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POLÍCIA MILITAR
QUARTEL DO COMANDO GERAL
BOLETIM GERAL
COLÉGIO DA POLÍCIA MILITAR É DESTAQUE NOS JOGOS ESCOLARES 2019
1ª P A R T E
I – Serviços Diários
Fone: 99800-4323
Fone: 99642-0566
Fone: 99788-9385
2ª P A R T E
II – Instrução
1.0.0. DIRETORIA DE ENSINO, INSTRUÇÃO E PESQUISA
3ª P A R T E
III – Assuntos Gerais e Administrativos
Sd PM Mat. 122937-0, Bárbara Gizelly Gonçalves dos Santos - Retirada do termo “Sub
Judice” de seus registros na Corporação, em cumprimento da Decisão Terminativa proferida nos
autos do Processo nº 000011905-03.2010.8.17.0810 com trânsito em julgado em 15/09/2014.
Despacho deste Diretor: - Deferido, conforme cópia da Certidão assinada pelo Sra. Marília
Garcia C. de Albuquerque, Mat. 186.473-4, Analista Judiciária da 2ª Vara da Fazenda Pública
da Comarca de Jaboatão dos Guararapes do Tribunal de Justiça de Pernambuco. (SEI nº
3900009189.000273/2019-86). (Nota nº 3757831).
Lúcia Vanni Cavalcanti Galindo Miranda, Mat. 980128-6, Médica, Símbolo MED
admitida nesta Corporação em 15/07/1998, nascida em 30/11/1963, lotada no Centro Médico
Hospitalar da Polícia Militar de Pernambuco – CMH/PMPE - Solicitação de Abono de Permanência.
Despacho: - Deferido, a contar de 24/07/2019, sem qualquer atualização ou acréscimo dos
valores retroativos a serem pagos, com fundamento nas Regras de Transição da Emenda
Constitucional nº 47 no seu artigo 3º de 2005, c/c o Art. 41, Incisos I, II, III, alíneas “a” e “b”, §
1º, Inciso I e II da LCE nº 28 de 14.01.2000, com redação dada pela LCE nº 58 de 02.07.2004,
baseado no Art. 40, § 19 da Constituição Federal de 1988 (o servidor que cumprir os requisitos
deste artigo e optar pela permanência no serviço, fará jus ao abono de permanência no valor de
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Nº 5250, de 18/10/2019
R E S O L V E:
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Nº 5251, de 18/10/2019
R E S O L V E:
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Nº 5255, de 18/10/2019
R E S O L V E:
decênio, do Cabo PM Eduardo Paulo Monteiro de Carvalho, matrícula nº 105389-2, a qual foi
concedida através da Portaria GAB/SDS n° 4261, de 08 de agosto de 2019, publicada no BG nº 151
de 10 de agosto de 2019, ficando 01 (um) mês e 07 (sete) dias para gozo posterior, conforme
processo SEI nº 3900000062.001491/2019-90. ANTÔNIO DE PÁDUA VIEIRA CAVALCANTI -
Secretário de Defesa Social.
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Nº 5256, de 18/10/2019
R E S O L V E:
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Nº 5258, de 18/10/2019
R E S O L V E:
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Nº 5263, de 18/10/2019
R E S O L V E:
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Nº 5283, de 18/10/2019
R E S O L V E:
Tornar sem efeito as Portarias SDS nº 5053 e 5054, de 27/09/2019, publicadas no BGSDS
nº 192 de 08/10/2019, referente a Soldado PM Mayra Torquia Silva, matricula 113084-6, e ao
Escrivão de Polícia Civil Jeylson Nascimento Torres de Santana, matricula 272859-1, por haver
saído em duplicidade através das Portarias SDS nº 4522 e 4523, de 02/09/2019, publicadas no
BGSDS nº 167, de 03/09/2019. ANTONIO DE PÁDUA VIEIRA CAVALCANTI - Secretário de
Defesa Social.
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Nº 5284, de 18/10/2019
R E S O L V E:
Publicar a relação de efetivo por 100 mil habitantes, estabelecendo o ranking entre as
OME com base nas informações disponíveis no sistema SAD/RH e ranking elaborado pelo
NGR/SDS com o número de Crimes Violentos Letais Intencionais – CVLI registrados nas Áreas
Integradas de Segurança - AIS no mês de agosto de 2019:
CVLI
Rel. Pol.
Efetivo Total Ranking AIS Ranking
AIS OME Local por 100mil/
PM Populacional Efetivo (Mar a CVLI AIS
hab.
Ago)
LEGENDA
Coluna "Ranking Efetivo": apresenta a posição das 37 OMEs no tocante a relação efetivo
por população. De acordo com a Portaria SDS 4453, 03/09/2015, republicada no BG SDS 175, de
17/09/2015, as 6 primeiras colocadas nesse ranking não podem ganhar efetivo (Art. 7º, I), enquanto
as 6 últimas colocadas não podem perder (Art. 7º, II). A portaria ainda afirma que estão vedadas
transferências de OME piores posicionadas no ranking para outras melhores posicionadas (Art. 7º,
III). O disposto no inciso I do artigo 7º não se aplica ao efetivo do 16º BPM (Art. 7º, Parágrafo
único), acrescido pela Portaria 2.415 de 14/07/2016.
Coluna "Ranking CVLI AIS": apresenta a posição das 26 AISs em relação as maiores
ocorrências de CVLI, em números absolutos, nos últimos 6 meses. De acordo com a Portaria SDS
4453, de 03/09/2015, republicada no BG SDS 175, de 17/09/2015, as 6 primeiras não podem perder
efetivo (Art. 8º). Esta coluna possui algumas OMEs com a mesma classificação pois ela se refere a
AIS e não a OME.
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6 piores AISs
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Nº 5344, de 21/10/2019
R E S O L V E:
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Nº 5345, de 21/10/2019
R E S O L V E:
Art. 2º Fica revogada a Portaria 453/SDS, publicada no Diário Oficial do Estado nº 023,
de 02/02/2017.
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. ANTONIO DE PÁDUA
VIEIRA CAVALCANTI - Secretário de Defesa Social.
