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NORMA

TÉCNICA

NTE - 022
AJUSTES, APLICAÇÃO E COORDENAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE
PROTEÇÃO DE SOBRECORRENTES DA DISTRIBUIÇÃO

DEPARTAMENTO DE PROJETOS E CONSTRUÇÃO – DPC


SISTEMA DE DOCUMENTOS NORMATIVOS
SUBSISTEMA DE NORMAS TÉCNICAS
AJUSTES, APLICAÇÃO E COORDENAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
DE SOBRECORRENTES DA DISTRIBUIÇÃO

INDICE
1-OBJETIVO.................................................................................................................. .4
2-AMPLITUDE................................................................................................................ 4
3-RESPONSABILIDADE QUANTO AO CUMPRIMENTO................... ...........................4
4-PROCEDIMENTOS......................................................................................................4
4.1 CRITÉRIOS PARA INSTALAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO...........4
4.2 CRITÉRIOS PARA COORDENAÇÃO .....................................................................5
4.3 CRITÉRIOS PARA AJUSTES DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO.........19
5. VIGÊNCIA.................................................................................................................23
6. APROVAÇÃO..........................................................................................................23

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SUBSISTEMA DE NORMAS TÉCNICAS
AJUSTES, APLICAÇÃO E COORDENAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
DE SOBRECORRENTES DA DISTRIBUIÇÃO

APRESENTAÇÃO

Esta Norma Técnica é um documento básico para a execução de estudos e

projetos de proteção de sobrecorrentes adequados às características das

redes primárias de distribuição da CEMAT e compatíveis com a

necessidade de lhes prover segurança e confiabilidade .

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DE SOBRECORRENTES DA DISTRIBUIÇÃO

1. OBJETIVO

Estabelecer critérios para aplicação, ajustes e coordenação de equipamentos de


proteção de sobrecorrentes para os circuitos da rede primária do sistema distribuidor
da CEMAT.

2. AMPLITUDE
Aplica-se à construção e extensão de redes de distribuição de energia elétrica aéreas
trifásicas e monofásicas, dentro da área de concessão da CEMAT, nas tensões
nominais primárias de 13,8 e 34,5 kV.

3. RESPONSABILIDADE QUANTO AO CUMPRIMENTO


Cabe às Superintendências de Distribuição zelar pelo cumprimento das prescrições
desta Norma.

4. PROCEDIMENTOS

4.1 CRITÉRIOS PARA INSTALAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO

4.1.1 Religadores automáticos

a) Após cargas que requeiram elevados índices de confiabilidade, tais como


indústrias, grandes consumidores, frigoríficos, etc., havendo trechos de circuito
à jusante que apresentem elevada probabilidade de interrupções;
b) Nas derivações que constituem bifurcações de troncos de alimentadores;
c) No ponto de derivação de redes cujo comprimento total de rede trifásica a partir
desse ponto seja superior a 25 km;
d) No ponto de derivação de redes monofásicas cujo comprimento total seja
superior a 50 km;
e) Em circuitos longos, onde a corrente de curto-circuito mínima não for suficiente
para acionar o dispositivo de proteção de sobrecorrentes instalado na
subestação ou à montante no próprio circuito;

4.1.2 Chaves fusíveis religadoras

a) No inicio de trechos de circuitos que se estendem a áreas rurais, após


atender áreas urbanas (cidades ou pequenas localidades);
b) No ponto de derivação de redes cujo comprimento total de rede trifásica a
partir desse ponto esteja compreendido entre 5 e 25 km;
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c) No ponto de derivação de redes monofásicas cujo comprimento total esteja


compreendido entre 10 e 50 km;

4.1.3 Chaves fusíveis

Em todas as situações não contempladas anteriormente

4.2. CRITÉRIOS PARA COORDENAÇÃO

4.2.1 Coordenação de elo fusível com elo fusível

4.2.1.1. O elo fusível protegido deve coordenar com o elo fusível protetor ao menos
para o valor da corrente de curto-circuito fase-terra mínimo, no ponto de instalação do
elo fusível protetor.

Usar a seguinte tabela de coordenação de elos-fusíveis.


