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Mecânica dos Fluidos / Engenharia Mecânica

EXPERIMENTO – TUBO DE VENTURI

Nome dos integrantes do grupo Matrícula Turma


André Luis Jonas Júnior D330780 EM5P15
Henrique Rafael de Oliveira Gomes D409EH7 EM5P15
João Félix Bustamante Ribeiro D04IIG9 EM5P15
Lucas Henrique da Silva D4506H8 EM5P15
Vitória Moreno de Paiva D15JHE1 EM5P15

Prof. André Luis Antunes de Almeida

Bauru

06/05/2019
LISTA DE IMAGENS

Imagem 1: Pressostato Digital ifmelectronic ........................................................ 11


Imagem 3: Sistema de Conexão............................................................................. 16
Imagem 2: conexão elétrica.................................................................................... 16
Imagem 4: dimensões tamanho do Pressostato .................................................. 17
Imagem 5 : Tubo de Venturi ................................................................................... 19
Imagem 6: Medidor de vazão digital ...................................................................... 20
Imagem 7 : Bancada de Perda de Cargas ............................................................. 25
Imagem 8: Indicação dos registros abertos.......................................................... 26
Imagem 9: Ligação entre o Tubo de Venturi e os Pressostatos Digitais............ 27
Imagem 10: Painel elétrico ..................................................................................... 28
Imagem 11: Medição dos Pressostatos Digitais................................................... 28
Imagem 12: Medição do Medidor de Vazão Digital ............................................... 29
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 : Dados do Tubo de Venturi e do Medidor Digital ................................. 31


Tabela 2 : Comparação de Vazões ......................................................................... 31
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO E FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................. 9


1.1 Introdução ........................................................................................................ 9

1.2 Fundamentação Teórica ................................................................................ 10

1.2.1 Pressostato ................................................................................................ 10


1.2.2 Tubo de Venturi ......................................................................................... 17
1.2.3 Medidor Digital ........................................................................................... 20
2 OBJETIVOS ........................................................................................................... 23
3 METODOLOGIA .................................................................................................... 25
3.1 Materiais Utilizados ........................................................................................ 25

3.2 Procedimento Experimental .......................................................................... 25

3.3 Formulário ...................................................................................................... 30

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................... 31


4.1 Resultados ...................................................................................................... 31

4.2 Discussões ..................................................................................................... 31

5 CONCLUSÕES ...................................................................................................... 33
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 34
9

1 INTRODUÇÃO E FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1 Introdução

Com a evolução das tecnologias de produção, a hidráulica e pneumática


industrial ganhou cada vez mais espaço e importância. Elas estão presente em
inúmeros processos de fabricação e o seu uso é fundamental para que sejam
alcançados os resultados e metas e, assim, contribuir para o funcionamento de
diversas empresas.
Neste cenário, apresentou-se a necessidade de dimensionamento nas plantas
fabris, visando sempre obter melhor desempenho na produção. Para que todos os
processos pudessem ocorrer de forma mais eficiente e também para evitar falhas e
acidentes, o que reduz as perdas, o controle dos parâmetros hidráulicos deveria ser
feito de forma precisa.
Tendo em vista esta necessidade de controle dos parâmetros, foram
desenvolvidos diversos equipamentos, com a finalidade de obter medidas precisas.
Instrumentos para medição de vazão, pressão, velocidade do fluido, viscosidade,
entre outros parâmetros, eram cada vez mais utilizados.
O dimensionamento dos sistemas hidráulicos e pneumático nas industrias se
tornou possível e evoluiu ao longo do tempo. Qual bomba seria utilizada, o diâmetro
da tubulação, os apoios de sustentação para os tubos, o tipo de fluido, a pressão e
velocidade necessárias, a vazão a ser utilizada, todas essas questões foram
solucionadas.
A evolução constante dos processos de fabricação fez com que as instituições
de ensino superior da área da engenharia estudassem os eventos supracitados. Neste
mesmo foco, durante as aulas de mecânica dos fluidos, foi passado aos alunos de
engenharia mecânica um relatório sobre um experimento hidráulico.
O experimento realizado no Laboratório de Mecânica dos Fluidos, na UNIP,
campus Bauru, teve como objetivo medir a vazão do fluido em uma tubulação
utilizando um Tubo de Venturi e comparar com a vazão obtida a partir do medidor de
vazão digital. O equipamento utilizado para a realização deste experimento foi a
Bancada de Perda de Cargas TBPC 3000.
10

O tubo de Venturi é um instrumento utilizado para medir velocidade, e assim


determinar também vazões. Sua utilização é ampla, podendo ser aplicado em aviões,
rios, redes de abastecimento ou em fluidos em laboratórios de hidráulica para
realização de experimentos e análises.