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Nº 5347, de 21/10/2019
R E S O L V E:
Dispensar o Ten Cel PM Joseny Bernardino dos Santos, mat. 9204482/DS, da Função
Gratificada de Supervisão 1, símbolo FGS-1, da Polícia Militar de Pernambuco/SDS, a contar de 1º de
novembro de 2019.
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Nº 5348, de 21/10/2019
R E S O L V E:
Designar o Maj PM Flávio Márcio da Silva, mat. 9204784/DS para a Função Gratificada
de Supervisão 1, símbolo FGS-1, da Polícia Militar de Pernambuco/SDS, a contar de 1º de novembro
de 2019.
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Nº 5349, de 21/10/2019
R E S O L V E:
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Nº 5350, de 21/10/2019
R E S O L V E:
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Nº 5351, de 21/10/2019
R E S O L V E:
Designar o Maj PM Gustavo Sampaio de Souza Leão, mat. 9800689/DS, para a Função
Gratificada de Supervisão 2, símbolo FGS-2, da Polícia Militar de Pernambuco/SDS, a contar de 1º de
novembro de 2019.
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Nº 5352, de 21/10/2019
R E S O L V E:
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Nº 5353, de 21/10/2019
R E S O L V E:
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BOLETIM GERAL Nº A 1.0.00.0 203 14
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Nº 5354, de 21/10/2019
R E S O L V E:
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Nº 5355, de 21/10/2019
R E S O L V E:
Dispensar o1º Sgt PM Agislaine Flôr de Lima, mat. 1064010/CPP, da Função Gratifi cada
de Supervisão 2, símbolo FGS-2, da Polícia Militar de Pernambuco/SDS, a contar de 31 de outubro de
2019.
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Nº 5356, de 21/10/2019
R E S O L V E:
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Nº 5359, de 21/10/2019
R E S O L V E:
Atribuir ao Cabo PMPE Hugo Leonardo Pedroza da Silva, mat. nº 109038-0, a Função
Gratificada de Apoio 1, símbolo FGA-1, da Unidade de Apoio ao Gabinete, da GAA/SAF/SDS,
ficando dispensado o Cabo PM George Carlos de Sousa Melo, mat. 107928-0, a contar de 01 de
novembro de 2019.
5.1.1. Erratas
Na Portaria nº 4650/SDS, de 10/09/2019 publicada no DOE 175, de 13/09/2019, referente
ao Major PM Jorge José de Souza Barbosa, mat. 910102-0,
Onde se lê:
Função Gratificação de Supervisão 3, símbolo FGS-3,
Leia-se:
Função Gratificação de Supervisão 2, símbolo FGS-2.
(Transcrita do DOE nº 203, de 23 OUT 2019)
8.1.0. Relação dos Sócios do COPM/CBMPE com direito a voto e respectiva Seção
Eleitoral
Destacamos o contido no art 9º, Paragrafo Único, da referida Norma, dispositivo que
estabelece a faculdade do sócio em requerer à COREGA, a transferência do seu local de votação até
o prazo limite de 29/10/19.
SEDE 14º BPM – Rua Dois, s/nº – Vila COHAB – Serra Talhada
SEÇÃO 09
RRCBM CARLOS ANTONIO BEZERRA MARTINS
PM CARLOS AUGUSTO DE FRANCA
PM CARLOS JOSE TAVARES BEZERRA
RRPM CARLOS NEY RIBEIRO
CBM CARLOS ROBERTO DE SOUZA JUNIOR
CBM CHARLES WESLEY ALVES COSTA
PM CLODOALDO JOSE DA SILVA
RRPM FERNANDO GONÇALVES DOS SANTOS
PM FLAVIO DA SILVA FRANCA
RRPM GERSON JERONIMO GOMES PARISIO
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4ª P A R T E
IV – Justiça e Disciplina
1.0.0. DISCIPLINA
PARECER
Em cumprimento à determinação do Sr. Comandante Geral da PMPE, foi apreciado o
Requerimento encaminhado pelo Sr. José Rubem Uchôa de Carvalho, portador da cédula de
identidade de nº 2.672.354 SDS - PE e CPF/MF nº 492.367.334-68, residente na Rua Doze, nº 160,
V Etapa, Rio Doce, Olinda-PE, o qual requer a anulação do Ato Administrativo de seu
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Licenciamento "a pedido" da Corporação e que conceda a sua reinclusão nos quadros da Polícia
Militar de Pernambuco.
Embora o requerente tenha alegado em seu requerimento que foi licenciado ex offício,
verificou-se, após consulta em seus assentamentos na Pasta nº 20124, no Setor de Arquivo Geral da
PMPE, que o ex-militar estadual ingressou na PMPE em 26 de fevereiro de 1986 e foi licenciado a
pedido, nos termos do inciso I, § 1º, alínea "a" do Art. 109, da Lei Estadual nº 6.783/74, conforme
tornou-se público através do Boletim Geral da PMPE nº 067, de 11 de março de 1986.
Neste contexto, observa-se que o ato administrativo do Licenciamento “a pedido” do
Requerente foi pautado na sua livre vontade, posto que ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer
algo, senão em virtude da lei, como estabelece o Princípio da Legalidade no art. 5º, inciso II, da
Constituição Federal.
Outrossim, no requerimento impetrado pelo ex-policial militar, não houve qualquer
alegação de nulidade do processo que resultou no seu desligamento da PMPE e não apresentou,
devidamente comprovado nestes autos, nenhum elemento fático jurídico novo que vislumbre a
conveniência e/ou oportunidade de se instaurar Processo Administrativo Disciplinar de anulação do
ato administrativo de seu Licenciamento "a pedido" das fileiras da Corporação.
Infere-se ainda, que o ato administrativo produzido pelo Comandante Geral à época em
destaque, transcorreu pautado em obediência e homenagem aos princípios constitucionais da
legalidade, impessoalidade, publicidade, dentre outros, sendo publicado no Boletim Geral da
Corporação, conforme estabelece o parágrafo único do Art. 87 da Lei nº 6.783/74 – Estatuto dos
Policiais Militares do Estado de Pernambuco:
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PMPE.
