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O trabalho coletivo da escola poderá respaldar essa situação até certa medida. Todavia, cabe à escola
a) considerar, também que os casos de violência vividos dentro da escola, como a violência verbal e física e a indisciplina têm
dificultado sobremaneira a aprendizagem dos alunos e o trabalho dos professores, provocando entre estes uma atitude de
desânimo diante do magistério.
b) realizar, segundo determina o Estatuto da Criança e do Adolescente, um trabalho de aconselhamento junto aos alunos e
famílias que vivem esta situação, por meio da participação ativa dos professores como confidentes de seus alunos.
c) organizar-se administrativa e pedagogicamente para que os professores não permitam a “entrada” desta violência na
escola, na sala de aula, protegendo os alunos de possíveis casos de agressões ou mesmo indisciplina.
d) procurar autoridades da Secretaria da Educação para discutir as causas e consequências da violência na sociedade atual,
para poder redefinir valores, normas e critérios de convivência no espaço escolar como forma de prevenir a violência escolar.
e) manter-se articulada com o Conselho Tutelar, com os serviços de apoio aos sistemas educacionais e com instituições de
outras áreas capazes de ministrar os cuidados e os serviços de proteção social a que esses alunos têm direito.
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2. Busca considerar a sexualidade como algo inerente à vida e à saúde, que se expressa desde cedo no ser humano.
3. Engloba o papel social do homem e da mulher, o respeito por si e pelo outro, e as discriminações e os estereótipos
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I. Direitos Humanos são aqueles que o indivíduo possui simplesmente por ser uma pessoa humana, por sua importância de
existir, tais como: o direito à vida, à família, à alimentação, à educação, ao trabalho, à liberdade, à religião, à orientação
sexual e ao meio ambiente sadio, entre outros.
II. As instituições de ensino, desde escolas básicas até as de ensino superior, devem direcionar seus projetos pedagógicos
para os direitos humanos, preocupando-se não só com os conteúdos voltados para o letramento, mas também com a
formação do caráter e da personalidade das pessoas.
III. A Educação em Direitos Humanos trabalha com a orientação, especificamente de crianças, para que assumam suas
responsabilidades enquanto cidadãos, promovendo o respeito entre as pessoas e suas diferenças; fazendo com que
reconheçam seus direitos e defendam os direitos dos outros.
IV. A Educação em Direitos Humanos fundamenta-se na formação ética, crítica e política do indivíduo.
Quanto às Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos, é correto afirmar que as afirmativas I, II, III e IV são
respectivamente:
a) V, F, V, V.
b) V, V, F, V.
c) V, V, V, F.
d) F, V, V, V.
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Questão 10: VUNESP - Prof (Pref Atibaia)/Pref Atibaia/Ensino Libras/Língua Brasileira de Sinais/2014
Assunto:
A educação para a cidadania requer que questões sociais sejam apresentadas para a aprendizagem e a reflexão dos alunos, e é
nesse sentido que os PCNs propõem um conjunto de temas transversais para serem incluídos no currículo escolar. Esses temas
são:
a) Educação Sexual, Ciências da Natureza, Moral, Artes Cênicas e Ética.
b) Educação Moral e Cívica, Ciências Sociais, Filosofia, Etnia e Pluralismo Cultural.
c) Sustentabilidade, Sociologia, Diversidade, Multiculturalismo e Dança.
d) Equilíbrio Ambiental, Prevenção de Doenças, Relações de Gênero, Etnia e Política.
e) Ética, Meio Ambiente, Pluralidade Cultural, Saúde e Orientação Sexual.
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Direitos Humanos
Questão 12: FUMARC - EEB (SEE MG)/SEE MG/Nível I Grau A/Orientação Educacional Supervisão
Pedagógica/2018
Assunto: Convenção sobre Eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher
“As profundas contradições que marcam a sociedade brasileira indicam a existência de graves violações destes direitos [Direitos
Humanos] em consequência da exclusão social, econômica, política e cultural que promove a pobreza, as desigualdades, as
discriminações, os autoritarismos, enfim, as múltiplas formas de violência contra a pessoa humana. Essas contradições também se
fazem presentes no ambiente educacional (escolas, instituições de educação superior e outros espaços educativos). Cabe aos
sistemas de ensino, gestores/as, professores/as e demais profissionais da educação, em todos os níveis e modalidades, envidar
esforços para reverter essa situação construída historicamente. Em suma, essas contradições precisam ser reconhecidas, exigindo
o compromisso dos vários agentes públicos e da sociedade com a realização dos Direitos Humanos.” (PARECER CNE/CP, n.
8/2012)
A Educação em Direitos Humanos vem sendo entendida como uma mediação necessária de acesso ao legado histórico dos
Direitos Humanos, bem como um alicerce para a mudança social. Nesse sentido, é INCORRETO afirmar:
a) A cultura afro-brasileira deve ser desenvolvida em ambientes escolares localizados em comunidades quilombolas,
demandando uma formação específica dos docentes como forma de atender à especificidade étnico-racial dos/as estudantes.
b) A eliminação de todo conceito estereotipado dos papéis masculino e feminino em todos os níveis e em todas as formas de
ensino, conforme previsto na Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres, é
fundamental para reduzir a situação de desigualdade e discriminação sofrida pelas mulheres no Brasil.
c) É possível trabalhar a temática dos Direitos Humanos em todas as áreas do conhecimento, inclusive nas ciências exatas. A
própria Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional determina que os Direitos Humanos serão incluídos como temas
transversais nos currículos escolares.
d) Educar para os Direitos Humanos significa compreender a diversidade do ser humano, em seus vários aspectos: cultural,
religioso, sexual, étnico-racial, dentre outros. Educar para a diversidade é educar para a cultura da paz.
e) Somente sujeitos conscientes de sua realidade são capazes de transformá-la.
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História
PINSKY, Jaime; PINSKY, Carla Bassanezi. Por uma História prazerosa e consequente. In. KARNAL, Leandro (org.). História na sala de aula:
conceitos, práticas e propostas. São Paulo: Contexto, 2013. p. 22-23.
Considerando a concepção atual de ensino da História apresentada no texto, leia as afirmativas a seguir sobre as ações do
professor na sala de aula:
I. Tomar como referência questões sociais e culturais, assim como problemáticas humanas que fazem parte de nossa vida,
temas como desigualdades sociais, sexuais, raciais, entre outras.
II. Capacitar os estudantes no sentido de perceberem a historicidade de conceitos como cidadania, democracia, afetividade,
sexualidade, entre outros.
III. Relacionar passado e presente, ou diversos fatos históricos. Por exemplo, ao trabalhar a América Portuguesa, pode-se
aplicar o modo de produção feudal nesse contexto colonial brasileiro.
IV. Envolver o educando com o objeto de estudo trabalhado, por meio de uma exposição factual e linear e com o trabalho
de textos expositivos e detalhados, imagens, documentos e diversas fontes históricas.
As propostas que concebem o currículo e a educação dentro dos padrões do ensino de História mais atualizados, dialogando com
o texto apresentado anteriormente, estão indicadas CORRETAMENTE nas afirmativas:
a) I, II, III.
b) II, III.
c) I, II.
d) III, IV.
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Pedagogia
II. Promoção do equilíbrio psicológico e afetivo do aluno, sua integração social e educação sexual.
Assinale a alternativa que apresenta uma proposta capaz de organizar uma outra prática nas escolas que envolva a discussão
sobre sexualidade e gênero.
a) Discutir a questão da diversidade, sobretudo a questão de gênero, com os pais. Contudo, esse diálogo inaugura uma nova
abordagem no currículo escolar – até então ausente –, o que inviabiliza a realização do mesmo processo com os alunos.
b) Ignorar os possíveis conflitos, pois no processo de ensino-aprendizagem o que importa é o desempenho do aluno. Assim, a
discussão sobre essas questões é irrelevante para o trabalho pedagógico dos professores e da escola.
c) Definir, através de ideias preconcebidas, de que forma as identidades múltiplas e multifacetadas que se apresentam na
escola devem ser e agir, sobretudo no que diz respeito à orientação sexual.
d) Construir um novo currículo e uma nova prática, a partir do diálogo e do encontro, sem ignorar a tensão trazida pelo
conflito, mas aproveitando o potencial pedagógico da diferença ao assumir os seus próprios conflitos.
e) Propor uma discussão sobre gênero nos moldes do pós-estruturalismo, ou seja, um debate e uma reflexão acerca do que é
ser mulher em nossa sociedade. Neste aspecto, ganham destaque as questões acerca da educação e da orientação sexual.
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transversais, o Estado reconheceu e valorizou as reivindicações dos movimentos sociais por cidadania, adotando um modelo
educacional sob a perspectiva da equidade e da formação de sujeitos críticos e reflexivos.
e) ações relacionadas à educação em direitos humanos, questões étnicas, religiosas, de gênero e orientação sexual não estão
contempladas na legislação brasileira. Dessa forma, os movimentos sociais devem combater o pensamento pedagógico crítico e
delimitar um espaço para discussão de temas relativos à conquista da cidadania.
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( ) Os Temas Transversais caracterizam-se por um conjunto de assuntos que aparecem transversalizados em áreas
determinadas do currículo, que se constituem na necessidade de um trabalho mais significativo e expressivo de temáticas
sociais na escola.
( ) Fazem parte dos temas aqueles que apenas envolvem um aprender sobre a realidade, na realidade e da realidade,
preocupando-se unicamente em interferir na realidade para transformá-la.
( ) A ética, o meio ambiente, a saúde, o trabalho e o consumo, a orientação sexual e a pluralidade cultural são disciplinas
autônomas.
( ) Os temas transversais atuam como eixo unificador, em torno do qual organizam-se as disciplinas, devendo ser
trabalhados de modo coordenado e não como um assunto descontextualizado nas aulas.
A sexualidade tem grande importância no desenvolvimento e na vida psíquica das pessoas, pois independentemente da
potencialidade reprodutiva, relaciona-se com o prazer, necessidade fundamental dos seres humanos.
(Referencial Curricular Nacional para educação Infantil, vol. 2, 1988, p. 17)
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Assunto:
A base nacional comum da educação básica constitui-se de conhecimentos, saberes e valores produzidos culturalmente,
expressos nas políticas públicas e gerados nas instituições produtoras do conhecimento científico e tecnológico; no mundo do
trabalho; no desenvolvimento das linguagens; nas atividades desportivas e corporais; na produção artística; nas formas diversas
de exercício da cidadania e nos movimentos sociais.
Assinale V (verdadeiro) para os componentes que integram a base comum nacional e F (falso) para as que não integram.
( ) Ensino Religioso.
( ) Língua Portuguesa.
( ) Artes.
( ) Educação Sexual.
( ) Matemática.
Não esqueçamos que os padrões de funcionamento da escolarização tendem à homogeneização. A escola tem sido e é um
mecanismo de normatização. [...] A escola tem-se configurado, em sua ideologia e em seus usos organizativos e pedagógicos,
como um instrumento de homogeneização e de assimilação à cultura dominante.
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d) Ele observa que as diferenças das escolas estão centradas: na realidade da comunidade, onde a escola está inserida, vila;
na realidade vivida e experienciada pelos professores de classe; na forma realizada para a eleição do diretor/gestor; na forma
como os diferentes grupos que atuam na escola se autoavaliam e se autocriticam; na disposição e organização das classes em
sala de aula.
e) Ele precisa para tratar de todas essas diferenças, além da formação pedagógica, do conhecimento de outras áreas
(Antropologia, Filosofia, Linguística, Sociologia) e do aprofundamento de outros temas (agressividade, sexualidade, raça, gênero,
morte).
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Tendo como base os Temas Transversais, são princípios segundo os quais se devem orientar a educação escolar, EXCETO:
a) Dignidade da pessoa.
b) Igualdade de direitos.
c) Co-responsabilidade pela vida social.
d) Urgência Nacional
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Indique a alternativa que trazem os critérios que foram estabelecidos para definir e escolher estes temas relevantes:
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a) Abrangência nacional; urgência social; possibilidade de ensino e aprendizagem no ensino fundamental; favorecer a
compreensão da realidade e a participação social.
b) Flexibilidade e abertura; favorecer a convivência humana; favorecer a compreensão da realidade e a participação social; a
reflexão ética.
c) Contemplar a transversalidade; incentivar a multidisciplinaridade; fazer contextualização; favorecer a interdisciplinaridade.
d) Capacidade de questionar e propor mudanças sociais; interesse das autoridades educacionais; coerência com princípio
democrático da liberdade; transversalidade
e) Favorecer a formação dos professores; contemplar a liberdade de expressão; incentivar a solidariedade.
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Questão 34: NUCEPE UESPI - Prof (Pref Parnaíba)/Pref Parnaíba/Anos Iniciais Educação Básica/2015
Assunto:
A educação para a cidadania trouxe consigo a exigência de uma prática educacional voltada para a compreensão da realidade
social e dos direitos e responsabilidades em relação à vida pessoal, coletiva e ambiental, conforme apontam os Parâmetros
Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998). Sob esta perspectiva, a inclusão de questões sociais no currículo escolar não foi uma
preocupação inédita e configura o que se chamam Temas Transversais. O conjunto de temas propostos nos Parâmetros
Curriculares Nacionais sob esta denominação foi
a) Meio Ambiente, Tolerância, Pluralidade Cultural, Saúde, Orientação vocacional.
b) Ética, Arte-Educação, Pluralidade Cultural, Saúde, Orientação Vocacional.
c) Ética, Meio Ambiente, Tecnologias da Informação, Saúde, Orientação Sexual.
d) Meio Ambiente, Ética, Pluralidade Cultural, Saúde, Orientação Sexual.
e) Ética, Meio Ambiente, Liberdade Religiosa, Saúde, Diversidade Sexual
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Português
O abaixo-assinado Vai ter shortinho sim, feito por alunas de um colégio tradicional, em Porto Alegre, fez verão na mídia do sul
durante toda a última semana. No manifesto que acompanha a petição − que já conta com mais de 20 mil apoiadores − as gurias
exigem que algumas regras do vestuário sejam alteradas pela escola.
No comovente manifesto, meninas entre 13 e 18 anos exigem que a escola se ocupe de ensinar respeito em vez de ditar o que
elas podem ou não vestir, explicam que regulações acerca da indumentária feminina reforçam a ideia de que assediar é da
natureza do homem, e pedem que a escola abandone a mentalidade de que cabe às mulheres a prevenção da violência sexual.
“Ao invés de humilhar meninas pelos seus corpos, ensinem os meninos que elas não são objetos sexuais”, diz o manifesto. O
argumento aqui é simples: abaixo o controle dos corpos das mulheres − controle que, historicamente, se manifesta com força na
seara das modas. Em O Segundo Sexo (1949), Simone de Beauvoir relata como as roupas podem ser ferramentas da opressão
das mulheres, mas é bom lembrar que o foco da crítica feminista é o machismo, more ele na diferença salarial, na pouca
representatividade política, em alguma vestimenta específica... ou em sua proibição.
E a proibição, que é exclusiva para as meninas, só existe por causa de uma suposta falta de controle da sexualidade masculina. O
manifesto não é pelo direito de usar uma roupa X, mas pelo direito de usar essa roupa sabendo que a responsabilidade pelo que
ela supostamente provocaria nos rapazes é dos rapazes.
A confusão acerca dessa petição tem origem na falta de entendimento a respeito do argumento central do feminismo, que é a
erradicação da opressão das mulheres em todas as suas formas − o que, necessariamente, exige que os homens tomem
responsabilidade por suas ações ao invés de culpar as mulheres quando eles “perdem o controle”.
Raramente as objeções que fazemos dizem respeito apenas aos objetos que aparecem como foco das nossas demandas. Assim, a
campanha #vaitershortinhosim não é apenas sobre o direito de usar ou não shortinho na escola, mas também serve para
promover a autonomia corporal de todas nós, e para que os homens sejam educados a respeitá-la.
Raramente as objeções que fazemos dizem respeito apenas aos objetos que aparecem como foco das nossas demandas.
A ideia central contida na frase anterior sugere que, para além do uso do shortinho, a demanda das meninas questiona:
a) o papel das mães na educação dos filhos
b) o papel exclusivo da mulher na prevenção ao assédio
c) a impossibilidade do uso da saia por homens na escola
d) o impedimento de namorar nas dependências da unidade
e) a ausência de diálogo entre a direção da escola e as meninas
A doutrinação ideológica está presente nas Escolas desde sempre com seus conteúdos, suas relações.
Para o projeto Escola Sem Partido, discutir feminismo e homofobia é doutrinação ideológica e imposição da ideologia de gênero
nas escolas. Como reflexo da sociedade, as escolas são espaços marcados pela opressão às mulheres e pela discriminação sexual.
Na maioria dos casos, as ações e as reações são silenciadas e banalizadas. Será que é necessário ter a discussão nas escolas?
Creio que os dados e as informações a seguir nos mostrarão a urgência da discussão na sociedade.
Segundo dados do Mapa da Violência 2015, de Julio Jacobo Waiselfisz, entre 2003 e 2013, o número de vítimas do sexo feminino
mortas passou de 3.937 para 4.762, incremento de 21% na década. Essas 4.762 mortes em 2013 representam 13 homicídios
femininos diários. Quando analisamos os casos de feminicídio, a população negra é vítima prioritária no país. Sobre os tipos de
violência contra a mulher, em 2014, foram atendidas pelo Sistema Único de Saúde 23.630 casos de violência sexual, a maioria
envolvendo crianças e adolescentes.
Segundo informações presentes no estudo “Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil”, de 2013, realizado pelo Instituto de
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Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 2006 para combater a violência contra a
mulher, não teve impacto no número de mortes por esse tipo de agressão.
Quando o assunto é escola, os dados sobre assédio ou violência contra estudantes femininas são escassos ou inexistentes nas
secretarias de educação pelo país. Já sobre discriminação contra homossexuais os dados são preocupantes. Em pesquisa
realizada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no interior de São Paulo, 32% dos homossexuais entrevistados
afirmaram sofrer preconceito dentro das salas de aula e também que os educadores ainda não sabem reagir apropriadamente
diante das agressões, que podem ser físicas ou verbais, no ambiente escolar.
Os dados, segundo os pesquisadores, convergem com aqueles apresentados em pesquisa do Ministério da Educação que ouviu
8.283 estudantes na faixa etária de 15 a 29 anos, no ano letivo de 2013, em todo o país, e constatou que 20% dos alunos não
querem colega de classe homossexual ou transexual.
Na mídia, além da reprodução dos discursos e da estética da sociedade machista, alguns personagens com grande visibilidade
provocam e se promovem a partir de atitudes machistas, como o humorista Danilo Gentili e o ator Alexandre Frota. Uma rápida
pesquisa no mundo virtual nos apresenta inúmeros casos envolvendo “famosos”. Por sinal, em recente audiência com o ministro
da Educação, Mendonça Filho, Frota e um grupo associado ao movimento Escola Sem Partido levaram suas propostas para
transformar a educação brasileira.
Certamente, Alexandre Frota tem todo o direito de ser ouvido pelo Ministro da Educação. Porém, quais são os problemas
envolvidos? Trata-se de um cara com passado marcado por machismos e atitudes boçais. Além disso, há desigualdade no diálogo.
Todos deveriam ser ouvidos. Os estudantes das escolas ocupadas estão sendo ouvidos? Muito pouco. Os professores em greve
estão sendo ouvidos? Um pouco mais, porém, de forma marginalizada. Até o presente momento, reitores de universidades
públicas federais não conseguiram marcar encontros com o atual ministro. Enfim, é preciso superar a seletividade do diálogo e
analisar criticamente o projeto levado por Frota e sua trupe.
