Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
18 de abril de 2019
Em adição aos exercı́cios que aparecem nas notas de aula, solucione os listados a seguir. Nas
sua derivações, sempre indique qual regra dedutiva é utilizada em cada passo.
1. Considere a estrutura de listas de números naturais dada por:
1
Passo indutivo: Nossa hipótese de indução é:
Logo,
length(concat(cons(a, l1 ), l2 )) = length(cons(a, concat(l1 , l2 )))
= 1 + length(concat(l1 , l2 ))
h.i.
= 1 + length(l1 ) + length(l2 )
= length(cons(a, l1 )) + length(l2 )
Solução
Indução sobre l
Base indutiva:
concat(l, nil) = l
Logo,
concat(cons(a, l), nil) = cons(a, concat(l, nil))
h.i.
= cons(a, l)
Solução
Indução sobre l1
Base indutiva:
concat(concat(nil, l2 ), l3 ) = concat(l2 , l3 )
= concat(nil, concat(l2 , l3 ))
2
Passo indutivo: Nossa hipótese de indução é:
Logo,
Solução
Indução sobre l.
Base indutiva:
length(rev(nil)) = length(nil) = 0
length(rev(l)) = length(l)
Logo,
Solução
3
Indução sobre l1
Base indutiva:
rev(concat(nil, l2 )) = rev(l2 )
= concat(rev(l2 ), nil)
= concat(rev(l2 ), rev(nil))
Passo indutivo: Nossa hipótese de indução é:
rev(concat(l1 , l2 )) = concat(rev(l2 ), rev(l1 ))
E queremos provar que:
rev(concat(cons(a, l1 ), l2 )) = concat(rev(l2 ), rev(cons(a, l1 )))
Logo,
rev(concat(cons(a, l1 ), l2 )) = rev(cons(a, concat(l1 , l2 )))
= concat(rev(concat(l1 , l2 )), cons(a, nil))
h.i.
= concat(concat(rev(l2 ), rev(l1 )), cons(a, nil))
= concat(rev(l2 ), concat(rev(l1 ), cons(a, nil)))
= concat(rev(l2 ), rev(cons(a, l1 )))
Solução
Indução sobre l
Base indutiva:
rev(rev(nil)) = rev(nil)
= nil
Passo indutivo: Nossa hipótese de indução é:
rev(rev(l)) = l
E queremos provar que:
rev(rev(cons(a, l))) = cons(a, l)
Logo,
rev(rev(cons(a, l))) = rev(concat(rev(l), cons(a, nil)))
= concat(rev(cons(a, nil)), rev(rev(l)))
= concat(cons(a, nil), rev(rev(l)))
h.i.
= concat(cons(a, nil), l)
= cons(a, concat(nil, l))
= cons(a, l)
4
(g) Prove que pref ix(l1 , l2 ) se e só se existe l3 tal que concat(l1 , l3 ) = l2 para quaisquer
l1 e l2 .
Solução
Indução sobre l1
Base indutiva:
pref ix(nil, l2 ) sse existe l3 tal que concat(nil, l3 ) = l2
Basta que l3 = l2
pref ix(cons(a, l1 ), cons(a, l2 )) sse existe l30 tal que concat(cons(a, l1 ), l30 ) = cons(a, l2 )
pref ix(l1 , l2 ) sse existe l30 tal que concat(cons(a, l1 ), l30 ) = cons(a, l2 )
Simplificando concat:
pref ix(l1 , l2 ) sse existe l30 tal que cons(a, concat(l1 , l30 )) = cons(a, l2 )
Por hipótese de indução e por pref ix(l1 , l2 ) existe l3 tal que concat(l1 , l3 ) = l2 .
Assim basta fazer l30 = l3 :
2. Nos seguintes exercı́cios use a prova por indução na estrutura das fórmulas.
(a) Demonstre que uma fórmula bem formada é balanceada, no sentido de que o
número de parênteses abertos “(”é igual ao de parênteses fechados “)”, isto é,
|'|( = |'|) , para uma fórmula ' qualquer.