RELATÓRIO
1 – PARTE INTRODUTÓRIA
Em cumprimento à determinação do Sr. Comandante Geral da PMPE, seguindo o que
preconiza a Portaria da DGP/PMPE, no 041, de 10 de março de 2016 (Regimento Interno dos
Grupos de Trabalho de Análise e Parecer de Requerimentos de Ex-PMs), publicado no BI/DGP, no
149, de 10 de agosto de 2016, foi recebido e autuado o Requerimento encaminhado pelo ex-Policial
Militar Ademilson José da Silva, portador da cédula de identidade de nº 3.332.174 SDS - PE e CPF/
MF nº 620.318.484-53, residente na Rua José da Silva, nº 19, cidade dos Calibris, João Pessoa - PB,
o qual requer: A ABERTURA DE PROCESSO REVISIONAL ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR
e sua REINTEGRAÇÃO NAS FILEIRAS DA PMPE.
2 – PARTE EXPOSITIVA
DO PLEITO
O Requerente solicita a anulação do ato administrativo de Licenciamento ex-officio das
fileiras da Polícia Militar do Estado de Pernambuco e em consequência que seja procedida a sua
reinclusão na Corporação, alegando que o ato administrativo que o licenciou ex-officio, feriu os
princípios do contraditório e da ampla defesa, sem o devido Processo Administrativo Disciplinar,
fundamentando o seu pedido nos termos dos artigos 31, 39 e 40 da Lei n.º 11.817/2000, do Código
Disciplinar do Militares do Estado de Pernambuco, in verbis:
Art. 31. O Governador do Estado, o Secretário de Defesa Social ou os
Comandantes Gerais das Corporações Militares Estaduais poderão, atendendo
requerimento do interessado ou “ex-offício” conceder a reabilitação do militar
licenciado ou excluído a bem da disciplina, desde que devidamente comprovado, em
grau de recurso administrativo, ter ocorrido ilegalidade ou injustiça no processo
disciplinar que ensejar a aplicação daquelas penas.
Parágrafo Único – A reabilitação prevista neste artigo deverá ser
publicada no Boletim Geral da Corporação, descrevendo-se os atos administrativos
anulados, e ensejará a reinclusão do militar, desde que não haja nenhuma lide
judicial em curso com a mesma finalidade.
Art. 39. A modificação da aplicação de pena pode ser realizada pela
autoridade que a aplicou, por autoridade superior ou pelas Comissões Recursais,
quando se tomar conhecimento de fatos que recomendem tal procedimento.
§ 3º As modificações de aplicação de pena são:
I - Anulação;
Art. 40. A anulação de pena consiste em tornar sem efeito a publicação
da mesma.
§ 2º A anulação poderá ocorrer nos seguintes prazos:
I - em qualquer tempo e em quaisquer circunstâncias pelas autoridades
especificadas nos incisos I e II, do art. 10, deste Código; e
Ressalte-se que a análise da admissibilidade do requerimento tem condão nos termos do
Art. 65 da Lei nº 11.781/2000, que Regula o Processo Administrativo no âmbito da Administração
Pública Estadual, requisitos norteadores a uma revisão do Processo Administrativo de
Licenciamento ex-officio da Corporação, desde que apresente fatos novos ou circunstâncias
relevantes suscetíveis justificadoras à inadequação da sanção aplicada. E por se tratar de anulação do
ato administrativo sancionador, albergou o pedido nos termos do artigo 5º, LV, da Constituição
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RDPM
TÍTULO V
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Capítulo XI
APRESENTAÇÃO DE RECURSOS
CAPÍTULO II
DO PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO
Art. 76. A quem deu parte assiste o direito de pedir à respectiva
autoridade, dentro de dois dias úteis, pelos meios legais, a reconsideração de sua
decisão, não podendo o pedido ficar sem despacho.
§ 1º Deve também pedir reconsideração de ato todo militar que se
julgar vítima de uma injustiça ou de mau tratamento, fundamentando a respectiva
solicitação.
CAPÍTULO III
DA REPRESENTAÇÃO OU QUEIXA
Art. 77. Entende-se por queixa o recurso disciplinar apresentado pelo
indivíduo diretamente atingido por ato que repute irregular ou injusto.
Representação é o recurso disciplinar feito pelo indivíduo apenas
indiretamente alcançado por qualquer ato nas condições acima, ou que atinja a
subordinado ou serviço sob seu comando ou jurisdição.
Art. 78. Todo militar poderá queixar-se ou representar contra qualquer
ato infringente das leis ou regulamentos militares, de seu comandante ou chefe, ato
que o atinja, direta ou indiretamente, ou a subordinado de que seja chefe imediato,
devendo esse recurso ser precedido do pedido de reconsideração, sempre que este
pedido tiver cabimento.
Art. 79. A entrega da queixa ou representação, deve ser precedida de
comunicação, por escrito, do queixoso ao querelado, ou do representador ao
representado, em termos respeitosos, constando apenas, na comunicação, o objeto
desses recursos.
Assim, não resta comprovado no petitório que o Suplicante não foi submetido ao devido
processo legal, pois, como bem demonstrado, já havia normas explícitas para, em caso de ocorrer
injustiça, ser proferido a NULIDADE do ato administrativo sancionador.
Outro ponto a ser analisado é a real finalidade de um Processo de Licenciamento, pois,
como se sabe, este tipo Processo Administrativo Disciplinar Militar visa constatar se há incapacidade
moral ou profissional, por parte da Praça sem estabilidade, a permanecer na corporação. Estes
parâmetros morais e profissionais, na realidade, são princípios basilares que transcendem a esfera das
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Diante do exposto, verificou-se que o Sr. Ademilson José da Silva, foi licenciado ex-
officio das fileiras da Corporação, conforme publicado no Boletim Geral da PMPE nº 074, de 19 de
março de 1996, e alega que no ato administrativo em que se deu o seu Licenciamento ex-officio da
PMPE, não lhes garantiram o devido Processo Administrativo Disciplinar, com ampla defesa e
contraditório.