Voltemos ao parágrafo inicial, qual é o absurdo do projeto Escola Sem Partido? Ignora-se a realidade para dar continuidade ao
projeto de educação e sociedade em que vivemos faz tempo. O que esse movimento quer não é transformar a educação
brasileira. Eles querem frear alguns avanços pedagógicos e sociais que tivemos nos últimos 15 anos, como as leis 10.639/03 e a
11.645/08.
E por que apenas frear? Se analisarmos os conteúdos trabalhados e as atitudes desenvolvidas nas escolas, veremos poucas
mudanças em relação à educação tradicional, conservadora e meritocrática. Nas salas de aula, falamos sobre (e muitos cultuam)
a cultura eurocêntrica, o consumismo moderno, o agronegócio, a urbanização do mundo, a atuação das empresas multinacionais
e suas grandes marcas, a corrida desenvolvimentista, a fábula da sustentabilidade, em pensadores brancos, homens e europeus,
entre outros assuntos marcados pela hegemonia do saber.
Nos espaços da vida, mulheres são agredidas, jovens negros são assassinados, a cultura é elitizada, os espaços públicos são
murados e fortificados, o caminhar da vida é vigiado, o sucesso é baseado unicamente na ascensão econômica, entre outros
vendavais que nos levam ao mundo fabuloso da desigualdade e da perversidade das relações. Nos espaços de fé, os profetas e
seus seguidores cultuam emocionalmente suas verdades, ignoram suas realidades e almejam criar bolhas de satisfação pessoal e
comunitária. Tudo isso acirrando as disputas pelo existir e pelo mundo em que vivemos.
Para subverter minimamente esse quadro, precisamos criar leis para discutir a nossa origem e conhecer a história e a cultura
africana e indígena nas escolas. Na prática, para aqueles que reconhecem a necessidade de mudança, subvertem-se sistemas
para discutir a vida, a realidade e outros saberes necessários para transformar nossas ideias, nossas práticas, nossos espaços,
nossas relações, nossa existência.
Neste contexto, Escola Sem Partido (ou Escola de Pensamento Único) é um projeto para silenciar vozes, buscar estabilidades e
criar novos espaços de conforto e conformismo social, cultural e intelectual. A instabilidade, o diferente, a emergência, a
diversidade incomodam. Discutir as desigualdades sociais, o feminismo, a discriminação sexual, entre outros assuntos, é provocar
instabilidades nesse sistema de histórias e pensamentos únicos. Doutrinação ideológica está presente nas escolas desde sempre
com seus conteúdos, com seus discursos, com suas relações. Educar é um ato político em si.
O pensar crítico é outro papo. A atitude socialmente crítica é emancipação. Ela combate e rompe com o desenvolver enciclopédico
e elitizante das escolas tradicionais. Educar é analisar as realidades e a nossa sociedade, selecionando aquilo que é urgente para
ser conhecido, discutido, problematizado. Se analisar criticamente as realidades é um problema, que possamos subverter a lógica
do pensamento único. É preciso continuar nessa luta para garantir uma educação para a liberdade e para a autonomia.
Por uma educação que reconheça nossos povos tradicionais e seus saberes, garanta o bem estar das pessoas, valorize o fazer
coletivo, pratique a democracia nas suas relações, entre outras medidas que integram a agenda da educação em direitos
humanos, especialmente por um mundo socialmente justo e ambientalmente responsável.
Contra qualquer tipo de silenciamento, lhes digo: é preciso pensar, refletir, dialogar. Porém, é extremamente necessário fazer,
agir. Até por que, nosso grande Paulo Freire já mandou o papo: “Seria uma atitude ingênua esperar que as classes dominantes
desenvolvessem uma forma de educação que proporcionasse às classes dominadas perceber as injustiças sociais de maneira
crítica”.
Nas palavras do educador, é necessário sermos homens e mulheres radicais nesse sistema atual. A radicalidade está na luta por
uma educação mais dialógica, humana e ativa marcada pela autonomia do educando e pela liberdade na construção dos saberes
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A doutrinação ideológica está presente nas Escolas desde sempre com seus conteúdos, suas relações.
Para o projeto Escola Sem Partido, discutir feminismo e homofobia é doutrinação ideológica e imposição da ideologia de gênero
nas escolas. Como reflexo da sociedade, as escolas são espaços marcados pela opressão às mulheres e pela discriminação sexual.
Na maioria dos casos, as ações e as reações são silenciadas e banalizadas. Será que é necessário ter a discussão nas escolas?
Creio que os dados e as informações a seguir nos mostrarão a urgência da discussão na sociedade.
Segundo dados do Mapa da Violência 2015, de Julio Jacobo Waiselfisz, entre 2003 e 2013, o número de vítimas do sexo feminino
mortas passou de 3.937 para 4.762, incremento de 21% na década. Essas 4.762 mortes em 2013 representam 13 homicídios
femininos diários. Quando analisamos os casos de feminicídio, a população negra é vítima prioritária no país. Sobre os tipos de
violência contra a mulher, em 2014, foram atendidas pelo Sistema Único de Saúde 23.630 casos de violência sexual, a maioria
envolvendo crianças e adolescentes.
Segundo informações presentes no estudo “Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil”, de 2013, realizado pelo Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 2006 para combater a violência contra a
mulher, não teve impacto no número de mortes por esse tipo de agressão.
Quando o assunto é escola, os dados sobre assédio ou violência contra estudantes femininas são escassos ou inexistentes nas
secretarias de educação pelo país. Já sobre discriminação contra homossexuais os dados são preocupantes. Em pesquisa
realizada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no interior de São Paulo, 32% dos homossexuais entrevistados
afirmaram sofrer preconceito dentro das salas de aula e também que os educadores ainda não sabem reagir apropriadamente
diante das agressões, que podem ser físicas ou verbais, no ambiente escolar.
Os dados, segundo os pesquisadores, convergem com aqueles apresentados em pesquisa do Ministério da Educação que ouviu
8.283 estudantes na faixa etária de 15 a 29 anos, no ano letivo de 2013, em todo o país, e constatou que 20% dos alunos não
querem colega de classe homossexual ou transexual.
Na mídia, além da reprodução dos discursos e da estética da sociedade machista, alguns personagens com grande visibilidade
provocam e se promovem a partir de atitudes machistas, como o humorista Danilo Gentili e o ator Alexandre Frota. Uma rápida
pesquisa no mundo virtual nos apresenta inúmeros casos envolvendo “famosos”. Por sinal, em recente audiência com o ministro
da Educação, Mendonça Filho, Frota e um grupo associado ao movimento Escola Sem Partido levaram suas propostas para
transformar a educação brasileira.
Certamente, Alexandre Frota tem todo o direito de ser ouvido pelo Ministro da Educação. Porém, quais são os problemas
envolvidos? Trata-se de um cara com passado marcado por machismos e atitudes boçais. Além disso, há desigualdade no diálogo.
Todos deveriam ser ouvidos. Os estudantes das escolas ocupadas estão sendo ouvidos? Muito pouco. Os professores em greve
estão sendo ouvidos? Um pouco mais, porém, de forma marginalizada. Até o presente momento, reitores de universidades
públicas federais não conseguiram marcar encontros com o atual ministro. Enfim, é preciso superar a seletividade do diálogo e
analisar criticamente o projeto levado por Frota e sua trupe.
Voltemos ao parágrafo inicial, qual é o absurdo do projeto Escola Sem Partido? Ignora-se a realidade para dar continuidade ao
projeto de educação e sociedade em que vivemos faz tempo. O que esse movimento quer não é transformar a educação
brasileira. Eles querem frear alguns avanços pedagógicos e sociais que tivemos nos últimos 15 anos, como as leis 10.639/03 e a
11.645/08.
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E por que apenas frear? Se analisarmos os conteúdos trabalhados e as atitudes desenvolvidas nas escolas, veremos poucas
mudanças em relação à educação tradicional, conservadora e meritocrática. Nas salas de aula, falamos sobre (e muitos cultuam)
a cultura eurocêntrica, o consumismo moderno, o agronegócio, a urbanização do mundo, a atuação das empresas multinacionais
e suas grandes marcas, a corrida desenvolvimentista, a fábula da sustentabilidade, em pensadores brancos, homens e europeus,
entre outros assuntos marcados pela hegemonia do saber.
Nos espaços da vida, mulheres são agredidas, jovens negros são assassinados, a cultura é elitizada, os espaços públicos são
murados e fortificados, o caminhar da vida é vigiado, o sucesso é baseado unicamente na ascensão econômica, entre outros
vendavais que nos levam ao mundo fabuloso da desigualdade e da perversidade das relações. Nos espaços de fé, os profetas e
seus seguidores cultuam emocionalmente suas verdades, ignoram suas realidades e almejam criar bolhas de satisfação pessoal e
comunitária. Tudo isso acirrando as disputas pelo existir e pelo mundo em que vivemos.
Para subverter minimamente esse quadro, precisamos criar leis para discutir a nossa origem e conhecer a história e a cultura
africana e indígena nas escolas. Na prática, para aqueles que reconhecem a necessidade de mudança, subvertem-se sistemas
para discutir a vida, a realidade e outros saberes necessários para transformar nossas ideias, nossas práticas, nossos espaços,
nossas relações, nossa existência.
Neste contexto, Escola Sem Partido (ou Escola de Pensamento Único) é um projeto para silenciar vozes, buscar estabilidades e
criar novos espaços de conforto e conformismo social, cultural e intelectual. A instabilidade, o diferente, a emergência, a
diversidade incomodam. Discutir as desigualdades sociais, o feminismo, a discriminação sexual, entre outros assuntos, é provocar
instabilidades nesse sistema de histórias e pensamentos únicos. Doutrinação ideológica está presente nas escolas desde sempre
com seus conteúdos, com seus discursos, com suas relações. Educar é um ato político em si.
O pensar crítico é outro papo. A atitude socialmente crítica é emancipação. Ela combate e rompe com o desenvolver enciclopédico
e elitizante das escolas tradicionais. Educar é analisar as realidades e a nossa sociedade, selecionando aquilo que é urgente para
ser conhecido, discutido, problematizado. Se analisar criticamente as realidades é um problema, que possamos subverter a lógica
do pensamento único. É preciso continuar nessa luta para garantir uma educação para a liberdade e para a autonomia.
Por uma educação que reconheça nossos povos tradicionais e seus saberes, garanta o bem estar das pessoas, valorize o fazer
coletivo, pratique a democracia nas suas relações, entre outras medidas que integram a agenda da educação em direitos
humanos, especialmente por um mundo socialmente justo e ambientalmente responsável.
Contra qualquer tipo de silenciamento, lhes digo: é preciso pensar, refletir, dialogar. Porém, é extremamente necessário fazer,
agir. Até por que, nosso grande Paulo Freire já mandou o papo: “Seria uma atitude ingênua esperar que as classes dominantes
desenvolvessem uma forma de educação que proporcionasse às classes dominadas perceber as injustiças sociais de maneira
crítica”.
Nas palavras do educador, é necessário sermos homens e mulheres radicais nesse sistema atual. A radicalidade está na luta por
uma educação mais dialógica, humana e ativa marcada pela autonomia do educando e pela liberdade na construção dos saberes
e nos caminhos escolhidos para a vida.
“Como reflexo da sociedade, as escolas são espaços marcados pela opressão às mulheres e pela discriminação sexual”.
Todos os trechos a seguir são, explicitamente, argumentos que comprovam tal afirmação, EXCETO:
a) “Segundo dados do Mapa da Violência 2015, de Julio Jacobo Waiselfisz, entre 2003 e 2013, o número de vítimas do sexo
feminino mortas passou de 3.937 para 4.762, incremento de 21% na década.”
b) “Em pesquisa realizada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no interior de São Paulo, 32% dos homossexuais
entrevistados afirmaram sofrer preconceito dentro das salas de aula [...]”
c) “Quando o assunto é escola, os dados sobre assédio ou violência contra estudantes femininas são escassos ou inexistentes
nas secretarias de educação pelo país.”
d) “Na mídia, além da reprodução dos discursos e da estética da sociedade machista, alguns personagens com grande
visibilidade provocam e se promovem a partir de atitudes machistas, como o humorista Danilo Gentili e o ator Alexandre Frota.”
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A doutrinação ideológica está presente nas Escolas desde sempre com seus conteúdos, suas relações.
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Para o projeto Escola Sem Partido, discutir feminismo e homofobia é doutrinação ideológica e imposição da ideologia de gênero
nas escolas. Como reflexo da sociedade, as escolas são espaços marcados pela opressão às mulheres e pela discriminação sexual.
Na maioria dos casos, as ações e as reações são silenciadas e banalizadas. Será que é necessário ter a discussão nas escolas?
Creio que os dados e as informações a seguir nos mostrarão a urgência da discussão na sociedade.
Segundo dados do Mapa da Violência 2015, de Julio Jacobo Waiselfisz, entre 2003 e 2013, o número de vítimas do sexo feminino
mortas passou de 3.937 para 4.762, incremento de 21% na década. Essas 4.762 mortes em 2013 representam 13 homicídios
femininos diários. Quando analisamos os casos de feminicídio, a população negra é vítima prioritária no país. Sobre os tipos de
violência contra a mulher, em 2014, foram atendidas pelo Sistema Único de Saúde 23.630 casos de violência sexual, a maioria
envolvendo crianças e adolescentes.
Segundo informações presentes no estudo “Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil”, de 2013, realizado pelo Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 2006 para combater a violência contra a
mulher, não teve impacto no número de mortes por esse tipo de agressão.
Quando o assunto é escola, os dados sobre assédio ou violência contra estudantes femininas são escassos ou inexistentes nas
secretarias de educação pelo país. Já sobre discriminação contra homossexuais os dados são preocupantes. Em pesquisa
realizada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no interior de São Paulo, 32% dos homossexuais entrevistados
afirmaram sofrer preconceito dentro das salas de aula e também que os educadores ainda não sabem reagir apropriadamente
diante das agressões, que podem ser físicas ou verbais, no ambiente escolar.
Os dados, segundo os pesquisadores, convergem com aqueles apresentados em pesquisa do Ministério da Educação que ouviu
8.283 estudantes na faixa etária de 15 a 29 anos, no ano letivo de 2013, em todo o país, e constatou que 20% dos alunos não
querem colega de classe homossexual ou transexual.
Na mídia, além da reprodução dos discursos e da estética da sociedade machista, alguns personagens com grande visibilidade
provocam e se promovem a partir de atitudes machistas, como o humorista Danilo Gentili e o ator Alexandre Frota. Uma rápida
pesquisa no mundo virtual nos apresenta inúmeros casos envolvendo “famosos”. Por sinal, em recente audiência com o ministro
da Educação, Mendonça Filho, Frota e um grupo associado ao movimento Escola Sem Partido levaram suas propostas para
transformar a educação brasileira.
Certamente, Alexandre Frota tem todo o direito de ser ouvido pelo Ministro da Educação. Porém, quais são os problemas
envolvidos? Trata-se de um cara com passado marcado por machismos e atitudes boçais. Além disso, há desigualdade no diálogo.
Todos deveriam ser ouvidos. Os estudantes das escolas ocupadas estão sendo ouvidos? Muito pouco. Os professores em greve
estão sendo ouvidos? Um pouco mais, porém, de forma marginalizada. Até o presente momento, reitores de universidades
públicas federais não conseguiram marcar encontros com o atual ministro. Enfim, é preciso superar a seletividade do diálogo e
analisar criticamente o projeto levado por Frota e sua trupe.
Voltemos ao parágrafo inicial, qual é o absurdo do projeto Escola Sem Partido? Ignora-se a realidade para dar continuidade ao
projeto de educação e sociedade em que vivemos faz tempo. O que esse movimento quer não é transformar a educação
brasileira. Eles querem frear alguns avanços pedagógicos e sociais que tivemos nos últimos 15 anos, como as leis 10.639/03 e a
11.645/08.
E por que apenas frear? Se analisarmos os conteúdos trabalhados e as atitudes desenvolvidas nas escolas, veremos poucas
mudanças em relação à educação tradicional, conservadora e meritocrática. Nas salas de aula, falamos sobre (e muitos cultuam)
a cultura eurocêntrica, o consumismo moderno, o agronegócio, a urbanização do mundo, a atuação das empresas multinacionais
e suas grandes marcas, a corrida desenvolvimentista, a fábula da sustentabilidade, em pensadores brancos, homens e europeus,
entre outros assuntos marcados pela hegemonia do saber.
Nos espaços da vida, mulheres são agredidas, jovens negros são assassinados, a cultura é elitizada, os espaços públicos são
murados e fortificados, o caminhar da vida é vigiado, o sucesso é baseado unicamente na ascensão econômica, entre outros
vendavais que nos levam ao mundo fabuloso da desigualdade e da perversidade das relações. Nos espaços de fé, os profetas e
seus seguidores cultuam emocionalmente suas verdades, ignoram suas realidades e almejam criar bolhas de satisfação pessoal e
comunitária. Tudo isso acirrando as disputas pelo existir e pelo mundo em que vivemos.
Para subverter minimamente esse quadro, precisamos criar leis para discutir a nossa origem e conhecer a história e a cultura
africana e indígena nas escolas. Na prática, para aqueles que reconhecem a necessidade de mudança, subvertem-se sistemas
para discutir a vida, a realidade e outros saberes necessários para transformar nossas ideias, nossas práticas, nossos espaços,
nossas relações, nossa existência.
Neste contexto, Escola Sem Partido (ou Escola de Pensamento Único) é um projeto para silenciar vozes, buscar estabilidades e
criar novos espaços de conforto e conformismo social, cultural e intelectual. A instabilidade, o diferente, a emergência, a
diversidade incomodam. Discutir as desigualdades sociais, o feminismo, a discriminação sexual, entre outros assuntos, é provocar
instabilidades nesse sistema de histórias e pensamentos únicos. Doutrinação ideológica está presente nas escolas desde sempre
com seus conteúdos, com seus discursos, com suas relações. Educar é um ato político em si.
O pensar crítico é outro papo. A atitude socialmente crítica é emancipação. Ela combate e rompe com o desenvolver enciclopédico
e elitizante das escolas tradicionais. Educar é analisar as realidades e a nossa sociedade, selecionando aquilo que é urgente para
ser conhecido, discutido, problematizado. Se analisar criticamente as realidades é um problema, que possamos subverter a lógica
do pensamento único. É preciso continuar nessa luta para garantir uma educação para a liberdade e para a autonomia.
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Por uma educação que reconheça nossos povos tradicionais e seus saberes, garanta o bem estar das pessoas, valorize o fazer
coletivo, pratique a democracia nas suas relações, entre outras medidas que integram a agenda da educação em direitos
humanos, especialmente por um mundo socialmente justo e ambientalmente responsável.
Contra qualquer tipo de silenciamento, lhes digo: é preciso pensar, refletir, dialogar. Porém, é extremamente necessário fazer,
agir. Até por que, nosso grande Paulo Freire já mandou o papo: “Seria uma atitude ingênua esperar que as classes dominantes
desenvolvessem uma forma de educação que proporcionasse às classes dominadas perceber as injustiças sociais de maneira
crítica”.
Nas palavras do educador, é necessário sermos homens e mulheres radicais nesse sistema atual. A radicalidade está na luta por
uma educação mais dialógica, humana e ativa marcada pela autonomia do educando e pela liberdade na construção dos saberes
e nos caminhos escolhidos para a vida.
I. O 7º parágrafo funciona, ao mesmo tempo, como apresentação de contra-argumento e refutação, sinalizada pelo
articulador “porém”.