ELO ELO PROTEGIDO
PROTETOR 10 K 15 K 25 K 40 K
6K 190 A 510 A 840 A 1340 A
10 K 300 K 840 A 1340 A
15 K 430 A 1340 A
25 K 660 A

FONTE B carga

A
B
A - elo protegido
B - elo protetor

carga
4.2.1.2. O número de chaves-fusíveis em série deverá ser de no máximo 03 (três) sem
contar com a do transformador;

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4.2.1.3. O maior elo fusível deverá ser:


• em RD’s de 34,5 kV – 25 K
• em RD’s de 13,8 kV – 40 K

4.2.1.4. Os elos fusíveis destinados a proteção de ramais devem ser escolhidos dentre
os seguintes:
• 10K; 15K; 25K e 40K – Redes Urbanas
• 10K; 15K e 25K - Redes Rurais

4.2.1.5. Para proteção de transformadores devem ser escolhidos elos fusíveis da


seguinte tabela:

TRANSFORMADOR ELO FUSÍVEL

Tensão (V)
(kVA) RD - Rural RD - Urbana
Monofásico Trifásico

7967 0,75 H
5
19919 0,25 H

7967 1,25 H
10
19919 0,5 H

7967 1,75 H
15
19919 0,75 H

7967 3H
25
19919 1,25 H

13800 1,25 H 1,75 H


30
34500 0,5 H 0,75 H

13800 1,75 H 3H
45
34500 0,75 H 1,25 H

13800 3H 5H
75
34500 1,25 H 1,75 H

13800 5H 6K
112,5
34500 1,75 H 3H

13800 6K 10 K
150
34500 2,5 H 3,5 H

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4.2.1.6. O menor elo fusível a aplicar em ramais rurais e urbanos com mais de um
transformador não deve ser inferior a 15K;

4.2.1.7. Não empregar elos fusíveis do tipo H para proteção de ramais, a não ser que
a chave-fusível se destine à proteção de transformador em rede urbana, mas esteja
instalada na derivação do ramal (devido à proximidade entre o posto transformador e a
derivação);

4.2.1.8. A corrente nominal do elo fusível deve, no mínimo, ser 20% maior do que a
máxima corrente de carga que circulará por ele;

4.2.1.9. A corrente nominal do elo fusível deve ser no mínimo, quatro vezes menor do
que a menor corrente de curto-circuito no final do trecho por ele protegido,
considerando sempre que possível, também o fim do trecho para o qual ele é proteção
de retaguarda;

4.2.1.10. O elo fusível protegido deve, sempre que possível, ser sensível ao curto-
circuito fase-terra mínimo no fim do trecho para o qual ele é proteção de retaguarda;

4.2.1.11. Os elos fusíveis destinados à proteção de ramais particulares devem ser


especificados de acordo com o quadro a seguir:

Tabela de elos fusíveis para proteção de ramais particulares

POTÊNCIA
ELO FUSÍVEL CHAVE-FUSÍVEL
INSTALADA
(KVA) 13,8 kV 34,5 kV 13,8kV 34,5kV
Até 150 10K 10K TIPO C – capacidade
151 a 225 15K 10K de interrupção
226 a 500 15K assimétrica de 10.000
TIPO C – Capacidade
226 a 750 25K ou 2.000 A
de interrupção
(dependendo do nível
assimétrica de 5.000 A
de curto-circuito no
501 a 1000 25K ponto de derivação do
ramal)
Chave Faca ou Lâmina
Acima de 750
Desligadora
Chave Faca ou Lâmina
Acima de 1000
Desigadora

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4.2.2. Coordenação religador com elo fusível

Observações sobre o gráfico anterior de coordenação religador com elo fusível

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a) No coordenograma traçado para exemplificar a coordenação religador com elo


fusível, adotou-se o religador KFE (Mc Graw-Edison) ajustado para proteção de
fase somente segundo a curva temporizada (B), com uma corrente de partida de
320 A. A não adoção da primeira operação de fase segundo a curva rápida
implica, teoricamente, na falta de coordenação com os elos para falhas transitórias
entre fases. Contudo, neste caso, tendo em vista os elos padronizados e a corrente
de partida maior que 300 A, a curva rápida seria inútil para falhas transitórias, mas
poderia provocar desligamentos instantâneos desnecessários.

b) Para falhas permanentes (PR) com correntes de curto-circuito superiores a (I1) fica
assegurada a proteção seletiva;

c) Entre as correntes (I1) e (I2) fica definida uma faixa de coordenação tanto para
falhas permanentes (PR) como transitórias (TR);

d) Falhas transitórias com correntes de curto-circuito inferiores a (I2) não provocarão


a queima de elos fusíveis evitando-se desligamentos prolongados.

e) Falhas transitórias com correntes de curto-circuito superiores a (I2) provocarão a


queima dos elos fusíveis e a operação do religador, causando desligamentos
prolongados;

f) Para falhas permanentes com correntes de curto-circuito inferiores a (I1) não


haverá seletividade e o religador abrirá em definitivo antes da queima dos elos
fusíveis.

