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001. Prova bjetiva
O
Coordenador Pedagógi o
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� Confira seus dados impressos na capa deste caderno e na folha de respostas.
� Quando for permitido abrir o caderno, verifique se está completo ou se apresenta imperfeições. Caso haja algum
problema, informe ao fiscal da sala.
� Leia cuidadosamente todas as questões e escolha a resposta que você considera correta.
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prova, assinando termo respectivo.
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localizado em sua carteira, para futura conferência.
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14.02.2016 | manhã
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C NH C M N SG S 03. Corrupção é coisa tão antiga que remonta Desco-
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brimento: na carta comunica o descobrimento ao
rei de Portugal, Pero Vaz de Caminha caititua (negocia)
Língua Portuguesa uma boquinha um parente.
(www.folha.uol.com.br. Adaptado)
Leia a charge para responder às questões de números 01 e 02. De acordo com a norma-padrão, as lacunas do texto devem
ser preenchidas, respectivamente, com:
(A) até o … em cuja … a
(B) o … o qual … a
(C) do … aonde … de
(D) no … onde … para
(E) ao … em que … para
mulambo só”.
(C) Portanto, afirma Gilberto Freyre em Casa Grande & 04. Algumas informações do texto revelam seu aspecto humo-
Senzala, página 331 “Por fora muita farofa, por dentro rístico, como
mulambo só”.
(A) a mulher roer as unhas do narrador e este pensar que
(D) No entanto, Gilberto Freyre afirma página 331 de ela está à beira do colapso por ter prestado vestibular.
Casa Grande & Senzala, “Por fora muita farofa, por (B) os amigos do narrador sofrerem insolações e tonturas
dentro mulambo só”. pelo vestibular e ele recomendar à mulher que o faça.
(E) E Gilberto Freyre, afirma em Casa Grande & Sen- (C) os vestibulandos roerem o lápis durante o exame
zala, página 331: Por fora muita farofa, por dentro vestibular e terem noites sem sono por causa dele.
mulambo só.
(D) o narrador ficar irritado com as incertezas da amiga e
com o filho dela, que a deixou à beira de um colapso.
(E) o narrador oferecer suas unhas para a amiga roer e
se acalmar e ficar, como ela, ansioso com o vestibular.
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05. As frases da mulher ao acordar de seu sonho indicam Leia o texto para responder às questões de números 09 e 10.
que ela
(A) estava indiferente às provas e ao resultado do ves- Antes de qualquer consideração específica sobre a ativi-
tibular. dade de sala de aula, é preciso que se tenha presente que
toda e qualquer metodologia de ensino articula uma opção
(B) reconhecia suas limitações e preferia ignorar a rea-
política – que envolve uma teoria da compreensão e interpre-
lidade.
tação da realidade – com os mecanismos utilizados em sala
(C) percebia que o sonho equivalia à realidade vivida. de aula.
(D) rechaçava um mau resultado nas provas do vesti- Assim, os conteúdos ensinados, o enfoque que se dá a
bular. eles, as estratégias de trabalho com os alunos, a bibliografia
utilizada, o sistema de avaliação, o relacionamento com os
(E) estava consciente de que venceria fácil o vestibular. alunos, tudo corresponderá, nas nossas atividades concre-
tas de sala de aula, ao caminho por que optamos. Em geral,
quando se fala em ensino, uma questão prévia – para que
06. No trecho do primeiro parágrafo – ... que se submetem à ensinamos o que ensinamos?, e sua correlata: para que as
terrível prova... –, a crase será mantida se a expressão crianças aprendem o que aprendem? – é esquecida em be-
“terrível prova” for substituída por nefício de discussões sobre o como ensinar, o quando ensi-
nar, o que ensinar etc. Parece-me, no entanto, que a respos-
(A) provas difíceis de vestibular.
ta ao “para que” dará efetivamente as diretrizes básicas das
(B) realização das provas de vestibular. respostas.
(C) um exame vestibular. (João Wanderley Geraldi, O texto na sala de aula)
(C) O pior do vestibular já passou, portanto, acalme-se. (C) implica sair da dimensão política e atuar na dimensão
interativa, com a transmissão de conteúdos relevantes.
(D) Muitos têm atrasado-se para chegar aos locais de
exame. (D) é uma opção política da qual decorre buscar novas
diretrizes para se definir o que deve ser ensinado
(E) Ela estava tão exaurida que via-se prestando vesti-
aos alunos.
bular.
