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Propriedades Mecânicas e Microestruturais de Juntas Soldadas do Aço HY-80 pelos Processos Eletrodo

Revestido e GMAW
(Mechanical and microstructural properties of SMAW and GMAW welded joints of HY-80 steel)

Amilton Sousa Lins Junior1, Hector Reynaldo Meneses Costa2, Luís Felipe Guimarães de Souza3, Jorge Carlos Ferreira Jorge4
CEFET/RJ, DIPPG, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, Amilton_lins@yahoo.com.br1, hectorey@gmail.com2, lfgs59@gmail.com3,
jorgecfjorge@gmail.com4

Resumo

A soldagem de aços de alta resistência representa um desafio constante devido a grande variedade de ligas disponíveis, que necessitam
associar requisitos rigorosos de elevada resistência mecânica e tenacidade simultaneamente. Neste contexto, os aços da classe HY-
80 amplamente utilizados na Marinha Brasileira, são ainda preferencialmente soldados pelo processo eletrodo revestido apesar
das limitações deste processo em comparação com outros processos de soldagem. Com o objetivo de avaliar a possibilidade de
uma melhoria de produtividade na soldagem manual deste aço, o presente trabalho apresenta uma análise comparativa entre as
propriedades mecânicas de juntas soldadas do aço HY-80 realizadas pelos processos eletrodo revestido e GMAW. Foram realizadas
soldagem multipasses pelos processos eletrodo revestido e GMAW com preaquecimento de 90°C e temperatura interpasses máxima de
150°C em chapas de dimensões 850X150X30mm em aço HY-80, na posição plana e energia de soldagem média de 1,29 e 1,36 kJ/mm,
respectivamente. Posteriormente, realizou-se tratamento térmico pós-soldagem a 600°C por 1 hora, sendo esta condição comparada
com a condição de como soldada. Foram realizados ensaios de tração, impacto Charpy-V, dureza e metalográficos para caracterização
microestrutural por microscopia eletrônica de varredura. Adicionalmente, foi realizada uma análise comparativa de produtividade
entre os processos. Os resultados mostraram ser possível obter propriedades mecânicas adequadas para todas as condições de análise.
Além disso, verificou-se que a produtividade propiciada pelo processo GMAW foi muito superior à do processo eletrodo revestido.

Palavras-Chave: Aço HY-80, propriedades mecânicas, tratamento térmico pós-soldagem

Abstract: The welding of high strength steels represents a continuous challenge taking into account the great variety of alloys systems,
which present stringent requirements of high strength and toughness. Into this context the HY-80 steels largely employed in the Naval
Industry are still welded preferentially by the SMAW process, despite its limitations when compared with other welding processes. In
order to promote an improvement on productivity, the present work presents a comparative analysis between the mechanical properties
of the HY-80 welded joints performed by the GMAW and SMAW processes. Multipass welding by shielded metal(SMAW) arc and gas
metal arc welding (GMAW) processes were performed with preheating and inter-pass temperatures of 90°C and 150°C respectively in
plates of dimensions 850X150X30 mm in HY-80 steel, in the flat position and average energy welding of 1.29 for SMAW and 1.36kJ/mm
for GMAW process. After welding a post weld heat treatment at 600°C for 1 hour was performed, this condition being compared with
the as welded condition. Tensile, Charpy-V notch and hardness tests and metallographic examination by scanning electron microscopy
were performed for mechanical and microstructural characterization. Additionally, it was carried out a comparative analysis between
processes. The results show that it is possible to achieve adequate mechanical properties for all analyzed conditions. Furthermore, it
was observed that the productivity provided by the gas metal arc welding process was greater than shield metal arc welding.

Key-words: HY-80 steel, mechanical properties, post weld heat treatment.