II. Uma das estratégias de desqualificar as propostas de Alexandre Frota e do grupo ligado ao movimento Escola sem
Partido, apresentadas ao ministro da Educação, é o uso do vocábulo “trupe”, no final do 7º parágrafo.
III. O 7º parágrafo, organizado por relação de causa-consequência, evidencia a atitude pouco democrática do Ministério da
Educação, ao estabelecer diálogo com alguns grupos da sociedade.
A doutrinação ideológica está presente nas Escolas desde sempre com seus conteúdos, suas relações.
Para o projeto Escola Sem Partido, discutir feminismo e homofobia é doutrinação ideológica e imposição da ideologia de gênero
nas escolas. Como reflexo da sociedade, as escolas são espaços marcados pela opressão às mulheres e pela discriminação sexual.
Na maioria dos casos, as ações e as reações são silenciadas e banalizadas. Será que é necessário ter a discussão nas escolas?
Creio que os dados e as informações a seguir nos mostrarão a urgência da discussão na sociedade.
Segundo dados do Mapa da Violência 2015, de Julio Jacobo Waiselfisz, entre 2003 e 2013, o número de vítimas do sexo feminino
mortas passou de 3.937 para 4.762, incremento de 21% na década. Essas 4.762 mortes em 2013 representam 13 homicídios
femininos diários. Quando analisamos os casos de feminicídio, a população negra é vítima prioritária no país. Sobre os tipos de
violência contra a mulher, em 2014, foram atendidas pelo Sistema Único de Saúde 23.630 casos de violência sexual, a maioria
envolvendo crianças e adolescentes.
Segundo informações presentes no estudo “Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil”, de 2013, realizado pelo Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 2006 para combater a violência contra a
mulher, não teve impacto no número de mortes por esse tipo de agressão.
Quando o assunto é escola, os dados sobre assédio ou violência contra estudantes femininas são escassos ou inexistentes nas
secretarias de educação pelo país. Já sobre discriminação contra homossexuais os dados são preocupantes. Em pesquisa
realizada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no interior de São Paulo, 32% dos homossexuais entrevistados
afirmaram sofrer preconceito dentro das salas de aula e também que os educadores ainda não sabem reagir apropriadamente
diante das agressões, que podem ser físicas ou verbais, no ambiente escolar.
Os dados, segundo os pesquisadores, convergem com aqueles apresentados em pesquisa do Ministério da Educação que ouviu
8.283 estudantes na faixa etária de 15 a 29 anos, no ano letivo de 2013, em todo o país, e constatou que 20% dos alunos não
querem colega de classe homossexual ou transexual.
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Na mídia, além da reprodução dos discursos e da estética da sociedade machista, alguns personagens com grande visibilidade
provocam e se promovem a partir de atitudes machistas, como o humorista Danilo Gentili e o ator Alexandre Frota. Uma rápida
pesquisa no mundo virtual nos apresenta inúmeros casos envolvendo “famosos”. Por sinal, em recente audiência com o ministro
da Educação, Mendonça Filho, Frota e um grupo associado ao movimento Escola Sem Partido levaram suas propostas para
transformar a educação brasileira.
Certamente, Alexandre Frota tem todo o direito de ser ouvido pelo Ministro da Educação. Porém, quais são os problemas
envolvidos? Trata-se de um cara com passado marcado por machismos e atitudes boçais. Além disso, há desigualdade no diálogo.
Todos deveriam ser ouvidos. Os estudantes das escolas ocupadas estão sendo ouvidos? Muito pouco. Os professores em greve
estão sendo ouvidos? Um pouco mais, porém, de forma marginalizada. Até o presente momento, reitores de universidades
públicas federais não conseguiram marcar encontros com o atual ministro. Enfim, é preciso superar a seletividade do diálogo e
analisar criticamente o projeto levado por Frota e sua trupe.
Voltemos ao parágrafo inicial, qual é o absurdo do projeto Escola Sem Partido? Ignora-se a realidade para dar continuidade ao
projeto de educação e sociedade em que vivemos faz tempo. O que esse movimento quer não é transformar a educação
brasileira. Eles querem frear alguns avanços pedagógicos e sociais que tivemos nos últimos 15 anos, como as leis 10.639/03 e a
11.645/08.
E por que apenas frear? Se analisarmos os conteúdos trabalhados e as atitudes desenvolvidas nas escolas, veremos poucas
mudanças em relação à educação tradicional, conservadora e meritocrática. Nas salas de aula, falamos sobre (e muitos cultuam)
a cultura eurocêntrica, o consumismo moderno, o agronegócio, a urbanização do mundo, a atuação das empresas multinacionais
e suas grandes marcas, a corrida desenvolvimentista, a fábula da sustentabilidade, em pensadores brancos, homens e europeus,
entre outros assuntos marcados pela hegemonia do saber.
Nos espaços da vida, mulheres são agredidas, jovens negros são assassinados, a cultura é elitizada, os espaços públicos são
murados e fortificados, o caminhar da vida é vigiado, o sucesso é baseado unicamente na ascensão econômica, entre outros
vendavais que nos levam ao mundo fabuloso da desigualdade e da perversidade das relações. Nos espaços de fé, os profetas e
seus seguidores cultuam emocionalmente suas verdades, ignoram suas realidades e almejam criar bolhas de satisfação pessoal e
comunitária. Tudo isso acirrando as disputas pelo existir e pelo mundo em que vivemos.
Para subverter minimamente esse quadro, precisamos criar leis para discutir a nossa origem e conhecer a história e a cultura
africana e indígena nas escolas. Na prática, para aqueles que reconhecem a necessidade de mudança, subvertem-se sistemas
para discutir a vida, a realidade e outros saberes necessários para transformar nossas ideias, nossas práticas, nossos espaços,
nossas relações, nossa existência.
Neste contexto, Escola Sem Partido (ou Escola de Pensamento Único) é um projeto para silenciar vozes, buscar estabilidades e
criar novos espaços de conforto e conformismo social, cultural e intelectual. A instabilidade, o diferente, a emergência, a
diversidade incomodam. Discutir as desigualdades sociais, o feminismo, a discriminação sexual, entre outros assuntos, é provocar
instabilidades nesse sistema de histórias e pensamentos únicos. Doutrinação ideológica está presente nas escolas desde sempre
com seus conteúdos, com seus discursos, com suas relações. Educar é um ato político em si.
O pensar crítico é outro papo. A atitude socialmente crítica é emancipação. Ela combate e rompe com o desenvolver enciclopédico
e elitizante das escolas tradicionais. Educar é analisar as realidades e a nossa sociedade, selecionando aquilo que é urgente para
ser conhecido, discutido, problematizado. Se analisar criticamente as realidades é um problema, que possamos subverter a lógica
do pensamento único. É preciso continuar nessa luta para garantir uma educação para a liberdade e para a autonomia.
Por uma educação que reconheça nossos povos tradicionais e seus saberes, garanta o bem estar das pessoas, valorize o fazer
coletivo, pratique a democracia nas suas relações, entre outras medidas que integram a agenda da educação em direitos
humanos, especialmente por um mundo socialmente justo e ambientalmente responsável.
Contra qualquer tipo de silenciamento, lhes digo: é preciso pensar, refletir, dialogar. Porém, é extremamente necessário fazer,
agir. Até por que, nosso grande Paulo Freire já mandou o papo: “Seria uma atitude ingênua esperar que as classes dominantes
desenvolvessem uma forma de educação que proporcionasse às classes dominadas perceber as injustiças sociais de maneira
crítica”.
Nas palavras do educador, é necessário sermos homens e mulheres radicais nesse sistema atual. A radicalidade está na luta por
uma educação mais dialógica, humana e ativa marcada pela autonomia do educando e pela liberdade na construção dos saberes
e nos caminhos escolhidos para a vida.
Leia o trecho a seguir, retirado do Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das
Relações Etnicorraciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana.
“A Lei 10639, que estabelece o ensino da História da África e da Cultura afro-brasileira nos sistemas de ensino, foi uma das
primeiras leis assinadas pelo Presidente Lula. Isto significa o reconhecimento da importância da questão do combate ao
preconceito, ao racismo e à discriminação na agenda brasileira de redução das desigualdades.
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A Lei 10639 e, posteriormente, a Lei 11645, que dá a mesma orientação quanto à temática indígena, não são apenas
instrumentos de orientação para o combate à discriminação. São também Leis afirmativas, no sentido de que reconhecem a
escola como lugar da formação de cidadãos e afirmam a relevância de a escola promover a necessária valorização das matrizes
culturais que fizeram do Brasil o país rico, múltiplo e plural que somos.”
A doutrinação ideológica está presente nas Escolas desde sempre com seus conteúdos, suas relações.
Para o projeto Escola Sem Partido, discutir feminismo e homofobia é doutrinação ideológica e imposição da ideologia de gênero
nas escolas. Como reflexo da sociedade, as escolas são espaços marcados pela opressão às mulheres e pela discriminação sexual.
Na maioria dos casos, as ações e as reações são silenciadas e banalizadas. Será que é necessário ter a discussão nas escolas?
Creio que os dados e as informações a seguir nos mostrarão a urgência da discussão na sociedade.
Segundo dados do Mapa da Violência 2015, de Julio Jacobo Waiselfisz, entre 2003 e 2013, o número de vítimas do sexo feminino
mortas passou de 3.937 para 4.762, incremento de 21% na década. Essas 4.762 mortes em 2013 representam 13 homicídios
femininos diários. Quando analisamos os casos de feminicídio, a população negra é vítima prioritária no país. Sobre os tipos de
violência contra a mulher, em 2014, foram atendidas pelo Sistema Único de Saúde 23.630 casos de violência sexual, a maioria
envolvendo crianças e adolescentes.
Segundo informações presentes no estudo “Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil”, de 2013, realizado pelo Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 2006 para combater a violência contra a
mulher, não teve impacto no número de mortes por esse tipo de agressão.
Quando o assunto é escola, os dados sobre assédio ou violência contra estudantes femininas são escassos ou inexistentes nas
secretarias de educação pelo país. Já sobre discriminação contra homossexuais os dados são preocupantes. Em pesquisa
realizada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no interior de São Paulo, 32% dos homossexuais entrevistados
afirmaram sofrer preconceito dentro das salas de aula e também que os educadores ainda não sabem reagir apropriadamente
diante das agressões, que podem ser físicas ou verbais, no ambiente escolar.
Os dados, segundo os pesquisadores, convergem com aqueles apresentados em pesquisa do Ministério da Educação que ouviu
8.283 estudantes na faixa etária de 15 a 29 anos, no ano letivo de 2013, em todo o país, e constatou que 20% dos alunos não
querem colega de classe homossexual ou transexual.
Na mídia, além da reprodução dos discursos e da estética da sociedade machista, alguns personagens com grande visibilidade
provocam e se promovem a partir de atitudes machistas, como o humorista Danilo Gentili e o ator Alexandre Frota. Uma rápida
pesquisa no mundo virtual nos apresenta inúmeros casos envolvendo “famosos”. Por sinal, em recente audiência com o ministro
da Educação, Mendonça Filho, Frota e um grupo associado ao movimento Escola Sem Partido levaram suas propostas para
transformar a educação brasileira.
Certamente, Alexandre Frota tem todo o direito de ser ouvido pelo Ministro da Educação. Porém, quais são os problemas
envolvidos? Trata-se de um cara com passado marcado por machismos e atitudes boçais. Além disso, há desigualdade no diálogo.
Todos deveriam ser ouvidos. Os estudantes das escolas ocupadas estão sendo ouvidos? Muito pouco. Os professores em greve
estão sendo ouvidos? Um pouco mais, porém, de forma marginalizada. Até o presente momento, reitores de universidades
públicas federais não conseguiram marcar encontros com o atual ministro. Enfim, é preciso superar a seletividade do diálogo e
analisar criticamente o projeto levado por Frota e sua trupe.
Voltemos ao parágrafo inicial, qual é o absurdo do projeto Escola Sem Partido? Ignora-se a realidade para dar continuidade ao
projeto de educação e sociedade em que vivemos faz tempo. O que esse movimento quer não é transformar a educação
brasileira. Eles querem frear alguns avanços pedagógicos e sociais que tivemos nos últimos 15 anos, como as leis 10.639/03 e a
11.645/08.
21 of 47 21/07/2019 00:01
TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/116...
E por que apenas frear? Se analisarmos os conteúdos trabalhados e as atitudes desenvolvidas nas escolas, veremos poucas
mudanças em relação à educação tradicional, conservadora e meritocrática. Nas salas de aula, falamos sobre (e muitos cultuam)
a cultura eurocêntrica, o consumismo moderno, o agronegócio, a urbanização do mundo, a atuação das empresas multinacionais
e suas grandes marcas, a corrida desenvolvimentista, a fábula da sustentabilidade, em pensadores brancos, homens e europeus,
entre outros assuntos marcados pela hegemonia do saber.
Nos espaços da vida, mulheres são agredidas, jovens negros são assassinados, a cultura é elitizada, os espaços públicos são
murados e fortificados, o caminhar da vida é vigiado, o sucesso é baseado unicamente na ascensão econômica, entre outros
vendavais que nos levam ao mundo fabuloso da desigualdade e da perversidade das relações. Nos espaços de fé, os profetas e
seus seguidores cultuam emocionalmente suas verdades, ignoram suas realidades e almejam criar bolhas de satisfação pessoal e
comunitária. Tudo isso acirrando as disputas pelo existir e pelo mundo em que vivemos.
Para subverter minimamente esse quadro, precisamos criar leis para discutir a nossa origem e conhecer a história e a cultura
africana e indígena nas escolas. Na prática, para aqueles que reconhecem a necessidade de mudança, subvertem-se sistemas
para discutir a vida, a realidade e outros saberes necessários para transformar nossas ideias, nossas práticas, nossos espaços,
nossas relações, nossa existência.
Neste contexto, Escola Sem Partido (ou Escola de Pensamento Único) é um projeto para silenciar vozes, buscar estabilidades e
criar novos espaços de conforto e conformismo social, cultural e intelectual. A instabilidade, o diferente, a emergência, a
diversidade incomodam. Discutir as desigualdades sociais, o feminismo, a discriminação sexual, entre outros assuntos, é provocar
instabilidades nesse sistema de histórias e pensamentos únicos. Doutrinação ideológica está presente nas escolas desde sempre
com seus conteúdos, com seus discursos, com suas relações. Educar é um ato político em si.
O pensar crítico é outro papo. A atitude socialmente crítica é emancipação. Ela combate e rompe com o desenvolver enciclopédico
e elitizante das escolas tradicionais. Educar é analisar as realidades e a nossa sociedade, selecionando aquilo que é urgente para
ser conhecido, discutido, problematizado. Se analisar criticamente as realidades é um problema, que possamos subverter a lógica
do pensamento único. É preciso continuar nessa luta para garantir uma educação para a liberdade e para a autonomia.
Por uma educação que reconheça nossos povos tradicionais e seus saberes, garanta o bem estar das pessoas, valorize o fazer
coletivo, pratique a democracia nas suas relações, entre outras medidas que integram a agenda da educação em direitos
humanos, especialmente por um mundo socialmente justo e ambientalmente responsável.
Contra qualquer tipo de silenciamento, lhes digo: é preciso pensar, refletir, dialogar. Porém, é extremamente necessário fazer,
agir. Até por que, nosso grande Paulo Freire já mandou o papo: “Seria uma atitude ingênua esperar que as classes dominantes
desenvolvessem uma forma de educação que proporcionasse às classes dominadas perceber as injustiças sociais de maneira
crítica”.
Nas palavras do educador, é necessário sermos homens e mulheres radicais nesse sistema atual. A radicalidade está na luta por
uma educação mais dialógica, humana e ativa marcada pela autonomia do educando e pela liberdade na construção dos saberes
e nos caminhos escolhidos para a vida.
A doutrinação ideológica está presente nas Escolas desde sempre com seus conteúdos, suas relações.
Para o projeto Escola Sem Partido, discutir feminismo e homofobia é doutrinação ideológica e imposição da ideologia de gênero
nas escolas. Como reflexo da sociedade, as escolas são espaços marcados pela opressão às mulheres e pela discriminação sexual.
Na maioria dos casos, as ações e as reações são silenciadas e banalizadas. Será que é necessário ter a discussão nas escolas?
Creio que os dados e as informações a seguir nos mostrarão a urgência da discussão na sociedade.
Segundo dados do Mapa da Violência 2015, de Julio Jacobo Waiselfisz, entre 2003 e 2013, o número de vítimas do sexo feminino
mortas passou de 3.937 para 4.762, incremento de 21% na década. Essas 4.762 mortes em 2013 representam 13 homicídios
22 of 47 21/07/2019 00:01
TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/116...
femininos diários. Quando analisamos os casos de feminicídio, a população negra é vítima prioritária no país. Sobre os tipos de
violência contra a mulher, em 2014, foram atendidas pelo Sistema Único de Saúde 23.630 casos de violência sexual, a maioria
envolvendo crianças e adolescentes.
Segundo informações presentes no estudo “Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil”, de 2013, realizado pelo Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 2006 para combater a violência contra a
mulher, não teve impacto no número de mortes por esse tipo de agressão.
Quando o assunto é escola, os dados sobre assédio ou violência contra estudantes femininas são escassos ou inexistentes nas
secretarias de educação pelo país. Já sobre discriminação contra homossexuais os dados são preocupantes. Em pesquisa
realizada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no interior de São Paulo, 32% dos homossexuais entrevistados
afirmaram sofrer preconceito dentro das salas de aula e também que os educadores ainda não sabem reagir apropriadamente
diante das agressões, que podem ser físicas ou verbais, no ambiente escolar.
Os dados, segundo os pesquisadores, convergem com aqueles apresentados em pesquisa do Ministério da Educação que ouviu
8.283 estudantes na faixa etária de 15 a 29 anos, no ano letivo de 2013, em todo o país, e constatou que 20% dos alunos não
querem colega de classe homossexual ou transexual.
Na mídia, além da reprodução dos discursos e da estética da sociedade machista, alguns personagens com grande visibilidade
provocam e se promovem a partir de atitudes machistas, como o humorista Danilo Gentili e o ator Alexandre Frota. Uma rápida
pesquisa no mundo virtual nos apresenta inúmeros casos envolvendo “famosos”. Por sinal, em recente audiência com o ministro
da Educação, Mendonça Filho, Frota e um grupo associado ao movimento Escola Sem Partido levaram suas propostas para
transformar a educação brasileira.
Certamente, Alexandre Frota tem todo o direito de ser ouvido pelo Ministro da Educação. Porém, quais são os problemas
envolvidos? Trata-se de um cara com passado marcado por machismos e atitudes boçais. Além disso, há desigualdade no diálogo.
Todos deveriam ser ouvidos. Os estudantes das escolas ocupadas estão sendo ouvidos? Muito pouco. Os professores em greve
estão sendo ouvidos? Um pouco mais, porém, de forma marginalizada. Até o presente momento, reitores de universidades
públicas federais não conseguiram marcar encontros com o atual ministro. Enfim, é preciso superar a seletividade do diálogo e
analisar criticamente o projeto levado por Frota e sua trupe.
Voltemos ao parágrafo inicial, qual é o absurdo do projeto Escola Sem Partido? Ignora-se a realidade para dar continuidade ao
projeto de educação e sociedade em que vivemos faz tempo. O que esse movimento quer não é transformar a educação
brasileira. Eles querem frear alguns avanços pedagógicos e sociais que tivemos nos últimos 15 anos, como as leis 10.639/03 e a
11.645/08.
