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As 120 grandes obras da Literatura Brasileira,

segundo o professor Alfredo Bosi


Para você usufruir e construir sua cultura literária

OU: não morra antes de ler estes livros!

Que tal uma lista com as 120 grandes obras da Literatura Brasileira? O professor e
acadêmico Alfredo Bosi listou os livros obrigatórios para qualquer um interessado em
se aprofundar em nossa língua e cultura.

Índice

1. As 120 grandes obras da Literatura Brasileira


1.1 - Colônia – séculos 16, 17 e 18
1.2 - Século 19 – Romantismo, Realismo, Parnasianismo e Simbolismo
1.3 - Século 20
1.4 - (Modernismo)
1.5 - (Depois do modernismo)

1. As 120 grandes obras da Literatura Brasileira

O Museu da Língua Portuguesa pediu ao professor e acadêmico Alfredo Bosi


uma lista de 120 grandes obras da Literatura Brasileira.

Se você deseja conhecer melhor o Brasil, se deseja construir sua cultura


literária, se deseja buscar emoções duradouras, comece logo a ler estes textos!
Para se preparar, veja antes este precioso recado que o Prof. Bosi escreveu
para você:

O que esta LINHA DO TEMPO representa? O que nela figura


explicitamente? O que precisou ficar nela implícito?

O que se explicitou foi a história da Língua Portuguesa. O que ficou


implícito foi a inclusão de obras de autores brasileiros de nascimento ou
adoção, que em 2005 já nos deixaram, mas permanecem vivos na vida de
suas obras, na leitura que delas fazemos e na memória que merecem como
artistas da língua portuguesa no Brasil. O elenco não pôde, por óbvias
razões de espaço, ser exaustivo, mas procurou ser representativo da
variedade e da força de nossa cultura letrada.

Não se incluíram, portanto, autores ainda vivos, nesta data, embora,


pela relevância indiscutível da sua obra, alguns poetas e narradores que
vêm escrevendo desde o último quartel do século 20 já pertençam à
história da língua literária portuguesa no Brasil.

Não se incluíram, tampouco, críticos literários do passado e do


presente, mesmo quando se notabilizaram pela profundidade dos conceitos
e excelência da sua prosa, como Araripe Jr., Nestor Vítor, João Ribeiro,
Alceu Amoroso Lima (Tristão de Ataide), Augusto Meyer, Álvaro Lins,
Otto Maria Carpeaux e Antonio Candido, pois o elenco precisou ajustar-
se aos limites da linha do tempo, que se rege, por sua vez, pela arquitetura
mesma do Museu da Língua Portuguesa. Daí, a necessidade de escolher,
prioritariamente, ficcionistas e poetas, forjadores por excelência da língua
literária. A exceção, aberta para Sílvio Romero e José Veríssimo, justifica-
se pelo caráter de verdadeiras balizas de nossa memória cultural que têm
as suas histórias de nossa literatura até o começo do século 20.

Uma palavra sobre o teatro brasileiro. O chamado gênero dramático,


que até os fins do século 19 estava intimamente vinculado às práticas
literárias, destas se separou ao longo do século 20, constituindo uma das
artes cênicas ou artes de espetáculo, com caracteres estruturais bem
diferenciados da poesia e do romance. Um elenco de obras dramáticas
certamente incluiria peças de Joracy Camargo, Nelson Rodrigues, Dias
Gomes, Jorge Andrade, Ariano Suassuna, Gianfrancesco Guarnieri,
Augusto Boal, Oduvaldo Viana Filho, Millôr Fernandes, Plínio Marcos,
dramaturgos, que deixaram marcas na expressão oral do português
brasileiro contemporâneo.

De todo modo, no âmbito de sua proposta, a seleção buscou ser


bastante ampla e diversificada. De Caminha e Anchieta, primeiras vozes
da condição colonial entre nós, até a poesia rigorosa de João Cabral e as
experiências narrativas densamente existenciais de Guimarães Rosa e
Clarice Lispector, a língua portuguesa conheceu uma notável riqueza de
tons e perspectivas, de ritmos e imagens. E causa justa admiração que
tantas diferenças de filiação regional, de classe social, de contingências
históricas e de fisionomias individuais tenham alcançado exprimir-se na
mesma língua, acessível a todo brasileiro medianamente culto. Saibamos
admirar, respeitar e conservar este legado de verdade e beleza, não só
como quem guarda um tesouro, mas sobretudo como quem recebe
gratuitamente um precioso instrumento de representação do mundo que
nos cerca, de expressão de nós mesmos e de comunicação com o
semelhante.