1. Introdução Americana. De forma a possibilitar o atendimento dos requisitos


de alta resistência e boa tenacidade a baixa temperatura, são uti-
As estruturas de navios e submersíveis são submetidas à lizados os aços das famílias “High Yield Strength Steels” (HY)
carregamentos dinâmicos complexos durante o serviço os quais e alta resistência e baixa liga (ARBL) desenvolvidos nos últimos
são agravados pelas tensões residuais presentes resultantes dos 50 anos pela Marinha Americana [1].
processos de fabricação. Desta forma, aços de alta performance Os aços da família HY são aços baixa liga do tipo temperado
para estas estruturas tem sido uma busca constante pela Marinha e revenido, contendo teor de carbono entre 0,12 e 0,20% e um
teor total de elementos de liga de aproximadamente 8%. Des-
ta forma, eles propiciam boa temperabilidade para formação de
martensita de alta resistência, mesmo em grandes espessuras e
Recebido em 16/07/2014, texto final em 25/08/2014. boa tenacidade após o revenimento. Para melhoria da tenacidade
DOI: http://dx.doi.org/10.1590/0104-9224/SI1903.02 dos aços HY, o elemento níquel é adicionado como o principal

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elemento de liga. Basicamente, existem três graus de aços HY Previamente a soldagem os eletrodos revestidos foram
com limites de escoamento de 80, 100 e 130 ksi (550, 690 e ressecados a 350oC por 1 hora após a abertura da embalagem e
900 MPa). O principal componente desta família é o aço HY-80, mantidos em estufa a temperatura de 150oC. Durante a operação
que tem sido utilizado desde 1960 para estruturas marítimas na de soldagem, foram utilizadas estufas móveis (cochichos) que
Marinha Brasileira [2]. Para este aço, a condição de tratamento mantiveram os eletrodos livres de umidade durante toda a
que resulta na melhor relação resistência X tenacidade, consiste operação.
na austenitização a 900°C seguida por têmpera em água e reve-
nimento a 650°C, resultando em uma microestrutura final com- 2.2. Soldagem das Juntas
posta de martensita e bainita revenidas [3,4].
Segundo Roepke et al. [3], devido a alta temperabilidade do As juntas foram preparadas a partir de chapas com 30 mm
aço HY-80, a ação do ciclo térmico imposto pela soldagem fa- de espessura e 850 mm de comprimento. A preparação para
vorece a formação de microestruturas frágeis na zona termica- soldagem consistiu de corte por serra mecânica e realização do
mente afetada (ZTA) e, consequentemente, o deixa susceptível chanfro por usinagem.
à ocorrência de trincas por hidrogênio. O preaquecimento é a As juntas foram preparadas com chanfro em meio V-45° e
ferramenta de controle usual para prevenir esta ocorrência de com abertura na raiz de 4,0 mm, conforme mostrado na Figura 1.
trincas a frio. No entanto, a aplicação de uma temperatura de As juntas foram preaquecidas à temperatura de 90°C,
preaquecimento muito elevada ou uma combinação de elevado através de chama oxiacetilênica, e posteriormente foi realizada
preaquecimento e energia de soldagem, pode conduzir a uma a soldagem multipasse, na posição plana, com uma temperatura
taxa de resfriamento muito baixa e promover uma microestru- máxima entre passes de 150°C, utilizando os processos ER
tura com propriedades que não são adequadas na ZTA. Neste e GMAW. O controle do preaquecimento e da temperatura
aspecto, com o objetivo de garantir a obtenção de juntas solda- entre passes foi realizado através de pirômetro de contato,
das de boa qualidade, a norma MIL [5] que regula a fabricação, devidamente calibrado.
soldagem e inspeção do HY-80 para estruturas navais, apresenta
requisitos severos em relação a estes parâmetros, estabelecendo
os limites mostrados na Tabela 1.
Na Marinha Brasileira, a prática recomendada é a realização
da soldagem de estruturas pelo processo eletrodo revestido (ER)
desde a década de 1960 [2]. Contudo, como é de conhecimen-
to geral, a produtividade pode ser aumentada pela utilização de
outros processos, tais como o processo GMAW (Gas Metal Arc
Welding).
Baseado nesta consideração, este trabalho apresenta um es-
tudo das propriedades mecânicas e microestruturais de juntas
soldadas pelo processo GMAW de forma a gerar evidências ex-
perimentais que mostrem que este processo também pode propi- Figura 1. Detalhes da geometria da junta utilizada. Cotas em
ciar propriedades satisfatórias e assim se tornar uma alternativa mm.
interessante para a soldagem do aço HY-80 em estruturas navais.
As Tabelas 2 e 3 apresentam os parâmetros de soldagem
2. MATERIAIS E MÉTODOS utilizados.
Para a soldagem pelo processo GMAW, utilizou-se como gás
2.1. Materiais de proteção, uma mistura do tipo 25% de CO2 e 75% de Ar e
com vazão de 18 l/min. A distância bico de contato até a peça
Como material base, utilizou-se uma chapa de aço da classe foi de 20 mm.
HY-80 com 30,0 mm de espessura. O aporte térmico, preaquecimento e interpasses foram
Como consumíveis de soldagem, foram utilizados eletrodos estabelecidos segundo norma de fabricação, soldagem e
revestidos da classe AWS E-10018M de 3,25 e 4,00 mm de inspeção do HY-80 [5].
diâmetro para a soldagem pelo processo eletrodo revestido (ER) Após a soldagem, foram realizadas inspeções não destrutivas
e o arame da classe AWS ER 120S-G de 1,2 mm de diâmetro por partículas magnéticas e ultrassom, de acordo com as
para soldagem pelo processo GMAW. especificações da norma MIL-STD-1688 [5].
Tabela 1. Limites permitidos para preaquecimento e aporte térmico segundo a norma MIL 1688 [5].
Temperaturas de preaquecimento e Temperaturas de preaquecimento e Aporte Térmico máximo
Espessura (mm)
interpasses mínima (0C) interpasses máxima (0C) (kJ/mm)
Acima de 28,5 90 150 2,17
12,7 até 28,5 50 150 2,17
Abaixo de 12,7 15 150 1,77

