porém,
não dispensa a convocação por escrito ou presencial a cada conselheiro e pessoas
cuja participação seja considerada importante.Sugere-se que a pauta seja
construída coletivamente. Pode ser utilizado um espaço no mural do Conselho
Escolar para colher junto à comunidade sugestões de assuntos relevantes.
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Qualquer pessoa pode participar das reuniões ordinárias do Conselho


Escolar para discutir conjuntamente todo e qualquer problema ou assunto
relacionado à escola, seja de ordem pedagógica, administrativa ou financeira, no
entanto, só terão direito a voto os membros eleitos e o membro nato.

O PROCESSO DE AUTONOMIA DA ESCOLA

A autonomia implica gestão democrática, é um processo coletivo e


participativo. As tomadas de decisões devem ser compartilhadas e o
comprometimento deve envolver todos.
Vale ressaltar que a autonomia da escola não se constrói com normas e
regulamentos, mas com princípios e estratégias, amplamente discutidos com todos
que fazem a escola, aplicados às circunstâncias do momento em que os fatos
acontecem e sempre valorizando a criatividade, a iniciativa na resolução dos
problemas.

O conselho escolar deve participar da elaboração do calendário


escolar, analisar os relatórios anuais da escola para avaliar se foram cumpridas as
diretrizes e metas estabelecidas no ano interior, portanto é muito importante que
todos os membros participem ativamente nas reuniões, sugerindo, questionando e
ajudando a traçar o rumo da escola.
 Elaboração do Regimento Interno do Conselho e participação na
elaboração do Regimento Escolar;
 Aprovação, e/ou atualização do Projeto Político Pedagógico - PPP;
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 Definição do calendário escolar;


 Contribuições curriculares, metodológicas, pedagógicas e
administrativas.

ATRIBUIÇÕES DOS CONSELHEIROS

 Organizar seus segmentos, agindo como porta-voz de interesses e


posições de seus pares;
 Promover reuniões com os segmentos a fim de discutir questões
referentes à organização e funcionamento da escola, visando ao
encaminhamento de sugestões e proposições ao conselho;
 Representar seus segmentos, visando sempre à função social da
escola;
 Participar das reuniões ordinárias e extraordinárias sempre que
convocados;
 Divulgar as definições do conselho aos seus pares;
 Avaliar, julgar e opinar com imparcialidade assuntos que envolvam
alunos e servidores da escola.

ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DO CONSELHO ESCOLAR

 Expor Edital de Convocação convidando a todos os conselheiros e


comunidade escolar com antecedência de 8(oito) dias, para reunião
ordinária, com pauta claramente definida no ato da convocação;
 Criar e publicar o Conselho Escolar no SIGEDUC, aba dos órgãos
colegiados;
 Anexar no SIGEDUC, aba dos órgãos colegiados documentos
pertinentes ao conselho (relatórios, Lei Complementar nº 585,
Regimento do conselho escolar, editais das reuniões ordinárias e
extraordinárias, atas das reuniões, plano de ação do conselho,
cronograma de reuniões etc.);
 Atualizar no SIGEDUC, aba dos órgãos colegiados as vacâncias
existentes do conselho escolar;
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 Convocar, sempre que justificadas, reuniões extraordinárias com 48


horas de antecedência;
 Presidir as reuniões do Conselho Escolar;
 Delegar poderes ao Vice- Presidente;
 Diligenciar pela efetiva realização das decisões do Conselho Escolar;
 Estimular a participação de todos os Conselheiros em todas as
reuniões do Conselho Escolar;
 Submeter a análise e à aprovação o Plano de Trabalho Anual da
Escola, incluindo Calendário, Projeto Político Pedagógico, Regimento
Escolar e outros;
 Providenciar as comunicações e divulgações definidas pelo Conselho
Escolar, incluindo relação dos presentes;
 Votar em caso de empate;
 Cumprir e fazer cumprir o Regimento do Conselho Escolar;
 Criar cronogramas de formação;

ATRIBUIÇÕES DO VICE-PRESIDENTE

 Substituir o Presidente em suas ausências, suspensão ou


impedimentos e sucedê-lo em caso de ausência;
 Auxiliar o Presidente nos assuntos da sua competência.

ATRIBUIÇÕES DO SECRETÁRIO

 Agendar as reuniões através dos editais na ABA do SIGEDUC módulo órgãos


colegiados;

 Registrar as atas das reuniões ordinárias e extraordinárias na ABA do


SIGEDUC, módulo órgãos colegiados, como também manter o livro de atas
do Conselho Escolar. OBS.: a ata deve ser digitada no campo indicado.
 Convocar os conselheiros para as reuniões por meio de correspondência
física e online, como também, afixar edital de convocação em local de fácil
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acesso e boa visibilidade para conhecimento da comunidade escolar


informando data, hora e pauta das reuniões.

 O secretário é o responsável pelo livro ata, bem como o arquivo dos


documentos referente ao Conselho Escolar;
 O Secretário deverá ter no arquivo, nome, endereço, telefone e o e-
mail dos conselheiros;
 No início do ano letivo, o colegiado deverá se reunir e definir o
calendário de atividades do conselho;
 No final da reunião ordinária deve ser entregue aos conselheiros a
data da realização da próxima reunião, conforme o cronograma.
.
ATRIBUIÇÕES DO (A) ALUNO (A)

 Criar um canal de diálogo com os demais alunos (as) da escola a fim


de mobilizar, divulgar, acompanhar, avaliar as demandas que se
apresentam no cotidiano escolar;
 Sensibilizar os pais sobre a importância do Conselho Escolar;
 Discutir com seu segmento e encaminhar ao Conselho Escolar os
problemas que interferem na qualidade da prática pedagógica:
dificuldade de aprendizagem, carência e frequência de professor,
recursos didáticos, estrutura física e etc.
 Participar da elaboração, atualização e acompanhamento do Projeto
Político Pedagógico PPP, da escola;
 Acompanhar a assiduidade dos professores, funcionários e gestores e
dar ciência ao Conselho Escolar;

ATRIBUIÇÕES DO (A) PAI/MÃE/RESPONSÁVEL

 Propor junto ao Conselho Escolar ações que fortaleçam a relação escola-


família-comunidade;
 Trabalhar como multiplicador com a finalidade de sensibilizar e mobilizar
os pais a participarem da vida escolar dos filhos;
 Participar ativamente dos Encontros Pedagógicos e reuniões;
 Conhecer as Leis: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira,
Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei 585/2016 que rege a Gestão
Democrática, Regimento Interno Escolar /Regimento do Conselho Escolar,
Portaria 200/2013;
 Participar da elaboração, atualização e acompanhamento do Projeto
Político Pedagógico da escola;
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PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA

O processo de gestão democrática é compreendido pela administração


escolar como uma atividade, um meio e união de esforços coletivos para a
implementação dos fins da Educação, o conhecimento da legislação, a discussão, o
engajamento, o acompanhamento ao PPP, a implantação e consolidação de
mecanismos de participação, como: conselho escolar, conselho de classe e grêmio
estudantil.
DESCENTRALIZAÇÃO - A administração, as decisões, as ações
devem ser elaboradas e executadas de forma não hierarquizada;

PARTICIPAÇÃO - Todos os envolvidos no cotidiano escolar devem


participar da gestão: professores, estudantes, funcionários, pais ou
responsáveis, pessoas que participam de projetos na escola, e toda a
comunidade do entorno da escola;

TRANSPARÊNCIA - Qualquer decisão e ação tomada ou implantada


na escola tem que ser de conhecimento de todos.

Para dar sustentação à gestão democrática na escola, a equipe gestora e


o Conselho Escolar devem promover ações que:

1. Busquem o engajamento familiar e da comunidade;


2. Garantam o processo democrático de escolha de gestores por todos os
segmentos da comunidade escolar, qualificando e assegurando este
processo, discutindo e redefinindo suas funções, papéis e relações
com as diferentes instâncias do poder e a participação do Conselho
Escolar.
3. Articulem a escola com diferentes parceiros para viabilizar suas
propostas, valorizando aqueles que fazem parte da comunidade na
qual está inserida.
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4. Proporcionem um ambiente favorável ao desenvolvimento da


autonomia do cidadão, eliminando medidas punitivas e autoritárias,
substituindo por medidas educativas, buscando o respeito e a
cidadania e não o medo;
5. Promovam a delegação de poder, valorizando o trabalho em equipe;
6. As responsabilidades sejam assumidas em conjunto;

COMO REALIZAR AS REUNIÕES:

 Priorizem o cumprimento do calendário de reuniões e assembléias;


 Organizem as reuniões de modo que elas sejam, ao mesmo tempo,
agradáveis e produtivas para atingir os objetivos;
 Prestem atenção na fala de cada um para otimizar o tempo e evitar
repetições;
 Expressem as ideias com clareza;
 Oportunizem a todas as pessoas a expressão de suas ideias e
considerações;
 Após as decisões aprovadas, deverão ser definidos os responsáveis
pelos encaminhamentos;
 Registrem em ata toda a dinâmica da reunião, falas e
encaminhamentos; Coloquem uma cópia da ata no mural do Conselho
Escolar, como também no SIGEDUC, ABA dos órgãos colegiados.

AS LEIS QUE AMPARAM OS CONSELHOS ESCOLARES


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"As leis não bastam, os lírios não nascem das leis"


Carlos Drummond de Andrade.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da Lei;
Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu
sistema de ensino, terão a incumbência de:
VI - articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração
da sociedade com a escola;
VII - informar os pais e responsáveis sobre a freqüência e rendimento dos alunos,
bem como sobre a execução de sua proposta pedagógica.
Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de:
VI - colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a
comunidade.
Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do
ensino público na educação básica, de acordo com suas peculiaridades e conforme
os seguintes princípios:
II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou
equivalentes.
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Lei de Diretrizes e Bases nº 9.394 foi promulgada em 20 de dezembro de 1996

Apresenta as seguintes determinações, no tocante à gestão democrática:

Art. 14 - Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do


ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e
conforme os seguintes princípios:

I. Participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico


da escola;

II. Participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou


equivalentes.

Art. 15 - Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de


educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e
administrativa e de gestão financeira, observadas as normas de direito financeiro
público.

