Você está na página 1de 3

PRICIPAIS ZONAS DE CONFLITOS EM AFRICA

SUDAO
O Sudão do Sul é um dos países que enfrentam instabilidades políticas e guerras civis.*
O Sudão tem uma história marcada por muitos conflitos e guerras civis. É
um país abundante em petróleo e em recursos minerais, como o ouro. A
Primeira Guerra Civil Sudanesa ocorreu entre os anos de 1955 e 1972.
Esse conflito bélico, travado entre o governo do Sudão e rebeldes do sul,
tinha por objetivo a separação da região sul do Sudão. Essa guerra civil
dizimou cerca de meio milhão de pessoas. Cessou com o acordo
conhecido como Tratado de Adis Abeba, que afirmou a independência e
a autonomia da região sul do Sudão, criando, então, o Sudão do Sul.
Esse acordo, contudo, foi rompido no ano de 1983, e a guerra reiniciou-
se. Deu-se início, então, à Segunda Guerra Civil Sudanesa, conflito que
durou de 1983 a 2005. Essa guerra foi um embate entre a parte norte do
Sudão e a parte sul. A motivação desse conflito foi uma questão
religiosa: o governo da região norte que era muçulmano e tentou impor o
código de leis do islamismo em todo o país. Contudo, boa parte da
população da região sul do Sudão era cristã ou animista.
Esse conflito bélico perdurou cerca de 20 anos e dizimou
aproximadamente 2 milhões de pessoas. Em 2005, foi assinado um
acordo de paz e, a partir disso, surgiu a região autônoma do Sudão do
Sul. Essas guerras sudanesas tiveram como consequência um quadro de
miséria, fome, doenças e muitos refugiados.
Atualmente, o Sudão do Sul vive um quadro dramático de fome e tem
enfrentado problemas em relação ao número de refugiados que se
deslocaram para lá. O conflito mais atual no Sudão do Sul, de ordem
política, é travado entre os rivais Salva Kiir, presidente do país, e Riek
Machar, o maior líder rebelde sudanês. Essa guerra civil estende-se
desde o ano de 2013 e é motivada por esse conflito político e étnico, que
vitimou cerca de 10 mil pessoas e arruinou a economia do país. Segundo
O Globo, Kiir e Machar firmaram, em agosto de 2018, um acordo para
dividir o poder, dando início a um possível acordo de paz.

República Democrática do Congo


Os conflitos que pairam no Congo perpassam questões políticas,
econômicas, étnicas e culturais. A República Democrática do Congo
enfrentou inúmeros golpes de Estado e governos ditadores. A ONU já
estabeleceu, sem sucesso, três missões de paz nesse território. Os
atuais conflitos envolvem, principalmente, disputas de poder na política e
na economia. No país, há presença de diversos grupos armados, e
governos de países vizinhos acusam o governo congolês de apoiar
esses grupos rebeldes.
Os conflitos no Congo iniciaram-se em 1996 e são provenientes do
Genocídio em Ruanda, no qual hutus mataram cerca de 800 mil pessoas
e seguiram para a República Democrática do Congo. Os tutsis também
migraram para Ruanda com medo de uma nova ofensiva. Após o intenso
fluxo migratório, os tutsis, novamente, começaram a sofrer represálias
por parte dos congoleses e também dos hutus. Esse cenário deu origem
à Primeira Guerra do Congo, na qual os tutsis, que voltaram ao poder por
meio de Laurent Kabila, acreditavam que era necessário rebelarem-se
contra os hutus, envolvendo nessa represália todos os países
constituídos por essa etnia.
Kabila encontrou dificuldades para governar. Sem apoio político, passou
a enfrentar o descontentamento dos tutsis, que cobravam o cumprimento
das promessas feitas pelo então presidente do Congo. Para demonstrar
controle e proteger os tutsis, Kabila expulsou tropas de Ruanda e
Uganda, dando início à Segunda Guerra do Congo. O conflito só cessou
em 2002 com a intervenção das Nações Unidas.
MAROCOS
A Guerra Hispano-Marroquina, também conhecida como a Guerra Espanhola-
Marroquina, a Primeira Guerra Marroquina, a Guerra de Tetuão, ou, na Espanha, como
a Guerra de África, foi travada a partir da declaração de guerra
da Espanha a Marrocos em 22 de outubro de 1859 até ao Tratado de Wad-Ras em 26 de
abril de 1860. Começou com um conflito sobre as fronteiras da cidade espanhola
de Ceuta e foi travada no norte de Marrocos. Marrocos pediu a paz depois da vitória
espanhola na Batalha de Tetuão.
Ao longo do século XIX, Marrocos sofreu derrotas militares nas mãos dos Europeus,
nomeadamente na Guerra Franco-Marroquina de 1844. Em 1856, os Britânicos
conseguiram pressionar Marrocos a assinar os tratados Anglo-Marroquinos de amizade
que impunham limitações às obrigações das Alfândegas Marroquinas e pôs fim aos
monopólios Reais.

A Conferencia de Coordenação do Desenvolvimento da África Austral

A Conferencia de Coordenação do Desenvolvimento da África Austral - SADCC, foi uma etapa


na luta dos países da África Austral contra o regime segregacionista da áfrica do sul. Seu
objetivo precípuo foi o de reduz ir as dependências históricas (mormente coloniais) de seus
membros daquele pais. Por isso mesmo sua constituição incorporou formas extremamente
flexíveis de associação para poder comportar países de origens e línguas diferentes, de
filosofias políticas antagônicas e de posicionamento relativamente a África do Sul que abrange
o de quase aliado ate o de adversário. Este trabalho procura examinar os êxitos e os fracassos
tituir a base para um repensar da organização para enfrentar os desafios da década de 90.
com o objectivo principal de coordenação de projectos de desenvolvimento como forma de
reduzir a dependência económica em relação à então África do Sul do apartheid.
Da SADCC A SADC

Transformação da SADCC em SADC: para promover maior cooperação e integração


económica, uma necessidade premente para os governos dos Estados Membros da SADC de
transformar e reestruturar as suas economias. A independência da Namíbia em 1990 e o fim do
apartheid na África do Sul levaram a redefinir a base de cooperação entre os Estados
Membros, de uma associação voluntária, para uma instituição juridicamente vinculativa. Assim,
na sua reunião Cimeira, em Windhoek, a 17 de Agosto de 1992, os Chefes de Estado e
Governo assinaram um Tratado que transformava a “SADCC”, de Conferência de
Coordenação, em SADC.

OBJECTIVOS DA SADC

 Desenvolver valores políticos comuns, sistemas e instituições;


 Promover e defender a paz e segurança;
 Promover o desenvolvimento auto-sustentado na base da auto-suficiência colectiva, e
da interdependência entre os Estados Membros;
 Conseguir a complementaridade entre as estratégias e os programas nacionais e
regionais;
 Promover e optimizar o emprego produtivo e a utilização dos recursos da Região.
 Conseguir a utilização sustentável dos recursos naturais e a protecção efectiva do meio
ambiente;
 Reforçar e consolidar as afinidades e laços históricos, sociais e culturais desde há
muito existentes entre os povos da Região;
 Promover o crescimento económico e o desenvolvimento socioeconómico sustentáveis
e equitativos que garantam o alívio da pobreza com o objectivo final da sua erradicação,
melhorar o padrão e a qualidade de vida dos povos da África Austral e apoiar os socialmente
desfavorecidos, através da integração regional;
 Desenvolver valores, sistemas políticos e instituições comuns

Você também pode gostar