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Tabela 2. Parâmetros de soldagem da junta realizada com o processo eletrodo revestido.


Passe Posição Φ (mm) Corrente (A) Tensão (V) Tempo(s) Vs(mm/s) ES (kJ/mm)
1~6 Raíz 3,25 135-140 26-28 1652 3,09 1,2
7~30 Enchimento. 4,00 160-165 28-30 6848 2,98 1,6
31-45 Acabamento. 3,25 135-140 26-28 3057 4,17 0,9
FINAL 11557 3,39 1,29
Nota: Ф - diâmetro do eletrodo; ES – Energia de soldagem; AT – aporte térmico.

Tabela 3. Parâmetros de soldagem da junta realizada com o processo GMAW.


Passe Posição Φ (mm) Corrente (A) Tensão (V) Tempo(s) Vs(mm/s) ES (kJ/mm)
1~2 Raíz 1,2 212-232 29-31 629 2,7 2,46
3~19 Enchimento. 1,2 212-232 29-31 3027 4,8 1,39
20~26 Acabamento. 1,2 212-232 29-31 1045 5,7 1,17
FINAL 4701 4,9 1,36

Nota: Ф - diâmetro do eletrodo; ES – Energia de soldagem; AT – aporte térmico.

2.3. Tratamentos Térmicos de Alívio de Tensões (TTAT) O entalhe foi posicionado no plano da espessura nas posições
relativas ao centro do cordão de solda, zona termicamente
Após a soldagem, foram realizados tratamentos térmicos afetada (ZTA) e metal base. A Figura 2 mostra a posição do
consistindo de aquecimento à temperatura de 600°C por 1 hora entalhe Charpy-V para o metal de solda e a ZTA.
nas juntas soldadas, sendo esta condição comparada à condição Foram realizados ensaios de dureza Vickers de acordo com
das juntas como soldadas, uma vez que a temperatura de 600°C a norma ASTM A 370 [7], com aplicação de carga de 1 kgf
é indicada para o alívio de tensões, segundo a norma MIL-S- em corpos-de-prova transversais ao cordão de solda, sendo
16216K [6]. realizada uma varredura de dureza à 3,0 mm da superfície da
Os tratamentos térmicos foram realizados em forno, com junta soldada, abrangendo o metal de solda, ZTA e metal base.
aquecimento por resistência elétrica, isolamento com manta Foram ainda realizados estes mesmos ensaios na ZTA, sendo
térmica e controle de temperatura através de termopares, realizada uma varredura de dureza ao longo da espessura,
devidamente calibrados. Utilizaram-se taxas de aquecimento e na região correspondente ao entalhe do corpo-de-prova de
resfriamento controladas de 200°C por hora. impacto Charpy-V, para avaliar a variação de dureza ao longo
da espessura nesta região da junta soldada. A Figura 3 ilustra o
2.4. Análise Química posicionamento dos ensaios de dureza.
Todos os ensaios mecânicos foram realizados nas condições
Foram realizadas análises químicas por espectrometria de de como soldado e após tratamento térmico.
emissão ótica dos materiais em estudo, tanto do metal de base
quanto dos metais depositados. 2.6. Ensaios Metalográficos