Plano Nacional de Educação, aprovado pela Lei 13.005/2014-2020

Art. 1° É aprovado o Plano Nacional de Educação - PNE, com vigência por 10 (dez)
anos, a contar da publicação desta Lei, na forma do Anexo, com vistas ao
cumprimento do disposto no art. 214 da Constituição Federal.
METAS E ESTRATÉGIAS
19.1) priorizar o repasse de transferências voluntárias da União na área da
educação para os entes federados que tenham aprovado legislação específica que
regulamente a matéria na área de sua abrangência, respeitando-se a legislação
nacional, e que considere, conjuntamente, para a nomeação dos diretores e
diretoras de escola, critérios técnicos de mérito e desempenho, bem como a
participação da comunidade escolar;
19.2) ampliar os programas de apoio e formação aos (às) conselheiros (as) dos
conselhos de acompanhamento e controle social do FUNDEB, dos conselhos de
alimentação escolar, dos conselhos regionais e de outros e aos (às) representantes
educacionais em demais conselhos de acompanhamento de políticas públicas,
garantindo a esses colegiados recursos financeiros, espaço físico adequado,
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equipamentos e meios de transporte para visitas à rede escolar, com vistas ao bom
desempenho de suas funções;
19.4) estimular, em todas as redes de educação básica, a constituição e o
fortalecimento de grêmios estudantis e associações de pais, assegurando-lhes,
inclusive, espaços adequados e condições de funcionamento nas escolas e
fomentando a sua articulação orgânica com os conselhos escolares, por meio das
respectivas representações;
19.5) estimular a constituição e o fortalecimento de conselhos escolares e conselhos
municipais de educação, como instrumentos de participação e fiscalização na gestão
escolar e educacional, inclusive por meio de programas de formação de
conselheiros, assegurando-se condições de funcionamento autônomo;
19.6) estimular a participação e a consulta de profissionais da educação, alunos (as)
e seus familiares na formulação dos projetos político-pedagógicos, currículos
escolares, planos de gestão escolar e regimentos escolares, assegurando a
participação dos pais na avaliação de docentes e gestores escolares;

Plano Nacional Estadual de Educação do Rio Grande do Norte, aprovado pela lei
10.049/2015-2025

DIMENSÃO 6: GESTÃO DEMOCRÁTICA: PARTICIPAÇÃO,


RESPONSABILIZAÇÃO E AUTONOMIA DOS SISTEMAS ESCOLARES
PÚBLICOS.
META 1 Assegurar condições, no prazo de 2 anos, para a efetivação da gestão
democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e
consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo
recursos e apoio técnico da União para tanto.
9 – Ampliar o fortalecimento dos órgãos democráticos das escolas relativos aos
conselhos escolares, grêmios estudantis ou outra forma de organização dos
estudantes, assegurando-lhes, inclusive, espaços adequados e condições de
funcionamento nas escolas, com participação efetiva da comunidade escolar e local
na elaboração dos projetos político pedagógicos, planos de gestão escolar e
regimentos escolares, bem como o incentivo à formação de lideranças, por meio de
cursos e outras modalidades culturais, em parceria com universidades, além dos
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Programas Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares, Educação Fiscal,


Gestão Escolar e Pedagógico.

10 – Fortalecer a gestão escolar com aporte técnico e formativo nas dimensões


pedagógica, administrativa e financeira, para que possa gerir, a partir de
planejamento estratégico, recursos financeiros da escola, garantindo a participação
da comunidade escolar na definição das ações do plano de aplicação dos recursos e
no controle social, visando ao efetivo desenvolvimento da gestão democrática.

Seção IV

Do Conselho Escolar

Art. 16. A gestão das unidades escolares da rede pública estadual de


ensino será exercida, respeitadas as diretrizes do Sistema Estadual de Educação,
pela Direção da Escola, com o auxílio e a fiscalização do Conselho Escolar, sob a
supervisão do Secretário de Estado da Educação e da Cultura.

Art. 17. Em cada unidade escolar da rede pública estadual de ensino


funcionará um Conselho Escolar, órgão de natureza consultiva, fiscalizadora,
mobilizadora, pedagógica, articuladora, deliberativa e representativa da comunidade
escolar, conforme critérios estabelecidos em regulamento.

Art. 18. O Conselho Escolar será constituído pelos integrantes titulares


e respectivos suplentes, relacionados por turno de funcionamento da unidade
escolar, na seguinte forma:

I - o Diretor, como membro nato;

II - 2 (dois) representantes dos professores;

III - 2 (dois) representantes dos servidores;

IV - 2 (dois) representantes dos estudantes;

V - 2 (dois) representantes dos pais, mães ou responsáveis.


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§ 1º. O Conselho Escolar será composto por, no mínimo, 5 (cinco) e, no


máximo, 25 (vinte e cinco) Conselheiros dos segmentos representados, respeitando-
se a paridade entre segmentos, em cada turno da unidade escolar.

§ 2º. Nas ausências e impedimentos no Conselho Escolar, o Diretor


será substituído pelo Vice-Diretor ou, não sendo possível, por outro membro da
equipe gestora especialmente designado.

Art. 19. A constituição do Conselho Escolar dar-se-á por votação direta


e secreta, de forma uninominal, em cada segmento.

Art. 20. Cada segmento organizará sua eleição conforme as seguintes


diretrizes:

I - os eleitores de todos os segmentos constarão em lista elaborada e


publicada pela secretaria da unidade escolar;

II - serão considerados eleitores:

a) os alunos a partir de 12 (doze) anos devidamente matriculados na


unidade escolar;

b) pai, mãe ou responsável de estudantes devidamente matriculados


na unidade escolar;

c) professores e funcionários do quadro efetivo e temporário, em


exercício na unidade escolar.

Parágrafo único. Os eleitores que pertencerem a mais de um


segmento só poderão candidatar-se e votar por um deles, a seu critério.

Art. 21. Compete ao Conselho Escolar:

I - opinar acerca da proposta pedagógica da unidade escolar e


fiscalizar seu cumprimento;

II - examinar todas as prestações de contas referentes às receitas e


despesas da unidade escolar;
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III - acompanhar a assiduidade, pontualidade, disciplina, produtividade


e probidade dos integrantes da equipe de direção, dos professores e demais
servidores públicos da unidade escolar;

IV - acompanhar a frequência e o rendimento escolar dos estudantes;

V - sugerir modificações no Regimento Escolar e fiscalizar seu


cumprimento;

VI - aprovar seu Regimento Interno e fiscalizar seu cumprimento;

VII - convocar a Assembleia Geral, quando julgar necessário;

VIII - analisar, modificar e aprovar o plano administrativo anual,


elaborado pela Direção da unidade escolar, sobre a programação e a aplicação dos
recursos necessários à manutenção e à conservação da escola;

IX - garantir mecanismos de participação efetiva e democrática da


comunidade escolar na elaboração do projeto político-pedagógico da unidade
escolar;

X - divulgar, periódica e sistematicamente, informações referentes ao


uso dos recursos financeiros, à qualidade dos serviços prestados e aos resultados
obtidos;

XI - atuar como instância recursal das decisões do Conselho de


Classe, nos recursos interpostos por estudantes, pais ou representantes legalmente
constituídos e por profissionais da educação;

XII - estabelecer normas de funcionamento da Assembleia Geral


Escolar e convocá-la nos termos desta Lei Complementar;

XIII - estruturar o calendário escolar, no que competir à unidade


escolar, observada a legislação vigente, bem como as normas expedidas pela
SEEC;

XIV - acompanhar e fiscalizar a gestão da unidade escolar;

XVI - analisar e avaliar projetos elaborados ou em execução por


quaisquer dos segmentos que compõem a comunidade escolar;

XVII - intermediar conflitos de natureza administrativa ou pedagógica,


esgotadas as possibilidades de solução pela equipe escolar;

XVIII - propor mecanismos para a efetiva inclusão, no ensino regular,


de alunos com deficiência;
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XIX - debater indicadores escolares de rendimento, evasão e


repetência, propondo estratégias que assegurem aprendizagem significativa para
todos;

XX - representar à SEEC e demais autoridades competentes contra


atos ilegais praticados por membros da Direção da unidade escolar, ou qualquer
irregularidade constatada no seu âmbito, sem prejuízo da competência dos órgãos
de controle interno e externo.

§ 1º. Em relação aos aspectos pedagógicos, serão observados os


princípios e as disposições constitucionais, os pareceres e as resoluções dos órgãos
normativos federal e estadual, bem como a legislação do Sistema de Ensino do
Estado do Rio Grande do Norte.

§ 2º. Quando se tratar de deliberação que exija responsabilidade civil


ou criminal, os estudantes no exercício da função de conselheiro escolar serão
representados, no caso dos menores de 16 (dezesseis) anos, ou assistidos, em se
tratando de maiores de 16 (dezesseis) anos e menores de 18 (dezoito) anos, por
seus pais ou responsáveis, devendo comparecer às reuniões tanto os representados
ou assistidos, como os representantes ou assistentes.

§ 3º. As eleições de representantes dos segmentos da comunidade


escolar para integrar o Conselho Escolar realizar-se-ão até o final do primeiro
bimestre, sendo organizadas e coordenadas por comissão local, constituída
especificamente para essa finalidade, de acordo com as diretrizes operacionais
expedidas pela Comissão Estadual Central de Gestão Democrática.

§ 4º. Poderão candidatar-se à vaga de Conselheiro, representando o


segmento a que pertencem, os membros da comunidade escolar das escolas
públicas estaduais.

§ 5º. O Conselho Escolar é regido por estatuto próprio e suas reuniões


serão registradas em atas.
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Art. 22. O mandato de Conselheiro será de 3 (três) anos, permitida uma


reeleição para igual período.

Art. 23. O exercício do mandato de Conselheiro será considerado


serviço público relevante e não será remunerado em nenhuma hipótese, devendo
ser anotado na ficha do servidor e do aluno.

Art. 24. O Conselho Escolar elegerá, dentre os membros titulares, seu


Presidente, Vice-Presidente e Secretário, os quais cumprirão tarefas específicas
definidas em regulamento, não podendo a escolha para nenhuma dessas funções
recair sobre membros da equipe gestora da unidade escolar.

Parágrafo único. Compete ao presidente do Conselho Escolar dirigir a


Assembleia Geral Escolar.

Art. 25. O Conselho Escolar reunir-se-á, ordinariamente, 1 (uma) vez


por mês e, extraordinariamente, a qualquer tempo, mediante convocação:

I - por seu Presidente;

II - pelo Diretor da unidade escolar;

III - pela maioria de seus membros.

§ 1º. Para a instalação das reuniões do Conselho Escolar, será exigida


a presença da maioria simples de seus membros.

§ 2º. As reuniões extraordinárias do Conselho Escolar serão


convocadas por meio de edital, afixado no mural da escola, e comunicado a cada
um dos seus membros titulares, por escrito, com antecedência mínima de 3 (três)
dias úteis.
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§ 3º. As reuniões do Conselho Escolar serão públicas e abertas,


podendo, ocasional e motivadamente, ser realizada reunião fechada, em virtude da
complexidade ou natureza sigilosa do assunto em pauta.

Art. 26. A vacância da função de Conselheiro titular dar-se-á por


renúncia, aposentadoria, falecimento, desligamento da unidade de ensino, alteração
na composição da equipe gestora ou destituição, caso em que aquele será
substituído pelo suplente e comunicado o respectivo segmento para eleger outro
membro suplente.

§ 1º. O não comparecimento injustificado de qualquer Conselheiro a 3


(três) reuniões ordinárias consecutivas ou a 5 (cinco) alternadas acarretará a
destituição da função.

§ 2º. A destituição de Conselheiro ocorrerá, ainda, por deliberação do


Conselho Escolar, em decisão motivada, garantida a ampla defesa e o contraditório.

§ 3º. As hipóteses previstas nos §§ 1º e 2º não se aplicam aos


Conselheiros natos.

Art. 27. Caso a unidade escolar não possua número de alunos e/ou
servidores suficientes que preencham as condições de elegibilidade, as vagas no
Conselho serão destinadas ao segmento dos pais, mães ou responsáveis, no caso
das vagas do segmento de alunos, e ao segmento dos professores, no caso das
vagas do segmento de servidores.

Parágrafo único. A comunidade escolar deverá incentivar a


participação de estudantes com deficiência, ou de seus pais, mães ou responsáveis,
como candidatos ao Conselho Escolar.