Veja aqui a lista:

1.1 Colônia – séculos 16, 17 e 18

1. Pero Vaz de Caminha - Carta a Dom Manuel (1500)


2. José de Anchieta - Autos e Poesias (1550)
3. Padre Manuel da Nóbrega - Cartas (1553)
4. Gabriel Soares de Sousa - Tratado descritivo do Brasil (1587)
5. Bento Teixeira - Prosopopéia (1601)
6. Frei Vicente do Salvador - História do Brasil (1627)
7. Padre Antônio Vieira - Sermões (1638-1695)
8. Gregório de Matos - Poesias – (ca 1680)
9. Manuel Botelho de Oliveira - Música do Parnaso (1705)
10. Antonil (pseud. de João Antônio Andreoni) - Cultura e opulência do
Brasil (1710)
11. Nuno Marques Pereira - Compêndio narrativo do Peregrino da
América (1718)
12. Academia Brasílica dos Esquecidos (1724) e Academia Brasílica dos
Renascidos (1759)!
13. Cláudio Manuel da Costa - Obras poéticas (1768)
14. Basílio da Gama - O Uraguai (1769)
15. Fr. José de Santa Rita Durão - O Caramuru (1781)
16.Tomás Antônio Gonzaga - Cartas chilenas (1789?)
17.Tomás Antônio Gonzaga - Marília de Dirceu (l792)
18.Domingos Caldas Barbosa - Viola de Lereno (1798)
19.Silva Alvarenga - Glaura (1799)
1.2 Século 19 – Romantismo, Realismo, Parnasianismo e Simbolismo

20.Gonçalves de Magalhães - Suspiros poéticos e saudades (1836)


21.Martins Pena - O juiz de paz na roça (1838-1842)
22.Joaquim Manuel de Macedo - A moreninha (1844)
23.Gonçalves Dias – Primeiros Cantos (1846)
24.Gonçalves Dias – Segundos Cantos e Sextilhas de Frei Antão (1848)
25.João Francisco Lisboa - Jornal de Timon (1852-1854)
26.Alvares de Azevedo - Obras (1853-1855)
27.Francisco Adolfo de Varnhagen - História geral do Brasil (1854-
1857)
28.Junqueira Freire - Inspirações do claustro (1855)
29.Manuel Antônio de Almeida - Memórias de um sargento de milícias
(1855)
30.José de Alencar - O Guarani (1857)
31.José de Alencar - O demônio familiar (1858)
32.Luís Gama - Primeiras trovas burlescas (1859)
33.Casimiro de Abreu - Primaveras (1859)
34.Tavares Bastos - Cartas do Solitário (1862)
35.Fagundes Varela - Cântico do Calvário (1865)
36.José de Alencar - Iracema (1865)
37.Qorpo-Santo - Comédias (1866)
38.Sousândrade - O Guesa (1867-1884)
39.Castro Alves - Vozes d’África, O navio negreiro (1868)
40.Castro Alves - Espumas flutuantes (l870)
41.Visconde de Taunay – Inocência (1872)
42.Machado de Assis - A mão e a luva (1874)
43.José de Alencar - Senhora (1875)
44.Bernardo Guimarães - A escrava Isaura (1875)
45.Machado de Assis - Iaiá Garcia (1878)
46.Machado de Assis - Memórias póstumas de Brás Cubas (1881)
47.Machado de Assis - Papéis avulsos (1882)
48.Joaquim Nabuco - O Abolicionismo (1883)
49.Raimundo Correia - Sinfonias (1883)
50.Raul Pompéia - O Ateneu (1888)
51.Olavo Bilac - Poesias (1888)
52.Sílvio Romero - História da Literatura Brasileira (1888)
53.Aluísio Azevedo - O cortiço (1890)
54.Machado de Assis - Quincas Borba (1891)
55.Cruz e Sousa - Broquéis (1893)
56.Rui Barbosa - Cartas de Inglaterra (1896)
57.Artur Azevedo - A Capital Federal (1897)
58.Joaquim Nabuco - Minha formação (1898)
59.Alphonsus de Guimaraens - Dona Mistica (1899)
60.Machado de Assis - Dom Casmurro (1899)