(E) corresponde a um trabalho constante e intenso que,
muitas vezes, se prejudica quando é confundido com
08. Quem não morre de saudades do Zé Bonitinho, da Dona ação política.
Bela, da Catifunda, do Galeão Cumbica, do Rolando Lero
e do seu Boneco? Pois toda a turma da Escolinha do Pro-
fessor Raimundo vai estrear em breve nas telinhas. Em 10. Observe as passagens do texto:
homenagem aos seus 25 anos, o programa vai ganhar
sete novos episódios. Quanto ao formato da atração, ... é preciso que se tenha presente que toda e qual-
os bordões e os trejeitos inesque- quer metodologia de ensino... (1o parágrafo);
cíveis, mas as piadas retratarão os tempos atuais. Re-
... quando se fala em ensino, uma questão prévia –
des sociais, sites de relacionamentos e a onda de food
para que ensinamos o que ensinamos? (2o parágrafo);
trucks entre os assuntos. A presença de pla-
teia no programa, que sempre foi uma vontade de Chico ... é esquecida em benefício de discussões...
Anysio, foi nessa temporada. (2o parágrafo).
(http://glamurama.uol.com.br, 22.11.2015)
No contexto em que estão empregados, os termos em
De acordo com a norma-padrão, as lacunas do texto destaque podem ser substituídos, respectivamente, por:
devem ser preenchidas, respectivamente, com:
(A) atualidade, preliminar e favor.
(A) terá presença … está … realizada
(B) atenção, consecutiva e interesse.
(B) haverão … estão … realizado
(C) evidência, essencial e privilégio.
(C) permanecerá … está … realizado
(D) interesse, postergada e proteção.
(D) serão mantidos … estão … realizada
(E) consciência, preambular e prol.
(E) continua em uso … está … realizada
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Mate ática e oções de statística a u o
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11. Um produto teve seu preço de venda reajustado em mais
15%, passando a ser vendido a R$ 40,25. Antes desse
reajuste, esse produto era vendido a
(A) R$ 34,21.
(B) R$ 35,00.
(C) R$ 36,45.
(D) R$ 37,00.
(E) R$ 38,17.
(A) 5,58.
(B) 5,64
(C) 5,73.
(D) 5,89.
(E) 5,91.
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14. Marcelo e Débora são vendedores em uma mesma loja. a u o
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Em determinado dia, Marcelo vendeu exatamente 15 uni-
dades de um produto A e 13 unidades de um produto B,
totalizando R$ 4.540,00. No mesmo dia, Débora vendeu
20 unidades do produto A e 13 unidades do produto B,
pelos mesmos preços unitários vendidos por Marcelo,
totalizando R$ 5.165,00. Com essas informações, é pos-
sível afirmar, corretamente, que a diferença entre o preço
de venda do produto B e o preço de venda do produto A é
(A) R$ 80,00.
(B) R$ 85,00.
(C) R$ 90,00.
(D) R$ 95,00.
(E) R$ 100,00.
(A) –6.
(B) –9.
(C) –12.
(D) –15.
(E) –18.
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17. Conforme consta da página eletrônica oficial do Municí- a u o
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pio de Ribeirão Preto, no ano de 2014, foi atendido um
número X de alunos na Educação de Jovens e Adultos
(EJA). Na EJA I (anos iniciais do Ensino Fundamental),
foram atendidos 98 alunos a mais que dois sétimos de
X. Na EJA II (anos finais do Ensino Fundamental), foram
atendidos 181 alunos a mais que o número de alunos
atendidos na EJA I. Já na EJA Ensino Médio, foram aten-
didos 4 alunos a menos que a metade do número de alu-
nos atendidos na EJA I. Sendo assim, X corresponde a
(A) 1 477.
(B) 1 566.
(C) 1 633.
(D) 1 711.
(E) 1 822.
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19. O desvio padrão do número de multas aplicadas nesse tua idades
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período, pelo grupo de fiscais, é, aproximadamente, 1,39
multa. Isso significa que
(A) apenas a média do número de multas aplicadas é 21. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o
uma boa medida estatística para representar o grupo. presidente russo, Vladimir Putin, concordaram nesta se-
gunda-feira (28/09/2015) em manter conversas a fim de
(B) apenas a mediana do número de multas aplicadas é evitar um conflito sobre possíveis operações na Síria.
uma boa medida estatística para representar o grupo. Apesar de terem como alvo comum o Estado Islâmico, a
Rússia e os Estados Unidos apoiam forças diferentes no
(C) apenas a moda do número de multas aplicadas é uma
conflito.
boa medida estatística para representar o grupo.