O CONSELHO ESCOLAR E O ACOMPANHAMENTO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA

A efetiva participação do Conselho Escolar precisa estar ligada,


prioritariamente, à essência do trabalho escolar. O acompanhamento do
desenvolvimento da prática educativa, bem como do processo ensino-aprendizagem
é a sua principal tarefa. Assim, o Conselho Escolar deve refletir sobre as dimensões
e os aspectos que necessitam ser avaliado na Educação para se construir uma
escola cidadã e de qualidade.
28

Que dimensões e aspectos podem ser parâmetros para esse


acompanhamento:
 O contexto social no qual a escola está inserida;
 As condições da escola para uma aprendizagem relevante;
 Os mecanismos utilizados na gestão democrática da escola;
 A atuação dos membros da escola, especialmente do professor, no
processo educativo;
 O desempenho escolar dos estudantes.

A DEMOCRATIZAÇÃO DA GESTÃO FINANCEIRA ESCOLAR

O Conselho Escolar tem relevante papel na execução dos programas que


repassam recursos financeiros para a escola. Ele é o grande articulador para
garantir a autonomia da gestão financeira na unidade de ensino e, assim, respeitar
suas necessidades e contemplar as ações do Projeto Político Pedagógico.
O conjunto de programas, projetos e ações desenvolvidas pelo Ministério
da Educação (MEC), Secretaria de Estado da Educação e Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (FNDE) visam não só apoiar a oferta da Educação,
mas também a melhoria da qualidade educacional das ações desenvolvidas na
escola.

ANEXOS

 Lei Complementar nº 585 de 30 de dezembro de 2006;

 Modelo de Edital para as inscrições dos candidatos ao Conselho Escolar;


 Modelo de Ata de Reunião do Conselho Escolar;
 Convocação para Reunião do Conselho Escolar;
 Ficha Cadastral;
 Modelo de Livro de Ata;
(Termo de Abertura e de Encerramento)
 Ata de Assembleia geral;
29

 Recomendações;
 Ficha de inscrição para homologação do candidato;
 Ata de Assembleia geral de alunos/edital;
 Ata de Assembleia de funcionários;
 Ata de Assembleia de pais/edital de convocação de presença;
 Declaração de posse;
 Ata de posse do Conselho Escolar;
 Ata de assembleia de professores/edital;
 Ata de resultados do pleito de votos válidos;
 Regras que defendem os votos válidos;

LEI COMPLEMENTAR Nº 585, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2016.

Dispõe sobre a Gestão Democrática e Participativa da Rede


Pública Estadual de Ensino do Rio Grande do Norte e dá outras
providências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, Faço saber que o Poder


Legislativo decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:

CAPÍTULO I

DA GESTÃO DEMOCRÁTICA
30

Art. 1º Esta Lei Complementar dispõe sobre a Gestão Democrática e Participativa da Rede
Pública Estadual de Ensino do Rio Grande do Norte, em consonância com o disposto no art. 206, VI, da
Constituição da República, no art. 135, VI, da Constituição do Estado do Rio Grande do Norte e no art. 14
da Lei Federal nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.

Art. 2º Entende-se por gestão democrática o processo intencional e sistemático,


transparente e compartilhado de chegar a uma decisão de construção coletiva e fazê-la funcionar,
mobilizando os segmentos, meios e procedimentos para se atingirem os objetivos da unidade escolar,
envolvendo de forma efetiva e participativa os seus aspectos administrativos, pedagógicos e financeiros.

Seção I

Das Finalidades e Princípios da Gestão Democrática

Art. 3º A gestão democrática da rede pública estadual de ensino, cuja finalidade é


garantir a centralidade da escola no sistema e seu caráter público quanto ao financiamento, gestão e
destinação, observará os seguintes princípios:

I - participação da comunidade escolar na definição e na implementação de decisões


pedagógicas, administrativas e financeiras, por meio de órgãos colegiados, bem como na eleição de
Diretor e Vice-Diretor da unidade escolar;

II - respeito à pluralidade, à diversidade, ao caráter laico da escola pública e aos direitos


humanos em todas as instâncias da rede pública estadual de ensino;

III - autonomia das unidades escolares nos aspectos pedagógicos, administrativos e


financeiros;

IV - transparência da gestão da rede pública estadual de ensino, em todos os seus níveis,


nos aspectos pedagógicos, administrativos e financeiros;

V - garantia de qualidade social, traduzida pela busca constante do pleno


desenvolvimento da pessoa, do preparo para o exercício da cidadania e da qualificação para o trabalho;

VI - democratização das relações pedagógicas, de trabalho, criação de ambiente seguro e


propício ao aprendizado e à construção do conhecimento;

VII - valorização do profissional da educação.

Seção II

Da Autonomia da Unidade Escolar

Subseção I
31

Da Autonomia Pedagógica

Art. 4º Cada unidade escolar formulará e implementará seu projeto político-pedagógico,


em consonância com as políticas educacionais vigentes e as normas e diretrizes da rede pública estadual
de ensino, articulando-o com os planos nacional e estadual de educação.

Subseção II

Da Autonomia Administrativa

Art. 5º A autonomia administrativa das instituições educacionais será garantida por:

I - formulação, aprovação e implementação do plano de gestão da unidade escolar;

II - gerenciamento dos recursos oriundos da descentralização financeira;

III - reorganização do calendário escolar nos casos de reposição de aulas, garantindo o


cumprimento mínimo da carga horária determinada em lei.

Subseção III

Da Autonomia Financeira

Art. 6º A autonomia da gestão financeira das unidades escolares da rede pública estadual
de ensino será assegurada pela administração dos recursos na respectiva Caixa Escolar, nos termos de seu
projeto político-pedagógico, do plano de gestão e da disponibilidade financeira.

Parágrafo único. A Caixa Escolar é uma pessoa jurídica de direito privado, sem fins
econômicos ou lucrativos, criada como forma de descentralização da Administração Pública na função de
gerir os recursos financeiros da respectiva unidade escolar, oriundos de transferências de verbas públicas
e/ou originários de atividades desenvolvidas pela própria escola, para cumprimento de suas competências
públicas.

Art. 7º Para garantir a implementação da gestão democrática, a Secretaria de Estado da


Educação e da Cultura (SEEC) regulamentará a descentralização de recursos necessários à administração
das unidades escolares.
32

Parágrafo único. As transferências de recursos financeiros às unidades escolares, por


meio de suas respectivas unidades executoras, terão seus critérios e valores publicados no sítio eletrônico
da SEEC, na internet, e no Diário Oficial do Estado (DOE).

Seção III

Da Comunidade Escolar

Art. 8º Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se por comunidade escolar das
escolas públicas estaduais, conforme sua tipologia:

I - estudantes matriculados em instituição de ensino da rede pública estadual;

II - mãe, pai ou responsável por estudantes da rede pública estadual de ensino;

III - professores e especialistas em educação em exercício na unidade escolar;

IV - servidores efetivos do quadro da SEEC e o pessoal terceirizado no período que estiver


em exercício na unidade escolar.

CAPÍTULO II

DA EFETIVAÇÃO DA GESTÃO DEMOCRÁTICA

Seção I

Das Disposições Iniciais

Art. 9º A Gestão Democrática será efetivada por intermédio dos seguintes mecanismos
de participação, a serem regulamentados pelo Poder Executivo:

I - Comissão Estadual Central de Gestão Democrática;

II - Assembleia Geral Escolar;

III - Conselho Escolar;

IV - Conselho de Classe;

V - Grêmio Estudantil.
33

Seção II

Da Comissão Estadual Central de Gestão Democrática

Art. 10. A Comissão Estadual Central de Gestão Democrática, constituída e instalada pelo
Secretário de Estado da Educação e da Cultura, terá a competência de garantir a efetivação da gestão
democrática no âmbito do sistema de ensino público estadual, além de coordenar o processo eleitoral,
que terá regulamentação única para toda a rede pública estadual de ensino.

Art. 11. A Comissão Estadual Central de Gestão Democrática terá a seguinte composição:

I - o Secretário de Estado da Educação e da Cultura, como membro nato;

II - 3 (três) representantes da SEEC;

III - 3 (três) representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Rio


Grande do Norte (SINTE/RN);

IV - 3 (três) representantes do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público da


Administração Direta do Estado do Rio Grande do Norte (SINSP/RN);

V - 3 (três) representantes de instituições de estudantes secundaristas do Rio Grande do


Norte;

VI - 3 (três) representantes da Associação Nacional de Política e Administração da


Educação, Seção do Rio Grande do Norte (ANPAE/RN);

VII - 3 (três) representantes de entidades associativas de pais, mães e/ou responsáveis de


estudantes de instituições da rede pública estadual de ensino, legitimamente constituídas.

§ 1º. Cada representante terá 1 (um) suplente, que assumirá no caso de impedimento,
desistência ou vacância do titular, de forma definitiva ou ocasional, de acordo com as normas do
Regimento Interno da Comissão.

§ 2º. A Presidência da Comissão será exercida por um de seus membros titulares, eleitos
por seus pares.

§ 3º. A Comissão contará com o apoio técnico de um servidor da SEEC, designado para
secretariar os trabalhos.

§ 4º. Nas ausências e impedimentos, o Secretário de Estado da Educação e da Cultura


será substituído por seu Adjunto ou, não sendo possível, por servidor especialmente designado.

Art. 12. São atribuições da Comissão Estadual Central de Gestão Democrática:

I - elaborar o seu Regimento Interno;


34

II - acompanhar a efetivação da gestão democrática no âmbito da rede pública estadual


de ensino, articulando, mobilizando, fiscalizando, orientando e intervindo, sempre que necessário;

III - assessorar, organizar e fiscalizar a gestão democrática e, especificamente, o processo


eleitoral em todas as unidades escolares da rede pública estadual de ensino, assumindo o papel de
Comissão Eleitoral Central durante o processo para a eleição de Diretor e Vice-Diretor;

IV - analisar e apreciar as questões a ela submetidas, de interesse da unidade escolar;

V - apoiar a criação e o fortalecimento de entidades representativas dos segmentos da


comunidade escolar;

VI - aprovar o Regimento Interno dos Conselhos Escolares de todas as unidades escolares


integrantes da rede estadual de ensino;

VII - elaborar as diretrizes operacionais do processo de eleição;

VIII - atuar como instância recursal das decisões das Comissões Eleitorais Escolares;

IX - julgar os recursos interpostos durante o processo eleitoral;

X - definir e submeter à aprovação do Secretário de Estado da Educação e da Cultura


parecer, resolução, portaria e o calendário das eleições da rede pública estadual de ensino;

XI - orientar, acompanhar e fiscalizar a criação, instalação e o funcionamento dos


Conselhos Escolares;

XII - realizar fóruns regionais em cada Diretoria Regional de Educação e Cultura (DIREC),
objetivando a ampla divulgação das normas referentes à democratização da gestão escolar, assegurando
a inclusão da comunidade por meio do Conselho Escolar.

Seção III

Da Assembleia Geral Escolar

Art. 13. A Assembleia Geral Escolar, órgão consultivo, deliberativo e fiscalizador da


participação direta da comunidade escolar, abrange todos os segmentos escolares, sendo responsável por
acompanhar o desenvolvimento das ações da unidade escolar.

Parágrafo único. A Assembleia Geral será convocada pelo Conselho Escolar, cuja pauta
será previamente definida e publicizada.
35

Art. 14. A Assembleia Geral Escolar reunir-se-á, ordinariamente, uma vez por ano, para a
apreciação do relatório de gestão e os balanços financeiro, administrativo e pedagógico, ou,
extraordinariamente, sempre que a comunidade escolar indicar a necessidade de ampla consulta sobre
temas relevantes e/ou complexos, mediante convocação:

I - de integrantes da comunidade escolar, na proporção de 10% (dez por cento) da


composição de cada segmento;

II - do Conselho Escolar;

III - do Diretor da unidade escolar;

IV - do Grêmio Estudantil.