1.3 Século 20

61.Euclides da Cunha - Os Sertões (1902)


62.Rui Barbosa - Réplica às defesas de redação do Projeto do Código
Civil (1902)
63.Graça Aranha - Canaã (1902)
64.Cruz e Sousa - Últimos sonetos (1905)
65.Capistrano de Abreu - Capítulos de história colonial (1907)
66.Vicente de Carvalho - Poemas e canções (1908)
67.Augusto dos Anjos - Eu (1912)
68.Lima Barreto - Triste fim de Policarpo Quaresma (1911)
69.José Veríssimo - História da literatura brasileira (1916)
70.Monteiro Lobato - Urupês (1918)
71.Valdomiro Silveira - Os caboclos (1920)

1.4 (Modernismo)

72.Mário de Andrade - Paulicéia desvairada (1922)


74.Manuel Bandeira - Ritmo dissoluto (1924)
75.Oswald de Andrade - Memórias sentimentais de João Miramar (1924)
76.Oswald de Andrade - Pau-Brasil (1925)
77.Guilherme de Almeida - Raça (1925)
73.Simões Lopes Neto - Contos gauchescos (1926)
78.Alcântara Machado - Brás, Bexiga e Barra Funda (1927)
79.Mário de Andrade - Macunaíma (1928)
80.Cassiano Ricardo - Martim-Cererê (1928)
81.Manuel Bandeira - Libertinagem (1930)
82.Carlos Drummond de Andrade - Alguma poesia (1930)

1.5 (Depois do modernismo)

83.Raquel de Queirós - O Quinze (1930)


84.José Lins do Rego - Menino de engenho (1932)
85.Gilberto Freyre - Casa grande e senzala (1933)
86.Graciliano Ramos - São Bernardo (1934)
87.Jorge Amado - Jubiabá (1935)
88.Sérgio Buarque de Holanda - Raízes do Brasil (1935)
89.Érico Veríssimo - Caminhos cruzados (1935)
90.Rubem Braga - O conde e o passarinho (1936)
91.Dionélio Machado - Os ratos (1936)
92.Graciliano Ramos - Angústia (1936)
93. Otávio de Faria - Tragédia burguesa, I, Mundos mortos (1937)
94.Graciliano Ramos - Vidas secas (1938)
94.Marques Rebelo - A Estrela sobe (1938)
95.Murilo Mendes - A poesia em pânico (1938)
96.Jorge de Lima - A túnica inconsútil (1938)
97.Cecília Meireles - Viagem (1939)
99.José Lins do Rego - Fogo morto (1943)
100.Carlos Drummond de Andrade - A rosa do povo (1945)
101.Guimarães Rosa - Sagarana (1946)
102.Vinicius de Moraes - Poemas, sonetos e baladas (l946)
103.Henriqueta Lisboa - Flor da morte (1949)
104.Érico Veríssimo - O tempo e o vento(1949-1961)
105.João Cabral de Melo Neto - O cão sem plumas (1950)
106.Carlos Drummond de Andrade - Claro enigma (1951)
107.Jorge de Lima - Invenção de Orfeu (1952)
108.Cecília Meireles - Romanceiro da Inconfidência (1953)
109.Graciliano Ramos - Memórias do cárcere (1953)
110.João Cabral de Melo Neto - Morte e vida severina (1956)
111.Guimarães Rosa - Grande sertão: veredas (1956)
112.Guimarães Rosa - Corpo de baile (1956)
113.Clarice Lispector - Laços de família (1960)
114.Guimarães Rosa - Primeiras estórias (1962)
115.João Antônio - Malagueta, Perus e Bacanaço (1963)
116.Clarice Lispector – A paixão segundo G.H. (1964)
117.Osman Lins - Nove novena(1966)
118.Antônio Callado - Quarup (1967)
119.Haroldo de Campos - Xadrez de estrelas (1974)
120.José Paulo Paes - Um por todos (1986)

Alfredo Bosi, novembro de 2005.

BRAVO! | 100 Livros Essenciais da Literatura Brasileira

Você já parou para se perguntar o quanto conhece da literatura brasileira? Quais


seriam os livros mais importantes já escritos em nosso país? A extinta revista
Bravo! do grupo Abril, tentou responder à essas perguntas em uma edição
especial, publicada no início dos anos 2000.