Solução A prova é por indução em '. Consideramos cada um dos possı́veis
construtores para fórmulas:
BI Se ' for uma constante ou variável proposicional, então a propriedade vale,
uma vez que neste caso ' não possui parênteses.
PI.a Se ' = ('1 ? '2 ), onde ? 2 {^, _, !} então por hipótese de indução |'1 |( =
h.i.
|'1 |) e |'2 |( = |'2 |) , logo |'|( = |('1 ? '2 )|( = 1 + |'1 |( + |'2 |( = 1 + |'1 |) +
|'2 |) = |('1 ? '2 )|) = |'|) .
5
PI.b Se ' = (¬'1 ) então por hipótese de indução |'1 |( = |'1 |) , logo |'|( =
h.i.
|(¬'1 )|( = 1 + |'1 |( = 1 + |'1 |) = |(¬'1 )|) = |'|) .
(b) Demonstre que para todo prefixo s de uma fórmula bem formada ', vale |s|( |s|) .
Desta forma, qualquer fórmula possui pelo menos um sı́mbolo, e portanto a pala-
vra vazia não é uma fórmula. Formalmente, como nos casos precedentes, também
se procede por indução em ':
BI Constantes ou variáveis proposicionais não são a palavra vazia.
PI.a Se ' = (¬'1 ), por h.i. '1 não é a palavra vazia e consequentemente, ' não
pode ser a palavra vazia.
PI.b Se ' = ('1 ? '2 ), para ? 2 {^, _, to}, por h.i. '1 e '2 não são a palavra vazia
e consequentemente, ' não pode ser a palavra vazia.
(d) Demonstre que uma fórmula bem formada não tem prefixos próprios que são
também fórmulas: Se ' é uma fórmula bem formada e s é prefixo próprio de '
então s não pode ser uma fórmula bem formada.
Solução Consideramos cada um dos possı́veis construtores para fórmulas:
6
• Se ' for uma constante ou variável proposicional então a propriedade vale,
uma vez que o único prefixo próprio possı́vel de ' é a palavra vazia, que por
(c), não é uma fórmula.
• Se ' = (¬'1 ) então os possı́veis prefixos próprios de ' são ✏, ( e (¬s0 , onde s0
é um prefixo de '1 . O primeiro caso é consequência de (c). O segundo caso
se obtem de (a), sempre que fórmulas bem formadas são balanceadas, mas
|(|( = 1 > 0 = |(|) . Para s = (¬s0 , da prova de (b) temos que |(¬s0 |( > |(¬s0 |) ;
assim, novamente por (a) (¬s0 não pode ser uma fórmula bem formada.
• Se ' = ('1 ? '2 ), onde ? 2 {^, _, !} então os possı́veis prefixos próprios de
' são ✏, (s1 e ('1 ? s2 , onde si é prefixo de 'i (i 2 {1, 2}). No primeiro caso ✏
no é fórmula de (c). Para o segundo caso usamos (a) como no item anterior:
|(s1 |( > |(s1 |) , da prova de (b), assim (s1 não pode ser uma fórmula bem
formada. Se s = ('1 ? s2 , novamente da prova de (b) temos que |('1 ? s2 |( >
|('1 ? s2 |) ; assim por (a) ('1 ? s2 não pode ser uma fórmula bem formada.
(a) ! ( ! ( ! ( ! )))
Solução Tautologia, e portanto satisfatı́vel.
! !( ! ) !( !( ! ) ! ( ! ( ! ( ! )))
F F T T T T
F T T T T T
T F F F F T
T T T T T T
(b) ( ! ) ! (( ! ) ! ( ^ ! ^ ))
Solução Contingência, e portanto satisfatı́vel.
7
! ! ^ ^ ^ ! ^ ( ! )!( ^ ! ^ )
F F F F T T F F T T
F F F T T T F F T T
F F T F T F F F T T
F F T T T T F F T T
F T F F T T F F T T
F T F T T T F T T T
F T T F T F F F T T
F T T T T T F T T T
T F F F F T F F T T
T F F T F T F F T T
T F T F F F T F F T
T F T T F T T F F F
T T F F T T F F T T
T T F T T T F T T T
T T T F T F T F F T
T T T T T T T T T T
6. A árvore de dedução abaixo está correta? Justifique e corrija caso a dedução esteja
errada. (Lembre-se que “a $ b” abrevia “(a ! b) ^ (b ! a)”.)