2.5. Ensaios Mecânicos Foram realizados ensaios macro e micrográficos por micros-
copia eletrônica de varredura (MEV) para avaliação das micro-
Foram removidos corpos-de-prova transversais ao cordão de estruturas das diversas regiões das juntas soldadas, tanto na con-
solda para ensaios de tração, impacto Charpy-V e dureza. dição de como soldado quanto após tratamento térmico.
Foram realizados ensaios de tração à temperatura ambiente. O preparo das amostras para análise consistiu do procedi-
Os ensaios foram realizados em corpos-de-prova com diâmetro mento convencional de lixamento e polimento com pasta de dia-
8,75 mm, normalizados conforme a norma ASTM A-370 [7] e mante com granulometrias 6, 3, 1 e 1/4 µm, seguido de ataque
retirados transversalmente ao cordão de solda, para avaliação químico com o reagente nital 10% para macrografia e 2% para
da resistência mecânica da junta soldada, sendo realizados dois micrografia.
ensaios para cada condição analisada.
Foram realizados ensaios de impacto Charpy-V às 3. RESULTADOS
temperaturas de -40, -20 e 0°C. Os ensaios foram realizados em
corpos-de-prova normalizados conforme a norma ASTM A-370 3.1. Análise Química
[7] nas dimensões de 10 mm X 10 mm X 55 mm, retirados
transversalmente ao cordão de solda e a 3 mm da superfície da As Tabelas 4 e 5 mostram os resultados da análise química
junta, sendo realizados três ensaios para cada condição analisada. realizada, tanto no metal base quanto nos metais depositados,

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Metal de solda ZTA


Figura 2. Posicionamento dos corpos-de-prova para ensaios de impacto Charpy-V.

Medidas transversais nas diversas regiões das juntas Medidas na ZTA na região do entalhe Charpy-V

Figura 3. Posicionamento dos ensaios de dureza Vickers.

Tabela 4. Composição química do material base (% em peso).

Material C Si P S Mn Mo Ni Cu Cr Ti V Ceq(*)
Aço utilizado 0,149 0,215 0,062 <0,005 0,216 0,369 2,845 0,121 1,456 0,007 0,015 0,751
Especificação 0,12- 0,15- 0,10- 0,20- 2,00- 1,00-
0,015 0,008 0,25 0,02 0,03 ------
HY-80 [7] 0,18 0,38 0,40 0,60 3,25 1,80
(*) Ceq = C + Mn/6 + ( Cr + Mo + V )/5 + ( Cu + Ni )/ 15 [8]

Tabela 5. Composição química dos metais depositados (% em peso).


Processo C Si P S Mn Mo Ni Cu Cr Ti V Ceq(*)
ER 0,068 0,258 0,026 0,006 1,351 0,454 1,924 0,024 0,213 0,008 0,012 0,559
GMAW 0,101 0,477 0,024 0,006 1,276 0,458 1,932 0,034 0,353 0,007 0,011 0,609
(*) Ceq = C + Mn/6 + ( Cr + Mo + V )/5 + ( Cu + Ni )/ 15 [8]

Tabela 6. Resultados dos ensaios de tração.

Processo Condição LE(MPa) LR(MPa) Al(%) RA(%)


Como soldado 599 755 11,4 71,4
GMAW
TTAT 637 770 13,3 75,4
Como soldado 624 775 16,1 75,5
ER
TTAT 663 736 18,0 77,3
Metal base Como recebido 586 703 21,8 79,1
Requisito HY-80 [7] 552-668 Ne 20,0 50,0

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onde se notam as seguintes características principais:


a) A análise do metal base permitiu o seu enquadramento na e) Mesmo apresentando os menores valores de energia
norma HY-80 [6]; absorvida, os resultados do metal de solda obtidos pelo
b) O metal de solda da junta realizada pelo processo eletrodo processo GMAW permitiram atingir os requisitos mínimos
revestido propiciou um carbono equivalente menor que o da para o aço HY-80, mesmo para temperaturas inferiores à
junta GMAW e; -40°C (Fig. 6) e;
c) O teor de carbono do metal de solda GMAW foi superior ao
do metal de solda de eletrodo revestido.