4.2.2.1. Para que se atinja uma coordenação perfeita entre o religador e os elos
fusíveis instalados a jusante dele (após o religador), ou seja, para que o religador
nunca abra em definitivo para faltas permanentes em trechos protegidos por elos
fusíveis e para que não haja queima de elos por falhas transitórias, deve-se buscar
atender às duas regras básicas a seguir descritas:

a) Para todos os valores de corrente de curto-circuito, no trecho protegido pelo elo


fusível, o tempo mínimo de fusão do elo deve ser maior que o tempo de abertura
do religador na(s) curva(s) rápida(s) multiplicado por um fator “K”, característico do
religador;
Os valores do fator K variam com o n.º de operações rápidas e com o tempo de
religamento, conforme tabela a seguir:

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TEMPO DE FATOR K
RELIGAMENTO UMA OPERAÇÃO RÁPIDA DUAS OPERAÇÕES
RÁPIDAS
(s)
0,5 1,8
1,0 1,2
1,5 1,35
≥ 2,0

Esta regra define o limite superior da faixa de


coordenação (I2), que é o ponto de interseção da curva de
tempo mínimo de fusão do elo com a curva rápida do
religador multiplicada por K.

b) Para todos os valores de corrente de curto-circuito no trecho protegido pelo elo


fusível, o tempo total de interrupção do elo deve ser menor que o tempo de
abertura do religador na curva temporizada (lenta);

Esta regra define o limite inferior da faixa de coordenação


(I1), que é o ponto de interseção da curva de tempo total
de interrupção do elo com a curva temporizada do
religador.

4.2.2.2. Para as correntes de curto-circuito fase-terra mínimo, todos os valores


calculados no trecho protegido pelo elo fusível, devem ser maiores que o limite inferior
(I1) da faixa de coordenação;

4.2.3 Coordenação relê com elo fusível

4.2.3.1 Esquema tipo seletivo

Elo

Unidade
Instantânea 51
Unidade Temporizada S.E

Coordenação relê com elo fusível – tipo seletivo


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I1 I2

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Observações sobre o ajuste tipo seletivo

a) Neste esquema de coordenação seletiva entre o relê e elos fusíveis, a unidade


instantânea não é sensivel a defeitos após os elos.

b) Neste esquema não se pode adotar uma sequência de operação do relê de modo
a impedir a queima dos elos fusíveis para falhas transitórias.

c) Neste caso somente é possível a proteção seletiva para falhas permanentes com
correntes superiores a (I2).

d) Uma outra característica deste tipo de ajuste é a pouca probabilidade da


ocorrência de desligamentos instantâneos desnecessários (ou seja queima o elo e
ocorre o desligamento instantâneo ao mesmo tempo).

4.2.3.1.a. Para relês eletromecânicos a curva de operação da unidade temporizada


deve ficar, no mínimo, 0,2 segundos acima da curva de tempo total de interrupção do
elo fusível, para todos os valores de curto-circuito no trecho protegido pelo elo;

4.2.3.1.b. Para relês eletrônicos a diferença de tempo entre as curvas do relê e do elo
fusível, como citado no item anterior, poderá ser de 0,1 segundos.

4.2.3.2. Esquema tipo coordenado

Elo

Unidade
Instantânea 51 S.E

Unidade Temporizada

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Coordenação relê com elo fusível – tipo coordenado

I1 I2

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Neste tipo de ajuste a unidade instantânea é ajustada para cobrir os trechos


para os quais o relê é proteção de retaguarda, ou seja, a unidade instantânea é
sensível aos curtos na zona de proteção dos elos fusíveis.

a) Falhas transitórias com correntes de curto-circuito inferiores a (I1) não provocarão


a queima de elos fusíveis evitando-se os desligamentos prolongados.

b) Para correntes superiores a (I2), haverá queima dos elos e operação do relê ao
mesmo tempo.

c) Para falhas permanentes com correntes de curto-circuito inferiores a (I1), não


haverá seletividade e o relê promoverá a abertura do circuito em definitivo antes da
queima dos elos.

d) Entre as correntes (I1) e (I2) fica definida uma faixa de coordenação tanto para
falhas permanentes como para transitórias.

e) Para falhas permanentes com correntes de curto-circuito superiores a (I1) haverá


proteção seletiva (queima do elo antes da abertura em definitivo do relê).