Mister ressaltar que os artigos 175 e 176 da Lei Federal nº 8.112, de 11 de dezembro de
1990, estabelecem que o ônus da prova de que houve vício no ato administrativo sancionador cabe
ao requerente, de modo que carece da apresentação de elementos novos, ainda não apreciados no
processo originário.
Corroborando com o entendimento acima referenciado, representa condição sine qua
non para a abertura de revisão do processo administrativo sancionador, a apresentação de fatos novos
ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada, conforme o
art. 65, da lei nº 11.781/2000.
O petitório só argumentou retoricamente, alegando a falta de pressupostos legais no
âmbito do Direito Administrativo para fundamentar seu pedido, contudo deixou claro se tratar de
uma aventura jurídica, pois não trouxe à análise aspectos relevantes ensejadores da revisão do seu
processo administrativo disciplinar, uma vez que não restou provado qualquer ilegalidade ou
injustiça em seu ato punitivo.
Outrossim, observa-se que, mesmo que se tratasse de ato administrativo nulo, fato que
não se apresente no caso em comento, vale salientar que o Art. 54 da Lei nº 11.781/2000 preceitua
que o direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis
para os destinatários e danosos para o Estado decai em dez anos, contados da data em que foram
praticados, salvo comprovada má fé, e observada a legislação civil brasileira quanto à prescrição de
dívida para o erário.
Portanto, opino, salvo juízo em contrário, pelo não atendimento do pleito, tendo em
vista que não foram apresentados fatos novos e/ou circunstâncias relevantes suscetíveis justificadoras
à inadequação da sanção aplicada, que possibilitassem a abertura de Processo Revisional
Administrativo Disciplinar.
DECISÃO
Ante exposto, este Comando Geral resolve:
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1. Concordar com o parecer do Chefe da DGP-8, indeferindo o pleito requerido pelo ex-
Policial Militar Ademilson José da Silva, tendo em vista que não foram apresentados fatos novos
e/ou circunstâncias relevantes suscetíveis justificadoras à inadequação da sanção aplicada, devido
inexistirem elementos fáticos jurídicos que possibilitassem a abertura de Processo Administrativo
Disciplinar Revisional;
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Ressalte-se que no próprio Regulamento Disciplinar da PMPE, Decreto N.º 6.752, datado
de 1º de outubro de 1980, já em seu primeiro artigo disponibilizava a possibilidade de recursar no
âmbito da Polícia Militar do Estado de Pernambuco, in verbis:
RDPM Art. 1º - O Regulamento Disciplinar da Polícia Militar do
Estado de Pernambuco tem por finalidade especificar e classificar as transgressões
disciplinares, estabelecer normas relativas à amplitude, aplicação das punições
disciplinares, classificação do comportamento policial-militar das
praças, interposições de recursos contra punições aplicadas e, em parte, as
recompensas especificadas no Estatuto dos Policiais Militares. (grifo nosso).
Ademais não há como olvidar que era robusto à época o direito de peticionar através de
recursos administrativos incluindo os disciplinares, pois em caso de injustiça a pena era a nulidade
absoluta do ato administrativo punitivo.
Pois bem, conforme estabelecida na norma reguladora da aplicação, da classificação e do
exame dos recursos, ao Policial Militar não recaía a punição sem o contraditório e a ampla defesa,
pois ocorria sim um rito administrativo disciplinar. Além do mais, mister ressaltar que não havia
necessidade do pleito ser formalizado por um advogado, nos termos abaixo especificados, senão
vejamos:
RDPM
TÍTULO V
Capítulo XI
APRESENTAÇÃO DE RECURSOS
CAPÍTULO II
DO PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO
Art. 76. A quem deu parte assiste o direito de pedir à respectiva
autoridade, dentro de dois dias úteis, pelos meios legais, a reconsideração de sua
decisão, não podendo o pedido ficar sem despacho.
§ 1º Deve também pedir reconsideração de ato todo militar que se
julgar vítima de uma injustiça ou de mau tratamento, fundamentando a respectiva
solicitação.
CAPÍTULO III
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DA REPRESENTAÇÃO OU QUEIXA
Art. 77. Entende-se por queixa o recurso disciplinar apresentado pelo
indivíduo diretamente atingido por ato que repute irregular ou injusto.
Representação é o recurso disciplinar feito pelo indivíduo apenas
indiretamente alcançado por qualquer ato nas condições acima, ou que atinja a
subordinado ou serviço sob seu comando ou jurisdição.
Art. 78. Todo militar poderá queixar-se ou representar contra qualquer
ato infringente das leis ou regulamentos militares, de seu comandante ou chefe, ato
que o atinja, direta ou indiretamente, ou a subordinado de que seja chefe imediato,
devendo esse recurso ser precedido do pedido de reconsideração, sempre que este
pedido tiver cabimento.
Art. 79. A entrega da queixa ou representação, deve ser precedida de
comunicação, por escrito, do queixoso ao querelado, ou do representador ao
representado, em termos respeitosos, constando apenas, na comunicação, o objeto
desses recursos.
Portanto, a admissibilidade do requerimento implica na presença de requisitos
norteadores a uma revisão do processo administrativo que culminou com o seu licenciamento “ex-
offício” e um deles é a apresentação de fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis
justificadoras à inadequação da sanção aplicada, conforme previsto no Art. 65 da Lei n.º
11.781/2000, que Regula o Processo Administrativo no âmbito da Administração Pública Estadual.
DA PUBLICIDADE DO ATO ADMINISTRATIVO DE LICENCIAMENTO EX OFFICIO
O requerente alega que o seu Licenciamento ex-officio das fileiras da PMPE se deu
somente no âmbito da corporação, não havendo publicação em Diário Oficial. Entretanto, já existe
precedente no sentido de que a publicação em Boletim Geral atende ao Princípio da Publicidade.