(http://glo.bo/1LLVjCU. Adaptado)
(D) os números de multas aplicadas tendem a estar pró-
ximos da mediana do número de multas aplicadas. Enquanto o governo dos Estados Unidos
(E) os números de multas aplicadas tendem a não estar (A) combate os curdos que lutam na Síria, o governo
próximos da média do número de multas aplicadas. russo é aliado dos turcos, frontalmente contrários
aos curdos e ao presidente Assad.
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23. O tema da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 24. Leia o trecho da notícia que envolvia a lei do sigilo, divul-
215 é polêmico e sua apreciação foi adiada várias ve- gada em outubro de 2015.
zes. Na tarde desta terça-feira (27/10/2015), a sessão da
comissão, cuja maioria dos deputados integra a banca- Governo de SP revoga segredo
da ruralista, derrubou pedidos de retirada da matéria da sobre documentos
pauta e cinco requerimentos de adiamento de votação.
Mesmo com os pedidos, a proposta foi aprovada. Grupos Geraldo Alckmin mandou secretário mudar classificação
indígenas presentes em Brasília fizeram protestos. ‘ultrassecreto’.
Medida adotada em 2014 restringia acesso a documen-
A aprovação definitiva da PEC 215 ainda depende de tos por 25 anos.
dois turnos de votação nos plenários da Câmara e do (http://glo.bo/1Gz3TPm)
Senado, com quórum qualificado, ou seja, com os votos
de, pelo menos, 308 deputados e 49 senadores. Os documentos envolvidos na lei do sigilo diziam respeito
(http://goo.gl/U5jBQY. Adaptado)
(A) ao processo de privatização do Banespa.
Um dos pontos da PEC 215 mais questionado pelos in- (B) às planilhas de arrecadação do ICMS durante seu
dígenas é a governo.
(A) transferência para o Congresso da decisão final so- (C) aos transportes metropolitanos: Metrô e CPTM.
bre a demarcação de terras indígenas, territórios qui-
(D) aos processos de concessão de rodovias estaduais.
lombolas e unidades de conservação.
(E) aos estudos sobre a reorganização da rede de ensi-
(B) determinação de que somente o Poder Executivo,
no estadual.
assessorado por seus órgãos técnicos, pode decidir
sobre a criação de reservas indígenas.
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oções de nfor ática 27. Dentre as opções do Word apresentadas parcialmente
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na figura e encontradas na guia Arquivo, no menu Op-
ções do MS-Word 2010, em sua configuração original,
assinale a alternativa que contém aquela que permite
26. Considere o menu Iniciar de um computador com imprimir desenhos, cores e imagens de plano de fundo,
MS-Windows 7, apresentado parcialmente na figura, e propriedades do documento e texto oculto.
assinale a alternativa correta.
(A) Geral.
(B) Exibir.
(D) Salvar.
(E) Avançado.
(E) para o usuário abrir sua pasta pessoal, basta efetuar Assinale a alternativa que contém o valor do frete do
um único clique sobre José da Silva. Desinfetante, sabendo-se que a fórmula de cálculo do
frete a seguir foi inserida na célula E2 e copiada para as
células debaixo até a E7:
=SE(E(C2>0,5;C2<2);PROCV(100;C:D;2;FALSO);
PROCV(500-200;C:D;2;FALSO))
(A) R$ 5,00
(B) R$ 7,50
(C) R$ 10,00
(D) R$ 12,50
(E) R$ 15,00
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29. Considere a apresentação feita no MS-PowerPoint 2010, 30. Observe o resultado de uma busca efetuada no Google.
na sua configuração padrão, conforme a figura.
I. iniciou o modo de apresentação no slide 1 e, na Assinale a alternativa com o argumento de pesquisa uti-
sequência, foi para o slide 2; lizado nessa busca.
II. no slide 2, clicou no botão de ação cujo hiperlink (A) link: www.vunesp.com.br
o levou para o slide 5;
(B) inurl: vunesp site:www.vunesp.com.br
III. no slide 5, clicou no botão de ação ;
(C) vunesp filetype:pdf
IV. no slide ?, clicou no botão de ação .
(D) id:www.vunesp.com.br
Assinale a alternativa que contém o número do slide ? e
daquele que foi apresentado após o passo IV, respecti- (E) define:vunesp
vamente.
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Co e i e to e ífi o 32. Juliano, coordenador pedagógico em uma EMEF, tem como
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s
uma de suas atribuições propiciar e organizar momentos de
formação continuada para garantir situações de estudo e de
31. Os artigos de 205 a 208 da Constituição Federal de 1988 reflexão sobre a prática pedagógica, estimulando os pro-
e os artigos do 1o ao 6o da Lei de Diretrizes e Bases da fessores a investirem em seu desenvolvimento profissional.