8
[(¬ ! ) ! ¬ ]x [¬ ! ]y [¬ ]z
(!e ) (!i ) y
¬ (¬ ! ) ! ¬
(!i ) x (!i ) z
((¬ ! ) ! ¬ ) ! ¬ ¬ ! ((¬ ! ) ! ¬ )
(^i )
((¬ ! ) ! ¬ ) $ ¬
Solução Não está correto, pois a hipótese x não está sendo descartada propriamente.
Na prova acima há duas ramificações, e a hipótese y aparece na ramificação a esquerda,
logo ela deve ser descartada nesta ramificação, e não na direita, como foi feito.
7. Prove os sequentes a seguir utilizando apenas a lógica proposicional minimal:
(a) ¬¬¬ a` ¬ .
Solução
[¬ ]u [ ]v
(¬e )
?
(¬i ) u
¬¬¬ ¬¬ ¬ [¬¬ ]u
(¬e ) (¬e )
? ?
(¬i ) v (¬i ) u
¬ ¬¬¬
[ ]y [¬ ]z
(¬e )
?
(?e )
(!i ) y
[ ]w [¬( ! )]x !
x (!i ) ; (¬e )
[¬( ! )] ! ?
(¬e ) (¬i ) z
? ¬¬ ! ¬¬ ¬¬
(¬i ) w (!e )
¬ ¬¬
(¬e )
?
(¬i ) x
¬¬( ! )
9
(c) ¬¬( ^ ) a` ¬¬ ^ ¬¬ .
Solução
[ ^ ]v [ ^ ]y
u (^e ) x (^e )
[¬ ] [¬ ]
(¬e ) (¬e )
? ?
(¬i ) v (¬i ) y
¬¬( ^ ) ¬( ^ ) ¬¬( ^ ) ¬( ^ )
(¬e ) (¬e )
? ?
(¬i ) u (¬i ) x
¬¬ ¬¬
(^i )
¬¬ ^ ¬¬
[ ]x [ ]y
(^i )
^ [¬( ^ )]z
(¬e )
(¬¬ ) ^ (¬¬ ) ?
(^e ) (¬i ) x
¬¬ ¬
(¬e )
(¬¬ ) ^ (¬¬ ) ?
(^e ) (¬i ) y
¬¬ ¬
(¬e )
?
(¬i ) z
¬¬( ^ )
(d) ¬( _ ) a` ¬ ^ ¬ .
Solução
[ ]u [ ]v
(_i ) (_i )
¬( _ ) _ ¬( _ ) _
(¬e ) (¬e )
? ?
(¬i ) u (¬i ) v
¬ ¬
(^i )
¬ ^¬
(¬ ^ ¬ ) (¬ ^ ¬ )
(^e ) x (^e )
¬ [ ] ¬ [ ]y
(¬e ) (¬e )
[( _ )]u ? ?
(_e ) x, y
?
(¬i ) u
¬( _ )
( ^ )^'
(^e )
( ^ )^' ^ ( ^ )^'
(^e ) (^e ) (^e )
( ^ ) '
(^e ) (^i )
( ^ ')
(^i )
^ ( ^ ')
10
^ ( ^ ')
(^e )
^ ( ^ ') ( ^ ') ^ ( ^ ')
(^e ) (^e ) (^e )
( ^ ')
(^i ) (^e )
( ^ ) '
(^i )
( ^ )^'
[ ]u
x (_i )
[ ] ( _ ) [']v
(_i ) y (_i ) (_i )
( _ ) [( _ ')] ( _ )_' ( _ )_'
(_i ) (_e ) u, v
_ ( _ ') ( _ )_' ( _ )_'
(_e ) x, y
( _ )_'
(g) ! ` _ ! _
Solução
! [ ]x
(!e )
[ ]y
(_i ) (_i )
[ _ ]z _ _
(_e ) x, y
_
(!i ) z
_ ! _
(h) ( ^ ) _ ( ^ ) a` ^ ( _ ) (Distributividade)
Solução
11
[ ^ ]x [ ^ ]t
(^e ) (^e )
[ ^ ]u [ ^ ]v
(^e ) (^e ) (_i ) (_i )
( ^ )_( ^ ) ( ^ )_( ^ ) _ _
(_e ) u, v (_e ) x, t
_
^i
^( _ )
^( _ ) ^( _ )
(^e ) x (^e )
[ ] [ ]y
(^i ) (^i )
^( _ ) ^ ^
(^e ) (_i ) (_i )
_ ( ^ )_( ^ ) ( ^ )_( ^ )
(_e ) x, y
( ^ )_( ^ )
Questões e itens “7g”e “7h”foram baseadas nos itens “b” e “e”da primeira questão em:
http://wiki.di.uminho.pt/twiki/pub/Education/MFES/VF/exerciciosCoq.pdf
8. Prove o sequente a seguir utilizando apenas a lógica proposicional intuicionista:
(a) (¬¬ ) ! (¬¬ ) ` ¬¬( ! ).
