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Ricardo Vasconcelos
1 Limite e Continuidade 2
1.1 Noção Intuitiva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.2 Propriedades do Limite . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.3 Limites Laterais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.4 Propriedades das Funções Contínuas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.5 Limites Infinitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.6 Limites no Infinito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.7 Limite Exponencial Fundamental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Referências Bibliográficas 12
1
Capítulo 1
Limite e Continuidade
Da tabela observamos que quando x está próximo de 1, tanto à esquerda como à direita, f (x)
estará próximo de 3. Do ponto de vista comportamental da função f (x), dizemos que o limite de
f (x) = x + 2 quando x tende a 1 é igual a 3, ou seja,
lim f (x) = 3
x→1
Definição 1.1. Dizemos que limite de f (x) quando x tende a xo é igual a L, e escrevemos lim f (x) =
x→xo
L, se pudermos tomar valores de f (x) arbitrariamente tão próximos de L tomando x suficientemente
próximos de xo , porém não igual a xo .
Observação: Ao avaliarmos o limite quando x tende a xo , estamos considerando x próximo a xo ,
ou seja, estamos interessados em observar o comportamento da função para valores de x 6= xo , e nesse
caso, a função não precisa estar definida em xo .
x2 − 1
1. Exemplo: Avalie o lim .
x→1 x − 1
2
2. Exemplo: Seja
2
x − 1 se x 6= 1
f (x) = x − 1
0 se x = 1
i) f está definida em xo ;
Nota: Uma função f é continua em xo se, e somente se lim f (x) = f (xo ), ou seja o limite
x→xo
existe e a função f está definida em xo .
(a) f (x) = x2 + 1 em x = 1.
x−3
(b) f (x) = √ √ em x = 3.
x− 3
3
x − 1 se x 6= 1
(c) f (x) = x − 1
3 se x = 1
Definição 1.3. Seja f uma função definida em um inyervalo contendo a, exceto possivelmente
no próprio a. Dizemos que o limite de f (x) quando x tende a a é igual a L, e escrevemos
lim f (x) = L, se para todo ε > 0 dado, existe um δ > 0 tal que se 0 <| x − a |< δ, então
x→a
| f (x) − L |< ε.
Geometricamente esse resultado pode ser interpretado pelo gráfico que segue.
3
Figura 1.2: Interpretação geométrica da definição formal de limite
a. Suponha que
Então L1 = L2 .
2
x − 25 se x 6= 5
5. Exemplo: Determine L para que a função x−5
L se x = 5
seja contínua em 5.
4
1.2 Propriedades do Limite
6. Exemplo: Calcule:
Sejam f, g, h funções e suponha que existe δ > 0 tal que f (x) 6 g(x) 6 h(x) para 0 <| x − a |< δ.
Se lim f (x) = L = lim h(x), então lim g(x) = L.
x→a x→a x→a
7. Exemplo: Calcule:
1
(a) lim xsen( ).
x→0 x
1
(b) lim (x − 3)cos( ).
x→3 x−3
1
(c) lim x5 esen( x ) .
x→0
5
Suponha que lim f (x) = 0 e g seja uma função limitada, então para x próximo de xo . Então
x→xo
lim f (x)g(x) = 0.
x→xo
(
2 1 se x ∈ R − Q
9. Exemplo: Calcule lim x g(x), onde g : R → R é dada por g(x) = .
x→0 0 se x ∈ Q
Suponha que lim f (x) = L. Se L > 0, então existe δ > 0 tal que para todo x ∈ Df , 0 <|
x→xo
x − xo |< δ ⇒ f (x) > 0. Analogamente, se L < 0, então existe δ > 0 tal que para todo x ∈ Df ,
0 <| x − xo |< δ ⇒ f (x) < 0.
Dizemos que lim f (x) = L1 , se para todo ε > 0, existe um δ > 0 tal que x ∈ (a − δ, a) ⇒
x→a−
| f (x) − L |< ε.
Dizemos que lim f (x) = L1 , se para todo ε > 0, existe um δ > 0 tal que x ∈ (a, a + δ) ⇒
x→a+
| f (x) − L |< ε.
6
11. Exemplo: Calcule:
|x|
(a) lim =.
x→0− x
|x|
(b) lim =.
x→0+ x
Teorema
Se f admite limites laterais em a, e lim f (x) 6= lim f (x), então não existe lim f (x).
x→a− x→a+ x→a
|x|
12. Exemplo: Verifique se existe lim .
x→0 x
Definição 1.6. Uma função f é contínua em um intervalo fechado [a, b] se é contínua no aberto
(a, b) e lim f (x) = f (a) e lim f (x) = f (b).
x→a+ x→b−
√
Exemplo: Verifique se a função f (x) ≥ 0 definida por f (x) = 4 − x2 é contínua no intervalo
[−2, 2].
(√
x − 4 se x > 4
Exemplo: Calcule, caso exista, lim f (x) sendo f (x) =
x→4 8 − 2x se x < 4
i) f + g é contínua em a.
f
iv) é contínua em a, se g(p) 6= 0.
g
Exemplo: De exemplo de uma função contínua que sua inversa também seja contínua.
