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TÉCNICA
NTE - 022
AJUSTES, APLICAÇÃO E COORDENAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE
PROTEÇÃO DE SOBRECORRENTES DA DISTRIBUIÇÃO
INDICE
1-OBJETIVO.................................................................................................................. .4
2-AMPLITUDE................................................................................................................ 4
3-RESPONSABILIDADE QUANTO AO CUMPRIMENTO................... ...........................4
4-PROCEDIMENTOS......................................................................................................4
4.1 CRITÉRIOS PARA INSTALAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO...........4
4.2 CRITÉRIOS PARA COORDENAÇÃO .....................................................................5
4.3 CRITÉRIOS PARA AJUSTES DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO.........19
5. VIGÊNCIA.................................................................................................................23
6. APROVAÇÃO..........................................................................................................23
APRESENTAÇÃO
1. OBJETIVO
2. AMPLITUDE
Aplica-se à construção e extensão de redes de distribuição de energia elétrica aéreas
trifásicas e monofásicas, dentro da área de concessão da CEMAT, nas tensões
nominais primárias de 13,8 e 34,5 kV.
4. PROCEDIMENTOS
4.2.1.1. O elo fusível protegido deve coordenar com o elo fusível protetor ao menos
para o valor da corrente de curto-circuito fase-terra mínimo, no ponto de instalação do
elo fusível protetor.
FONTE B carga
A
B
A - elo protegido
B - elo protetor
carga
4.2.1.2. O número de chaves-fusíveis em série deverá ser de no máximo 03 (três) sem
contar com a do transformador;
4.2.1.4. Os elos fusíveis destinados a proteção de ramais devem ser escolhidos dentre
os seguintes:
• 10K; 15K; 25K e 40K – Redes Urbanas
• 10K; 15K e 25K - Redes Rurais
Tensão (V)
(kVA) RD - Rural RD - Urbana
Monofásico Trifásico
7967 0,75 H
5
19919 0,25 H
7967 1,25 H
10
19919 0,5 H
7967 1,75 H
15
19919 0,75 H
7967 3H
25
19919 1,25 H
13800 1,75 H 3H
45
34500 0,75 H 1,25 H
13800 3H 5H
75
34500 1,25 H 1,75 H
13800 5H 6K
112,5
34500 1,75 H 3H
13800 6K 10 K
150
34500 2,5 H 3,5 H
4.2.1.6. O menor elo fusível a aplicar em ramais rurais e urbanos com mais de um
transformador não deve ser inferior a 15K;
4.2.1.7. Não empregar elos fusíveis do tipo H para proteção de ramais, a não ser que
a chave-fusível se destine à proteção de transformador em rede urbana, mas esteja
instalada na derivação do ramal (devido à proximidade entre o posto transformador e a
derivação);
4.2.1.8. A corrente nominal do elo fusível deve, no mínimo, ser 20% maior do que a
máxima corrente de carga que circulará por ele;
4.2.1.9. A corrente nominal do elo fusível deve ser no mínimo, quatro vezes menor do
que a menor corrente de curto-circuito no final do trecho por ele protegido,
considerando sempre que possível, também o fim do trecho para o qual ele é proteção
de retaguarda;
4.2.1.10. O elo fusível protegido deve, sempre que possível, ser sensível ao curto-
circuito fase-terra mínimo no fim do trecho para o qual ele é proteção de retaguarda;
POTÊNCIA
ELO FUSÍVEL CHAVE-FUSÍVEL
INSTALADA
(KVA) 13,8 kV 34,5 kV 13,8kV 34,5kV
Até 150 10K 10K TIPO C – capacidade
151 a 225 15K 10K de interrupção
226 a 500 15K assimétrica de 10.000
TIPO C – Capacidade
226 a 750 25K ou 2.000 A
de interrupção
(dependendo do nível
assimétrica de 5.000 A
de curto-circuito no
501 a 1000 25K ponto de derivação do
ramal)
Chave Faca ou Lâmina
Acima de 750
Desligadora
Chave Faca ou Lâmina
Acima de 1000
Desigadora
b) Para falhas permanentes (PR) com correntes de curto-circuito superiores a (I1) fica
assegurada a proteção seletiva;
c) Entre as correntes (I1) e (I2) fica definida uma faixa de coordenação tanto para
falhas permanentes (PR) como transitórias (TR);
4.2.2.1. Para que se atinja uma coordenação perfeita entre o religador e os elos
fusíveis instalados a jusante dele (após o religador), ou seja, para que o religador
nunca abra em definitivo para faltas permanentes em trechos protegidos por elos
fusíveis e para que não haja queima de elos por falhas transitórias, deve-se buscar
atender às duas regras básicas a seguir descritas:
TEMPO DE FATOR K
RELIGAMENTO UMA OPERAÇÃO RÁPIDA DUAS OPERAÇÕES
RÁPIDAS
(s)
0,5 1,8
1,0 1,2
1,5 1,35
≥ 2,0
Elo
Unidade
Instantânea 51
Unidade Temporizada S.E
I1 I2
b) Neste esquema não se pode adotar uma sequência de operação do relê de modo
a impedir a queima dos elos fusíveis para falhas transitórias.
c) Neste caso somente é possível a proteção seletiva para falhas permanentes com
correntes superiores a (I2).
4.2.3.1.b. Para relês eletrônicos a diferença de tempo entre as curvas do relê e do elo
fusível, como citado no item anterior, poderá ser de 0,1 segundos.