§ 1º. O edital de convocação da Assembleia Geral Escolar será elaborado e divulgado


amplamente pelo Conselho Escolar, sendo preferencialmente afixado no mural da unidade escolar, com
antecedência mínima de 3 (três) dias úteis, no caso de reuniões extraordinárias, e de 15 (quinze) dias
corridos, no caso de reuniões ordinárias.

§ 2º. As normas de funcionamento da Assembleia Geral Escolar, incluindo o quórum de


abertura dos trabalhos e o de deliberação, serão definidas em regulamento.

§ 3º. Na ausência de Conselho Escolar constituído, as competências previstas no § 1º


serão exercidas pela Direção da unidade escolar.

Art. 15. Compete à Assembleia Geral Escolar:

I - conhecer e deliberar sobre o balanço financeiro e o relatório do exercício findo;

II - avaliar os resultados alcançados pela unidade escolar;

III - apreciar e deliberar, em assembleia especificamente convocada para este fim, sobre
o Regimento Interno da unidade escolar, conforme legislação vigente;

IV - convocar o Presidente do Conselho Escolar e a equipe gestora, quando necessário;

V - decidir sobre outras questões a ela submetidas, conforme dispuser o regulamento.

Parágrafo único. As recomendações e os resultados da Assembleia Geral Escolar serão


registrados em ata e os encaminhamentos decorrentes serão efetivados com acompanhamento pelo
Conselho Escolar.

Seção IV
36

Do Conselho Escolar

Art. 16. A gestão das unidades escolares da rede pública estadual de ensino será
exercida, respeitadas as diretrizes do Sistema Estadual de Educação, pela Direção da Escola, com o auxílio
e a fiscalização do Conselho Escolar, sob a supervisão do Secretário de Estado da Educação e da Cultura.

Art. 17. Em cada unidade escolar da rede pública estadual de ensino funcionará um
Conselho Escolar, órgão de natureza consultiva, fiscalizadora, mobilizadora, pedagógica, articuladora,
deliberativa e representativa da comunidade escolar, conforme critérios estabelecidos em regulamento.

Art. 18. O Conselho Escolar será constituído pelos integrantes titulares e respectivos
suplentes, relacionados por turno de funcionamento da unidade escolar, na seguinte forma:

I - o Diretor, como membro nato;

II - 2 (dois) representantes dos professores;

III - 2 (dois) representantes dos servidores;

IV - 2 (dois) representantes dos estudantes;

V - 2 (dois) representantes dos pais, mães ou responsáveis.

§ 1º. O Conselho Escolar será composto por, no mínimo, 5 (cinco) e, no máximo, 25 (vinte
e cinco) Conselheiros dos segmentos representados, respeitando-se a paridade entre segmentos, em cada
turno da unidade escolar.

§ 2º. Nas ausências e impedimentos no Conselho Escolar, o Diretor será substituído pelo
Vice-Diretor ou, não sendo possível, por outro membro da equipe gestora especialmente designado.

Art. 19. A constituição do Conselho Escolar dar-se-á por votação direta e secreta, de
forma uninominal, em cada segmento.

Art. 20. Cada segmento organizará sua eleição conforme as seguintes diretrizes:

I - os eleitores de todos os segmentos constarão em lista elaborada e publicada pela


secretaria da unidade escolar;
37

II - serão considerados eleitores:

a) os alunos a partir de 12 (doze) anos devidamente matriculados na unidade escolar;

b) pai, mãe ou responsável de estudantes devidamente matriculados na unidade escolar;

c) professores e funcionários do quadro efetivo e temporário, em exercício na unidade


escolar.

Parágrafo único. Os eleitores que pertencerem a mais de um segmento só poderão


candidatar-se e votar por um deles, a seu critério.

Art. 21. Compete ao Conselho Escolar:

I - opinar acerca da proposta pedagógica da unidade escolar e fiscalizar seu


cumprimento;

II - examinar todas as prestações de contas referentes às receitas e despesas da unidade


escolar;

III - acompanhar a assiduidade, pontualidade, disciplina, produtividade e probidade dos


integrantes da equipe de direção, dos professores e demais servidores públicos da unidade escolar;

IV - acompanhar a frequência e o rendimento escolar dos estudantes;

V - sugerir modificações no Regimento Escolar e fiscalizar seu cumprimento;

VI - aprovar seu Regimento Interno e fiscalizar seu cumprimento;

VII - convocar a Assembleia Geral, quando julgar necessário;

VIII - analisar, modificar e aprovar o plano administrativo anual, elaborado pela Direção
da unidade escolar, sobre a programação e a aplicação dos recursos necessários à manutenção e à
conservação da escola;

IX - garantir mecanismos de participação efetiva e democrática da comunidade escolar na


elaboração do projeto político-pedagógico da unidade escolar;

X - divulgar, periódica e sistematicamente, informações referentes ao uso dos recursos


financeiros, à qualidade dos serviços prestados e aos resultados obtidos;

XI - atuar como instância recursal das decisões do Conselho de Classe, nos recursos
interpostos por estudantes, pais ou representantes legalmente constituídos e por profissionais da
educação;

XII - estabelecer normas de funcionamento da Assembleia Geral Escolar e convocá-la nos


termos desta Lei Complementar;

XIII - estruturar o calendário escolar, no que competir à unidade escolar, observada a


legislação vigente, bem como as normas expedidas pela SEEC;
38

XIV - acompanhar e fiscalizar a gestão da unidade escolar;

XVI - analisar e avaliar projetos elaborados ou em execução por quaisquer dos segmentos
que compõem a comunidade escolar;

XVII - intermediar conflitos de natureza administrativa ou pedagógica, esgotadas as


possibilidades de solução pela equipe escolar;

XVIII - propor mecanismos para a efetiva inclusão, no ensino regular, de alunos com
deficiência;

XIX - debater indicadores escolares de rendimento, evasão e repetência, propondo


estratégias que assegurem aprendizagem significativa para todos;

XX - representar à SEEC e demais autoridades competentes contra atos ilegais praticados


por membros da Direção da unidade escolar, ou qualquer irregularidade constatada no seu âmbito, sem
prejuízo da competência dos órgãos de controle interno e externo.

§ 1º. Em relação aos aspectos pedagógicos, serão observados os princípios e as


disposições constitucionais, os pareceres e as resoluções dos órgãos normativos federal e estadual, bem
como a legislação do Sistema de Ensino do Estado do Rio Grande do Norte.

§ 2º. Quando se tratar de deliberação que exija responsabilidade civil ou criminal, os


estudantes no exercício da função de conselheiro escolar serão representados, no caso dos menores de
16 (dezesseis) anos, ou assistidos, em se tratando de maiores de 16 (dezesseis) anos e menores de 18
(dezoito) anos, por seus pais ou responsáveis, devendo comparecer às reuniões tanto os representados
ou assistidos, como os representantes ou assistentes.

§ 3º. As eleições de representantes dos segmentos da comunidade escolar para integrar


o Conselho Escolar realizar-se-ão até o final do primeiro bimestre, sendo organizadas e coordenadas por
comissão local, constituída especificamente para essa finalidade, de acordo com as diretrizes operacionais
expedidas pela Comissão Estadual Central de Gestão Democrática.

§ 4º. Poderão candidatar-se à vaga de Conselheiro, representando o segmento a que


pertencem, os membros da comunidade escolar das escolas públicas estaduais.

§ 5º. O Conselho Escolar é regido por estatuto próprio e suas reuniões serão registradas
em atas.
39

Art. 22. O mandato de Conselheiro será de 3 (três) anos, permitida uma reeleição para
igual período.

Art. 23. O exercício do mandato de Conselheiro será considerado serviço público


relevante e não será remunerado em nenhuma hipótese, devendo ser anotado na ficha do servidor e do
aluno.

Art. 24. O Conselho Escolar elegerá, dentre os membros titulares, seu Presidente, Vice-
Presidente e Secretário, os quais cumprirão tarefas específicas definidas em regulamento, não podendo a
escolha para nenhuma dessas funções recair sobre membros da equipe gestora da unidade escolar.

Parágrafo único. Compete ao presidente do Conselho Escolar dirigir a Assembleia Geral


Escolar.

Art. 25. O Conselho Escolar reunir-se-á, ordinariamente, 1 (uma) vez por mês e,
extraordinariamente, a qualquer tempo, mediante convocação:

I - por seu Presidente;

II - pelo Diretor da unidade escolar;

III - pela maioria de seus membros.

§ 1º. Para a instalação das reuniões do Conselho Escolar, será exigida a presença da
maioria simples de seus membros.

§ 2º. As reuniões extraordinárias do Conselho Escolar serão convocadas por meio de


edital, afixado no mural da escola, e comunicado a cada um dos seus membros titulares, por escrito, com
antecedência mínima de 3 (três) dias úteis.

§ 3º. As reuniões do Conselho Escolar serão públicas e abertas, podendo, ocasional e


motivadamente, ser realizada reunião fechada, em virtude da complexidade ou natureza sigilosa do
assunto em pauta.
40

Art. 26. A vacância da função de Conselheiro titular dar-se-á por renúncia, aposentadoria,
falecimento, desligamento da unidade de ensino, alteração na composição da equipe gestora ou
destituição, caso em que aquele será substituído pelo suplente e comunicado o respectivo segmento para
eleger outro membro suplente.

§ 1º. O não comparecimento injustificado de qualquer Conselheiro a 3 (três) reuniões


ordinárias consecutivas ou a 5 (cinco) alternadas acarretará a destituição da função.

§ 2º. A destituição de Conselheiro ocorrerá, ainda, por deliberação do Conselho Escolar,


em decisão motivada, garantida a ampla defesa e o contraditório.

§ 3º. As hipóteses previstas nos §§ 1º e 2º não se aplicam aos Conselheiros natos.

Art. 27. Caso a unidade escolar não possua número de alunos e/ou servidores suficientes
que preencham as condições de elegibilidade, as vagas no Conselho serão destinadas ao segmento dos
pais, mães ou responsáveis, no caso das vagas do segmento de alunos, e ao segmento dos professores, no
caso das vagas do segmento de servidores.

Parágrafo único. A comunidade escolar deverá incentivar a participação de estudantes


com deficiência, ou de seus pais, mães ou responsáveis, como candidatos ao Conselho Escolar.

Seção V

Do Conselho de Classe

Art. 28. O Conselho de Classe é órgão colegiado integrante da gestão democrática e


destina-se a acompanhar e avaliar o processo de educação, de ensino e de aprendizagem, havendo tantos
conselhos de classe quantas forem as turmas existentes na unidade escolar.

§ 1º. O Conselho de Classe será composto por:

I - todos os docentes de cada turma e representante da equipe gestora, na condição de


Conselheiros natos;

II - representante dos especialistas em educação;

III - representante dos servidores da unidade escolar;

IV - representante dos pais, mães ou responsáveis;

V - representante dos alunos a partir do 6º (sexto) ano ou 1º (primeiro) segmento da


educação de jovens e adultos, escolhido por seus pares, garantida a representatividade dos alunos de
cada uma das turmas;
41

VI - representante do atendimento educacional especializado, de acordo com a política


de educação na perspectiva da inclusão.