E por que apenas frear? Se analisarmos os conteúdos trabalhados e as atitudes desenvolvidas nas escolas, veremos poucas
mudanças em relação à educação tradicional, conservadora e meritocrática. Nas salas de aula, falamos sobre (e muitos cultuam)
a cultura eurocêntrica, o consumismo moderno, o agronegócio, a urbanização do mundo, a atuação das empresas multinacionais
e suas grandes marcas, a corrida desenvolvimentista, a fábula da sustentabilidade, em pensadores brancos, homens e europeus,
entre outros assuntos marcados pela hegemonia do saber.
Nos espaços da vida, mulheres são agredidas, jovens negros são assassinados, a cultura é elitizada, os espaços públicos são
murados e fortificados, o caminhar da vida é vigiado, o sucesso é baseado unicamente na ascensão econômica, entre outros
vendavais que nos levam ao mundo fabuloso da desigualdade e da perversidade das relações. Nos espaços de fé, os profetas e
seus seguidores cultuam emocionalmente suas verdades, ignoram suas realidades e almejam criar bolhas de satisfação pessoal e
comunitária. Tudo isso acirrando as disputas pelo existir e pelo mundo em que vivemos.
Para subverter minimamente esse quadro, precisamos criar leis para discutir a nossa origem e conhecer a história e a cultura
africana e indígena nas escolas. Na prática, para aqueles que reconhecem a necessidade de mudança, subvertem-se sistemas
para discutir a vida, a realidade e outros saberes necessários para transformar nossas ideias, nossas práticas, nossos espaços,
nossas relações, nossa existência.
Neste contexto, Escola Sem Partido (ou Escola de Pensamento Único) é um projeto para silenciar vozes, buscar estabilidades e
criar novos espaços de conforto e conformismo social, cultural e intelectual. A instabilidade, o diferente, a emergência, a
diversidade incomodam. Discutir as desigualdades sociais, o feminismo, a discriminação sexual, entre outros assuntos, é provocar
instabilidades nesse sistema de histórias e pensamentos únicos. Doutrinação ideológica está presente nas escolas desde sempre
com seus conteúdos, com seus discursos, com suas relações. Educar é um ato político em si.
O pensar crítico é outro papo. A atitude socialmente crítica é emancipação. Ela combate e rompe com o desenvolver enciclopédico
e elitizante das escolas tradicionais. Educar é analisar as realidades e a nossa sociedade, selecionando aquilo que é urgente para
ser conhecido, discutido, problematizado. Se analisar criticamente as realidades é um problema, que possamos subverter a lógica
do pensamento único. É preciso continuar nessa luta para garantir uma educação para a liberdade e para a autonomia.
Por uma educação que reconheça nossos povos tradicionais e seus saberes, garanta o bem estar das pessoas, valorize o fazer
coletivo, pratique a democracia nas suas relações, entre outras medidas que integram a agenda da educação em direitos
humanos, especialmente por um mundo socialmente justo e ambientalmente responsável.
Contra qualquer tipo de silenciamento, lhes digo: é preciso pensar, refletir, dialogar. Porém, é extremamente necessário fazer,
agir. Até por que, nosso grande Paulo Freire já mandou o papo: “Seria uma atitude ingênua esperar que as classes dominantes
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desenvolvessem uma forma de educação que proporcionasse às classes dominadas perceber as injustiças sociais de maneira
crítica”.
Nas palavras do educador, é necessário sermos homens e mulheres radicais nesse sistema atual. A radicalidade está na luta por
uma educação mais dialógica, humana e ativa marcada pela autonomia do educando e pela liberdade na construção dos saberes
e nos caminhos escolhidos para a vida.
Releia o 11º parágrafo. É CORRETO afirmar que sua forma de organização é por
a) ponto de vista.
b) enumeração.
c) contraste.
d) explicação.
Esta questão não possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/752829
A doutrinação ideológica está presente nas Escolas desde sempre com seus conteúdos, suas relações.
Para o projeto Escola Sem Partido, discutir feminismo e homofobia é doutrinação ideológica e imposição da ideologia de gênero
nas escolas. Como reflexo da sociedade, as escolas são espaços marcados pela opressão às mulheres e pela discriminação sexual.
Na maioria dos casos, as ações e as reações são silenciadas e banalizadas. Será que é necessário ter a discussão nas escolas?
Creio que os dados e as informações a seguir nos mostrarão a urgência da discussão na sociedade.
Segundo dados do Mapa da Violência 2015, de Julio Jacobo Waiselfisz, entre 2003 e 2013, o número de vítimas do sexo feminino
mortas passou de 3.937 para 4.762, incremento de 21% na década. Essas 4.762 mortes em 2013 representam 13 homicídios
femininos diários. Quando analisamos os casos de feminicídio, a população negra é vítima prioritária no país. Sobre os tipos de
violência contra a mulher, em 2014, foram atendidas pelo Sistema Único de Saúde 23.630 casos de violência sexual, a maioria
envolvendo crianças e adolescentes.
Segundo informações presentes no estudo “Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil”, de 2013, realizado pelo Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 2006 para combater a violência contra a
mulher, não teve impacto no número de mortes por esse tipo de agressão.
Quando o assunto é escola, os dados sobre assédio ou violência contra estudantes femininas são escassos ou inexistentes nas
secretarias de educação pelo país. Já sobre discriminação contra homossexuais os dados são preocupantes. Em pesquisa
realizada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no interior de São Paulo, 32% dos homossexuais entrevistados
afirmaram sofrer preconceito dentro das salas de aula e também que os educadores ainda não sabem reagir apropriadamente
diante das agressões, que podem ser físicas ou verbais, no ambiente escolar.
Os dados, segundo os pesquisadores, convergem com aqueles apresentados em pesquisa do Ministério da Educação que ouviu
8.283 estudantes na faixa etária de 15 a 29 anos, no ano letivo de 2013, em todo o país, e constatou que 20% dos alunos não
querem colega de classe homossexual ou transexual.
Na mídia, além da reprodução dos discursos e da estética da sociedade machista, alguns personagens com grande visibilidade
provocam e se promovem a partir de atitudes machistas, como o humorista Danilo Gentili e o ator Alexandre Frota. Uma rápida
pesquisa no mundo virtual nos apresenta inúmeros casos envolvendo “famosos”. Por sinal, em recente audiência com o ministro
da Educação, Mendonça Filho, Frota e um grupo associado ao movimento Escola Sem Partido levaram suas propostas para
transformar a educação brasileira.
Certamente, Alexandre Frota tem todo o direito de ser ouvido pelo Ministro da Educação. Porém, quais são os problemas
envolvidos? Trata-se de um cara com passado marcado por machismos e atitudes boçais. Além disso, há desigualdade no diálogo.
Todos deveriam ser ouvidos. Os estudantes das escolas ocupadas estão sendo ouvidos? Muito pouco. Os professores em greve
estão sendo ouvidos? Um pouco mais, porém, de forma marginalizada. Até o presente momento, reitores de universidades
públicas federais não conseguiram marcar encontros com o atual ministro. Enfim, é preciso superar a seletividade do diálogo e
analisar criticamente o projeto levado por Frota e sua trupe.
Voltemos ao parágrafo inicial, qual é o absurdo do projeto Escola Sem Partido? Ignora-se a realidade para dar continuidade ao
projeto de educação e sociedade em que vivemos faz tempo. O que esse movimento quer não é transformar a educação
brasileira. Eles querem frear alguns avanços pedagógicos e sociais que tivemos nos últimos 15 anos, como as leis 10.639/03 e a
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E por que apenas frear? Se analisarmos os conteúdos trabalhados e as atitudes desenvolvidas nas escolas, veremos poucas
mudanças em relação à educação tradicional, conservadora e meritocrática. Nas salas de aula, falamos sobre (e muitos cultuam)
a cultura eurocêntrica, o consumismo moderno, o agronegócio, a urbanização do mundo, a atuação das empresas multinacionais
e suas grandes marcas, a corrida desenvolvimentista, a fábula da sustentabilidade, em pensadores brancos, homens e europeus,
entre outros assuntos marcados pela hegemonia do saber.
Nos espaços da vida, mulheres são agredidas, jovens negros são assassinados, a cultura é elitizada, os espaços públicos são
murados e fortificados, o caminhar da vida é vigiado, o sucesso é baseado unicamente na ascensão econômica, entre outros
vendavais que nos levam ao mundo fabuloso da desigualdade e da perversidade das relações. Nos espaços de fé, os profetas e
seus seguidores cultuam emocionalmente suas verdades, ignoram suas realidades e almejam criar bolhas de satisfação pessoal e
comunitária. Tudo isso acirrando as disputas pelo existir e pelo mundo em que vivemos.
Para subverter minimamente esse quadro, precisamos criar leis para discutir a nossa origem e conhecer a história e a cultura
africana e indígena nas escolas. Na prática, para aqueles que reconhecem a necessidade de mudança, subvertem-se sistemas
para discutir a vida, a realidade e outros saberes necessários para transformar nossas ideias, nossas práticas, nossos espaços,
nossas relações, nossa existência.
Neste contexto, Escola Sem Partido (ou Escola de Pensamento Único) é um projeto para silenciar vozes, buscar estabilidades e
criar novos espaços de conforto e conformismo social, cultural e intelectual. A instabilidade, o diferente, a emergência, a
diversidade incomodam. Discutir as desigualdades sociais, o feminismo, a discriminação sexual, entre outros assuntos, é provocar
instabilidades nesse sistema de histórias e pensamentos únicos. Doutrinação ideológica está presente nas escolas desde sempre
com seus conteúdos, com seus discursos, com suas relações. Educar é um ato político em si.
O pensar crítico é outro papo. A atitude socialmente crítica é emancipação. Ela combate e rompe com o desenvolver enciclopédico
e elitizante das escolas tradicionais. Educar é analisar as realidades e a nossa sociedade, selecionando aquilo que é urgente para
ser conhecido, discutido, problematizado. Se analisar criticamente as realidades é um problema, que possamos subverter a lógica
do pensamento único. É preciso continuar nessa luta para garantir uma educação para a liberdade e para a autonomia.
Por uma educação que reconheça nossos povos tradicionais e seus saberes, garanta o bem estar das pessoas, valorize o fazer
coletivo, pratique a democracia nas suas relações, entre outras medidas que integram a agenda da educação em direitos
humanos, especialmente por um mundo socialmente justo e ambientalmente responsável.
Contra qualquer tipo de silenciamento, lhes digo: é preciso pensar, refletir, dialogar. Porém, é extremamente necessário fazer,
agir. Até por que, nosso grande Paulo Freire já mandou o papo: “Seria uma atitude ingênua esperar que as classes dominantes
desenvolvessem uma forma de educação que proporcionasse às classes dominadas perceber as injustiças sociais de maneira
crítica”.
Nas palavras do educador, é necessário sermos homens e mulheres radicais nesse sistema atual. A radicalidade está na luta por
uma educação mais dialógica, humana e ativa marcada pela autonomia do educando e pela liberdade na construção dos saberes
e nos caminhos escolhidos para a vida.
A doutrinação ideológica está presente nas Escolas desde sempre com seus conteúdos, suas relações.
Para o projeto Escola Sem Partido, discutir feminismo e homofobia é doutrinação ideológica e imposição da ideologia de gênero
nas escolas. Como reflexo da sociedade, as escolas são espaços marcados pela opressão às mulheres e pela discriminação sexual.
Na maioria dos casos, as ações e as reações são silenciadas e banalizadas. Será que é necessário ter a discussão nas escolas?
Creio que os dados e as informações a seguir nos mostrarão a urgência da discussão na sociedade.
Segundo dados do Mapa da Violência 2015, de Julio Jacobo Waiselfisz, entre 2003 e 2013, o número de vítimas do sexo feminino
mortas passou de 3.937 para 4.762, incremento de 21% na década. Essas 4.762 mortes em 2013 representam 13 homicídios
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femininos diários. Quando analisamos os casos de feminicídio, a população negra é vítima prioritária no país. Sobre os tipos de
violência contra a mulher, em 2014, foram atendidas pelo Sistema Único de Saúde 23.630 casos de violência sexual, a maioria
envolvendo crianças e adolescentes.
Segundo informações presentes no estudo “Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil”, de 2013, realizado pelo Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 2006 para combater a violência contra a
mulher, não teve impacto no número de mortes por esse tipo de agressão.
Quando o assunto é escola, os dados sobre assédio ou violência contra estudantes femininas são escassos ou inexistentes nas
secretarias de educação pelo país. Já sobre discriminação contra homossexuais os dados são preocupantes. Em pesquisa
realizada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no interior de São Paulo, 32% dos homossexuais entrevistados
afirmaram sofrer preconceito dentro das salas de aula e também que os educadores ainda não sabem reagir apropriadamente
diante das agressões, que podem ser físicas ou verbais, no ambiente escolar.
Os dados, segundo os pesquisadores, convergem com aqueles apresentados em pesquisa do Ministério da Educação que ouviu
8.283 estudantes na faixa etária de 15 a 29 anos, no ano letivo de 2013, em todo o país, e constatou que 20% dos alunos não
querem colega de classe homossexual ou transexual.
Na mídia, além da reprodução dos discursos e da estética da sociedade machista, alguns personagens com grande visibilidade
provocam e se promovem a partir de atitudes machistas, como o humorista Danilo Gentili e o ator Alexandre Frota. Uma rápida
pesquisa no mundo virtual nos apresenta inúmeros casos envolvendo “famosos”. Por sinal, em recente audiência com o ministro
da Educação, Mendonça Filho, Frota e um grupo associado ao movimento Escola Sem Partido levaram suas propostas para
transformar a educação brasileira.
Certamente, Alexandre Frota tem todo o direito de ser ouvido pelo Ministro da Educação. Porém, quais são os problemas
envolvidos? Trata-se de um cara com passado marcado por machismos e atitudes boçais. Além disso, há desigualdade no diálogo.
Todos deveriam ser ouvidos. Os estudantes das escolas ocupadas estão sendo ouvidos? Muito pouco. Os professores em greve
estão sendo ouvidos? Um pouco mais, porém, de forma marginalizada. Até o presente momento, reitores de universidades
públicas federais não conseguiram marcar encontros com o atual ministro. Enfim, é preciso superar a seletividade do diálogo e
analisar criticamente o projeto levado por Frota e sua trupe.
Voltemos ao parágrafo inicial, qual é o absurdo do projeto Escola Sem Partido? Ignora-se a realidade para dar continuidade ao
projeto de educação e sociedade em que vivemos faz tempo. O que esse movimento quer não é transformar a educação
brasileira. Eles querem frear alguns avanços pedagógicos e sociais que tivemos nos últimos 15 anos, como as leis 10.639/03 e a
11.645/08.
E por que apenas frear? Se analisarmos os conteúdos trabalhados e as atitudes desenvolvidas nas escolas, veremos poucas
mudanças em relação à educação tradicional, conservadora e meritocrática. Nas salas de aula, falamos sobre (e muitos cultuam)
a cultura eurocêntrica, o consumismo moderno, o agronegócio, a urbanização do mundo, a atuação das empresas multinacionais
e suas grandes marcas, a corrida desenvolvimentista, a fábula da sustentabilidade, em pensadores brancos, homens e europeus,
entre outros assuntos marcados pela hegemonia do saber.
Nos espaços da vida, mulheres são agredidas, jovens negros são assassinados, a cultura é elitizada, os espaços públicos são
murados e fortificados, o caminhar da vida é vigiado, o sucesso é baseado unicamente na ascensão econômica, entre outros
vendavais que nos levam ao mundo fabuloso da desigualdade e da perversidade das relações. Nos espaços de fé, os profetas e
seus seguidores cultuam emocionalmente suas verdades, ignoram suas realidades e almejam criar bolhas de satisfação pessoal e
comunitária. Tudo isso acirrando as disputas pelo existir e pelo mundo em que vivemos.
Para subverter minimamente esse quadro, precisamos criar leis para discutir a nossa origem e conhecer a história e a cultura
africana e indígena nas escolas. Na prática, para aqueles que reconhecem a necessidade de mudança, subvertem-se sistemas
para discutir a vida, a realidade e outros saberes necessários para transformar nossas ideias, nossas práticas, nossos espaços,
nossas relações, nossa existência.
Neste contexto, Escola Sem Partido (ou Escola de Pensamento Único) é um projeto para silenciar vozes, buscar estabilidades e
criar novos espaços de conforto e conformismo social, cultural e intelectual. A instabilidade, o diferente, a emergência, a
diversidade incomodam. Discutir as desigualdades sociais, o feminismo, a discriminação sexual, entre outros assuntos, é provocar
instabilidades nesse sistema de histórias e pensamentos únicos. Doutrinação ideológica está presente nas escolas desde sempre
com seus conteúdos, com seus discursos, com suas relações. Educar é um ato político em si.
O pensar crítico é outro papo. A atitude socialmente crítica é emancipação. Ela combate e rompe com o desenvolver enciclopédico
e elitizante das escolas tradicionais. Educar é analisar as realidades e a nossa sociedade, selecionando aquilo que é urgente para
ser conhecido, discutido, problematizado. Se analisar criticamente as realidades é um problema, que possamos subverter a lógica
do pensamento único. É preciso continuar nessa luta para garantir uma educação para a liberdade e para a autonomia.
Por uma educação que reconheça nossos povos tradicionais e seus saberes, garanta o bem estar das pessoas, valorize o fazer
coletivo, pratique a democracia nas suas relações, entre outras medidas que integram a agenda da educação em direitos
humanos, especialmente por um mundo socialmente justo e ambientalmente responsável.
Contra qualquer tipo de silenciamento, lhes digo: é preciso pensar, refletir, dialogar. Porém, é extremamente necessário fazer,
agir. Até por que, nosso grande Paulo Freire já mandou o papo: “Seria uma atitude ingênua esperar que as classes dominantes
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desenvolvessem uma forma de educação que proporcionasse às classes dominadas perceber as injustiças sociais de maneira
crítica”.
Nas palavras do educador, é necessário sermos homens e mulheres radicais nesse sistema atual. A radicalidade está na luta por
uma educação mais dialógica, humana e ativa marcada pela autonomia do educando e pela liberdade na construção dos saberes
e nos caminhos escolhidos para a vida.
A doutrinação ideológica está presente nas Escolas desde sempre com seus conteúdos, suas relações.
Para o projeto Escola Sem Partido, discutir feminismo e homofobia é doutrinação ideológica e imposição da ideologia de gênero
nas escolas. Como reflexo da sociedade, as escolas são espaços marcados pela opressão às mulheres e pela discriminação sexual.
Na maioria dos casos, as ações e as reações são silenciadas e banalizadas. Será que é necessário ter a discussão nas escolas?
Creio que os dados e as informações a seguir nos mostrarão a urgência da discussão na sociedade.
Segundo dados do Mapa da Violência 2015, de Julio Jacobo Waiselfisz, entre 2003 e 2013, o número de vítimas do sexo feminino
mortas passou de 3.937 para 4.762, incremento de 21% na década. Essas 4.762 mortes em 2013 representam 13 homicídios
femininos diários. Quando analisamos os casos de feminicídio, a população negra é vítima prioritária no país. Sobre os tipos de
violência contra a mulher, em 2014, foram atendidas pelo Sistema Único de Saúde 23.630 casos de violência sexual, a maioria
envolvendo crianças e adolescentes.
Segundo informações presentes no estudo “Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil”, de 2013, realizado pelo Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 2006 para combater a violência contra a
mulher, não teve impacto no número de mortes por esse tipo de agressão.
