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Parte III: Cláusulas Jurídicas e Técnicas do Caderno de Encargos

e Condições Especiais

3: Condições Especiais do Caderno de Encargos

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Concurso Público Nacional N º15/2019_PRRA_EVI_SA
Parte III: Cláusulas Jurídicas e Técnicas do Caderno
de Encargos e Condições Especiais
INSTITUTO DE ESTRADAS - CABO VERDE

ÍNDICE GERAL

PARTE 3 – CONDIÇÕES ESPECIAIS DO CADERNO DE ENCARGOS ................................... 105

1. DESCRIÇÃO DA ÁREA DO PROJETO .............................................................................. 105

2. EXPOSIÇÃO DA NECESSIDADE DAS OBRAS.................................................................. 106

3. IDENTIFICAÇÃO DA ESTRADA OBJETO DO CONTRATO ........................................... 107

4. DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS A EFETUAR .................................................................. 108

5. TERMOS DE REFERÊNCIA PARA O PROJETO DE EXECUÇÃO E ESTUDOS ............. 108

ANEXO I ...................................................................................................................................... 110

Mapa de Quantidades .............................................................................................................. 110

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PROGRAMA DE REQUALIFICAÇÃO,
REABILITAÇÃO E ACESSIBILIDADES (PRRA)
EIXO VI - ESTRADAS DE DESENCRAVAMENTO COM
POTENCIAL AGRÍCOLA E TURÍSTICO

CONSTRUÇÃO DA ESTRADA NACIONAL ER-SA-06,


ENTRONCAMENTO ER-SA-03 - FIGUEIRAL, SANTO
ANTÃO

Concurso Público Nacional Nº 03/2019_PRRA_EVI_SA

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e Condições Especiais

PARTE 3 – CONDIÇÕES ESPECIAIS DO CADERNO DE ENCARGOS

1. DESCRIÇÃO DA ÁREA DO PROJETO

As estradas do projeto estão situadas na ilha Santo Antão, uma das nove ilhas habitadas de
Cabo Verde, localizada no grupo do Barlavento, a noroeste, e segunda maior do arquipélago
em superfície e a terceira em população.

A extensão longitudinal é de aproximadamente 40 km e a largura cerca de 20 km abrangendo


uma área de 779 km2. De origem vulcânica, Santo Antão é a ilha mais setentrional e ocidental
de Cabo Verde e a mais afastada do continente africano, pelo que o seu extremo oeste é
considerado o ponto mais ocidental de África. O canal de São Vicente separa-a da ilha mais
próxima, a ilha de São Vicente. O acesso à ilha é feito por barco a partir do Mindelo em São
Vicente.

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Também é uma daa ilhas mais montanhosa do arquipélago e a cordilheira que se estende de
Nordeste para Sudeste culmina em Topo de Coroa, com a altitude de 1979 m.

Apresenta um clima fresco e húmido, sendo os planaltos cobertos de árvores como o


eucalipto, o cipreste, o pinheiro e a acácia, quase inexistentes no resto do arquipélago.

Desabitada aquando da descoberta em 1462 por Portugal, começou a ser colonizada, com
pouco sucesso, em 1548. Uma cadeia de montanhas, tida durante muito tempo como
intransponível, separa a ilha entre norte e sul.

Os principais aglomerados populacionais são a vila da Ribeira Grande, Porto Novo – porta de
entrada de gentes e mercadorias vindas de São Vicente – e a Ponta do Sol – onde se localiza o
aeródromo da ilha, atualmente desativado.

1. EXPOSIÇÃO DA NECESSIDADE DAS OBRAS

O Vale de Figueiral de Paul está situado na Bacia hidrográfica do mesmo nome, a Nordeste
da ilha de Santo Antão, e compreendido entre as bacias hidrográficas de Ribeira de Paul á
nordeste e á Bacia de Rª. das Pombas á Sudeste. Este Vale se desenvolve no sentido Sudoeste
- Nordeste desde a base das montanhas de Pico da Cruz até Boca de Figueiral onde desagua
no Vale do Paul.

Ribeira de Figueiral é um afluente da ribeira principal do Vale de Paul, tendo como ponto
comum a Boca de Figueiral de Paul e com as mesmas características no que tange a beleza,
cobertura agrícola e consequente capacidade produtiva e a forte pendente longitudinal,
porém, muito mais estreita, razão pela qual manteve-se até agora encravada, sem acesso
rodoviário, não obstante a antiga reivindicação dos seus habitantes.