§ 2º. Cada unidade escolar elaborará as normas de funcionamento do Conselho de


Classe, em conformidade com as diretrizes da SEEC.

Art. 29. São atribuições do Conselho de Classe:

I - eleger o seu Presidente e o seu Vice-Presidente;

II - participar do processo de avaliação institucional da respectiva unidade escolar;

III - contribuir para o processo de implementação e aperfeiçoamento do Projeto


Pedagógico;

IV - avaliar o desempenho do estudante, individualmente e em relação à turma, para


identificar as causas das deficiências de aprendizagem, quando houver;

V - criar condições que favoreçam discussões e debates permanentes sobre as questões


de ensino e de aprendizagem;

VI - opinar sobre a promoção ou retenção do estudante que, ao final do período letivo,


não tenha atingido resultados satisfatórios;

VII - sugerir ações que visem à adequação dos métodos e técnicas didáticas ao
desenvolvimento dos conteúdos e à consecução dos objetivos, a fim de melhorar o rendimento escolar;

VIII - discutir e apresentar sugestões que possam melhorar o comportamento disciplinar.

Art. 30. O Conselho de Classe reúne-se, ordinariamente, uma vez por bimestre e,
extraordinariamente, quando convocado por seu Presidente, ou por proposta de, no mínimo, 1/3 (um
terço) dos seus membros.

Seção VI

Do Grêmio Estudantil

Art. 31. O Grêmio Estudantil ou outra forma similar de organização dos estudantes na
escola é uma entidade política, democratizante, com foco na aprendizagem, na cidadania, no
compartilhamento de ideias e na luta por direitos estudantis, colaborando para um processo pedagógico
que possibilita aos estudantes uma experiência política completa, de modo a exercer a cidadania por
meio da proposição, discussão, discordância, debate e negociação de seus projetos, de forma democrática
e livre, permitindo inúmeras possibilidades de ação, tanto no próprio ambiente escolar, como na
comunidade.
42

Art. 32. As unidades escolares devem estimular e favorecer a implementação e o


fortalecimento de grêmios estudantis, como forma de desenvolvimento da cidadania e da autonomia dos
estudantes e como espaço de participação estudantil na gestão escolar.

Parágrafo único. A organização e o funcionamento do Grêmio Estudantil serão


estabelecidos em estatuto, a ser aprovado pelo segmento dos estudantes da respectiva unidade escolar.

Art. 33. O Grêmio Estudantil tem por objetivos:

I - congregar o corpo discente da respectiva unidade escolar;

II - defender os interesses individuais e coletivos dos alunos;

III - incentivar a cultura literária, artística, desportiva e de lazer;

IV - promover a cooperação entre administradores, professores, funcionários e alunos,


no trabalho escolar, buscando o seu aprimoramento;

V - viabilizar intercâmbio, parceria e colaboração de caráter cultural, educacional,


político, desportivo e social com entidades congêneres;

VI - pugnar pela adequação do ensino às reais necessidades da juventude e do povo, bem


como pelo ensino público, gratuito e de qualidade;

VII - pugnar pela democracia, pela independência e respeito às liberdades fundamentais


do homem, sem distinção de etnia, cor, orientação sexual e diversidade de gênero, nacionalidade,
convicção política ou religiosa;

VIII - lutar pela democracia permanente dentro e fora da escola, por meio do direito de
participação nos respectivos fóruns deliberativos.

CAPÍTULO III

DA EQUIPE GESTORA

Seção I

Do Diretor e do Vice-Diretor

Art. 34. A Direção da unidade escolar será desempenhada pela equipe gestora composta
por Diretor, Vice-Diretor, Coordenador Pedagógico e Coordenador Administrativo-Financeiro, em
consonância com as deliberações do Conselho Escolar, respeitadas as disposições legais.
43

Parágrafo único. O Diretor e o Vice-Diretor serão eleitos na forma desta Lei


Complementar e serão nomeados pelo Governador do Estado.

Art. 35. Compete ao Diretor:

I - cumprir e fazer cumprir os princípios da gestão democrática e as determinações desta


Lei Complementar;

II - assegurar o cumprimento das horas-aula e dos dias letivos estabelecidos;

III - acompanhar, controlar e avaliar as atividades da unidade escolar, garantindo maior


qualidade do ensino;

IV - coordenar a elaboração do Projeto Político-Pedagógico, assegurando sua periódica


atualização;

V - coordenar a elaboração e a execução dos planos de aplicação dos recursos financeiros


da unidade escolar;

VI - exercer a função de Presidente da Caixa Escolar;

VII - representar a unidade escolar no âmbito da SEEC, responsabilizando-se por seu


funcionamento perante os órgãos públicos e privados, assinar documentos escolares, assumindo total
responsabilidade sobre seu conteúdo;

VIII - garantir e responsabilizar-se pelo funcionamento pleno da unidade escolar, de


acordo com as condições básicas de funcionamento oferecidas pela SEEC;

IX - apoiar as iniciativas e atividades programadas pela SEEC no cumprimento de suas


finalidades;

X - coordenar o desenvolvimento das atividades administrativas, pedagógicas e


financeiras, ouvindo o Conselho Escolar;

XI - promover a integração da unidade escolar com a comunidade, apoiando a realização


de atividades cívicas, sociais, culturais e educacionais;

XII - informar aos pais, mães, conviventes ou não com seus filhos, e responsáveis sobre a
frequência e rendimento dos estudantes, bem como sobre a execução do Projeto Pedagógico da unidade
escolar;

XIII - notificar ao Conselho Tutelar, ao juiz competente da Comarca e ao representante do


Ministério Público a relação dos estudantes que apresentem quantidade de faltas acima de 50%
(cinquenta por cento) do percentual permitido por lei;

XIV - coordenar a matrícula e o processo de ensino-aprendizagem;


44

XV - convocar e presidir reuniões do corpo docente, discente, administrativo e


pedagógico;

XVI - controlar a frequência dos servidores, informando-a ao órgão competente, quando


necessário;

XVII - administrar a utilização dos recursos financeiros da unidade escolar, zelando por
sua adequada aplicação e prestação de contas, em articulação com a Caixa Escolar;

XVIII - coordenar o processo de implantação em planilha, referente à inclusão e exclusão


do pessoal em atividade na unidade escolar, atendendo aos prazos estabelecidos pela SEEC;

XIX - exercer as demais atribuições decorrentes da sua função, bem como as que lhe
forem designadas pela SEEC.

Parágrafo único. O Diretor deverá publicar, afixando no mural da respectiva unidade


escolar, o balancete mensal dos recursos financeiros disponíveis e utilizados, bem como outras
informações de interesse da comunidade.

Art. 36. O Diretor deverá cumprir 2 (dois) turnos de trabalho na unidade escolar, sendo
obrigatório o cumprimento de escala semanal que possibilite sua presença em todos os turnos de
funcionamento.

Parágrafo único. Aos Diretores e Vice-Diretores fica vedado designar, para compor a
equipe gestora da unidade escolar, seus cônjuges, companheiros ou parentes, em linha reta ou colateral,
por consanguinidade ou afinidade, até o 3º (terceiro) grau.

Art. 37. Compete ao Vice-Diretor executar, juntamente com o Diretor, as atribuições


previstas no art. 35, bem como responder pela unidade escolar, nas ausências e impedimentos do seu
titular.

Seção II

Do Coordenador Pedagógico

Art. 38. Considera-se habilitado para exercer a função de Coordenador Pedagógico o


servidor público que atender aos seguintes critérios:

I - possuir diploma de graduação em nível superior em Pedagogia, independentemente


da habilitação, curso normal superior ou licenciatura, de graduação plena, em áreas específicas, com pós-
graduação em coordenação pedagógica ou supervisão educacional;
45

II - ser servidor efetivo do quadro do Magistério Público Estadual ou do quadro de


pessoal efetivo da SEEC;

III - estar em exercício na respectiva unidade escolar;

IV - não ter sido condenado ou não estar sofrendo efeitos de condenação, por decisão
judicial ou administrativa, com trânsito em julgado, nos 5 (cinco) anos anteriores à data de sua
designação;

V - apresentar Plano de Trabalho em consonância com a Proposta Pedagógica da unidade


escolar;

VI - ter disponibilidade de horário para fazer revezamento nos turnos de funcionamento


da escola.

Parágrafo único. O Coordenador Pedagógico será designado pelo Diretor da respectiva


unidade escolar.

Art. 39. Compete ao Coordenador Pedagógico:

I - coordenar as atividades relacionadas ao trabalho do professor, visando à promoção, à


permanência e à aprendizagem do estudante;

II - acompanhar a vida escolar do estudante;

III - viabilizar a construção, implementação e avaliação do Projeto Político-Pedagógico,


bem como garantir seu cumprimento;

IV - mediar a elaboração do planejamento e das atividades de apoio ao ensino;

V - compor a equipe pedagógica e articular as atividades de ensino e de aprendizagem


em todos os turnos.

Seção III

Do Coordenador Administrativo-Financeiro

Art. 40. Considera-se habilitado para exercer a função de Coordenador Administrativo-


Financeiro o servidor público que preencher os seguintes requisitos:

I - possuir diploma de graduação em nível superior, em áreas afins à respectiva função,


curso normal superior ou licenciatura, de graduação plena, independente da habilitação;
46

II - ser servidor efetivo do quadro do Magistério Público Estadual ou do quadro de


pessoal efetivo da SEEC;

III - estar em exercício na escola;

IV - não ter sido condenado ou não estar sofrendo efeitos de condenação, por decisão
judicial ou administrativa, com trânsito em julgado, nos 5 (cinco) anos anteriores à data de sua
designação;

V - ter disponibilidade de horário no turno diurno de funcionamento da unidade escolar.

Parágrafo único. O Coordenador Administrativo-Financeiro será designado pelo Diretor


da respectiva unidade escolar.

Art. 41. Compete ao Coordenador Administrativo-Financeiro:

I - coordenar as atividades relativas aos serviços gerais da unidade escolar;

II - exercer a função de tesoureiro da Caixa Escolar;

III - ter sob o seu controle direto e responsabilidade os bens patrimoniais da unidade
escolar;

IV - viabilizar a elaboração, implementação e avaliação do plano anual de aplicação dos


recursos, bem como garantir seu cumprimento;

V - gerenciar os recursos, elaborar as prestações de contas e apresentá-las ao Conselho


Escolar, à comunidade escolar, ao Poder Público e a quem interessar possa.

CAPÍTULO IV

DO PROCESSO ELEITORAL

Art. 42. As eleições para Diretor e Vice-Diretor deverão ocorrer no mês de novembro e
serão convocadas pela SEEC, por meio de edital publicado no Diário Oficial do Estado e afixado nos murais
de cada unidade escolar.

Art. 43. O processo eleitoral terá regulamentação única para toda a rede pública estadual
de ensino e será coordenado pela Comissão Estadual Central de Gestão Democrática, a qual será
denominada, neste período, de Comissão Eleitoral Central.
47

Art. 44. A Diretoria Regional de Educação e Cultura (DIREC) acompanhará, nas unidades
escolares, em consonância com as orientações da Comissão Estadual Central de Gestão Democrática e por
meio de seu técnico de gestão, o processo eleitoral para escolha do Conselho Escolar e de Diretor e Vice-
Diretor.

Art. 45. O processo eleitoral para as funções de Diretor e Vice-Diretor obedecerá às


seguintes etapas:

I - inscrição das chapas e divulgação dos respectivos Planos de Trabalho para Gestão da
Escola junto à comunidade escolar;

II - eleição, pela comunidade escolar;

III - nomeação, pelo Governador do Estado.