Elo
Unidade
Instantânea 51 S.E
Unidade Temporizada
I1 I2
b) Para correntes superiores a (I2), haverá queima dos elos e operação do relê ao
mesmo tempo.
d) Entre as correntes (I1) e (I2) fica definida uma faixa de coordenação tanto para
falhas permanentes como para transitórias.
4.2.3.2.b Para relês eletrônicos a diferença de tempo entre as curvas do rele e do elo
fusível, como citado no item anterior, poderá ser de 0,1 segundos.
4.2.4.1.a. A unidade instantânea do relê de neutro deve ser ajustada para uma
corrente maior que o valor assimétrico da máxima corrente de curto-circuito fase-terra
no ponto de instalação do religador;
4.2.4.1.b A unidade instantânea do relê de fase deve ser ajustada para uma corrente
maior que o valor assimétrico da máxima corrente de curto-circuito trifásico, no ponto
de instalação do religador;
• Relês de fase – a corrente de partida, com tempo garantido, deve ser menor
que a mínima corrente de curto-circuito fase-fase na zona de proteção do
religador, incluindo os trechos para os quais ele é proteção de retaguarda.
4.2.4.1.d Quando não for possível que os relês na S.E cubram a zona de proteção do
religador, ou seja, que os relês não cubram todo o alimentador, então o “by-pass” do
religador deve ser feito com chaves-fusíveis com elos dimensionados conforme itens
4.2.1.8 e 4.2.1.9.
4.2.4.1.e. Para ser obtida a coordenação do relê com o religador é necessário que a
corrente mínima de operação do religador seja igual ou menor que a corrente de
partida do relê.
Por outro lado, só a condição acima não garante a seletividade da proteção. A
coordenação seletiva estará assegurada qundo alem da condição acima, a soma
percentual relativa dos avanços e rearmes do relê durante a operação do religador for
inferior a 100%.
A soma dos avanços e rearmes do relê deverá ser verificada para as seguintes
correntes de curto-circuito:
a) Corrente de curto-circuito trifásico (3∅) e fase-terra máximo (∅T) no ponto
de instalação do religador.
b) Corrente de curto-circuito fase-fase (∅∅) e fase-terra mínimo (∅Tmín) no
final da zona de proteção mútua.
Veja a figura a seguir
b)
a)
RELÊ
RELIGADOR
Icc
Icc
máx min
RELÊ
RELIGADOR
a) Icc – Registrar as correntes de curto-circuito para as quais será verificada a soma dos avanços e rearmes
do relê.
b) Sequência de Operação do Religador – Colocar o n.º da operação que estiver sendo considerada (1.ª;
2.ª; 3.ª ou 4.º )
c) Curva – Registrar a curva de atuação do religador escolhida para o número da operação considerada.
d) Tempo de Operação do religador – Marcar o tempo que o religador levará para abrir segundo a curva
escolhida, para o número da operação e a corrente de curto-circuito considerada.
f) Tempo de Operação do Relê – Indicar qual o tempo que relê levaria para fechar seus contatos para
corrente de curto-circuito considerada.
i) Soma Relativa – Esta coluna deverá ser preenchida com a diferença entre Avanços e Rearmes
(avanços-rearmes). Caso o valor seja negativo a soma deve ser considerada nula.
Observações
• Na última operação do religador, não deve ser considerado o tempo de religamento nem o tempo de
rearme do relê.
• Quando na S.E forem empregados relês eletrônicos, não há necessidade da verificação do seu avanço,
uma vez que estes relês possuem tempos de rearme inferiores aos tempos de religamento dos
religadores
4.3.1.3. –Proteção de neutro – a primeira operação deverá ser segundo a curva mais
rápida disponível e as restantes nas curvas lentas.
4.3.1.5–Corrente mínima de disparo de fase – deve ser menor que a corrente mínima
de defeito fase-fase dentro da zona de proteção do religador, incluindo os trechos para
os quais ele é proteção de retaguarda e deve tambem ser 20 a 50% maior que a
máxima corrente de carga passante pelo religador.
4.3.1.6 –Corrente mínima de disparo de neutro – Deve ser inferior a 65% da menor
corrente de curto-circuito fase-terra mínimo dentro da zona de proteção do religador,
incluindo os trechos para os quais ele é proteção de retaguarda, desde que não se
ultrapasse o limite máximo a 60 A.
Deve tambem atender ao seguinte critério em relação à corrente de carga:
Tipo de ajuste
a) Ajuste seletivo
Unid. Instantânea
Elo
Relê
Este tipo deve ser adotado para alimentadores estritamente urbanos que
atendem áreas centrais e para aqueles que atendem áreas industriais, onde
geralmente a incidência de defeitos de ordem transitória é menor.
Aquí a unidade instantânea deve ser ajustada de modo a não cobrir todo o
alimentador, ficando insensível a defeitos localizados após os elos fusíveis de
ramais.
Unid. Instantânea
Elo
Relê
Neste tipo a unidade instantânea deve ser ajustada para cobrir as zonas para
as quais o relê é proteção de retaguarda.
Este tipo de ajuste deve ser implantado em circuitos rurais, urbanos periféricos
e urbanos mistos (com derivações rurais).
4.3.3.2.- Tempos de religamentos – o 1.º religamento deve ser com 0,5 segundos e o
2.º com 20 segundos.
VIGÊNCIA
5. APROVAÇÃO