Quando o assunto é escola, os dados sobre assédio ou violência contra estudantes femininas são escassos ou inexistentes nas
secretarias de educação pelo país. Já sobre discriminação contra homossexuais os dados são preocupantes. Em pesquisa
realizada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no interior de São Paulo, 32% dos homossexuais entrevistados
afirmaram sofrer preconceito dentro das salas de aula e também que os educadores ainda não sabem reagir apropriadamente
diante das agressões, que podem ser físicas ou verbais, no ambiente escolar.
Os dados, segundo os pesquisadores, convergem com aqueles apresentados em pesquisa do Ministério da Educação que ouviu
8.283 estudantes na faixa etária de 15 a 29 anos, no ano letivo de 2013, em todo o país, e constatou que 20% dos alunos não
querem colega de classe homossexual ou transexual.
Na mídia, além da reprodução dos discursos e da estética da sociedade machista, alguns personagens com grande visibilidade
provocam e se promovem a partir de atitudes machistas, como o humorista Danilo Gentili e o ator Alexandre Frota. Uma rápida
pesquisa no mundo virtual nos apresenta inúmeros casos envolvendo “famosos”. Por sinal, em recente audiência com o ministro
da Educação, Mendonça Filho, Frota e um grupo associado ao movimento Escola Sem Partido levaram suas propostas para
transformar a educação brasileira.
Certamente, Alexandre Frota tem todo o direito de ser ouvido pelo Ministro da Educação. Porém, quais são os problemas
envolvidos? Trata-se de um cara com passado marcado por machismos e atitudes boçais. Além disso, há desigualdade no diálogo.
Todos deveriam ser ouvidos. Os estudantes das escolas ocupadas estão sendo ouvidos? Muito pouco. Os professores em greve
estão sendo ouvidos? Um pouco mais, porém, de forma marginalizada. Até o presente momento, reitores de universidades
públicas federais não conseguiram marcar encontros com o atual ministro. Enfim, é preciso superar a seletividade do diálogo e
analisar criticamente o projeto levado por Frota e sua trupe.
Voltemos ao parágrafo inicial, qual é o absurdo do projeto Escola Sem Partido? Ignora-se a realidade para dar continuidade ao
projeto de educação e sociedade em que vivemos faz tempo. O que esse movimento quer não é transformar a educação
brasileira. Eles querem frear alguns avanços pedagógicos e sociais que tivemos nos últimos 15 anos, como as leis 10.639/03 e a
11.645/08.
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E por que apenas frear? Se analisarmos os conteúdos trabalhados e as atitudes desenvolvidas nas escolas, veremos poucas
mudanças em relação à educação tradicional, conservadora e meritocrática. Nas salas de aula, falamos sobre (e muitos cultuam)
a cultura eurocêntrica, o consumismo moderno, o agronegócio, a urbanização do mundo, a atuação das empresas multinacionais
e suas grandes marcas, a corrida desenvolvimentista, a fábula da sustentabilidade, em pensadores brancos, homens e europeus,
entre outros assuntos marcados pela hegemonia do saber.
Nos espaços da vida, mulheres são agredidas, jovens negros são assassinados, a cultura é elitizada, os espaços públicos são
murados e fortificados, o caminhar da vida é vigiado, o sucesso é baseado unicamente na ascensão econômica, entre outros
vendavais que nos levam ao mundo fabuloso da desigualdade e da perversidade das relações. Nos espaços de fé, os profetas e
seus seguidores cultuam emocionalmente suas verdades, ignoram suas realidades e almejam criar bolhas de satisfação pessoal e
comunitária. Tudo isso acirrando as disputas pelo existir e pelo mundo em que vivemos.
Para subverter minimamente esse quadro, precisamos criar leis para discutir a nossa origem e conhecer a história e a cultura
africana e indígena nas escolas. Na prática, para aqueles que reconhecem a necessidade de mudança, subvertem-se sistemas
para discutir a vida, a realidade e outros saberes necessários para transformar nossas ideias, nossas práticas, nossos espaços,
nossas relações, nossa existência.
Neste contexto, Escola Sem Partido (ou Escola de Pensamento Único) é um projeto para silenciar vozes, buscar estabilidades e
criar novos espaços de conforto e conformismo social, cultural e intelectual. A instabilidade, o diferente, a emergência, a
diversidade incomodam. Discutir as desigualdades sociais, o feminismo, a discriminação sexual, entre outros assuntos, é provocar
instabilidades nesse sistema de histórias e pensamentos únicos. Doutrinação ideológica está presente nas escolas desde sempre
com seus conteúdos, com seus discursos, com suas relações. Educar é um ato político em si.
O pensar crítico é outro papo. A atitude socialmente crítica é emancipação. Ela combate e rompe com o desenvolver enciclopédico
e elitizante das escolas tradicionais. Educar é analisar as realidades e a nossa sociedade, selecionando aquilo que é urgente para
ser conhecido, discutido, problematizado. Se analisar criticamente as realidades é um problema, que possamos subverter a lógica
do pensamento único. É preciso continuar nessa luta para garantir uma educação para a liberdade e para a autonomia.
Por uma educação que reconheça nossos povos tradicionais e seus saberes, garanta o bem estar das pessoas, valorize o fazer
coletivo, pratique a democracia nas suas relações, entre outras medidas que integram a agenda da educação em direitos
humanos, especialmente por um mundo socialmente justo e ambientalmente responsável.
Contra qualquer tipo de silenciamento, lhes digo: é preciso pensar, refletir, dialogar. Porém, é extremamente necessário fazer,
agir. Até por que, nosso grande Paulo Freire já mandou o papo: “Seria uma atitude ingênua esperar que as classes dominantes
desenvolvessem uma forma de educação que proporcionasse às classes dominadas perceber as injustiças sociais de maneira
crítica”.
Nas palavras do educador, é necessário sermos homens e mulheres radicais nesse sistema atual. A radicalidade está na luta por
uma educação mais dialógica, humana e ativa marcada pela autonomia do educando e pela liberdade na construção dos saberes
e nos caminhos escolhidos para a vida.
Todas as alternativas a seguir podem ser consideradas generalizações feitas no texto, EXCETO:
a) Neste contexto, Escola Sem Partido (ou Escola de Pensamento Único) é um projeto para silenciar vozes, buscar
estabilidades e criar novos espaços de conforto e conformismo social, cultural e intelectual.
b) Contra qualquer tipo de silenciamento, lhes digo: é preciso pensar, refletir, dialogar.
c) Como reflexo da sociedade, as escolas são espaços marcados pela opressão e pela discriminação sexual.
d) Educar é analisar as realidades e a nossa sociedade, selecionando aquilo que é urgente para ser conhecido, discutido,
problematizado.
Esta questão não possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/752832
A doutrinação ideológica está presente nas Escolas desde sempre com seus conteúdos, suas relações.
Para o projeto Escola Sem Partido, discutir feminismo e homofobia é doutrinação ideológica e imposição da ideologia de gênero
nas escolas. Como reflexo da sociedade, as escolas são espaços marcados pela opressão às mulheres e pela discriminação sexual.
Na maioria dos casos, as ações e as reações são silenciadas e banalizadas. Será que é necessário ter a discussão nas escolas?
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TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/116...
Creio que os dados e as informações a seguir nos mostrarão a urgência da discussão na sociedade.
Segundo dados do Mapa da Violência 2015, de Julio Jacobo Waiselfisz, entre 2003 e 2013, o número de vítimas do sexo feminino
mortas passou de 3.937 para 4.762, incremento de 21% na década. Essas 4.762 mortes em 2013 representam 13 homicídios
femininos diários. Quando analisamos os casos de feminicídio, a população negra é vítima prioritária no país. Sobre os tipos de
violência contra a mulher, em 2014, foram atendidas pelo Sistema Único de Saúde 23.630 casos de violência sexual, a maioria
envolvendo crianças e adolescentes.
Segundo informações presentes no estudo “Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil”, de 2013, realizado pelo Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 2006 para combater a violência contra a
mulher, não teve impacto no número de mortes por esse tipo de agressão.
Quando o assunto é escola, os dados sobre assédio ou violência contra estudantes femininas são escassos ou inexistentes nas
secretarias de educação pelo país. Já sobre discriminação contra homossexuais os dados são preocupantes. Em pesquisa
realizada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no interior de São Paulo, 32% dos homossexuais entrevistados
afirmaram sofrer preconceito dentro das salas de aula e também que os educadores ainda não sabem reagir apropriadamente
diante das agressões, que podem ser físicas ou verbais, no ambiente escolar.
Os dados, segundo os pesquisadores, convergem com aqueles apresentados em pesquisa do Ministério da Educação que ouviu
8.283 estudantes na faixa etária de 15 a 29 anos, no ano letivo de 2013, em todo o país, e constatou que 20% dos alunos não
querem colega de classe homossexual ou transexual.
Na mídia, além da reprodução dos discursos e da estética da sociedade machista, alguns personagens com grande visibilidade
provocam e se promovem a partir de atitudes machistas, como o humorista Danilo Gentili e o ator Alexandre Frota. Uma rápida
pesquisa no mundo virtual nos apresenta inúmeros casos envolvendo “famosos”. Por sinal, em recente audiência com o ministro
da Educação, Mendonça Filho, Frota e um grupo associado ao movimento Escola Sem Partido levaram suas propostas para
transformar a educação brasileira.
Certamente, Alexandre Frota tem todo o direito de ser ouvido pelo Ministro da Educação. Porém, quais são os problemas
envolvidos? Trata-se de um cara com passado marcado por machismos e atitudes boçais. Além disso, há desigualdade no diálogo.
Todos deveriam ser ouvidos. Os estudantes das escolas ocupadas estão sendo ouvidos? Muito pouco. Os professores em greve
estão sendo ouvidos? Um pouco mais, porém, de forma marginalizada. Até o presente momento, reitores de universidades
públicas federais não conseguiram marcar encontros com o atual ministro. Enfim, é preciso superar a seletividade do diálogo e
analisar criticamente o projeto levado por Frota e sua trupe.
Voltemos ao parágrafo inicial, qual é o absurdo do projeto Escola Sem Partido? Ignora-se a realidade para dar continuidade ao
projeto de educação e sociedade em que vivemos faz tempo. O que esse movimento quer não é transformar a educação
brasileira. Eles querem frear alguns avanços pedagógicos e sociais que tivemos nos últimos 15 anos, como as leis 10.639/03 e a
11.645/08.
E por que apenas frear? Se analisarmos os conteúdos trabalhados e as atitudes desenvolvidas nas escolas, veremos poucas
mudanças em relação à educação tradicional, conservadora e meritocrática. Nas salas de aula, falamos sobre (e muitos cultuam)
a cultura eurocêntrica, o consumismo moderno, o agronegócio, a urbanização do mundo, a atuação das empresas multinacionais
e suas grandes marcas, a corrida desenvolvimentista, a fábula da sustentabilidade, em pensadores brancos, homens e europeus,
entre outros assuntos marcados pela hegemonia do saber.
Nos espaços da vida, mulheres são agredidas, jovens negros são assassinados, a cultura é elitizada, os espaços públicos são
murados e fortificados, o caminhar da vida é vigiado, o sucesso é baseado unicamente na ascensão econômica, entre outros
vendavais que nos levam ao mundo fabuloso da desigualdade e da perversidade das relações. Nos espaços de fé, os profetas e
seus seguidores cultuam emocionalmente suas verdades, ignoram suas realidades e almejam criar bolhas de satisfação pessoal e
comunitária. Tudo isso acirrando as disputas pelo existir e pelo mundo em que vivemos.
Para subverter minimamente esse quadro, precisamos criar leis para discutir a nossa origem e conhecer a história e a cultura
africana e indígena nas escolas. Na prática, para aqueles que reconhecem a necessidade de mudança, subvertem-se sistemas
para discutir a vida, a realidade e outros saberes necessários para transformar nossas ideias, nossas práticas, nossos espaços,
nossas relações, nossa existência.
Neste contexto, Escola Sem Partido (ou Escola de Pensamento Único) é um projeto para silenciar vozes, buscar estabilidades e
criar novos espaços de conforto e conformismo social, cultural e intelectual. A instabilidade, o diferente, a emergência, a
diversidade incomodam. Discutir as desigualdades sociais, o feminismo, a discriminação sexual, entre outros assuntos, é provocar
instabilidades nesse sistema de histórias e pensamentos únicos. Doutrinação ideológica está presente nas escolas desde sempre
com seus conteúdos, com seus discursos, com suas relações. Educar é um ato político em si.
O pensar crítico é outro papo. A atitude socialmente crítica é emancipação. Ela combate e rompe com o desenvolver enciclopédico
e elitizante das escolas tradicionais. Educar é analisar as realidades e a nossa sociedade, selecionando aquilo que é urgente para
ser conhecido, discutido, problematizado. Se analisar criticamente as realidades é um problema, que possamos subverter a lógica
do pensamento único. É preciso continuar nessa luta para garantir uma educação para a liberdade e para a autonomia.
Por uma educação que reconheça nossos povos tradicionais e seus saberes, garanta o bem estar das pessoas, valorize o fazer
coletivo, pratique a democracia nas suas relações, entre outras medidas que integram a agenda da educação em direitos
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Contra qualquer tipo de silenciamento, lhes digo: é preciso pensar, refletir, dialogar. Porém, é extremamente necessário fazer,
agir. Até por que, nosso grande Paulo Freire já mandou o papo: “Seria uma atitude ingênua esperar que as classes dominantes
desenvolvessem uma forma de educação que proporcionasse às classes dominadas perceber as injustiças sociais de maneira
crítica”.
Nas palavras do educador, é necessário sermos homens e mulheres radicais nesse sistema atual. A radicalidade está na luta por
uma educação mais dialógica, humana e ativa marcada pela autonomia do educando e pela liberdade na construção dos saberes
e nos caminhos escolhidos para a vida.
A doutrinação ideológica está presente nas Escolas desde sempre com seus conteúdos, suas relações.
Para o projeto Escola Sem Partido, discutir feminismo e homofobia é doutrinação ideológica e imposição da ideologia de gênero
nas escolas. Como reflexo da sociedade, as escolas são espaços marcados pela opressão às mulheres e pela discriminação sexual.
Na maioria dos casos, as ações e as reações são silenciadas e banalizadas. Será que é necessário ter a discussão nas escolas?
Creio que os dados e as informações a seguir nos mostrarão a urgência da discussão na sociedade.
Segundo dados do Mapa da Violência 2015, de Julio Jacobo Waiselfisz, entre 2003 e 2013, o número de vítimas do sexo feminino
mortas passou de 3.937 para 4.762, incremento de 21% na década. Essas 4.762 mortes em 2013 representam 13 homicídios
femininos diários. Quando analisamos os casos de feminicídio, a população negra é vítima prioritária no país. Sobre os tipos de
violência contra a mulher, em 2014, foram atendidas pelo Sistema Único de Saúde 23.630 casos de violência sexual, a maioria
envolvendo crianças e adolescentes.
Segundo informações presentes no estudo “Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil”, de 2013, realizado pelo Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 2006 para combater a violência contra a
mulher, não teve impacto no número de mortes por esse tipo de agressão.
Quando o assunto é escola, os dados sobre assédio ou violência contra estudantes femininas são escassos ou inexistentes nas
secretarias de educação pelo país. Já sobre discriminação contra homossexuais os dados são preocupantes. Em pesquisa
realizada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no interior de São Paulo, 32% dos homossexuais entrevistados
afirmaram sofrer preconceito dentro das salas de aula e também que os educadores ainda não sabem reagir apropriadamente
diante das agressões, que podem ser físicas ou verbais, no ambiente escolar.
Os dados, segundo os pesquisadores, convergem com aqueles apresentados em pesquisa do Ministério da Educação que ouviu
8.283 estudantes na faixa etária de 15 a 29 anos, no ano letivo de 2013, em todo o país, e constatou que 20% dos alunos não
querem colega de classe homossexual ou transexual.
Na mídia, além da reprodução dos discursos e da estética da sociedade machista, alguns personagens com grande visibilidade
provocam e se promovem a partir de atitudes machistas, como o humorista Danilo Gentili e o ator Alexandre Frota. Uma rápida
pesquisa no mundo virtual nos apresenta inúmeros casos envolvendo “famosos”. Por sinal, em recente audiência com o ministro
da Educação, Mendonça Filho, Frota e um grupo associado ao movimento Escola Sem Partido levaram suas propostas para
transformar a educação brasileira.
Certamente, Alexandre Frota tem todo o direito de ser ouvido pelo Ministro da Educação. Porém, quais são os problemas
envolvidos? Trata-se de um cara com passado marcado por machismos e atitudes boçais. Além disso, há desigualdade no diálogo.
Todos deveriam ser ouvidos. Os estudantes das escolas ocupadas estão sendo ouvidos? Muito pouco. Os professores em greve
estão sendo ouvidos? Um pouco mais, porém, de forma marginalizada. Até o presente momento, reitores de universidades
públicas federais não conseguiram marcar encontros com o atual ministro. Enfim, é preciso superar a seletividade do diálogo e
analisar criticamente o projeto levado por Frota e sua trupe.
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Voltemos ao parágrafo inicial, qual é o absurdo do projeto Escola Sem Partido? Ignora-se a realidade para dar continuidade ao
projeto de educação e sociedade em que vivemos faz tempo. O que esse movimento quer não é transformar a educação
brasileira. Eles querem frear alguns avanços pedagógicos e sociais que tivemos nos últimos 15 anos, como as leis 10.639/03 e a
11.645/08.
E por que apenas frear? Se analisarmos os conteúdos trabalhados e as atitudes desenvolvidas nas escolas, veremos poucas
mudanças em relação à educação tradicional, conservadora e meritocrática. Nas salas de aula, falamos sobre (e muitos cultuam)
a cultura eurocêntrica, o consumismo moderno, o agronegócio, a urbanização do mundo, a atuação das empresas multinacionais
e suas grandes marcas, a corrida desenvolvimentista, a fábula da sustentabilidade, em pensadores brancos, homens e europeus,
entre outros assuntos marcados pela hegemonia do saber.
Nos espaços da vida, mulheres são agredidas, jovens negros são assassinados, a cultura é elitizada, os espaços públicos são
murados e fortificados, o caminhar da vida é vigiado, o sucesso é baseado unicamente na ascensão econômica, entre outros
vendavais que nos levam ao mundo fabuloso da desigualdade e da perversidade das relações. Nos espaços de fé, os profetas e
seus seguidores cultuam emocionalmente suas verdades, ignoram suas realidades e almejam criar bolhas de satisfação pessoal e
comunitária. Tudo isso acirrando as disputas pelo existir e pelo mundo em que vivemos.
Para subverter minimamente esse quadro, precisamos criar leis para discutir a nossa origem e conhecer a história e a cultura
africana e indígena nas escolas. Na prática, para aqueles que reconhecem a necessidade de mudança, subvertem-se sistemas
para discutir a vida, a realidade e outros saberes necessários para transformar nossas ideias, nossas práticas, nossos espaços,
nossas relações, nossa existência.
Neste contexto, Escola Sem Partido (ou Escola de Pensamento Único) é um projeto para silenciar vozes, buscar estabilidades e
criar novos espaços de conforto e conformismo social, cultural e intelectual. A instabilidade, o diferente, a emergência, a
diversidade incomodam. Discutir as desigualdades sociais, o feminismo, a discriminação sexual, entre outros assuntos, é provocar
instabilidades nesse sistema de histórias e pensamentos únicos. Doutrinação ideológica está presente nas escolas desde sempre
com seus conteúdos, com seus discursos, com suas relações. Educar é um ato político em si.
