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CONTROLE DE

CONSTITUCIONALIDADE

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ÍNDICE
1.  INTRODUÇÃO AO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE........................... 4

2.  PRESSUPOSTOS DO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE.......................7

3.  SISTEMA BRASILEIRO DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE.............9


Controle Difuso de Constitucionalidade................................................................................................................. 9

4.  CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE.............................11


Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIn) .................................................................................................... 11
Ação Declaratória de Constitucionalidade..........................................................................................................12

5.  AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE E AÇÃO DECLARATÓRIA


DE CONSTITUCIONALIDADE...........................................................................................14
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental ......................................................................14
Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADin por Omissão)....................................15
ADIN por Omissão.................................................................................................................................................................15
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INTRODUÇÃO
AO DIREITO DE
CONSTITUCIONALIDADE
1.  Introdução ao Controle de Constitucionalidade
É um mecanismo que existe para curar um defeito do ordenamento jurídico, de forma
que se mantenha a harmonia entre a Constituição e as outras normas infraconstitucionais,
isto é, combate as inconstitucionalidades, que podem ser de dois tipos, ação ou omissão,
conforme se depreende do quadro esquema abaixo:

​Classificações do Controle de Constitucionalidade

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PRESSUPOSTOS
DO CONTROLE DE
CONSTITUCIONALIDADE
2.  Pressupostos do Controle de Constitucionalidade
"" Pressupostos

• Supremacia da Constituição

Nada e nem ninguém pode contrariar a Constituição Federal, pelo que todo o ordenamento
deve estar em conformidade com a Carta Magna.

• Rigidez constitucional

As normas da Constituição são alteráveis mediante procedimento mais rígido, com


quórum qualificado. A nossa Carta da República de 1988 pode ser classificada como
super rígida, pois, prevê procedimento especial para alteração da Constituição, mas
reserva a inalterabilidade das cláusulas pétreas (forma Federativa de Estado; voto direto,
secreto, universal e periódico; Separação dos Poderes; Direitos e Garantias Individuais).

Constituição Federal, Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:

I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;

II - do Presidente da República;

III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada
uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
§ 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa
ou de estado de sítio.
§ 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos,
considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.
§ 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado
Federal, com o respectivo número de ordem.
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.
§ 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser
objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.

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SISTEMA BRASILEIRO
DE CONTROLE DE
CONSTITUCIONALIDADE
3.  Sistema Brasileiro de Controle de Constitucionalidade
No Brasil, adotou-se o modelo misto, existindo tanto o Controle Difuso quanto o Controle
Concentrado. O controle difuso, via de regra, pressupõe caso concreto, podendo ser
julgado por qualquer juiz, inclusive por ministros do STF. Isso significa, o Supremo Tribunal
Federal exerce TAMBÉM Controle Difuso de Constitucionalidade. Ademais, o controle
difuso é o único acessível a pessoa comum, diferente do concentrado que está vinculado
aos constitucionalmente legitimados.

Controle Difuso de Constitucionalidade


• Objeto: toda e qualquer norma editada após a Constituição Federal de 1988;

• Competência: todo e qualquer magistrado;

• Legitimidade: toda e qualquer pessoa, desde que tenha capacidade;

• Quórum: se for primeiro grau, o próprio juiz da causa. Se for uma Corte,
deve respeitar a cláusula de reserva de plenário, pelo que toda vez que julgar
inconstitucional uma norma, deve haver o Tribunal inteiro reunido, ou do órgão
especialmente designado. Órgãos fracionários somente podem se manifestar
sobre a inconstitucionalidade de norma quando o STF, o pleno, ou o órgão
especial já tiverem se manifestado sobre a matéria;

Efeitos da Declaração de Inconstitucionalidade: ex tunc, ou seja os efeitos retroagem


no tempo ao ato entendido inconstitucional; também tem efeito interpartes, ou seja,
somente vale entre as partes no processo. Destaca-se que, por força do artigo 52, inciso
X, da CF 1988, após julgar inconstitucional uma norma em sede de controle difuso, o STF
oficia o Senado Federal para que, no exercício de seus poderes discricionários, suste a
norma inconstitucional.

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CONTROLE
CONCENTRADO DE
CONSTITUCIONALIDADE
4.  Controle Concentrado de Constitucionalidade
Não há caso concreto subjacente, sendo a discussão da constitucionalidade da norma o tema
central do debate. Também, é julgado por um único Tribunal, no caso o STF e em alguns casos
específicos os Tribunais de Justiça.