1.2 Fundamentação Teórica

1.2.1 Pressostato

Pressostato é um instrumento de medição de pressão utilizado como


componente do sistema de proteção de equipamento ou processos industriais. Sua
função básica é de proteger a integridade de equipamentos contra sobrepressão ou
subpressão aplicada aos mesmos durante o seu funcionamento. É constituído em
geral por um sensor, um mecanismo de ajuste de set-point e uma chave de duas
posições (aberto ou fechado).
Como mecanismo de ajuste de set-point utiliza-se na maioria das aplicações
uma mola com faixa de ajuste selecionada conforme pressão de trabalho e ajuste, e
em oposição à pressão aplicada. O mecanismo de mudança de estado mais utilizado
é o micro interruptor, podendo ser utilizado também ampola de vidro com mercúrio
fechando ou abrindo o contato que pode ser do tipo normal aberto ou normal fechado.
Quanto ao intervalo entre atuação e desarme, os pressostatos podem ser
fornecidos com diferencial fixo e diferencial ajustável. O tipo fixo só oferece um ponto
de ajuste, o de set-point, sendo fixo o intervalo entre os pontos de atuação e desarme.
O tipo ajustável permite ajuste de set-point e também alteração do intervalo entre o
ponto de atuação e o de desarme. O pressostato utilizado no experimento como
mostra na imagem 1.
11

Imagem 1: Pressostato Digital ifmelectronic

Fonte:Elaborado pelo autor

CARACTERÍSTICAS

Modelo: Pressostato Digital ifmelectronicPN200945128 Essen 08.09.2015

Campo de aplicação

Substâncias fluidos líquidos e gasosos

Temperatura do fluído: -25até 80[°C

Resistência à pressão: 20000 mbar / 290 psi

Min. Berstdruck: 50000 mbar/ 725 psi

Tipo de pressão: Pressão relativa

Dados elétricos

Tensão de operação: 18 até 32 [V] DC;(conforme EN 50178 SELV/PELV)

Consumo de corrente: < 35 [mA]

Resistência de isolamento: mín. 100[MΩ]; (500 V DC)

Classe de proteção :IIl


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Proteção contra inversão de polaridade: sim

Retardo de prontidão: 0,3[s]

Watchdog integrado: sim

Entradas/saídas

Quantidade de saídas digitais: 2; Quantidade de saídas analógicas: 1

Saídas

Saídas totais 2

Sinal de saída: sinal de comutação; sinal analógico; IO-Link; (configuráveis)

Função elétrica: PNP/NPN

Quantidade de saídas digitais:2

Saída: abertura / fechamento; (parametrizável)

Queda de tensão máx. da saída de comutação DC:2 [V]

Intensidade de corrente máxima constante da saída de comutação DC: 250[mA]

Frequência de comutação DC:< 500[Hz]

Quantidade de saídas analógicas:1

Corrente da saída analógica [mA] 4 até 20; (de escala ajustável 1:4)

Carga máx. (Ub - 10 V) / 20 mA[Ω]

Tensão da saída analógica: 0 até 10[V]; (de escala ajustável 1:4)

Min. resistência de carga : 2000[Ω]

Proteção contra curto-circuitos: sim

Versão da proteção contracurto-circuito:por impulso

Proteção contra sobrecarga: sim

Faixa de medição / de ajuste


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Alcance de medição: -1000 até 1000 mbar / -14,5 até 14,5 psi

Ponto de comutação SP: -988 até 1000 mbar / -14,3 até 14,5 psi

Ponto de comutação e retorno rP: -996...992 mbar / -14,4 até 14,4 psi

Ponto inicial do sinal analógico: -996 até 500 mbar / -14,4 até 7,3 psi

Ponto final do sinal analógico: -500 até 1000 mbar/ -7,2 até 14,5 psi

Em intervalos de4 mbar/ 0,1 psi

Ajuste de fábrica:

SP1 = -500 mbarrP1 = -540 mbar

SP2 = 500 mbarrP2 = 460 mbar

ASP = -996 mbarAEP = 1000 mbar

Precisão / desvios

Precisão do ponto de ajuste: < ± 0,4; (Turndown 1:1); [% de duração]