4..2.3.2.a. Para relês eletromecânicos a curva de operação da unidade temporizada


deve ficar, no mínimo, 0,2 segundos acima da curva de tempo total de interrupção do
elo fusível, para todos os valores de curto-circuito no trecho protegido pelo elo;

4.2.3.2.b Para relês eletrônicos a diferença de tempo entre as curvas do rele e do elo
fusível, como citado no item anterior, poderá ser de 0,1 segundos.

4.2.4. Coordenação relê com religador

4.2.4.1. Relê eletromecânico com religador

4.2.4.1.a. A unidade instantânea do relê de neutro deve ser ajustada para uma
corrente maior que o valor assimétrico da máxima corrente de curto-circuito fase-terra
no ponto de instalação do religador;

4.2.4.1.b A unidade instantânea do relê de fase deve ser ajustada para uma corrente
maior que o valor assimétrico da máxima corrente de curto-circuito trifásico, no ponto
de instalação do religador;

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4.2.4.1.c No caso dos relês da S.E resguardarem tambem a zona de proteção do


religador, o “by-pass” deste pode ser feito através de chaves-facas, e a unidade
temporizada dos relês deve ser ajustada da seguinte forma:

• Relês de fase – a corrente de partida, com tempo garantido, deve ser menor
que a mínima corrente de curto-circuito fase-fase na zona de proteção do
religador, incluindo os trechos para os quais ele é proteção de retaguarda.

• Relês de neutro – a corrente de partida, com tempo garantido, deve se inferior


a 65% da menor corrente de curto-circuito fase-terra mínimo dentro da zona de
proteção do religador, incluindo os trechos para os quais ele é proteção de
retaguarda, desde que não se ultrapasse o limite máximo de 60 A.

4.2.4.1.d Quando não for possível que os relês na S.E cubram a zona de proteção do
religador, ou seja, que os relês não cubram todo o alimentador, então o “by-pass” do
religador deve ser feito com chaves-fusíveis com elos dimensionados conforme itens
4.2.1.8 e 4.2.1.9.

4.2.4.1.e. Para ser obtida a coordenação do relê com o religador é necessário que a
corrente mínima de operação do religador seja igual ou menor que a corrente de
partida do relê.
Por outro lado, só a condição acima não garante a seletividade da proteção. A
coordenação seletiva estará assegurada qundo alem da condição acima, a soma
percentual relativa dos avanços e rearmes do relê durante a operação do religador for
inferior a 100%.
A soma dos avanços e rearmes do relê deverá ser verificada para as seguintes
correntes de curto-circuito:
a) Corrente de curto-circuito trifásico (3∅) e fase-terra máximo (∅T) no ponto
de instalação do religador.
b) Corrente de curto-circuito fase-fase (∅∅) e fase-terra mínimo (∅Tmín) no
final da zona de proteção mútua.
Veja a figura a seguir
b)

a)

RELÊ
RELIGADOR

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4.2.4.1.f . Para verificar a coordenação devem ser preenchidas as planilhas


mostradas a seguir.

PLANILHA PARA VERIFICAÇÃO DE COORDENAÇÃO ENTRE RELÊ E RELIGADOR


Localização do religador ________________________________
AJUSTES
RELÊ DE FASE RELÊ DE NEUTRO RELIGADOR
Unid. Temporiz:_________ Unid. Temporiz:_________ Tipo: ___________
TAP: _________ TAP: _________ Disparo de fase:________
TDS: _________ TDS: _________ Disparo de terra:________
RTC: _________ RTC: _________ N.º de operações:_______
Unid. Instantân:_________ Unid. Instantân:_________ Sequên. Operaç: ________

PROTEÇÃO DE FASE (∅∅)


ICC Seq. Curv Tempo Tempo Tempo Avanço Reset Soma
Oper. a Operaç. de Operaç. do Relê do Relê Relativa
Do Religador Religame Relê (%) (%) (%)
Religa n.
dor
3∅


