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Direito Educacional e Tecnológico

Questão 1: CS UFG - Tec AE (IF GOIANO)/IF GOIANO/2014


Assunto: Lei nº 9.394/1996 - LDB
A educação nacional apresenta formatos organizativos diferenciados, definidos pela legislação como modalidades educativas. A
LDB define como modalidades a
a) Educação Especial; Educação de Jovens e Adultos; Educação Profissional e Tecnológica.
b) Educação Ambiental; Negociação Coletiva; Educação Moral e Cívica.
c) Educação para o Trânsito; Educação Infantil; o Ensino Religioso.
d) Educação e Sexualidade; Ecologia; Economia Doméstica.
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Questão 2: CONSESP - Prof (Ouro Verde SP)/Pref Ouro Verde/Educação Infantil/2018


Assunto: Parâmetros e Diretrizes Curriculares Nacionais
De acordo com a expressão da sexualidade, marque a alternativa que não condiz com o Referencial Curricular Nacional para a
Educação Infantil – (Vol. 2).
a) A sexualidade não tem grande importância no desenvolvimento e na vida psíquica das pessoas, pois independentemente da
potencialidade reprodutiva, relaciona-se com o prazer, necessidade não fundamental dos seres humanos.
b) A sexualidade é compreendida como algo que está presente desde o momento do nascimento, manifestando-se de formas
diferenciadas segundo as fases da vida.
c) A desenvoltura da sexualidade é apontada pela cultura e pela história, dado que cada sociedade cria regras que constituem
parâmetros fundamentais para o comportamento sexual dos indivíduos.
d) A cultura faz-se presente desde o inicio do desenvolvimento da sexualidade infantil, por exemplo, na maneira como os
adultos reagem aos primeiros movimentos exploratórios que as crianças fazem em seu corpo.
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Questão 3: FCC - Prof B (SEDU ES)/SEDU ES/Ensino Fundamental e Médio/Matemática/2018


Assunto: Parâmetros e Diretrizes Curriculares Nacionais
Crianças e adolescentes brasileiros também estão sujeitos à violência doméstica, ao abuso e à exploração sexual, a formas
de trabalho não condizentes com a idade, à falta de cuidados essenciais com a saúde, aspectos em relação aos quais a
escola, como instituição responsável pelos alunos durante o seu período de formação – e muitas vezes o único canal institucional
com quem a família mantém contato – precisa estar atenta.

O trabalho coletivo da escola poderá respaldar essa situação até certa medida. Todavia, cabe à escola
a) considerar, também que os casos de violência vividos dentro da escola, como a violência verbal e física e a indisciplina têm
dificultado sobremaneira a aprendizagem dos alunos e o trabalho dos professores, provocando entre estes uma atitude de
desânimo diante do magistério.
b) realizar, segundo determina o Estatuto da Criança e do Adolescente, um trabalho de aconselhamento junto aos alunos e
famílias que vivem esta situação, por meio da participação ativa dos professores como confidentes de seus alunos.
c) organizar-se administrativa e pedagogicamente para que os professores não permitam a “entrada” desta violência na
escola, na sala de aula, protegendo os alunos de possíveis casos de agressões ou mesmo indisciplina.
d) procurar autoridades da Secretaria da Educação para discutir as causas e consequências da violência na sociedade atual,
para poder redefinir valores, normas e critérios de convivência no espaço escolar como forma de prevenir a violência escolar.
e) manter-se articulada com o Conselho Tutelar, com os serviços de apoio aos sistemas educacionais e com instituições de
outras áreas capazes de ministrar os cuidados e os serviços de proteção social a que esses alunos têm direito.
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Questão 4: FEPESE - Prof (Florianópolis)/Pref Florianópolis/Auxiliar/Tecnologia Educacional/2016


Assunto: Parâmetros e Diretrizes Curriculares Nacionais
Dentre as Políticas Públicas de Educação e Comunicação estão os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), que preveem o tema
transversal de Orientação Sexual.

Sobre esse tema, considere as seguintes afirmativas:

1. Consta nos parâmetros curriculares nacionais somente a partir da 5ª série.

2. Busca considerar a sexualidade como algo inerente à vida e à saúde, que se expressa desde cedo no ser humano.

3. Engloba o papel social do homem e da mulher, o respeito por si e pelo outro, e as discriminações e os estereótipos

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atribuídos e vivenciados em seus relacionamentos.

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.


a) É correta apenas a afirmativa 1.
b) São corretas apenas as afirmativas 1 e 2.
c) São corretas apenas as afirmativas 1 e 3.
d) São corretas apenas as afirmativas 2 e 3.
e) São corretas as afirmativas 1, 2 e 3.
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Questão 5: CS UFG - Tec AE (IF GOIANO)/IF GOIANO/2014


Assunto: Parâmetros e Diretrizes Curriculares Nacionais
Considerando as Diretrizes Curriculares para o ensino médio, devem permear transversalmente todo o currículo, no âmbito do
conjunto de componentes curriculares:
a) Organização Social e Política Brasileira, Educação Ambiental, Educação para o Trânsito e Educação em Direitos Humanos.
b) Educação Ambiental, Educação para o Trânsito, Educação em Direitos Humanos e Educação Sexual.
c) Língua Portuguesa, Língua Materna para Populações Indígenas, Língua Estrangeira Moderna, Arte, Educação Física,
Matemática, Biologia, Física, Química, História, Geografia, Filosofia e Sociologia.
d) Educação Alimentar e Nutricional, Processo de Envelhecimento, Respeito e Valorização do Idoso, Educação Ambiental,
Educação para o Trânsito e Educação em Direitos Humanos.
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Questão 6: UFMT - Prof (Pref Cáceres)/Pref Cáceres/Licenciado em Pedagogia com Docência/2017


Assunto:
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), Lei nº 9.394/1996, estabelece a Educação Infantil como primeira
etapa da educação básica, com a finalidade de garantir o desenvolvimento integral da criança, complementando a ação da família
e da comunidade. Tal diretriz coloca em pauta a questão da formação dos professores em torno da Pedagogia da Infância e da
necessidade de contemplar na escola todas as dimensões humanas.

Sobre esse assunto, assinale a afirmativa INCORRETA.


a) Criar espaços e tempos que articulem as diferentes dimensões-cognitiva, expressiva, lúdica, criativa, afetiva, nutricional,
médica, sexual, física, psicológica, linguística e cultural.
b) Considerar o espaço da sala de aula como espaço privilegiado de uniformização das práticas escolares, tendo em vista,
especialmente, a aquisição e a antecipação dos conhecimentos já produzidos em séries anteriores.
c) Promover situações que visem interações com as diversas práticas da cultura mediadas pelos outros e pela linguagem.
d) Planejar um espaço que estimule a inteligência e a imaginação da criança, permitindo descobertas e aguçando sua
curiosidade.
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Questão 7: COVEST-COPSET - Peda (UFPE)/UFPE/2017


Assunto:
A Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96, que rege a educação escolar brasileira, tem por finalidade o desenvolvimento integral do
educando. A escola, para assegurar o alcance desse objetivo, há de educar sexualmente a criança. Neste sentido, o pedagogo
muito contribui com a escola, pois é um profissional que tem uma formação que lhe permite:
a) compreender o desenvolvimento humano e da sexualidade, para que a orientação sexual seja realizada de forma
adequada, conforme cada fase do desenvolvimento da sexualidade humana.
b) desenvolver o processo ensino-aprendizagem através das atividades de leitura, escrita e matemática.
c) verificar os diversos elementos da prática a fim de dar o suporte necessário para o domínio dos conteúdos.
d) estabelecer uma dinâmica de interação que facilite o avanço e a vivência no cotidiano da escola do processo ensino-
aprendizagem.
e) contribuir para a eficácia do processo ensinoaprendizagem no espaço da sala de aula e da família.
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Questão 8: CRESCER - Prof (Pref Pio IX)/Pref Pio IX/Educação Infantil/2017


Assunto:
Segundo os PCNs, a apresentação dos temas transversais são “questões sociais consideradas relevantes”, “problemáticas sociais
atuais e urgentes, consideradas de abrangência nacional e até mesmo de caráter universal” (1997, p.64). Os temas selecionados
pelos PCNs são respectivamente:
a) Educação Financeira, Ética, Saúde e Ecologia.
b) Ética, Meio Ambiente, Economia Doméstica e Saúde.
c) Ética, Meio Ambiente, Saúde, Pluralidade Cultural e Orientação Sexual.
d) Meio Ambiente, Pluralismo Cultural e Ética.
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Questão 9: MS CONCURSOS - PEB (Pref Tremembé)/Pref Tremembé/PI/2016


Assunto:
Em 2012, o Ministério da Educação, em consonância com a Constituição Federal de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (Lei nº 9.394/1996), aprovou as Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos (DNEDH).

Leia as afirmativas a seguir:

I. Direitos Humanos são aqueles que o indivíduo possui simplesmente por ser uma pessoa humana, por sua importância de
existir, tais como: o direito à vida, à família, à alimentação, à educação, ao trabalho, à liberdade, à religião, à orientação
sexual e ao meio ambiente sadio, entre outros.

II. As instituições de ensino, desde escolas básicas até as de ensino superior, devem direcionar seus projetos pedagógicos
para os direitos humanos, preocupando-se não só com os conteúdos voltados para o letramento, mas também com a
formação do caráter e da personalidade das pessoas.

III. A Educação em Direitos Humanos trabalha com a orientação, especificamente de crianças, para que assumam suas
responsabilidades enquanto cidadãos, promovendo o respeito entre as pessoas e suas diferenças; fazendo com que
reconheçam seus direitos e defendam os direitos dos outros.

IV. A Educação em Direitos Humanos fundamenta-se na formação ética, crítica e política do indivíduo.

Quanto às Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos, é correto afirmar que as afirmativas I, II, III e IV são
respectivamente:
a) V, F, V, V.
b) V, V, F, V.
c) V, V, V, F.
d) F, V, V, V.
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Questão 10: VUNESP - Prof (Pref Atibaia)/Pref Atibaia/Ensino Libras/Língua Brasileira de Sinais/2014
Assunto:
A educação para a cidadania requer que questões sociais sejam apresentadas para a aprendizagem e a reflexão dos alunos, e é
nesse sentido que os PCNs propõem um conjunto de temas transversais para serem incluídos no currículo escolar. Esses temas
são:
a) Educação Sexual, Ciências da Natureza, Moral, Artes Cênicas e Ética.
b) Educação Moral e Cívica, Ciências Sociais, Filosofia, Etnia e Pluralismo Cultural.
c) Sustentabilidade, Sociologia, Diversidade, Multiculturalismo e Dança.
d) Equilíbrio Ambiental, Prevenção de Doenças, Relações de Gênero, Etnia e Política.
e) Ética, Meio Ambiente, Pluralidade Cultural, Saúde e Orientação Sexual.
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Direito Sanitário e Saúde

Questão 11: Instituto AOCP - Psico (INES)/INES/2013


Assunto: Políticas, Planos e Programas de Saúde Pública
Na perspectiva da implementação do Plano Nacional de Enfrentamento da Violência sexual Infanto-Juvenil, o Governo Federal
realizou, em outubro de 2000, consulta técnica a partir da qual nasceu a proposta de atendimento especializado, multiprofissional
e interdisciplinar e que tiveram como resposta algumas ações, da qual se destaca
a) o Programa Sentinela por se constituir uma ação de responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à
Fome, inserido no Programa de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
b) o programa Minha Casa Minha Vida por se constituir uma ação de responsabilidade do Ministério da Agricultura, inserido no
Programa de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
c) o Programa Sentinela por se constituir uma ação de responsabilidade do Ministério da Educação, inserido no Programa de
Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
d) o Programa Sentinela por se constituir uma ação de responsabilidade do Ministério da Agricultura, inserido no Programa de
Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
e) o Programa Sentinela por se constituir uma ação de responsabilidade do Ministério da Saúde, inserido no Programa de
Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescente.
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Direitos Humanos

Questão 12: FUMARC - EEB (SEE MG)/SEE MG/Nível I Grau A/Orientação Educacional Supervisão
Pedagógica/2018
Assunto: Convenção sobre Eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher
“As profundas contradições que marcam a sociedade brasileira indicam a existência de graves violações destes direitos [Direitos
Humanos] em consequência da exclusão social, econômica, política e cultural que promove a pobreza, as desigualdades, as
discriminações, os autoritarismos, enfim, as múltiplas formas de violência contra a pessoa humana. Essas contradições também se
fazem presentes no ambiente educacional (escolas, instituições de educação superior e outros espaços educativos). Cabe aos
sistemas de ensino, gestores/as, professores/as e demais profissionais da educação, em todos os níveis e modalidades, envidar
esforços para reverter essa situação construída historicamente. Em suma, essas contradições precisam ser reconhecidas, exigindo
o compromisso dos vários agentes públicos e da sociedade com a realização dos Direitos Humanos.” (PARECER CNE/CP, n.
8/2012)

A Educação em Direitos Humanos vem sendo entendida como uma mediação necessária de acesso ao legado histórico dos
Direitos Humanos, bem como um alicerce para a mudança social. Nesse sentido, é INCORRETO afirmar:
a) A cultura afro-brasileira deve ser desenvolvida em ambientes escolares localizados em comunidades quilombolas,
demandando uma formação específica dos docentes como forma de atender à especificidade étnico-racial dos/as estudantes.
b) A eliminação de todo conceito estereotipado dos papéis masculino e feminino em todos os níveis e em todas as formas de
ensino, conforme previsto na Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres, é
fundamental para reduzir a situação de desigualdade e discriminação sofrida pelas mulheres no Brasil.
c) É possível trabalhar a temática dos Direitos Humanos em todas as áreas do conhecimento, inclusive nas ciências exatas. A
própria Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional determina que os Direitos Humanos serão incluídos como temas
transversais nos currículos escolares.
d) Educar para os Direitos Humanos significa compreender a diversidade do ser humano, em seus vários aspectos: cultural,
religioso, sexual, étnico-racial, dentre outros. Educar para a diversidade é educar para a cultura da paz.
e) Somente sujeitos conscientes de sua realidade são capazes de transformá-la.
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Questão 13: COPEVE UFMS - Psico (IF MS)/IF MS/2013


Assunto:
De acordo com o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos, 2003, está correto que educar em Direitos Humanos consiste
em:
a) Estimular a aquisição de algumas noções sobre a Declaração Universal dos Direitos Humanos e outros documentos
referenciais para a área.
b) Realizar campanhas sobre temas específicos.
c) Promover atividades esporádicas sobre temas relacionados com os Direitos Humanos.
d) Introduzir conteúdo em algumas disciplinas e áreas curriculares.
e) Fomentar processos de educação formal e não formal, de modo a contribuir para a construção da cidadania, o
conhecimento dos direitos fundamentais, o respeito à pluralidade e à diversidade sexual, étnica, racial, cultural, de gênero e de
crenças religiosas.
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História

Questão 14: IAUPE - Prof (Pref Pombos)/Pref Pombos/História/2017


Assunto: Historiografia e Ensino e Teoria da História
Analisando o conhecimento histórico escolar, Circe Bittencourt afirma que este “...Não pode ser entendido como mera e simples
transposição de um conhecimento maior, proveniente da ciência de referência e que é vulgarizado e simplificado pelo ensino... A
história escolar não é apenas uma transposição da história acadêmica.” (BITTENCOURT, Circe. O saber histórico na sala de aula.
São Paulo: Contexto, 1998. P. 25). Sobre o processo de ensino da história, assinale a alternativa CORRETA.
a) Ainda hoje, a concepção restrita de fonte histórica (ou seja, aqueles produzidos por fontes oficiais) dificulta que o professor
produza uma aula interativa como aluno.
b) A fonte audiovisual, especialmente o filme, é um ótimo material didático para ser trabalhado em sala. Todavia, deve ser
dada preferência aos documentários, uma vez que trabalham com a verdade dos fatos.
c) Marc Ferro, um dos grandes especialistas em “história e cinema”, alerta para a impossibilidade de se ensinar história através
de um filme ficcional. O referido historiador combina que a utilização do filme não pode ser tomada como lazer, uma vez que este
está vinculado a uma realidade histórica.
d) O conhecimento histórico escolar deve, entre outras coisas, constituir-se por intermédio de um processo no qual interferem
o saber erudito, os valores contemporâneos, as práticas e os problemas sociais.
e) O movimento “escola sem partido” visa proteger os alunos da educação básica, das ideologias marxistas, de gênero e
sexualistas que invadiram as escolas brasileiras, sendo trabalhadas, principalmente, nas aulas de História. Dessa forma, os alunos
poderão continuar aprendendo sem um ensino ideologizado.
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Questão 15: FGR - Prof (Conc MD)/Pref Conceição do MD/História/2016


Assunto:
É necessário que o ensino de História seja revalorizado e que os professores dessa disciplina conscientizem-se de sua
responsabilidade social perante os alunos, preocupando-se em ajudá-los a compreender e – esperamos – a melhorar o mundo em
que vivem. Para isso, é bom não confundir informação com educação. Para informar aí estão, bem à mão, jornais e revistas, a
televisão, o cinema e a internet [...]. O passado deve ser interrogado a partir das questões que nos inquietam no presente (caso
contrário, estudá-lo fica sem sentido). Portanto, as aulas de história serão muito melhores se conseguirem estabelecer um duplo
compromisso: com o passado e o presente. Compromisso com o presente não significa, contudo, presentismo vulgar, ou seja,
tentar encontrar no passado justificativas para atitudes, valores e ideologias praticadas no presente.

PINSKY, Jaime; PINSKY, Carla Bassanezi. Por uma História prazerosa e consequente. In. KARNAL, Leandro (org.). História na sala de aula:
conceitos, práticas e propostas. São Paulo: Contexto, 2013. p. 22-23.

Considerando a concepção atual de ensino da História apresentada no texto, leia as afirmativas a seguir sobre as ações do
professor na sala de aula:

I. Tomar como referência questões sociais e culturais, assim como problemáticas humanas que fazem parte de nossa vida,
temas como desigualdades sociais, sexuais, raciais, entre outras.

II. Capacitar os estudantes no sentido de perceberem a historicidade de conceitos como cidadania, democracia, afetividade,
sexualidade, entre outros.

III. Relacionar passado e presente, ou diversos fatos históricos. Por exemplo, ao trabalhar a América Portuguesa, pode-se
aplicar o modo de produção feudal nesse contexto colonial brasileiro.

IV. Envolver o educando com o objeto de estudo trabalhado, por meio de uma exposição factual e linear e com o trabalho
de textos expositivos e detalhados, imagens, documentos e diversas fontes históricas.

As propostas que concebem o currículo e a educação dentro dos padrões do ensino de História mais atualizados, dialogando com
o texto apresentado anteriormente, estão indicadas CORRETAMENTE nas afirmativas:
a) I, II, III.
b) II, III.
c) I, II.
d) III, IV.
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Pedagogia

Questão 16: FUNDATEC - Sup Ped (Gramado)/Pref Gramado/2019


Assunto:
Esteve defende que há um processo histórico de aumento das exigências e responsabilidades no trabalho docente. Os professores
que atuam na ótica de ‘pedagogos eficazes’ têm em vista a melhoria do processo de aprendizagem dos alunos, por meio de:

I. Facilitação da aprendizagem e organização do trabalho em grupo.

II. Promoção do equilíbrio psicológico e afetivo do aluno, sua integração social e educação sexual.

III. Atenção aos alunos especiais integrados na turma.

IV. Preparação necessária e adequada para o exercício da ação educativa.

Quais estão corretas?


a) Apenas I.
b) Apenas III.
c) Apenas I e II.
d) Apenas III e IV.
e) I, II, III e IV.
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Questão 17: PR4 (UFRJ) - Tec (UFRJ)/UFRJ/Assuntos Educacionais/Atendimento ao Aluno/2018


Assunto:
Bortolini (2008) considera que a universalização do acesso ao ensino fundamental no Brasil contrasta com os processos de
exclusão dentro da própria escola, que produzem - no contexto escolar – trajetórias desiguais. Para o autor, a escola é um espaço
permeado pelas relações de poder que envolvem igualdade, desigualdade e diferença. A questão da diversidade está presente
nas escolas, assim como nos demais espaços sociais, que recebem sujeitos diferentes, detentores de diferentes construções
culturais. Contudo, atitudes sexistas e homofóbicas têm se intensificado também no ambiente escolar. O enfrentamento dessas
relações de poder desiguais deve ser feito de forma profunda e clara para que essas atitudes não sejam (re)produzidas.

Assinale a alternativa que apresenta uma proposta capaz de organizar uma outra prática nas escolas que envolva a discussão
sobre sexualidade e gênero.
a) Discutir a questão da diversidade, sobretudo a questão de gênero, com os pais. Contudo, esse diálogo inaugura uma nova
abordagem no currículo escolar – até então ausente –, o que inviabiliza a realização do mesmo processo com os alunos.
b) Ignorar os possíveis conflitos, pois no processo de ensino-aprendizagem o que importa é o desempenho do aluno. Assim, a
discussão sobre essas questões é irrelevante para o trabalho pedagógico dos professores e da escola.
c) Definir, através de ideias preconcebidas, de que forma as identidades múltiplas e multifacetadas que se apresentam na
escola devem ser e agir, sobretudo no que diz respeito à orientação sexual.
d) Construir um novo currículo e uma nova prática, a partir do diálogo e do encontro, sem ignorar a tensão trazida pelo
conflito, mas aproveitando o potencial pedagógico da diferença ao assumir os seus próprios conflitos.
e) Propor uma discussão sobre gênero nos moldes do pós-estruturalismo, ou seja, um debate e uma reflexão acerca do que é
ser mulher em nossa sociedade. Neste aspecto, ganham destaque as questões acerca da educação e da orientação sexual.
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Questão 18: PR4 (UFRJ) - Tec (UFRJ)/UFRJ/Assuntos Educacionais/Atendimento ao Aluno/2018


Assunto:
A partir do final da década de 1970 e durante a década seguinte, os movimentos sociais e a educação passaram a articular teoria
e prática, intensificando o diálogo entre os campos. Entram em cena os movimentos de estudantes, professores, entidades
classistas, sindicatos, movimentos de trabalhadores do campo, entre outros, que passam a se relacionar com instituições de
ensino formal ou desenvolvem ações de caráter educativo no próprio movimento. Essas relações entre educação e movimentos
sociais estão baseadas principalmente nas questões relacionadas à participação, à cidadania e ao sentido político da escola. Dessa
forma, pode-se afirmar que:
a) os movimentos de estudantes e professores são os únicos que se relacionam com as instituições de ensino. Dessa forma,
há uma desvalorização dos demais movimentos sociais por parte dos profissionais da educação básica e da comunidade escolar,
uma vez que essa relação só pode existir através da educação formal.
b) os movimentos sociais, quando associados à educação, devem abranger questões que estão além do conteúdo escolar,
abordando aspectos relativos a gênero, etnia, religião, direitos humanos, meio ambiente e nacionalidade, sendo parte importante
na construção da cidadania e da luta por direitos.
c) a ideologia neoliberal implementada durante a década de 1990 foi responsável pelo boom dos movimentos sociais no Brasil.
Naquele período, o conjunto de programas apresentados e aprovados pelo governo tornou autônomos jurídica e economicamente
estados e municípios, que avançaram na articulação entre movimentos sociais e escola.
d) a partir da LDB nº 5.540/68 e, especialmente, após a elaboração dos parâmetros curriculares nacionais e dos temas

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transversais, o Estado reconheceu e valorizou as reivindicações dos movimentos sociais por cidadania, adotando um modelo
educacional sob a perspectiva da equidade e da formação de sujeitos críticos e reflexivos.
e) ações relacionadas à educação em direitos humanos, questões étnicas, religiosas, de gênero e orientação sexual não estão
contempladas na legislação brasileira. Dessa forma, os movimentos sociais devem combater o pensamento pedagógico crítico e
delimitar um espaço para discussão de temas relativos à conquista da cidadania.
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Questão 19: FEPESE - Prof (Florianópolis)/Pref Florianópolis/Português - Inglês/2018


Assunto:
Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ), relacionadas aos temas transversais no currículo da Educação
Básica.

( ) Os Temas Transversais caracterizam-se por um conjunto de assuntos que aparecem transversalizados em áreas
determinadas do currículo, que se constituem na necessidade de um trabalho mais significativo e expressivo de temáticas
sociais na escola.

( ) Fazem parte dos temas aqueles que apenas envolvem um aprender sobre a realidade, na realidade e da realidade,
preocupando-se unicamente em interferir na realidade para transformá-la.

( ) A ética, o meio ambiente, a saúde, o trabalho e o consumo, a orientação sexual e a pluralidade cultural são disciplinas
autônomas.

( ) Os temas transversais atuam como eixo unificador, em torno do qual organizam-se as disciplinas, devendo ser
trabalhados de modo coordenado e não como um assunto descontextualizado nas aulas.

Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.


a) V•V•F•V
b) V•F•V•F
c) V•F•F•V
d) F•V•V•V
e) F•V•F•V
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Questão 20: CONSESP - Prof (Panorama)/Pref Panorama/Educação Infantil I/2017


Assunto:
Leia a seguir.