Repetibilidade:< ± 0,1; (nas variações de temperatura < 10K; Turndown 1:1); [% de


duração]

Desvio de características:< ± 0,25 (BFSL) / < ± 0,5 (LS); (Turndown 1:1; BFSL = Best
Fit StraightLine (configuração do valor mínimo); LS = ajuste de ponto limite); [% de
duração]

Desvio de histerese: < ± 0,1; (Turndown 1:1)[% de duração]

Estabilidade ao longo do Tempo:< ± 0,1; (Turndown 1:1; por ano)[% de duração]

Coeficiente de temperatura do ponto zero:< ± 0,2; (-25...80 °C)[% de duração / 10K]

Coeficiente de temperatura da amplitude: < ± 0,2; (-25...80 °C)[% de duração / 10K]

Tempos de Reação

Tempo de resposta: <1,5[ms]

Amortecimento da saída de comutação dAP: 0,01 até 4[s]


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Amortecimento da saída analógica dAA: 0,01 até 4 [s]

Tempo de subida máx. da saída analógica: 3[ms]

Software / programação

Possibilidades de ajuste dos parâmetros: histerese / janela; abertura / fechamento;


lógica de comutação; saída de corrente/tensão; Amortecimento; adaptação do valor
de exibição;display rotativo/desligável; Unidade do display; ponto zero; amplitude

Interfaces

Interface de comunicação: IO-Link

Tipo de transferência :COM2 (38,4 kBaud)

Revisão IO-Link: 1.0

Dispositivo IO-Link ID:64 d / 00 00 40 h

Perfil: sem perfil

Modo SIO: sim

Classe de masterport exigida: A

Dados do processo analógicos:1

Dados do processo binários:2

Tempo mín. do ciclo do processo: 2,3[ms]

Condições ambientais

Temperatura ambiente:-25 até 80[°C]

Temperatura de Armazenamento: -40 até100[°C]

Proteção: IP 65

Certificações / testes

EMC

EN 61000-4-2 ESD4 kV CD / 8 kV AD
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EN 61000-4-3 HF irradiado 10 V/m

EN 61000-4-4 Burst2 kV

EN 61000-4-5 Surge 0,5/1 kV

EN 61000-4-6 AF com fio 10 V

Resistência a choques:

DIN IEC 68-2-27 50 g (11 ms)

Resistência à vibrações:

DIN IEC 68-2-6 20 g (10...2000 Hz)

MTTF: 131 [anos]

Dados mecânicos

Peso: 262[g]

Materiais:1.4301 (aço inoxidável / 304); 1.4404 (aço inoxidável / 316L);PC;PBT;PEI;


FKM; PTFE

Materiais em contato com o fluído: 1.4305 (aço inoxidável / 303); cerâmica; FKM

Ciclos de pressão mín.: 100 milhões

Conexão de processo: conexão da rosca G 1/4 Rosca interna

Displays / elementos de operação

Display

Unidade do display:5 x LED, verde

Status de chaveamento:2 x LED, amarelo

Display de funções :exibição alfanumérica, 4 dígitos

valores de medição:exibição alfanumérica, 4 dígitos

Unidade do display: mbar; kPa; psi; inH2O; inHg


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Conexão: 1 x M12; Contatos: dourado, como mostra a imagem 2 .

Imagem 2- conexão elétrica

O sitema de conexão de conexão do Pressostato Pn 2009,conforme mostra na


imagem 3.

Fonte: https://www.ifm.com/br/pt/product/pn2009

Imagem 3: Sistema de Conexão

Fonte: https://www.ifm.com/br/pt/product/pn2009-01_PT-BR.pdf

As dimensões tamanho do Pressostato, conforme mostra a imagem 4.


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Imagem 4: dimensões tamanho do Pressostato

Fonte:https://www.ifm.com/br/pt/product/pn2009-01_PT-BR.pdf

1.2.2 Tubo de Venturi

O físico Giovanni Battista Venturi (Reggio Emilia, 1746 – Reggio Emilia, 1822)
foi um físico Italiano. Ele foi o descobridor e epónimo do efeito Venturi. Foi, também,
epónimo da bomba Venturi e do tubo Venturi.Aprendiz de Lazzaro Spallanzani. Foi
ordenado padre em 1769 e, no mesmo ano, apontado professor
de lógica no seminário de Reggio Emilia. Em 1774, ele é professor de geometria
e filosofia na Universidade de Modena onde, em 1776, tornou-se professor de física.