Exemplo: Verifique que as funções exponênciais e logarítmicas são contínuas, e que sua inversa
também é contínua.
7
ln x
Exemplo: A função f (x) = é contínua? Justifique.
x2 + 1
Teorema
Sejam f, g funções tais que Img ⊂ Df e L ∈ Df . Se f for contínua em L e lim g(x) = L, então
x→a
lim f (g(x)) = f ( lim g(x)) = f (L).
x→a x→a
Exemplo: Calcule:
s
x2 + 1
(a) lim
x→1 x−1
√
1− x
(b) lim e 1 − x
x→1
(3 − x3 )4 − 16
(c) lim
x→1 x3 − 1
Teorema
Limite Trigonométrico Fundamental
sen x
lim =1
x→0 x
Exemplo: Calcule:
sen 5x
(a) lim .
x→0 x
sen2 x
(b) lim .
x→0 x2
tg 2x
(c) lim .
x→0 x
1 − cos x
(d) lim .
x→0 x2
2x
(e) lim .
x→0 sen 3x
tg 2x
(f) lim .
x→0 sen3x
Definição 1.7. Seja f uma função definida em um intervalo que contém a, exceto possivelmente
o ponto a, dizemos que limite de f (x) quando x tende a a pela esquerda é −∞ se dado ε > 0,
existe δ > 0 tal que se x ∈ (a − δ, a), então f (x) < −ε, e escrevemos,
lim f (x) = −∞
x→a
8
Figura 1.4: Interpretação geométrica do limite infinito
Definição 1.8. Seja f uma função definida em um intervalo que contém a, exceto possivelmente
o ponto a, dizemos que limite de f (x) quando x tende a a pela direita é +∞ se dado ε > 0,
existe δ > 0 tal que se x ∈ (a, a + δ), então f (x) > ε, e escrevemos,
lim f (x) = +∞
x→a
±∞ 0
+∞ − (+∞) , −∞ − (−∞) , 0 · ±∞ , , , 1±∞ , 00 , ±∞0
±∞ 0
Exemplo: Calcule:
cos x
(a) lim .
x→0x2
sen x2
(b) lim .
x→0 x4
Definição 1.9. Seja f uma função definida em algum intervalo (a, +∞). Então
lim f (x) = L
x→+∞
significa dizer que os valore de f (x) se tornam cada vez mais próximos de L a medida que x
se torna suficientemente grande positivo. Formalmente, dado ε > 0, existe um δ > 0 tal que
| f (x) − L |< ε sempre que x > δ.
Definição 1.10. Seja f uma função definida em algum intervalo (−∞, a). Então
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lim f (x) = L
x→−∞
significa dizer que os valore de f (x) se tornam cada vez mais próximos de L a medida que x se
torna suficientemente grande em valor absoluto, mas negativo. Formalmente, dado ε > 0, existe
um δ < 0 tal que | f (x) − L |< ε sempre que x < δ.
Exemplo: Calcule:
1
(a) lim onde n é um inteiro positivo.
x→+∞ xn
x5 + x4 + 1
(b) lim .
x→+∞ 2x5 + x + 1
√
2x2 + 1
(c) lim .
x→−∞ 3x + 5
√
2x2 + 1
(d) lim .
x→+∞ 3x + 5
sen x
(e) lim 2 + .
x→+∞ x
1
(f) lim xsen .
x→−∞ x
2
(g) lim x .
x→+∞
n
X
Exemplo: Seja p(x) = ai xi com an 6= 0 e n um natural não nulo. Calcule lim p(x).
x→+∞
i=1
n
X n
X
Exemplo: Seja p(x) = ai xi e q(x) = bi xi com an , bn 6= 0 e n um natural não nulo.
i=1 i=1
p(x)
Calcule lim , sendo q(x) 6= 0.
x→±∞ q(x)
Exemplo: Verifique que se a > 1, então lim ax = +∞, e se 0 < a < 1, então lim ax = +∞.
x→+∞ x→−∞
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1 x
lim (1 + ) =e.
x→+∞ x
Exemplo: Calcule:
1 x
(a) lim (1 + ) .
x→−∞ x
1
(b) lim (1 + h) h .
h→0+
1
(c) lim (1 + h) h .
h→0−
eh − 1
(d) lim .
h→0 h
Exercícios de Fixação
Exercícios 3.1
Questões: 1 a 4
Exercícios 3.2
Questões: 1, 2, 5, 6, 11, 12, 23, 24, 25 e 27
Exercícios 3.3
Questões: 1 a 5
Exercícios 3.4
Questões: 1, 3 e 4
Exercícios 3.5
Questões: 1 e 2
Exercícios 3.6
Questões: 1 a 5
Exercícios 3.8
Questões: 1 e 3
Exercícios 4.2
Questões: 1, 3 e 4
Exercícios 6.1
Questão: 1
Exercícios 6.2
Questão: 4
Exercícios 6.3
Questões: 1 a 3
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Referências Bibliográficas
[1] Guidorizzi, Hemilton Luiz: Um curso de cálculo , vol.1, Rio de Janeiro: LTC, 2008.
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