Art. 46. A apresentação do Plano de Trabalho para Gestão da Escola é condição


indispensável à habilitação dos candidatos às eleições de Diretor e Vice-Diretor e será defendido pelas
chapas concorrentes, perante a comunidade escolar, em sessão pública convocada pela Comissão
Eleitoral Escolar.

Parágrafo único. O Plano de Trabalho deverá explicitar os aspectos pedagógicos,


administrativos e financeiros prioritários para a gestão dos candidatos e destacar os objetivos e as metas
para melhoria da qualidade da educação, bem como as estratégias para preservação do patrimônio
público, devendo contemplar a participação da comunidade no cotidiano escolar, na gestão dos recursos
financeiros e no acompanhamento e na avaliação das ações pedagógicas.

Art. 47. Poderá concorrer às funções de Diretor ou de Vice-Diretor o servidor ativo da


carreira do Magistério Público Estadual ou servidor do quadro de pessoal efetivo da SEEC, que comprove:

I - ter adquirido estabilidade no serviço público e estar em exercício em unidade escolar


na qual concorrerá há, pelo menos, 1 (um) ano do período de inscrições;

II - possuir diploma de graduação em nível superior, curso normal superior ou


licenciatura, de graduação plena, em áreas específicas;

III - não ter sido condenado ou não estar sofrendo efeitos de condenação, por decisão
judicial ou administrativa, com trânsito em julgado, nos 5 (cinco) anos anteriores à data da inscrição;

IV - estar em situação regular junto à Receita Federal do Brasil;

V - não ter pendências financeiras com o Fundo Estadual de Educação (FEE/SEEC/RN);

VI - estar apto a exercer plenamente a presidência da Caixa Escolar, em especial a


movimentação financeira e bancária;

VII - estar em dia com as obrigações eleitorais;


48

VIII - ter disponibilidade para o cumprimento do regime de 40 (quarenta) horas semanais,


com dedicação exclusiva para o exercício da função a que concorre;

IX - ter assumido o compromisso de, após a investidura na função de Diretor ou Vice-


Diretor, frequentar curso de formação continuada na área de gestão escolar de, no mínimo, 120 (cento e
vinte) horas, oferecido pela SEEC ou instituição credenciada para esta finalidade;

X - ter participado, com desempenho mínimo de 60% (sessenta por cento), do Curso de
Formação de Gestores oferecido pela SEEC ou por Instituição credenciada para esse fim.

§ 1º. A candidatura à função gratificada de Diretor ou de Vice-Diretor fica restrita, em


cada eleição, a uma única unidade escolar da rede pública estadual, na qual o servidor esteja atuando.

§ 2º. Também não serão considerados habilitados os candidatos que se encontram na


situação descrita no art. 1º, I, “e”, 1 a 10, “g” e “h”, da Lei Complementar Federal nº 64, de 18 de maio de
1990.

Art. 48. O Conselho Escolar coordenará a formação da Comissão Eleitoral Escolar, que
será composta por um membro de cada segmento da comunidade escolar, e ficará encarregada de
organizar, fiscalizar e conduzir o processo eleitoral, no âmbito da unidade escolar, de acordo com as
normas estabelecidas pela Comissão Estadual Central de Gestão Democrática.

Art. 49. Em cada unidade escolar haverá uma Comissão Eleitoral Escolar, constituída
paritariamente por representantes da comunidade escolar, com as seguintes atribuições:

I - inscrever os candidatos;

II - organizar as apresentações e debates dos Planos de Trabalho para a Gestão da Escola;

III - divulgar edital com lista de candidatos, data, horário, local de votação e prazos para
apuração e para recursos;

IV - designar mesários e escrutinadores, credenciar fiscais indicados pelos respectivos


candidatos ou chapas concorrentes e providenciar a instalação do programa de votação;

V - cumprir e fazer cumprir as normas estabelecidas pela Comissão Central Eleitoral;

VI - homologar a lista de eleitores aptos a voto.

Parágrafo único. O Conselho Escolar designará os integrantes da Comissão Eleitoral


Escolar.
49

Art. 50. Não poderão compor a Comissão Eleitoral Escolar candidatos a Diretor ou a Vice-
Diretor da respectiva unidade escolar, seus cônjuges, companheiros ou parentes, em linha reta ou
colateral, por consanguinidade ou afinidade, até o 3º (terceiro) grau.

Art. 51. Para os efeitos desta Lei Complementar, especialmente no que tange à
habilitação como eleitores, entendem-se como colégio eleitoral das unidades escolares da rede pública
estadual de ensino, conforme sua tipologia:

I - os estudantes matriculados em unidade escolar da rede pública, com idade mínima de


12 (doze) anos e frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) das aulas no bimestre
anterior;

II - os estudantes matriculados em escolas técnicas e profissionais em cursos de duração


não inferior a 6 (seis) meses e com carga horária mínima de 180 (cento e oitenta) horas, com frequência
superior a 50% (cinquenta por cento) das aulas no bimestre anterior;

III - os estudantes matriculados na educação de jovens e adultos com frequência igual ou


superior a 75% (setenta e cinco por cento) das aulas no ano da eleição;

IV - os estudantes matriculados em cursos semestrais, com idade mínima de 12 (doze


anos) e frequência superior a 50% (cinquenta por cento) das aulas no semestre em curso;

V - os pais, mães ou responsáveis por estudantes da rede pública estadual de ensino, os


quais terão direito a um voto por escola em que estejam habilitados para votar;

VI - os integrantes efetivos da carreira do magistério público estadual em exercício na


unidade escolar ou que nela estejam concorrendo a uma função;

VII - os servidores efetivos integrantes do quadro de pessoal da SEEC, em exercício na


unidade escolar ou que nela estejam concorrendo à função gratificada de Diretor e Vice-Diretor;

VIII - os professores contratados temporariamente pela SEEC, em exercício na respectiva


unidade escolar por período não inferior a 2 (dois) bimestres.

Parágrafo único. Os grupos integrantes da comunidade escolar relacionados neste artigo


organizam-se em 2 (dois) conjuntos, compostos, respectivamente, por aqueles descritos nos incisos I a V e
aqueles constantes nos incisos VI a VIII.

Art. 52. Os eleitores de cada segmento constarão de lista elaborada pela secretaria
escolar, que será encaminhada à Comissão Eleitoral Escolar.

§ 1º. A lista de que trata o caput será tornada pública pela Comissão Eleitoral Escolar, no
prazo de 72 (setenta e duas) horas anteriores à data da eleição.

§ 2º. Fica garantido o direito de voto aos servidores que estejam:

I - em férias;
50

II - em afastamento para estudo ou treinamento;

III - no gozo das licenças previstas no art. 88, I, II e IV, da Lei Complementar Estadual nº
122, de 1994.

Art. 53. Nas eleições para Diretor e Vice-Diretor, os votos serão computados
paritariamente, na proporção de 50% (cinquenta por cento) para cada conjunto, com observância do
disposto no art. 51, parágrafo único, desta Lei Complementar.

Art. 54. Havendo mais de uma chapa inscrita, serão considerados eleitos o Diretor e Vice-
Diretor integrantes da chapa que obtiver o maior número de votos apurados na forma do artigo anterior.

Parágrafo único. Na hipótese de empate, terá precedência a chapa em que o candidato a


Diretor, sucessivamente:

I - apresentar maior tempo de efetivo exercício na unidade escolar para a qual esteja
concorrendo;

II - for mais idoso.

Art. 55. Durante o período da campanha eleitoral, são vedados:

I - propaganda de caráter político-partidário;

II -atividades de campanha antes do tempo estipulado e diversas da forma prescrita pela


Comissão Estadual Central de Gestão Democrática, no papel de Comissão Eleitoral Central;

III - distribuição de brindes ou camisetas;

IV - remuneração ou compensação financeira de qualquer natureza;

V - ameaça, coerção ou qualquer forma de cerceamento de liberdade.

Art. 56. Sem prejuízo das demais sanções cabíveis previstas na legislação, o
descumprimento das vedações dispostas no art. 55 será punido com as seguintes sanções:

I - advertência escrita, no caso previsto no inciso II;

II - suspensão das atividades de campanha por até 5 (cinco) dias, no caso previsto no
inciso III;

III - exclusão do processo eleitoral corrente, nos casos previstos nos incisos I e IV;
51

IV - proibição de participar, como candidato, dos processos eleitorais de que trata esta
Lei Complementar por período de 2 (dois) mandatos ou 6 (seis) anos, no caso previsto no inciso V.

§ 1º. As sanções previstas no art. 55, I e II, serão aplicadas pela Comissão Eleitoral Escolar
e as sanções previstas no art. 55, III e IV, serão aplicadas pela Comissão Eleitoral Central.

§ 2º. Das sanções aplicadas pela Comissão Eleitoral Escolar caberá recurso à Comissão
Eleitoral Central, no prazo de 3 (três) dias úteis.

§ 3º. Das sanções aplicadas pela Comissão Eleitoral Central caberá recurso ao Secretário
de Estado da Educação e da Cultura, no prazo de 3 (três) dias úteis.

§ 4º. Os recursos serão recebidos no efeito devolutivo, podendo ser conferido efeito
suspensivo, por decisão motivada, sendo analisados e julgados no prazo máximo de 8 (oito) dias úteis.

Art. 57. Os Diretores e Vice-Diretores terão mandato de 3 (três) anos, o qual se iniciará
no dia 2 de janeiro do ano seguinte ao da eleição, permitida uma única reeleição em período
subsequente.

Parágrafo único. As gratificações pelo exercício das funções gratificadas de Diretor e Vice-
Diretor são estabelecidas por lei específica, de acordo com o porte da unidade escolar.

Art. 58. Em caso de vacância da função de Diretor, o Vice-Diretor será conduzido


automaticamente à função gratificada de Diretor, e o Conselho Escolar convocará Assembleia Geral para
aclamar o substituto do Vice-Diretor, respeitando-se os critérios estabelecidos nesta Lei Complementar.

Parágrafo único. Vagando as funções de Diretor e de Vice-Diretor antes de completados


2/3 (dois terços) do mandato, serão convocadas novas eleições, no prazo de 20 (vinte) dias, e os eleitos
completarão o período dos antecessores.

Art. 59. A exoneração do Diretor ou do Vice-Diretor somente poderá ocorrer


motivadamente, mediante processo administrativo, assegurados o contraditório e a ampla defesa.

§ 1º. O Diretor e o Vice-Diretor terão a exoneração recomendada ao Governador do


Estado, após deliberação de Assembleia Geral Escolar, convocada pelo Conselho Escolar para este fim
específico, a partir de requerimento encaminhado ao Presidente do Conselho, com assinatura de, no
mínimo, 50% (cinquenta por cento) dos representantes de cada segmento da comunidade escolar no
colegiado.

§ 2º. A Assembleia Geral Escolar de que trata o § 1º será realizada 15 (quinze) dias após o
recebimento do requerimento, sendo de maioria absoluta de seus membros o quórum para a abertura
dos trabalhos e de maioria simples o quórum para deliberação.
52

Art. 60. Na hipótese de inexistência de candidato devidamente habilitado ao processo


eleitoral, a direção da unidade escolar será indicada pela SEEC, devendo o processo eleitoral ser repetido
em até 180 (cento e oitenta) dias, caso em que os eleitos completarão o restante do mandato.