A sexualidade tem grande importância no desenvolvimento e na vida psíquica das pessoas, pois independentemente da
potencialidade reprodutiva, relaciona-se com o prazer, necessidade fundamental dos seres humanos.
(Referencial Curricular Nacional para educação Infantil, vol. 2, 1988, p. 17)

Nesse sentido proposto pelo documento, a sexualidade é entendida como algo


a) latente na vida do ser humano.
b) alheio ao ser humano, dependendo do ambiente e da forma cultural onde o sujeito convive.
c) concomitante na vida dos seres humanos, pois é próprio do extinto e da fisiologia de todos os indivíduos.
d) íntimo, ligado à estimulação familiar de cada grupo de convívio social.
e) inerente, que está presente desde o momento do nascimento dos indivíduos.
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Questão 21: CONSESP - Dir EM (Rib Bonito)/Pref Ribeirão Bonito/2017


Assunto:
Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais (Vol. 7), no âmbito da Educação Física, os conhecimentos construídos devem
possibilitar a análise crítica dos valores sociais, tais como os padrões de beleza e saúde, que se tornaram dominantes na
sociedade, seu papel como instrumento de exclusão e discriminação social e a atuação dos meios de comunicação em produzi-los,
transmiti-los e impô-los; uma discussão sobre a ética do esporte profissional, sobre a discriminação sexual e racial que existe
nele, entre outras coisas, pode favorecer a consideração da estética do ponto de vista do bem-estar, as posturas não-
consumistas, não-preconceituosas, não-discriminatórias e a consciência dos valores. Daí a necessidade de se identificar os
valores, os preconceitos, e os estereótipos presentes no ambiente. Os valores são coerentes com a
a) ética democrática.
b) discriminação.
c) exclusão.
d) beleza e saúde.
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Questão 22: IBGP - PEB (Andradas)/Pref Andradas/II/2017

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Assunto:
A base nacional comum da educação básica constitui-se de conhecimentos, saberes e valores produzidos culturalmente,
expressos nas políticas públicas e gerados nas instituições produtoras do conhecimento científico e tecnológico; no mundo do
trabalho; no desenvolvimento das linguagens; nas atividades desportivas e corporais; na produção artística; nas formas diversas
de exercício da cidadania e nos movimentos sociais.

Assinale V (verdadeiro) para os componentes que integram a base comum nacional e F (falso) para as que não integram.

( ) Ensino Religioso.

( ) Língua Portuguesa.

( ) Artes.

( ) Educação Sexual.

( ) Matemática.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.


a) V V V V V.
b) F F F F F.
c) V V V F V.
d) F V V V V.
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Questão 23: CESGRANRIO - Peda (UNIRIO)/UNIRIO/2016


Assunto:

Disponível em: <inclusão.wordpress.com.br>. Acesso em: 28 abr. 2016.

Não esqueçamos que os padrões de funcionamento da escolarização tendem à homogeneização. A escola tem sido e é um
mecanismo de normatização. [...] A escola tem-se configurado, em sua ideologia e em seus usos organizativos e pedagógicos,
como um instrumento de homogeneização e de assimilação à cultura dominante.

SACRISTÁN, José Gimeno. Currículo e diversidade cultural, In: Territórios contestados: o


currículo e os novos mapas políticos e culturais. Petrópolis: Vozes, 1995, p. 82-113. Adaptado.

As críticas de Gimeno Sacristán e da charge indicam um desafio à Educação:


a) O erro, como uma vantagem pedagógica, defendido pela Teoria Sociocognitivista.
b) A valorização das diferentes identidades culturais, proposta pela Educação Intercultural.
c) O combate às desigualdades sociais e educacionais, defendido pela Nova Sociologia da Educação.
d) A valorização de questões de gênero e sexualidade, tal como propõe a Teoria Queer e os Estudos Feministas.
e) A ampliação de novas fontes de conhecimento, proposta pelo Pensamento Complexo e pela Interdisciplinaridade.
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Questão 24: FCC - Vic Dir (Campinas)/Pref Campinas/2016


Assunto:
Pesquisa nacional inédita realizada em 2009, sob a coordenação do INEP-MEC, sobre Preconceito e Discriminação no Ambiente
Escolar de escolas públicas envolvendo estudantes, professores, diretores, profissionais da educação, pais, mães e responsáveis,
buscou analisar a abrangência do preconceito e da discriminação em sete áreas temáticas e avaliar: percepções sobre preconceito
e discriminação; percepções quanto às situações de violência psicológica e física; relações do preconceito e discriminação com o
desempenho escolar.

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Considere o gráfico abaixo.

É correto concluir que:


a) necessidades especiais, étnico-racial e gênero são as categorias com maiores porcentagens de frequência.
b) as desigualdades sociais e territoriais somadas à discriminação de gênero são os problemas de maior incidência nas
escolas.
c) há elevada porcentagem de tolerância quanto a questão geracional nas escolas, reafirmando não haver atitude
preconceituosa nelas.
d) apenas os sujeitos representados no gráfico apresentaram algum nível de atitude preconceituosa.
e) as categorias socioeconômica, orientação sexual e territorial são aquelas em que há maior discriminação por parte dos
adultos das escolas.
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Questão 25: FCC - Dir Educ (Campinas)/Pref Campinas/2016


Assunto:
Pesquisa nacional inédita realizada em 2009, sob a coordenação do INEP-MEC, sobre Preconceito e Discriminação no Ambiente
Escolar de escolas públicas envolvendo estudantes, professores, diretores, profissionais da educação, pais, mães e responsáveis,
buscou analisar a abrangência do preconceito e da discriminação em sete áreas temáticas e avaliar: percepções sobre preconceito
e discriminação; percepções quanto às situações de violência psicológica e física; relações do preconceito e discriminação com o
desempenho escolar.

Considere o gráfico abaixo.

É correto concluir que:


a) necessidades especiais, étnico-racial e gênero são as categorias com maiores porcentagens de frequência.
b) as desigualdades sociais e territoriais somadas à discriminação de gênero são os problemas de maior incidência nas
escolas.
c) há elevada porcentagem de tolerância quanto a questão geracional nas escolas, reafirmando não haver atitude
preconceituosa nelas.

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d) apenas os sujeitos representados no gráfico apresentaram algum nível de atitude preconceituosa.


e) as categorias socioeconômica, orientação sexual e territorial são aquelas em que há maior discriminação por parte dos
adultos das escolas.
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Questão 26: FUNRIO - Prof I (Mesquita)/Pref Mesquita/Artes Dança/2016


Assunto:
Ana Canen, em seu artigo “O multiculturalismo e seus dilemas: implicações na educação”(2007), defende o argumento de que se
o multiculturalismo pretende contribuir para uma educação que valorize a diversidade cultural e questione as diferenças deve:
a) ater-se a uma visão folclórica, valorizadora da pluralidade cultural, mas atendo-se a aspectos exóticos e pontuais e
fechados em fronteiras rígidas.
b) superar posturas dogmáticas que tendem a congelar as identidades e desconhecer as diferenças no interior das próprias
diferenças.
c) respeitar a diversidade das formas culturais do mundo contemporâneo, mas conduzir a um processo de homogeneização
cultural.
d) vincular-se aos conceitos de emancipação e libertação e atrelar-se a uma teoria tradicional de currículo, concentrando-se
em questões técnicas.
e) deter-se em aspectos relativos a relações de gênero e etnia, não englobando aspectos de conflitos entre as classes sociais
e da sexualidade.
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Questão 27: VUNESP - Prof (Alumínio)/Pref Alumínio/Geografia/2016


Assunto:
No contexto atual, a inserção no mundo do trabalho e do consumo, o cuidado com o próprio corpo e com a saúde, passando pela
educação sexual, e a preservação do meio ambiente são temas que ganham um novo estatuto. Nesse sentido, é papel
preponderante da escola propiciar o domínio dos recursos capazes de
a) educar as famílias, como principais responsáveis pela educação de seus filhos, para a apropriação desses temas.
b) fortalecer a autoestima dos seus estudantes, para favorecer o desenvolvimentos dos conteúdos procedimentais e
atitudinais.
c) capacitar os estudantes para futuras habilitações em termos das especializações tradicionais para o trabalho.
d) levar à discussão dessas formas e à sua utilização crítica sob a perspectiva da participação social e política.
e) garantir condições para que o aluno construa instrumentos que o capacite para um processo de educação especializado na
área humana.
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Questão 28: CPCON UEPB - Sup Edu (Pref Sapé)/Pref Sapé/2016


Assunto:
O lugar ou espaço, como local de trabalho que ocupa o Supervisor no interior da unidade escola, segundo Medina (2002), NÃO
fica no vazio, no ar, EXCETO na alternativa:
a) Ele exige o esforço pedagógico e técnico-administrativo inerente ao compromisso da escola com a educação e o ensino
para assumir a atividade exclusiva de sala de aula.
b) Ele fica dentro de uma instituição, determinada por um sistema político e administrado por uma entidade mantenedora, no
caso a Secretaria Municipal de Educação.
c) Ele descobre que a legalização e a administração dos recursos humanos e financeiros eram os únicos aspectos tratados
com igualdade em todas as escolas da Rede Municipal da Educação (RME).
d) Ele observa que as diferenças das escolas estão centradas: na realidade da comunidade, onde a escola está inserida, vila;
na realidade vivida e experienciada pelos professores de classe; na forma realizada para a eleição do diretor/gestor; na forma
como os diferentes grupos que atuam na escola se autoavaliam e se autocriticam; na disposição e organização das classes em
sala de aula.
e) Ele precisa para tratar de todas essas diferenças, além da formação pedagógica, do conhecimento de outras áreas
(Antropologia, Filosofia, Linguística, Sociologia) e do aprofundamento de outros temas (agressividade, sexualidade, raça, gênero,
morte).
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Questão 29: CPCON UEPB - Sup Ed (Soledade PB)/Pref Soledade (PB)/2016


Assunto:
O lugar ou espaço, como local de trabalho que ocupa o Supervisor no interior da unidade escola, segundo Medina (2002), NÃO
fica no vazio, no ar, EXCETO na alternativa:
a) Ele exige o esforço pedagógico e técnico- administrativo inerente ao compromisso da escola com a educação e o ensino
para assumir a atividade exclusiva de sala de aula.
b) Ele fica dentro de uma instituição, determinada por um sistema político e administrado por uma entidade mantenedora, no
caso a Secretaria Municipal de Educação.
c) Ele descobre que a legalização e a administração dos recursos humanos e financeiros eram os únicos aspectos tratados
com igualdade em todas as escolas da Rede Municipal da Educação (RME.)

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d) Ele observa que as diferenças das escolas estão centradas: na realidade da comunidade, onde a escola está inserida, vila;
na realidade vivida e experienciada pelos professores de classe; na forma realizada para a eleição do diretor/gestor; na forma
como os diferentes grupos que atuam na escola se autoavaliam e se autocriticam; na disposição e organização das classes em
sala de aula.
e) Ele precisa para tratar de todas essas diferenças, além da formação pedagógica, do conhecimento de outras áreas
(Antropologia, Filosofia, Linguística, Sociologia) e do aprofundamento de outros temas (agressividade, sexualidade, raça, gênero,
morte).
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Questão 30: IBADE - Ana Educ (SEDUC RO)/SEDUC RO/Psicólogo/2016


Assunto:
Cada escola é única, tem características particulares, um perfil específico, uma clientela com sua própria história, mas alguns
fatores são determinantes para o sucesso escolar. É notório que o sucesso escolar dos alunos está associado, entre outros, aos
seguintes fatores:
a) participação de líderes religiosos na elaboração do Projeto Político-Pedagógico; participação ativa de organizações não
governamentais liderando a equipe gestora da escola; interdisciplinaridade como metodologia utilizada.
b) atenção dada às atividades realizadas no espaço escolar; realização de trabalho de casa; proposta pedagógica definida por
práticas heteronormativas.
c) participação da família e da comunidade; confiança do professor na capacidade dos alunos; participação ativa da equipe
gestora; adequação dos objetivos e planejamentos à realidade local.
d) rede física conservada e acolhedora; atividades diversificadas para atendimento às diferenças individuais dos alunos;
produção da (hetero)normalização do gênero e da sexualidade em articulação com a idade na trama da educação física.
e) utilização de material de apoio pedagógico adequado; nível de escolaridade do corpo docente elevado (superior completo);
a transposição dos conhecimentos religiosos sistematizados em práticas pedagógicas significativas.
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Questão 31: CEFETBAHIA - Coor Peda (Candeias)/Pref Candeias/2016


Assunto:
Segundo o Ministério da Educação (MEC), temas transversais são aqueles voltados para a compreensão e para a construção da
realidade social e dos direitos e responsabilidades relacionados com a vida pessoal e coletiva e com a afirmação do princípio da
participação política. Isso significa que devem ser trabalhados, de forma transversal, nas áreas e/ou disciplinas já existentes. Os
temas transversais, nesse sentido, correspondem a questões importantes, urgentes e presentes sob várias formas na vida
cotidiana.

A alternativa que contém os Temas Transversais propostos pelo Ministério da Educação é


a) Ética, Meio Ambiente, Pluralidade Cultural, Saúde e Orientação Sexual
b) Dignidade da pessoa humana, Saúde, Meio Ambiente, Ética e Participação
c) Pluralidade Cultural, Orientação Sexual, Saúde, Participação e Igualdade de Direitos
d) Meio Ambiente, Pluralidade Cultural, Igualdade de Direitos, Ética e Dignidade da pessoa humana
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Questão 32: FGR - Prof (Conc MD)/Pref Conceição do MD/Ciências/2016


Assunto:
O compromisso com a construção da cidadania pede necessariamente uma prática educacional voltada para a compreensão da
realidade social e dos direitos e responsabilidades em relação à vida pessoal e coletiva e a afirmação do princípio da participação
política. Nessa perspectiva é que foram incorporadas como Temas Transversais as questões da Ética, da Pluralidade Cultural, do
Meio Ambiente, da Saúde, da Orientação Sexual e do Trabalho e Consumo. Neste contexto os Parâmetros Curriculares Nacionais,
ao propor uma educação comprometida com a cidadania, elegeram, baseados no texto constitucional, princípios segundo os quais
se deve orientar a educação escolar.. Temas Transversais Terceiro e Quarto Ciclos Do Ensino Fundamental - Parâmetros
Curriculares Nacionais

Tendo como base os Temas Transversais, são princípios segundo os quais se devem orientar a educação escolar, EXCETO:
a) Dignidade da pessoa.
b) Igualdade de direitos.
c) Co-responsabilidade pela vida social.
d) Urgência Nacional
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Questão 33: NUCEPE UESPI - Prof (Pref Parnaíba)/Pref Parnaíba/Ensino Fundamental/Arte/2015


Assunto:
A educação brasileira contempla em seu currículo estudos transversais de um conjunto de temas: Ética, Meio Ambiente,
Pluralidade Cultural, Saúde e Orientação Sexual, com o título geral de Temas Transversais.

Indique a alternativa que trazem os critérios que foram estabelecidos para definir e escolher estes temas relevantes:

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a) Abrangência nacional; urgência social; possibilidade de ensino e aprendizagem no ensino fundamental; favorecer a
compreensão da realidade e a participação social.
b) Flexibilidade e abertura; favorecer a convivência humana; favorecer a compreensão da realidade e a participação social; a
reflexão ética.
c) Contemplar a transversalidade; incentivar a multidisciplinaridade; fazer contextualização; favorecer a interdisciplinaridade.
d) Capacidade de questionar e propor mudanças sociais; interesse das autoridades educacionais; coerência com princípio
democrático da liberdade; transversalidade
e) Favorecer a formação dos professores; contemplar a liberdade de expressão; incentivar a solidariedade.
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Questão 34: NUCEPE UESPI - Prof (Pref Parnaíba)/Pref Parnaíba/Anos Iniciais Educação Básica/2015
Assunto:
A educação para a cidadania trouxe consigo a exigência de uma prática educacional voltada para a compreensão da realidade
social e dos direitos e responsabilidades em relação à vida pessoal, coletiva e ambiental, conforme apontam os Parâmetros
Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998). Sob esta perspectiva, a inclusão de questões sociais no currículo escolar não foi uma
preocupação inédita e configura o que se chamam Temas Transversais. O conjunto de temas propostos nos Parâmetros
Curriculares Nacionais sob esta denominação foi
a) Meio Ambiente, Tolerância, Pluralidade Cultural, Saúde, Orientação vocacional.
b) Ética, Arte-Educação, Pluralidade Cultural, Saúde, Orientação Vocacional.
c) Ética, Meio Ambiente, Tecnologias da Informação, Saúde, Orientação Sexual.
d) Meio Ambiente, Ética, Pluralidade Cultural, Saúde, Orientação Sexual.
e) Ética, Meio Ambiente, Liberdade Religiosa, Saúde, Diversidade Sexual
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Questão 35: CS UFG - Prof (Pref CN)/Pref CN/Pedagogo/2014


Assunto:
De acordo com as orientações legais, a educação inclusiva contempla:
a) todas as crianças com NEE, independentemente de questões associadas à crença, sexualidade, etnia, excetuando-se
aquelas consideradas incapazes.
b) todas as pessoas adultas, independentemente de quais sejam suas deficiências, dificuldades de aprendizagem, gênero ou
pertencimento a minoria étnica.
c) todas as pessoas, independentemente de qual seja sua deficiência, dificuldade de aprendizagem, gênero ou pertencimento
a minoria étnica.
d) todos os indivíduos brasileiros com NEE em idade escolar, considerando-se aqueles que tenham sido diagnosticadoscomo
educáveis.
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Questão 36: COPESE UFPI - Peda (UFPI)/UFPI/2009


Assunto:
A concepção de que o currículo constrói identidades e subjetividades sociais, articulando questões de saber-poder, significação e
discurso, representação, cultura, gênero, raça, etnia, sexualidade, pertence às:
a) teorias de currículo como prescrição.
b) teorias curriculares tradicionais.
c) teorias curriculares críticas.
d) teorias curriculares pós-críticas.
e) teorias da nova sociologia da educação.
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Português

Questão 37: FUNRIO - Arqt (Trindade)/Pref Trindade/2016


Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Não é a peça, é o que ela representa

O abaixo-assinado Vai ter shortinho sim, feito por alunas de um colégio tradicional, em Porto Alegre, fez verão na mídia do sul
durante toda a última semana. No manifesto que acompanha a petição − que já conta com mais de 20 mil apoiadores − as gurias
exigem que algumas regras do vestuário sejam alteradas pela escola.

No comovente manifesto, meninas entre 13 e 18 anos exigem que a escola se ocupe de ensinar respeito em vez de ditar o que
elas podem ou não vestir, explicam que regulações acerca da indumentária feminina reforçam a ideia de que assediar é da
natureza do homem, e pedem que a escola abandone a mentalidade de que cabe às mulheres a prevenção da violência sexual.

“Ao invés de humilhar meninas pelos seus corpos, ensinem os meninos que elas não são objetos sexuais”, diz o manifesto. O
argumento aqui é simples: abaixo o controle dos corpos das mulheres − controle que, historicamente, se manifesta com força na
seara das modas. Em O Segundo Sexo (1949), Simone de Beauvoir relata como as roupas podem ser ferramentas da opressão
das mulheres, mas é bom lembrar que o foco da crítica feminista é o machismo, more ele na diferença salarial, na pouca
representatividade política, em alguma vestimenta específica... ou em sua proibição.

E a proibição, que é exclusiva para as meninas, só existe por causa de uma suposta falta de controle da sexualidade masculina. O
manifesto não é pelo direito de usar uma roupa X, mas pelo direito de usar essa roupa sabendo que a responsabilidade pelo que
ela supostamente provocaria nos rapazes é dos rapazes.

A confusão acerca dessa petição tem origem na falta de entendimento a respeito do argumento central do feminismo, que é a
erradicação da opressão das mulheres em todas as suas formas − o que, necessariamente, exige que os homens tomem
responsabilidade por suas ações ao invés de culpar as mulheres quando eles “perdem o controle”.

Raramente as objeções que fazemos dizem respeito apenas aos objetos que aparecem como foco das nossas demandas. Assim, a
campanha #vaitershortinhosim não é apenas sobre o direito de usar ou não shortinho na escola, mas também serve para
promover a autonomia corporal de todas nós, e para que os homens sejam educados a respeitá-la.

Adaptado de Joanna Burigo Revista Carta Capital, 02/03/2016.

Raramente as objeções que fazemos dizem respeito apenas aos objetos que aparecem como foco das nossas demandas.

A ideia central contida na frase anterior sugere que, para além do uso do shortinho, a demanda das meninas questiona:
a) o papel das mães na educação dos filhos
b) o papel exclusivo da mulher na prevenção ao assédio
c) a impossibilidade do uso da saia por homens na escola
d) o impedimento de namorar nas dependências da unidade
e) a ausência de diálogo entre a direção da escola e as meninas

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Questão 38: COPEVE UFMG - Rev Tex (UFMG)/UFMG/2016


Assunto:
A falácia da Escola Sem Partido (ou do pensamento único)

A doutrinação ideológica está presente nas Escolas desde sempre com seus conteúdos, suas relações.

Educar é um ato político em si


Pedro Henrique Oliveira Gomes - 1 de junho de 2016

Para o projeto Escola Sem Partido, discutir feminismo e homofobia é doutrinação ideológica e imposição da ideologia de gênero
nas escolas. Como reflexo da sociedade, as escolas são espaços marcados pela opressão às mulheres e pela discriminação sexual.
Na maioria dos casos, as ações e as reações são silenciadas e banalizadas. Será que é necessário ter a discussão nas escolas?
Creio que os dados e as informações a seguir nos mostrarão a urgência da discussão na sociedade.

Segundo dados do Mapa da Violência 2015, de Julio Jacobo Waiselfisz, entre 2003 e 2013, o número de vítimas do sexo feminino
mortas passou de 3.937 para 4.762, incremento de 21% na década. Essas 4.762 mortes em 2013 representam 13 homicídios
femininos diários. Quando analisamos os casos de feminicídio, a população negra é vítima prioritária no país. Sobre os tipos de
violência contra a mulher, em 2014, foram atendidas pelo Sistema Único de Saúde 23.630 casos de violência sexual, a maioria
envolvendo crianças e adolescentes.

Segundo informações presentes no estudo “Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil”, de 2013, realizado pelo Instituto de

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Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 2006 para combater a violência contra a
mulher, não teve impacto no número de mortes por esse tipo de agressão.

Quando o assunto é escola, os dados sobre assédio ou violência contra estudantes femininas são escassos ou inexistentes nas
secretarias de educação pelo país. Já sobre discriminação contra homossexuais os dados são preocupantes. Em pesquisa
realizada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no interior de São Paulo, 32% dos homossexuais entrevistados
afirmaram sofrer preconceito dentro das salas de aula e também que os educadores ainda não sabem reagir apropriadamente
diante das agressões, que podem ser físicas ou verbais, no ambiente escolar.

Os dados, segundo os pesquisadores, convergem com aqueles apresentados em pesquisa do Ministério da Educação que ouviu
8.283 estudantes na faixa etária de 15 a 29 anos, no ano letivo de 2013, em todo o país, e constatou que 20% dos alunos não
querem colega de classe homossexual ou transexual.

Na mídia, além da reprodução dos discursos e da estética da sociedade machista, alguns personagens com grande visibilidade
provocam e se promovem a partir de atitudes machistas, como o humorista Danilo Gentili e o ator Alexandre Frota. Uma rápida
pesquisa no mundo virtual nos apresenta inúmeros casos envolvendo “famosos”. Por sinal, em recente audiência com o ministro
da Educação, Mendonça Filho, Frota e um grupo associado ao movimento Escola Sem Partido levaram suas propostas para
transformar a educação brasileira.

Certamente, Alexandre Frota tem todo o direito de ser ouvido pelo Ministro da Educação. Porém, quais são os problemas
envolvidos? Trata-se de um cara com passado marcado por machismos e atitudes boçais. Além disso, há desigualdade no diálogo.
Todos deveriam ser ouvidos. Os estudantes das escolas ocupadas estão sendo ouvidos? Muito pouco. Os professores em greve
estão sendo ouvidos? Um pouco mais, porém, de forma marginalizada. Até o presente momento, reitores de universidades
públicas federais não conseguiram marcar encontros com o atual ministro. Enfim, é preciso superar a seletividade do diálogo e
analisar criticamente o projeto levado por Frota e sua trupe.

Voltemos ao parágrafo inicial, qual é o absurdo do projeto Escola Sem Partido? Ignora-se a realidade para dar continuidade ao
projeto de educação e sociedade em que vivemos faz tempo. O que esse movimento quer não é transformar a educação
brasileira. Eles querem frear alguns avanços pedagógicos e sociais que tivemos nos últimos 15 anos, como as leis 10.639/03 e a
11.645/08.

E por que apenas frear? Se analisarmos os conteúdos trabalhados e as atitudes desenvolvidas nas escolas, veremos poucas
mudanças em relação à educação tradicional, conservadora e meritocrática. Nas salas de aula, falamos sobre (e muitos cultuam)
a cultura eurocêntrica, o consumismo moderno, o agronegócio, a urbanização do mundo, a atuação das empresas multinacionais
e suas grandes marcas, a corrida desenvolvimentista, a fábula da sustentabilidade, em pensadores brancos, homens e europeus,
entre outros assuntos marcados pela hegemonia do saber.