Em 1796 mudou-se para Paris, como secretário de uma delegação enviada


pelo Duque de Modena para entrar em negociações com o Conselho Executivo
Supremo. Depois de negociações malsucedidas, ele ficou lá por um ano e meio para
melhorar seus conhecimentos de física e química, dedicando-se ao estudo da
mecânica dos fluidos. Raciocinando sobre as conclusões alcançadas por Daniel
Bernoulli com a equação do mesmo nome, Venturi descreveu um fenômeno que
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afetou o movimento de um fluido em condições particulares.


Imagine um fluido que flui em um duto e que em certo ponto ele se estreita, a
velocidade do fluxo do duto, deve necessariamente permanecer inalterado para
respeitar, na segunda seção, o princípio da conservação da massa.

Venturi observou que, na proximidade do estreitamento, a velocidade do fluido


aumentava (e, portanto, também sua energia cinética) e que a pressão diminuía (pela
lei de conservação de energia, embora esta última não pudesse ser destruída). Em
suma, ele observou que a pressão de um fluxo líquido aumenta com a velocidade
decrescente e vice-versa, quando a seção do eletroduto é estendida.
Este fenômeno é conhecido como efeito Venturi e é amplamente utilizado em diversos
campos, como difusores de automóveis, em injetores e vaporizadores, em aeradores
de vinho e até mesmo nos capilares do sistema circulatório humano. A aplicação
desse efeito é o chamado tubo de Venturi , que é usado para medir a velocidade de
um fluido em um conduto.

Giovanni Batista Venturi demonstrou em 1797, o princípio de funcionamento do


tubo de Venturi, sendo que o primeiro cientista a fazer medições com o tubo de Venturi
foi Clemens Herschel em 1887, que chamou ao tubo de Venturi, medidor de Venturi.
Apesar das modificações feitas no interior do tubo de Venturi, com a finalidade de
manter constante o coeficiente de descarga, o desenho do tubo de Venturi standard
mantém-se ainda hoje muito parecido ao projetado por Herschel originalmente. O
Tubo de Venturi insere-se nos medidores de caudal em que o que é medido é a
velocidade, através da medição direta da pressão diferencial.

O tubo de Venturi é um equipamento que pode ser utilizado para medir a


velocidade de um escoamento e também a vazão de um fluido, baseado na diferença
de pressão provocada por diferentes áreas de seção transversal da tubulação.
A equação de Bernoulli é utilizada para descrever o movimento de um fluido ao longo
de um escoamento qualquer, explicando sobre o seu funcionamento e demonstrando
também algumas de suas aplicações. Conforme a imagem 5.
19

Imagem 5 - Tubo de Venturi

Fonte:Google imagens, 2019.

O funcionamento do tubo ocorre devido à diferença de seção transversal.


Observando a imagem, percebemos que a região central do tubo é menor que as
demais. Desta forma, a velocidade do escoamento ao longo da região central do tubo
será maior, o que resultará em um menor campo de pressão, devido a conservação
da energia do sistema. Sendo assim, a diferença de pressão é registrada pela
diferença de altura de coluna de líquido ao longo de um tubo em U. Esta diferença é
utilizada para determinar a velocidade e vazão do escoamento.

Aplicações do Tubo de Venturi

Um tubo de Venturi é um dispositivo inicialmente desenhado para medir a


velocidade de um fluido aproveitando o efeito Venturi. Entretanto, alguns se utilizam
para acelerar a velocidade de um fluido obrigando-o a atravessar um tubo estreito em
forma de cone. Estes modelos são utilizados em numerosos dispositivos nos que a
velocidade de um fluido é importante e constituem a base de aparatos como
o carburador.

Em carros antigos, existe um equipamento denominado carburador,


responsável por realizar a mistura entre ar e combustível nos veículos. A aspiração
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do ar é realizada por um tubo de Venturi, transformando uma pequena velocidade do


ar externa em uma velocidade interna elevada.

