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BCK-0104 1
A equação de Schrödinger. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
O poço quadrado infinito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
O poço quadrado finito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
1 A equação de Schrödinger.
Um elétron que se encontre na região entre as duas grades G não experimenta nenhuma força, já que as grades
estão aterradas. Nas regiões entre as grades G e os eletrodos C, porém, existe um campo elétrico cuja intensidade
depende do valor da tensão V .
Quando V é pequena, o gráfico da energia potencial do elétron en função de x apresenta "paredes" pequenas e
com uma inclinação suave. Quando V é grande, as paredes são altas e ímgrimes, tornando-se impenetráveis quando
V → ∞.
• No limite, a energia potencial tem o aspecto da seguinte figura.
• Aqui vemos que de acordo à mecânica quântica, apenas os valores dados pela eq.(10) fornecem soluções "bem-
comportadas" da equação de Schrödinger. Na mecânica clássica, a energia da partícula pode ter qualquer valor.
• A constante A na eq.(7) é determinada pela condição de normalização. Vejamos que nesse caso
∞
ψ ∗n ψ n dx = 1
−∞
L
nπ nπ
A sin x A sin x = 1
0 L L
L
nπ
A2 sin2 x = 1
0 L
resolvendo esta integral obtemos
1/2
2
An =
L
que nao depende de n, assim a solução para a equação de Schrödinger independente do tempo, é
2 nπ
ψ (x) = sin x com n = 1, 2, 3, ..
L L
• Vejamos as gráficas das funções de onda e das distribuições de probabilidade para os estados de menores energias.
Vejamos que os máximos são 2/L e 2/L, respectivamente.Aqui ψ n (x) e Pn (x), são definidas entre −∞ e ∞,
mas diferentes de zero apenas entre 0 < x < L.
• Por último, para terminar com o poço quadrado infinito, a função de onda total do sistema, de acordo à eq.(??),
inclui a variação temporal. Assim a Função de Onda Completa seria
Ψ (x, t) = ψ (x) φ (t) = ψ (x) e−iξt/
o que resulta em
2 nπ
Ψ (x, t) = sin x e−iξt/
L L
• Problemas que são independente do tempo são geralmente resolvidos analisando regiões do espaço de forma separada.
Neste caso temos três regiões x < 0, 0 < x < L e x > L.
(a) No interior do poço, 0 < x < L, temos V (x) = 0, e a equação de Schrödinger independente do tempo se
reduz a
2 2
d ψ (x) d2 ψ (x)
− 2
= ξψ (x) ⇒ 2
+ k 2 ψ (x) = 0
com 2m dx dx
2mξ p2
k2 = 2 = 2
e a solução mais geral desta equação é
ψ (x) = A1 sin (kx) + A2 cos (kx) (11)
onde A1 e A2 são constantes. Neste caso não é necessário que a função de onda seja nula nos extremos,
como no poço quadrado infinito (pois agora o potencial não é infinito nos extremos). Aqui as condições de
contorno são que as funções ψ (x) e ψ ′ (x) sejam contínuas nos pontos em que há mudança de potencial
(notação: ψ ′ = dψ/dx).
(b) De lado de fora do poço, onde x < 0 e x > L, e o potencial é V (x) = V0 , a equação de Schrödinger
independente do tempo (note que estamos analisando duas regiões simultaneamente)
2 2
d ψ (x)
− + V0 ψ (x) = ξψ (x)
2m dx2
toma a forma
2 2
d ψ (x)
− + (V0 − ξ) ψ (x) = 0
2m dx2
d2 ψ (x) 2m
− 2 (V0 − ξ) ψ (x) = 0
dx2
d2 ψ (x)
− α2 ψ (x) = 0 (12)
dx2
onde
2m
α2 = 2 (V0 − ξ) (13)
Dado que partimos no caso em que ξ < V , temos que α2 = 2m/ 2 (V0 − ξ) > 0.
A solução mais geral da equação de Schrödinger para x < 0 e x > L, é da forma
ψ (x) = B1 eαx + B2 e−αx (14)
onde B1 e B2 são constantes. A condição de que ψ → 0 quando x → −∞, o primeiro termo do lado direito
da eq.(14) vai para zero quando o segundo vai para +∞, isto implica deve ser B2 = 0 para x < 0. Da mesma
(a) Vamos considerar primeiro a solução par ao interior do poço, ψ (x) = A2 cos (kx), (lembre que a função co-seno
e par e a função seno e ímpar)
Em x = 0, temos que para que ψ seja contínua
A2 cos (k0) = B1 e−α0 (18a)
A2 = B1 (18b)
′ −αx
e para que a ψ seja contínua −kA2 sin (kx) = αB1 e , onde calculada para x = 0 não temos maior
informação.
Em x = L, temos que para que ψ seja contínua
A2 cos (kL) = B2 e−αL (19)
′
e para que a ψ seja contínua
−kA2 sin (kL) = −αB2 e−αL (20)
A figura mostra duas curvas diferentes para α/k, para dois valores diferentes do potencial V0 (na gráfica pense em
a ∼ L) . O valor do potencial em cada caso é dado pelo valor de kL para o qual α/k = 0. Os valores permitidos
para ξ são dado pelos valores de kL nas interseções das curvas de α/k com as curvas de tan (kL) e − cot (kL).
• Vamos analisar um pouco mais estas condições (ou restrições) de contorno ou fronteiras, e que sempre nos dão as
últimas informações da equação de Schrödinger.
Aqui vemos que as funções de onda para os estados em que ξ < V , são senoidais dentro do poço e exponenciais
fora dele. Devemos usar o expoente positivo para a região em que x < 0 e o expoente negativo para a região em
que x > L, Sem essa escolha das constantes, ψ tenderia para o infinito quando |x| se aproximasse do infinito e a
condição de normalização dada pela equação
∞
Ψ∗ (x, t) Ψ (x, t) dx = 1
−∞
não poderia ser satisfeita. Isto equivale a utilizar a condição
ψ → 0 quando x → ±∞.
Devemos também obrigar a função a obedecer às condições de contorno, onde exigimos que as funções de ψ e