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INTRODUÇÃO

Neste trabalho investigaremos o conflito militar entre as cidades-Estado de Atenas e


Esparta, que ocorreu por volta do século V a.C, entre os anos de 431 e 404 a.C e
com base na obra “A historia da guerra do Peloponeso, Tucídides.” Iremos indagar
como os atenienses entraram no combate por intermédio de persuasão no discurso
de Péricles.

OBJETIVOS
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Objetivo Geral: Compreender dentro da Guerra do Peloponeso, qual o papel
fundamental de Péricles como articulador da batalha.

Objetivos Específicos:

 A elaboração de um discurso na antiguidade, através da retórica.


 O uso da oratória dentro da estratégia de guerra.

HIPÓTESE

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O papel de Péricles na Guerra do Peloponeso como estratego é fundamental para a
articulação do conflito. Usando como ferramenta principal a arte da retórica, e
partindo do pressuposto de que Péricles atuando como general exercia uma vasta
influência sobre o povo ateniense. Buscamos então investigar e entender de que
maneira o convencimento usado por ele persuadiu o povo ateniense e fez com que
eles aderissem à ideia de guerra.

REFERENCIAL TEÓRICO

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Nesta pesquisa trabalharemos os conceitos de IMPERIALISMO e RETÓRICA.
Baseando imperialismo em Norberto Luiz Guarinello, para ele imperialismo é uma
prática expansionista diretamente ligada ao poder da ação militar. Essa prática visa
o acúmulo de riquezas e exploração, mantendo assim um grau de dominação
político sobre os povos.

Tal sistema de exploração e acumulação de riquezas tem por


corolário quase sempre um determinado grau de dominação politica,
indo desde uma interferência indireta, porém forte, nos assuntos
internos dos países dependentes, até a intervenção militar direta.
(GUARINELLO, 1987, p. 7).

Diz Moses Finley (1978), citado por Guarinello (1987, p.9) :

Um Estado pode ser denominado imperialista se em qualquer


momento, exerceu autoridade sobre os outros Estados,
comunidades ou povos, usando seus próprios fins e vantagens
quaisquer que tenham sido estas ultimas.

Visto esses aspectos, trabalharemos também com a retórica levando-a como fator
de persuasão para a prática imperialista. Segundo Aristóteles, sendo um dos
principais elementos de persuasão, a arte da retórica conta com o poder da
narrativa, capaz de ser utilizada em espaços interdisciplinares expondo provas e
ensinando o possível.

[...]No fundo, a retórica é um saber que se inspira em múltiplos


saberes e se põe ao serviço de todos os saberes. É um saber
interdisciplinar no sentido pleno da palavra, na medida em que se
afirmou como arte de pensar e arte de comunicar o pensamento [...].
(ARISTOTELES, 1515, p.9)

Péricles, como peça chave para a guerra faz um bom uso dessa arte da oratória
para incitar o povo ateniense da importância do conflito.

METODOLOGIA

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Nesta pesquisa, será desenvolvido o método de exploração bibliográfica, assim,
como analises dos discursos da antiguidade como ferramenta fundamental de
persuasão. Obras como “A Guerra do Peloponeso” de Tucídides, “Retórica” de
Aristóteles e também autores contemporâneos como Guarinello são essenciais para
o desenvolvimento deste projeto, facilitando e enriquecendo conceitos como retórica
e imperialismo.
A partir do estudo de Tucídides verifica-se a maneira como Péricles discursa perante
o público, com o intuito de convencê-los à prática da guerra. Para além,
encaminhamos para desenvolver conceitos chaves para construção desse projeto,
usando assim, como referencial teórico, Guarinello para falar de imperialismo, e
Aristóteles como base para à retórica.
Entende-se que a varredura bibliográfica possibilita uma melhor compreensão dos
conceitos, entendimento e relação entre as três obras onde é necessária a
compreensão de tais conceitos indispensáveis para o discernimento do tema
abordado em questão.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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TUCÍDIDES. A história da Guerra do Peloponeso. Brasília: Editora Universidade de
Brasília, 1987.

ARISTÓTELES. Retórica. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2005.

GUARINELLO, N. L. Imperialismo Greco-romano. São Paulo: Editora Ática S.A,


1994.

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