Nos espaços da vida, mulheres são agredidas, jovens negros são assassinados, a cultura é elitizada, os espaços públicos são
murados e fortificados, o caminhar da vida é vigiado, o sucesso é baseado unicamente na ascensão econômica, entre outros
vendavais que nos levam ao mundo fabuloso da desigualdade e da perversidade das relações. Nos espaços de fé, os profetas e
seus seguidores cultuam emocionalmente suas verdades, ignoram suas realidades e almejam criar bolhas de satisfação pessoal e
comunitária. Tudo isso acirrando as disputas pelo existir e pelo mundo em que vivemos.

Para subverter minimamente esse quadro, precisamos criar leis para discutir a nossa origem e conhecer a história e a cultura
africana e indígena nas escolas. Na prática, para aqueles que reconhecem a necessidade de mudança, subvertem-se sistemas
para discutir a vida, a realidade e outros saberes necessários para transformar nossas ideias, nossas práticas, nossos espaços,
nossas relações, nossa existência.

Neste contexto, Escola Sem Partido (ou Escola de Pensamento Único) é um projeto para silenciar vozes, buscar estabilidades e
criar novos espaços de conforto e conformismo social, cultural e intelectual. A instabilidade, o diferente, a emergência, a
diversidade incomodam. Discutir as desigualdades sociais, o feminismo, a discriminação sexual, entre outros assuntos, é provocar
instabilidades nesse sistema de histórias e pensamentos únicos. Doutrinação ideológica está presente nas escolas desde sempre
com seus conteúdos, com seus discursos, com suas relações. Educar é um ato político em si.

O pensar crítico é outro papo. A atitude socialmente crítica é emancipação. Ela combate e rompe com o desenvolver enciclopédico
e elitizante das escolas tradicionais. Educar é analisar as realidades e a nossa sociedade, selecionando aquilo que é urgente para
ser conhecido, discutido, problematizado. Se analisar criticamente as realidades é um problema, que possamos subverter a lógica
do pensamento único. É preciso continuar nessa luta para garantir uma educação para a liberdade e para a autonomia.

Por uma educação que reconheça nossos povos tradicionais e seus saberes, garanta o bem estar das pessoas, valorize o fazer
coletivo, pratique a democracia nas suas relações, entre outras medidas que integram a agenda da educação em direitos
humanos, especialmente por um mundo socialmente justo e ambientalmente responsável.

Contra qualquer tipo de silenciamento, lhes digo: é preciso pensar, refletir, dialogar. Porém, é extremamente necessário fazer,
agir. Até por que, nosso grande Paulo Freire já mandou o papo: “Seria uma atitude ingênua esperar que as classes dominantes
desenvolvessem uma forma de educação que proporcionasse às classes dominadas perceber as injustiças sociais de maneira
crítica”.

Nas palavras do educador, é necessário sermos homens e mulheres radicais nesse sistema atual. A radicalidade está na luta por
uma educação mais dialógica, humana e ativa marcada pela autonomia do educando e pela liberdade na construção dos saberes

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e nos caminhos escolhidos para a vida.

Disponível em: <http://www.cartaeducacao.com.br/artigo/a-falacia-da-escola-


sem-partido-ou-do-pensamento-unico/>. Acesso em: 20 jul. 2016. (Adaptado)

O principal objetivo desse texto é


a) denunciar a postura de parcialidade adotada pelo atual governo federal, quando esse governo discute questões
fundamentais para a educação pública brasileira.
b) demonstrar que o projeto Escola sem Partido não se sustenta, já que a escola é um espaço dialógico, no qual a chamada
neutralidade é impossível de ser alcançada.
c) promover a socialização de dados de pesquisas as quais confirmam a necessidade de se discutir, na escola, questões
relativas a feminismo, homossexualidade, racismo, dentre outras.
d) informar que a escola atual, ainda tradicional, conservadora e meritocrática, tem servido aos interesses das classes
dominantes.
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Questão 39: COPEVE UFMG - Rev Tex (UFMG)/UFMG/2016


Assunto:
A falácia da Escola Sem Partido (ou do pensamento único)

A doutrinação ideológica está presente nas Escolas desde sempre com seus conteúdos, suas relações.

Educar é um ato político em si


Pedro Henrique Oliveira Gomes - 1 de junho de 2016

Para o projeto Escola Sem Partido, discutir feminismo e homofobia é doutrinação ideológica e imposição da ideologia de gênero
nas escolas. Como reflexo da sociedade, as escolas são espaços marcados pela opressão às mulheres e pela discriminação sexual.
Na maioria dos casos, as ações e as reações são silenciadas e banalizadas. Será que é necessário ter a discussão nas escolas?
Creio que os dados e as informações a seguir nos mostrarão a urgência da discussão na sociedade.

Segundo dados do Mapa da Violência 2015, de Julio Jacobo Waiselfisz, entre 2003 e 2013, o número de vítimas do sexo feminino
mortas passou de 3.937 para 4.762, incremento de 21% na década. Essas 4.762 mortes em 2013 representam 13 homicídios
femininos diários. Quando analisamos os casos de feminicídio, a população negra é vítima prioritária no país. Sobre os tipos de
violência contra a mulher, em 2014, foram atendidas pelo Sistema Único de Saúde 23.630 casos de violência sexual, a maioria
envolvendo crianças e adolescentes.

Segundo informações presentes no estudo “Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil”, de 2013, realizado pelo Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 2006 para combater a violência contra a
mulher, não teve impacto no número de mortes por esse tipo de agressão.

Quando o assunto é escola, os dados sobre assédio ou violência contra estudantes femininas são escassos ou inexistentes nas
secretarias de educação pelo país. Já sobre discriminação contra homossexuais os dados são preocupantes. Em pesquisa
realizada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no interior de São Paulo, 32% dos homossexuais entrevistados
afirmaram sofrer preconceito dentro das salas de aula e também que os educadores ainda não sabem reagir apropriadamente
diante das agressões, que podem ser físicas ou verbais, no ambiente escolar.

Os dados, segundo os pesquisadores, convergem com aqueles apresentados em pesquisa do Ministério da Educação que ouviu
8.283 estudantes na faixa etária de 15 a 29 anos, no ano letivo de 2013, em todo o país, e constatou que 20% dos alunos não
querem colega de classe homossexual ou transexual.

Na mídia, além da reprodução dos discursos e da estética da sociedade machista, alguns personagens com grande visibilidade
provocam e se promovem a partir de atitudes machistas, como o humorista Danilo Gentili e o ator Alexandre Frota. Uma rápida
pesquisa no mundo virtual nos apresenta inúmeros casos envolvendo “famosos”. Por sinal, em recente audiência com o ministro
da Educação, Mendonça Filho, Frota e um grupo associado ao movimento Escola Sem Partido levaram suas propostas para
transformar a educação brasileira.

Certamente, Alexandre Frota tem todo o direito de ser ouvido pelo Ministro da Educação. Porém, quais são os problemas
envolvidos? Trata-se de um cara com passado marcado por machismos e atitudes boçais. Além disso, há desigualdade no diálogo.
Todos deveriam ser ouvidos. Os estudantes das escolas ocupadas estão sendo ouvidos? Muito pouco. Os professores em greve
estão sendo ouvidos? Um pouco mais, porém, de forma marginalizada. Até o presente momento, reitores de universidades
públicas federais não conseguiram marcar encontros com o atual ministro. Enfim, é preciso superar a seletividade do diálogo e
analisar criticamente o projeto levado por Frota e sua trupe.

Voltemos ao parágrafo inicial, qual é o absurdo do projeto Escola Sem Partido? Ignora-se a realidade para dar continuidade ao
projeto de educação e sociedade em que vivemos faz tempo. O que esse movimento quer não é transformar a educação
brasileira. Eles querem frear alguns avanços pedagógicos e sociais que tivemos nos últimos 15 anos, como as leis 10.639/03 e a
11.645/08.

16 of 47 21/07/2019 00:01
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E por que apenas frear? Se analisarmos os conteúdos trabalhados e as atitudes desenvolvidas nas escolas, veremos poucas
mudanças em relação à educação tradicional, conservadora e meritocrática. Nas salas de aula, falamos sobre (e muitos cultuam)
a cultura eurocêntrica, o consumismo moderno, o agronegócio, a urbanização do mundo, a atuação das empresas multinacionais
e suas grandes marcas, a corrida desenvolvimentista, a fábula da sustentabilidade, em pensadores brancos, homens e europeus,
entre outros assuntos marcados pela hegemonia do saber.

Nos espaços da vida, mulheres são agredidas, jovens negros são assassinados, a cultura é elitizada, os espaços públicos são
murados e fortificados, o caminhar da vida é vigiado, o sucesso é baseado unicamente na ascensão econômica, entre outros
vendavais que nos levam ao mundo fabuloso da desigualdade e da perversidade das relações. Nos espaços de fé, os profetas e
seus seguidores cultuam emocionalmente suas verdades, ignoram suas realidades e almejam criar bolhas de satisfação pessoal e
comunitária. Tudo isso acirrando as disputas pelo existir e pelo mundo em que vivemos.

Para subverter minimamente esse quadro, precisamos criar leis para discutir a nossa origem e conhecer a história e a cultura
africana e indígena nas escolas. Na prática, para aqueles que reconhecem a necessidade de mudança, subvertem-se sistemas
para discutir a vida, a realidade e outros saberes necessários para transformar nossas ideias, nossas práticas, nossos espaços,
nossas relações, nossa existência.

Neste contexto, Escola Sem Partido (ou Escola de Pensamento Único) é um projeto para silenciar vozes, buscar estabilidades e
criar novos espaços de conforto e conformismo social, cultural e intelectual. A instabilidade, o diferente, a emergência, a
diversidade incomodam. Discutir as desigualdades sociais, o feminismo, a discriminação sexual, entre outros assuntos, é provocar
instabilidades nesse sistema de histórias e pensamentos únicos. Doutrinação ideológica está presente nas escolas desde sempre
com seus conteúdos, com seus discursos, com suas relações. Educar é um ato político em si.

O pensar crítico é outro papo. A atitude socialmente crítica é emancipação. Ela combate e rompe com o desenvolver enciclopédico
e elitizante das escolas tradicionais. Educar é analisar as realidades e a nossa sociedade, selecionando aquilo que é urgente para
ser conhecido, discutido, problematizado. Se analisar criticamente as realidades é um problema, que possamos subverter a lógica
do pensamento único. É preciso continuar nessa luta para garantir uma educação para a liberdade e para a autonomia.

Por uma educação que reconheça nossos povos tradicionais e seus saberes, garanta o bem estar das pessoas, valorize o fazer
coletivo, pratique a democracia nas suas relações, entre outras medidas que integram a agenda da educação em direitos
humanos, especialmente por um mundo socialmente justo e ambientalmente responsável.

Contra qualquer tipo de silenciamento, lhes digo: é preciso pensar, refletir, dialogar. Porém, é extremamente necessário fazer,
agir. Até por que, nosso grande Paulo Freire já mandou o papo: “Seria uma atitude ingênua esperar que as classes dominantes
desenvolvessem uma forma de educação que proporcionasse às classes dominadas perceber as injustiças sociais de maneira
crítica”.

Nas palavras do educador, é necessário sermos homens e mulheres radicais nesse sistema atual. A radicalidade está na luta por
uma educação mais dialógica, humana e ativa marcada pela autonomia do educando e pela liberdade na construção dos saberes
e nos caminhos escolhidos para a vida.

Disponível em: <http://www.cartaeducacao.com.br/artigo/a-falacia-da-escola-


sem-partido-ou-do-pensamento-unico/>. Acesso em: 20 jul. 2016. (Adaptado)

Releia o seguinte trecho:

“Como reflexo da sociedade, as escolas são espaços marcados pela opressão às mulheres e pela discriminação sexual”.

Todos os trechos a seguir são, explicitamente, argumentos que comprovam tal afirmação, EXCETO:
a) “Segundo dados do Mapa da Violência 2015, de Julio Jacobo Waiselfisz, entre 2003 e 2013, o número de vítimas do sexo
feminino mortas passou de 3.937 para 4.762, incremento de 21% na década.”
b) “Em pesquisa realizada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no interior de São Paulo, 32% dos homossexuais
entrevistados afirmaram sofrer preconceito dentro das salas de aula [...]”
c) “Quando o assunto é escola, os dados sobre assédio ou violência contra estudantes femininas são escassos ou inexistentes
nas secretarias de educação pelo país.”
d) “Na mídia, além da reprodução dos discursos e da estética da sociedade machista, alguns personagens com grande
visibilidade provocam e se promovem a partir de atitudes machistas, como o humorista Danilo Gentili e o ator Alexandre Frota.”
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Questão 40: COPEVE UFMG - Rev Tex (UFMG)/UFMG/2016


Assunto:
A falácia da Escola Sem Partido (ou do pensamento único)

A doutrinação ideológica está presente nas Escolas desde sempre com seus conteúdos, suas relações.

Educar é um ato político em si


Pedro Henrique Oliveira Gomes - 1 de junho de 2016

17 of 47 21/07/2019 00:01
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Para o projeto Escola Sem Partido, discutir feminismo e homofobia é doutrinação ideológica e imposição da ideologia de gênero
nas escolas. Como reflexo da sociedade, as escolas são espaços marcados pela opressão às mulheres e pela discriminação sexual.
Na maioria dos casos, as ações e as reações são silenciadas e banalizadas. Será que é necessário ter a discussão nas escolas?
Creio que os dados e as informações a seguir nos mostrarão a urgência da discussão na sociedade.

Segundo dados do Mapa da Violência 2015, de Julio Jacobo Waiselfisz, entre 2003 e 2013, o número de vítimas do sexo feminino
mortas passou de 3.937 para 4.762, incremento de 21% na década. Essas 4.762 mortes em 2013 representam 13 homicídios
femininos diários. Quando analisamos os casos de feminicídio, a população negra é vítima prioritária no país. Sobre os tipos de
violência contra a mulher, em 2014, foram atendidas pelo Sistema Único de Saúde 23.630 casos de violência sexual, a maioria
envolvendo crianças e adolescentes.

Segundo informações presentes no estudo “Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil”, de 2013, realizado pelo Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 2006 para combater a violência contra a
mulher, não teve impacto no número de mortes por esse tipo de agressão.

Quando o assunto é escola, os dados sobre assédio ou violência contra estudantes femininas são escassos ou inexistentes nas
secretarias de educação pelo país. Já sobre discriminação contra homossexuais os dados são preocupantes. Em pesquisa
realizada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no interior de São Paulo, 32% dos homossexuais entrevistados
afirmaram sofrer preconceito dentro das salas de aula e também que os educadores ainda não sabem reagir apropriadamente
diante das agressões, que podem ser físicas ou verbais, no ambiente escolar.

Os dados, segundo os pesquisadores, convergem com aqueles apresentados em pesquisa do Ministério da Educação que ouviu
8.283 estudantes na faixa etária de 15 a 29 anos, no ano letivo de 2013, em todo o país, e constatou que 20% dos alunos não
querem colega de classe homossexual ou transexual.

Na mídia, além da reprodução dos discursos e da estética da sociedade machista, alguns personagens com grande visibilidade
provocam e se promovem a partir de atitudes machistas, como o humorista Danilo Gentili e o ator Alexandre Frota. Uma rápida
pesquisa no mundo virtual nos apresenta inúmeros casos envolvendo “famosos”. Por sinal, em recente audiência com o ministro
da Educação, Mendonça Filho, Frota e um grupo associado ao movimento Escola Sem Partido levaram suas propostas para
transformar a educação brasileira.

Certamente, Alexandre Frota tem todo o direito de ser ouvido pelo Ministro da Educação. Porém, quais são os problemas
envolvidos? Trata-se de um cara com passado marcado por machismos e atitudes boçais. Além disso, há desigualdade no diálogo.
Todos deveriam ser ouvidos. Os estudantes das escolas ocupadas estão sendo ouvidos? Muito pouco. Os professores em greve
estão sendo ouvidos? Um pouco mais, porém, de forma marginalizada. Até o presente momento, reitores de universidades
públicas federais não conseguiram marcar encontros com o atual ministro. Enfim, é preciso superar a seletividade do diálogo e
analisar criticamente o projeto levado por Frota e sua trupe.

Voltemos ao parágrafo inicial, qual é o absurdo do projeto Escola Sem Partido? Ignora-se a realidade para dar continuidade ao
projeto de educação e sociedade em que vivemos faz tempo. O que esse movimento quer não é transformar a educação
brasileira. Eles querem frear alguns avanços pedagógicos e sociais que tivemos nos últimos 15 anos, como as leis 10.639/03 e a
11.645/08.

E por que apenas frear? Se analisarmos os conteúdos trabalhados e as atitudes desenvolvidas nas escolas, veremos poucas
mudanças em relação à educação tradicional, conservadora e meritocrática. Nas salas de aula, falamos sobre (e muitos cultuam)
a cultura eurocêntrica, o consumismo moderno, o agronegócio, a urbanização do mundo, a atuação das empresas multinacionais
e suas grandes marcas, a corrida desenvolvimentista, a fábula da sustentabilidade, em pensadores brancos, homens e europeus,
entre outros assuntos marcados pela hegemonia do saber.

Nos espaços da vida, mulheres são agredidas, jovens negros são assassinados, a cultura é elitizada, os espaços públicos são
murados e fortificados, o caminhar da vida é vigiado, o sucesso é baseado unicamente na ascensão econômica, entre outros
vendavais que nos levam ao mundo fabuloso da desigualdade e da perversidade das relações. Nos espaços de fé, os profetas e
seus seguidores cultuam emocionalmente suas verdades, ignoram suas realidades e almejam criar bolhas de satisfação pessoal e
comunitária. Tudo isso acirrando as disputas pelo existir e pelo mundo em que vivemos.

Para subverter minimamente esse quadro, precisamos criar leis para discutir a nossa origem e conhecer a história e a cultura
africana e indígena nas escolas. Na prática, para aqueles que reconhecem a necessidade de mudança, subvertem-se sistemas
para discutir a vida, a realidade e outros saberes necessários para transformar nossas ideias, nossas práticas, nossos espaços,
nossas relações, nossa existência.

Neste contexto, Escola Sem Partido (ou Escola de Pensamento Único) é um projeto para silenciar vozes, buscar estabilidades e
criar novos espaços de conforto e conformismo social, cultural e intelectual. A instabilidade, o diferente, a emergência, a
diversidade incomodam. Discutir as desigualdades sociais, o feminismo, a discriminação sexual, entre outros assuntos, é provocar
instabilidades nesse sistema de histórias e pensamentos únicos. Doutrinação ideológica está presente nas escolas desde sempre
com seus conteúdos, com seus discursos, com suas relações. Educar é um ato político em si.

O pensar crítico é outro papo. A atitude socialmente crítica é emancipação. Ela combate e rompe com o desenvolver enciclopédico
e elitizante das escolas tradicionais. Educar é analisar as realidades e a nossa sociedade, selecionando aquilo que é urgente para
ser conhecido, discutido, problematizado. Se analisar criticamente as realidades é um problema, que possamos subverter a lógica
do pensamento único. É preciso continuar nessa luta para garantir uma educação para a liberdade e para a autonomia.

18 of 47 21/07/2019 00:01
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Por uma educação que reconheça nossos povos tradicionais e seus saberes, garanta o bem estar das pessoas, valorize o fazer
coletivo, pratique a democracia nas suas relações, entre outras medidas que integram a agenda da educação em direitos
humanos, especialmente por um mundo socialmente justo e ambientalmente responsável.

Contra qualquer tipo de silenciamento, lhes digo: é preciso pensar, refletir, dialogar. Porém, é extremamente necessário fazer,
agir. Até por que, nosso grande Paulo Freire já mandou o papo: “Seria uma atitude ingênua esperar que as classes dominantes
desenvolvessem uma forma de educação que proporcionasse às classes dominadas perceber as injustiças sociais de maneira
crítica”.

Nas palavras do educador, é necessário sermos homens e mulheres radicais nesse sistema atual. A radicalidade está na luta por
uma educação mais dialógica, humana e ativa marcada pela autonomia do educando e pela liberdade na construção dos saberes
e nos caminhos escolhidos para a vida.

Disponível em: <http://www.cartaeducacao.com.br/artigo/a-falacia-da-escola-


sem-partido-ou-do-pensamento-unico/>. Acesso em: 20 jul. 2016. (Adaptado)

Leia as afirmações sobre o 7º parágrafo do texto.

I. O 7º parágrafo funciona, ao mesmo tempo, como apresentação de contra-argumento e refutação, sinalizada pelo
articulador “porém”.

II. Uma das estratégias de desqualificar as propostas de Alexandre Frota e do grupo ligado ao movimento Escola sem
Partido, apresentadas ao ministro da Educação, é o uso do vocábulo “trupe”, no final do 7º parágrafo.

III. O 7º parágrafo, organizado por relação de causa-consequência, evidencia a atitude pouco democrática do Ministério da
Educação, ao estabelecer diálogo com alguns grupos da sociedade.

Estão CORRETAS as afirmações


a) I, II e III.
b) I e III, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e II, apenas.
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Questão 41: COPEVE UFMG - Rev Tex (UFMG)/UFMG/2016


Assunto:
A falácia da Escola Sem Partido (ou do pensamento único)

A doutrinação ideológica está presente nas Escolas desde sempre com seus conteúdos, suas relações.

Educar é um ato político em si


Pedro Henrique Oliveira Gomes - 1 de junho de 2016

Para o projeto Escola Sem Partido, discutir feminismo e homofobia é doutrinação ideológica e imposição da ideologia de gênero
nas escolas. Como reflexo da sociedade, as escolas são espaços marcados pela opressão às mulheres e pela discriminação sexual.
Na maioria dos casos, as ações e as reações são silenciadas e banalizadas. Será que é necessário ter a discussão nas escolas?
Creio que os dados e as informações a seguir nos mostrarão a urgência da discussão na sociedade.

Segundo dados do Mapa da Violência 2015, de Julio Jacobo Waiselfisz, entre 2003 e 2013, o número de vítimas do sexo feminino
mortas passou de 3.937 para 4.762, incremento de 21% na década. Essas 4.762 mortes em 2013 representam 13 homicídios
femininos diários. Quando analisamos os casos de feminicídio, a população negra é vítima prioritária no país. Sobre os tipos de
violência contra a mulher, em 2014, foram atendidas pelo Sistema Único de Saúde 23.630 casos de violência sexual, a maioria
envolvendo crianças e adolescentes.

Segundo informações presentes no estudo “Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil”, de 2013, realizado pelo Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 2006 para combater a violência contra a
mulher, não teve impacto no número de mortes por esse tipo de agressão.

Quando o assunto é escola, os dados sobre assédio ou violência contra estudantes femininas são escassos ou inexistentes nas
secretarias de educação pelo país. Já sobre discriminação contra homossexuais os dados são preocupantes. Em pesquisa
realizada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no interior de São Paulo, 32% dos homossexuais entrevistados
afirmaram sofrer preconceito dentro das salas de aula e também que os educadores ainda não sabem reagir apropriadamente
diante das agressões, que podem ser físicas ou verbais, no ambiente escolar.

Os dados, segundo os pesquisadores, convergem com aqueles apresentados em pesquisa do Ministério da Educação que ouviu
8.283 estudantes na faixa etária de 15 a 29 anos, no ano letivo de 2013, em todo o país, e constatou que 20% dos alunos não
querem colega de classe homossexual ou transexual.

19 of 47 21/07/2019 00:01
TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/116...

Na mídia, além da reprodução dos discursos e da estética da sociedade machista, alguns personagens com grande visibilidade
provocam e se promovem a partir de atitudes machistas, como o humorista Danilo Gentili e o ator Alexandre Frota. Uma rápida
pesquisa no mundo virtual nos apresenta inúmeros casos envolvendo “famosos”. Por sinal, em recente audiência com o ministro
da Educação, Mendonça Filho, Frota e um grupo associado ao movimento Escola Sem Partido levaram suas propostas para
transformar a educação brasileira.

Certamente, Alexandre Frota tem todo o direito de ser ouvido pelo Ministro da Educação. Porém, quais são os problemas
envolvidos? Trata-se de um cara com passado marcado por machismos e atitudes boçais. Além disso, há desigualdade no diálogo.
Todos deveriam ser ouvidos. Os estudantes das escolas ocupadas estão sendo ouvidos? Muito pouco. Os professores em greve
estão sendo ouvidos? Um pouco mais, porém, de forma marginalizada. Até o presente momento, reitores de universidades
públicas federais não conseguiram marcar encontros com o atual ministro. Enfim, é preciso superar a seletividade do diálogo e
analisar criticamente o projeto levado por Frota e sua trupe.

Voltemos ao parágrafo inicial, qual é o absurdo do projeto Escola Sem Partido? Ignora-se a realidade para dar continuidade ao
projeto de educação e sociedade em que vivemos faz tempo. O que esse movimento quer não é transformar a educação
brasileira. Eles querem frear alguns avanços pedagógicos e sociais que tivemos nos últimos 15 anos, como as leis 10.639/03 e a
11.645/08.

E por que apenas frear? Se analisarmos os conteúdos trabalhados e as atitudes desenvolvidas nas escolas, veremos poucas
mudanças em relação à educação tradicional, conservadora e meritocrática. Nas salas de aula, falamos sobre (e muitos cultuam)
a cultura eurocêntrica, o consumismo moderno, o agronegócio, a urbanização do mundo, a atuação das empresas multinacionais
e suas grandes marcas, a corrida desenvolvimentista, a fábula da sustentabilidade, em pensadores brancos, homens e europeus,
entre outros assuntos marcados pela hegemonia do saber.