3.2. Ensaios de Tração

A Tabela 6 e a Figura 4 mostram os resultados dos ensaios


de tração realizados nas diversas condições de análise, onde se
verificam as seguintes características:
a) Todos os resultados obtidos de limite de escoamento e
redução de área encontram-se superiores aos mínimos
exigidos para o aço HY-80 [6];
b) Somente os valores de alongamento foram inferiores aos
mínimos exigidos, devendo-se destacar que se trata de
valores obtidos de corpos-de-prova transversais;
c) Todos os corpos-de-prova romperam no metal base e;
d) O TTAT não propiciou mudanças significativas nos valores
do limite de escoamento e resistência mecânica para ambas
as juntas soldadas. Figura 5. Resultados dos ensaios de impacto Charpy-V
realizados à -200C, em joules.

Figura 4. Resultados dos ensaios de tração transversais.

3.3. Ensaios de Impacto da Junta Soldada


Figura 6. Variação da energia absorvida no metal de solda da
As Figuras 5 e 6 mostram os resultados dos ensaios de junta GMAW com a temperatura.
impacto realizados nas diversas condições de análise, onde se
verificam as seguintes características: A Figura 7 mostra o aspecto dos corpos-de-prova de impacto
a) Todos os resultados obtidos encontram-se superiores aos Charpy-V com entalhe na ZTA na condição de como soldado
mínimos exigidos para o aço HY-80 [6]; após o ensaio, evidenciando o caminho percorrido pela fratura.
b) Os melhores valores de energia absorvida foram obtidos para Nota-se que no caso da junta GMAW, a fratura se situou
o metal base, enquanto os menores valores foram propiciados integralmente na ZTA, enquanto no caso da junta ER, ocorreu
pelo metal de solda; um pequeno desvio para o metal base no final da propagação.
c) O TTAT promoveu uma melhoria da tenacidade ao impacto
para o metal de solda e para a ZTA para ambos os processos 3.4. Ensaios de Dureza da Junta Soldada
de soldagem;
d) Os valores de energia absorvida do metal de solda obtidos As Figuras 8 a 11 mostram os perfis de dureza das juntas
pelo processo eletrodo revestido foram superiores aos do soldadas por eletrodo revestido e GMAW, respectivamente,
processo GMAW, somente para o estado como soldado; onde se notam as seguintes características:

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GMAW ER

GMAW ER

GMAW ER
Figura 7. Aspecto dos corpos-de-prova de impacto Charpy-V com o entalhe na ZTA após o ensaio.

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a) Em ambos os casos, se verificou um aumento substancial de


dureza na ZTA, em um ponto aproximadamente a 1,0mm da
linha de fusão, sendo 426HV para a junta GMAW e 422HV
para a junta ER;
b) As durezas das condições do estado de como soldado
apresentaram valores superiores em ambos os casos, exceto
para o metal base, onde se verificou valores uniformes em
todas as situações;
c) O metal de solda apresentou valores de dureza intermediários,
sendo que os da junta GMAW-CS foram superiores aos da
junta ER-CS, para todas as condições de análise
d) Os valores de dureza apresentam uma redução ao longo da
espessura para ambas as juntas soldadas;
e) As durezas experimentam uma redução ao longo da espessura
a partir superfície dos metais de solda, notadamente no
estado como soldado e;
f) O TTAT promoveu uma redução na dureza da ZTA em
ambos os casos. Figura 10. Perfil de dureza Vickers ao longo da ZTA na junta
soldada pelo processo ER realizada na região do entalhe do
corpo-de-prova Charpy-V.

Figura 8. Perfil de dureza Vickers da junta soldada por eletrodo


revestido realizado a 3 mm da superfície da junta.
Figura 11. Perfil de dureza Vickers ao longo da ZTA na junta
soldada pelo processo GMAW realizada na região do entalhe
do corpo-de-prova Charpy-V.