Revista Bravo - A edição trazia uma seleção de 100 livros considerados


essenciais em nossa literatura por redatores e colaboradores da revista Bravo!
Claro que essa lista não encontrará unanimidade entre os leitores, que
eventualmente apontarão que este ou aquele livro deveria ceder o espaço para
algum outro, de igual ou maior relevância, de acordo com o seu gosto.

Mas é inegável que a seleção contempla os mais variados gêneros de nossa


literatura; há espaço para o romance, a dramaturgia, a crônica e até mesmo para
a poesia, todos diluídos entre nomes que variam dos mais consagrados até
aqueles menos populares, mas que igualmente contribuíram para a construção
da identidade da literatura brasileira.

A lista abaixo está organizada em ordem alfabética, pelo nome do autor.


Confiram:

1. Bagagem – Adélia Prado


2. O Cortiço – Aluísio Azevedo
3. Lira dos Vinte Anos – Álvares de Azevedo
4. Noite na Taverna – Álvares de Azevedo
5. Quarup – Antonio Callado
6. Brás, Bexiga e Barra Funda – Antonio de Alcântara Machado
7. Romance d’A Pedra do Reino – Ariano Suassuna
8. Viva Vaia – Augusto de Campos
9. Eu – Augusto dos Anjos
10. Ópera dos Mortos – Autran Dourado
11. O Uruguai – Basílio da Gama
12. O Tronco – Bernardo Elis
13. A Escrava Isaura – Bernardo Guimarães
14. Morangos Mofados – Caio Fernando Abreu
15. A Rosa do Povo – Carlos Drummond de Andrade
16. Claro Enigma – Carlos Drummond de Andrade
17. Os Escravos – Castro Alves
18. Espumas Flutuantes – Castro Alves
19. Romanceiro da Inconfidência – Cecília Meireles
20. Mar Absoluto – Cecília Meireles
21. A Paixão Segundo G.H. – Clarice Lispector
22. Laços de Família – Clarice Lispector
23. Broqueis – Cruz e Souza
24. O Vampiro de Curitiba – Dalton Trevisan
25. O Pagador de Promessas – Dias Gomes
26. Os Ratos – Dyonélio Machado
27. O Tempo e o Vento – Érico Veríssimo
28. Os Sertões – Euclides da Cunha
29. O que é Isso, Companheiro? – Fernando Gabeira
30. O Encontro Marcado – Fernando Sabino
31. Poema Sujo – Ferreira Gullar
32. I-Juca Pirama – Gonçalves Dias
33. Canaã – Graça Aranha
34. Vidas Secas – Graciliano Ramos
35. São Bernardo – Graciliano Ramos
36. Obra Poética – Gregório de Matos
37. O Grande Sertão: Veredas – João Guimarães Rosa
38. Sagarana – João Guimarães Rosa
39. Galáxias – Haroldo de Campos
40. A Obscena Senhora D – Hilda Hist
41. Zero – Ignácio de Louola Brandão
42. Malagueta, Perus e Bacanaço – João Antônio
43. Morte e Vida Severina – João Cabral de Melo Neto
44. A Alma Encantadora das Ruas – João do Rio
45. Harmada – João Gilberto
46. Contos Gauchescos – João Simões Lopes Neto
47. Viva o Povo Brasileiro – João Ubaldo Ribeiro
48. A Moreninha – Joaquim Manuel de Macedo
49. Gabriela, Cravo e Canela – Jorge Amado
50. Terras do Sem Fim – Jorge Amado
51. Invenção de Orfeu – Jorge de Lima
52. O Coronel e o Lobisomem – José Cândido de Carvalho
53. O Guarani – José de Alencar
54. Lucíola – José de Alencar
55. Os Cavalinhos de Platiplanto – J. J. Veiga
56. Fogo Morto – José Lins do Rego
57. Triste Fim de Policarpo Quaresma – Lima Barreto
58. Crônica da Casa Assassinada – Lúcio Cardoso
59. O Analista de Bagé – Luis Fernando Veríssimo
60. Tremor de Terra – Luiz Vilela
61. As Meninas – Lygia Fagundes Telles
62. Seminário dos Ratos – Lygia Fagundes Telles
63. Memórias Póstumas de Brás Cubas – Machado de Assis
64. Dom Casmurro – Machado de Assis
65. Memórias de um Sargento de Milícias – Manuel Antônio de Almeida
66. Libertinagem – Manuel Bandeira
67. Estrela da Manhã – Manuel Bandeira
68. Galvez, Imperador do Acre – Márcio Souza
69. Macunaíma – Mário de Andrade
70. Paulicéia Desvairada – Mário de Andrade
71. O Homem e Sua Hora – Mário Faustino
72. Nova Antologia Poética – Mário Quintana
73. A Estrela Sobe – Marques Rebelo
74. Juca Mulato – Menotti Del Picchia
75. O Sítio do Pica-pau Amarelo – Monteiro Lobato
76. As Metamorfoses – Murilo Mendes
77. O Ex-mágico – Murilo Rubião
78. Vestido de Noiva – Nelson Rodrigues
79. A Vida Como Ela É – Nelson Rodrigues
80. Poesias – Olavo Bilac
81. Avalovara – Osman Lins
82. Serafim Ponte Grande – Oswald de Andrade
83. Memórias Sentimentais de João Miramar – Oswald de Andrade
84. O Braço Direito – Otto Lara Resende
85. Sermões – Padre Antônio Vieira
86. Catatau – Paulo Leminski
87. Baú de Ossos – Pedro Nava
88. Navalha na Carne – Plínio Marcos
89. O Quinze – Rachel de Queiroz
90. Lavoura Arcaica – Raduan Nassar
91. Um Copo de Cólera – Raduan Nassar
92. O Ateneu – Raul Pompéia
93. 200 Crônicas Escolhidas – Rubem Braga
94. A Coleira do Cão – Rubem Fonseca
95. A Senhorita Simpson – Sérgio Sant’Anna
96. Febeapá – Stanislaw Ponte Preta
97. Marília de Dirceu – Tomás Antônio Gonzaga
98. Cartas Chilenas – Tomás Antônio Gonzaga
99. Nova Antologia Poética – Vinícius de Moraes
100. Inocência – Visconde de Taunay
Listas de Alfredo Monte