Nos espaços da vida, mulheres são agredidas, jovens negros são assassinados, a cultura é elitizada, os espaços públicos são
murados e fortificados, o caminhar da vida é vigiado, o sucesso é baseado unicamente na ascensão econômica, entre outros
vendavais que nos levam ao mundo fabuloso da desigualdade e da perversidade das relações. Nos espaços de fé, os profetas e
seus seguidores cultuam emocionalmente suas verdades, ignoram suas realidades e almejam criar bolhas de satisfação pessoal e
comunitária. Tudo isso acirrando as disputas pelo existir e pelo mundo em que vivemos.

Para subverter minimamente esse quadro, precisamos criar leis para discutir a nossa origem e conhecer a história e a cultura
africana e indígena nas escolas. Na prática, para aqueles que reconhecem a necessidade de mudança, subvertem-se sistemas
para discutir a vida, a realidade e outros saberes necessários para transformar nossas ideias, nossas práticas, nossos espaços,
nossas relações, nossa existência.

Neste contexto, Escola Sem Partido (ou Escola de Pensamento Único) é um projeto para silenciar vozes, buscar estabilidades e
criar novos espaços de conforto e conformismo social, cultural e intelectual. A instabilidade, o diferente, a emergência, a
diversidade incomodam. Discutir as desigualdades sociais, o feminismo, a discriminação sexual, entre outros assuntos, é provocar
instabilidades nesse sistema de histórias e pensamentos únicos. Doutrinação ideológica está presente nas escolas desde sempre
com seus conteúdos, com seus discursos, com suas relações. Educar é um ato político em si.

O pensar crítico é outro papo. A atitude socialmente crítica é emancipação. Ela combate e rompe com o desenvolver enciclopédico
e elitizante das escolas tradicionais. Educar é analisar as realidades e a nossa sociedade, selecionando aquilo que é urgente para
ser conhecido, discutido, problematizado. Se analisar criticamente as realidades é um problema, que possamos subverter a lógica
do pensamento único. É preciso continuar nessa luta para garantir uma educação para a liberdade e para a autonomia.

Por uma educação que reconheça nossos povos tradicionais e seus saberes, garanta o bem estar das pessoas, valorize o fazer
coletivo, pratique a democracia nas suas relações, entre outras medidas que integram a agenda da educação em direitos
humanos, especialmente por um mundo socialmente justo e ambientalmente responsável.

Contra qualquer tipo de silenciamento, lhes digo: é preciso pensar, refletir, dialogar. Porém, é extremamente necessário fazer,
agir. Até por que, nosso grande Paulo Freire já mandou o papo: “Seria uma atitude ingênua esperar que as classes dominantes
desenvolvessem uma forma de educação que proporcionasse às classes dominadas perceber as injustiças sociais de maneira
crítica”.

Nas palavras do educador, é necessário sermos homens e mulheres radicais nesse sistema atual. A radicalidade está na luta por
uma educação mais dialógica, humana e ativa marcada pela autonomia do educando e pela liberdade na construção dos saberes
e nos caminhos escolhidos para a vida.

Disponível em: <http://www.cartaeducacao.com.br/artigo/a-falacia-da-escola-


sem-partido-ou-do-pensamento-unico/>. Acesso em: 20 jul. 2016. (Adaptado)

Leia o trecho a seguir, retirado do Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das
Relações Etnicorraciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana.

“A Lei 10639, que estabelece o ensino da História da África e da Cultura afro-brasileira nos sistemas de ensino, foi uma das
primeiras leis assinadas pelo Presidente Lula. Isto significa o reconhecimento da importância da questão do combate ao
preconceito, ao racismo e à discriminação na agenda brasileira de redução das desigualdades.

20 of 47 21/07/2019 00:01
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A Lei 10639 e, posteriormente, a Lei 11645, que dá a mesma orientação quanto à temática indígena, não são apenas
instrumentos de orientação para o combate à discriminação. São também Leis afirmativas, no sentido de que reconhecem a
escola como lugar da formação de cidadãos e afirmam a relevância de a escola promover a necessária valorização das matrizes
culturais que fizeram do Brasil o país rico, múltiplo e plural que somos.”

Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=


download&alias=1852-diretrizes-curriculares-pdf&Itemid=30192>. Acesso em: 20 jul. 2016.

Ao citar as leis 10.693/03 e 11.645/08, explicadas acima, o articulista pretende


a) analisar os efeitos nocivos de não se abordar, na educação básica, as culturas africanas, afro-brasileiras e indígenas.
b) ressaltar a importância das matrizes africanas e indígenas na formação da sociedade brasileira.
c) evidenciar que o projeto Escola sem Partido pode reforçar o preconceito, o racismo, a discriminação, ao perpetuar o que se
tem feito na educação tradicional.
d) considerar os avanços pedagógicos e sociais obtidos pela população menos favorecida a partir do governo do ex-presidente
Lula.
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Questão 42: COPEVE UFMG - Rev Tex (UFMG)/UFMG/2016


Assunto:
A falácia da Escola Sem Partido (ou do pensamento único)

A doutrinação ideológica está presente nas Escolas desde sempre com seus conteúdos, suas relações.

Educar é um ato político em si


Pedro Henrique Oliveira Gomes - 1 de junho de 2016

Para o projeto Escola Sem Partido, discutir feminismo e homofobia é doutrinação ideológica e imposição da ideologia de gênero
nas escolas. Como reflexo da sociedade, as escolas são espaços marcados pela opressão às mulheres e pela discriminação sexual.
Na maioria dos casos, as ações e as reações são silenciadas e banalizadas. Será que é necessário ter a discussão nas escolas?
Creio que os dados e as informações a seguir nos mostrarão a urgência da discussão na sociedade.

Segundo dados do Mapa da Violência 2015, de Julio Jacobo Waiselfisz, entre 2003 e 2013, o número de vítimas do sexo feminino
mortas passou de 3.937 para 4.762, incremento de 21% na década. Essas 4.762 mortes em 2013 representam 13 homicídios
femininos diários. Quando analisamos os casos de feminicídio, a população negra é vítima prioritária no país. Sobre os tipos de
violência contra a mulher, em 2014, foram atendidas pelo Sistema Único de Saúde 23.630 casos de violência sexual, a maioria
envolvendo crianças e adolescentes.

Segundo informações presentes no estudo “Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil”, de 2013, realizado pelo Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 2006 para combater a violência contra a
mulher, não teve impacto no número de mortes por esse tipo de agressão.

Quando o assunto é escola, os dados sobre assédio ou violência contra estudantes femininas são escassos ou inexistentes nas
secretarias de educação pelo país. Já sobre discriminação contra homossexuais os dados são preocupantes. Em pesquisa
realizada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no interior de São Paulo, 32% dos homossexuais entrevistados
afirmaram sofrer preconceito dentro das salas de aula e também que os educadores ainda não sabem reagir apropriadamente
diante das agressões, que podem ser físicas ou verbais, no ambiente escolar.

Os dados, segundo os pesquisadores, convergem com aqueles apresentados em pesquisa do Ministério da Educação que ouviu
8.283 estudantes na faixa etária de 15 a 29 anos, no ano letivo de 2013, em todo o país, e constatou que 20% dos alunos não
querem colega de classe homossexual ou transexual.

Na mídia, além da reprodução dos discursos e da estética da sociedade machista, alguns personagens com grande visibilidade
provocam e se promovem a partir de atitudes machistas, como o humorista Danilo Gentili e o ator Alexandre Frota. Uma rápida
pesquisa no mundo virtual nos apresenta inúmeros casos envolvendo “famosos”. Por sinal, em recente audiência com o ministro
da Educação, Mendonça Filho, Frota e um grupo associado ao movimento Escola Sem Partido levaram suas propostas para
transformar a educação brasileira.

Certamente, Alexandre Frota tem todo o direito de ser ouvido pelo Ministro da Educação. Porém, quais são os problemas
envolvidos? Trata-se de um cara com passado marcado por machismos e atitudes boçais. Além disso, há desigualdade no diálogo.
Todos deveriam ser ouvidos. Os estudantes das escolas ocupadas estão sendo ouvidos? Muito pouco. Os professores em greve
estão sendo ouvidos? Um pouco mais, porém, de forma marginalizada. Até o presente momento, reitores de universidades
públicas federais não conseguiram marcar encontros com o atual ministro. Enfim, é preciso superar a seletividade do diálogo e
analisar criticamente o projeto levado por Frota e sua trupe.

Voltemos ao parágrafo inicial, qual é o absurdo do projeto Escola Sem Partido? Ignora-se a realidade para dar continuidade ao
projeto de educação e sociedade em que vivemos faz tempo. O que esse movimento quer não é transformar a educação
brasileira. Eles querem frear alguns avanços pedagógicos e sociais que tivemos nos últimos 15 anos, como as leis 10.639/03 e a
11.645/08.

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E por que apenas frear? Se analisarmos os conteúdos trabalhados e as atitudes desenvolvidas nas escolas, veremos poucas
mudanças em relação à educação tradicional, conservadora e meritocrática. Nas salas de aula, falamos sobre (e muitos cultuam)
a cultura eurocêntrica, o consumismo moderno, o agronegócio, a urbanização do mundo, a atuação das empresas multinacionais
e suas grandes marcas, a corrida desenvolvimentista, a fábula da sustentabilidade, em pensadores brancos, homens e europeus,
entre outros assuntos marcados pela hegemonia do saber.

Nos espaços da vida, mulheres são agredidas, jovens negros são assassinados, a cultura é elitizada, os espaços públicos são
murados e fortificados, o caminhar da vida é vigiado, o sucesso é baseado unicamente na ascensão econômica, entre outros
vendavais que nos levam ao mundo fabuloso da desigualdade e da perversidade das relações. Nos espaços de fé, os profetas e
seus seguidores cultuam emocionalmente suas verdades, ignoram suas realidades e almejam criar bolhas de satisfação pessoal e
comunitária. Tudo isso acirrando as disputas pelo existir e pelo mundo em que vivemos.

Para subverter minimamente esse quadro, precisamos criar leis para discutir a nossa origem e conhecer a história e a cultura
africana e indígena nas escolas. Na prática, para aqueles que reconhecem a necessidade de mudança, subvertem-se sistemas
para discutir a vida, a realidade e outros saberes necessários para transformar nossas ideias, nossas práticas, nossos espaços,
nossas relações, nossa existência.

Neste contexto, Escola Sem Partido (ou Escola de Pensamento Único) é um projeto para silenciar vozes, buscar estabilidades e
criar novos espaços de conforto e conformismo social, cultural e intelectual. A instabilidade, o diferente, a emergência, a
diversidade incomodam. Discutir as desigualdades sociais, o feminismo, a discriminação sexual, entre outros assuntos, é provocar
instabilidades nesse sistema de histórias e pensamentos únicos. Doutrinação ideológica está presente nas escolas desde sempre
com seus conteúdos, com seus discursos, com suas relações. Educar é um ato político em si.

O pensar crítico é outro papo. A atitude socialmente crítica é emancipação. Ela combate e rompe com o desenvolver enciclopédico
e elitizante das escolas tradicionais. Educar é analisar as realidades e a nossa sociedade, selecionando aquilo que é urgente para
ser conhecido, discutido, problematizado. Se analisar criticamente as realidades é um problema, que possamos subverter a lógica
do pensamento único. É preciso continuar nessa luta para garantir uma educação para a liberdade e para a autonomia.

Por uma educação que reconheça nossos povos tradicionais e seus saberes, garanta o bem estar das pessoas, valorize o fazer
coletivo, pratique a democracia nas suas relações, entre outras medidas que integram a agenda da educação em direitos
humanos, especialmente por um mundo socialmente justo e ambientalmente responsável.

Contra qualquer tipo de silenciamento, lhes digo: é preciso pensar, refletir, dialogar. Porém, é extremamente necessário fazer,
agir. Até por que, nosso grande Paulo Freire já mandou o papo: “Seria uma atitude ingênua esperar que as classes dominantes
desenvolvessem uma forma de educação que proporcionasse às classes dominadas perceber as injustiças sociais de maneira
crítica”.

Nas palavras do educador, é necessário sermos homens e mulheres radicais nesse sistema atual. A radicalidade está na luta por
uma educação mais dialógica, humana e ativa marcada pela autonomia do educando e pela liberdade na construção dos saberes
e nos caminhos escolhidos para a vida.

Disponível em: <http://www.cartaeducacao.com.br/artigo/a-falacia-da-escola-


sem-partido-ou-do-pensamento-unico/>. Acesso em: 20 jul. 2016. (Adaptado)

Em relação aos parágrafos 9 e 10, é INCORRETO afirmar que


a) a sociedade, em diferentes instâncias, acaba por reproduzir o que é veiculado pelas escolas.
b) o primeiro apresenta dados que acabam por confirmar a escola tradicional como um espaço a serviço da classe dominante.
c) existe uma relação de causa e consequência entre eles.
d) o primeiro se organiza, fundamentalmente, por enumeração; e o segundo, por tempo-espaço.
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Questão 43: COPEVE UFMG - Rev Tex (UFMG)/UFMG/2016


Assunto:
A falácia da Escola Sem Partido (ou do pensamento único)

A doutrinação ideológica está presente nas Escolas desde sempre com seus conteúdos, suas relações.

Educar é um ato político em si


Pedro Henrique Oliveira Gomes - 1 de junho de 2016

Para o projeto Escola Sem Partido, discutir feminismo e homofobia é doutrinação ideológica e imposição da ideologia de gênero
nas escolas. Como reflexo da sociedade, as escolas são espaços marcados pela opressão às mulheres e pela discriminação sexual.
Na maioria dos casos, as ações e as reações são silenciadas e banalizadas. Será que é necessário ter a discussão nas escolas?
Creio que os dados e as informações a seguir nos mostrarão a urgência da discussão na sociedade.

Segundo dados do Mapa da Violência 2015, de Julio Jacobo Waiselfisz, entre 2003 e 2013, o número de vítimas do sexo feminino
mortas passou de 3.937 para 4.762, incremento de 21% na década. Essas 4.762 mortes em 2013 representam 13 homicídios

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femininos diários. Quando analisamos os casos de feminicídio, a população negra é vítima prioritária no país. Sobre os tipos de
violência contra a mulher, em 2014, foram atendidas pelo Sistema Único de Saúde 23.630 casos de violência sexual, a maioria
envolvendo crianças e adolescentes.

Segundo informações presentes no estudo “Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil”, de 2013, realizado pelo Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 2006 para combater a violência contra a
mulher, não teve impacto no número de mortes por esse tipo de agressão.

Quando o assunto é escola, os dados sobre assédio ou violência contra estudantes femininas são escassos ou inexistentes nas
secretarias de educação pelo país. Já sobre discriminação contra homossexuais os dados são preocupantes. Em pesquisa
realizada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no interior de São Paulo, 32% dos homossexuais entrevistados
afirmaram sofrer preconceito dentro das salas de aula e também que os educadores ainda não sabem reagir apropriadamente
diante das agressões, que podem ser físicas ou verbais, no ambiente escolar.

Os dados, segundo os pesquisadores, convergem com aqueles apresentados em pesquisa do Ministério da Educação que ouviu
8.283 estudantes na faixa etária de 15 a 29 anos, no ano letivo de 2013, em todo o país, e constatou que 20% dos alunos não
querem colega de classe homossexual ou transexual.

Na mídia, além da reprodução dos discursos e da estética da sociedade machista, alguns personagens com grande visibilidade
provocam e se promovem a partir de atitudes machistas, como o humorista Danilo Gentili e o ator Alexandre Frota. Uma rápida
pesquisa no mundo virtual nos apresenta inúmeros casos envolvendo “famosos”. Por sinal, em recente audiência com o ministro
da Educação, Mendonça Filho, Frota e um grupo associado ao movimento Escola Sem Partido levaram suas propostas para
transformar a educação brasileira.

Certamente, Alexandre Frota tem todo o direito de ser ouvido pelo Ministro da Educação. Porém, quais são os problemas
envolvidos? Trata-se de um cara com passado marcado por machismos e atitudes boçais. Além disso, há desigualdade no diálogo.
Todos deveriam ser ouvidos. Os estudantes das escolas ocupadas estão sendo ouvidos? Muito pouco. Os professores em greve
estão sendo ouvidos? Um pouco mais, porém, de forma marginalizada. Até o presente momento, reitores de universidades
públicas federais não conseguiram marcar encontros com o atual ministro. Enfim, é preciso superar a seletividade do diálogo e
analisar criticamente o projeto levado por Frota e sua trupe.

Voltemos ao parágrafo inicial, qual é o absurdo do projeto Escola Sem Partido? Ignora-se a realidade para dar continuidade ao
projeto de educação e sociedade em que vivemos faz tempo. O que esse movimento quer não é transformar a educação
brasileira. Eles querem frear alguns avanços pedagógicos e sociais que tivemos nos últimos 15 anos, como as leis 10.639/03 e a
11.645/08.

E por que apenas frear? Se analisarmos os conteúdos trabalhados e as atitudes desenvolvidas nas escolas, veremos poucas
mudanças em relação à educação tradicional, conservadora e meritocrática. Nas salas de aula, falamos sobre (e muitos cultuam)
a cultura eurocêntrica, o consumismo moderno, o agronegócio, a urbanização do mundo, a atuação das empresas multinacionais
e suas grandes marcas, a corrida desenvolvimentista, a fábula da sustentabilidade, em pensadores brancos, homens e europeus,
entre outros assuntos marcados pela hegemonia do saber.

Nos espaços da vida, mulheres são agredidas, jovens negros são assassinados, a cultura é elitizada, os espaços públicos são
murados e fortificados, o caminhar da vida é vigiado, o sucesso é baseado unicamente na ascensão econômica, entre outros
vendavais que nos levam ao mundo fabuloso da desigualdade e da perversidade das relações. Nos espaços de fé, os profetas e
seus seguidores cultuam emocionalmente suas verdades, ignoram suas realidades e almejam criar bolhas de satisfação pessoal e
comunitária. Tudo isso acirrando as disputas pelo existir e pelo mundo em que vivemos.

Para subverter minimamente esse quadro, precisamos criar leis para discutir a nossa origem e conhecer a história e a cultura
africana e indígena nas escolas. Na prática, para aqueles que reconhecem a necessidade de mudança, subvertem-se sistemas
para discutir a vida, a realidade e outros saberes necessários para transformar nossas ideias, nossas práticas, nossos espaços,
nossas relações, nossa existência.

Neste contexto, Escola Sem Partido (ou Escola de Pensamento Único) é um projeto para silenciar vozes, buscar estabilidades e
criar novos espaços de conforto e conformismo social, cultural e intelectual. A instabilidade, o diferente, a emergência, a
diversidade incomodam. Discutir as desigualdades sociais, o feminismo, a discriminação sexual, entre outros assuntos, é provocar
instabilidades nesse sistema de histórias e pensamentos únicos. Doutrinação ideológica está presente nas escolas desde sempre
com seus conteúdos, com seus discursos, com suas relações. Educar é um ato político em si.

O pensar crítico é outro papo. A atitude socialmente crítica é emancipação. Ela combate e rompe com o desenvolver enciclopédico
e elitizante das escolas tradicionais. Educar é analisar as realidades e a nossa sociedade, selecionando aquilo que é urgente para
ser conhecido, discutido, problematizado. Se analisar criticamente as realidades é um problema, que possamos subverter a lógica
do pensamento único. É preciso continuar nessa luta para garantir uma educação para a liberdade e para a autonomia.

Por uma educação que reconheça nossos povos tradicionais e seus saberes, garanta o bem estar das pessoas, valorize o fazer
coletivo, pratique a democracia nas suas relações, entre outras medidas que integram a agenda da educação em direitos
humanos, especialmente por um mundo socialmente justo e ambientalmente responsável.

Contra qualquer tipo de silenciamento, lhes digo: é preciso pensar, refletir, dialogar. Porém, é extremamente necessário fazer,
agir. Até por que, nosso grande Paulo Freire já mandou o papo: “Seria uma atitude ingênua esperar que as classes dominantes

23 of 47 21/07/2019 00:01
TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/116...

desenvolvessem uma forma de educação que proporcionasse às classes dominadas perceber as injustiças sociais de maneira
crítica”.

Nas palavras do educador, é necessário sermos homens e mulheres radicais nesse sistema atual. A radicalidade está na luta por
uma educação mais dialógica, humana e ativa marcada pela autonomia do educando e pela liberdade na construção dos saberes
e nos caminhos escolhidos para a vida.

Disponível em: <http://www.cartaeducacao.com.br/artigo/a-falacia-da-escola-


sem-partido-ou-do-pensamento-unico/>. Acesso em: 20 jul. 2016. (Adaptado)

Releia o 11º parágrafo. É CORRETO afirmar que sua forma de organização é por
a) ponto de vista.
b) enumeração.
c) contraste.
d) explicação.
Esta questão não possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/752829

Questão 44: COPEVE UFMG - Rev Tex (UFMG)/UFMG/2016


Assunto:
A falácia da Escola Sem Partido (ou do pensamento único)

A doutrinação ideológica está presente nas Escolas desde sempre com seus conteúdos, suas relações.

Educar é um ato político em si


Pedro Henrique Oliveira Gomes - 1 de junho de 2016

Para o projeto Escola Sem Partido, discutir feminismo e homofobia é doutrinação ideológica e imposição da ideologia de gênero
nas escolas. Como reflexo da sociedade, as escolas são espaços marcados pela opressão às mulheres e pela discriminação sexual.
Na maioria dos casos, as ações e as reações são silenciadas e banalizadas. Será que é necessário ter a discussão nas escolas?
Creio que os dados e as informações a seguir nos mostrarão a urgência da discussão na sociedade.

Segundo dados do Mapa da Violência 2015, de Julio Jacobo Waiselfisz, entre 2003 e 2013, o número de vítimas do sexo feminino
mortas passou de 3.937 para 4.762, incremento de 21% na década. Essas 4.762 mortes em 2013 representam 13 homicídios
femininos diários. Quando analisamos os casos de feminicídio, a população negra é vítima prioritária no país. Sobre os tipos de
violência contra a mulher, em 2014, foram atendidas pelo Sistema Único de Saúde 23.630 casos de violência sexual, a maioria
envolvendo crianças e adolescentes.

Segundo informações presentes no estudo “Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil”, de 2013, realizado pelo Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 2006 para combater a violência contra a
mulher, não teve impacto no número de mortes por esse tipo de agressão.

Quando o assunto é escola, os dados sobre assédio ou violência contra estudantes femininas são escassos ou inexistentes nas
secretarias de educação pelo país. Já sobre discriminação contra homossexuais os dados são preocupantes. Em pesquisa
realizada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no interior de São Paulo, 32% dos homossexuais entrevistados
afirmaram sofrer preconceito dentro das salas de aula e também que os educadores ainda não sabem reagir apropriadamente
diante das agressões, que podem ser físicas ou verbais, no ambiente escolar.

Os dados, segundo os pesquisadores, convergem com aqueles apresentados em pesquisa do Ministério da Educação que ouviu
8.283 estudantes na faixa etária de 15 a 29 anos, no ano letivo de 2013, em todo o país, e constatou que 20% dos alunos não
querem colega de classe homossexual ou transexual.

Na mídia, além da reprodução dos discursos e da estética da sociedade machista, alguns personagens com grande visibilidade
provocam e se promovem a partir de atitudes machistas, como o humorista Danilo Gentili e o ator Alexandre Frota. Uma rápida
pesquisa no mundo virtual nos apresenta inúmeros casos envolvendo “famosos”. Por sinal, em recente audiência com o ministro
da Educação, Mendonça Filho, Frota e um grupo associado ao movimento Escola Sem Partido levaram suas propostas para
transformar a educação brasileira.

Certamente, Alexandre Frota tem todo o direito de ser ouvido pelo Ministro da Educação. Porém, quais são os problemas
envolvidos? Trata-se de um cara com passado marcado por machismos e atitudes boçais. Além disso, há desigualdade no diálogo.
Todos deveriam ser ouvidos. Os estudantes das escolas ocupadas estão sendo ouvidos? Muito pouco. Os professores em greve
estão sendo ouvidos? Um pouco mais, porém, de forma marginalizada. Até o presente momento, reitores de universidades
públicas federais não conseguiram marcar encontros com o atual ministro. Enfim, é preciso superar a seletividade do diálogo e
analisar criticamente o projeto levado por Frota e sua trupe.

Voltemos ao parágrafo inicial, qual é o absurdo do projeto Escola Sem Partido? Ignora-se a realidade para dar continuidade ao
projeto de educação e sociedade em que vivemos faz tempo. O que esse movimento quer não é transformar a educação
brasileira. Eles querem frear alguns avanços pedagógicos e sociais que tivemos nos últimos 15 anos, como as leis 10.639/03 e a
11.645/08.

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E por que apenas frear? Se analisarmos os conteúdos trabalhados e as atitudes desenvolvidas nas escolas, veremos poucas
mudanças em relação à educação tradicional, conservadora e meritocrática. Nas salas de aula, falamos sobre (e muitos cultuam)
a cultura eurocêntrica, o consumismo moderno, o agronegócio, a urbanização do mundo, a atuação das empresas multinacionais
e suas grandes marcas, a corrida desenvolvimentista, a fábula da sustentabilidade, em pensadores brancos, homens e europeus,
entre outros assuntos marcados pela hegemonia do saber.

