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Segundo os autores Kotler e Keller “o marketing está por toda a parte. Formal ou
informalmente as pessoas e organizações envolvem-se num grande número de
atividades que poderiam ser chamadas de marketing”. Acrescentam que o bom
marketing tem de ser tornado um ingrediente para o sucesso dos negócios, que
ele afeta profundamente a vida quotidiana e está em tudo o que fazemos – “nas
roupas que vestimos, nos sites que clicamos, passando pelos anúncios que
vemos.”
O Natal já é uma festividade que por si só toca nas pessoas, porque comemora
uma data dotada de valor simbólico e espiritual; o que se pode tornar numa
vantagem para todos os objetos disponíveis e promovidos nesta quadra. Este
conceito está adequado às tendências dos consumidores, que procuram não só o
bom desempenho funcional e estético dos objetos como também o emocional e o
espiritual. Neste assunto, a palavra de ordem continua a ser só uma -
diferenciação. A diferenciação, utilizada enquanto estratégia de marketing ou
uma característica do design de um objeto, deve ser visto como algo tornado
único ou uma mais valia no seu género, numa determinada circunstância.
Mas afinal estará o Natal dotado desta “espiritualidade”? Será que pensamos nos
presentes que compramos para oferecer com este cariz ecológico, de ajuda aos
necessitados, de poupança de recursos? A necessidade do objecto adquirido será
realmente posta em causa? O valor emocional e simbólico dos objetos será
respeitado e enquadrado ao Natal?
Sob o meu ponto de vista o Natal será sempre uma festa de família, plena de
simbolismo pelo que representa – o aniversário do nascimento de Jesus Cristo. A
tradição da festa , figurada na família mais chegada, na lareira, nos pés descalços
e um sapato junto ao pinheiro, no presépio com luzes a piscar, na ceia do
bacalhau com couve portuguesa, batatas e vinho tinto, tem um significado muito
próprio.
Mas se me perguntarem qual é a minha melhor prenda? Ela seria mesmo uma
escapadinha em família para um destino mágico. O que entendo por destino
mágico? Um qualquer onde possa estar a viver esta tranquilidade em família, em
Peniche ou em Tóquio, tanto importa. Como alguém disse: “Natal é sempre que
um Homem quer”.
Fontes bibliográficas:
Erlnoff M. & Marshall T. (2008) Design Dictionary, Boston: Birkhauser, pp.154-5;
Kotler P. & Keller K. (2006), Administração de Marketing: A Bíblia do Marketing, 12º Edição,
São Paulo: Pearson, p. 2.
Kotler, P., Kartajaya H. & Setiawan I. (2010) Marketing 3.0: From Products to Customers to
Human Spirit, New Jersey: Wiley John & Sons, Inc., pp 4-6.
Papenek, V. (1995) Arquitectura e Design: Ecologia e Ética, Lisboa: Edições 70, pp 58 – 81.