3.5. Ensaios Metalográficos

A Figura 12 mostra a macrografia das juntas soldadas, onde


se nota o aspecto da soldagem multipasse. A inspeção visual da
seção macrográfica não revela a presença de descontinuidades.
As Figuras 13 e 14 apresentam as microestruturas das juntas
soldadas observadas por microscopia eletrônica de varredura
(MEV), onde se percebem as seguintes características principais:
a) Em ambos os casos, observou-se a ocorrência de martensita
revenida na ZTA, tanto na região de grãos grosseiros
(RGGZTA) quanto na região de grãos finos (RGFZTA);
b) A microestrutura do metal base é constituída de martensita
revenida;
c) Em ambos os casos, a microestrutura do metal de solda é
Figura 9. Perfil de dureza Vickers da junta soldada pelo constituída de martensita (M) e bainita (B) revenida e;
processo GMAW realizado a 3 mm da superfície da junta. d) O TTAT promoveu um revenimento adicional nas

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ER GMAW
Figura 12. Macrografias das juntas soldadas. Ataque: Nital 10%.

microestruturas, evidenciado por uma mudança na morfologia permitiu a obtenção de juntas soldadas com isenção de defeitos
da martensita revenida na RGG e intensa precipitação de (Fig. 12) e com propriedades mecânicas satisfatórias para ambos
carbetos na RGF da ZTA em ambas as juntas. O efeito da os processos (Figs. 4 e 5).
mudança morfológica da RGG é mais intensa na junta soldada A avaliação dos resultados das propriedades mecânicas
pelo processo GMAW. permite verificar que os valores obtidos pela junta soldada pelo
Adicionalmente foi realizado o levantamento do percentual processo GMAW são superiores (Figs. 4 e 5) aos requisitos do
de regiões colunares e reaquecidas na região onde foi posicionado aço HY-80 [6] e que o TTAT promoveu uma melhoria nestas
o entalhe para o ensaio Charpy-V no metal de solda e estes são propriedades, com destaque para o aumento da energia absorvida
apresentados na Tabela 7. no ensaio de impacto (Fig.5) e redução dos valores de dureza
da ZTA (Figs.9 e 11), resultados estes que estão concordantes
Tabela 7. Percentual de região colunar e reaquecida. com os de outros autores [4,10,11]. Particularmente, deve ser
enfatizada a questão dos resultados de dureza na ZTA, já que
Processo Região Colunar (%) Região Reaquecida (%) embora os valores de dureza próximos da superfície da junta
ER 43 57 atinjam valores elevados para ambos.
MIG 54 46 Para as juntas na condição de como soldada (Figs. 8 e 9),
observa-se uma redução significativa destes valores ao longo
da espessura (Figs. 10 e 11), notadamente, na região onde foi
4. DISCUSSÃO
retirado o corpo-de-prova de impacto Charpy-V, trazendo
como consequência resultados elevados de energia absorvida
O controle das condições de soldagem é um item de
para esta região da junta soldada (Fig.5). Adicionalmente, não
fundamental importância para a garantia da qualidade das juntas
se pode deixar de mencionar que, para esta aplicação, se faz
soldadas de aços de alta resistência, não somente em termos de
necessária a realização do TTAT, o que provoca uma redução
ocorrência de trincas por hidrogênio, quanto também em relação
adicional dos valores de dureza, com estabilização ao longo
à obtenção de microestruturas adequadas para as propriedades
de toda a espessura em valores inferiores a 300HV, com um
mecânicas satisfatórias. Marques et al. [9] comentam que para
aumento adicional de energia absorvida.
estimativa da dureza da ZTA, da sensibilidade à fissuração pelo
Na análise comparativa, pode ser verificado que os valores
hidrogênio e das temperaturas de preaquecimento na soldagem
obtidos para as propriedades mecânicas em ambos os casos
de aços estruturais, utilizam-se as equações de carbono
foram bem próximos. Os valores de limite de escoamento (Fig.4)
equivalente e de Pcm para os aços estruturais mais modernos,
e dureza (Figs. 8 a 11) não sofreram variações significativas
com baixos teores de carbono (<0,16%) e microligados,
entre os processos e a tenacidade apresentou valores bem acima
visto que a equação do CEIIW parece tender a superestimar a
dos limites mínimos exigidos para o metal base e para a ZTA
necessidade de preaquecimento para esses aços. No entanto,
(Fig. 5). Vale salientar ainda que os corpos-de-prova utilizados
no caso do aço HY-80, considerando que o aço a ser estudado
no ensaio de tração romperam no metal de base.
apresenta composição química dentro dos limites estabelecidos
A análise deste conjunto de resultados permite inferir que
[6], a soldagem do mesmo com a aplicação das limitações da
a soldagem pelo processo GMAW não provoca efeitos nocivos
norma MIL 1688 [5], em termos de seleção das temperaturas
para o aço HY-80, podendo se tornar uma alternativa interessante
de preaquecimento e interpasses e do aporte térmico, tem se
para a soldagem de estruturas navais, por aliar propriedades
mostrado eficaz no controle destas questões, não se fazendo
mecânicas satisfatórias com melhor produtividade, como já
necessária uma discussão adicional sobre a soldabilidade e
discutido em trabalho anterior [10]. De fato, a observação dos
os riscos de trincamento a frio na ZTA. De fato, a observação
parâmetros mostrados nas Tabelas 2 e 3, evidencia possibilidade
destas limitações contidas na metodologia do presente trabalho,
de um ganho de produtividade da ordem de 2,5X do processo