Nos espaços da vida, mulheres são agredidas, jovens negros são assassinados, a cultura é elitizada, os espaços públicos são
murados e fortificados, o caminhar da vida é vigiado, o sucesso é baseado unicamente na ascensão econômica, entre outros
vendavais que nos levam ao mundo fabuloso da desigualdade e da perversidade das relações. Nos espaços de fé, os profetas e
seus seguidores cultuam emocionalmente suas verdades, ignoram suas realidades e almejam criar bolhas de satisfação pessoal e
comunitária. Tudo isso acirrando as disputas pelo existir e pelo mundo em que vivemos.

Para subverter minimamente esse quadro, precisamos criar leis para discutir a nossa origem e conhecer a história e a cultura
africana e indígena nas escolas. Na prática, para aqueles que reconhecem a necessidade de mudança, subvertem-se sistemas
para discutir a vida, a realidade e outros saberes necessários para transformar nossas ideias, nossas práticas, nossos espaços,
nossas relações, nossa existência.

Neste contexto, Escola Sem Partido (ou Escola de Pensamento Único) é um projeto para silenciar vozes, buscar estabilidades e
criar novos espaços de conforto e conformismo social, cultural e intelectual. A instabilidade, o diferente, a emergência, a
diversidade incomodam. Discutir as desigualdades sociais, o feminismo, a discriminação sexual, entre outros assuntos, é provocar
instabilidades nesse sistema de histórias e pensamentos únicos. Doutrinação ideológica está presente nas escolas desde sempre
com seus conteúdos, com seus discursos, com suas relações. Educar é um ato político em si.

O pensar crítico é outro papo. A atitude socialmente crítica é emancipação. Ela combate e rompe com o desenvolver enciclopédico
e elitizante das escolas tradicionais. Educar é analisar as realidades e a nossa sociedade, selecionando aquilo que é urgente para
ser conhecido, discutido, problematizado. Se analisar criticamente as realidades é um problema, que possamos subverter a lógica
do pensamento único. É preciso continuar nessa luta para garantir uma educação para a liberdade e para a autonomia.

Por uma educação que reconheça nossos povos tradicionais e seus saberes, garanta o bem estar das pessoas, valorize o fazer
coletivo, pratique a democracia nas suas relações, entre outras medidas que integram a agenda da educação em direitos
humanos, especialmente por um mundo socialmente justo e ambientalmente responsável.

Contra qualquer tipo de silenciamento, lhes digo: é preciso pensar, refletir, dialogar. Porém, é extremamente necessário fazer,
agir. Até por que, nosso grande Paulo Freire já mandou o papo: “Seria uma atitude ingênua esperar que as classes dominantes
desenvolvessem uma forma de educação que proporcionasse às classes dominadas perceber as injustiças sociais de maneira
crítica”.

Nas palavras do educador, é necessário sermos homens e mulheres radicais nesse sistema atual. A radicalidade está na luta por
uma educação mais dialógica, humana e ativa marcada pela autonomia do educando e pela liberdade na construção dos saberes
e nos caminhos escolhidos para a vida.

Disponível em: <http://www.cartaeducacao.com.br/artigo/a-falacia-da-escola-


sem-partido-ou-do-pensamento-unico/>. Acesso em: 20 jul. 2016. (Adaptado)

A ideia de educação, defendida pelo texto, somente NÃO prevê


a) a inserção de instabilidades em um sistema de certezas e pensamentos únicos.
b) a criação de uma zona de conforto que atenda às necessidades da maioria da população.
c) a valorização dos saberes dos povos tradicionais.
d) a necessidade de espaços de discussão, de confronto de ideias e valores.
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Questão 45: COPEVE UFMG - Rev Tex (UFMG)/UFMG/2016


Assunto:
A falácia da Escola Sem Partido (ou do pensamento único)

A doutrinação ideológica está presente nas Escolas desde sempre com seus conteúdos, suas relações.

Educar é um ato político em si


Pedro Henrique Oliveira Gomes - 1 de junho de 2016

Para o projeto Escola Sem Partido, discutir feminismo e homofobia é doutrinação ideológica e imposição da ideologia de gênero
nas escolas. Como reflexo da sociedade, as escolas são espaços marcados pela opressão às mulheres e pela discriminação sexual.
Na maioria dos casos, as ações e as reações são silenciadas e banalizadas. Será que é necessário ter a discussão nas escolas?
Creio que os dados e as informações a seguir nos mostrarão a urgência da discussão na sociedade.

Segundo dados do Mapa da Violência 2015, de Julio Jacobo Waiselfisz, entre 2003 e 2013, o número de vítimas do sexo feminino
mortas passou de 3.937 para 4.762, incremento de 21% na década. Essas 4.762 mortes em 2013 representam 13 homicídios

25 of 47 21/07/2019 00:01
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femininos diários. Quando analisamos os casos de feminicídio, a população negra é vítima prioritária no país. Sobre os tipos de
violência contra a mulher, em 2014, foram atendidas pelo Sistema Único de Saúde 23.630 casos de violência sexual, a maioria
envolvendo crianças e adolescentes.

Segundo informações presentes no estudo “Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil”, de 2013, realizado pelo Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 2006 para combater a violência contra a
mulher, não teve impacto no número de mortes por esse tipo de agressão.

Quando o assunto é escola, os dados sobre assédio ou violência contra estudantes femininas são escassos ou inexistentes nas
secretarias de educação pelo país. Já sobre discriminação contra homossexuais os dados são preocupantes. Em pesquisa
realizada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no interior de São Paulo, 32% dos homossexuais entrevistados
afirmaram sofrer preconceito dentro das salas de aula e também que os educadores ainda não sabem reagir apropriadamente
diante das agressões, que podem ser físicas ou verbais, no ambiente escolar.

Os dados, segundo os pesquisadores, convergem com aqueles apresentados em pesquisa do Ministério da Educação que ouviu
8.283 estudantes na faixa etária de 15 a 29 anos, no ano letivo de 2013, em todo o país, e constatou que 20% dos alunos não
querem colega de classe homossexual ou transexual.

Na mídia, além da reprodução dos discursos e da estética da sociedade machista, alguns personagens com grande visibilidade
provocam e se promovem a partir de atitudes machistas, como o humorista Danilo Gentili e o ator Alexandre Frota. Uma rápida
pesquisa no mundo virtual nos apresenta inúmeros casos envolvendo “famosos”. Por sinal, em recente audiência com o ministro
da Educação, Mendonça Filho, Frota e um grupo associado ao movimento Escola Sem Partido levaram suas propostas para
transformar a educação brasileira.

Certamente, Alexandre Frota tem todo o direito de ser ouvido pelo Ministro da Educação. Porém, quais são os problemas
envolvidos? Trata-se de um cara com passado marcado por machismos e atitudes boçais. Além disso, há desigualdade no diálogo.
Todos deveriam ser ouvidos. Os estudantes das escolas ocupadas estão sendo ouvidos? Muito pouco. Os professores em greve
estão sendo ouvidos? Um pouco mais, porém, de forma marginalizada. Até o presente momento, reitores de universidades
públicas federais não conseguiram marcar encontros com o atual ministro. Enfim, é preciso superar a seletividade do diálogo e
analisar criticamente o projeto levado por Frota e sua trupe.

Voltemos ao parágrafo inicial, qual é o absurdo do projeto Escola Sem Partido? Ignora-se a realidade para dar continuidade ao
projeto de educação e sociedade em que vivemos faz tempo. O que esse movimento quer não é transformar a educação
brasileira. Eles querem frear alguns avanços pedagógicos e sociais que tivemos nos últimos 15 anos, como as leis 10.639/03 e a
11.645/08.

E por que apenas frear? Se analisarmos os conteúdos trabalhados e as atitudes desenvolvidas nas escolas, veremos poucas
mudanças em relação à educação tradicional, conservadora e meritocrática. Nas salas de aula, falamos sobre (e muitos cultuam)
a cultura eurocêntrica, o consumismo moderno, o agronegócio, a urbanização do mundo, a atuação das empresas multinacionais
e suas grandes marcas, a corrida desenvolvimentista, a fábula da sustentabilidade, em pensadores brancos, homens e europeus,
entre outros assuntos marcados pela hegemonia do saber.

Nos espaços da vida, mulheres são agredidas, jovens negros são assassinados, a cultura é elitizada, os espaços públicos são
murados e fortificados, o caminhar da vida é vigiado, o sucesso é baseado unicamente na ascensão econômica, entre outros
vendavais que nos levam ao mundo fabuloso da desigualdade e da perversidade das relações. Nos espaços de fé, os profetas e
seus seguidores cultuam emocionalmente suas verdades, ignoram suas realidades e almejam criar bolhas de satisfação pessoal e
comunitária. Tudo isso acirrando as disputas pelo existir e pelo mundo em que vivemos.

Para subverter minimamente esse quadro, precisamos criar leis para discutir a nossa origem e conhecer a história e a cultura
africana e indígena nas escolas. Na prática, para aqueles que reconhecem a necessidade de mudança, subvertem-se sistemas
para discutir a vida, a realidade e outros saberes necessários para transformar nossas ideias, nossas práticas, nossos espaços,
nossas relações, nossa existência.

Neste contexto, Escola Sem Partido (ou Escola de Pensamento Único) é um projeto para silenciar vozes, buscar estabilidades e
criar novos espaços de conforto e conformismo social, cultural e intelectual. A instabilidade, o diferente, a emergência, a
diversidade incomodam. Discutir as desigualdades sociais, o feminismo, a discriminação sexual, entre outros assuntos, é provocar
instabilidades nesse sistema de histórias e pensamentos únicos. Doutrinação ideológica está presente nas escolas desde sempre
com seus conteúdos, com seus discursos, com suas relações. Educar é um ato político em si.

O pensar crítico é outro papo. A atitude socialmente crítica é emancipação. Ela combate e rompe com o desenvolver enciclopédico
e elitizante das escolas tradicionais. Educar é analisar as realidades e a nossa sociedade, selecionando aquilo que é urgente para
ser conhecido, discutido, problematizado. Se analisar criticamente as realidades é um problema, que possamos subverter a lógica
do pensamento único. É preciso continuar nessa luta para garantir uma educação para a liberdade e para a autonomia.

Por uma educação que reconheça nossos povos tradicionais e seus saberes, garanta o bem estar das pessoas, valorize o fazer
coletivo, pratique a democracia nas suas relações, entre outras medidas que integram a agenda da educação em direitos
humanos, especialmente por um mundo socialmente justo e ambientalmente responsável.

Contra qualquer tipo de silenciamento, lhes digo: é preciso pensar, refletir, dialogar. Porém, é extremamente necessário fazer,
agir. Até por que, nosso grande Paulo Freire já mandou o papo: “Seria uma atitude ingênua esperar que as classes dominantes

26 of 47 21/07/2019 00:01
TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/116...

desenvolvessem uma forma de educação que proporcionasse às classes dominadas perceber as injustiças sociais de maneira
crítica”.

Nas palavras do educador, é necessário sermos homens e mulheres radicais nesse sistema atual. A radicalidade está na luta por
uma educação mais dialógica, humana e ativa marcada pela autonomia do educando e pela liberdade na construção dos saberes
e nos caminhos escolhidos para a vida.

Disponível em: <http://www.cartaeducacao.com.br/artigo/a-falacia-da-escola-


sem-partido-ou-do-pensamento-unico/>. Acesso em: 20 jul. 2016. (Adaptado)

Nos parágrafos finais, o autor cita o pensador Paulo Freire para


a) estabelecer relações lógicas entre as informações.
b) convencer a partir das virtualidades da língua.
c) adequar o discurso à situação de interlocução.
d) revestir seu discurso de autoridade.
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Questão 46: COPEVE UFMG - Rev Tex (UFMG)/UFMG/2016


Assunto:
A falácia da Escola Sem Partido (ou do pensamento único)

A doutrinação ideológica está presente nas Escolas desde sempre com seus conteúdos, suas relações.

Educar é um ato político em si


Pedro Henrique Oliveira Gomes - 1 de junho de 2016

Para o projeto Escola Sem Partido, discutir feminismo e homofobia é doutrinação ideológica e imposição da ideologia de gênero
nas escolas. Como reflexo da sociedade, as escolas são espaços marcados pela opressão às mulheres e pela discriminação sexual.
Na maioria dos casos, as ações e as reações são silenciadas e banalizadas. Será que é necessário ter a discussão nas escolas?
Creio que os dados e as informações a seguir nos mostrarão a urgência da discussão na sociedade.

Segundo dados do Mapa da Violência 2015, de Julio Jacobo Waiselfisz, entre 2003 e 2013, o número de vítimas do sexo feminino
mortas passou de 3.937 para 4.762, incremento de 21% na década. Essas 4.762 mortes em 2013 representam 13 homicídios
femininos diários. Quando analisamos os casos de feminicídio, a população negra é vítima prioritária no país. Sobre os tipos de
violência contra a mulher, em 2014, foram atendidas pelo Sistema Único de Saúde 23.630 casos de violência sexual, a maioria
envolvendo crianças e adolescentes.

Segundo informações presentes no estudo “Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil”, de 2013, realizado pelo Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 2006 para combater a violência contra a
mulher, não teve impacto no número de mortes por esse tipo de agressão.

Quando o assunto é escola, os dados sobre assédio ou violência contra estudantes femininas são escassos ou inexistentes nas
secretarias de educação pelo país. Já sobre discriminação contra homossexuais os dados são preocupantes. Em pesquisa
realizada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no interior de São Paulo, 32% dos homossexuais entrevistados
afirmaram sofrer preconceito dentro das salas de aula e também que os educadores ainda não sabem reagir apropriadamente
diante das agressões, que podem ser físicas ou verbais, no ambiente escolar.

Os dados, segundo os pesquisadores, convergem com aqueles apresentados em pesquisa do Ministério da Educação que ouviu
8.283 estudantes na faixa etária de 15 a 29 anos, no ano letivo de 2013, em todo o país, e constatou que 20% dos alunos não
querem colega de classe homossexual ou transexual.

Na mídia, além da reprodução dos discursos e da estética da sociedade machista, alguns personagens com grande visibilidade
provocam e se promovem a partir de atitudes machistas, como o humorista Danilo Gentili e o ator Alexandre Frota. Uma rápida
pesquisa no mundo virtual nos apresenta inúmeros casos envolvendo “famosos”. Por sinal, em recente audiência com o ministro
da Educação, Mendonça Filho, Frota e um grupo associado ao movimento Escola Sem Partido levaram suas propostas para
transformar a educação brasileira.

Certamente, Alexandre Frota tem todo o direito de ser ouvido pelo Ministro da Educação. Porém, quais são os problemas
envolvidos? Trata-se de um cara com passado marcado por machismos e atitudes boçais. Além disso, há desigualdade no diálogo.
Todos deveriam ser ouvidos. Os estudantes das escolas ocupadas estão sendo ouvidos? Muito pouco. Os professores em greve
estão sendo ouvidos? Um pouco mais, porém, de forma marginalizada. Até o presente momento, reitores de universidades
públicas federais não conseguiram marcar encontros com o atual ministro. Enfim, é preciso superar a seletividade do diálogo e
analisar criticamente o projeto levado por Frota e sua trupe.

Voltemos ao parágrafo inicial, qual é o absurdo do projeto Escola Sem Partido? Ignora-se a realidade para dar continuidade ao
projeto de educação e sociedade em que vivemos faz tempo. O que esse movimento quer não é transformar a educação
brasileira. Eles querem frear alguns avanços pedagógicos e sociais que tivemos nos últimos 15 anos, como as leis 10.639/03 e a
11.645/08.

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E por que apenas frear? Se analisarmos os conteúdos trabalhados e as atitudes desenvolvidas nas escolas, veremos poucas
mudanças em relação à educação tradicional, conservadora e meritocrática. Nas salas de aula, falamos sobre (e muitos cultuam)
a cultura eurocêntrica, o consumismo moderno, o agronegócio, a urbanização do mundo, a atuação das empresas multinacionais
e suas grandes marcas, a corrida desenvolvimentista, a fábula da sustentabilidade, em pensadores brancos, homens e europeus,
entre outros assuntos marcados pela hegemonia do saber.

Nos espaços da vida, mulheres são agredidas, jovens negros são assassinados, a cultura é elitizada, os espaços públicos são
murados e fortificados, o caminhar da vida é vigiado, o sucesso é baseado unicamente na ascensão econômica, entre outros
vendavais que nos levam ao mundo fabuloso da desigualdade e da perversidade das relações. Nos espaços de fé, os profetas e
seus seguidores cultuam emocionalmente suas verdades, ignoram suas realidades e almejam criar bolhas de satisfação pessoal e
comunitária. Tudo isso acirrando as disputas pelo existir e pelo mundo em que vivemos.

Para subverter minimamente esse quadro, precisamos criar leis para discutir a nossa origem e conhecer a história e a cultura
africana e indígena nas escolas. Na prática, para aqueles que reconhecem a necessidade de mudança, subvertem-se sistemas
para discutir a vida, a realidade e outros saberes necessários para transformar nossas ideias, nossas práticas, nossos espaços,
nossas relações, nossa existência.

Neste contexto, Escola Sem Partido (ou Escola de Pensamento Único) é um projeto para silenciar vozes, buscar estabilidades e
criar novos espaços de conforto e conformismo social, cultural e intelectual. A instabilidade, o diferente, a emergência, a
diversidade incomodam. Discutir as desigualdades sociais, o feminismo, a discriminação sexual, entre outros assuntos, é provocar
instabilidades nesse sistema de histórias e pensamentos únicos. Doutrinação ideológica está presente nas escolas desde sempre
com seus conteúdos, com seus discursos, com suas relações. Educar é um ato político em si.

O pensar crítico é outro papo. A atitude socialmente crítica é emancipação. Ela combate e rompe com o desenvolver enciclopédico
e elitizante das escolas tradicionais. Educar é analisar as realidades e a nossa sociedade, selecionando aquilo que é urgente para
ser conhecido, discutido, problematizado. Se analisar criticamente as realidades é um problema, que possamos subverter a lógica
do pensamento único. É preciso continuar nessa luta para garantir uma educação para a liberdade e para a autonomia.

Por uma educação que reconheça nossos povos tradicionais e seus saberes, garanta o bem estar das pessoas, valorize o fazer
coletivo, pratique a democracia nas suas relações, entre outras medidas que integram a agenda da educação em direitos
humanos, especialmente por um mundo socialmente justo e ambientalmente responsável.

Contra qualquer tipo de silenciamento, lhes digo: é preciso pensar, refletir, dialogar. Porém, é extremamente necessário fazer,
agir. Até por que, nosso grande Paulo Freire já mandou o papo: “Seria uma atitude ingênua esperar que as classes dominantes
desenvolvessem uma forma de educação que proporcionasse às classes dominadas perceber as injustiças sociais de maneira
crítica”.

Nas palavras do educador, é necessário sermos homens e mulheres radicais nesse sistema atual. A radicalidade está na luta por
uma educação mais dialógica, humana e ativa marcada pela autonomia do educando e pela liberdade na construção dos saberes
e nos caminhos escolhidos para a vida.

Disponível em: <http://www.cartaeducacao.com.br/artigo/a-falacia-da-escola-


sem-partido-ou-do-pensamento-unico/>. Acesso em: 20 jul. 2016. (Adaptado)

Fazer generalizações costuma se revestir de um forte apelo argumentativo.

Todas as alternativas a seguir podem ser consideradas generalizações feitas no texto, EXCETO:
a) Neste contexto, Escola Sem Partido (ou Escola de Pensamento Único) é um projeto para silenciar vozes, buscar
estabilidades e criar novos espaços de conforto e conformismo social, cultural e intelectual.
b) Contra qualquer tipo de silenciamento, lhes digo: é preciso pensar, refletir, dialogar.
c) Como reflexo da sociedade, as escolas são espaços marcados pela opressão e pela discriminação sexual.
d) Educar é analisar as realidades e a nossa sociedade, selecionando aquilo que é urgente para ser conhecido, discutido,
problematizado.
Esta questão não possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/752832

Questão 47: COPEVE UFMG - Rev Tex (UFMG)/UFMG/2016


Assunto:
A falácia da Escola Sem Partido (ou do pensamento único)

A doutrinação ideológica está presente nas Escolas desde sempre com seus conteúdos, suas relações.

Educar é um ato político em si


Pedro Henrique Oliveira Gomes - 1 de junho de 2016

Para o projeto Escola Sem Partido, discutir feminismo e homofobia é doutrinação ideológica e imposição da ideologia de gênero
nas escolas. Como reflexo da sociedade, as escolas são espaços marcados pela opressão às mulheres e pela discriminação sexual.
Na maioria dos casos, as ações e as reações são silenciadas e banalizadas. Será que é necessário ter a discussão nas escolas?

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Creio que os dados e as informações a seguir nos mostrarão a urgência da discussão na sociedade.

Segundo dados do Mapa da Violência 2015, de Julio Jacobo Waiselfisz, entre 2003 e 2013, o número de vítimas do sexo feminino
mortas passou de 3.937 para 4.762, incremento de 21% na década. Essas 4.762 mortes em 2013 representam 13 homicídios
femininos diários. Quando analisamos os casos de feminicídio, a população negra é vítima prioritária no país. Sobre os tipos de
violência contra a mulher, em 2014, foram atendidas pelo Sistema Único de Saúde 23.630 casos de violência sexual, a maioria
envolvendo crianças e adolescentes.

Segundo informações presentes no estudo “Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil”, de 2013, realizado pelo Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 2006 para combater a violência contra a
mulher, não teve impacto no número de mortes por esse tipo de agressão.

Quando o assunto é escola, os dados sobre assédio ou violência contra estudantes femininas são escassos ou inexistentes nas
secretarias de educação pelo país. Já sobre discriminação contra homossexuais os dados são preocupantes. Em pesquisa
realizada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no interior de São Paulo, 32% dos homossexuais entrevistados
afirmaram sofrer preconceito dentro das salas de aula e também que os educadores ainda não sabem reagir apropriadamente
diante das agressões, que podem ser físicas ou verbais, no ambiente escolar.

Os dados, segundo os pesquisadores, convergem com aqueles apresentados em pesquisa do Ministério da Educação que ouviu
8.283 estudantes na faixa etária de 15 a 29 anos, no ano letivo de 2013, em todo o país, e constatou que 20% dos alunos não
querem colega de classe homossexual ou transexual.

Na mídia, além da reprodução dos discursos e da estética da sociedade machista, alguns personagens com grande visibilidade
provocam e se promovem a partir de atitudes machistas, como o humorista Danilo Gentili e o ator Alexandre Frota. Uma rápida
pesquisa no mundo virtual nos apresenta inúmeros casos envolvendo “famosos”. Por sinal, em recente audiência com o ministro
da Educação, Mendonça Filho, Frota e um grupo associado ao movimento Escola Sem Partido levaram suas propostas para
transformar a educação brasileira.

Certamente, Alexandre Frota tem todo o direito de ser ouvido pelo Ministro da Educação. Porém, quais são os problemas
envolvidos? Trata-se de um cara com passado marcado por machismos e atitudes boçais. Além disso, há desigualdade no diálogo.
Todos deveriam ser ouvidos. Os estudantes das escolas ocupadas estão sendo ouvidos? Muito pouco. Os professores em greve
estão sendo ouvidos? Um pouco mais, porém, de forma marginalizada. Até o presente momento, reitores de universidades
públicas federais não conseguiram marcar encontros com o atual ministro. Enfim, é preciso superar a seletividade do diálogo e
analisar criticamente o projeto levado por Frota e sua trupe.

Voltemos ao parágrafo inicial, qual é o absurdo do projeto Escola Sem Partido? Ignora-se a realidade para dar continuidade ao
projeto de educação e sociedade em que vivemos faz tempo. O que esse movimento quer não é transformar a educação
brasileira. Eles querem frear alguns avanços pedagógicos e sociais que tivemos nos últimos 15 anos, como as leis 10.639/03 e a
11.645/08.

E por que apenas frear? Se analisarmos os conteúdos trabalhados e as atitudes desenvolvidas nas escolas, veremos poucas
mudanças em relação à educação tradicional, conservadora e meritocrática. Nas salas de aula, falamos sobre (e muitos cultuam)
a cultura eurocêntrica, o consumismo moderno, o agronegócio, a urbanização do mundo, a atuação das empresas multinacionais
e suas grandes marcas, a corrida desenvolvimentista, a fábula da sustentabilidade, em pensadores brancos, homens e europeus,
entre outros assuntos marcados pela hegemonia do saber.

Nos espaços da vida, mulheres são agredidas, jovens negros são assassinados, a cultura é elitizada, os espaços públicos são
murados e fortificados, o caminhar da vida é vigiado, o sucesso é baseado unicamente na ascensão econômica, entre outros
vendavais que nos levam ao mundo fabuloso da desigualdade e da perversidade das relações. Nos espaços de fé, os profetas e
seus seguidores cultuam emocionalmente suas verdades, ignoram suas realidades e almejam criar bolhas de satisfação pessoal e
comunitária. Tudo isso acirrando as disputas pelo existir e pelo mundo em que vivemos.