Vejamos:
TJ-PE - Agravo AGV 90048 PE 00900487 (TJ-PE)
Data de publicação: 01/10/2009
Ementa: CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. POLICIAL
MILITAR. LICENCIAMENTO EX OFFICIO. NULIDADE DA SENTENÇA
REJEITADA. REALIZADA CIENTIFICAÇÃO DAS
PUNIÇÕES. DESNECESSIDADE DE INSTAURAÇÃO DE PROCESSO ADMINI
STRATIVO DISCIPLINAR.PRECEDENTES STJ. LICENCIAMENTO EX
OFFICIO PUBLICADO NO BOLETIM GERAL DA PMPE. PRINCÍPIO DA
PUBLICIDADE OBEDECIDO. AUSÊNCIA DE GARANTIA DE GRADUAÇÃO
ANTE A INEXISTÊNCIA DE ESTABILIDADE. INTEGRATIVO IMPROVIDO. 1.
A decisão monocrática não só rejeitou a arguição de nulidade da sentença, como
compartilha o mesmo posicionamento do juízo a quo, acrescentando novos
fundamentos para manutenção do entendimento firmado no primeiro grau de
jurisdição. 2. O agravante foi cientificado de todas as punições a que fora submetido,
tendo oportunidade para o exercício do contraditório e ampla defesa, porém,
manteve-se inerte. 3. Não é necessária
a instauração de processo administrativo disciplinar em casos de licenciamento ex
officio, a bem da disciplina. Precedentes STJ. 4. A publicação do licenciamento no
Boletim Geral da Corporação atende ao princípio da publicidade estabelecido no art.
37 , caput, da CF . 5. Inexistência de garantia de graduação em razão do ex-policial
não deter estabilidade assegurada nos termos da Lei nº 6.783/74. 6. Integrativo
improvido.
3. PARTE CONCLUSIVA
Diante do exposto, verificou-se que o Sr. Nilson José do Nascimento, foi licenciado “ex-
offício” da Corporação, conforme tornou-se público no BG nº 1236, de 04 e julho de 1983 e alega
BOLETIM GERAL Nº A 1.0.00.0 203 54
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2 – PARTE EXPOSITIVA
DO PLEITO
O Requerente solicita a anulação do ato administrativo de Licenciamento ex-officio das
fileiras da Polícia Militar do Estado de Pernambuco e em consequência que seja procedida a sua
reinclusão na Corporação, alegando que o ato administrativo que o licenciou ex-officio, feriu os
princípios do contraditório e da ampla defesa, sem o devido Processo Administrativo Disciplinar,
fundamentando o seu pedido nos termos dos artigos 31, 39 e 40 da Lei n.º 11.817/2000, do Código
Disciplinar do Militares do Estado de Pernambuco, in verbis:
Art. 31. O Governador do Estado, o Secretário de Defesa Social
ou os Comandantes Gerais das Corporações Militares Estaduais poderão,
atendendo requerimento do interessado ou “ex-offício” conceder a
reabilitação do militar licenciado ou excluído a bem da disciplina, desde que
devidamente comprovado, em grau de recurso administrativo, ter ocorrido
ilegalidade ou injustiça no processo disciplinar que ensejar a aplicação
daquelas penas.
Parágrafo Único – A reabilitação prevista neste artigo deverá
ser publicada no Boletim Geral da Corporação, descrevendo-se os atos
administrativos anulados, e ensejará a reinclusão do militar, desde que não
haja nenhuma lide judicial em curso com a mesma finalidade.
Art. 39. A modificação da aplicação de pena pode ser realizada
pela autoridade que a aplicou, por autoridade superior ou pelas Comissões
Recursais, quando se tomar conhecimento de fatos que recomendem tal
procedimento.
§ 3º As modificações de aplicação de pena são:
I - Anulação;
Art. 40. A anulação de pena consiste em tornar sem efeito a
publicação da mesma.
§ 2º A anulação poderá ocorrer nos seguintes prazos:
I - em qualquer tempo e em quaisquer circunstâncias pelas
autoridades especificadas nos incisos I e II, do art. 10, deste Código; e
Ressalte-se que a análise da admissibilidade do requerimento tem condão nos termos do
Art. 65 da Lei nº 11.781/2000, que Regula o Processo Administrativo no âmbito da Administração
Pública Estadual, requisitos norteadores a uma revisão do Processo Administrativo de
Licenciamento ex-officio da Corporação, desde que apresente fatos novos ou circunstâncias
relevantes suscetíveis justificadoras à inadequação da sanção aplicada. E por se tratar de anulação do
ato administrativo sancionador, albergou o pedido nos termos do artigo 5º, LV, da Constituição
Federal de 1988 e na Súmula nº 473 do Supremo Tribunal Federal.
DOS FATOS
O requerente ingressou na PMPE em 30 de setembro de 1982 e foi licenciado ex-
officio das fileiras da PMPE, conforme publicado no Boletim Geral da PMPE nº 168, de 10 de
setembro de 1986. Alega o requerente que no ato administrativo em que se deu o seu
Licenciamento ex-officio da Corporação, não lhe garantiram o devido Processo Administrativo
Disciplinar, com ampla defesa e contraditório.
DO ÔNUS DA PROVA
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É de quem alega provar o alegado, neste caso cabe ao Requerente fazer prova da
ilegalidade ou da injustiça, ante o que indica os artigos 175 e 176 da Lei Federal n.º 8.112 de 11 de
novembro de 1990, devendo trazer a baila qual o vício do ato administrativo que pretende anular, e
até o que resta cristalino o Requerente não demonstrou nenhum motivo ensejador de uma revisão do
ato atacado.
DO DEVIDO PROCESSO LEGAL
O requerimento faz referência que o ato administrativo de Licenciamento ex-officio das
fileiras da Corporação do ex-militar estadual não recebeu, à época, os princípios da ampla defesa e
do contraditório. Alega ainda o Requerente que foi injustiçado e que ocorreu ilegalidade no ato que
culminou no seu licenciamento, não existindo o devido processo legal.