O pensar crítico é outro papo. A atitude socialmente crítica é emancipação. Ela combate e rompe com o desenvolver enciclopédico
e elitizante das escolas tradicionais. Educar é analisar as realidades e a nossa sociedade, selecionando aquilo que é urgente para
ser conhecido, discutido, problematizado. Se analisar criticamente as realidades é um problema, que possamos subverter a lógica
do pensamento único. É preciso continuar nessa luta para garantir uma educação para a liberdade e para a autonomia.
Por uma educação que reconheça nossos povos tradicionais e seus saberes, garanta o bem estar das pessoas, valorize o fazer
coletivo, pratique a democracia nas suas relações, entre outras medidas que integram a agenda da educação em direitos
humanos, especialmente por um mundo socialmente justo e ambientalmente responsável.
Contra qualquer tipo de silenciamento, lhes digo: é preciso pensar, refletir, dialogar. Porém, é extremamente necessário fazer,
agir. Até por que, nosso grande Paulo Freire já mandou o papo: “Seria uma atitude ingênua esperar que as classes dominantes
desenvolvessem uma forma de educação que proporcionasse às classes dominadas perceber as injustiças sociais de maneira
crítica”.
Nas palavras do educador, é necessário sermos homens e mulheres radicais nesse sistema atual. A radicalidade está na luta por
uma educação mais dialógica, humana e ativa marcada pela autonomia do educando e pela liberdade na construção dos saberes
e nos caminhos escolhidos para a vida.
Releia.
Na prática, para aqueles que reconhecem a necessidade de mudança, subvertem-se sistemas para discutir a vida, a
realidade e outros saberes necessários para transformar nossas ideias, nossas práticas, nossos espaços, nossas relações, nossa
existência.
A doutrinação ideológica está presente nas Escolas desde sempre com seus conteúdos, suas relações.
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Para o projeto Escola Sem Partido, discutir feminismo e homofobia é doutrinação ideológica e imposição da ideologia de gênero
nas escolas. Como reflexo da sociedade, as escolas são espaços marcados pela opressão às mulheres e pela discriminação sexual.
Na maioria dos casos, as ações e as reações são silenciadas e banalizadas. Será que é necessário ter a discussão nas escolas?
Creio que os dados e as informações a seguir nos mostrarão a urgência da discussão na sociedade.
Segundo dados do Mapa da Violência 2015, de Julio Jacobo Waiselfisz, entre 2003 e 2013, o número de vítimas do sexo feminino
mortas passou de 3.937 para 4.762, incremento de 21% na década. Essas 4.762 mortes em 2013 representam 13 homicídios
femininos diários. Quando analisamos os casos de feminicídio, a população negra é vítima prioritária no país. Sobre os tipos de
violência contra a mulher, em 2014, foram atendidas pelo Sistema Único de Saúde 23.630 casos de violência sexual, a maioria
envolvendo crianças e adolescentes.
Segundo informações presentes no estudo “Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil”, de 2013, realizado pelo Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 2006 para combater a violência contra a
mulher, não teve impacto no número de mortes por esse tipo de agressão.
Quando o assunto é escola, os dados sobre assédio ou violência contra estudantes femininas são escassos ou inexistentes nas
secretarias de educação pelo país. Já sobre discriminação contra homossexuais os dados são preocupantes. Em pesquisa
realizada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no interior de São Paulo, 32% dos homossexuais entrevistados
afirmaram sofrer preconceito dentro das salas de aula e também que os educadores ainda não sabem reagir apropriadamente
diante das agressões, que podem ser físicas ou verbais, no ambiente escolar.
Os dados, segundo os pesquisadores, convergem com aqueles apresentados em pesquisa do Ministério da Educação que ouviu
8.283 estudantes na faixa etária de 15 a 29 anos, no ano letivo de 2013, em todo o país, e constatou que 20% dos alunos não
querem colega de classe homossexual ou transexual.
Na mídia, além da reprodução dos discursos e da estética da sociedade machista, alguns personagens com grande visibilidade
provocam e se promovem a partir de atitudes machistas, como o humorista Danilo Gentili e o ator Alexandre Frota. Uma rápida
pesquisa no mundo virtual nos apresenta inúmeros casos envolvendo “famosos”. Por sinal, em recente audiência com o ministro
da Educação, Mendonça Filho, Frota e um grupo associado ao movimento Escola Sem Partido levaram suas propostas para
transformar a educação brasileira.
Certamente, Alexandre Frota tem todo o direito de ser ouvido pelo Ministro da Educação. Porém, quais são os problemas
envolvidos? Trata-se de um cara com passado marcado por machismos e atitudes boçais. Além disso, há desigualdade no diálogo.
Todos deveriam ser ouvidos. Os estudantes das escolas ocupadas estão sendo ouvidos? Muito pouco. Os professores em greve
estão sendo ouvidos? Um pouco mais, porém, de forma marginalizada. Até o presente momento, reitores de universidades
públicas federais não conseguiram marcar encontros com o atual ministro. Enfim, é preciso superar a seletividade do diálogo e
analisar criticamente o projeto levado por Frota e sua trupe.
Voltemos ao parágrafo inicial, qual é o absurdo do projeto Escola Sem Partido? Ignora-se a realidade para dar continuidade ao
projeto de educação e sociedade em que vivemos faz tempo. O que esse movimento quer não é transformar a educação
brasileira. Eles querem frear alguns avanços pedagógicos e sociais que tivemos nos últimos 15 anos, como as leis 10.639/03 e a
11.645/08.
E por que apenas frear? Se analisarmos os conteúdos trabalhados e as atitudes desenvolvidas nas escolas, veremos poucas
mudanças em relação à educação tradicional, conservadora e meritocrática. Nas salas de aula, falamos sobre (e muitos cultuam)
a cultura eurocêntrica, o consumismo moderno, o agronegócio, a urbanização do mundo, a atuação das empresas multinacionais
e suas grandes marcas, a corrida desenvolvimentista, a fábula da sustentabilidade, em pensadores brancos, homens e europeus,
entre outros assuntos marcados pela hegemonia do saber.
Nos espaços da vida, mulheres são agredidas, jovens negros são assassinados, a cultura é elitizada, os espaços públicos são
murados e fortificados, o caminhar da vida é vigiado, o sucesso é baseado unicamente na ascensão econômica, entre outros
vendavais que nos levam ao mundo fabuloso da desigualdade e da perversidade das relações. Nos espaços de fé, os profetas e
seus seguidores cultuam emocionalmente suas verdades, ignoram suas realidades e almejam criar bolhas de satisfação pessoal e
comunitária. Tudo isso acirrando as disputas pelo existir e pelo mundo em que vivemos.
Para subverter minimamente esse quadro, precisamos criar leis para discutir a nossa origem e conhecer a história e a cultura
africana e indígena nas escolas. Na prática, para aqueles que reconhecem a necessidade de mudança, subvertem-se sistemas
para discutir a vida, a realidade e outros saberes necessários para transformar nossas ideias, nossas práticas, nossos espaços,
nossas relações, nossa existência.
Neste contexto, Escola Sem Partido (ou Escola de Pensamento Único) é um projeto para silenciar vozes, buscar estabilidades e
criar novos espaços de conforto e conformismo social, cultural e intelectual. A instabilidade, o diferente, a emergência, a
diversidade incomodam. Discutir as desigualdades sociais, o feminismo, a discriminação sexual, entre outros assuntos, é provocar
instabilidades nesse sistema de histórias e pensamentos únicos. Doutrinação ideológica está presente nas escolas desde sempre
com seus conteúdos, com seus discursos, com suas relações. Educar é um ato político em si.
O pensar crítico é outro papo. A atitude socialmente crítica é emancipação. Ela combate e rompe com o desenvolver enciclopédico
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e elitizante das escolas tradicionais. Educar é analisar as realidades e a nossa sociedade, selecionando aquilo que é urgente para
ser conhecido, discutido, problematizado. Se analisar criticamente as realidades é um problema, que possamos subverter a lógica
do pensamento único. É preciso continuar nessa luta para garantir uma educação para a liberdade e para a autonomia.
Por uma educação que reconheça nossos povos tradicionais e seus saberes, garanta o bem estar das pessoas, valorize o fazer
coletivo, pratique a democracia nas suas relações, entre outras medidas que integram a agenda da educação em direitos
humanos, especialmente por um mundo socialmente justo e ambientalmente responsável.
Contra qualquer tipo de silenciamento, lhes digo: é preciso pensar, refletir, dialogar. Porém, é extremamente necessário fazer,
agir. Até por que, nosso grande Paulo Freire já mandou o papo: “Seria uma atitude ingênua esperar que as classes dominantes
desenvolvessem uma forma de educação que proporcionasse às classes dominadas perceber as injustiças sociais de maneira
crítica”.
Nas palavras do educador, é necessário sermos homens e mulheres radicais nesse sistema atual. A radicalidade está na luta por
uma educação mais dialógica, humana e ativa marcada pela autonomia do educando e pela liberdade na construção dos saberes
e nos caminhos escolhidos para a vida.
A justificativa para o uso da vírgula no trecho: “Quando analisamos os casos de feminicídio, a população negra é vítima prioritária
no país.” se repete em:
a) [...] “a Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 2006 para combater a violência contra a mulher, não teve impacto no
número de mortes por esse tipo de agressão”.
b) [...] “os profetas e seus seguidores cultuam emocionalmente suas verdades, ignoram suas realidades e almejam criar
bolhas de satisfação pessoal e comunitária.”
c) “Para subverter minimamente esse quadro, precisamos criar leis para discutir a nossa origem e conhecer a história e a
cultura africana e indígena nas escolas.”
d) “Porém, quais são os problemas envolvidos?”
Esta questão não possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/752838
A doutrinação ideológica está presente nas Escolas desde sempre com seus conteúdos, suas relações.
Para o projeto Escola Sem Partido, discutir feminismo e homofobia é doutrinação ideológica e imposição da ideologia de gênero
nas escolas. Como reflexo da sociedade, as escolas são espaços marcados pela opressão às mulheres e pela discriminação sexual.
Na maioria dos casos, as ações e as reações são silenciadas e banalizadas. Será que é necessário ter a discussão nas escolas?
Creio que os dados e as informações a seguir nos mostrarão a urgência da discussão na sociedade.
Segundo dados do Mapa da Violência 2015, de Julio Jacobo Waiselfisz, entre 2003 e 2013, o número de vítimas do sexo feminino
mortas passou de 3.937 para 4.762, incremento de 21% na década. Essas 4.762 mortes em 2013 representam 13 homicídios
femininos diários. Quando analisamos os casos de feminicídio, a população negra é vítima prioritária no país. Sobre os tipos de
violência contra a mulher, em 2014, foram atendidas pelo Sistema Único de Saúde 23.630 casos de violência sexual, a maioria
envolvendo crianças e adolescentes.
Segundo informações presentes no estudo “Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil”, de 2013, realizado pelo Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 2006 para combater a violência contra a
mulher, não teve impacto no número de mortes por esse tipo de agressão.
Quando o assunto é escola, os dados sobre assédio ou violência contra estudantes femininas são escassos ou inexistentes nas
secretarias de educação pelo país. Já sobre discriminação contra homossexuais os dados são preocupantes. Em pesquisa
realizada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no interior de São Paulo, 32% dos homossexuais entrevistados
afirmaram sofrer preconceito dentro das salas de aula e também que os educadores ainda não sabem reagir apropriadamente
diante das agressões, que podem ser físicas ou verbais, no ambiente escolar.
Os dados, segundo os pesquisadores, convergem com aqueles apresentados em pesquisa do Ministério da Educação que ouviu
8.283 estudantes na faixa etária de 15 a 29 anos, no ano letivo de 2013, em todo o país, e constatou que 20% dos alunos não
querem colega de classe homossexual ou transexual.
Na mídia, além da reprodução dos discursos e da estética da sociedade machista, alguns personagens com grande visibilidade
provocam e se promovem a partir de atitudes machistas, como o humorista Danilo Gentili e o ator Alexandre Frota. Uma rápida
pesquisa no mundo virtual nos apresenta inúmeros casos envolvendo “famosos”. Por sinal, em recente audiência com o ministro
33 of 47 21/07/2019 00:01
TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/116...
da Educação, Mendonça Filho, Frota e um grupo associado ao movimento Escola Sem Partido levaram suas propostas para
transformar a educação brasileira.
Certamente, Alexandre Frota tem todo o direito de ser ouvido pelo Ministro da Educação. Porém, quais são os problemas
envolvidos? Trata-se de um cara com passado marcado por machismos e atitudes boçais. Além disso, há desigualdade no diálogo.
Todos deveriam ser ouvidos. Os estudantes das escolas ocupadas estão sendo ouvidos? Muito pouco. Os professores em greve
estão sendo ouvidos? Um pouco mais, porém, de forma marginalizada. Até o presente momento, reitores de universidades
públicas federais não conseguiram marcar encontros com o atual ministro. Enfim, é preciso superar a seletividade do diálogo e
analisar criticamente o projeto levado por Frota e sua trupe.
Voltemos ao parágrafo inicial, qual é o absurdo do projeto Escola Sem Partido? Ignora-se a realidade para dar continuidade ao
projeto de educação e sociedade em que vivemos faz tempo. O que esse movimento quer não é transformar a educação
brasileira. Eles querem frear alguns avanços pedagógicos e sociais que tivemos nos últimos 15 anos, como as leis 10.639/03 e a
11.645/08.
E por que apenas frear? Se analisarmos os conteúdos trabalhados e as atitudes desenvolvidas nas escolas, veremos poucas
mudanças em relação à educação tradicional, conservadora e meritocrática. Nas salas de aula, falamos sobre (e muitos cultuam)
a cultura eurocêntrica, o consumismo moderno, o agronegócio, a urbanização do mundo, a atuação das empresas multinacionais
e suas grandes marcas, a corrida desenvolvimentista, a fábula da sustentabilidade, em pensadores brancos, homens e europeus,
entre outros assuntos marcados pela hegemonia do saber.
Nos espaços da vida, mulheres são agredidas, jovens negros são assassinados, a cultura é elitizada, os espaços públicos são
murados e fortificados, o caminhar da vida é vigiado, o sucesso é baseado unicamente na ascensão econômica, entre outros
vendavais que nos levam ao mundo fabuloso da desigualdade e da perversidade das relações. Nos espaços de fé, os profetas e
seus seguidores cultuam emocionalmente suas verdades, ignoram suas realidades e almejam criar bolhas de satisfação pessoal e
comunitária. Tudo isso acirrando as disputas pelo existir e pelo mundo em que vivemos.
Para subverter minimamente esse quadro, precisamos criar leis para discutir a nossa origem e conhecer a história e a cultura
africana e indígena nas escolas. Na prática, para aqueles que reconhecem a necessidade de mudança, subvertem-se sistemas
para discutir a vida, a realidade e outros saberes necessários para transformar nossas ideias, nossas práticas, nossos espaços,
nossas relações, nossa existência.
Neste contexto, Escola Sem Partido (ou Escola de Pensamento Único) é um projeto para silenciar vozes, buscar estabilidades e
criar novos espaços de conforto e conformismo social, cultural e intelectual. A instabilidade, o diferente, a emergência, a
diversidade incomodam. Discutir as desigualdades sociais, o feminismo, a discriminação sexual, entre outros assuntos, é provocar
instabilidades nesse sistema de histórias e pensamentos únicos. Doutrinação ideológica está presente nas escolas desde sempre
com seus conteúdos, com seus discursos, com suas relações. Educar é um ato político em si.
O pensar crítico é outro papo. A atitude socialmente crítica é emancipação. Ela combate e rompe com o desenvolver enciclopédico
e elitizante das escolas tradicionais. Educar é analisar as realidades e a nossa sociedade, selecionando aquilo que é urgente para
ser conhecido, discutido, problematizado. Se analisar criticamente as realidades é um problema, que possamos subverter a lógica
do pensamento único. É preciso continuar nessa luta para garantir uma educação para a liberdade e para a autonomia.
Por uma educação que reconheça nossos povos tradicionais e seus saberes, garanta o bem estar das pessoas, valorize o fazer
coletivo, pratique a democracia nas suas relações, entre outras medidas que integram a agenda da educação em direitos
humanos, especialmente por um mundo socialmente justo e ambientalmente responsável.
Contra qualquer tipo de silenciamento, lhes digo: é preciso pensar, refletir, dialogar. Porém, é extremamente necessário fazer,
agir. Até por que, nosso grande Paulo Freire já mandou o papo: “Seria uma atitude ingênua esperar que as classes dominantes
desenvolvessem uma forma de educação que proporcionasse às classes dominadas perceber as injustiças sociais de maneira
crítica”.
Nas palavras do educador, é necessário sermos homens e mulheres radicais nesse sistema atual. A radicalidade está na luta por
uma educação mais dialógica, humana e ativa marcada pela autonomia do educando e pela liberdade na construção dos saberes
e nos caminhos escolhidos para a vida.
A classificação morfológica do termo destacado em “Creio que os dados e as informações a seguir nos mostrarão a urgência da
discussão na sociedade.” SOMENTE se repete em
a) [...] “e também que os educadores ainda não sabem reagir apropriadamente diante das agressões” [...] (§ 4)
b) [...] “a Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 2006 para combater a violência contra a mulher” [...] (§ 3)
c) ”Os dados, segundo os pesquisadores, convergem com aqueles apresentados em pesquisa do Ministério da Educação que
ouviu 8.283 estudantes” [...] (§ 5)
d) “Ignora-se a realidade para dar continuidade ao projeto de educação e sociedade em que vivemos faz tempo.”(§ 8)
Esta questão não possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/752840
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Assunto:
A falácia da Escola Sem Partido (ou do pensamento único)
A doutrinação ideológica está presente nas Escolas desde sempre com seus conteúdos, suas relações.
Para o projeto Escola Sem Partido, discutir feminismo e homofobia é doutrinação ideológica e imposição da ideologia de gênero
nas escolas. Como reflexo da sociedade, as escolas são espaços marcados pela opressão às mulheres e pela discriminação sexual.
Na maioria dos casos, as ações e as reações são silenciadas e banalizadas. Será que é necessário ter a discussão nas escolas?
Creio que os dados e as informações a seguir nos mostrarão a urgência da discussão na sociedade.
Segundo dados do Mapa da Violência 2015, de Julio Jacobo Waiselfisz, entre 2003 e 2013, o número de vítimas do sexo feminino
mortas passou de 3.937 para 4.762, incremento de 21% na década. Essas 4.762 mortes em 2013 representam 13 homicídios
femininos diários. Quando analisamos os casos de feminicídio, a população negra é vítima prioritária no país. Sobre os tipos de
violência contra a mulher, em 2014, foram atendidas pelo Sistema Único de Saúde 23.630 casos de violência sexual, a maioria
envolvendo crianças e adolescentes.
Segundo informações presentes no estudo “Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil”, de 2013, realizado pelo Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 2006 para combater a violência contra a
mulher, não teve impacto no número de mortes por esse tipo de agressão.
Quando o assunto é escola, os dados sobre assédio ou violência contra estudantes femininas são escassos ou inexistentes nas
secretarias de educação pelo país. Já sobre discriminação contra homossexuais os dados são preocupantes. Em pesquisa
realizada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no interior de São Paulo, 32% dos homossexuais entrevistados
afirmaram sofrer preconceito dentro das salas de aula e também que os educadores ainda não sabem reagir apropriadamente
diante das agressões, que podem ser físicas ou verbais, no ambiente escolar.
Os dados, segundo os pesquisadores, convergem com aqueles apresentados em pesquisa do Ministério da Educação que ouviu
8.283 estudantes na faixa etária de 15 a 29 anos, no ano letivo de 2013, em todo o país, e constatou que 20% dos alunos não
querem colega de classe homossexual ou transexual.