08.05,13- Assisti em algum telejornal a notícia de que em certas cestas básicas


incluíram livros. Achei tão legal que bolei algumas cestas básicas de literatura
nacional e estrangeira.
Cesta básica de poesia do século XX:

A TERRA DEVASTADA (T. S. Eliot)


ELEGIAS DE DUÍNO (Rilke)
FICÇÕES DO INTERLÚDIO (F. Pessoa)
CEMITÉRIO MARINHO (P. Valéry)
TREZE FORMAS DE OLHAR UM MELRO (Wallace Stevens)
RESIDÊNCIA NA TERRA (Neruda)
O NU PERDIDO (René Char)
O OUTRO O MESMO (Jorge Luis Borges)
CALIGRAMAS (G. Apollinaire)
CRISTAL (Paul Celan)

Cesta básica de peças teatrais do século XX:

VIDA DE GALILEU (Brecht)


O JARDIM DAS CEREJEIRAS (Tchekhov)
FIM DE PARTIDA (Beckett)
SEIS PERSONAGENS À PROCURA DE UM AUTOR (Pirandello)
ELECTRA ENLUTADA (Eugene O´Neill)
RINOCERONTE (Ionesco)
AS MÃOS SUJAS (Sartre)
A VISITA DA VELHA SENHORA (Dürrenmatt)
AS CRIADAS (Jean Genet)
BODAS DE SANGUE (Lorca)

Minha cesta “básica” dos maiores romances do século XX:

A MONTANHA MÁGICA (Thomas Mann)


LUZ EM AGOSTO (Faulkner)
O CASTELO (Kafka)
AS ONDAS (V.Woolf)
EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO (Proust)
AS ASAS DA POMBA (Henry James)
ULISSES (Joyce)
O ESTRANGEIRO (Camus)
O HOMEM SEM QUALIDADES (Musil)
NOSTROMO (Joseph Conrad)
A MORTE DE VIRGILIO (Hermann Broch)
LOLITA (Vladimir Nabokov)
MOLLOY-MALONE MORRE- O INOMINÁVEL (Samuel Beckett)
A CONSCIÊNCIA DE ZENO (Italo Svevo)
OS FILHOS DA VIOLÊNCIA (Doris Lessing)

E agora a cesta básica da poesia brasileira do século XX:

A educação pela pedra (João Cabral de Melo Neto)