Educação Nacional no 9.394/96, pelo conteúdo que apre- Cumprindo essa atribuição e levando em conta as dificulda-
sentam, sinalizam a importância da educação escolar para des presentes na realidade atual, organizou um encontro pe-
a formação da sociedade brasileira no contexto contempo- dagógico para discutir a obra Educação: um tesouro a desco-
râneo mundial, objetivando que ela promova o desenvol- brir (DELORS, 2001), na qual se afirma que a compreensão
vimento integral dos indivíduos e sua adequada inserção do mundo passa pela compreensão das relações que ligam
no mundo do trabalho e das instituições democráticas. o ser humano ao seu meio ambiente. Isso significa, para a
Esse contexto histórico atual, marcado pela globalização educação escolar, reorganizar os ensinamentos de acordo
da economia capitalista e das comunicações, é levado em com uma visão de conjunto dos laços que unem homens e
conta por Hargreaves (2003) ao discutir os conceitos de mulheres ao meio ambiente, recorrendo
economia do conhecimento e sociedade do conhecimento.
Dessa discussão, pode-se concluir, acertadamente, que (A) às ciências da natureza e às ciências sociais.
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34. No documento Política Nacional de Educação Especial na 36. Após seu retorno do exílio ao Brasil, em 1980, Paulo
Perspectiva da Educação Inclusiva (MEC/2008), afirma-se Freire publicou uma pequena (mas respeitabilíssima)
que “o movimento mundial pela inclusão é uma ação políti- obra denominada A Importância do Ato de Ler – em três
ca, cultural, social e pedagógica, desencadeada em defe- artigos que se completam (1991). Jefferson, coordena-
sa do direito de todos os alunos de estarem juntos, apren- dor pedagógico em uma escola da rede de ensino de Ri-
dendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação”. beirão Preto (SP), observando a dificuldade que vinham
Nessa direção, Rosângela Machado (2009) entende que apresentando os alunos da EJA na aquisição da leitura,
o currículo escolar tem que levar em conta a pluralidade apoiou-se na legislação municipal vigente relacionada
cultural e, para isso, deve considerar com essa modalidade de ensino para propor aos docen-
tes um debate sobre a mencionada obra. Um ponto do
(A) prioritariamente as origens étnico-culturais do alu-
texto freireano que chamou a atenção dos debatedores
nado, incorporadas ao saber local, que se sobrepõe
foi a afirmação do autor de que a leitura da palavra pre-
ao conhecimento universal.
cisa ser sempre precedida da
(B) tanto o saber universal quanto o local, produzido pelas
relações sócio-históricas dos alunos. (A) aprendizagem do alfabeto.
(C) principalmente o conhecimento universal e hegemônico, (B) aprendizagem do alfabeto e, logo a seguir, das sílabas.
dando destaque à dimensão sociológica.
(C) escuta da leitura modelo, feita pelo educador.
(D) o acesso ao conhecimento universal e erudito, já que
o saber local e popular é desvalorizado. (D) ilustração, por meio de figuras, das palavras estu-
dadas.
(E) as diversas áreas do conhecimento, estimulando as
múltiplas habilidades dos alunos para que estes con- (E) leitura do mundo.
sigam merecida ascensão social.
35. Lerner (2002) contribui com uma rica reflexão sobre “Ler 37. Hortência, coordenadora pedagógica, ao acompanhar o
e Escrever na Escola”: analisa “o real” das práticas de es- trabalho didático dos professores com os alunos, conven-
colarização, com as dificuldades aí presentes, bem como ceu-se da necessidade de divulgar, entre os docentes, re-
as possibilidades para superá-las, “o possível”, com vistas ferenciais teóricos atualizados relativos a fundamentos do
a defender que a escola faça o que considera como “o processo de ensino e de aprendizagem. Recorreu ao uso
necessário” a ser feito, isto é, que a escola de sessões de estudo e propôs como um dos temas “as
elucidações conceituais sobre o conhecimento”, tratado
(A) preserve, nas práticas escolares de leitura e de escri- conforme capítulo da obra de Luckesi (2005). A partir da
ta, o sentido que elas têm como prática social, para leitura, da reflexão e do debate desse texto, uma das con-
conseguir que sua apropriação pelos alunos possi- tribuições corretas que o grupo extraiu foi a de que, para
bilite a incorporação deles como cidadãos da cultura ganhar sentido, o conhecimento escolar deverá
escrita.