Para subverter minimamente esse quadro, precisamos criar leis para discutir a nossa origem e conhecer a história e a cultura
africana e indígena nas escolas. Na prática, para aqueles que reconhecem a necessidade de mudança, subvertem-se sistemas
para discutir a vida, a realidade e outros saberes necessários para transformar nossas ideias, nossas práticas, nossos espaços,
nossas relações, nossa existência.

Neste contexto, Escola Sem Partido (ou Escola de Pensamento Único) é um projeto para silenciar vozes, buscar estabilidades e
criar novos espaços de conforto e conformismo social, cultural e intelectual. A instabilidade, o diferente, a emergência, a
diversidade incomodam. Discutir as desigualdades sociais, o feminismo, a discriminação sexual, entre outros assuntos, é provocar
instabilidades nesse sistema de histórias e pensamentos únicos. Doutrinação ideológica está presente nas escolas desde sempre
com seus conteúdos, com seus discursos, com suas relações. Educar é um ato político em si.

O pensar crítico é outro papo. A atitude socialmente crítica é emancipação. Ela combate e rompe com o desenvolver enciclopédico
e elitizante das escolas tradicionais. Educar é analisar as realidades e a nossa sociedade, selecionando aquilo que é urgente para
ser conhecido, discutido, problematizado. Se analisar criticamente as realidades é um problema, que possamos subverter a lógica
do pensamento único. É preciso continuar nessa luta para garantir uma educação para a liberdade e para a autonomia.

Por uma educação que reconheça nossos povos tradicionais e seus saberes, garanta o bem estar das pessoas, valorize o fazer
coletivo, pratique a democracia nas suas relações, entre outras medidas que integram a agenda da educação em direitos

29 of 47 21/07/2019 00:01
TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/116...

humanos, especialmente por um mundo socialmente justo e ambientalmente responsável.

Contra qualquer tipo de silenciamento, lhes digo: é preciso pensar, refletir, dialogar. Porém, é extremamente necessário fazer,
agir. Até por que, nosso grande Paulo Freire já mandou o papo: “Seria uma atitude ingênua esperar que as classes dominantes
desenvolvessem uma forma de educação que proporcionasse às classes dominadas perceber as injustiças sociais de maneira
crítica”.

Nas palavras do educador, é necessário sermos homens e mulheres radicais nesse sistema atual. A radicalidade está na luta por
uma educação mais dialógica, humana e ativa marcada pela autonomia do educando e pela liberdade na construção dos saberes
e nos caminhos escolhidos para a vida.

Disponível em: <http://www.cartaeducacao.com.br/artigo/a-falacia-da-escola-


sem-partido-ou-do-pensamento-unico/>. Acesso em: 20 jul. 2016. (Adaptado)

Todos os trechos apresentam marcas de uma linguagem distensa, EXCETO:


a) Trata-se de um cara com passado marcado por machismos e atitudes boçais.
b) O pensar crítico é outro papo. A atitude socialmente crítica é emancipação.
c) Contra qualquer tipo de silenciamento, lhes digo: é preciso pensar, refletir, dialogar.
d) Uma rápida pesquisa no mundo virtual nos apresenta inúmeros casos envolvendo “famosos”.
Esta questão não possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/752833

Questão 48: COPEVE UFMG - Rev Tex (UFMG)/UFMG/2016


Assunto:
A falácia da Escola Sem Partido (ou do pensamento único)

A doutrinação ideológica está presente nas Escolas desde sempre com seus conteúdos, suas relações.

Educar é um ato político em si


Pedro Henrique Oliveira Gomes - 1 de junho de 2016

Para o projeto Escola Sem Partido, discutir feminismo e homofobia é doutrinação ideológica e imposição da ideologia de gênero
nas escolas. Como reflexo da sociedade, as escolas são espaços marcados pela opressão às mulheres e pela discriminação sexual.
Na maioria dos casos, as ações e as reações são silenciadas e banalizadas. Será que é necessário ter a discussão nas escolas?
Creio que os dados e as informações a seguir nos mostrarão a urgência da discussão na sociedade.

Segundo dados do Mapa da Violência 2015, de Julio Jacobo Waiselfisz, entre 2003 e 2013, o número de vítimas do sexo feminino
mortas passou de 3.937 para 4.762, incremento de 21% na década. Essas 4.762 mortes em 2013 representam 13 homicídios
femininos diários. Quando analisamos os casos de feminicídio, a população negra é vítima prioritária no país. Sobre os tipos de
violência contra a mulher, em 2014, foram atendidas pelo Sistema Único de Saúde 23.630 casos de violência sexual, a maioria
envolvendo crianças e adolescentes.

Segundo informações presentes no estudo “Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil”, de 2013, realizado pelo Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 2006 para combater a violência contra a
mulher, não teve impacto no número de mortes por esse tipo de agressão.

Quando o assunto é escola, os dados sobre assédio ou violência contra estudantes femininas são escassos ou inexistentes nas
secretarias de educação pelo país. Já sobre discriminação contra homossexuais os dados são preocupantes. Em pesquisa
realizada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no interior de São Paulo, 32% dos homossexuais entrevistados
afirmaram sofrer preconceito dentro das salas de aula e também que os educadores ainda não sabem reagir apropriadamente
diante das agressões, que podem ser físicas ou verbais, no ambiente escolar.

Os dados, segundo os pesquisadores, convergem com aqueles apresentados em pesquisa do Ministério da Educação que ouviu
8.283 estudantes na faixa etária de 15 a 29 anos, no ano letivo de 2013, em todo o país, e constatou que 20% dos alunos não
querem colega de classe homossexual ou transexual.

Na mídia, além da reprodução dos discursos e da estética da sociedade machista, alguns personagens com grande visibilidade
provocam e se promovem a partir de atitudes machistas, como o humorista Danilo Gentili e o ator Alexandre Frota. Uma rápida
pesquisa no mundo virtual nos apresenta inúmeros casos envolvendo “famosos”. Por sinal, em recente audiência com o ministro
da Educação, Mendonça Filho, Frota e um grupo associado ao movimento Escola Sem Partido levaram suas propostas para
transformar a educação brasileira.

Certamente, Alexandre Frota tem todo o direito de ser ouvido pelo Ministro da Educação. Porém, quais são os problemas
envolvidos? Trata-se de um cara com passado marcado por machismos e atitudes boçais. Além disso, há desigualdade no diálogo.
Todos deveriam ser ouvidos. Os estudantes das escolas ocupadas estão sendo ouvidos? Muito pouco. Os professores em greve
estão sendo ouvidos? Um pouco mais, porém, de forma marginalizada. Até o presente momento, reitores de universidades
públicas federais não conseguiram marcar encontros com o atual ministro. Enfim, é preciso superar a seletividade do diálogo e
analisar criticamente o projeto levado por Frota e sua trupe.

30 of 47 21/07/2019 00:01
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Voltemos ao parágrafo inicial, qual é o absurdo do projeto Escola Sem Partido? Ignora-se a realidade para dar continuidade ao
projeto de educação e sociedade em que vivemos faz tempo. O que esse movimento quer não é transformar a educação
brasileira. Eles querem frear alguns avanços pedagógicos e sociais que tivemos nos últimos 15 anos, como as leis 10.639/03 e a
11.645/08.

E por que apenas frear? Se analisarmos os conteúdos trabalhados e as atitudes desenvolvidas nas escolas, veremos poucas
mudanças em relação à educação tradicional, conservadora e meritocrática. Nas salas de aula, falamos sobre (e muitos cultuam)
a cultura eurocêntrica, o consumismo moderno, o agronegócio, a urbanização do mundo, a atuação das empresas multinacionais
e suas grandes marcas, a corrida desenvolvimentista, a fábula da sustentabilidade, em pensadores brancos, homens e europeus,
entre outros assuntos marcados pela hegemonia do saber.

Nos espaços da vida, mulheres são agredidas, jovens negros são assassinados, a cultura é elitizada, os espaços públicos são
murados e fortificados, o caminhar da vida é vigiado, o sucesso é baseado unicamente na ascensão econômica, entre outros
vendavais que nos levam ao mundo fabuloso da desigualdade e da perversidade das relações. Nos espaços de fé, os profetas e
seus seguidores cultuam emocionalmente suas verdades, ignoram suas realidades e almejam criar bolhas de satisfação pessoal e
comunitária. Tudo isso acirrando as disputas pelo existir e pelo mundo em que vivemos.

Para subverter minimamente esse quadro, precisamos criar leis para discutir a nossa origem e conhecer a história e a cultura
africana e indígena nas escolas. Na prática, para aqueles que reconhecem a necessidade de mudança, subvertem-se sistemas
para discutir a vida, a realidade e outros saberes necessários para transformar nossas ideias, nossas práticas, nossos espaços,
nossas relações, nossa existência.

Neste contexto, Escola Sem Partido (ou Escola de Pensamento Único) é um projeto para silenciar vozes, buscar estabilidades e
criar novos espaços de conforto e conformismo social, cultural e intelectual. A instabilidade, o diferente, a emergência, a
diversidade incomodam. Discutir as desigualdades sociais, o feminismo, a discriminação sexual, entre outros assuntos, é provocar
instabilidades nesse sistema de histórias e pensamentos únicos. Doutrinação ideológica está presente nas escolas desde sempre
com seus conteúdos, com seus discursos, com suas relações. Educar é um ato político em si.

O pensar crítico é outro papo. A atitude socialmente crítica é emancipação. Ela combate e rompe com o desenvolver enciclopédico
e elitizante das escolas tradicionais. Educar é analisar as realidades e a nossa sociedade, selecionando aquilo que é urgente para
ser conhecido, discutido, problematizado. Se analisar criticamente as realidades é um problema, que possamos subverter a lógica
do pensamento único. É preciso continuar nessa luta para garantir uma educação para a liberdade e para a autonomia.

Por uma educação que reconheça nossos povos tradicionais e seus saberes, garanta o bem estar das pessoas, valorize o fazer
coletivo, pratique a democracia nas suas relações, entre outras medidas que integram a agenda da educação em direitos
humanos, especialmente por um mundo socialmente justo e ambientalmente responsável.

Contra qualquer tipo de silenciamento, lhes digo: é preciso pensar, refletir, dialogar. Porém, é extremamente necessário fazer,
agir. Até por que, nosso grande Paulo Freire já mandou o papo: “Seria uma atitude ingênua esperar que as classes dominantes
desenvolvessem uma forma de educação que proporcionasse às classes dominadas perceber as injustiças sociais de maneira
crítica”.

Nas palavras do educador, é necessário sermos homens e mulheres radicais nesse sistema atual. A radicalidade está na luta por
uma educação mais dialógica, humana e ativa marcada pela autonomia do educando e pela liberdade na construção dos saberes
e nos caminhos escolhidos para a vida.

Disponível em: <http://www.cartaeducacao.com.br/artigo/a-falacia-da-escola-


sem-partido-ou-do-pensamento-unico/>. Acesso em: 20 jul. 2016. (Adaptado)

Releia.

Na prática, para aqueles que reconhecem a necessidade de mudança, subvertem-se sistemas para discutir a vida, a
realidade e outros saberes necessários para transformar nossas ideias, nossas práticas, nossos espaços, nossas relações, nossa
existência.

Em relação à oração destacada, é INCORRETO afirmar que


a) funciona, morfologicamente, como adjetivo.
b) pode ser suprimida, sem prejuízo ao sentido do trecho.
c) é introduzida por um pronome relativo, cujo referente é o sintagma “aqueles”.
d) desempenha função sintática de adjunto adnominal oracional.
Esta questão não possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/752836

Questão 49: COPEVE UFMG - Rev Tex (UFMG)/UFMG/2016


Assunto:
A falácia da Escola Sem Partido (ou do pensamento único)

A doutrinação ideológica está presente nas Escolas desde sempre com seus conteúdos, suas relações.

31 of 47 21/07/2019 00:01
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Educar é um ato político em si


Pedro Henrique Oliveira Gomes - 1 de junho de 2016

Para o projeto Escola Sem Partido, discutir feminismo e homofobia é doutrinação ideológica e imposição da ideologia de gênero
nas escolas. Como reflexo da sociedade, as escolas são espaços marcados pela opressão às mulheres e pela discriminação sexual.
Na maioria dos casos, as ações e as reações são silenciadas e banalizadas. Será que é necessário ter a discussão nas escolas?
Creio que os dados e as informações a seguir nos mostrarão a urgência da discussão na sociedade.

Segundo dados do Mapa da Violência 2015, de Julio Jacobo Waiselfisz, entre 2003 e 2013, o número de vítimas do sexo feminino
mortas passou de 3.937 para 4.762, incremento de 21% na década. Essas 4.762 mortes em 2013 representam 13 homicídios
femininos diários. Quando analisamos os casos de feminicídio, a população negra é vítima prioritária no país. Sobre os tipos de
violência contra a mulher, em 2014, foram atendidas pelo Sistema Único de Saúde 23.630 casos de violência sexual, a maioria
envolvendo crianças e adolescentes.

Segundo informações presentes no estudo “Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil”, de 2013, realizado pelo Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 2006 para combater a violência contra a
mulher, não teve impacto no número de mortes por esse tipo de agressão.

Quando o assunto é escola, os dados sobre assédio ou violência contra estudantes femininas são escassos ou inexistentes nas
secretarias de educação pelo país. Já sobre discriminação contra homossexuais os dados são preocupantes. Em pesquisa
realizada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no interior de São Paulo, 32% dos homossexuais entrevistados
afirmaram sofrer preconceito dentro das salas de aula e também que os educadores ainda não sabem reagir apropriadamente
diante das agressões, que podem ser físicas ou verbais, no ambiente escolar.

Os dados, segundo os pesquisadores, convergem com aqueles apresentados em pesquisa do Ministério da Educação que ouviu
8.283 estudantes na faixa etária de 15 a 29 anos, no ano letivo de 2013, em todo o país, e constatou que 20% dos alunos não
querem colega de classe homossexual ou transexual.

Na mídia, além da reprodução dos discursos e da estética da sociedade machista, alguns personagens com grande visibilidade
provocam e se promovem a partir de atitudes machistas, como o humorista Danilo Gentili e o ator Alexandre Frota. Uma rápida
pesquisa no mundo virtual nos apresenta inúmeros casos envolvendo “famosos”. Por sinal, em recente audiência com o ministro
da Educação, Mendonça Filho, Frota e um grupo associado ao movimento Escola Sem Partido levaram suas propostas para
transformar a educação brasileira.

Certamente, Alexandre Frota tem todo o direito de ser ouvido pelo Ministro da Educação. Porém, quais são os problemas
envolvidos? Trata-se de um cara com passado marcado por machismos e atitudes boçais. Além disso, há desigualdade no diálogo.
Todos deveriam ser ouvidos. Os estudantes das escolas ocupadas estão sendo ouvidos? Muito pouco. Os professores em greve
estão sendo ouvidos? Um pouco mais, porém, de forma marginalizada. Até o presente momento, reitores de universidades
públicas federais não conseguiram marcar encontros com o atual ministro. Enfim, é preciso superar a seletividade do diálogo e
analisar criticamente o projeto levado por Frota e sua trupe.

Voltemos ao parágrafo inicial, qual é o absurdo do projeto Escola Sem Partido? Ignora-se a realidade para dar continuidade ao
projeto de educação e sociedade em que vivemos faz tempo. O que esse movimento quer não é transformar a educação
brasileira. Eles querem frear alguns avanços pedagógicos e sociais que tivemos nos últimos 15 anos, como as leis 10.639/03 e a
11.645/08.

E por que apenas frear? Se analisarmos os conteúdos trabalhados e as atitudes desenvolvidas nas escolas, veremos poucas
mudanças em relação à educação tradicional, conservadora e meritocrática. Nas salas de aula, falamos sobre (e muitos cultuam)
a cultura eurocêntrica, o consumismo moderno, o agronegócio, a urbanização do mundo, a atuação das empresas multinacionais
e suas grandes marcas, a corrida desenvolvimentista, a fábula da sustentabilidade, em pensadores brancos, homens e europeus,
entre outros assuntos marcados pela hegemonia do saber.

Nos espaços da vida, mulheres são agredidas, jovens negros são assassinados, a cultura é elitizada, os espaços públicos são
murados e fortificados, o caminhar da vida é vigiado, o sucesso é baseado unicamente na ascensão econômica, entre outros
vendavais que nos levam ao mundo fabuloso da desigualdade e da perversidade das relações. Nos espaços de fé, os profetas e
seus seguidores cultuam emocionalmente suas verdades, ignoram suas realidades e almejam criar bolhas de satisfação pessoal e
comunitária. Tudo isso acirrando as disputas pelo existir e pelo mundo em que vivemos.

Para subverter minimamente esse quadro, precisamos criar leis para discutir a nossa origem e conhecer a história e a cultura
africana e indígena nas escolas. Na prática, para aqueles que reconhecem a necessidade de mudança, subvertem-se sistemas
para discutir a vida, a realidade e outros saberes necessários para transformar nossas ideias, nossas práticas, nossos espaços,
nossas relações, nossa existência.

Neste contexto, Escola Sem Partido (ou Escola de Pensamento Único) é um projeto para silenciar vozes, buscar estabilidades e
criar novos espaços de conforto e conformismo social, cultural e intelectual. A instabilidade, o diferente, a emergência, a
diversidade incomodam. Discutir as desigualdades sociais, o feminismo, a discriminação sexual, entre outros assuntos, é provocar
instabilidades nesse sistema de histórias e pensamentos únicos. Doutrinação ideológica está presente nas escolas desde sempre
com seus conteúdos, com seus discursos, com suas relações. Educar é um ato político em si.

O pensar crítico é outro papo. A atitude socialmente crítica é emancipação. Ela combate e rompe com o desenvolver enciclopédico

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e elitizante das escolas tradicionais. Educar é analisar as realidades e a nossa sociedade, selecionando aquilo que é urgente para
ser conhecido, discutido, problematizado. Se analisar criticamente as realidades é um problema, que possamos subverter a lógica
do pensamento único. É preciso continuar nessa luta para garantir uma educação para a liberdade e para a autonomia.

Por uma educação que reconheça nossos povos tradicionais e seus saberes, garanta o bem estar das pessoas, valorize o fazer
coletivo, pratique a democracia nas suas relações, entre outras medidas que integram a agenda da educação em direitos
humanos, especialmente por um mundo socialmente justo e ambientalmente responsável.

Contra qualquer tipo de silenciamento, lhes digo: é preciso pensar, refletir, dialogar. Porém, é extremamente necessário fazer,
agir. Até por que, nosso grande Paulo Freire já mandou o papo: “Seria uma atitude ingênua esperar que as classes dominantes
desenvolvessem uma forma de educação que proporcionasse às classes dominadas perceber as injustiças sociais de maneira
crítica”.

Nas palavras do educador, é necessário sermos homens e mulheres radicais nesse sistema atual. A radicalidade está na luta por
uma educação mais dialógica, humana e ativa marcada pela autonomia do educando e pela liberdade na construção dos saberes
e nos caminhos escolhidos para a vida.

Disponível em: <http://www.cartaeducacao.com.br/artigo/a-falacia-da-escola-


sem-partido-ou-do-pensamento-unico/>. Acesso em: 20 jul. 2016. (Adaptado)

A justificativa para o uso da vírgula no trecho: “Quando analisamos os casos de feminicídio, a população negra é vítima prioritária
no país.” se repete em:
a) [...] “a Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 2006 para combater a violência contra a mulher, não teve impacto no
número de mortes por esse tipo de agressão”.
b) [...] “os profetas e seus seguidores cultuam emocionalmente suas verdades, ignoram suas realidades e almejam criar
bolhas de satisfação pessoal e comunitária.”
c) “Para subverter minimamente esse quadro, precisamos criar leis para discutir a nossa origem e conhecer a história e a
cultura africana e indígena nas escolas.”
d) “Porém, quais são os problemas envolvidos?”
Esta questão não possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/752838

Questão 50: COPEVE UFMG - Rev Tex (UFMG)/UFMG/2016


Assunto:
A falácia da Escola Sem Partido (ou do pensamento único)

A doutrinação ideológica está presente nas Escolas desde sempre com seus conteúdos, suas relações.

Educar é um ato político em si


Pedro Henrique Oliveira Gomes - 1 de junho de 2016

Para o projeto Escola Sem Partido, discutir feminismo e homofobia é doutrinação ideológica e imposição da ideologia de gênero
nas escolas. Como reflexo da sociedade, as escolas são espaços marcados pela opressão às mulheres e pela discriminação sexual.
Na maioria dos casos, as ações e as reações são silenciadas e banalizadas. Será que é necessário ter a discussão nas escolas?
Creio que os dados e as informações a seguir nos mostrarão a urgência da discussão na sociedade.

Segundo dados do Mapa da Violência 2015, de Julio Jacobo Waiselfisz, entre 2003 e 2013, o número de vítimas do sexo feminino
mortas passou de 3.937 para 4.762, incremento de 21% na década. Essas 4.762 mortes em 2013 representam 13 homicídios
femininos diários. Quando analisamos os casos de feminicídio, a população negra é vítima prioritária no país. Sobre os tipos de
violência contra a mulher, em 2014, foram atendidas pelo Sistema Único de Saúde 23.630 casos de violência sexual, a maioria
envolvendo crianças e adolescentes.

Segundo informações presentes no estudo “Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil”, de 2013, realizado pelo Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 2006 para combater a violência contra a
mulher, não teve impacto no número de mortes por esse tipo de agressão.

Quando o assunto é escola, os dados sobre assédio ou violência contra estudantes femininas são escassos ou inexistentes nas
secretarias de educação pelo país. Já sobre discriminação contra homossexuais os dados são preocupantes. Em pesquisa
realizada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no interior de São Paulo, 32% dos homossexuais entrevistados
afirmaram sofrer preconceito dentro das salas de aula e também que os educadores ainda não sabem reagir apropriadamente
diante das agressões, que podem ser físicas ou verbais, no ambiente escolar.

Os dados, segundo os pesquisadores, convergem com aqueles apresentados em pesquisa do Ministério da Educação que ouviu
8.283 estudantes na faixa etária de 15 a 29 anos, no ano letivo de 2013, em todo o país, e constatou que 20% dos alunos não
querem colega de classe homossexual ou transexual.

Na mídia, além da reprodução dos discursos e da estética da sociedade machista, alguns personagens com grande visibilidade
provocam e se promovem a partir de atitudes machistas, como o humorista Danilo Gentili e o ator Alexandre Frota. Uma rápida
pesquisa no mundo virtual nos apresenta inúmeros casos envolvendo “famosos”. Por sinal, em recente audiência com o ministro

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da Educação, Mendonça Filho, Frota e um grupo associado ao movimento Escola Sem Partido levaram suas propostas para
transformar a educação brasileira.

Certamente, Alexandre Frota tem todo o direito de ser ouvido pelo Ministro da Educação. Porém, quais são os problemas
envolvidos? Trata-se de um cara com passado marcado por machismos e atitudes boçais. Além disso, há desigualdade no diálogo.
Todos deveriam ser ouvidos. Os estudantes das escolas ocupadas estão sendo ouvidos? Muito pouco. Os professores em greve
estão sendo ouvidos? Um pouco mais, porém, de forma marginalizada. Até o presente momento, reitores de universidades
públicas federais não conseguiram marcar encontros com o atual ministro. Enfim, é preciso superar a seletividade do diálogo e
analisar criticamente o projeto levado por Frota e sua trupe.

Voltemos ao parágrafo inicial, qual é o absurdo do projeto Escola Sem Partido? Ignora-se a realidade para dar continuidade ao
projeto de educação e sociedade em que vivemos faz tempo. O que esse movimento quer não é transformar a educação
brasileira. Eles querem frear alguns avanços pedagógicos e sociais que tivemos nos últimos 15 anos, como as leis 10.639/03 e a
11.645/08.

E por que apenas frear? Se analisarmos os conteúdos trabalhados e as atitudes desenvolvidas nas escolas, veremos poucas
mudanças em relação à educação tradicional, conservadora e meritocrática. Nas salas de aula, falamos sobre (e muitos cultuam)
a cultura eurocêntrica, o consumismo moderno, o agronegócio, a urbanização do mundo, a atuação das empresas multinacionais
e suas grandes marcas, a corrida desenvolvimentista, a fábula da sustentabilidade, em pensadores brancos, homens e europeus,
entre outros assuntos marcados pela hegemonia do saber.

Nos espaços da vida, mulheres são agredidas, jovens negros são assassinados, a cultura é elitizada, os espaços públicos são
murados e fortificados, o caminhar da vida é vigiado, o sucesso é baseado unicamente na ascensão econômica, entre outros
vendavais que nos levam ao mundo fabuloso da desigualdade e da perversidade das relações. Nos espaços de fé, os profetas e
seus seguidores cultuam emocionalmente suas verdades, ignoram suas realidades e almejam criar bolhas de satisfação pessoal e
comunitária. Tudo isso acirrando as disputas pelo existir e pelo mundo em que vivemos.

Para subverter minimamente esse quadro, precisamos criar leis para discutir a nossa origem e conhecer a história e a cultura
africana e indígena nas escolas. Na prática, para aqueles que reconhecem a necessidade de mudança, subvertem-se sistemas
para discutir a vida, a realidade e outros saberes necessários para transformar nossas ideias, nossas práticas, nossos espaços,
nossas relações, nossa existência.