Na mídia, além da reprodução dos discursos e da estética da sociedade machista, alguns personagens com grande visibilidade
provocam e se promovem a partir de atitudes machistas, como o humorista Danilo Gentili e o ator Alexandre Frota. Uma rápida
pesquisa no mundo virtual nos apresenta inúmeros casos envolvendo “famosos”. Por sinal, em recente audiência com o ministro
da Educação, Mendonça Filho, Frota e um grupo associado ao movimento Escola Sem Partido levaram suas propostas para
transformar a educação brasileira.
Certamente, Alexandre Frota tem todo o direito de ser ouvido pelo Ministro da Educação. Porém, quais são os problemas
envolvidos? Trata-se de um cara com passado marcado por machismos e atitudes boçais. Além disso, há desigualdade no diálogo.
Todos deveriam ser ouvidos. Os estudantes das escolas ocupadas estão sendo ouvidos? Muito pouco. Os professores em greve
estão sendo ouvidos? Um pouco mais, porém, de forma marginalizada. Até o presente momento, reitores de universidades
públicas federais não conseguiram marcar encontros com o atual ministro. Enfim, é preciso superar a seletividade do diálogo e
analisar criticamente o projeto levado por Frota e sua trupe.
Voltemos ao parágrafo inicial, qual é o absurdo do projeto Escola Sem Partido? Ignora-se a realidade para dar continuidade ao
projeto de educação e sociedade em que vivemos faz tempo. O que esse movimento quer não é transformar a educação
brasileira. Eles querem frear alguns avanços pedagógicos e sociais que tivemos nos últimos 15 anos, como as leis 10.639/03 e a
11.645/08.
E por que apenas frear? Se analisarmos os conteúdos trabalhados e as atitudes desenvolvidas nas escolas, veremos poucas
mudanças em relação à educação tradicional, conservadora e meritocrática. Nas salas de aula, falamos sobre (e muitos cultuam)
a cultura eurocêntrica, o consumismo moderno, o agronegócio, a urbanização do mundo, a atuação das empresas multinacionais
e suas grandes marcas, a corrida desenvolvimentista, a fábula da sustentabilidade, em pensadores brancos, homens e europeus,
entre outros assuntos marcados pela hegemonia do saber.
Nos espaços da vida, mulheres são agredidas, jovens negros são assassinados, a cultura é elitizada, os espaços públicos são
murados e fortificados, o caminhar da vida é vigiado, o sucesso é baseado unicamente na ascensão econômica, entre outros
vendavais que nos levam ao mundo fabuloso da desigualdade e da perversidade das relações. Nos espaços de fé, os profetas e
seus seguidores cultuam emocionalmente suas verdades, ignoram suas realidades e almejam criar bolhas de satisfação pessoal e
comunitária. Tudo isso acirrando as disputas pelo existir e pelo mundo em que vivemos.
Para subverter minimamente esse quadro, precisamos criar leis para discutir a nossa origem e conhecer a história e a cultura
africana e indígena nas escolas. Na prática, para aqueles que reconhecem a necessidade de mudança, subvertem-se sistemas
para discutir a vida, a realidade e outros saberes necessários para transformar nossas ideias, nossas práticas, nossos espaços,
nossas relações, nossa existência.
Neste contexto, Escola Sem Partido (ou Escola de Pensamento Único) é um projeto para silenciar vozes, buscar estabilidades e
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criar novos espaços de conforto e conformismo social, cultural e intelectual. A instabilidade, o diferente, a emergência, a
diversidade incomodam. Discutir as desigualdades sociais, o feminismo, a discriminação sexual, entre outros assuntos, é provocar
instabilidades nesse sistema de histórias e pensamentos únicos. Doutrinação ideológica está presente nas escolas desde sempre
com seus conteúdos, com seus discursos, com suas relações. Educar é um ato político em si.
O pensar crítico é outro papo. A atitude socialmente crítica é emancipação. Ela combate e rompe com o desenvolver enciclopédico
e elitizante das escolas tradicionais. Educar é analisar as realidades e a nossa sociedade, selecionando aquilo que é urgente para
ser conhecido, discutido, problematizado. Se analisar criticamente as realidades é um problema, que possamos subverter a lógica
do pensamento único. É preciso continuar nessa luta para garantir uma educação para a liberdade e para a autonomia.
Por uma educação que reconheça nossos povos tradicionais e seus saberes, garanta o bem estar das pessoas, valorize o fazer
coletivo, pratique a democracia nas suas relações, entre outras medidas que integram a agenda da educação em direitos
humanos, especialmente por um mundo socialmente justo e ambientalmente responsável.
Contra qualquer tipo de silenciamento, lhes digo: é preciso pensar, refletir, dialogar. Porém, é extremamente necessário fazer,
agir. Até por que, nosso grande Paulo Freire já mandou o papo: “Seria uma atitude ingênua esperar que as classes dominantes
desenvolvessem uma forma de educação que proporcionasse às classes dominadas perceber as injustiças sociais de maneira
crítica”.
Nas palavras do educador, é necessário sermos homens e mulheres radicais nesse sistema atual. A radicalidade está na luta por
uma educação mais dialógica, humana e ativa marcada pela autonomia do educando e pela liberdade na construção dos saberes
e nos caminhos escolhidos para a vida.
Quando pensamos em educação é consenso interpretá-la como fonte para uma formação que permite trânsito na sociedade do
conhecimento. Quase sempre a imagem socialmente construída diz respeito a um conjunto de atividades que habilita o indivíduo
para perceber e desvendar os códigos das diferentes linguagens proporcionando interpretação crítica para o avanço da ciência,
das artes e da tecnologia. No espelho acadêmico -científico atual, fortemente marcado pela competitividade expressa nos
ranqueamentos internacionais, a imagem que aparece não evidencia nuanças de consensos sobre educação como fator ético de
construção da cidadania.
Dominar os códigos e ter a capacidade de refletir sobre o mundo são requisitos instrumentais indispensáveis para estar incluído
na sociedade do conhecimento, ou seja, para adquirir status de cidadão no mundo moderno; mas os processos de ensino-
aprendizagem mostram dificuldade para assumir seu papel formador enquanto fomento ao debate, oportunidade de vivência e
produção de consensos no que diz respeito à construção de uma convivência cidadã sem exclusão.
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O obstáculo, talvez, resida na discussão sobre os valores que hoje dão contornos para a pluralidade e diversidade cultural,
etnorracial, sexual, religiosa, socioeconômica e política, em nosso país. Libertos de uma educação eivada por um pensamento
dominante – que disseminava seu conteúdo de forma instrumental através de disciplinas centradas em uma moral ou uma forma
de civismo –, ainda é difícil trabalhar práticas e conteúdos que tratem da educação para a formação de cidadãos, como vêm
fazendo, por exemplo, a União Europeia, mais particularmente países com os quais temos muita proximidade, como Portugal e
Espanha.
Como o ano de 2013 foi eleito como o Ano Europeu dos Cidadãos, publicou-se um relatório (EACEA, 2012) sobre a forma como
vem sendo ministrada a disciplina “Educação para a cidadania” nos diferentes países do bloco.
Pela leitura do texto, pode-se entender que o autor condena um tipo de educação
a) que permite dominar os códigos, ter a capacidade de refletir sobre o mundo e assumir seu papel formador enquanto
fomento ao debate.
b) com base na discussão de valores que hoje dão contornos para a pluralidade e diversidade cultural.
c) escolar que vise preparar os estudantes para se tornarem cidadãos ativos, por meio do trabalho com práticas e conteúdos
para a cidadania.
d) que favoreça a construção de uma sociedade democrática com maior equidade, coesão social e produção de consensos.
e) eivada por um pensamento dominante que dissemine seu conteúdo de forma instrumental através de disciplinas centradas
numa moral ou numa forma de civismo.
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Quando pensamos em educação é consenso interpretá-la como fonte para uma formação que permite trânsito na sociedade do
conhecimento. Quase sempre a imagem socialmente construída diz respeito a um conjunto de atividades que habilita o indivíduo
para perceber e desvendar os códigos das diferentes linguagens proporcionando interpretação crítica para o avanço da ciência,
das artes e da tecnologia. No espelho acadêmico -científico atual, fortemente marcado pela competitividade expressa nos
ranqueamentos internacionais, a imagem que aparece não evidencia nuanças de consensos sobre educação como fator ético de
construção da cidadania.
Dominar os códigos e ter a capacidade de refletir sobre o mundo são requisitos instrumentais indispensáveis para estar incluído
na sociedade do conhecimento, ou seja, para adquirir status de cidadão no mundo moderno; mas os processos de ensino-
aprendizagem mostram dificuldade para assumir seu papel formador enquanto fomento ao debate, oportunidade de vivência e
produção de consensos no que diz respeito à construção de uma convivência cidadã sem exclusão.
O obstáculo, talvez, resida na discussão sobre os valores que hoje dão contornos para a pluralidade e diversidade cultural,
etnorracial, sexual, religiosa, socioeconômica e política, em nosso país. Libertos de uma educação eivada por um pensamento
dominante – que disseminava seu conteúdo de forma instrumental através de disciplinas centradas em uma moral ou uma forma
de civismo –, ainda é difícil trabalhar práticas e conteúdos que tratem da educação para a formação de cidadãos, como vêm
fazendo, por exemplo, a União Europeia, mais particularmente países com os quais temos muita proximidade, como Portugal e
Espanha.
Como o ano de 2013 foi eleito como o Ano Europeu dos Cidadãos, publicou-se um relatório (EACEA, 2012) sobre a forma como
vem sendo ministrada a disciplina “Educação para a cidadania” nos diferentes países do bloco.
Pode-se inferir da leitura do texto que o autor defende uma educação que seja
a) fator ético de construção da cidadania, para uma formação que permita trânsito na sociedade do conhecimento com
competências e atitudes.
b) fonte para uma formação que permite a discussão dos códigos e suas tecnologias de forma instrumental para o sucesso
escolar.
c) ponte para o conhecimento de fatos políticos e para a compreensão dos conceitos essenciais das disciplinas.
d) formação com foco na participação das atividades da sociedade, baseada nos ranqueamentos internacionais.
e) sinônimo de educação ambiental em diálogo com a comunidade, prevendo o desenvolvimento de competências.
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Assunto:
Educação para a cidadania
Quando pensamos em educação é consenso interpretá-la como fonte para uma formação que permite trânsito na sociedade do
conhecimento. Quase sempre a imagem socialmente construída diz respeito a um conjunto de atividades que habilita o indivíduo
para perceber e desvendar os códigos das diferentes linguagens proporcionando interpretação crítica para o avanço da ciência,
das artes e da tecnologia. No espelho acadêmico -científico atual, fortemente marcado pela competitividade expressa nos
ranqueamentos internacionais, a imagem que aparece não evidencia nuanças de consensos sobre educação como fator ético de
construção da cidadania.
Dominar os códigos e ter a capacidade de refletir sobre o mundo são requisitos instrumentais indispensáveis para estar incluído
na sociedade do conhecimento, ou seja, para adquirir status de cidadão no mundo moderno; mas os processos de ensino-
aprendizagem mostram dificuldade para assumir seu papel formador enquanto fomento ao debate, oportunidade de vivência e
produção de consensos no que diz respeito à construção de uma convivência cidadã sem exclusão.
O obstáculo, talvez, resida na discussão sobre os valores que hoje dão contornos para a pluralidade e diversidade cultural,
etnorracial, sexual, religiosa, socioeconômica e política, em nosso país. Libertos de uma educação eivada por um pensamento
dominante – que disseminava seu conteúdo de forma instrumental através de disciplinas centradas em uma moral ou uma forma
de civismo –, ainda é difícil trabalhar práticas e conteúdos que tratem da educação para a formação de cidadãos, como vêm
fazendo, por exemplo, a União Europeia, mais particularmente países com os quais temos muita proximidade, como Portugal e
Espanha.
Como o ano de 2013 foi eleito como o Ano Europeu dos Cidadãos, publicou-se um relatório (EACEA, 2012) sobre a forma como
vem sendo ministrada a disciplina “Educação para a cidadania” nos diferentes países do bloco.
Ainda com relação ao texto, pode-se inferir que estão corretas as proposições:
Ⅰ ‒ É instigante pensar que uma escola possa servir de laboratório para a construção de uma convivência cidadã sem
exclusão.
Ⅱ‒ Embora seja difícil trabalhar práticas e conteúdos sobre cidadania, a escola deve fomentar o debate e oportunizar
diferentes vivências para educação cidadã.
Ⅲ ‒ Na escola, a imagem que aparece evidencia nuanças de consensos sobre educação como fator ético de construção da
cidadania.
Ⅳ ‒ A escola permite vivências possíveis através dos equipamentos urbanos — localizar-se, transportar-se, comprar,
vender, produzir, brincar, enfim, habitar.
Ricardo Reis
O professor – eis o grande agente do processo educacional. A alma de qualquer instituição de ensino é o professor. Por mais que
se invista na equipagem das escolas, em laboratórios, bibliotecas, anfiteatros, quadras esportivas, piscinas, campos de futebol –
sem negar a importância de todo esse material –, tudo isso não se configura mais do que aspectos materiais se comparados ao
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Há quem afirme que o computador irá substituir o professor, que nesta era, em que a informação chega de muitas maneiras, o
professor perdeu sua importância. O computador nunca substituirá o professor. Por mais evoluída que seja a máquina, por mais
que a robótica profetize evoluções fantásticas, há um dado que não pode ser desconsiderado. A máquina reflete e não é capaz de
dar afeto, de passar emoção, de vibrar com a conquista de cada aluno. Isso é um privilégio humano.
Pode-se ter todos os poemas, romances ou dados no computador, como há nos livros, nas bibliotecas; pode até haver a
possibilidade de buscar informações pela Internet, cruzar dados num toque de teclas, mas falta a emoção humana, o olhar atento
do professor, sua gesticulação, a fala, a interrupção do aluno, a construção coletiva do conhecimento, a interação com a
dificuldade ou facilidade da aprendizagem.
Os temores de que a máquina possa vir a substituir o professor só atingem aqueles que não têm verdadeiramente a vocação do
magistério, os que são meros informadores desprovidos de emoção. Professor é muito mais do que isso. Professor tem luz própria
e caminha com pés próprios. Não é possível que ele pregue a autonomia sem ser autônomo; que fale de liberdade sem
experimentar a conquista da independência que é o saber; que ele queira que seu aluno seja feliz sem demonstrar afeto. E para
que possa transmitir afeto é preciso que sinta afeto, que viva o afeto. Ninguém dá o que não tem. O copo transborda quando
está cheio; o mestre tem de transbordar afeto, cumplicidade, participação no sucesso, na conquista de seu educando, o mestre
tem de ser o referencial, o líder, o interventor seguro, capaz de auxiliar o aluno em seus sonhos, seus projetos.
A formação é um fator fundamental para o professor. Não apenas a graduação universitária ou a pós-graduação, mas a formação
continuada, ampla, as atualizações e os aperfeiçoamentos. Não basta que um professor de matemática conheça profundamente a
matéria, ele precisa entender de psicologia, pedagogia, linguagem, sexualidade, infância, adolescência, sonho, afeto, vida. Não
basta que o professor de geografia conheça bem sua área e consiga dialogar com áreas afins como história; ele precisa entender
de ética, política, amor, projetos, família. Não se pode compartimentar o conhecimento e contentar-se com bons especialistas em
cada uma das áreas.
Para que um professor desempenhe com maestria a aula na matéria de sua especialidade, ele precisa conhecer as demais
matérias, os temas transversais que devem perpassar todas elas e, acima de tudo, conhecer o aluno. Tudo o que diz respeito ao
aluno deve ser de interesse do professor. Ninguém ama o que não conhece, e o aluno precisa ser amado! E o professor é capaz
de fazer isso.
(CHALITA, Gabriel. Educação: a solução está no afeto. São Paulo: Editora Gente, 2001, pp. 163-165)
Levando-se em consideração a coerência com as informações e com as idéias do texto, assinale (V) para verdadeiro e (F) para
falso para avaliar os comentários a seguir:
( ) Uma das principais idéias do texto é mostrar que, se temos um bom professor, não são importantes ou necessários
laboratórios, bibliotecas, anfiteatros, quadras esportivas, piscinas e campos de futebol.
( ) A máquina nunca será capaz de substituir o professor porque falta àquela a emoção, que é um privilégio humano.
( ) Segundo o autor, somente professores que não têm vocação para o magistério e que são meros informadores temem
serem substituídos pela máquina.
( ) De acordo com o texto, a condição para que um professor possa pregar autonomia é a de ser autônomo.
Ricardo Reis
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O professor – eis o grande agente do processo educacional. A alma de qualquer instituição de ensino é o professor. Por mais que
se invista na equipagem das escolas, em laboratórios, bibliotecas, anfiteatros, quadras esportivas, piscinas, campos de futebol –
sem negar a importância de todo esse material –, tudo isso não se configura mais do que aspectos materiais se comparados ao
papel e à importância do professor.
Há quem afirme que o computador irá substituir o professor, que nesta era, em que a informação chega de muitas maneiras, o
professor perdeu sua importância. O computador nunca substituirá o professor. Por mais evoluída que seja a máquina, por mais
que a robótica profetize evoluções fantásticas, há um dado que não pode ser desconsiderado. A máquina reflete e não é capaz de
dar afeto, de passar emoção, de vibrar com a conquista de cada aluno. Isso é um privilégio humano.
Pode-se ter todos os poemas, romances ou dados no computador, como há nos livros, nas bibliotecas; pode até haver a
possibilidade de buscar informações pela Internet, cruzar dados num toque de teclas, mas falta a emoção humana, o olhar atento
do professor, sua gesticulação, a fala, a interrupção do aluno, a construção coletiva do conhecimento, a interação com a
dificuldade ou facilidade da aprendizagem.
Os temores de que a máquina possa vir a substituir o professor só atingem aqueles que não têm verdadeiramente a vocação do
magistério, os que são meros informadores desprovidos de emoção. Professor é muito mais do que isso. Professor tem luz própria
e caminha com pés próprios. Não é possível que ele pregue a autonomia sem ser autônomo; que fale de liberdade sem
experimentar a conquista da independência que é o saber; que ele queira que seu aluno seja feliz sem demonstrar afeto. E para
que possa transmitir afeto é preciso que sinta afeto, que viva o afeto. Ninguém dá o que não tem. O copo transborda quando
está cheio; o mestre tem de transbordar afeto, cumplicidade, participação no sucesso, na conquista de seu educando, o mestre
tem de ser o referencial, o líder, o interventor seguro, capaz de auxiliar o aluno em seus sonhos, seus projetos.
A formação é um fator fundamental para o professor. Não apenas a graduação universitária ou a pós-graduação, mas a formação
continuada, ampla, as atualizações e os aperfeiçoamentos. Não basta que um professor de matemática conheça profundamente a
matéria, ele precisa entender de psicologia, pedagogia, linguagem, sexualidade, infância, adolescência, sonho, afeto, vida. Não
basta que o professor de geografia conheça bem sua área e consiga dialogar com áreas afins como história; ele precisa entender
de ética, política, amor, projetos, família. Não se pode compartimentar o conhecimento e contentar-se com bons especialistas em
cada uma das áreas.
Para que um professor desempenhe com maestria a aula na matéria de sua especialidade, ele precisa conhecer as demais
matérias, os temas transversais que devem perpassar todas elas e, acima de tudo, conhecer o aluno. Tudo o que diz respeito ao
aluno deve ser de interesse do professor. Ninguém ama o que não conhece, e o aluno precisa ser amado! E o professor é capaz
de fazer isso.