Estrela da manhã (Manuel Bandeira)
Lição de coisas (Carlos Drummond de Andrade)
Eu (Augusto dos Anjos)
Pau Brasil (Oswald de Andrade)
Mundo enigma (Murilo Mendes)
Invenção de Orfeu (Jorge de Lima)
Bagagem (Adélia Prado)
Da Morte- Odes Mínimas (Hilda Hilst)
Árvore do Mundo (Carlos Nejar)
Livro de sonetos (Vinícius de Moraes)
Galáxias (Haroldo de Campos)
Poemas (Millôr Fernandes)
Gramática expositiva do chão (Manoel de Barros)
Mar absoluto (Cecília Meireles)
Tarde (Olavo Bilac)
Pauliceia desvairada (Mário de Andrade)
Estação central (Lêdo Ivo)
Dentro da noite veloz (Ferreira Gullar)
Introdução a escombros (Moacyr Félix)

Talvez a cesta básica abaixo, com algumas peças que eu considero fundamentais
para o teatro brasileiro do século XX, apenas mostre minha ignorância do teatro
(mesmo porque algumas encenações geniais, como a de Macunaíma, foram
realizadas não a partir de peças teatrais propriamente ditas). Alguns podem
estranhar a inclusão de Morte e Vida Severina, contudo qualquer um que tenha
visto a força do texto no palco, concordará comigo. E Auto da Compadecida
está aí, representando um …grupo de peças deliciosas e indestrutíveis de
Suassuna (A pena e a lei, O casamento suspeitoso, A santa e a porca). No caso
de O santo Inquérito, ele não ficou obliterado pelas adaptações para outros
veículos, caso de O berço do herói (que gerou Roque Santeiro) e O pagador de
promessas.

Senhora dos afogados- Nelson Rodrigues


O rei da vela- Oswald de Andrade
Morte e vida Severina- João Cabral de Melo Neto
Vereda da salvação- Jorge Andrade
Eles não usam black tie- Gianfrancesco Guarnieri
Navalha na carne- Plínio Marcos
Gota d´água- Chico Buarque & Paulo Pontes
O santo inquérito-Dias Gomes
Orfeu da conceição- Vinícius de Moraes
Rasga coração - Oduvaldo Vianna Filho
Auto da compadecida- Ariano Suassuna
A resistência- Maria Adelaide Amaral

Uma cesta básica de romances do século passado, todos brasileiros:

Grande sertão: veredas (G.Rosa)


Memorial de Aires (Machado de Assis)
São Bernardo (G. Ramos)
A maçã no escuro (Clarice Lispector)
Triste fim de Policarpo Quaresma (Lima Barreto)
A menina morta (Cornélio Penna)
O risco do bordado (Autran Dourado)
As meninas (Lygia F. Telles)
Lavoura Arcaica (Raduan Nassar)
O louco do Cati (Dyonélio Machado)
A rainha dos cárceres da Grécia (Osman Lins)
Tenda dos Milagres (Jorge Amado)
O tempo e o vento (Érico Veríssimo)
A polaquinha (Dalton Trevisan)
A obscena senhora D (Hilda Hilst)
Maíra (Darcy Ribeiro)
Bandoleiros (João Gilberto Noll)
Sargento Getúlio (João Ubaldo Ribeiro)
O amanuense Belmiro (Cyro dos Anjos)
A pedra do reino (Ariano Suassuna)

E para encerrar minhas cestas básicas, as coletâneas de textos curtos (novelas ou


contos, ou o que lá seja) do século XX:

Relíquias de casa velha (Machado de Assis)


O vampiro de Curitiba (Dalton Trevisan)
Laços de Família (Clarice Lispector)
Primeiras Estórias (Guimarães Rosa)
Feliz ano novo (Rubem Fonseca)
Nove Novena (Osman Lins)
Antes do baile verde (Lygia Fagundes Telles)
Histórias e Sonhos (Lima Barreto)
Armas & Corações (Autran Dourado)
A pesca da baleia (João Alphonsus)
Vencecavalo e o outro povo (João Ubaldo Ribeiro)
Malagueta, Perus e Bacanaço (João Antonio)
Ficções (Hilda Hilst)
Oscarina (Marques Rebelo)
O ex-mágico (Murilo Rubião)
Contos gauchescos (João Simões Lopes Neto)
Os cavalinhos de platiplanto (José J. Veiga)
Aberração (Bernardo Carvalho)
Arca sem Noé (Regina Rheda)
O retrato na gaveta (Otto Lara Rezende)

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