Solução
[ ]y [¬ ]z
(¬e )
?
(?e )
(!i ) y
[ ]w [¬( ! )]x !
x (!i ) ; (¬e )
[¬( ! )] ! ?
(¬e ) (¬i ) z
? ¬¬ ! ¬¬ ¬¬
(¬i ) w (!e )
¬ ¬¬
(¬e )
?
(¬i ) x
¬¬( ! )
9. A lógica clássica é obtida acrescentando-se qualquer uma das seguintes regras à lógica
proposicional intuicionista:
[¬ ]u
..
.
?
(PBC) u (LEM)
_¬
¬¬
(¬¬e ) (LP)
(( ! ) ! ) !
A quarta regra (LP) é denominada Lei de Peirce. Demonstre que quaisquer três des-
tas regras pode ser provada a partir da quarta regra restante e as regras da lógica
intuicionista, ou seja:
12
(a) Adicione a regra (PBC) ao conjunto de regras da lógica proposicional intuicionista.
Com este novo conjunto de regras prove os sequentes correspondentes à lei do
terceiro excluı́do e à eliminação da dupla negação:
i. ` _ ¬
Solução
[ ]v
(_i )
_¬ [¬( _ ¬ )]u
(¬e )
?
(¬i ) v
¬
(_i )
_¬ [¬( _ ¬ )]u
(¬e )
?
(PBC) u
_¬
ii. ¬¬ `
Solução
¬¬ [¬ ]u
(¬e )
?
(PBC) u
iii. ` (( ! ) ! ) !
Solução
[¬ ]u
(!i ) ;
¬ !¬ [¬ ]v
(!e )
¬ [ ]w
(¬e )
?
(PBC) v
(!i ) w
[(( ! ) ! )]x !
(!e )
[¬ ]u
(¬e )
?
(PBC) u
(!i ) x
(( ! )! )!
13
[ ]v
(_i )
_¬ [¬( _ ¬ )]u
(¬e )
?
(¬i ) v
¬
(_i )
_¬ [¬( _ ¬ )]u
(¬e )
?
(¬i ) u
¬¬( _ ¬ )
(¬¬e )
_¬
ii. ¬ ! ? `
Solução
¬ !? [¬ ]u
(!e )
?
(¬i ) u
¬¬
(¬¬e )
iii. ` (( ! ) ! ) !
Solução
[ ]1 [¬ ]y
(¬e )
?
(?e )
(!i ) x
! [( ! ) ! ]z
(!e )
[¬ ]y
(¬e )
?
(¬i ) y
¬¬
(¬¬e )
(!i ) z
(( ! ) ! ) !
14
¬ !? [¬ ]u
(!e )
?
(LEM) (?e )
_¬ [ ]v
(_e ) v, u
ii. ¬¬ `
Solução
¬¬ [¬ ]u
(¬e )
?
(LEM) (?e )
_¬ [ ]v
(_e ) v, u
iii. ` (( ! ) ! ) !
Solução
[¬ ]x [ ]y
(¬e )
?
(?e )
(!i ) y
! [( ! ) ! ]w
(LEM) (!e )
_¬ [ ]z
(_e ) x, z
(!i ) w
(( ! ) ! ) !