É fático que o devido processo legal não é um instituto novo que foi estabelecido pela
Nova Carta Magna de 1988, havia sim previsão legal já no texto constitucional de 1967, e como a
análise do caso se reporta ao ano de 1986, estava sob a égide do referido diploma legal. Já na
Constituição de 1967 facultava apreciação de qualquer lesão a direito, pelo Poder Judiciário e
assistência judiciária aos litigantes, consoante verifica-se nos parágrafos 4º e 32, do art. 150, bem
como ampla defesa e seus recursos, direito de representação e petição aos poderes públicos, assim
como expedição de certidões pela Administração Pública, lastreada nos incisos 15, 30 e 34, do artigo
referenciado.
Ressalte-se que no próprio Regulamento Disciplinar da PMPE, Decreto N.º 6.752, datado
de 1º de outubro de 1980, já em seu primeiro artigo disponibilizava a possibilidade de recursar no
âmbito da Polícia Militar do Estado de Pernambuco, in verbis:
RDPM Art. 1º - O Regulamento Disciplinar da Polícia Militar do
Estado de Pernambuco tem por finalidade especificar e classificar as transgressões
disciplinares, estabelecer normas relativas à amplitude, aplicação das punições
disciplinares, classificação do comportamento policial-militar das
praças, interposições de recursos contra punições aplicadas e, em parte, as
recompensas especificadas no Estatuto dos Policiais Militares. (grifo nosso).
Todavia, não provou o Requerente que foi injustiçado ou ocorreu ilegalidade no ato de
exclusão, uma vez que fora aplicada a legislação prevista à época. Ademais não há como olvidar que
era robusto à época o direito de peticionar através de recursos administrativos incluindo os
disciplinares, pois em caso de injustiça a pena era a nulidade absoluta do ato administrativo punitivo.
Pois bem, conforme estabelecida na norma reguladora da aplicação, da classificação e do
exame dos recursos, ao Policial Militar não recaía a punição sem o contraditório e a ampla defesa,
pois ocorria sim um rito administrativo disciplinar. Além do mais, mister ressaltar que não havia
necessidade do pleito ser formalizado por um advogado, nos termos abaixo especificados, senão
vejamos:
RDPM
TÍTULO V
Capítulo XI
APRESENTAÇÃO DE RECURSOS
CAPÍTULO II
DO PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO
Art. 76. A quem deu parte assiste o direito de pedir à respectiva
autoridade, dentro de dois dias úteis, pelos meios legais, a reconsideração de sua
decisão, não podendo o pedido ficar sem despacho.
§ 1º Deve também pedir reconsideração de ato todo militar que se
julgar vítima de uma injustiça ou de mau tratamento, fundamentando a respectiva
solicitação.
CAPÍTULO III
DA REPRESENTAÇÃO OU QUEIXA
Art. 77. Entende-se por queixa o recurso disciplinar apresentado pelo
indivíduo diretamente atingido por ato que repute irregular ou injusto.
Representação é o recurso disciplinar feito pelo indivíduo apenas
indiretamente alcançado por qualquer ato nas condições acima, ou que atinja a
subordinado ou serviço sob seu comando ou jurisdição.
Art. 78. Todo militar poderá queixar-se ou representar contra qualquer
ato infringente das leis ou regulamentos militares, de seu comandante ou chefe, ato
que o atinja, direta ou indiretamente, ou a subordinado de que seja chefe imediato,
devendo esse recurso ser precedido do pedido de reconsideração, sempre que este
pedido tiver cabimento.
Art. 79. A entrega da queixa ou representação, deve ser precedida de
comunicação, por escrito, do queixoso ao querelado, ou do representador ao
representado, em termos respeitosos, constando apenas, na comunicação, o objeto
desses recursos.
Assim, não resta comprovado no petitório que o Suplicante não foi submetido ao devido
processo legal, pois, como bem demonstrado, já havia normas explícitas para, em caso de ocorrer
injustiça, ser proferido a NULIDADE do ato administrativo sancionador. Mesmo que seja arguido
pelo Requerente que não fora submetido ao devido processo legal e que não lhe fora oportunizado o
direito ao contraditório e da ampla defesa, em relação à parte disciplinar ou aos ritos de exclusão e
licenciamento a bem da disciplina, em face ao regime totalitário, toda a análise deve ser revestida de
cuidados, pois na Carta Magna de 1967, em seu artigo 150, § 15, já estava estabelecido aos litigantes
a submissão ao devido processo legal, e neste caso o Decreto n.º 6.752/80 (RDPM) só demonstra
respeito aos preceitos estabelecidos e não criou óbice à revisão ou até mesmo à anulação do ato
quando eivado de vícios.
Outro ponto a ser analisado é a real finalidade de um Processo de Licenciamento, pois,
como se sabe, este tipo Processo Administrativo Disciplinar Militar visa constatar se há incapacidade
moral ou profissional, por parte da Praça sem estabilidade, a permanecer na corporação. Estes
parâmetros morais e profissionais, na realidade, são princípios basilares que transcendem a esfera das
meras contravenções ou transgressões disciplinares singelas e direciona o julgamento das infrações.
Esse julgamento requer uma visão holística da conduta do Militar, e não apenas do fato
transcrito na exordial, ou seja, deve ser sopesado o conjunto de toda a vida castrense do Requerente e
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os fatores que levaram ao cometimento dos fatos e atos trazidos ao ventre do Processo
Administrativo Disciplinar. Assim, o Encarregado do Processo Administrativo Disciplinar Militar
analisa as provas e conclui se a conduta do Increpado colidiu, frontalmente ou não, com preceitos da
Lei 6.783/74 (Estatuto dos Policiais Militares).
Outrossim, no mérito, observa-se que mesmo que se tratasse de ato administrativo nulo,
fato que não se apresente no caso em comento, vale salientar que o Art. 54 da Lei nº 11.781/2000
preceitua que o direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos
favoráveis para os destinatários e danosos para o Estado decai em dez anos, contados da data em que
foram praticados, salvo comprovada má fé, e observada a legislação civil brasileira quanto à
prescrição de dívida para o erário.
Destarte, o pedido se refere a fundamentos meramente retóricos, tendo a petição que visa
impugnar o ato administrativo de Licenciamento ex-officio das fileiras da Corporação, não
apresentado qualquer elemento fático jurídico novo, de injustiça praticada pela Administração
Pública na aplicabilidade da pena disciplinar, que possa vislumbrar ter ocorrido qualquer vício ou
ilegalidade no ato praticado na época, pelo então Comandante Geral da PMPE.