Art. 61. Havendo apenas 1 (uma) chapa inscrita, a eleição ocorrerá por maioria simples,
manifestando-se, necessariamente, a comunidade escolar no sentido de aceitá-la ou não, observando-se
o disposto no art. 53 desta Lei Complementar.

Parágrafo único. Na hipótese de não atendimento ao percentual de votos que trata o


caput, aplicar-se-á o disposto no art. 60 desta Lei Complementar.

Art. 62. Encerradas as fases de votação e apuração, a Comissão Eleitoral Escolar


proclamará os eleitos na unidade escolar e emitirá o respectivo Boletim Oficial, que será enviado à
Comissão Eleitoral Central.

Art. 63. A Comissão Eleitoral Central encaminhará ao Secretário de Estado da Educação e


da Cultura, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, o Boletim Oficial, contendo o resultado final da
eleição, para fins de homologação.

Art. 64. Após a homologação, o Secretário de Estado da Educação e da Cultura


encaminhará ao Governador do Estado os nomes dos candidatos eleitos, para fins de nomeação.

Art. 65. Após publicação do ato de nomeação, o Diretor e o Vice-Diretor, no prazo de 30


(trinta dias), prestarão compromisso e tomarão posse perante a respectiva DIREC, entrando, em seguida,
em exercício.

CAPÍTULO V

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 66. O Professor ou Especialista em Educação que acumular licitamente 2 (dois)


cargos efetivos vinculados ao regime da Lei Complementar Estadual nº 122, de 1994, ficará afastado de
ambos quando investido na função gratificada de Diretor ou Vice-Diretor de unidade escolar, sem prejuízo
dos seus vencimentos, acrescido o valor da gratificação.
53

Art. 67. Ao final do mandato, a Direção deverá apresentar relatório circunstanciado da


unidade escolar, contendo:

I - avaliação pedagógica de sua gestão;

II - balanço do acervo documental;

III - inventário do material, do equipamento e do patrimônio existente na unidade


escolar;

IV - apresentação de prestação de contas à comunidade.

Parágrafo único. A equipe gestora em transição de mandato que não atender ao disposto
neste artigo ficará impedida de concorrer à eleição seguinte.

Art. 68. Na hipótese de criação de unidade escolar em ano de eleições para Diretor e
Vice-Diretor ou nos 2 (dois) anos subsequentes, a equipe gestora será indicada pela SEEC, permanecendo
em exercício até as eleições gerais seguintes.

Art. 69. A paralisação de atividades ou extinção de unidades escolares implica a extinção


dos respectivos mandatos eletivos.

Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput quando a unidade escolar, por atualização
de porte, não comportar a função de Vice-Diretor.

Art. 70. Esta Lei Complementar aplica-se a todas as instituições educacionais mantidas
pela SEEC, de todos os níveis, inclusive os Centros de Educação Profissional, Centros Estadual de Educação
Especial, Escolas Laboratório, Escolas em Regime de Comodato, Escolas Parques e outras escolas de
modalidades especiais, preservadas as especificidades dessas instituições, na forma da lei.

Art. 71. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 72. Ficam revogados:

I - a Lei Complementar Estadual nº 290, de 16 de fevereiro de 2005;

II - o Decreto Estadual nº 18.463, de 24 de agosto de 2005.

Palácio de Despachos de Lagoa Nova, em Natal/RN, 30 de dezembro de 2016, 195º da


Independência e 128º da República.

FATIMA BEZERRA
54

Governador

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES

O texto deve ser corrido, em um único parágrafo;


Pode ser escrita à mão (de forma legível), pelo secretário (a) ou digitada
durante a reunião e, caso concluída a ata, procede-se a leitura e após
aprovada deve ser assinada por todos os presentes ao final da mesma;
Verbo no tempo passado (pretérito perfeito do indicativo);
Na ata não é permitido nenhum tipo de rasura, podendo ser usadas expressões
como “digo” “em tempo” e “cito” no decorrer da lavra da ata.
.

DO PROCESSO ELEITORAL ESCOLAR

DAS ELEIÇÕES
Art. 7º - A constituição do Conselho Escolar dar-se-á por votação direta
e secreta, de forma uninominal, em cada segmento.
Art. 8º - As eleições de representantes dos segmentos da comunidade
escolar para integrar o Conselho Escolar realizar-se-ão até o final do primeiro
bimestre, sendo organizadas e coordenadas por comissão local, constituída
especificamente para essa finalidade, de acordo com as diretrizes operacionais
expedidas pela Comissão Estadual Central de Gestão Democrática.
Art. 9º - Poderão candidatar-se à vaga de Conselheiro, representando o
segmento a que pertencem, os membros da comunidade escolar das escolas
públicas estaduais.
Art. 10º - Cada segmento organizará sua eleição conforme as seguintes
diretrizes:
I - os eleitores de todos os segmentos constarão em lista elaborada e
publicada pela secretaria da unidade escolar;
II - serão considerados eleitores:
a) os alunos a partir de 12 (doze) anos devidamente matriculados na
unidade escolar;
b) pai, mãe ou responsável de estudantes devidamente matriculados na
unidade escolar;
c) professores e funcionários do quadro efetivo e temporário, em
exercício na unidade escolar.
Parágrafo único: Os eleitores que pertencerem a mais de um segmento
só poderão candidatar-se e votar por um deles, a seu critério.
Art. 11º - O resultado da eleição será lavrado em ata e assinado pelos
membros da comissão eleitoral, devendo ficar arquivado na escola.
Art. 12º - Após as eleições, os conselheiros serão empossados diante da
comunidade escolar, em reunião ou assembleia, sendo a partir deste ato legitimados
para desempenhar suas respectivas funções.
55

1- O Conselho Escolar coordenará o processo de escolha dos integrantes da


Comissão Eleitoral Escolar em cada Unidade de Ensino, que será composta por um
membro de cada segmento da comunidade escolar.

2- A Comissão Eleitoral Escolar terá as seguintes atribuições:

a) orientar os candidatos na inscrição das chapas;

b) divulgar edital com lista de candidatos, data, horário, local de votação e prazos
para apuração e para recursos;

d) designar mesários e escrutinadores, credenciar fiscais indicados pelos


respectivos candidatos ou chapas concorrentes e providenciar a instalação do
programa de votação;

e) cumprir e fazer cumprir as normas estabelecidas no Edital e na Lei


Complementar nº 585/2016;

f) homologar as listas a que se refere o art. 51 da Lei vigente;

g) as eleições ocorrerão, presencialmente, utilizando o módulo de órgãos


colegiados/eleições off-line disponibilizada pelo SIGEduc.

DA HOMOLOGAÇÃO DAS INSCRIÇÕES E DOS RECURSOS

A Comissão Eleitoral Escolar será responsável pela homologação das inscrições


das candidaturas;

Cabe à Comissão Eleitoral Escolar receber e julgar os recursos interpostos relativos


às homologações das candidaturas;

DAS COMISSÕES ELEITORAIS

O processo eleitoral dos conselhos escolares das Unidades de Ensino da Rede


Pública Estadual do Rio Grande do Norte contará com a Comissão Eleitoral Central
e com o apoio das Diretorias Regionais de Educação e da Cultura - DIREC, por meio
dos Técnicos de Gestão normatizados pela Portaria nº _________________

Cabe à Comissão Eleitoral Central atuar como segunda instância das decisões
proferidas pelas Comissões Eleitorais Escolares, no que diz respeito as sanções do
artigo 55, incisos I e II, da Lei Complementar nº 585, de 30 de dezembro de 2016 e
julgar os recursos interpostos ao processo eleitoral.

A Comissão Eleitoral Escolar emitirá o Relatório de Apuração do Resultado Final,


coletará as assinaturas e encaminhará cópias a DIREC.

DAS ETAPAS DO PROCESSO ELEITORAL


56

As atividades escolares previstas para o dia de eleição serão normais.

A Comissão Eleitoral Escolar organizará horário de estudante, considerando as


orientações dos protocolos de biossegurança adotados pela escola, conforme as
orientações da SEEC.

Fica assegurado aos estudantes o direito de votar em horário diferente do seu turno
de aula.

O eleitor habilitado a votar o fará na Unidade de Ensino de origem, desde que


atendam aos critérios estabelecidos no art. 51, da Lei Complementar nº 585/2016.

Mãe, pai ou responsável legal votará para eleição do conselho escolar das Unidades
nas quais o estudante esteja vinculado, na escola de origem do aluno,
independentemente do voto deste.

São eleitores, única e exclusivamente, os constantes na lista de votação


homologada pela Comissão Eleitoral Escolar, os quais terão direito somente a um
voto no dia da eleição.

MODELO DE ATA PARA REUNIÃO DO CONSELHO ESCOLAR

Ata da Primeira Reunião Ordinária do Conselho

Aos dez dias do mês de abril de dois mil e vinte e três realizou-se às nove horas a
primeira reunião do Conselho Escolar da Escola Estadual Padre Eurico Villela nas
dependências da sala três desta instituição, situada à Rua Monsenhor Luis Wanderley
número cem, bairro do Alecrim, neste município, com a presença dos seguintes
membros: Ana Cláudia de Melo, representante dos pais e presidente do referido
Conselho, Leni Cunha Soares, representante dos funcionários, Maria de Deus Paiva,
representante dos professores, a senhorita Maria do Carmo de Fontes Moura,
representante dos estudantes, a professora Elizabete Jácome da Silva, Diretora da
escola e Wagner Silva de Castro, representante dos professores e secretário do
Conselho Escolar. Presidiu a reunião a senhora Ana Cláudia de Melo expondo a
seguinte sugestão de pauta: I - Informes; II Cronograma de Reuniões Ordinárias do
Conselho Escolar - Dois mil e treze; III - Exposição do Quadro de Rendimento Anual; IV -
Encaminhamentos. (DESENVOLVIMENTO: - relato dos assuntos tratados e
decididos por consenso ou votados). Após discussão da pauta apresentada, ficou
acordado por este conselho o cumprimento dos respectivos encaminhamentos e
agendada a próxima reunião ordinária para o dia vinte e seis de maio, às dezenove
horas, conforme cronograma de reuniões apresentado. Nada mais havendo a tratar,
57

deu-se por encerrada a reunião às onze e meia e eu Wagner Silva de Castro, secretário,
lavrei a presente ata que segue assinada por mim e pelos demais presentes.

Assinatura do (a) secretário (a) e dos presentes, seguidas do segmento que representa.

RECOMENDAÇÃO

1. Fazer ata da reunião de assembleia para composição da comissão eleitoral,


assinada por todos;
2. Registrar ata no livro de eleições do conselho escolar;
3. Elaborar portaria da comissão eleitoral com os nomes dos componentes de
mínimo 03 (três);
4. Elaborar edital de convocação por segmento para as assembleias (ver modelo
anexo);
5. Fazer atas das assembleias por segmento (ver modelo anexo);
6. Homologação da candidatura (ata e preencher ficha cadastral);
7. Elaborar ata do pleito (ver anexo);
8. Elaborar ata de posse e termo (ver anexo);
9. Esta será a última reunião em que a comissão eleitoral irá se despedir dos
trabalhos;
10. Formado e empossado o Conselho da Escola deverá marcar a sua primeira
reunião ordinária para a escolha de presidente e o Secretário.