E quais são os casos que somente o STF pode analisar?

Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIn)


• Objeto: leis e atos normativos federais, estaduais e distritais editados após a
Constituição Federal de 1988. Atenção, atos normativos municipais não estão
submetidos ao controle por meio de ADin;

• Competência: Supremo Tribunal Federal, unicamente;

• Legitimidade Ativa: artigo 103, da Constituição Federal. São eles: o Presidente da


República, Mesa do Senado Federal, Mesa da Câmara dos Deputados, Mesa da
Assembleia Legislativa dos Estados ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal,
Governador dos Estados ou do DF, Procurador Geral da República, Conselho
Federal da OAB, Partido Político com representação no Congresso Nacional,
Confederação Sindical, ou entidade de classe de âmbito nacional.

• Quórum: quem decide sobre a constitucionalidade é o STF pela maioria absoluta


de seus membros (6 ministros dos 11 que compõe o pleno);

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• Efeitos: opera efeitos erga omnes e é vinculante, ou seja, vincula o Judiciário e a
Administração Pública;

• Efeitos Temporais: em regra os efeitos são ex tunc, em decorrência da teoria


da nulidade do ato inconstitucional. Entretanto, se houver questões envolvendo
segurança jurídica ou interesse social relevante, poderá o STF modular os efeitos,
tornando o efeito ex nunc.

Lei n. 9868/1999, Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista
razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por
maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só
tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.

Ação Declaratória de Constitucionalidade


Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC)

• Objeto: leis ou ato normativos federais, editados após a CF1988, que tem a
constitucionalidade recorrentemente arguida;

• Competência: STF;

• Legitimidade Ativa: igual a ADin (artigo 103 da CF), inclusive no tocante aos
legitimados universais e especiais;

• Efeitos: erga omnes, vinculante, em regra ex tunc com possibilidade de modulação


(igual ADin);

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AÇÃO DIRETA DE
INCONSTITUCIONALIDADE
E AÇÃO DECLARATÓRIA DE
CONSTITUCIONALIDADE
5.  Ação Direta de Inconstitucionalidade e Ação Declaratória
de Constitucionalidade
Existe diferença entre ADin e ADC? A ADC tem objeto mais restrito, vez que somente
pode atacar lei federal. Entretanto, verifica-se o efeito ambivalente de ambas as ações,
que melhor pode ser explicado pela tabela abaixo:

Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental


Lei n. 9.882/1999

• Objeto: leis e atos normativos federais, estaduais, distritais e municipais, inclusive


anteriores à Constituição Federal de 1988, que ofenda ou ofereça risco à preceito
fundamental. Por ser a Ação Constitucional mais genérica, vige o princípio da
subsidiariedade;

• Competência: STF;

• Legitimidade Ativa: Igual Adin e ADC. Artigo 103, da Constituição Federal. São
eles: o Presidente da República, Mesa do Senado Federal, Mesa da Câmara dos
Deputados, Mesa da Assembleia Legislativa dos Estados ou da Câmara Legislativa
do Distrito Federal, Governador dos Estados ou do DF, Procurador Geral da
República, Conselho Federal da OAB, Partido Político com representação no
Congresso Nacional, Confederação Sindical, ou entidade de classe de âmbito
nacional.

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• Efeitos: os efeitos são idênticos, porém com fundamento em outra legislação (Lei
n. 9.882/1999). Assim, é erga omnes, vinculante, são ex tunc com possibilidade
de modulação de efeitos (artigo 11 da Lei n. 9.882/1999)

Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADin por Omissão)


• Objeto: FALTA de lei ou ato normativo que regulamente norma constitucional de
eficácia limitada;

• Competência: STF;

• Legitimidade Ativa: idêntica à ADin (Artigo 103, da Constituição Federal);

• Efeitos: efeito mandamental, expedindo ofício ao órgão competente para


elaboração do ato normativo, oferecendo 30 dias ou outro prazo razoável para
cumprimento.

ADIN por Omissão


Controle Estadual de Constitucionalidade

• Objeto: Leis ou atos normativos municipais ou estaduais em face da Constituição


Estadual;

• Competência: Tribunal de Justiça do Estado;

• Legitimados Ativos: a Constituição Federal é silente, preconizando tão somente


que cabe aos Estados estabelecer em suas Constituições os legitimados, devendo
ser mais de um único ente.

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Constituição Federal. Art. 125, § 2º. Cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade
de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, vedada a atribuição
da legitimação para agir a um único órgão.

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CONTROLE DE
CONSTITUCIONALIDADE

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