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Relatividade geral

Simulação de computador em câmera lenta do par de buracos negros que deu origem à onda
gravitacional GW150914, visto por um observador próximo por 0,33 segundos apresentando seu
movimento espiral, fusão e estado final. O campo de estrelas atrás dos buracos negros foi
fortemente distorcido e parece girar e se mover, devido à lente gravitacional extrema, já que
o espaço-tempo em si é distorcido e arrastado pelos buracos negros rotativos.[1]

Série de artigos sobre

Relatividade geral

Introdução · História ·
Fórmula matemática · Testes

Conceitos fundamentais[Expandir]

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Teoria da relatividade geral ou simplesmente relatividade geral é


uma teoria geométrica da gravitação publicada por Albert Einstein em 1915[2] e a descrição
atual da gravitação na física moderna. É um conjunto de hipóteses que generaliza
a relatividade especial e a lei da gravitação universal de Newton, fornecendo uma
descrição unificada da gravidade como uma propriedade geométrica do espaço e
do tempo, ou espaço-tempo. Em particular, a "curvatura do espaço-tempo" está
diretamente relacionada à energia e ao momento de qualquer matéria e radiação presente.
A relação é especificada pelas equações de campo de Einstein, um sistema de equações
diferenciais parciais.
Muitas previsões da relatividade geral diferem significativamente das da física clássica,
especialmente no que respeita à passagem do tempo, a geometria do espaço, o
movimento dos corpos em queda livre, e a propagação da luz. Exemplos de tais diferenças
incluem a dilatação do tempo gravitacional, lente gravitacional, o desvio gravitacional para
o vermelho da luz, e o tempo de atraso gravitacional. Previsões da relatividade geral foram
confirmadas em todas as observações e experimentos até o presente. Embora a
relatividade geral não seja a única teoria relativística da gravidade, é a mais simples das
teorias que são consistentes com dados experimentais. No entanto, há questões ainda
sem resposta, sendo a mais fundamental delas explicar como a relatividade geral pode ser
conciliada com as leis da física quântica para produzir uma teoria completa e auto-
consistente da gravitação quântica.
A teoria de Einstein tem importantes implicações astrofísicas. Ela aponta para a existência
de buracos negros — regiões no espaço onde o espaço e o tempo são distorcidos de tal
forma que nada, nem mesmo a luz, pode escapar — como um estado final
para estrelas maciças. Há evidências de que esses buracos negros estelares, bem como
outras variedades maciças de buracos negros são responsáveis pela
intensa radiação emitida por certos tipos de objetos astronômicos, tais como núcleos
ativos de galáxias ou microquasares. O desvio da luz pela gravidade pode levar ao
fenômeno de lente gravitacional, onde várias imagens do mesmo objeto astronômico
distante são visíveis no céu. A relatividade geral também prevê a existência de ondas
gravitacionais, que já foram medidas indiretamente; uma medida direta, no final de 2015,
por pesquisadores do projeto LIGO (Observatório de Ondas Gravitacionais por
Interferômetro Laser) confirmou as "distorções no espaço e no tempo" causadas por um
par de buracos negros com 30 massas solares em processo de fusão. Além disso, a
relatividade geral é a base dos atuais modelos cosmológicos de um universo sempre em
expansão. Foi descrita por cientistas notáveis — como Lev Landau, Steven
Weinberg e Wolfgang Pauli — como a mais bela de todas as teorias físicas existentes.[3][4]

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