Neste contexto, Escola Sem Partido (ou Escola de Pensamento Único) é um projeto para silenciar vozes, buscar estabilidades e
criar novos espaços de conforto e conformismo social, cultural e intelectual. A instabilidade, o diferente, a emergência, a
diversidade incomodam. Discutir as desigualdades sociais, o feminismo, a discriminação sexual, entre outros assuntos, é provocar
instabilidades nesse sistema de histórias e pensamentos únicos. Doutrinação ideológica está presente nas escolas desde sempre
com seus conteúdos, com seus discursos, com suas relações. Educar é um ato político em si.

O pensar crítico é outro papo. A atitude socialmente crítica é emancipação. Ela combate e rompe com o desenvolver enciclopédico
e elitizante das escolas tradicionais. Educar é analisar as realidades e a nossa sociedade, selecionando aquilo que é urgente para
ser conhecido, discutido, problematizado. Se analisar criticamente as realidades é um problema, que possamos subverter a lógica
do pensamento único. É preciso continuar nessa luta para garantir uma educação para a liberdade e para a autonomia.

Por uma educação que reconheça nossos povos tradicionais e seus saberes, garanta o bem estar das pessoas, valorize o fazer
coletivo, pratique a democracia nas suas relações, entre outras medidas que integram a agenda da educação em direitos
humanos, especialmente por um mundo socialmente justo e ambientalmente responsável.

Contra qualquer tipo de silenciamento, lhes digo: é preciso pensar, refletir, dialogar. Porém, é extremamente necessário fazer,
agir. Até por que, nosso grande Paulo Freire já mandou o papo: “Seria uma atitude ingênua esperar que as classes dominantes
desenvolvessem uma forma de educação que proporcionasse às classes dominadas perceber as injustiças sociais de maneira
crítica”.

Nas palavras do educador, é necessário sermos homens e mulheres radicais nesse sistema atual. A radicalidade está na luta por
uma educação mais dialógica, humana e ativa marcada pela autonomia do educando e pela liberdade na construção dos saberes
e nos caminhos escolhidos para a vida.

Disponível em: <http://www.cartaeducacao.com.br/artigo/a-falacia-da-escola-


sem-partido-ou-do-pensamento-unico/>. Acesso em: 20 jul. 2016. (Adaptado)

A classificação morfológica do termo destacado em “Creio que os dados e as informações a seguir nos mostrarão a urgência da
discussão na sociedade.” SOMENTE se repete em
a) [...] “e também que os educadores ainda não sabem reagir apropriadamente diante das agressões” [...] (§ 4)
b) [...] “a Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 2006 para combater a violência contra a mulher” [...] (§ 3)
c) ”Os dados, segundo os pesquisadores, convergem com aqueles apresentados em pesquisa do Ministério da Educação que
ouviu 8.283 estudantes” [...] (§ 5)
d) “Ignora-se a realidade para dar continuidade ao projeto de educação e sociedade em que vivemos faz tempo.”(§ 8)
Esta questão não possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/752840

Questão 51: COPEVE UFMG - Rev Tex (UFMG)/UFMG/2016

34 of 47 21/07/2019 00:01
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Assunto:
A falácia da Escola Sem Partido (ou do pensamento único)

A doutrinação ideológica está presente nas Escolas desde sempre com seus conteúdos, suas relações.

Educar é um ato político em si


Pedro Henrique Oliveira Gomes - 1 de junho de 2016

Para o projeto Escola Sem Partido, discutir feminismo e homofobia é doutrinação ideológica e imposição da ideologia de gênero
nas escolas. Como reflexo da sociedade, as escolas são espaços marcados pela opressão às mulheres e pela discriminação sexual.
Na maioria dos casos, as ações e as reações são silenciadas e banalizadas. Será que é necessário ter a discussão nas escolas?
Creio que os dados e as informações a seguir nos mostrarão a urgência da discussão na sociedade.

Segundo dados do Mapa da Violência 2015, de Julio Jacobo Waiselfisz, entre 2003 e 2013, o número de vítimas do sexo feminino
mortas passou de 3.937 para 4.762, incremento de 21% na década. Essas 4.762 mortes em 2013 representam 13 homicídios
femininos diários. Quando analisamos os casos de feminicídio, a população negra é vítima prioritária no país. Sobre os tipos de
violência contra a mulher, em 2014, foram atendidas pelo Sistema Único de Saúde 23.630 casos de violência sexual, a maioria
envolvendo crianças e adolescentes.

Segundo informações presentes no estudo “Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil”, de 2013, realizado pelo Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 2006 para combater a violência contra a
mulher, não teve impacto no número de mortes por esse tipo de agressão.

Quando o assunto é escola, os dados sobre assédio ou violência contra estudantes femininas são escassos ou inexistentes nas
secretarias de educação pelo país. Já sobre discriminação contra homossexuais os dados são preocupantes. Em pesquisa
realizada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no interior de São Paulo, 32% dos homossexuais entrevistados
afirmaram sofrer preconceito dentro das salas de aula e também que os educadores ainda não sabem reagir apropriadamente
diante das agressões, que podem ser físicas ou verbais, no ambiente escolar.

Os dados, segundo os pesquisadores, convergem com aqueles apresentados em pesquisa do Ministério da Educação que ouviu
8.283 estudantes na faixa etária de 15 a 29 anos, no ano letivo de 2013, em todo o país, e constatou que 20% dos alunos não
querem colega de classe homossexual ou transexual.

Na mídia, além da reprodução dos discursos e da estética da sociedade machista, alguns personagens com grande visibilidade
provocam e se promovem a partir de atitudes machistas, como o humorista Danilo Gentili e o ator Alexandre Frota. Uma rápida
pesquisa no mundo virtual nos apresenta inúmeros casos envolvendo “famosos”. Por sinal, em recente audiência com o ministro
da Educação, Mendonça Filho, Frota e um grupo associado ao movimento Escola Sem Partido levaram suas propostas para
transformar a educação brasileira.

Certamente, Alexandre Frota tem todo o direito de ser ouvido pelo Ministro da Educação. Porém, quais são os problemas
envolvidos? Trata-se de um cara com passado marcado por machismos e atitudes boçais. Além disso, há desigualdade no diálogo.
Todos deveriam ser ouvidos. Os estudantes das escolas ocupadas estão sendo ouvidos? Muito pouco. Os professores em greve
estão sendo ouvidos? Um pouco mais, porém, de forma marginalizada. Até o presente momento, reitores de universidades
públicas federais não conseguiram marcar encontros com o atual ministro. Enfim, é preciso superar a seletividade do diálogo e
analisar criticamente o projeto levado por Frota e sua trupe.

Voltemos ao parágrafo inicial, qual é o absurdo do projeto Escola Sem Partido? Ignora-se a realidade para dar continuidade ao
projeto de educação e sociedade em que vivemos faz tempo. O que esse movimento quer não é transformar a educação
brasileira. Eles querem frear alguns avanços pedagógicos e sociais que tivemos nos últimos 15 anos, como as leis 10.639/03 e a
11.645/08.

E por que apenas frear? Se analisarmos os conteúdos trabalhados e as atitudes desenvolvidas nas escolas, veremos poucas
mudanças em relação à educação tradicional, conservadora e meritocrática. Nas salas de aula, falamos sobre (e muitos cultuam)
a cultura eurocêntrica, o consumismo moderno, o agronegócio, a urbanização do mundo, a atuação das empresas multinacionais
e suas grandes marcas, a corrida desenvolvimentista, a fábula da sustentabilidade, em pensadores brancos, homens e europeus,
entre outros assuntos marcados pela hegemonia do saber.

Nos espaços da vida, mulheres são agredidas, jovens negros são assassinados, a cultura é elitizada, os espaços públicos são
murados e fortificados, o caminhar da vida é vigiado, o sucesso é baseado unicamente na ascensão econômica, entre outros
vendavais que nos levam ao mundo fabuloso da desigualdade e da perversidade das relações. Nos espaços de fé, os profetas e
seus seguidores cultuam emocionalmente suas verdades, ignoram suas realidades e almejam criar bolhas de satisfação pessoal e
comunitária. Tudo isso acirrando as disputas pelo existir e pelo mundo em que vivemos.

Para subverter minimamente esse quadro, precisamos criar leis para discutir a nossa origem e conhecer a história e a cultura
africana e indígena nas escolas. Na prática, para aqueles que reconhecem a necessidade de mudança, subvertem-se sistemas
para discutir a vida, a realidade e outros saberes necessários para transformar nossas ideias, nossas práticas, nossos espaços,
nossas relações, nossa existência.

Neste contexto, Escola Sem Partido (ou Escola de Pensamento Único) é um projeto para silenciar vozes, buscar estabilidades e

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criar novos espaços de conforto e conformismo social, cultural e intelectual. A instabilidade, o diferente, a emergência, a
diversidade incomodam. Discutir as desigualdades sociais, o feminismo, a discriminação sexual, entre outros assuntos, é provocar
instabilidades nesse sistema de histórias e pensamentos únicos. Doutrinação ideológica está presente nas escolas desde sempre
com seus conteúdos, com seus discursos, com suas relações. Educar é um ato político em si.

O pensar crítico é outro papo. A atitude socialmente crítica é emancipação. Ela combate e rompe com o desenvolver enciclopédico
e elitizante das escolas tradicionais. Educar é analisar as realidades e a nossa sociedade, selecionando aquilo que é urgente para
ser conhecido, discutido, problematizado. Se analisar criticamente as realidades é um problema, que possamos subverter a lógica
do pensamento único. É preciso continuar nessa luta para garantir uma educação para a liberdade e para a autonomia.

Por uma educação que reconheça nossos povos tradicionais e seus saberes, garanta o bem estar das pessoas, valorize o fazer
coletivo, pratique a democracia nas suas relações, entre outras medidas que integram a agenda da educação em direitos
humanos, especialmente por um mundo socialmente justo e ambientalmente responsável.

Contra qualquer tipo de silenciamento, lhes digo: é preciso pensar, refletir, dialogar. Porém, é extremamente necessário fazer,
agir. Até por que, nosso grande Paulo Freire já mandou o papo: “Seria uma atitude ingênua esperar que as classes dominantes
desenvolvessem uma forma de educação que proporcionasse às classes dominadas perceber as injustiças sociais de maneira
crítica”.

Nas palavras do educador, é necessário sermos homens e mulheres radicais nesse sistema atual. A radicalidade está na luta por
uma educação mais dialógica, humana e ativa marcada pela autonomia do educando e pela liberdade na construção dos saberes
e nos caminhos escolhidos para a vida.

Disponível em: <http://www.cartaeducacao.com.br/artigo/a-falacia-da-escola-


sem-partido-ou-do-pensamento-unico/>. Acesso em: 20 jul. 2016. (Adaptado)

O texto abaixo de Duke e o de Pedro Henrique Oliveira Gomes se relacionam por

Disponível em: <http://www.otempo.com.br/charges/charge-o-tempo-23-07-2016-1.1342444>. Acesso em: 26 jul. 2016.


a) possuírem o mesmo posicionamento sobre a questão polêmica apresentada, mas se valerem de argumentos diferentes.
b) abordarem a mesma temática e utilizarem como estratégia argumentativa o uso do discurso de autoridade.
c) mostrarem que o projeto Escola Sem Partido só faria sentido em uma sociedade mais justa em relação às questões de
gênero e sexualidade.
d) se tratarem do mesmo gênero textual, cujo objetivo é persuadir os leitores a adotarem o ponto de vista dos autores.
Esta questão não possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/752850

Questão 52: NUCEPE UESPI - Prof 2º C (Teresina)/Pref Teresina/Português/2016


Assunto:
Educação para a cidadania

Quando pensamos em educação é consenso interpretá-la como fonte para uma formação que permite trânsito na sociedade do
conhecimento. Quase sempre a imagem socialmente construída diz respeito a um conjunto de atividades que habilita o indivíduo
para perceber e desvendar os códigos das diferentes linguagens proporcionando interpretação crítica para o avanço da ciência,
das artes e da tecnologia. No espelho acadêmico -científico atual, fortemente marcado pela competitividade expressa nos
ranqueamentos internacionais, a imagem que aparece não evidencia nuanças de consensos sobre educação como fator ético de
construção da cidadania.

Dominar os códigos e ter a capacidade de refletir sobre o mundo são requisitos instrumentais indispensáveis para estar incluído
na sociedade do conhecimento, ou seja, para adquirir status de cidadão no mundo moderno; mas os processos de ensino-
aprendizagem mostram dificuldade para assumir seu papel formador enquanto fomento ao debate, oportunidade de vivência e
produção de consensos no que diz respeito à construção de uma convivência cidadã sem exclusão.

36 of 47 21/07/2019 00:01
TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/116...

O obstáculo, talvez, resida na discussão sobre os valores que hoje dão contornos para a pluralidade e diversidade cultural,
etnorracial, sexual, religiosa, socioeconômica e política, em nosso país. Libertos de uma educação eivada por um pensamento
dominante – que disseminava seu conteúdo de forma instrumental através de disciplinas centradas em uma moral ou uma forma
de civismo –, ainda é difícil trabalhar práticas e conteúdos que tratem da educação para a formação de cidadãos, como vêm
fazendo, por exemplo, a União Europeia, mais particularmente países com os quais temos muita proximidade, como Portugal e
Espanha.

Como o ano de 2013 foi eleito como o Ano Europeu dos Cidadãos, publicou-se um relatório (EACEA, 2012) sobre a forma como
vem sendo ministrada a disciplina “Educação para a cidadania” nos diferentes países do bloco.

(Extraído do Texto Educação para a cidadania, de José


Luís Bizelli. In: Desafios Contemporâneos da Educação, (ORGS.): Célia Maria David, Hilda Maria Gonçalves da Silva, Ricardo Ribeiro, Sebastião
de Souza Lemes. Editora: Cultura Acadêmica. 2015)

Pela leitura do texto, pode-se entender que o autor condena um tipo de educação
a) que permite dominar os códigos, ter a capacidade de refletir sobre o mundo e assumir seu papel formador enquanto
fomento ao debate.
b) com base na discussão de valores que hoje dão contornos para a pluralidade e diversidade cultural.
c) escolar que vise preparar os estudantes para se tornarem cidadãos ativos, por meio do trabalho com práticas e conteúdos
para a cidadania.
d) que favoreça a construção de uma sociedade democrática com maior equidade, coesão social e produção de consensos.
e) eivada por um pensamento dominante que dissemine seu conteúdo de forma instrumental através de disciplinas centradas
numa moral ou numa forma de civismo.
Esta questão não possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/807645

Questão 53: NUCEPE UESPI - Prof 2º C (Teresina)/Pref Teresina/Português/2016


Assunto:
Educação para a cidadania

Quando pensamos em educação é consenso interpretá-la como fonte para uma formação que permite trânsito na sociedade do
conhecimento. Quase sempre a imagem socialmente construída diz respeito a um conjunto de atividades que habilita o indivíduo
para perceber e desvendar os códigos das diferentes linguagens proporcionando interpretação crítica para o avanço da ciência,
das artes e da tecnologia. No espelho acadêmico -científico atual, fortemente marcado pela competitividade expressa nos
ranqueamentos internacionais, a imagem que aparece não evidencia nuanças de consensos sobre educação como fator ético de
construção da cidadania.

Dominar os códigos e ter a capacidade de refletir sobre o mundo são requisitos instrumentais indispensáveis para estar incluído
na sociedade do conhecimento, ou seja, para adquirir status de cidadão no mundo moderno; mas os processos de ensino-
aprendizagem mostram dificuldade para assumir seu papel formador enquanto fomento ao debate, oportunidade de vivência e
produção de consensos no que diz respeito à construção de uma convivência cidadã sem exclusão.

O obstáculo, talvez, resida na discussão sobre os valores que hoje dão contornos para a pluralidade e diversidade cultural,
etnorracial, sexual, religiosa, socioeconômica e política, em nosso país. Libertos de uma educação eivada por um pensamento
dominante – que disseminava seu conteúdo de forma instrumental através de disciplinas centradas em uma moral ou uma forma
de civismo –, ainda é difícil trabalhar práticas e conteúdos que tratem da educação para a formação de cidadãos, como vêm
fazendo, por exemplo, a União Europeia, mais particularmente países com os quais temos muita proximidade, como Portugal e
Espanha.

Como o ano de 2013 foi eleito como o Ano Europeu dos Cidadãos, publicou-se um relatório (EACEA, 2012) sobre a forma como
vem sendo ministrada a disciplina “Educação para a cidadania” nos diferentes países do bloco.

(Extraído do Texto Educação para a cidadania, de José


Luís Bizelli. In: Desafios Contemporâneos da Educação, (ORGS.): Célia Maria David, Hilda Maria Gonçalves da Silva, Ricardo Ribeiro, Sebastião
de Souza Lemes. Editora: Cultura Acadêmica. 2015)

Pode-se inferir da leitura do texto que o autor defende uma educação que seja
a) fator ético de construção da cidadania, para uma formação que permita trânsito na sociedade do conhecimento com
competências e atitudes.
b) fonte para uma formação que permite a discussão dos códigos e suas tecnologias de forma instrumental para o sucesso
escolar.
c) ponte para o conhecimento de fatos políticos e para a compreensão dos conceitos essenciais das disciplinas.
d) formação com foco na participação das atividades da sociedade, baseada nos ranqueamentos internacionais.
e) sinônimo de educação ambiental em diálogo com a comunidade, prevendo o desenvolvimento de competências.
Esta questão não possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/807647

Questão 54: NUCEPE UESPI - Prof 2º C (Teresina)/Pref Teresina/Português/2016

37 of 47 21/07/2019 00:01
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Assunto:
Educação para a cidadania

Quando pensamos em educação é consenso interpretá-la como fonte para uma formação que permite trânsito na sociedade do
conhecimento. Quase sempre a imagem socialmente construída diz respeito a um conjunto de atividades que habilita o indivíduo
para perceber e desvendar os códigos das diferentes linguagens proporcionando interpretação crítica para o avanço da ciência,
das artes e da tecnologia. No espelho acadêmico -científico atual, fortemente marcado pela competitividade expressa nos
ranqueamentos internacionais, a imagem que aparece não evidencia nuanças de consensos sobre educação como fator ético de
construção da cidadania.

Dominar os códigos e ter a capacidade de refletir sobre o mundo são requisitos instrumentais indispensáveis para estar incluído
na sociedade do conhecimento, ou seja, para adquirir status de cidadão no mundo moderno; mas os processos de ensino-
aprendizagem mostram dificuldade para assumir seu papel formador enquanto fomento ao debate, oportunidade de vivência e
produção de consensos no que diz respeito à construção de uma convivência cidadã sem exclusão.

O obstáculo, talvez, resida na discussão sobre os valores que hoje dão contornos para a pluralidade e diversidade cultural,
etnorracial, sexual, religiosa, socioeconômica e política, em nosso país. Libertos de uma educação eivada por um pensamento
dominante – que disseminava seu conteúdo de forma instrumental através de disciplinas centradas em uma moral ou uma forma
de civismo –, ainda é difícil trabalhar práticas e conteúdos que tratem da educação para a formação de cidadãos, como vêm
fazendo, por exemplo, a União Europeia, mais particularmente países com os quais temos muita proximidade, como Portugal e
Espanha.

Como o ano de 2013 foi eleito como o Ano Europeu dos Cidadãos, publicou-se um relatório (EACEA, 2012) sobre a forma como
vem sendo ministrada a disciplina “Educação para a cidadania” nos diferentes países do bloco.

(Extraído do Texto Educação para a cidadania, de José


Luís Bizelli. In: Desafios Contemporâneos da Educação, (ORGS.): Célia Maria David, Hilda Maria Gonçalves da Silva, Ricardo Ribeiro, Sebastião
de Souza Lemes. Editora: Cultura Acadêmica. 2015)

Ainda com relação ao texto, pode-se inferir que estão corretas as proposições:

Ⅰ ‒ É instigante pensar que uma escola possa servir de laboratório para a construção de uma convivência cidadã sem
exclusão.

Ⅱ‒ Embora seja difícil trabalhar práticas e conteúdos sobre cidadania, a escola deve fomentar o debate e oportunizar
diferentes vivências para educação cidadã.

Ⅲ ‒ Na escola, a imagem que aparece evidencia nuanças de consensos sobre educação como fator ético de construção da
cidadania.

Ⅳ ‒ A escola permite vivências possíveis através dos equipamentos urbanos — localizar-se, transportar-se, comprar,
vender, produzir, brincar, enfim, habitar.

Estão CORRETAS apenas:


a) II e IV.
b) I, II e III.
c) II, III e IV.
d) I e II.
e) II e III.
Esta questão não possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/807648

Questão 55: CEC - Peda (Araucária)/Pref Araucária/2008


Assunto:
O professor

PARA SER GRANDE, sê inteiro: nada


Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim como em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.

Ricardo Reis

O professor – eis o grande agente do processo educacional. A alma de qualquer instituição de ensino é o professor. Por mais que
se invista na equipagem das escolas, em laboratórios, bibliotecas, anfiteatros, quadras esportivas, piscinas, campos de futebol –
sem negar a importância de todo esse material –, tudo isso não se configura mais do que aspectos materiais se comparados ao

38 of 47 21/07/2019 00:01
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papel e à importância do professor.

Há quem afirme que o computador irá substituir o professor, que nesta era, em que a informação chega de muitas maneiras, o
professor perdeu sua importância. O computador nunca substituirá o professor. Por mais evoluída que seja a máquina, por mais
que a robótica profetize evoluções fantásticas, há um dado que não pode ser desconsiderado. A máquina reflete e não é capaz de
dar afeto, de passar emoção, de vibrar com a conquista de cada aluno. Isso é um privilégio humano.

Pode-se ter todos os poemas, romances ou dados no computador, como há nos livros, nas bibliotecas; pode até haver a
possibilidade de buscar informações pela Internet, cruzar dados num toque de teclas, mas falta a emoção humana, o olhar atento
do professor, sua gesticulação, a fala, a interrupção do aluno, a construção coletiva do conhecimento, a interação com a
dificuldade ou facilidade da aprendizagem.

Os temores de que a máquina possa vir a substituir o professor só atingem aqueles que não têm verdadeiramente a vocação do
magistério, os que são meros informadores desprovidos de emoção. Professor é muito mais do que isso. Professor tem luz própria
e caminha com pés próprios. Não é possível que ele pregue a autonomia sem ser autônomo; que fale de liberdade sem
experimentar a conquista da independência que é o saber; que ele queira que seu aluno seja feliz sem demonstrar afeto. E para
que possa transmitir afeto é preciso que sinta afeto, que viva o afeto. Ninguém dá o que não tem. O copo transborda quando
está cheio; o mestre tem de transbordar afeto, cumplicidade, participação no sucesso, na conquista de seu educando, o mestre
tem de ser o referencial, o líder, o interventor seguro, capaz de auxiliar o aluno em seus sonhos, seus projetos.

A formação é um fator fundamental para o professor. Não apenas a graduação universitária ou a pós-graduação, mas a formação
continuada, ampla, as atualizações e os aperfeiçoamentos. Não basta que um professor de matemática conheça profundamente a
matéria, ele precisa entender de psicologia, pedagogia, linguagem, sexualidade, infância, adolescência, sonho, afeto, vida. Não
basta que o professor de geografia conheça bem sua área e consiga dialogar com áreas afins como história; ele precisa entender
de ética, política, amor, projetos, família. Não se pode compartimentar o conhecimento e contentar-se com bons especialistas em
cada uma das áreas.

Para que um professor desempenhe com maestria a aula na matéria de sua especialidade, ele precisa conhecer as demais
matérias, os temas transversais que devem perpassar todas elas e, acima de tudo, conhecer o aluno. Tudo o que diz respeito ao
aluno deve ser de interesse do professor. Ninguém ama o que não conhece, e o aluno precisa ser amado! E o professor é capaz
de fazer isso.

(CHALITA, Gabriel. Educação: a solução está no afeto. São Paulo: Editora Gente, 2001, pp. 163-165)

Levando-se em consideração a coerência com as informações e com as idéias do texto, assinale (V) para verdadeiro e (F) para
falso para avaliar os comentários a seguir:

( ) Uma das principais idéias do texto é mostrar que, se temos um bom professor, não são importantes ou necessários
laboratórios, bibliotecas, anfiteatros, quadras esportivas, piscinas e campos de futebol.

( ) A máquina nunca será capaz de substituir o professor porque falta àquela a emoção, que é um privilégio humano.

( ) Segundo o autor, somente professores que não têm vocação para o magistério e que são meros informadores temem
serem substituídos pela máquina.

( ) De acordo com o texto, a condição para que um professor possa pregar autonomia é a de ser autônomo.

A sequência correta, de cima para baixo, é:


a) V–V–F–F
b) F–V–V–V
c) V–F–V–V
d) F–F–V–V
e) F–V–F–F
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Questão 56: CEC - Peda (Araucária)/Pref Araucária/2008


Assunto:
O professor

PARA SER GRANDE, sê inteiro: nada


Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim como em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.

Ricardo Reis

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O professor – eis o grande agente do processo educacional. A alma de qualquer instituição de ensino é o professor. Por mais que
se invista na equipagem das escolas, em laboratórios, bibliotecas, anfiteatros, quadras esportivas, piscinas, campos de futebol –
sem negar a importância de todo esse material –, tudo isso não se configura mais do que aspectos materiais se comparados ao
papel e à importância do professor.

