Você está na página 1de 5

CURSO DE DIREITO

FACULDADE DE DIREITO
“LAUDO DE CAMARGO”

NÚCLEO DE ENSINO PRÁTICO


- N.E.P. –

ESTÁGIO
SUPERVISIONADO VI –
10ª ETAPA

CASOS DE ESTUDO

2° SEMESTRE / 2019
UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO
FACULDADE DE DIREITO “LAUDO DE CAMARGO”

ESTÁGIO SUPERVISIONADO VI

OBJETIVO

Essa disciplina Estágio Supervisionado VI proporcionará ao(à) aluno(a) desenvolver


técnicas e habilidades para compreensão e assimilação do processo criminal, a partir da
Constituição Federal, em segunda instância, por meio de casos concretos, que inclusive o levará
a elaborar arrazoados processuais específicos e tipificados dentro do sistema recursal criminal;
ainda, propiciará ao(à) o(a) aluno(a) seguir em atividades processuais reais, por meio de sua
participação em estágio propiciado pelo Escritório de Assistência Judiciária gratuita da
Universidade ou outros escolhidos por ele(a), obedecendo os requisitos estabelecidos em
normas da Universidade.

PLANO DE TRABALHO

I. CASOS PARA ESTUDO

Trabalho nº 40:

ANDRÉ está sendo processado pela suposta prática do delito de homicídio qualificado
pois teria assassinado um guarda civil municipal, tendo como motivação a suspeita de que a
vítima estaria mantendo um caso com a sua esposa, sendo que várias testemunhas afirmaram
perante o plenário que ANDRÉ agiu quando estava totalmente transtornado, pois era chamado
constantemente pela vítima de “corno manso” e o ofendido ainda sempre zombava dele.
ANDRÉ ficou em silêncio quando interrogado na Delegacia de Polícia e, tanto na primeira fase
do procedimento do Tribunal do Júri, como em plenário, alegou que teria agido sob domínio de
violenta emoção logo após ter sido provocado injustamente pelo ofendido. O advogado de
André alegou como tese de defesa que ANDRÉ agiu em legítima defesa e seus debates orais
duraram apenas 5 (cinco) minutos. O promotor de justiça realizou seus debates orais em 1 (uma)
hora e meia e ainda réplica em 1 (uma) hora, e o defensor entendeu desnecessária a apresentação
de tréplica. O promotor em seus debates usou como um de seus argumentos acusatórios que,
como o réu permaneceu em silêncio na fase inquisitiva, demonstrou comportamento contrário
ao de um inocente. No julgamento pelo plenário do Júri, foi apresentado como único quesito da
defesa a tese apresentada pelo advogado de ANDRÉ, não sendo apresentado aos jurados o
quesito relativo à tese apresentada pessoalmente pelo acusado. Ao final do julgamento em
plenário, os jurados consideraram ANDRÉ culpado e o condenaram a uma pena de 12 anos de

2
reclusão, sendo reconhecidas as qualificadoras previstas no artigo 121, § 2°, incisos II e VII do
Código Penal.

QUESTÃO: Como advogado(a) de André apresente a medida processual cabível em


sua defesa.

PRAZO PARA PROTOCOLO NO NEP


27/09/2019

Trabalho nº 41

CAMILA está sendo processada pela suposta prática do delito de receptação que teria
ocorrido no mês de abril de 2010. Ela é primária e tem bons antecedentes e na época do
cometimento do crime era menor de 21 anos de idade. O inquérito policial só é concluído no
mês de abril de 2017, sendo oferecida e recebida a denúncia no mês de maio de 2017. Em sede
de resposta à acusação, é requerido pela defesa de CAMILA o reconhecimento da prescrição, e
o juiz acolhe o pedido, com a consequente extinção da punibilidade. O Ministério interpõe
recurso em sentido escrito, requerendo que a decisão do juiz de primeira instância seja revista,
sob os argumentos de que não cabe reconhecimento de prescrição entre a data do delito e o
recebimento da denúncia e que o prazo prescricional ainda não havia se escoado.

QUESTÃO: Como advogado(a) de CAMILA elabore a manifestação jurídica cabível.

