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Afinal ainda não é este ano lectivo que inaugura o novo campus da Universidade de Sao José, em Macau.

Também ainda não há data para a entrega do novo campus. O reitor da universidade revelou esta
informção numa cerimónia de assinatura de um acordo com a Fundação Rui Cunha, uma fundação local
dedicado ao Direito. Peter Stilwell também revelou que a China acabou por atrasar o processo de
recrutamento de estudantes do continente chinês para a universidade catolica de Macau.

O processo estev quase desbloqueado mas acabou por ficar em banho maria a autorização do governo
de Pequim à Universidade de São José (USJ) de recrutar na China alunos para Macau. O assunto é um
dos mais sensíveis e significativos nas relações e aproximações entre o Vaticano e regime chinês. É pela
educação, pelas trocas entre professores e universidades, pelos pequenos passos que os contactos se
vão tecendo. No próximo ano lectivo a USJ vai acolher entre 1000 e 1200 alunos mas ainda sem
estudantes do continente.

O reitor Peter Stilwell disse na Rádio Macau que Pequim ainda não deu o sinal de abertura. “Foi dada
quase luz verde a meio do ano e depois foi dito que, afinal, ainda estavam a equacionar a questão,
porque havia uma instituição em Hong Kong. Uma instituição que vai constituir-se como universidade
católica em Hong Kong que também ia querer recrutar na China”, disse Stilwell. “A resposta que nos foi
dada é que o Governo Central queria ter uma política que fosse coerente para as duas regiões
administrativas especiais”, ao mesmo tempo que, nota, para encher os cursos são necessários apenas
“mais cinco ou seis alunos por curso”.

A reabertura do novo campus é outros dos problemas com a USJ se debate. Um imbróglio com os
empreiteiros tem estado a atrasar essa abertura que agora é apontada só para 2017 embora o próprio
responsável da instituição diga que ainda não há datas para a entrega da obra do novo campus. “Não sei
dizer datas, há uma promessa de entrega até fins de Julho que claramente não é realista. Houve uma
promessa da construtora hoje de manhã de que na próxima semana apresentaria datas mais concretas.
Vamos arrancar o próximo ano lectivo nas actuais instalações sem qualquer perturbação”, afirmou Peter
Stilwell.

Uma das novidades da escola é a criação de um Instituto de Estudos Sociais e Jurídicos. É o resultado de
um acordo entre a universidade e a local Fundação Rui Cunha. O acordo permite que, em breve, a escola
possa vir a oferecer um mestrado em Direito. “A Fundação Rui Cunha gostaria de ter nalguns cursos que
vai promover o contexto de uma instituição de ensino superior. A USJ gostaria de ter o leque de
contactos da Fundação Rui Cunha quando lançar os nossos cursos, desenvolver linhas de investigação”,
observou o jesíta, reitor da USJ. É mais um passo no desenvolvimento da USJ ainda com a incógnita da
abertura do novo campus.

Carlos Picassinos, Macau

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