(CHALITA, Gabriel. Educação: a solução está no afeto. São Paulo: Editora Gente, 2001, pp. 163-165)
Assinale a alternativa que contém um comentário INCORRETO em relação às informações e às idéias do texto:
a) O autor considera possível a substituição do professor pelos computadores em função do avanço da robótica.
b) Para o autor do texto, é preciso experimentar a conquista da independência para poder falar em liberdade.
c) O autor associa a conquista da independência ao saber.
d) O autor do texto se utiliza da imagem “Professor tem luz própria e caminha com pés próprios.” para mostrar, por exemplo,
que o professor, ao contrário da máquina, tem autonomia.
e) O autor associa as imagens “Ninguém dá o que não tem.” e “O copo transborda quando está cheio.” para mostrar que a
formação, entendida aqui num sentido amplo, é um fator fundamental para o professor.
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Ricardo Reis
O professor – eis o grande agente do processo educacional. A alma de qualquer instituição de ensino é o professor. Por mais que
se invista na equipagem das escolas, em laboratórios, bibliotecas, anfiteatros, quadras esportivas, piscinas, campos de futebol –
sem negar a importância de todo esse material –, tudo isso não se configura mais do que aspectos materiais se comparados ao
papel e à importância do professor.
Há quem afirme que o computador irá substituir o professor, que nesta era, em que a informação chega de muitas maneiras, o
professor perdeu sua importância. O computador nunca substituirá o professor. Por mais evoluída que seja a máquina, por mais
que a robótica profetize evoluções fantásticas, há um dado que não pode ser desconsiderado. A máquina reflete e não é capaz de
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dar afeto, de passar emoção, de vibrar com a conquista de cada aluno. Isso é um privilégio humano.
Pode-se ter todos os poemas, romances ou dados no computador, como há nos livros, nas bibliotecas; pode até haver a
possibilidade de buscar informações pela Internet, cruzar dados num toque de teclas, mas falta a emoção humana, o olhar atento
do professor, sua gesticulação, a fala, a interrupção do aluno, a construção coletiva do conhecimento, a interação com a
dificuldade ou facilidade da aprendizagem.
Os temores de que a máquina possa vir a substituir o professor só atingem aqueles que não têm verdadeiramente a vocação do
magistério, os que são meros informadores desprovidos de emoção. Professor é muito mais do que isso. Professor tem luz própria
e caminha com pés próprios. Não é possível que ele pregue a autonomia sem ser autônomo; que fale de liberdade sem
experimentar a conquista da independência que é o saber; que ele queira que seu aluno seja feliz sem demonstrar afeto. E para
que possa transmitir afeto é preciso que sinta afeto, que viva o afeto. Ninguém dá o que não tem. O copo transborda quando
está cheio; o mestre tem de transbordar afeto, cumplicidade, participação no sucesso, na conquista de seu educando, o mestre
tem de ser o referencial, o líder, o interventor seguro, capaz de auxiliar o aluno em seus sonhos, seus projetos.
A formação é um fator fundamental para o professor. Não apenas a graduação universitária ou a pós-graduação, mas a formação
continuada, ampla, as atualizações e os aperfeiçoamentos. Não basta que um professor de matemática conheça profundamente a
matéria, ele precisa entender de psicologia, pedagogia, linguagem, sexualidade, infância, adolescência, sonho, afeto, vida. Não
basta que o professor de geografia conheça bem sua área e consiga dialogar com áreas afins como história; ele precisa entender
de ética, política, amor, projetos, família. Não se pode compartimentar o conhecimento e contentar-se com bons especialistas em
cada uma das áreas.
Para que um professor desempenhe com maestria a aula na matéria de sua especialidade, ele precisa conhecer as demais
matérias, os temas transversais que devem perpassar todas elas e, acima de tudo, conhecer o aluno. Tudo o que diz respeito ao
aluno deve ser de interesse do professor. Ninguém ama o que não conhece, e o aluno precisa ser amado! E o professor é capaz
de fazer isso.
(CHALITA, Gabriel. Educação: a solução está no afeto. São Paulo: Editora Gente, 2001, pp. 163-165)
Assinale a alternativa que contém um comentário que está coerente com as informações e idéias do texto:
a) A principal idéia proposta pelo autor do texto é a de que o mais importante para um professor é a graduação universitária e
a pós-graduação, pois só assim ele conseguirá dar a sua aula.
b) Uma das idéias propostas pelo autor é a de que se um professor de matemática entender de psicologia, pedagogia,
linguagem, sexualidade, infância, adolescência, sonho, afeto, vida... ele não precisa conhecer profundamente a sua matéria para
poder ensinar.
c) Não é importante que um professor de geografia, por exemplo, conheça bem sua área e consiga dialogar com áreas afins
como história, desde que ele entenda de ética, política, amor, projetos e família.
d) A principal idéia do texto é mostrar que basta o professor ser um especialista em sua área de conhecimento para que possa
ensinar a contento.
e) O autor defende que é uma condição para o bom desempenho de um professor conhecer, além da sua própria matéria,
também as demais matérias, os temas transversais que devem perpassar todas elas e, acima de tudo, o aluno.
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Ricardo Reis
O professor – eis o grande agente do processo educacional. A alma de qualquer instituição de ensino é o professor. Por mais que
se invista na equipagem das escolas, em laboratórios, bibliotecas, anfiteatros, quadras esportivas, piscinas, campos de futebol –
sem negar a importância de todo esse material –, tudo isso não se configura mais do que aspectos materiais se comparados ao
papel e à importância do professor.
Há quem afirme que o computador irá substituir o professor, que nesta era, em que a informação chega de muitas maneiras, o
professor perdeu sua importância. O computador nunca substituirá o professor. Por mais evoluída que seja a máquina, por mais
que a robótica profetize evoluções fantásticas, há um dado que não pode ser desconsiderado. A máquina reflete e não é capaz de
dar afeto, de passar emoção, de vibrar com a conquista de cada aluno. Isso é um privilégio humano.
Pode-se ter todos os poemas, romances ou dados no computador, como há nos livros, nas bibliotecas; pode até haver a
possibilidade de buscar informações pela Internet, cruzar dados num toque de teclas, mas falta a emoção humana, o olhar atento
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do professor, sua gesticulação, a fala, a interrupção do aluno, a construção coletiva do conhecimento, a interação com a
dificuldade ou facilidade da aprendizagem.
Os temores de que a máquina possa vir a substituir o professor só atingem aqueles que não têm verdadeiramente a vocação do
magistério, os que são meros informadores desprovidos de emoção. Professor é muito mais do que isso. Professor tem luz própria
e caminha com pés próprios. Não é possível que ele pregue a autonomia sem ser autônomo; que fale de liberdade sem
experimentar a conquista da independência que é o saber; que ele queira que seu aluno seja feliz sem demonstrar afeto. E para
que possa transmitir afeto é preciso que sinta afeto, que viva o afeto. Ninguém dá o que não tem. O copo transborda quando
está cheio; o mestre tem de transbordar afeto, cumplicidade, participação no sucesso, na conquista de seu educando, o mestre
tem de ser o referencial, o líder, o interventor seguro, capaz de auxiliar o aluno em seus sonhos, seus projetos.
A formação é um fator fundamental para o professor. Não apenas a graduação universitária ou a pós-graduação, mas a formação
continuada, ampla, as atualizações e os aperfeiçoamentos. Não basta que um professor de matemática conheça profundamente a
matéria, ele precisa entender de psicologia, pedagogia, linguagem, sexualidade, infância, adolescência, sonho, afeto, vida. Não
basta que o professor de geografia conheça bem sua área e consiga dialogar com áreas afins como história; ele precisa entender
de ética, política, amor, projetos, família. Não se pode compartimentar o conhecimento e contentar-se com bons especialistas em
cada uma das áreas.
Para que um professor desempenhe com maestria a aula na matéria de sua especialidade, ele precisa conhecer as demais
matérias, os temas transversais que devem perpassar todas elas e, acima de tudo, conhecer o aluno. Tudo o que diz respeito ao
aluno deve ser de interesse do professor. Ninguém ama o que não conhece, e o aluno precisa ser amado! E o professor é capaz
de fazer isso.
(CHALITA, Gabriel. Educação: a solução está no afeto. São Paulo: Editora Gente, 2001, pp. 163-165)
A epígrafe citada pelo autor do texto é um trecho do poeta português Fernando Pessoa, aqui sob o heterônimo de Ricardo Reis. O
texto foi escrito em segunda pessoa do singular. Assinale a alternativa que contém este mesmo trecho em terceira pessoa do
singular:
a) PARA SER GRANDE, seja inteiro: nada Seu exagere ou exclua. Seja todo em cada coisa. Ponha quanto é No mínimo que
faz. Assim como em cada lago a lua toda Brilha, porque alta vive.
b) PARA SER GRANDE, sede inteiro: nada Vosso exagere ou excluais. Sede todo em cada coisa. Ponde quanto sois No mínimo
que fazeis. Assim como em cada lago a lua toda Brilha, porque alta vive.
c) PARA SER GRANDE, sejam inteiros: nada Seus exagerem ou excluam. Sejam todos em cada coisa. Ponham quanto são No
mínimo que fazem. Assim como em cada lago a lua toda Brilha, porque alta vive.
d) PARA SER GRANDE, sê inteiro: nada seu exagere ou exclua. Seja todo em cada coisa. Ponha quanto é No mínimo que faz.
Assim como em cada lago a lua toda Brilha, porque alta vive.
e) PARA SER GRANDE, seja inteiro: nada Teu exageres ou excluas. Sejas todo em cada coisa. Ponhas quanto é No mínimo
que fazes. Assim como em cada lago a lua toda Brilha, porque alta vive.
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Ricardo Reis
O professor – eis o grande agente do processo educacional. A alma de qualquer instituição de ensino é o professor. Por mais que
se invista na equipagem das escolas, em laboratórios, bibliotecas, anfiteatros, quadras esportivas, piscinas, campos de futebol –
sem negar a importância de todo esse material –, tudo isso não se configura mais do que aspectos materiais se comparados ao
papel e à importância do professor.
Há quem afirme que o computador irá substituir o professor, que nesta era, em que a informação chega de muitas maneiras, o
professor perdeu sua importância. O computador nunca substituirá o professor. Por mais evoluída que seja a máquina, por mais
que a robótica profetize evoluções fantásticas, há um dado que não pode ser desconsiderado. A máquina reflete e não é capaz de
dar afeto, de passar emoção, de vibrar com a conquista de cada aluno. Isso é um privilégio humano.
Pode-se ter todos os poemas, romances ou dados no computador, como há nos livros, nas bibliotecas; pode até haver a
possibilidade de buscar informações pela Internet, cruzar dados num toque de teclas, mas falta a emoção humana, o olhar atento
do professor, sua gesticulação, a fala, a interrupção do aluno, a construção coletiva do conhecimento, a interação com a
dificuldade ou facilidade da aprendizagem.
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Os temores de que a máquina possa vir a substituir o professor só atingem aqueles que não têm verdadeiramente a vocação do
magistério, os que são meros informadores desprovidos de emoção. Professor é muito mais do que isso. Professor tem luz própria
e caminha com pés próprios. Não é possível que ele pregue a autonomia sem ser autônomo; que fale de liberdade sem
experimentar a conquista da independência que é o saber; que ele queira que seu aluno seja feliz sem demonstrar afeto. E para
que possa transmitir afeto é preciso que sinta afeto, que viva o afeto. Ninguém dá o que não tem. O copo transborda quando
está cheio; o mestre tem de transbordar afeto, cumplicidade, participação no sucesso, na conquista de seu educando, o mestre
tem de ser o referencial, o líder, o interventor seguro, capaz de auxiliar o aluno em seus sonhos, seus projetos.
A formação é um fator fundamental para o professor. Não apenas a graduação universitária ou a pós-graduação, mas a formação
continuada, ampla, as atualizações e os aperfeiçoamentos. Não basta que um professor de matemática conheça profundamente a
matéria, ele precisa entender de psicologia, pedagogia, linguagem, sexualidade, infância, adolescência, sonho, afeto, vida. Não
basta que o professor de geografia conheça bem sua área e consiga dialogar com áreas afins como história; ele precisa entender
de ética, política, amor, projetos, família. Não se pode compartimentar o conhecimento e contentar-se com bons especialistas em
cada uma das áreas.
Para que um professor desempenhe com maestria a aula na matéria de sua especialidade, ele precisa conhecer as demais
matérias, os temas transversais que devem perpassar todas elas e, acima de tudo, conhecer o aluno. Tudo o que diz respeito ao
aluno deve ser de interesse do professor. Ninguém ama o que não conhece, e o aluno precisa ser amado! E o professor é capaz
de fazer isso.
(CHALITA, Gabriel. Educação: a solução está no afeto. São Paulo: Editora Gente, 2001, pp. 163-165)
Observe o trecho a seguir, retirado do texto:
Há quem afirme que o computador irá substituir o professor, que nesta era, em que a informação chega de muitas maneiras, o
professor perdeu sua importância. O computador nunca substituirá o professor.
Assinale a alternativa em que a reescrita deste trecho NÃO está de acordo com a norma culta:
a) Existe quem afirme que o computador irá substituir o professor, que nesta era, em que a informação chega de muitas
maneiras, o professor perdeu sua importância. O computador nunca substituirá o professor.
b) Existem os que afirmam que o computador irá substituir o professor, que nesta era, em que a informação chega de muitas
maneiras, o professor perdeu sua importância. O computador nunca substituirá o professor.
c) Há os que afirmam que o computador irá substituir o professor, que nesta era, em que a informação chega de muitas
maneiras, o professor perdeu sua importância. O computador nunca substituirá o professor.
d) Devem haver os que afirmem que o computador irá substituir o professor, que nesta era, em que a informação chega de
muitas maneiras, o professor perdeu sua importância. O computador nunca substituirá o professor.
e) Devem existir os que afirmem que o computador irá substituir o professor, que nesta era, em que a informação chega de
muitas maneiras, o professor perdeu sua importância. O computador nunca substituirá o professor.
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Ricardo Reis
O professor – eis o grande agente do processo educacional. A alma de qualquer instituição de ensino é o professor. Por mais que
se invista na equipagem das escolas, em laboratórios, bibliotecas, anfiteatros, quadras esportivas, piscinas, campos de futebol –
sem negar a importância de todo esse material –, tudo isso não se configura mais do que aspectos materiais se comparados ao
papel e à importância do professor.
Há quem afirme que o computador irá substituir o professor, que nesta era, em que a informação chega de muitas maneiras, o
professor perdeu sua importância. O computador nunca substituirá o professor. Por mais evoluída que seja a máquina, por mais
que a robótica profetize evoluções fantásticas, há um dado que não pode ser desconsiderado. A máquina reflete e não é capaz de
dar afeto, de passar emoção, de vibrar com a conquista de cada aluno. Isso é um privilégio humano.
Pode-se ter todos os poemas, romances ou dados no computador, como há nos livros, nas bibliotecas; pode até haver a
possibilidade de buscar informações pela Internet, cruzar dados num toque de teclas, mas falta a emoção humana, o olhar atento
do professor, sua gesticulação, a fala, a interrupção do aluno, a construção coletiva do conhecimento, a interação com a
dificuldade ou facilidade da aprendizagem.
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magistério, os que são meros informadores desprovidos de emoção. Professor é muito mais do que isso. Professor tem luz própria
e caminha com pés próprios. Não é possível que ele pregue a autonomia sem ser autônomo; que fale de liberdade sem
experimentar a conquista da independência que é o saber; que ele queira que seu aluno seja feliz sem demonstrar afeto. E para
que possa transmitir afeto é preciso que sinta afeto, que viva o afeto. Ninguém dá o que não tem. O copo transborda quando
está cheio; o mestre tem de transbordar afeto, cumplicidade, participação no sucesso, na conquista de seu educando, o mestre
tem de ser o referencial, o líder, o interventor seguro, capaz de auxiliar o aluno em seus sonhos, seus projetos.
A formação é um fator fundamental para o professor. Não apenas a graduação universitária ou a pós-graduação, mas a formação
continuada, ampla, as atualizações e os aperfeiçoamentos. Não basta que um professor de matemática conheça profundamente a
matéria, ele precisa entender de psicologia, pedagogia, linguagem, sexualidade, infância, adolescência, sonho, afeto, vida. Não
basta que o professor de geografia conheça bem sua área e consiga dialogar com áreas afins como história; ele precisa entender
de ética, política, amor, projetos, família. Não se pode compartimentar o conhecimento e contentar-se com bons especialistas em
cada uma das áreas.
Para que um professor desempenhe com maestria a aula na matéria de sua especialidade, ele precisa conhecer as demais
matérias, os temas transversais que devem perpassar todas elas e, acima de tudo, conhecer o aluno. Tudo o que diz respeito ao
aluno deve ser de interesse do professor. Ninguém ama o que não conhece, e o aluno precisa ser amado! E o professor é capaz
de fazer isso.
(CHALITA, Gabriel. Educação: a solução está no afeto. São Paulo: Editora Gente, 2001, pp. 163-165)
“Os temores de que a máquina possa vir a substituir o professor só atingem aqueles que não têm verdadeiramente a vocação do
magistério, os que são meros informadores desprovidos de emoção.”
Assinale a alternativa em que a reescrita deste segmento está de acordo com a norma culta:
a) Os temores que a máquina venha substituir o professor só atingem aqueles que não tem verdadeiramente a vocação de
magistério, os que são simples informadores desprovidos de emoção.
b) O temor de que a máquina venha a substituir o professor só atinge àqueles que não tem verdadeiramente, a vocação do
magistério, os que são meros informadores desprovidos de emoção.
c) O medo que a máquina possa vir a substituir o professor só atingem aqueles que não têm, verdadeiramente, a vocação
para o magistério, os que são meros informadores desprovidos de emoção.
d) Os medos de que a máquina venha a substituir os professores só atingem aqueles que não tem, verdadeiramente a
vocação do magistério, os que são meros informadores desprovidos de emoção.
e) Os temores de que a máquina possa vir a substituir o professor só atingem quem não tem, verdadeiramente, a vocação do
magistério, aquele que é simples informador desprovido de emoção.
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Psicologia
II. Conhecer seu corpo, valorizar e cuidar de sua saúde como condição necessária para usufruir do prazer sexual.
III. Desenvolver orientação sexual e identidade de gênero compatíveis com o sexo biológico.
IV. Reconhecer como construções culturais as características socialmente atribuídas ao masculino e ao feminino,
posicionando-se contra discriminações a eles associadas.
2) criar um processo continuado de educação sexual, com a participação de profissionais capacitados para orientação e
aconselhamento.
3) quanto à adesão, negociar um plano de tratamento, para o qual não é necessário o envolvimento e o compromisso do
adolescente. Basta que os profissionais de saúde conscientizem a família dos jovens da necessidade de tratamento.
Está(ão) correta(s):
a) 1, 2 e 3.
b) 1, apenas.
c) 2, apenas.
d) 3, apenas.
e) 1 e 2, apenas.
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Gabarito
1) A 2) A 3) E 4) D 5) D 6) B 7) A
8) C 9) B 10) E 11) A 12) A 13) E 14) D
15) C 16) E 17) D 18) B 19) C 20) E 21) A
22) C 23) B 24) A 25) A 26) B 27) D 28) A
29) A 30) C 31) A 32) D 33) A 34) D 35) C
36) D 37) B 38) B 39) C 40) D 41) C 42) D
43) A 44) B 45) D 46) B 47) D 48) B 49) C
50) A 51) A 52) E 53) A 54) D 55) B 56) A
57) E 58) A 59) D 60) E 61) D 62) B 63) E
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