Os aerógrafos são equipamentos utilizados para pintura que lançam uma


mistura de tinta e ar através do Venturi. Impulsionado por um compressor, o ar passa
rapidamente pela pistola de pintura. A tinta, normalmente posicionada acima da pistola
escoa devido à diferença de pressão causada pelo aumento da velocidade do ar, que
se misturam e são lançados pela pistola de pintura.
Há também o uso do tubo em como injetor de adubo no agronegócio, sendo
comercializado em várias lojas de produtos agrícolas e afins.

Quando se utiliza um tubo de Venturi tem-se que levar em conta um fenômeno


que se denomina cavitação. Este fenômeno ocorre se a pressão em alguma seção do
tubo é menor que a pressão de vapor do fluido. Para este tipo particular de tubo, o
risco de cavitação se encontra na garganta do mesmo, já que ali, ao ser mínima a
área e máxima a velocidade, a pressão é a menor que se pode encontrar no tubo.
Quando ocorre a cavitação, se geram borbulhas localmente, que se trasladam ao
longo do tubo. Se estas borbulhas chegam a zonas de pressão mais elevada, podem
colapsar produzindo assim picos de pressão local com o risco potencial de danificar a
parede do tubo.

1.2.3 Medidor Digital

Existem vários tipos de medidores de vazão digitais. Todos consistem em uma


mesma forma de medição, na qual o fluido passa através da seção do tudo onde é
instalado o equipamento, e por meio de variados tipos de mecanismos é realizada a
verificação da vazão, que é mostrada em um painel digital, como mostra a imagem 6.

Imagem 6: Medidor de vazão digital


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Fonte: Elaborada pelo Autor


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23

2 OBJETIVOS

Medir a vazão em uma tubulação utilizando um Tubo de Venturi com auxílio de


pressostatos, e comparar com a vazão obtida a partir do medidor de vazão digital.
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3 METODOLOGIA

3.1 Materiais Utilizados

 Medidor de vazão digital: 0,1 L/min.

 2 Pressostatos Digitais : 1 Bar e 1 mBar

 Tubo de Venturi

3.2 Procedimento Experimental

O procedimento experimental foi realizado em uma Bancada de Perda de


Cargas TBPC 3000 (conforme imagem 7), no laboratório da UNIP de Bauru, onde
todos os materiais utilizados estavam embutidos na própria bancada.

Imagem 7 : Bancada de Perda de Cargas

Fonte: Elaborada pelo Autor


26

Primeiramente foram abertos somente os registros R1, R6, R7, R23 e R25 e foi
verificado se todos os outros registros estavam fechados, inclusive a válvula globo R5,
indicados na Imagem 8.

Imagem 8: Indicação dos registros abertos

Fonte: Elaborada pelo Autor


27

Depois foram acopladas as mangueiras azuis nos engates rápidos do Tubo de


Venturi e do Pressostato Digital, conforme Imagem 9.

Imagem 9: Ligação entre o Tubo de Venturi e os Pressostatos Digitais

Fonte: Elaborada pelo Autor

Logo após, o painel elétrico foi ligado através do disjuntor, e a chave “Parte”
(botão verde do painel) foi acionada (conforme imagem 10), e a bomba 1 foi ajustada
a uma potência de valor médio de 33 Hz.
28

Imagem 10: Painel elétrico

Fonte: Elaborada pelo Autor

Foram anotados 7 medidas para os dados da pressão no ponto P1 e P2, como


também o valor da vazão obtida a partir do medidor de vazão digital para cada medida
conforme imagens 11 e 12, ligando e desligando a bomba para as repetições.

Imagem 11: Medição dos Pressostatos Digitais


29

Fonte: Elaborada pelo Autor

Imagem 12: Medição do Medidor de Vazão Digital

Fonte: Elaborada pelo Autor


30

Foi medido também o diâmetro do tubo de acrílico em que se encontrava o


Tubo de Venturi 3 vezes utilizando o paquímetro, para ser usado no cálculo de
velocidade do fluído posterior.

Por último, foram comparados os valores médios da velocidade obtida por meio
do tubo de Venturi com o de velocidade calculada a partir da média dos valores de
vazão do medidor digital.

3.3 Formulário

A equação (1) representa a equação de Vazão Volumétrica, que mostra o


cálculo do volume que um determinado fluido escoa por unidade de tempo, utilizando
a velocidade do fluido e a área do tubo.