3∅


3∅


3∅


Total

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PROTEÇÃO DE NEUTRO (∅T)


ICC Seq. Curv Tempo Tempo Tempo Avanço Reset Soma
Oper. a Operaç. de Operaç. do Relê do Relê Relativa
Do Religador Religame Relê (%) (%) (%)
Religa n.
dor
∅T
∅T
min
∅T
∅T
min
∅T
∅T
min
∅T
∅T
min
Total

Icc
Icc
máx min

RELÊ
RELIGADOR

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Instruções para preenchimento da planilha para verificação de coordenação entre relê


e religador

a) Icc – Registrar as correntes de curto-circuito para as quais será verificada a soma dos avanços e rearmes
do relê.

b) Sequência de Operação do Religador – Colocar o n.º da operação que estiver sendo considerada (1.ª;
2.ª; 3.ª ou 4.º )

c) Curva – Registrar a curva de atuação do religador escolhida para o número da operação considerada.

d) Tempo de Operação do religador – Marcar o tempo que o religador levará para abrir segundo a curva
escolhida, para o número da operação e a corrente de curto-circuito considerada.

e) Tempo de Religamento – Registrar o tempo de religamento do religador.

f) Tempo de Operação do Relê – Indicar qual o tempo que relê levaria para fechar seus contatos para
corrente de curto-circuito considerada.

g) Avanço do Relê (%) – Calcule o avanço do seguinte modo:

Avanço do relê = (C/E).100, onde


C = Tempo de operação do religador
E = Tempo de operação do relê

h) Reset do Relê (%) – Calcule o reset do seguinte modo:

Reset do relê = (D/T).100, onde


D = Tempo de religamento do religador
T = Tempo necessário para o rearme total do relê (ver curvas características de restabelecimento no livro de
curvas para estudos de proteção da Cemat)

i) Soma Relativa – Esta coluna deverá ser preenchida com a diferença entre Avanços e Rearmes
(avanços-rearmes). Caso o valor seja negativo a soma deve ser considerada nula.
Observações
• Na última operação do religador, não deve ser considerado o tempo de religamento nem o tempo de
rearme do relê.
• Quando na S.E forem empregados relês eletrônicos, não há necessidade da verificação do seu avanço,
uma vez que estes relês possuem tempos de rearme inferiores aos tempos de religamento dos
religadores

4.3 CRITÉRIOS PARA AJUSTES DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO.

4.3.1.- Ajustes de religadores automáticos

4.3.1.1.-Número de operações. – devem ser ajustados para três operações. (dois


religamentos.

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4.3.1.2.-Tempos de religamento – o 1.º religamento deve ser ajustado para 0,5


segundos e o 2.º para 20 segundos.

4.3.1.3. –Proteção de neutro – a primeira operação deverá ser segundo a curva mais
rápida disponível e as restantes nas curvas lentas.

4.3.1.4 –Proteção de fase - 1 rápida e 2 lentas.

4.3.1.5–Corrente mínima de disparo de fase – deve ser menor que a corrente mínima
de defeito fase-fase dentro da zona de proteção do religador, incluindo os trechos para
os quais ele é proteção de retaguarda e deve tambem ser 20 a 50% maior que a
máxima corrente de carga passante pelo religador.

4.3.1.6 –Corrente mínima de disparo de neutro – Deve ser inferior a 65% da menor
corrente de curto-circuito fase-terra mínimo dentro da zona de proteção do religador,
incluindo os trechos para os quais ele é proteção de retaguarda, desde que não se
ultrapasse o limite máximo a 60 A.
Deve tambem atender ao seguinte critério em relação à corrente de carga:

≤ 10 % da corrente de carga – para circuitos ou trechos de circuitos urbanos.


De 10 a 20 % da corrente de carga – para circuitos ou trechos de circuito rurais.

4.3.2.- Ajustes dos relês de sobrecorrente.

4.3.2.1.-Para proteção de neutro, sempre que possivel, deverá adotar-se as curvas de


tempo normalmente inverso.

4.3.2.2.-Para circuitos alimentadores desprovidos de equipamentos especiais de


proteção de sobrecorrentes instalados na distribuição, a corrente de partida, com
tempo garantido, da unidade temporizada do relê de neutro não deve exceder a 60A.