3. PARTE CONCLUSIVA
Diante do exposto, verificou-se que o Sr. Givanilton Caetano da Silva, foi licenciado ex-
officio das fileiras da Corporação, conforme publicado no Boletim Geral da PMPE nº 168, de 10 de
setembro de 1986, e alega que no ato administrativo em que se deu o seu Licenciamento ex-
officio da PMPE, não lhes garantiram o devido Processo Administrativo Disciplinar, com ampla
defesa e contraditório.
Mister ressaltar que os artigos 175 e 176 da Lei Federal nº 8.112, de 11 de dezembro de
1990, estabelecem que o ônus da prova de que houve vício no ato administrativo sancionador cabe
ao requerente, de modo que carece da apresentação de elementos novos, ainda não apreciados no
processo originário.
Corroborando com o entendimento acima referenciado, representa condição sine qua
non para a abertura de revisão do processo administrativo sancionador, a apresentação de fatos novos
ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada, conforme o
art. 65, da lei nº 11.781/2000.
O petitório só argumentou retoricamente, alegando a falta de pressupostos legais no
âmbito do Direito Administrativo para fundamentar seu pedido, contudo não trouxe à análise
aspectos relevantes ensejadores da revisão do seu processo administrativo disciplinar, uma vez que
não restou provado qualquer ilegalidade ou injustiça em seu ato punitivo.
Outrossim, observa-se que, mesmo que se tratasse de ato administrativo nulo, fato que
não se apresente no caso em comento, vale salientar que o Art. 54 da Lei nº 11.781/2000 preceitua
que o direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis
para os destinatários e danosos para o Estado decai em dez anos, contados da data em que foram
praticados, salvo comprovada má fé, e observada a legislação civil brasileira quanto à prescrição de
dívida para o erário.
Portanto, opino, salvo juízo em contrário, pelo não atendimento do pleito, tendo em
vista que não foram apresentados fatos novos e/ou circunstâncias relevantes suscetíveis justificadoras
à inadequação da sanção aplicada, que possibilitasse a abertura de Processo Revisional
Administrativo Disciplinar.
DECISÃO
Ante exposto, este Comando Geral resolve:
1. Concordar com o parecer do Chefe da DGP-8, indeferindo o pleito requerido pelo ex-
Policial Militar Givanilton Caetano da Silva, tendo em vista que não foram apresentados fatos novos
e/ou circunstâncias relevantes suscetíveis justificadoras à inadequação da sanção aplicada, devido
inexistirem elementos fáticos jurídicos que possibilitassem a abertura de Processo Administrativo
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Disciplinar Revisional;
--oo(0)oo--
RELATÓRIO
1 – PARTE INTRODUTÓRIA
2 – PARTE EXPOSITIVA
DO PLEITO
Art. 39. A modificação da aplicação de pena pode ser realizada pela autoridade que a
aplicou, por autoridade superior ou pelas Comissões Recursais, quando se tomar
conhecimento de fatos que recomendem tal procedimento.
§ 3º As modificações de aplicação de pena são:
I - Anulação;
Art. 40. A anulação de pena consiste em tornar sem efeito a publicação da mesma.
§ 2º A anulação poderá ocorrer nos seguintes prazos:
I - em qualquer tempo e em quaisquer circunstâncias pelas autoridades especificadas
nos incisos I e II, do art. 10, deste Código; e
Ressalte-se que a análise da admissibilidade do requerimento tem condão nos termos do
Art. 65 da Lei nº 11.781/2000, que Regula o Processo Administrativo no âmbito da Administração
Pública Estadual, requisitos norteadores a uma revisão do Processo Administrativo de
Licenciamento ex-officio da Corporação, desde que apresente fatos novos ou circunstâncias
relevantes suscetíveis justificadoras à inadequação da sanção aplicada. E por se tratar de anulação do
ato administrativo sancionador, albergou o pedido nos termos do artigo 5º, LV, da Constituição
Federal de 1988 e na Súmula nº 473 do Supremo Tribunal Federal.
DOS FATOS
O requerente informa que ingressou na PMPE em 03 de agosto de 1983 e foi
licenciado ex-officio das fileiras da PMPE, conforme publicado no Boletim Geral da PMPE nº 072,
de 23 de abril de 1984. Alega o requerente que no ato administrativo em que se deu o seu
Licenciamento ex-officio da Corporação, não lhe garantiram o devido Processo Administrativo
Disciplinar, com ampla defesa e contraditório.
DO ÔNUS DA PROVA
É de quem alega provar o alegado, neste caso cabe ao Requerente fazer prova da
ilegalidade ou da injustiça, ante o que indica os artigos 175 e 176 da Lei Federal n.º 8.112 de 11 de
novembro de 1990, devendo trazer a baila qual o vício do ato administrativo que pretende anular, e
até o que resta cristalino o Requerente não demonstrou nenhum motivo ensejador de uma revisão do
ato atacado.
DO DEVIDO PROCESSO LEGAL
O requerimento faz referência que o ato administrativo de Licenciamento ex-officio das
fileiras da Corporação do ex-militar estadual não recebeu, à época, os princípios da ampla defesa e
do contraditório. Alega ainda o Requerente que foi injustiçado e que ocorreu ilegalidade no ato que
culminou no seu licenciamento, não existindo o devido processo legal.
É fático que o devido processo legal não é um instituto novo que foi estabelecido pela
Nova Carta Magna de 1988, havia sim previsão legal já no texto constitucional de 1967, e como a
análise do caso se reporta ao ano de 1984, estava sob a égide do referido diploma legal. Já na
Constituição de 1967 facultava apreciação de qualquer lesão a direito, pelo Poder Judiciário e
assistência judiciária aos litigantes, consoante verifica-se nos parágrafos 4º e 32, do art. 150, bem
como ampla defesa e seus recursos, direito de representação e petição aos poderes públicos, assim
como expedição de certidões pela Administração Pública, lastreada nos incisos 15, 30 e 34, do artigo
referenciado.