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Condição Região Como soldado TTAT

Metal de Solda

RGGZTA

RGFZTA

MB

Figura 13. Microestruturas das regiões da junta soldada pelo processo eletrodo revestido (MEV).
Aumento: 3.000X. Ataque: nital 2%.

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Propriedades Mecânicas e Microestruturais de Juntas Soldadas do Aço HY-80 pelos Processos Eletrodo Revestido e GMAW

Condição Região Como soldado TTAT

Metal de Solda

RGGZTA

RGFZTA

MB

Figura 14. Microestruturas das regiões da junta soldada pelo processo GMAW (MEV).
Aumento: 3.000X. Ataque: nital 2%.
GMAW em relação ao processo ER, mesmo considerando somente o tempo de arco aberto, sem considerar questões alternativas como

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Amilton Sousa Lins Junior1, Hector Reynaldo Meneses Costa, Luís Felipe Guimarães de Souza, Jorge Carlos Ferreira Jorge

limpeza de escória, troca de eletrodo, etc. na seleção do consumível para a soldagem pelo processo
Em relação à comparação das diversas regiões das juntas GMAW no presente trabalho, o que permitiu a obtenção de
soldadas, verifica-se que o metal de solda foi a região que valores de tenacidade satisfatórios, experimentando inclusive,
apresentou resultados inferiores de propriedades mecânicas, um aumento significativo após a execução do TTAT (Fig.5). Isto
para ambos os processos. De acordo com Cavalcanti et al. [2], foi consequência do revenimento da microestrutura presente
em juntas soldadas de aço HY-80, o metal de solda é a região (Fig.14), estando de acordo com as afirmações de Keehan et al.
que apresenta a menor tenacidade. Em consequência, a seleção [18] de que a melhor microestrutura do metal depositado é uma
de consumíveis e das técnicas de soldagem empregadas na mistura de bainita e martensita, porque esta permanecerá fina
construção de estruturas são etapas de grande importância. após o revenido. De maior importância no escopo do presente
Segundo Ramirez [12], o aumento do carbono equivalente trabalho, foi notar que elevados valores de energia absorvida
(Ceq) provoca alterações microestruturais que são responsáveis foram mantidos mesmo para temperaturas da ordem de -40°C e
pelas propriedades mecânicas dos metais de solda. Para este que estes resultados foram similares aos obtidos com o processo
autor, embora as equações de Ceq tenham sido desenvolvidas eletrodo revestido, assim ratificando as afirmações anteriores da
para avaliação da susceptibilidade de metais base a trincas a possibilidade de utilização do processo GMAW em substituição
frio, estas podem ser úteis na compreensão da relação complexa a este último, também em relação às propriedades do metal de
entre temperabilidade, microestrutura e propriedades mecânicas solda, mesmo considerando o menor número de passes (Tab.1).
de metais de solda de alta resistência. Em seus estudos, Ramirez
[12] encontrou uma boa correlação entre o carbono equivalente 5. Conclusões
e a resistência de metais de solda que apresentavam limites de
escoamento entre 450 e 1030 MPa. Ainda segundo este autor Do exposto no transcurso do presente trabalho, pode-se
[12,13], para valores de carbono equivalente superiores a 0,47, concluir que:
observa-se a formação de constituintes de baixa temperatura a) A soldagem de juntas de aço HY-80 pelo processo de
de transformação, incluindo a martensita. Concordante com soldagem GMAW propicia propriedades mecânicas