Em 2011, foi concluído o troço de estrada que liga Chã de Manuel Santo à Igrejinha, na
colina do Vale de Paul. No entanto o projeto frisa a continuidade desse traçado numa outra
fase, descendo pela Rª. De Figueiral até Boca de Figueiral, onde ligará com a estrada
principal, fechando assim um anel que abrange cerca de 70% do Vale principal do Paul e
quase a totalidade da Rª de Figueiral que, recorda-se, até este momento não tem acesso
carroçável. A execução total da estrada ira proporcionar mais desenvolvimento, quer no

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desencravamento de núcleos populacionais e zonas de produção agrícola importantes, quer na


implementação de novas atividades de económicas.
Portanto, com este projeto, que tem extensão de mil e quatrocentos (1400), ligando a Boca de
Figueiral de Paul à localidade de Junta, está se cumprindo o objetivo acima descrito, embora,
ainda parcialmente pois, para o completar, é necessário prosseguir com esta estrada para
montante do Vale de Figueiral, subir pela encosta e fazer a ligação com a de Igrejinha.

Se a primeira abordagem na construção das estradas era essencialmente desencravar os


aglomerados do Concelho e dar trabalho ao grande número de pessoas acossados pela seca,
havendo, no entanto, alguma esperança no desenvolvimento da ilha, hoje a abordagem é
diferente, pois assenta numa perspetiva de desenvolvimento sustentado e com o evento do
turismo a viabilidade das infraestruturas será mais fácil e com maiores garantias.

Tendo em consideração a importância sócio - económica do vale do Paul e seus afluentes,


para o desenvolvimento sustentado e equilibrado de todo o Concelho e quiçá da ilha e do
País, pois, com todos os recantos desenvolvidos, o Governo de Cabo Verde estará a abrir
portas para o investimento privado e consequentemente maior confiança e autonomia das
populações

A estrada em estudo é de uma importância primordial no contexto socioeconómico do


Concelho e porque não da ilha de Santo Antão, pois, para além de permitir a ligação de forma
permanente, rápida e em segurança de várias zonas com potencialidades socioeconómicas
diferentes, a estrada vai facilitar o surgimento de novas atividades económicas e sociais ao
longo do vale, que não poderão ser criadas sem a implementação desta importante
infraestrutura.

2. IDENTIFICAÇÃO DA ESTRADA OBJETO DO CONTRATO

O PK 0 do trecho da ER-SA-06 esta materializado ao PK 2+225 da ER-SA-03, Paul – Cabo


da Ribeira. A estrada terá uma extensão de aproximadamente de 1.4 km e terá uma largura
media de 4 m.

A figura seguinte apresenta a estrada objeto de contrato:

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Figura 1 - Estrada Nacional ER-SA-06

3. DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS A EFETUAR

Os trabalhos de reabilitação que o Empreiteiro deve efetuar cumprem as quantidades mínimas


indicadas no Mapa de Quantidades apresentado no Anexo 1.

4. TERMOS DE REFERÊNCIA PARA O PROJETO DE EXECUÇÃO E ESTUDOS

Competirá ao Empreiteiro a elaboração do Projeto de Execução, bem como os textos e


desenhos correspondentes às alterações surgidas no decorrer da obra.

Os dados existentes para o desenvolvimento do projeto são os constantes do mapa de


quantidades e do presente documento. O Projeto de Execução compreenderá:

a) O levantamento topográfico;
b) A Memória descritiva e justificativa do projeto;
c) Os Cálculos para a estrutura do pavimento, muros e órgãos de drenagem;
d) As Medições e Orçamentos;

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e) As Peças desenhadas e Plantas;


f) Plano de Ensaios;
g) Estudo de Impacto Ambiental e Plano de Recuperação Paisagística;
h) Sinalização e segurança;
i) Plano de Saúde e Segurança;
j) Serviços afetados;
k) Expropriações nas áreas de intervenção e Servidão Rodoviária.

O levantamento topográfico deve ser entregue na escala 1/2000.