Ressalte-se que no próprio Regulamento Disciplinar da PMPE, Decreto N.º 6.752, datado
de 1º de outubro de 1980, já em seu primeiro artigo disponibilizava a possibilidade de recursar no
âmbito da Polícia Militar do Estado de Pernambuco, in verbis:
RDPM Art. 1º - O Regulamento Disciplinar da Polícia Militar do Estado de
BOLETIM GERAL Nº A 1.0.00.0 203 61
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Art. 76. A quem deu parte assiste o direito de pedir à respectiva autoridade, dentro
de dois dias úteis, pelos meios legais, a reconsideração de sua decisão, não podendo
o pedido ficar sem despacho.
§ 1º Deve também pedir reconsideração de ato todo militar que se julgar vítima de
uma injustiça ou de mau tratamento, fundamentando a respectiva solicitação.
CAPÍTULO III
DA REPRESENTAÇÃO OU QUEIXA
Assim, não resta comprovado no petitório que o Suplicante não fora submetido ao devido
BOLETIM GERAL Nº A 1.0.00.0 203 62
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processo legal, pois, como bem demonstrado, já havia normas explícitas para, em caso de ocorrer
injustiça, ser proferido a NULIDADE do ato administrativo sancionador. Mesmo que seja arguido
pelo Requerente que não fora submetido ao devido processo legal e que não lhe fora oportunizado o
direito ao contraditório e da ampla defesa, em relação à parte disciplinar ou aos ritos de exclusão e
licenciamento a bem da disciplina, em face ao regime totalitário, toda a análise deve ser revestida de
cuidados, pois na Carta Magna de 1967, em seu artigo 150, § 15, já estava estabelecido aos litigantes
a submissão ao devido processo legal, e neste caso o Decreto n.º 6.752/80 (RDPM) só demonstra
respeito aos preceitos estabelecidos e não criou óbice à revisão ou até mesmo à anulação do ato
quando eivado de vícios.
Outro ponto a ser analisado é a real finalidade de um Processo de Licenciamento, pois,
como se sabe, este tipo de Processo Administrativo Disciplinar Militar visa constatar se há
incapacidade moral ou profissional, por parte da Praça sem estabilidade, a permanecer na
corporação. Estes parâmetros morais e profissionais, na realidade, são princípios basilares que
transcendem a esfera das meras contravenções ou transgressões disciplinares singelas e direciona o
julgamento das infrações.
Esse julgamento requer uma visão holística da conduta do Militar, e não apenas do fato
transcrito na exordial, ou seja, deve ser sopesado o conjunto de toda a vida castrense do Requerente e
os fatores que levaram ao cometimento dos fatos e atos trazidos ao ventre do Processo
Administrativo Disciplinar. Assim, o Encarregado do Processo Administrativo Disciplinar Militar
analisa as provas e conclui se a conduta do Increpado colidiu, frontalmente ou não, com preceitos da
Lei 6.783/74 (Estatuto dos Policiais Militares).
Outrossim, no mérito, observa-se que mesmo que se tratasse de ato administrativo nulo,
fato que não se apresente no caso em comento, vale salientar que o Art. 54 da Lei nº 11.781/2000
preceitua que o direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos
favoráveis para os destinatários e danosos para o Estado decai em dez anos, contados da data em que
foram praticados, salvo comprovada má fé, e observada a legislação civil brasileira quanto à
prescrição de dívida para o erário.
Destarte, o pedido se refere a fundamentos meramente retóricos, tendo a petição que visa
impugnar o ato administrativo de Licenciamento ex-officio das fileiras da Corporação, não
apresentado qualquer elemento fático jurídico novo, de injustiça praticada pela Administração
Pública na aplicabilidade da pena disciplinar, que possa vislumbrar ter ocorrido qualquer vício ou
ilegalidade no ato praticado na época, pelo então Comandante Geral da PMPE.
3. PARTE CONCLUSIVA
Diante do exposto, verificou-se que o Sr. Francisco Moreira Bruno da Silva foi
licenciado ex-officio das fileiras da Corporação, conforme publicado no Boletim Geral da PMPE nº
072, de 23 de abril de 1984, e alega que no ato administrativo em que se deu o seu
Licenciamento ex-officio da PMPE, não lhes garantiram o devido Processo Administrativo
Disciplinar, com ampla defesa e contraditório.
Mister ressaltar que os artigos 175 e 176 da Lei Federal nº 8.112, de 11 de dezembro de
1990, estabelecem que o ônus da prova de que houve vício no ato administrativo sancionador cabe
ao requerente, de modo que carece da apresentação de elementos novos, ainda não apreciados no
processo originário.
processo administrativo disciplinar, uma vez que não restou provado qualquer ilegalidade ou
injustiça em seu ato punitivo.
Outrossim, observa-se que, mesmo que se tratasse de ato administrativo nulo, fato que
não se apresente no caso em comento, vale salientar que o Art. 54 da Lei nº 11.781/2000 preceitua
que o direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis
para os destinatários e danosos para o Estado decai em dez anos, contados da data em que foram
praticados, salvo comprovada má fé, e observada a legislação civil brasileira quanto à prescrição de
dívida para o erário.
Portanto, opino, salvo juízo em contrário, pelo não atendimento do pleito, tendo em
vista que não foram apresentados fatos novos e/ou circunstâncias relevantes suscetíveis justificadoras
à inadequação da sanção aplicada, que possibilitasse a abertura de Processo Revisional
Administrativo Disciplinar.
DECISÃO
Ante exposto, este Comando Geral resolve:
1.Concordar com o parecer do Chefe da DGP-8, indeferindo o pleito requerido
pelo ex-Policial Militar Francisco Moreira Bruno da Silva, tendo em vista que não
foram apresentados fatos novos e/ou circunstâncias relevantes suscetíveis justificadoras
à inadequação da sanção aplicada, devido inexistirem elementos fáticos jurídicos que
possibilitassem a abertura de Processo Administrativo Disciplinar Revisional;
MENSAGEM BÍBLICA
Se alguém quer vir após Mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me. (Lucas 9.23).