4.3.2.3.-Ajustes da unidade instantânea –

Corrente mínima de disparo para proteção de fase.

a) Circuitos que atendem predominantemente cargas industriais.


• Unid. Instantânea = (8.I.carga máx alim. )/RTC.
b) Circuitos mistos (cargas industriais, comerciais e residenciais)

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• Unid. Instantânea = (6. I.carga máx alim.)/RTC.


c) Circuitos que atendem somente cargas residenciais e/ou comerciais.
• Unid. Instantânea = (3. I.carga máx alim.)/RTC., onde:
I.carga máx.alim. = máxima corrente de carga do alimentador.

Corrente mínima de disparo para proteção de neutro.

Neste caso a corrente mínima de disparo dependerá do fato de haver ou não


cargas monofásicas no circuito. Na CEMAT as cargas monofásicas possíveis
são alimentadas por transformadores em sistemas MRT e se resumem a
atendimentos que podem ser considerados residenciais.

Desta maneira, havendo ramificações MRT no alimentador, deve-se levantar a


soma total das potências (kVA’s) de todos os transformadores e calcular a
corrente de carga monofásica do circuito. O ajuste será então dado por:
Unid. Instantânea = (3. I.carga máx )/RTC, onde: I.carga máx =máxima corrente
de carga do alimentador.

Em não se conhecendo a corrente de cargas monofásicas do alimentador,


adotar o seguinte critério para o ajuste:
Unid. Instantânea = 0,6 I.carga máx.alim./RTC.

Não havendo cargas monofásicas, não haverá corrente de magnetização no


neutro e o “pick-up” da unidade instantânea não dependerá dela, devendo ser
ajustada pelo nível de curto-circuito do ponto até onde se deseja que ela
alcance.

Havendo equipamento especial de proteção (religador) no alimentador, a


unidade instantânea deve ser ajustada para proteger 80% do trecho entre o relê
e o equipamento especial.

Para o ajuste da unidade instantânea deve ser levado em conta o valor


assimétrico da corrente de curto-circuito. O valor assimétrico é obtido
multiplicando-se a corrente de curto (valor simétrico) por um fator que depende
da relação Χ/R até no ponto considerado.

Tipo de ajuste

DONOR – NTE-022 2ª Edição DPC/PRD/SEP 02/12/05 20/22


SISTEMA DE DOCUMENTOS NORMATIVOS
SUBSISTEMA DE NORMAS TÉCNICAS
AJUSTES, APLICAÇÃO E COORDENAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
DE SOBRECORRENTES DA DISTRIBUIÇÃO

a) Ajuste seletivo

Unid. Instantânea

Elo
Relê

Este tipo deve ser adotado para alimentadores estritamente urbanos que
atendem áreas centrais e para aqueles que atendem áreas industriais, onde
geralmente a incidência de defeitos de ordem transitória é menor.

Aquí a unidade instantânea deve ser ajustada de modo a não cobrir todo o
alimentador, ficando insensível a defeitos localizados após os elos fusíveis de
ramais.

b) Ajuste tipo coordenado

Unid. Instantânea

Elo
Relê

Neste tipo a unidade instantânea deve ser ajustada para cobrir as zonas para
as quais o relê é proteção de retaguarda.

Este tipo de ajuste deve ser implantado em circuitos rurais, urbanos periféricos
e urbanos mistos (com derivações rurais).

Observação – em ambos os tipos de ajustes a unidade instantânea deverá ser


bloqueada após a 1.ª operação, passando o relê a operar segundo a unidade
temporizada nas demais operações.

4.3.3. – Ajustes dos relês de religamento

4.3.3.1.- Número de religamentos automáticos.- devem ser adotados dois religamentos


automáticos.

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SISTEMA DE DOCUMENTOS NORMATIVOS
SUBSISTEMA DE NORMAS TÉCNICAS
AJUSTES, APLICAÇÃO E COORDENAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
DE SOBRECORRENTES DA DISTRIBUIÇÃO

4.3.3.2.- Tempos de religamentos – o 1.º religamento deve ser com 0,5 segundos e o
2.º com 20 segundos.

VIGÊNCIA

Esta Norma entra em vigor na data de sua publicação cancelando e substituindo a


Norma Técnica anterior DDI.1.1.22.0 sobre o mesmo assunto

5. APROVAÇÃO

JOSÉ ADRIANO MENDES DA SILVA


Superintendente de Engenharia - SEN

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