Deverão juntar na Memória Descritiva e Justificativa:

1. A natureza e proveniência dos principais materiais;


2. Os processos construtivos;
3. O tipo de controlo da qualidade;
4. Outros estudos que sejam considerados relevantes.

Deverão ser apresentados os estudos sobre materiais de empréstimos, devendo ser realizadas
observações, sondagens e ensaios in situ nesses locais, bem como nas zonas de empréstimo e
pedreiras e ainda ensaios de laboratório.

Deverão, ainda, apresentar os estudos laboratoriais do betão, bem como os certificados do


cimento que pretendem utilizar.

Antes da elaboração do Projeto de Execução deve ser a equipa projetista submetida à


apreciação do Dono de Obra, no prazo máximo de 5 dias, após a emissão da Ordem de
Serviço para o início dos trabalhos. A equipa projetista deve ser coordenada por um
Engenheiro Civil com pelo menos 10 anos de experiência em projetos de estradas.

No máximo 45 dias, após a aprovação da equipa projetista pelo Dono de Obra, deve ser
submetido para apreciação o Projeto de Execução.

Devem apresentar um compacto de apresentação geral do Projeto em formato A2.

Concluídos os trabalhos, o empreiteiro deverá entregar ao dono da obra uma coleção


atualizada de todas as peças escritas e desenhadas do projeto efetivamente implantado.

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ANEXO I

Mapa de Quantidades

Estrada Nacional ER-SA-06, Entroncamento ER-SA-03 - Figueiral

Designação Unida Quantid Preço Total


de ade unitário
01 TERRAPLENAGEM/MOVIMENTAÇÃO --- ---
DE TERRAS
Trabalhos a realizar de acordo com o Projecto e os requisitos do Caderno de
Encargos
01.02 Escavação na linha e colocação em aterro ou --- ---
vazadouro:
01.02.06 Escavação em terreno de qualquer natureza, m3 15853,0
incluindo carga, transporte, espalhamento em
vazadouro e eventual indemnização por depósito.
01.02.07 Regularização de taludes de escavação: ---
01.02.07.01 Em zonas onde a escavação foi feita em terreno m2 4582,0
brando.
01.02.07.02 Em zonas onde a escavação foi feita em terreno duro. m2 5864,0
01.02.08 Regularização de taludes de aterro. m2 6268,0
01.04 Leito do pavimento, incluindo tratamento ou ---
fornecimento, e colocação dos materiais:
(espessuras das camadas, após compactação):
01.04.01 Em aterros de solos: ---
01.04.01.03 Com solos selecionados de 0,30 m de espessura. m3 18764,0
01.05 Trabalhos em condições particulares: ---
01.05.04 Limpeza das linhas de água (ribeiras ou outras), m3 2250,0
incluindo carga, transporte e colocação em
vazadouro dos produtos sobrantes, e eventual
indemnização por depósito.
02 DRENAGEM --- ---
02.07 Execução ou reparação de orgãos de --- ---
drenagem longitudinal, incluindo todos os
trabalhos necessários, e ainda, para a sua
implantação, a escavação em terreno de
qualquer natureza, a remoção, reposição e
compactação, condução a vazadouro dos
produtos sobrantes, e eventuais indemnizações
por depósito:
02.07.01 Valetas e valas: --- ---
02.07.01.09 Valetas de plataforma (laterais), revestidas a pedra, de m 1500,0
secção triangular ou outra.
02.09.04 Demolição de elementos do sistema de drenagem --- ---
existente:

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02.11 Execução ou reparação de passagens hidráulicas de secção retangular ou outra, mista, todos
os trabalhos necessarios à sua implantação, nomeadamente a escavação em terrenos de
qualquer naturezaa, a remoção, reposição e compactação, condução a vazadouro dos
produtos sobrantes, e eventuais indemnizações por deposito:

02.11.01 Execução de muros, ou revestimentos de taludes e canais, incluindo cofragens/descofragens,


cavaletes, escoramentos necessarios a colocação dos dispositivos de drenagem no tardoz