Há quem afirme que o computador irá substituir o professor, que nesta era, em que a informação chega de muitas maneiras, o
professor perdeu sua importância. O computador nunca substituirá o professor. Por mais evoluída que seja a máquina, por mais
que a robótica profetize evoluções fantásticas, há um dado que não pode ser desconsiderado. A máquina reflete e não é capaz de
dar afeto, de passar emoção, de vibrar com a conquista de cada aluno. Isso é um privilégio humano.

Pode-se ter todos os poemas, romances ou dados no computador, como há nos livros, nas bibliotecas; pode até haver a
possibilidade de buscar informações pela Internet, cruzar dados num toque de teclas, mas falta a emoção humana, o olhar atento
do professor, sua gesticulação, a fala, a interrupção do aluno, a construção coletiva do conhecimento, a interação com a
dificuldade ou facilidade da aprendizagem.

Os temores de que a máquina possa vir a substituir o professor só atingem aqueles que não têm verdadeiramente a vocação do
magistério, os que são meros informadores desprovidos de emoção. Professor é muito mais do que isso. Professor tem luz própria
e caminha com pés próprios. Não é possível que ele pregue a autonomia sem ser autônomo; que fale de liberdade sem
experimentar a conquista da independência que é o saber; que ele queira que seu aluno seja feliz sem demonstrar afeto. E para
que possa transmitir afeto é preciso que sinta afeto, que viva o afeto. Ninguém dá o que não tem. O copo transborda quando
está cheio; o mestre tem de transbordar afeto, cumplicidade, participação no sucesso, na conquista de seu educando, o mestre
tem de ser o referencial, o líder, o interventor seguro, capaz de auxiliar o aluno em seus sonhos, seus projetos.

A formação é um fator fundamental para o professor. Não apenas a graduação universitária ou a pós-graduação, mas a formação
continuada, ampla, as atualizações e os aperfeiçoamentos. Não basta que um professor de matemática conheça profundamente a
matéria, ele precisa entender de psicologia, pedagogia, linguagem, sexualidade, infância, adolescência, sonho, afeto, vida. Não
basta que o professor de geografia conheça bem sua área e consiga dialogar com áreas afins como história; ele precisa entender
de ética, política, amor, projetos, família. Não se pode compartimentar o conhecimento e contentar-se com bons especialistas em
cada uma das áreas.

Para que um professor desempenhe com maestria a aula na matéria de sua especialidade, ele precisa conhecer as demais
matérias, os temas transversais que devem perpassar todas elas e, acima de tudo, conhecer o aluno. Tudo o que diz respeito ao
aluno deve ser de interesse do professor. Ninguém ama o que não conhece, e o aluno precisa ser amado! E o professor é capaz
de fazer isso.

(CHALITA, Gabriel. Educação: a solução está no afeto. São Paulo: Editora Gente, 2001, pp. 163-165)

Assinale a alternativa que contém um comentário INCORRETO em relação às informações e às idéias do texto:
a) O autor considera possível a substituição do professor pelos computadores em função do avanço da robótica.
b) Para o autor do texto, é preciso experimentar a conquista da independência para poder falar em liberdade.
c) O autor associa a conquista da independência ao saber.
d) O autor do texto se utiliza da imagem “Professor tem luz própria e caminha com pés próprios.” para mostrar, por exemplo,
que o professor, ao contrário da máquina, tem autonomia.
e) O autor associa as imagens “Ninguém dá o que não tem.” e “O copo transborda quando está cheio.” para mostrar que a
formação, entendida aqui num sentido amplo, é um fator fundamental para o professor.
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Questão 57: CEC - Peda (Araucária)/Pref Araucária/2008


Assunto:
O professor

PARA SER GRANDE, sê inteiro: nada


Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim como em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.

Ricardo Reis

O professor – eis o grande agente do processo educacional. A alma de qualquer instituição de ensino é o professor. Por mais que
se invista na equipagem das escolas, em laboratórios, bibliotecas, anfiteatros, quadras esportivas, piscinas, campos de futebol –
sem negar a importância de todo esse material –, tudo isso não se configura mais do que aspectos materiais se comparados ao
papel e à importância do professor.

Há quem afirme que o computador irá substituir o professor, que nesta era, em que a informação chega de muitas maneiras, o
professor perdeu sua importância. O computador nunca substituirá o professor. Por mais evoluída que seja a máquina, por mais
que a robótica profetize evoluções fantásticas, há um dado que não pode ser desconsiderado. A máquina reflete e não é capaz de

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dar afeto, de passar emoção, de vibrar com a conquista de cada aluno. Isso é um privilégio humano.

Pode-se ter todos os poemas, romances ou dados no computador, como há nos livros, nas bibliotecas; pode até haver a
possibilidade de buscar informações pela Internet, cruzar dados num toque de teclas, mas falta a emoção humana, o olhar atento
do professor, sua gesticulação, a fala, a interrupção do aluno, a construção coletiva do conhecimento, a interação com a
dificuldade ou facilidade da aprendizagem.

Os temores de que a máquina possa vir a substituir o professor só atingem aqueles que não têm verdadeiramente a vocação do
magistério, os que são meros informadores desprovidos de emoção. Professor é muito mais do que isso. Professor tem luz própria
e caminha com pés próprios. Não é possível que ele pregue a autonomia sem ser autônomo; que fale de liberdade sem
experimentar a conquista da independência que é o saber; que ele queira que seu aluno seja feliz sem demonstrar afeto. E para
que possa transmitir afeto é preciso que sinta afeto, que viva o afeto. Ninguém dá o que não tem. O copo transborda quando
está cheio; o mestre tem de transbordar afeto, cumplicidade, participação no sucesso, na conquista de seu educando, o mestre
tem de ser o referencial, o líder, o interventor seguro, capaz de auxiliar o aluno em seus sonhos, seus projetos.

A formação é um fator fundamental para o professor. Não apenas a graduação universitária ou a pós-graduação, mas a formação
continuada, ampla, as atualizações e os aperfeiçoamentos. Não basta que um professor de matemática conheça profundamente a
matéria, ele precisa entender de psicologia, pedagogia, linguagem, sexualidade, infância, adolescência, sonho, afeto, vida. Não
basta que o professor de geografia conheça bem sua área e consiga dialogar com áreas afins como história; ele precisa entender
de ética, política, amor, projetos, família. Não se pode compartimentar o conhecimento e contentar-se com bons especialistas em
cada uma das áreas.

Para que um professor desempenhe com maestria a aula na matéria de sua especialidade, ele precisa conhecer as demais
matérias, os temas transversais que devem perpassar todas elas e, acima de tudo, conhecer o aluno. Tudo o que diz respeito ao
aluno deve ser de interesse do professor. Ninguém ama o que não conhece, e o aluno precisa ser amado! E o professor é capaz
de fazer isso.

(CHALITA, Gabriel. Educação: a solução está no afeto. São Paulo: Editora Gente, 2001, pp. 163-165)

Assinale a alternativa que contém um comentário que está coerente com as informações e idéias do texto:
a) A principal idéia proposta pelo autor do texto é a de que o mais importante para um professor é a graduação universitária e
a pós-graduação, pois só assim ele conseguirá dar a sua aula.
b) Uma das idéias propostas pelo autor é a de que se um professor de matemática entender de psicologia, pedagogia,
linguagem, sexualidade, infância, adolescência, sonho, afeto, vida... ele não precisa conhecer profundamente a sua matéria para
poder ensinar.
c) Não é importante que um professor de geografia, por exemplo, conheça bem sua área e consiga dialogar com áreas afins
como história, desde que ele entenda de ética, política, amor, projetos e família.
d) A principal idéia do texto é mostrar que basta o professor ser um especialista em sua área de conhecimento para que possa
ensinar a contento.
e) O autor defende que é uma condição para o bom desempenho de um professor conhecer, além da sua própria matéria,
também as demais matérias, os temas transversais que devem perpassar todas elas e, acima de tudo, o aluno.
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Questão 58: CEC - Peda (Araucária)/Pref Araucária/2008


Assunto:
O professor

PARA SER GRANDE, sê inteiro: nada


Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim como em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.

Ricardo Reis

O professor – eis o grande agente do processo educacional. A alma de qualquer instituição de ensino é o professor. Por mais que
se invista na equipagem das escolas, em laboratórios, bibliotecas, anfiteatros, quadras esportivas, piscinas, campos de futebol –
sem negar a importância de todo esse material –, tudo isso não se configura mais do que aspectos materiais se comparados ao
papel e à importância do professor.

Há quem afirme que o computador irá substituir o professor, que nesta era, em que a informação chega de muitas maneiras, o
professor perdeu sua importância. O computador nunca substituirá o professor. Por mais evoluída que seja a máquina, por mais
que a robótica profetize evoluções fantásticas, há um dado que não pode ser desconsiderado. A máquina reflete e não é capaz de
dar afeto, de passar emoção, de vibrar com a conquista de cada aluno. Isso é um privilégio humano.

Pode-se ter todos os poemas, romances ou dados no computador, como há nos livros, nas bibliotecas; pode até haver a
possibilidade de buscar informações pela Internet, cruzar dados num toque de teclas, mas falta a emoção humana, o olhar atento

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do professor, sua gesticulação, a fala, a interrupção do aluno, a construção coletiva do conhecimento, a interação com a
dificuldade ou facilidade da aprendizagem.

Os temores de que a máquina possa vir a substituir o professor só atingem aqueles que não têm verdadeiramente a vocação do
magistério, os que são meros informadores desprovidos de emoção. Professor é muito mais do que isso. Professor tem luz própria
e caminha com pés próprios. Não é possível que ele pregue a autonomia sem ser autônomo; que fale de liberdade sem
experimentar a conquista da independência que é o saber; que ele queira que seu aluno seja feliz sem demonstrar afeto. E para
que possa transmitir afeto é preciso que sinta afeto, que viva o afeto. Ninguém dá o que não tem. O copo transborda quando
está cheio; o mestre tem de transbordar afeto, cumplicidade, participação no sucesso, na conquista de seu educando, o mestre
tem de ser o referencial, o líder, o interventor seguro, capaz de auxiliar o aluno em seus sonhos, seus projetos.

A formação é um fator fundamental para o professor. Não apenas a graduação universitária ou a pós-graduação, mas a formação
continuada, ampla, as atualizações e os aperfeiçoamentos. Não basta que um professor de matemática conheça profundamente a
matéria, ele precisa entender de psicologia, pedagogia, linguagem, sexualidade, infância, adolescência, sonho, afeto, vida. Não
basta que o professor de geografia conheça bem sua área e consiga dialogar com áreas afins como história; ele precisa entender
de ética, política, amor, projetos, família. Não se pode compartimentar o conhecimento e contentar-se com bons especialistas em
cada uma das áreas.

Para que um professor desempenhe com maestria a aula na matéria de sua especialidade, ele precisa conhecer as demais
matérias, os temas transversais que devem perpassar todas elas e, acima de tudo, conhecer o aluno. Tudo o que diz respeito ao
aluno deve ser de interesse do professor. Ninguém ama o que não conhece, e o aluno precisa ser amado! E o professor é capaz
de fazer isso.

(CHALITA, Gabriel. Educação: a solução está no afeto. São Paulo: Editora Gente, 2001, pp. 163-165)

A epígrafe citada pelo autor do texto é um trecho do poeta português Fernando Pessoa, aqui sob o heterônimo de Ricardo Reis. O
texto foi escrito em segunda pessoa do singular. Assinale a alternativa que contém este mesmo trecho em terceira pessoa do
singular:
a) PARA SER GRANDE, seja inteiro: nada Seu exagere ou exclua. Seja todo em cada coisa. Ponha quanto é No mínimo que
faz. Assim como em cada lago a lua toda Brilha, porque alta vive.
b) PARA SER GRANDE, sede inteiro: nada Vosso exagere ou excluais. Sede todo em cada coisa. Ponde quanto sois No mínimo
que fazeis. Assim como em cada lago a lua toda Brilha, porque alta vive.
c) PARA SER GRANDE, sejam inteiros: nada Seus exagerem ou excluam. Sejam todos em cada coisa. Ponham quanto são No
mínimo que fazem. Assim como em cada lago a lua toda Brilha, porque alta vive.
d) PARA SER GRANDE, sê inteiro: nada seu exagere ou exclua. Seja todo em cada coisa. Ponha quanto é No mínimo que faz.
Assim como em cada lago a lua toda Brilha, porque alta vive.
e) PARA SER GRANDE, seja inteiro: nada Teu exageres ou excluas. Sejas todo em cada coisa. Ponhas quanto é No mínimo
que fazes. Assim como em cada lago a lua toda Brilha, porque alta vive.
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Questão 59: CEC - Peda (Araucária)/Pref Araucária/2008


Assunto:
O professor

PARA SER GRANDE, sê inteiro: nada


Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim como em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.

Ricardo Reis

O professor – eis o grande agente do processo educacional. A alma de qualquer instituição de ensino é o professor. Por mais que
se invista na equipagem das escolas, em laboratórios, bibliotecas, anfiteatros, quadras esportivas, piscinas, campos de futebol –
sem negar a importância de todo esse material –, tudo isso não se configura mais do que aspectos materiais se comparados ao
papel e à importância do professor.

Há quem afirme que o computador irá substituir o professor, que nesta era, em que a informação chega de muitas maneiras, o
professor perdeu sua importância. O computador nunca substituirá o professor. Por mais evoluída que seja a máquina, por mais
que a robótica profetize evoluções fantásticas, há um dado que não pode ser desconsiderado. A máquina reflete e não é capaz de
dar afeto, de passar emoção, de vibrar com a conquista de cada aluno. Isso é um privilégio humano.

Pode-se ter todos os poemas, romances ou dados no computador, como há nos livros, nas bibliotecas; pode até haver a
possibilidade de buscar informações pela Internet, cruzar dados num toque de teclas, mas falta a emoção humana, o olhar atento
do professor, sua gesticulação, a fala, a interrupção do aluno, a construção coletiva do conhecimento, a interação com a
dificuldade ou facilidade da aprendizagem.

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Os temores de que a máquina possa vir a substituir o professor só atingem aqueles que não têm verdadeiramente a vocação do
magistério, os que são meros informadores desprovidos de emoção. Professor é muito mais do que isso. Professor tem luz própria
e caminha com pés próprios. Não é possível que ele pregue a autonomia sem ser autônomo; que fale de liberdade sem
experimentar a conquista da independência que é o saber; que ele queira que seu aluno seja feliz sem demonstrar afeto. E para
que possa transmitir afeto é preciso que sinta afeto, que viva o afeto. Ninguém dá o que não tem. O copo transborda quando
está cheio; o mestre tem de transbordar afeto, cumplicidade, participação no sucesso, na conquista de seu educando, o mestre
tem de ser o referencial, o líder, o interventor seguro, capaz de auxiliar o aluno em seus sonhos, seus projetos.

A formação é um fator fundamental para o professor. Não apenas a graduação universitária ou a pós-graduação, mas a formação
continuada, ampla, as atualizações e os aperfeiçoamentos. Não basta que um professor de matemática conheça profundamente a
matéria, ele precisa entender de psicologia, pedagogia, linguagem, sexualidade, infância, adolescência, sonho, afeto, vida. Não
basta que o professor de geografia conheça bem sua área e consiga dialogar com áreas afins como história; ele precisa entender
de ética, política, amor, projetos, família. Não se pode compartimentar o conhecimento e contentar-se com bons especialistas em
cada uma das áreas.

Para que um professor desempenhe com maestria a aula na matéria de sua especialidade, ele precisa conhecer as demais
matérias, os temas transversais que devem perpassar todas elas e, acima de tudo, conhecer o aluno. Tudo o que diz respeito ao
aluno deve ser de interesse do professor. Ninguém ama o que não conhece, e o aluno precisa ser amado! E o professor é capaz
de fazer isso.

(CHALITA, Gabriel. Educação: a solução está no afeto. São Paulo: Editora Gente, 2001, pp. 163-165)
Observe o trecho a seguir, retirado do texto:

Há quem afirme que o computador irá substituir o professor, que nesta era, em que a informação chega de muitas maneiras, o
professor perdeu sua importância. O computador nunca substituirá o professor.

Assinale a alternativa em que a reescrita deste trecho NÃO está de acordo com a norma culta:
a) Existe quem afirme que o computador irá substituir o professor, que nesta era, em que a informação chega de muitas
maneiras, o professor perdeu sua importância. O computador nunca substituirá o professor.
b) Existem os que afirmam que o computador irá substituir o professor, que nesta era, em que a informação chega de muitas
maneiras, o professor perdeu sua importância. O computador nunca substituirá o professor.
c) Há os que afirmam que o computador irá substituir o professor, que nesta era, em que a informação chega de muitas
maneiras, o professor perdeu sua importância. O computador nunca substituirá o professor.
d) Devem haver os que afirmem que o computador irá substituir o professor, que nesta era, em que a informação chega de
muitas maneiras, o professor perdeu sua importância. O computador nunca substituirá o professor.
e) Devem existir os que afirmem que o computador irá substituir o professor, que nesta era, em que a informação chega de
muitas maneiras, o professor perdeu sua importância. O computador nunca substituirá o professor.
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Questão 60: CEC - Peda (Araucária)/Pref Araucária/2008


Assunto:
O professor

PARA SER GRANDE, sê inteiro: nada


Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim como em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.

Ricardo Reis

O professor – eis o grande agente do processo educacional. A alma de qualquer instituição de ensino é o professor. Por mais que
se invista na equipagem das escolas, em laboratórios, bibliotecas, anfiteatros, quadras esportivas, piscinas, campos de futebol –
sem negar a importância de todo esse material –, tudo isso não se configura mais do que aspectos materiais se comparados ao
papel e à importância do professor.

Há quem afirme que o computador irá substituir o professor, que nesta era, em que a informação chega de muitas maneiras, o
professor perdeu sua importância. O computador nunca substituirá o professor. Por mais evoluída que seja a máquina, por mais
que a robótica profetize evoluções fantásticas, há um dado que não pode ser desconsiderado. A máquina reflete e não é capaz de
dar afeto, de passar emoção, de vibrar com a conquista de cada aluno. Isso é um privilégio humano.

Pode-se ter todos os poemas, romances ou dados no computador, como há nos livros, nas bibliotecas; pode até haver a
possibilidade de buscar informações pela Internet, cruzar dados num toque de teclas, mas falta a emoção humana, o olhar atento
do professor, sua gesticulação, a fala, a interrupção do aluno, a construção coletiva do conhecimento, a interação com a
dificuldade ou facilidade da aprendizagem.

Os temores de que a máquina possa vir a substituir o professor só atingem aqueles que não têm verdadeiramente a vocação do

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magistério, os que são meros informadores desprovidos de emoção. Professor é muito mais do que isso. Professor tem luz própria
e caminha com pés próprios. Não é possível que ele pregue a autonomia sem ser autônomo; que fale de liberdade sem
experimentar a conquista da independência que é o saber; que ele queira que seu aluno seja feliz sem demonstrar afeto. E para
que possa transmitir afeto é preciso que sinta afeto, que viva o afeto. Ninguém dá o que não tem. O copo transborda quando
está cheio; o mestre tem de transbordar afeto, cumplicidade, participação no sucesso, na conquista de seu educando, o mestre
tem de ser o referencial, o líder, o interventor seguro, capaz de auxiliar o aluno em seus sonhos, seus projetos.

A formação é um fator fundamental para o professor. Não apenas a graduação universitária ou a pós-graduação, mas a formação
continuada, ampla, as atualizações e os aperfeiçoamentos. Não basta que um professor de matemática conheça profundamente a
matéria, ele precisa entender de psicologia, pedagogia, linguagem, sexualidade, infância, adolescência, sonho, afeto, vida. Não
basta que o professor de geografia conheça bem sua área e consiga dialogar com áreas afins como história; ele precisa entender
de ética, política, amor, projetos, família. Não se pode compartimentar o conhecimento e contentar-se com bons especialistas em
cada uma das áreas.

Para que um professor desempenhe com maestria a aula na matéria de sua especialidade, ele precisa conhecer as demais
matérias, os temas transversais que devem perpassar todas elas e, acima de tudo, conhecer o aluno. Tudo o que diz respeito ao
aluno deve ser de interesse do professor. Ninguém ama o que não conhece, e o aluno precisa ser amado! E o professor é capaz
de fazer isso.

(CHALITA, Gabriel. Educação: a solução está no afeto. São Paulo: Editora Gente, 2001, pp. 163-165)

Observe o seguinte segmento de texto:

“Os temores de que a máquina possa vir a substituir o professor só atingem aqueles que não têm verdadeiramente a vocação do
magistério, os que são meros informadores desprovidos de emoção.”

Assinale a alternativa em que a reescrita deste segmento está de acordo com a norma culta:
a) Os temores que a máquina venha substituir o professor só atingem aqueles que não tem verdadeiramente a vocação de
magistério, os que são simples informadores desprovidos de emoção.
b) O temor de que a máquina venha a substituir o professor só atinge àqueles que não tem verdadeiramente, a vocação do
magistério, os que são meros informadores desprovidos de emoção.
c) O medo que a máquina possa vir a substituir o professor só atingem aqueles que não têm, verdadeiramente, a vocação
para o magistério, os que são meros informadores desprovidos de emoção.
d) Os medos de que a máquina venha a substituir os professores só atingem aqueles que não tem, verdadeiramente a
vocação do magistério, os que são meros informadores desprovidos de emoção.
e) Os temores de que a máquina possa vir a substituir o professor só atingem quem não tem, verdadeiramente, a vocação do
magistério, aquele que é simples informador desprovido de emoção.
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44 of 47 21/07/2019 00:01
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Psicologia

Questão 61: COPERVE-UFSC - Psico (UFSC)/UFSC/Educacional/2016


Assunto:
Os psicólogos têm sido cada vez mais solicitados a desenvolver trabalhos de educação sexual na escola. Um importante
documento norteador dessas atividades no âmbito da educação é o caderno intitulado “Orientação sexual” dos Parâmetros
Curriculares Nacionais. Com base nesse documento, analise as afirmativas abaixo e identifique as que sinalizam as capacidades
que os estudantes atendidos pelo trabalho de educação sexual devem desenvolver.

I. Compreender a busca de prazer como um direito e uma dimensão da sexualidade humana.

II. Conhecer seu corpo, valorizar e cuidar de sua saúde como condição necessária para usufruir do prazer sexual.

III. Desenvolver orientação sexual e identidade de gênero compatíveis com o sexo biológico.

IV. Reconhecer como construções culturais as características socialmente atribuídas ao masculino e ao feminino,
posicionando-se contra discriminações a eles associadas.

V. Identificar e expressar seus sentimentos e desejos, respeitando os sentimentos e desejos do outro.

Assinale a alternativa CORRETA.


a) Todas as afirmativas estão corretas.
b) Nenhuma afirmativa está correta.
c) Somente as afirmativas II e IV estão corretas.
d) Somente as afirmativas I, II, IV e V estão corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e V estão corretas.
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Questão 62: COPEVE UFMS - Psico (IF MS)/IF MS/2013


Assunto:
Mitjáns Martinez aponta o compromisso dos psicólogos que atuam na psicologia escolar e educacional para as transformações da
educação, alertando que se faz necessário uma reflexão sobre a própria prática científico-profissional e pela contínua
transformação desta, observando sua atualização e adequação às demandas de processos educativos mais sólidos. A atuação dos
psicólogos vinculados ao sistema educativo no país apresenta mudanças graduais na forma de atuação tradicional, ou seja,
formas de atuação que já têm uma história relativamente consolidada. Por outro lado, têm-se desenvolvido nas últimas décadas
formas de atuação profissional denominadas emergentes por apresentar uma configuração relativamente recente e estar ainda
pouco difundida.

Entre essas formas de atuação profissional emergentes, encontra-se a:


a) Orientação profissional.
b) Participação na construção, acompanhamento e avaliação da proposta pedagógica da escola.
c) Orientação a alunos e pais.
d) Avaliação, diagnóstico, atendimento e encaminhamento de alunos com dificuldades escolares.
e) Educação sexual.
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Questão 63: COVEST-COPSET - Psico (UFRPE)/UFRPE/2012


Assunto:
Em relação à melhoria de saúde e da qualidade de vida de jovens vivendo com HIV AIDS, deve-se:

1) garantir espaços coletivos de interlocução para tratar de assuntos de interesse do adolescente.

2) criar um processo continuado de educação sexual, com a participação de profissionais capacitados para orientação e
aconselhamento.

3) quanto à adesão, negociar um plano de tratamento, para o qual não é necessário o envolvimento e o compromisso do
adolescente. Basta que os profissionais de saúde conscientizem a família dos jovens da necessidade de tratamento.

Está(ão) correta(s):
a) 1, 2 e 3.
b) 1, apenas.
c) 2, apenas.
d) 3, apenas.
e) 1 e 2, apenas.

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Gabarito
1) A 2) A 3) E 4) D 5) D 6) B 7) A
8) C 9) B 10) E 11) A 12) A 13) E 14) D
15) C 16) E 17) D 18) B 19) C 20) E 21) A
22) C 23) B 24) A 25) A 26) B 27) D 28) A
29) A 30) C 31) A 32) D 33) A 34) D 35) C
36) D 37) B 38) B 39) C 40) D 41) C 42) D
43) A 44) B 45) D 46) B 47) D 48) B 49) C
50) A 51) A 52) E 53) A 54) D 55) B 56) A
57) E 58) A 59) D 60) E 61) D 62) B 63) E

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