15
ii. ¬¬ `
Solução
[ ! (¬ )]x ¬¬
(MT)
¬¬ ¬
(¬e )
?
(?e )
(!i ) x
(( ! ¬ ) ! ) ! ( !¬ )!
(!e )
iii. ` _ ¬
Solução
[ ]x
y (_i )
[( _ ¬ ) ! ¬ ] _¬
(!e )
[ ]x ¬
(¬e )
?
(¬i ) x
¬
(_i )
_¬
(!i ) y
((( _ ¬ ) ! ¬ ) ! ( _ ¬ )) ! ( _ ¬ ) ((( _ ¬ ) ! ¬ ) ! ( _ ¬ ))
(!e )
_¬
10. Construa provas para todas as variantes das regras (MT) e (CP) e indique quais de-
rivações são da lógica clássica e quais da lógica intuicionista proposicional:
± !± ⌥ ±/ ± ! ±/ ⌥
(MT1 e 2 ) (CP1,2,3 e 4 )
⌥ ⌥/ ± ! ⌥/ ⌥
Solução
16
Intuicionista
]
(¬e )
! [ ]x
(!e )
¬ ?
(¬i ) x
¬
Clássica
¬ !¬ [¬ ]x
(!e )
¬
(¬e )
?
(PBC) x
Intuicionista
! [¬ ]u
(MT)
¬
(!i ) u
¬ !¬
Clássica
[ ]u
(¬¬i )
¬ !¬ ¬¬
(MT)
¬¬
(¬¬e )
(!i ) u
!
Intuicionista
!¬ [ ]x
(!e )
¬ [ ]y
(¬e )
?
(¬i ) x
¬
(!i ) y
!¬
Clássica
¬ ! [¬ ]x
(!e )
[¬ ]y
(¬e )
?
(PBC) x
(!i ) y
¬ !
11. Construa deduções para provar os sequentes a seguir e e indique se foi utilizada a lógica
17
minimal, intuicionista ou clássica:
(a) _ a` ¬(¬ ^ ¬ ).
Minimal
[¬ ^ ¬ ]u [¬ ^ ¬ ]u
(^e ) (^e )
¬ [ ]x ¬ [ ]y
(¬e ) (¬e )
_ ? ?
(_e ) x, y
?
(¬i ) u
¬(¬ ^ ¬ )
Clássica
[ ]u [ ]v
(_i ) (_i )
[¬( _ )]w _ [¬( _ )]w _
(¬e ) (¬e )
? ?
(¬i ) u (¬i ) v
¬ ¬
(^i )
¬(¬ ^ ¬ ) ¬ ^¬
(¬e )
?
(PBC) w
_
(b) ^ a` ¬(¬ _ ¬ ).
Minimal
^ ^
(^e ) x (^e )
[¬ ] [¬ ]y
(¬e ) (¬e )
[¬ _ ¬ ]u ? ?
(_e ) x, y
?
(¬i ) u
¬(¬ _ ¬ )
18
Clássica
[ ]z [ ]x
(^i )
^ ¬( ^ )
(¬e )
?
(¬i ) z
¬ [¬ ]y
((LEM)) (_i ) (_i )
_¬ ¬ _¬ ¬ _¬
(_e ) x, y
¬(¬ _ ¬ ) ¬ _¬
(¬e )
?
(PBC) u
^
Intuicionista
[']w [¬']x
(¬e )
?
(?e )
(¬') _ [ ]y
(_e ) x, y
(!i ) w
'!
19
Clássica
[']x [¬']y
(?e )
?
(?e )
¬ [¬ ]z
(!i ) x (!i ) ;
¬(' ! ¬ ) '!¬ ¬(' ! ¬ ) '!¬
(¬e ) (¬e )
? ?
(PBC) y (PBC) z
'
(^i )
'^
[¬']x (¬') !
(!e )
[']y
(LEM) (_i ) (_i )
' _ ¬' '_ '_
(_e ) x, y
'_
Intuicionista
[¬']w [']x
(¬e )
?
(?e )
'_ [ ]y
(_e ) x, y
(!i ) w
(¬') !