02.11.01.01 Em enrocamento ou alvenaria de pedra m3 2213,0


argamassada.
02.11.02 Laje de Betão Armado, incluindo cofragens/descofragem, cavaletes e escoramentos
necessarios.
02.11.02.01 Em betão de cimento C30/37(B35). m3 65,3
02.11.03 Embasamento no leito da passagem hidráulica
02.11.03.01 Em betão ciclópico. m3 42,4
03 PAVIMENTAÇÃO --- ---
03.01 Camadas em materiais granulares: --- ---
03.01.02 Com características de base: --- ---
03.01.02.02 Em agregado britado de granulometria extensa, com m2 6000,0
0,20 m de espessura.
03.01.03 Com características de regularização: --- ---
03.01.03.04 Em areia para assentamento de blocos de pedra ou m2 6000,0
betão, com 0,10 m de espessura.
03.04 Camadas de desgaste em blocos de pedra: ---
03.04.02 Em calçada de paralelepípedos. m2 6000,0
03.08.06 Regularização e recompactação de fundo de m2 6000,0
caixa.
04 OBRAS ACESSÓRIAS
04.03 Obras de contenção (muros de suporte, espera --- ---
ou vedação, paredes, pregagens e ancoragens)
e de revestimento de taludes e canais,
incluindo fornecimento e colocação de todos os
materiais necessários:
04.03.01 Fundações: --- ---
04.03.01.01 Escavação, em terreno brando, para abertura de m3 3558,0
fundações de muros e paredes, incluindo entivação,
escoramento, bombagem e esgoto de eventuais águas
afluentes, carga, transporte e espalhamento em
vazadouro dos produtos sobrantes, aterro e eventual
indemnização por depósito.
04.03.01.02 Escavação, em terreno duro, para abertura de m3 2091,0
fundações de muros e paredes, incluindo entivação,
escoramento, bombagem e esgoto de eventuais águas
afluentes, carga, transporte e espalhamento em
vazadouro dos produtos sobrantes, aterro e eventual
indemnização por depósito.
04.03.01.03 Escavação, em terreno compacto (rocha), para m3 2258,0
abertura de fundações de muros e paredes, incluindo
entivação, escoramento, bombagem e esgoto de
eventuais águas afluentes, carga, transporte e
espalhamento em vazadouro dos produtos sobrantes,

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aterro e eventual indemnização por depósito.

04.03.02 Execução ou reparação de muros, ou --- ---


revestimento de taludes e canais, incluindo
cofragens, cavaletes, escoramentos necessários e
colocação dos dispositivos de drenagem no
tardoz:
04.03.02.02 Em enrocamento ou alvenaria de pedra argamassada:
04.03.02.02. Em elevação m3 7563,0
02
04.03.02.02. Em cortina m3 2550,0
03
04.03.02.03 Em betão ciclópico:
04.03.02.03. Em fundações m3 4985,0
01
04.04 Fornecimento e colocação de lancis em ---
passeios, ilhéus e separadores:
04.04.01 Lancil de passeio, incluindo fundação. m 1300,0
05 EQUIPAMENTOS DE SINALIZAÇÃO E --- ---
SEGURANÇA
05.01 Sinalização vertical: --- ---
05.01.01 Sinalização vertical de "código", incluindo --- ---
implantação, fornecimento, colocação, elementos
ou estruturas de suporte, peças de ligação e
maciços de fundação:
05.01.01.01 Sinais triangulares com L = 0,70 m. un 3,0
05.04 Equipamento de demarcação, incluindo --- ---
implantação, fornecimento e colocação:
05.04.02 Marcos quilométricos: --- ---
05.04.02.01 Para Estradas Nacionais. un 2
06 OBRAS DE ARTE ---
06.04 Betões, incluindo fornecimento e colocação: ---
06.04.01 Betão tipo C 12/15 na regularização de fundações m3 256,0
(B15).
08 DIVERSOS
08.01 Montagem e desmontagem do estaleiro, vg 1,0
incluindo o arranjo paisagístico da área
ocupada após desmontagem.
08.04 Execução do Projeto (PE) e de Telas Finais vg 1,0
dos trabalhos realizados.
08.05 Execução de desvios provisórios de tráfego, vg 1,0
incluindo sinalização adequada.
08.02 Montagem e desmontagem, no estaleiro, do vg 1,0
laboratório equipado com todo o material
necessário à execução dos ensaios previstos
para o controlo da qualidade, e com área igual
ou superior à definida.
08.10 Imprevistos, correspondete a uma % 0,1
percentagem do valor total dos trabalhos

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