PRAZO PARA PROTOCOLO NO NEP


27/09/2019

Trabalho nº 42:

FERNANDO foi processado e condenado pela suposta prática do delito de estupro de


vulnerável previsto no artigo 217-A tendo como vítima MÁRCIA, sua enteada, que conforme
noticiado nos autos tinha na época 11 anos de idade, e o crime teria ocorrido no mês de janeiro
de 2018. Além disso, a pena foi aumentada em razão da agravante prevista no artigo 61, inciso
II, alínea “h” pelo fato de o delito ter sido praticado contra uma criança. Por fim, foi aplicada
pelo juiz a causa de aumento de pena prevista no artigo 226, inciso IV, alínea “b” já a motivação
do crime teria sido corrigir o comportamento social de MÁRCIA, pois, segundo o padrasto, ela
usava roupas muito curtas e precisava “ter uma lição”. Houve recurso da condenação em
primeira instância por parte de FERNANDO, mas o Tribunal de Justiça negou provimento à
apelação, havendo posteriormente o trânsito em julgado do acórdão confirmatório da
condenação para a defesa. Pouco tempo depois, MÁRCIA procura a Delegacia de Polícia para
informar que na realidade na época dos fatos ela tinha 14 anos de idade e que foi coagida por
sua genitora, que queria prejudicar ainda mais FERNANDO, a mentir em relação à sua idade.

3
Ela ainda relatou ao Delegado de Polícia que sua genitora conseguiu uma certidão de
nascimento falsa que foi juntada no processo com as informações incorretas.

QUESTÃO: Supondo que a família de Fernando tome conhecimento desse depoimento


e solicite que você adote a medida jurídica adequada ao caso, elabore a peça processual
pertinente.

PRAZO PARA PROTOCOLO NO NEP


ATÉ 08/11/2019

Trabalho nº 43:

VALMIR foi condenado pela prática do delito de posse de arma de fogo de uso
permitido, previsto no artigo 14 da Lei 10826/03, a uma pena de 2 anos de reclusão, sendo
reincidente em crime não hediondo na época da condenação. Durante o cumprimento da pena,
o juiz da execução enquadra o delito como crime hediondo, determinando que a progressão de
pena se dará com o cumprimento da fração de 3/5 do total da pena. Além disso, como durante
o cumprimento da pena VALMIR pratica falta grave, o juiz responsável pela execução criminal
determina que a contagem do lapso temporal para a concessão de livramento condicional deverá
ser interrompido, realizando-se nova contagem a partir da data da falta grave.

QUESTÃO: Assim, como advogado(a) de Valmir elabore a medida jurídica pertinente


ao caso.

PRAZO PARA PROTOCOLO NO NEP


ATÉ 08/11/2019

Trabalho nº 44:

CAIO foi processado e condenado pela suposta prática do delito de estelionato previsto
no artigo 171, inciso VI do Código Penal. Segundo a acusação ele deu um cheque sem fundos
como pagamento pela realização de uma transação comercial. Posteriormente, CAIO se
arrepende e antes do recebimento da denúncia, ressarce o valor do prejuízo causado às vítimas.
A denúncia é oferecida e o juiz a recebe. Um amigo de CAIO que trabalha no Fórum fica
sabendo da existência do processo e comunica à CAIO.

QUESTÃO: Antes de receber o mandado de citação, CAIO vai ao seu escritório e


solicita que você como advogado(a) adote a medida cabível ao caso. Elabore-a.

PRAZO PARA PROTOCOLO NO NEP


08/11/2019

4
ORIENTAÇÃO DO PROFESSOR

OFICINA DE ORIENTAÇÃO I: Trabalhos números 40 e 41.

Conteúdo mínimo obrigatório

1. Recurso de Apelação;
2. Contrarrazões em Recurso em Sentido Estrito.

OFICINA DE ORIENTAÇÃO II: Trabalhos números 42, 43 e 44.

Conteúdo mínimo obrigatório

1. Revisão Criminal;
2. Agravo em Execução;
3. Habeas Corpus.

OFICINA DE CORREÇÃO

AGENDAMENTO DEVERÁ SER REALIZADO PESSOALMENTE NO NEP.

ATIVIDADE REAL

Você também pode gostar