(1)

Onde: A= Área; V= velocidade; D= Diâmetro; h= altura; p= Massa Específica

Valores Assumidos: D1= 0,02560m; D2= 0,01670m; A1= 0,00051 m²; A2= 0,00022 m²
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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 Resultados

A tabela 1 abaixo mostra os dados obtidos no tubo de Venturi e no medidor de


vazão digital da bancada de experimento, respectivamente:

Tabela 1 : Dados do Tubo de Venturi e do Medidor Digital

Medidas Diferença de Vazão(m³/h)


Pressão (Pa) (MD)
1 33000 7,00
2 36800 7,25
3 40100 7,50
4 43600 7,75
5 46400 8,00
6 51200 8,25
7 55000 8,50
média 43728 7,75
Erro 43728 +/- 6118 7,75 +/- 3

Fonte: elaborado pelo autor.

A tabela 2 abaixo relaciona os valores de vazão do medidor digital de vazão e


do tubo de Venturi respectivamente, de acordo com o valor médio das medições:

Tabela 2 : Comparação de Vazões

Dispositivo Vazão
(m³/s)
Tubo de Venturi 7,05
MD 7,75
Desvio Relativo 9
(%)

Fonte: elaborado pelo autor

4.2 Discussões

A medida de vazão encontrado nesse experimento é de 7,05 m/s usando o tubo


de Venturi.

Os dados obtidos na bancada nos permitem relacionar e analisar as vazões do


tubo de Venturi e do medidor digital de vazão, com esses dados é possível notar que
o desvio percentual da vazão, que é a única variável que teria que ser constante entre
ambos os equipamentos, é de 9%, e a velocidade do fluido no medidor digital de vazão
é menor em relação a do tubo de Venturi, o desvio se deve a uma provável inexatidão
dos manômetros digitais, perdas de carga não calculada, perdas de pressão por
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vazamento na bancada de experimento e por último arredondamentos dos valores


usados nos cálculos.

Destacamos também outros possíveis motivos para a diferença de velocidade


encontrada, sendo:

O pressostato, caso esteja com deficiência na medição, teríamos problemas


em encontrar um valor considerado exato e coerente.

Elencamos também que pode haver uma variação da área da seção transversal
do medidor de vazão digital em relação ao tubo de Venturi, o que ocasiona diferença
na velocidade, conforme falado anteriormente.
33

5 CONCLUSÕES

Foi realizada a medição de vazão utilizando um tubo de Venturi e o valor médio


foi comparado com o valor do medidor de vazão digital.

A prática de medição de pressão, velocidade e vazão usando o método do Tubo


de Venturi é de grande importância para a matéria Mecânica dos Fluídos, pois se trata
de um experimento considerado de certa forma simples e de fácil aplicação ao
trabalho cotidiano de um engenheiro.

Observamos também a grande utilidade do tubo de Venturi no estudo do


escoamento de fluidos, pois com o auxílio desta ferramenta podemos determinar (ou
prever) grandezas de pressão, velocidade e vazão.

Concluímos então que esse experimento realizado com boa fundamentação é


de extrema importância para o entendimento do sistema de medição de pressão,
velocidade e vazão de um fluído.
34

REFERÊNCIAS

Portal infoEnem, Tubo de Venuri. Disponível em:


<https://www.infoenem.com.br/funcionamento-e-aplicacoes-do-tubo-de-venturi/>.
Acesso em 08 maio 2019.

Wikipédia, Tubo de Venturi.. Disponível


em:<https://pt.wikipedia.org/wiki/Tubo_de_Venturi>. Acesso em 08 maio 2019.

BIOGRAFIAS.es, Giovanni Battista Venturi.Disponível em:


<https://www.biografias.es/famosos/giovanni-battista-venturi.html>.Acesso em 08
maio 2019.

SANTOS, T. C. e FERREIRA, P. J. Apostila de Fenômenos de Transporte (material


didático UNIP), 2018. Agencia Brasileira do ISBN. Código do ISBN: 9788591714414.

IfmelectronicLtda, Pressostato PN 2009. Disponível


em:<https://www.ifm.com/br/pt/product/pn2009>Acesso em 23 março 2019

Wikilivros, Mecânica dos fluidos/ O Tubo dePitot, 2016. Disponível


em:<https://pt.wikibooks.org/wiki/Mec%C3%A2nica_dos_fluidos/O_tubo_de_Pitot>A
cesso em 23 março 2019

Dicionário informal, Pressostato,São Paulo, 2012. Disponível em:


<https://www.dicionarioinformal.com.br/significado/pressostato/12318/>Acesso em
23 março 2019

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