11. Observação: A documentação acima deve ser inserida na ABA dos órgãos
colegiados no SIGEDUC;

ATA DE ASSEMBLEIA GERAL PARA ESCOLHA DA COMISSÃO ELEITORAL


QUE IRÁ ACOMPANHAR O PROCESSO ELEITORAL DO CONSELHO ESCOLAR

Aos trinta dias do mês de maio do ano de dois mil e vinte e três, às quinze horas,
reuniram-se no pátio da Escola Estadual _______________________ situada à rua
___________________________________ pais, alunos, professores, funcionários,
gestão e demais representantes da comunidade escolar local para deliberar acerca
da formação da Comissão Eleitoral que irá acompanhar o processo de eleição do
Conselho Escolar dessa Instituição. Dando prosseguimento a reunião pelo (a) gestor
(a) da escola o (a) Sr(a) _______________________________________. O
conselheiro (a) mesmo (a) torna aberto o pleito para candidatura da Comissão
Organizadora que irá presidir o processo eleitoral do Conselho Escolar. No ensejo,
manifestaram-se os seguintes candidatos, os quais foram votados por aclamação,
sendo: _________________________ representantes dos pais; ________________
representante dos professores; _____________________________ representante
dos funcionários e _____________________ representante dos alunos. Dos
candidatos, fica eleito ambos o (a) Sr. (a). ___________________________ que
será o a comissão responsável pela condição do processo eleitoral. Segue ata
assinada por mim (secretário) (a)____________________ e demais presentes.
58

ESCOLA ESTADUAL ___________________________________________

FICHA DE INSCRIÇÃO PARA HOMOLOGAÇÃO DA CANDIDATURA DO


CONSELHO ESCOLAR

NOME DO CANDIDATO __________________________


SEGMENTO QUE REPRESENTA:__________________________________
TURNO: MATUTINO ( ) VESPERTINO ( ) NOTURNO ( )
ENDEREÇO: ___________________________________
RG: _____________________ ÓRGÃO EXPEDIDOR:
CPF: _________________________________________
TELEFONES ___________________________________
E-MAIL: _______________________________________

_________________________________
Assinatura do Representante

_______________________________
Presidente da Comissão Eleitoral

OBSERVAÇÃO: Preencher esta Ficha de Inscrição após as assembleias por


segmento (HOMOLOGAÇÃO)

OBSERVAÇÃO: Os modelos de livro de ata abaixo continuam em vigor, porém, os


conselhos escolares devem ser inseridos e publicados no SIGEDUC.
59

EDITAL DE CONVOCAÇÃO

Convoco os ALUNOS regularmente matriculados na Escola Estadual (completar


com a denominação social) a participarem da Assembleia Geral, que se realizará
no dia _____/_____/_____, nesta cidade, à (completar com o endereço), a fim de
elegerem seus representantes no Conselho Escolar da Lei Complementar nº
585/2016.
Natal/RN, ______ de _______________ de 20----
_________________________________
Presidente da Comissão Eleitoral

ATA DE ASSEMBLEIA GERAL DE ALUNOS DA


ESCOLA ESTADUAL (completar a denominação social)

Aos (informar dia, mês e ano) atendendo o Edital de Convocação de (colocar a


data), nesta cidade à (colocar o endereço da escola), reuniram-se os alunos
regularmente matriculados, devidamente assinados na lista de presença para, em
Assembleia, elegerem seus representantes no Conselho de Escola, nos termos da
Lei Complementar nº 585/2016.
. Foram eleitos: (discriminar o nome, RG e a série na qual o aluno está
matriculado). Concluídos os trabalhos, o Sr.(a). Presidente da Comissão Eleitoral
passou a palavra a quem quisesse se manifestar e, na ausência de manifesto e
nada mais tendo a tratar, agradeceu a presença de todos e deu por encerrada a
presente reunião, e determinou a mim, que servi como secretário, que lavrou a
presente ata, que vai assinada por mim e demais membros.

EDITAL DE CONVOCAÇÃO

Convoco os FUNCIONÁRIOS da Escola Estadual


________________________________________________________ a participarem
da Assembleia Geral, que se realizará no dia _____/_____/_____, nesta cidade à
(completar com o endereço), a fim de elegerem seus representantes no Conselho
Escolar, da Lei Complementar nº 585/2016.
Natal/RN, ______ de _______________ de 20_____.

_______________________________
Presidente da Comissão Eleitoral
60

ATA DE ASSEMBLEIA DE FUNCIONÁRIOS DA ESCOLA


ESTADUAL--------------------------------------------------------------------------------

Aos (informar dia, mês e ano) atendendo o Edital de Convocação de (colocar a


data), nesta capital à (colocar o endereço da escola), reuniram-se os funcionários
devidamente assinados na lista de presenças para, em Assembleia, elegerem seus
representantes no Conselho Escolar da Lei Complementar nº 585/2016.
Foram eleitos: (discriminar o nome, RG). Concluídos os trabalhos, o Sr(a).
gestor (a) membro nato do conselho Escolar da Escola Estadual passou a palavra
para quem quisesse se manifestar e, nada mais tendo a tratar agradeceu a presença
de todos e deu por encerrada a presente reunião, e determinou a mim, que lavrei a
presente ata, que vai assinada por mim e demais presentes como sinal de sua
aprovação.

ATA DE ASSEMBLEIA DE PAIS OU RESPONSÁVEIS PELOS ALUNOS DA


ESCOLA ESTADUAL-----------------------------------------------------------------------------------

Aos (informar dia, mês e ano) atendendo o Edital de Convocação de (colocar a


data), nesta capital à (colocar o endereço da escola), reuniram-se os pais ou
responsáveis pelos alunos regularmente matriculados, devidamente
assinados na lista de presenças para, em Assembleia, elegerem seus
representantes no Conselho Escolar, conforme a da Lei Complementar nº 585/2016.
Foram eleitos: (discriminar o nome e RG). Concluídos os trabalhos, o Sr(a). Gestor
(a), membro nato do Conselho Escolar, passou a palavra a quem quisesse se
manifestar e, nada mais tendo a tratar, agradeceu a presença de todos e deu por
encerrada a presente reunião, e determinou a mim, que lavrei a presente ata, que
vai assinada por mim e demais presentes.

LISTA DE PRESENÇA
ELEIÇÃO DO SEGMENTO PAIS DO CONSELHO ESCOLAR DA ESCOLA
ESTADUAL _____________________________________________________

DECLARAÇÃO DE POSSE

A (o) Presidente da Comissão Eleitoral do Conselho Escolar da Escola


Estadual____________________________________________ resolve
nomear __________________________________ representante do segmento
de ________________, eleito com ______ votos, assumindo a função
____________________________ de
_________________________________ (titular ou suplente).

Natal/RN, ____ de _____________ de 20 ____.

Presidente da Comissão
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ATA DE POSSE DO CONSELHO ESCOLAR

Aos ________ dias do mês de _________________________ do ano de


______, às _____ horas e minutos, reuniram-se no(a)
__________________________________________, situada à Rua
______________________________, todos os conselheiros da escola eleitos
no pleito eleitoral para o triênio __________ e __________, conjuntamente
com toda a comunidade escolar, para tomarem posse perante a comissão
eleitoral, sendo, o(a) senhor (a) ________________________ casado(a),
residente à Rua _____________________________, CPF _____________
RG: ______________________, eleito para representar o segmento de
______________ no conselho escolar como titular e o(a) senhor (a)
_________________________________ casado(a), residente à Rua
_______________________________________, CPF _____________ RG:
______________________, como suplente.

EDITAL DE CONVOCAÇÃO

Convoco os PAIS OU RESPONSÁVEIS pelos alunos da Escola Estadual.


(Completar com a denominação social) a participarem da Assembleia, que se
realizará no dia _____/_____/_____, nesta cidade, à (completar com o endereço), a
fim de elegerem seus representantes no Conselho de Escola, nos termos da Lei
Complementar N° 585 de 30 de dezembro de 2016.
Natal/RN, ______ de _______________ de 20_____.

____________________________
Presidente da Comissão Eleitoral

EDITAL DE CONVOCAÇÃO

Convoco os PROFESSORES da Escola Estadual (completar com a denominação


social) a participarem da Assembleia, que se realizará no dia _____/_____/_____,
nesta cidade à (completar com o endereço), a fim de elegerem seus representantes
no Conselho de Escola, nos termos da Lei Complementar N° 585 de 30 de
dezembro de 2016.
Natal/RN, ______ de _______________ de 20

Presidente da Comissão Eleitoral


ATA DE ASSEMBLEIA DE PROFESSORES DA ESCOLA ESTADUAL
(COMPLETAR A DENOMINAÇÃO SOCIAL)

Aos (informar dia, mês e ano) atendendo o Edital de Convocação de (colocar a


data), nesta cidade à (colocar o endereço da escola), reuniram-se os professores,
devidamente assinados na lista de presenças para, em Assembleia, elegerem seus
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representantes no Conselho de Escola, nos termos da Lei Complementar N° 585 de


30 de dezembro de 2016. Foram eleitos: (discriminar o nome, RG). Concluídos os
trabalhos, o Sr(a) Presidente da Comissão Eleitoral Gestor (a) da Escola Estadual
passou a palavra para quem quisesse se manifestar e, nada mais tendo a tratar,
agradeceu a presença de todos e deu por encerrada a presente reunião, e
determinou a mim, que servi como secretário, que lavrasse a presente ata, que vai
assinada por mim e demais presentes.

ATA DE RESULTADO DO PLEITO ELEITORAL DO CONSELHO ESCOLAR

Aos (informar dia, mês e ano), reuniram-se no (a) ________________ a


Comissão Eleitoral que presidiu o pleito eleitoral para Conselho Escolar da
Escola _________________, situada à Rua _______________. A comissão
divulga em ata os boletins de resultados do pleito eleitoral por turno dos
eleitos para representar a comunidade escolar da referida escola. Sendo
________________________________ eleito com _____ votos para
representar o segmento de _______________, na função de titular
________________________________________ e com ___ votos, na função
de suplente, ambos do turno _______________. Concluídos os trabalhos, o
Sr(a). Gestor (a) membro nato d conselho (a) da Escola Estadual, passou a
palavra para quem quisesse se manifestar e, nada mais tendo a tratar
agradeceu a presença de todos e deu por encerrada a presente reunião, e
determinou a mim, que lavrei a presente ata, que vai assinada por mim e
demais presentes como sinal de sua aprovação.

REGRAS QUE DEFINEM OS VOTOS VÁLIDOS EM CÉDULA

1) A caneta para votar deverá ser com tinta azul ou preta.


2) Será validado o voto que estiver especificado com somente o nome do
candidato na cédula; somente a assinalação do número do candidato; ou a
especificação do nome e a assinalação do número correto do candidato.
3) Após a votação, a cédula deverá ser dobrada e depositada na urna
correspondente ao segmento do eleitor.
4) Serão anulados os votos que estiverem nas seguintes condições: nome
escrito de forma ilegível, nome do candidato e assinalação do número que
não corresponde ao nome, assinalação de dois números.
5) Serão considerados votos “em branco” as cédulas que não tiverem nada
escrito.
A Comissão Eleitoral salienta, ainda, que o período para que os
candidatos façam campanha termina antecedendo 24 horas antes do início do
pleito.
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MODELO DE CÉDULA

Escola Estadual

Eleição do Conselho Escolar

Cédula Eleitoral

Segmento: ___________________________
1 2 3 4 5 6 7 8
888
Nome do Candidato:___________________

Marque (x) no número do seu candidato de


preferência

_________________________

Presidente da comissão eleitoral

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