12. Prove os sequentes a seguir utilizando o Cálculo de Gentzen e indique se foi utilizada
a lógica intuicionista ou clássica:
(a) ^ ` . Intucionista
)
(L^ )
^ )
(b) ¬( _ ) ` (¬ ^ ¬ ). Clássica
20
) )
(R_ ) (R_ )
) _ ) _
(R! ) (R! )
)¬ , _ )¬ , _
(R^ )
) (¬ ^ ¬ ), _ ? ) (¬ ^ ¬ )
(L! )
¬( _ ) ) (¬ ^ ¬ )
(d) ¬( _ ) a` ¬ ^ ¬ . Clássica
) )
(R_ ) (R_ )
) _ ) _
(R! ) (R! )
) _ ,¬ ) _ ,¬
(R^ )
) _ ,¬ ^ ¬ ?)¬ ^¬
(R! )
¬( _ ) ) ¬ ^ ¬
Intucionista
) ?, ) ) ?, )
(L! ) (L! )
¬ , ) ¬ , )
(L ) (R^ )
¬ ^¬ , ) ^ ¬ ^¬ , )
(L_ )
¬ ^¬ , _ )
(R! )
¬ ^ ¬ ) ¬( _ )
(e) ( ! ) ^ ( ! ) ` ( ^ ) ! . Clássica
) , , )
(L! )
! , )
(L^ )
! , ^ )
(L^ )
( ! ) ^ ( ! ), ^ )
(R! )
( ! )^( ! ))( ^ )!
21
(f) ( ! ) ` (¬ ! ¬ ). Clássica
) , , )
(L! )
! , ) ! , ?, )
(L! )
! ,¬ , )
(R! )
! ,¬ ) ¬
(R! )
! )¬ !¬
) ?, )
(L! )
, ) ¬ , )
(R! ) (Rw)
) ! ?, ) ¬ , )
(L! ) (R! )
¬( ! ), ) ¬ ) ! ?, ¬ )
(R! ) (L! )
¬( ! ) ) ¬ ?, ¬( ! ) ) ¬( ! ), ¬ )
(L! ) (R! )
¬¬ , ¬( ! ) ) ¬( ! ) ) ¬¬
(L! )
¬¬ ! ¬¬ , ¬( ! ) )
(R! )
¬¬ ! ¬¬ ) ¬¬( ! )
(R! )
) (¬¬ ! ¬¬ ) ! ¬¬( ! )
, ) , ^ , ) , ^ , ) ^ , , ) ^ ,
(R^ ) (R^ )
, ) ^ , ^ , ) ^ , ^
(L_ )
, _ ) ^ , ^
(L^ )
, ^( _ )) ^ , ^
(L^ )
^ ( _ ), ^ ( _ ) ) ^ , ^
(LC)
^( _ )) ^ , ^
(R_ )
^ ( _ ) ) ^ ,( ^ ) _ ( ^ )
(R_ )
^ ( _ ) ) ( ^ ) _ ( ^ ), ( ^ ) _ ( ^ )
(RC)
^( _ ))( ^ )_( ^ )
22
(j) p _ q ` ¬(¬p ^ ¬q) Intucionista
p, ?, ¬q ) p, ¬q ) p q, ¬p, ? ) q, ¬p ) q
p, ¬p, ¬q ) (L! ) q, ¬p, ¬q ) (R! )
p _ q, ¬p, ¬q ) (L _ )
p _ q, ¬p, ¬p ^ ¬q ) (L^ )
p _ q, ¬p ^ ¬q, ¬p ^ ¬q ) (L^ )
p _ q, ¬p ^ ¬q ) (LC)
(R! )
p _ q ) ¬(¬p ^ ¬q)
(a) ` ¬¬( _ ¬ );
(b) ` ¬¬(¬¬ ! );
(c) ` ¬¬((( ! ) ! ) ! ).
23
(b) Para ` ¬¬(¬¬ ! ), temos a seguinte derivação no cálculo de sequentes intui-
cionista, mas note que pode ser derivado utilizando o cálculo minimal:
(c) ` ¬¬((( ! ) ! ) ! ):
]
(¬e )
]
(¬e )
[¬ ]u
(!i ) ;
¬ !¬ [¬ ]v
(!e )
¬ [¬¬ ]w ?