estas afirmações, Talas [14] também conclui que as equações satisfatórias e similares às obtidas com o processo eletrodo
envolvendo o Ceq são adequadas para predição das propriedades revestido;
de tração de metais de solda. No entanto, não fornecem boas b) O metal de solda é região crítica da junta soldada de aço
estimativas para propriedades de impacto e microestruturais. HY-80, mas permite a obtenção de elevados valores de
A literatura envolvendo metais de solda de alta resistência tenacidade ao impacto mesmo para temperaturas da ordem
aborda esta questão com ênfase na importância da velocidade de de -40°C para a soldagem pelo processo GMAW;
resfriamento para a formação de uma microestrutura adequada. c) O TTAT promoveu uma melhoria na tenacidade ao impacto,
De fato, vários autores [13, 15-18] comentam que nesta faixa tanto do metal de solda quanto da ZTA;
de resistência, a microestrutura é constituída de uma mistura de d) O processo GMAW pode ser uma alternativa interessante
ferrita acicular, martensita e bainita, podendo ocorrer grandes para a soldagem de estruturas navais em substituição ao
variações na proporção de cada constituinte em função da processo eletrodo revestido, visto propiciar propriedades
velocidade de resfriamento. Logo, para estes metais de solda, mecânicas equivalentes com uma produtividade superior.
não é surpreendente que a velocidade de resfriamento tenha uma
forte influência nas propriedades mecânicas. Adicionalmente, 6. Agradecimentos
não se pode deixar de considerar o fato que os corpos-de-
prova para os ensaios de impacto que apresentam 10 mm de Os autores agradecem às Instituições pelo apoio prestado
espessura são constituídos de diversas regiões submetidas a na execução do presente trabalho: CEFET/RJ, ESAB, CNPq e
múltiplos, complexos e variados ciclos térmicos, que podem FINEP.
gerar microestruturas diferentes nestas diferentes regiões, razão
pela qual também se comtempla o percentual de reaquecimento 7. Referências
na ponta do entalhe, quando da análise da relação tenacidade-
microestrutura. [1] YUE, X.; LIPPOLD, J.C. Evaluation of Heat-Affected Zone
Uma última questão de importância envolve a obrigatoriedade Hydrogen-Induced Cracking in Navy Steels, Welding Journal,
de realização do TTAT para a soldagem das estruturas navais USA, v.92, n.1, p.20s-28s, Jan., 2013.
como as estudadas no presente trabalho, sendo que alguns [2] CAVALCANTI, J.R.S.; MORAES, M.M. Soldagem do aço
trabalhos prévios mostraram uma queda da tenacidade com o HY-80 para a construção de submersíveis, IN: CONGRESSO
TTAT em função de precipitação de carbetos nos contornos de NACIONAL DE SOLDAGEM, 130, 1987, São Paulo, Anais...,
grão [19-24]. No entanto, estudo recente que utilizou o mesmo São Paulo:Brasil, 1987, p.17-32.
consumível para a soldagem GMAW [25], também obteve [3] ROEPKE,C.; LIU,S. Hybrid Laser Arc Welding of HY-80
uma melhoria da tenacidade ao impacto do metal de solda Steel, Welding Journal, USA, v. 88, n.8, p.159s-167s, Aug.,
após a realização do TTAT, caracterizando que este tratamento 2009.
não tende a gerar efeitos nocivos para o metal de solda com a [4]YAYLA, P.; KALUC, E.; URAL, K.. Effects of welding
composição utilizada. processes on the mechanical properties of HY 80 steel
Todas estas questões acima elucidadas foram consideradas weldments, Materials and Design, v.28, p.1898 – 1906, 2007.

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