(¬i ) v
¬¬
[¬¬(( ! ) ! )]x ¬¬ ! ¬¬
(!i ) w
.. ..
. (Ex. 7 b.) . (Ex. 8 a.)
. .
¬¬( ! ) ! ¬¬ ¬¬( ! )
(!e )
[¬ ]u ¬¬ ?
(¬i ) u
¬¬
¬¬(( ! ) ! ) ! ¬¬
(!i ) x
..
.. (Ex. 8 a.)
¬¬((( ! ) ! ) ! )
14. Prove o teorema de Glivenko: Sejam um conjunto finito de fórmulas, e ' uma fórmula
qualquer da lógica proposicional. Prove que se ' tem uma prova clássica a partir de
então ¬¬' tem uma prova intuicionista a partir de , ou seja, se `c ' então
`i ¬¬'
Solução
Indução na derivação `c '. Considerando que a negação pode ser vista como uma
abreviação da implicação ao absurdo, i.e. ¬' ⌘ ' ! ?, os casos (¬i ) e (¬e ) não pre-
cisam ser considerados separadamente (complete!). Considere a última regra aplicada
na prova `c ':
24
• (^i ): Neste caso, temos que ' é da forma '1 ^ '2 e a prova `c ' tem a seguinte
estrutura:
'1 '2
(^i )
'1 ^ '2
['1 ]y ['2 ]z
(^i )
[¬('1 ^ '2 )]x '1 ^ '2
(¬e )
r
¬¬'
(h.i.)
1
?
¬'1
(¬i ) y
(¬e )
r
¬¬'
(h.i.)
2
?
¬'2
(¬i ) z
(¬e )
?
(¬i ) x
¬¬('1 ^ '2 )
'^
(^e )
'
25
r (h.i.)
¬¬(' ^ )
Exercı́cio (6.c)
(¬¬') ^ (¬¬ )
(^e )
¬¬'
• (_i ): Neste caso, temos que ' é da forma '1 _ '2 e a prova `c ' tem a seguinte
estrutura:
'1
(_i )
' 1 _ '2
['1 ]y
(_i )
[¬('1 _ '2 )]x '1 _ '2
(¬e )
r (h.i.)
¬¬' 1
?
¬'1
(¬i ) y
(¬e )
?
(¬i ) x
¬¬('1 _ '2 )
• (_e ): Neste caso, temos que ' é da forma '1 _ '2 e a prova `c ' tem a seguinte
estrutura:
['1 ]x , ['2 ]y ,
26
['1 ]y ['2 ]z
r
¬¬'
(h.i.)
3
r
¬¬'
(h.i.)
3 ['1 _ '2 ]x
(_e ) y, z
[¬'3 ]w ¬¬'3
(¬e )
r (h.i.)
?
(¬i ) x
¬¬('1 _ '2 ) ¬('1 _ '2 )
(¬e )
?
(¬i ) w
¬¬'3
• (!i ) : Neste caso, temos que ' é da forma '1 ! '2 e a prova `c ' tem a
seguinte estrutura:
['1 ]x
'2
(!i )
'1 ! '2
Por hipótese de indução, temos que , '1 `i ¬¬'2 , e concluı́mos como segue:
['1 ]x
[¬'2 ]z
r (h.i.)
¬¬' 2
(¬e )
?
(¬i ) x
[¬¬'1 ]w ¬'1
(¬e )
?
(¬i ) z
¬¬'2
(!i ) w
(¬¬'1 ) ! (¬¬'2 )
Exercı́cio (6.b)
¬¬('1 ! '2 )
• (!e ): Neste caso, temos que ' é da forma '1 ! '2 e a prova `c ' tem a
seguinte estrutura:
27
Por hipótese de indução, temos que `i ¬¬'1 e `i ¬¬('1 ! '2 ) e concluı́mos
como segue:
[¬']x
?
(PBC) x
'
Por hipótese de indução, temos que , ¬' `i ¬¬?, e concluı́mos como segue:
[¬']y
r
¬¬?
(i.h.)
[?]x
¬?
(¬i ) x
(¬e )
?
(¬i ) y
¬¬'
15. Conjuntos Completos de Conectivos: Seja ' uma fórmula da lógica proposicional.
(a) Prove, sem utilizar tabela de verdade, que existe uma fórmula '0 equivalente a '
construı́da apenas com os conectivos _ e ¬, e com os sı́mbolos proposicionais que
ocorrem em '.
Indução sobre a estrutura de ':
• Se ' é uma variável proposicional então tome '0 = '.
• Se ' = ¬ então, por hipótese de indução, existe uma fórmula 0 equivalente
a construı́da apenas com os conectivos _ e ¬, e os sı́mbolos proposicionais
que ocorrem em . Neste caso, basta tomar '0 = ¬ 0 , e estamos prontos.
28
• Se ' = 1 _ 2 então, por hipótese de indução, existem fórmulas i0 (i = 1, 2),
equivalentes respectivamente a i (i = 1, 2), e construı́das apenas com os
conectivos _ e ¬, e os sı́mbolos proposicionais que ocorrem em i (i = 1, 2).
Neste caso, basta tomar '0 = 10 _ 20 e estamos prontos.
• Se ' = 1 ^ 2 então, por hipótese de indução, existem fórmulas i0 (i = 1, 2),
equivalentes respectivamente a i (i = 1, 2), e construı́das apenas com os
conectivos _ e ¬, e os sı́mbolos proposicionais que ocorrem em i (i = 1, 2).
Por um exercı́cio anterior sabemos que ' a` ¬(¬ 1 _ ¬ 2 ). Então basta
tomar '0 = ¬(¬ 10 _ ¬ 20 ), e estamos prontos.
• Por fim, se ' = 1 ! 2 então, por hipótese de indução, existem fórmulas
0
i (i = 1, 2), equivalentes respectivamente a i (i = 1, 2), e construı́das apenas
com os conectivos _ e ¬, e os sı́mbolos proposicionais que ocorrem em i (i =
1, 2). Por um exercı́cio anterior sabemos que ' a` (¬ 1 ) _ 2 . Então basta
tomar '0 = (¬ 10 ) _ 20 e estamos prontos.
(b) Prove, sem utilizar tabela de verdade, que existe uma fórmula '0 equivalente a
' construı́da apenas com os conectivos ! e ¬, e com os sı́mbolos proposicionais
que ocorrem em '.
Indução sobre a estrutura de ':
• Se ' é uma variável proposicional então tome '0 = '.
• Se ' = ¬ então, por hipótese de indução, existe uma fórmula 0 equivalente
a construı́da apenas com os conectivos ! e ¬, e os sı́mbolos proposicionais
que ocorrem em .
• Se ' = 1 _ 2 então, por hipótese de indução, existem fórmulas i0 (i = 1, 2),
equivalentes respectivamente a i (i = 1, 2), e construı́das apenas com os
conectivos ! e ¬, e os sı́mbolos proposicionais que ocorrem em i (i = 1, 2).
Por um exercı́cio anterior sabemos que ' a` (¬ 1 ) ! 2 . Então basta tomar
'0 = (¬ 10 ) ! 20 , e estamos prontos.
• Se ' = 1 ^ 2 então, por hipótese de indução, existem fórmulas i0 (i = 1, 2),
equivalentes respectivamente a i (i = 1, 2), e construı́das apenas com os
conectivos ! e ¬, e os sı́mbolos proposicionais que ocorrem em i (i = 1, 2).
Por um exercı́cio anterior sabemos que ' a` ¬( 1 ! ¬ 2 ). Então basta
tomar '0 = ¬( 10 ! ¬ 20 ), e estamos prontos.
• Por fim, se ' = 1 ! 2 então, por hipótese de indução, existem fórmulas
0
i (i = 1, 2), equivalentes respectivamente a i (i = 1, 2), e construı́das apenas
com os conectivos ! e ¬, e os sı́mbolos proposicionais que ocorrem em i (i =
1, 2). Neste caso, basta tomar '0 = 10 ! 20 , e estamos prontos.
29