(A) traduzir fielmente o texto consultado pelos estudantes,
(B) consiga que todos os alunos aprendam igualmente, or-
pois este tem mais importância científica do que a rea-
ganizando turmas de alfabetização com até 20 alunos
lidade a ser desvendada.
e adotando material didático de comprovada eficácia
para aquisição da cultura escrita. (B) referir-se a aspectos significativos e especiais dos
quais os alunos se apropriarão a partir de muita exi-
(C) invista na especialização de professores alfabeti-
gência e cobrança dos docentes.
zadores, com formação contínua e em serviço, ofe-
recida pelo sistema de ensino adotado pelo poder (C) referir-se a questões significativas e existenciais
público mantenedor, de modo que sigam os manuais da vida dos cidadãos, que serão incorporadas pela
corretamente. compreensão, exercitação e utilização criativa.
(D) atribua as funções administrativas para gerentes for- (D) apreender diretamente a realidade, a qual dispensa
mados nessa área, deixando diretores e/ou coorde- a aplicação de processos de investigação e sistema-
nadores pedagógicos para trabalharem no processo tização.
de ensino e aprendizagem, apoiando os professores
e cobrando empenho deles. (E) explicar indiretamente a realidade, sem exigir a con-
frontação entre o sujeito do conhecimento e o objeto
(E) acolha os pais que se interessam pelo trabalho edu-
a ser conhecido.
cativo, envolvendo-os em órgãos de gestão escolar
e em atividades de apoio financeiro, bem como em
projetos junto aos demais pais, voltados a melhorar as
relações com seus filhos.
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38. Vasconcellos (2002) destaca que “a metodologia de tra- 40. Solange, coordenadora pedagógica de uma escola do
balho em sala de aula é uma síntese, uma concretização, interior paulista, tem consciência do desafio que os edu-
um reflexo de toda uma concepção de educação e de um cadores encontram para promover, de forma adequada,
conjunto de objetivos (mais ou menos explícitos)”. Ele a inclusão escolar de crianças com necessidades edu-
apresenta uma crítica à metodologia expositiva utilizada cacionais especiais. Ela também está ciente de que uma
pela pedagogia tradicional, alegando que, de acordo com das atribuições do seu cargo consiste em encaminhar,
essa metodologia, o aluno recebe tudo pronto, não pro- sempre que preciso, alunos para o AEE, Atendimento
blematiza, não é solicitado a fazer relação com aquilo que Educacional Especializado, e, por isso, procurou melhor
já conhece ou a questionar o que está recebendo. Diante informar-se sobre a educação especial. Em suas buscas,
desse panorama, o autor aponta a necessidade de o pro- constatou que o § 1o do art. 58 da Lei no 9.394/96 afirma
fessor superar essa prática pedagógica. Para tanto, Vas- que haverá, quando necessário, serviços de apoio espe-
concellos propõe uma metodologia de trabalho em sala de cializado, na escola regular, para atender às peculiarida-
aula denominada des da clientela de educação especial. Constatou, ainda,
que, de acordo com o art. 13 da Resolução CNE/CEB
(A) pragmática de reconstrução do conhecimento. no 04/2009, faz parte das atribuições do professor do AEE
(B) aquisição empírica de conteúdos. (A) coordenar, em parceria com os bibliotecários e os res-
ponsáveis pelas salas de leitura, um sistema para aqui-
(C) aprendizagem pela valorização do pensamento do
sição e empréstimo de livros editados em braille, vol-
aluno.
tados ao atendimento de crianças deficientes visuais.
(D) dialética de construção do conhecimento.
(B) dirigir, no horário de trabalho coletivo, a discussão e o
(E) aprendizagem pela pesquisa e descoberta. planejamento do trabalho dos docentes das salas co-
muns de modo a selecionar as atividades pedagógicas
para o atendimento das especificidades dos alunos
com necessidades educacionais especiais.
39. Um supervisor de ensino municipal proferiu uma palestra a
professores e coordenadores pedagógicos de sua região (C) acompanhar, avaliar e direcionar a proposta pedagó-
examinando a obra de Libâneo (2001) sobre a organiza- gica da escola, para que os professores das classes
ção e a gestão da escola. Entre as suas comunicações, comuns consigam promover atendimento adequado
explicitou corretamente, de acordo com o autor em pauta, aos alunos com necessidades educacionais especiais.
que, a partir da interação entre diretores, coordenadores
(D) estabelecer articulação com os professores da sala de
pedagógicos, professores, funcionários e alunos, a escola
aula comum, visando à disponibilização dos serviços,
vai adquirindo, na vivência do dia a dia, traços culturais
dos recursos pedagógicos e de acessibilidade e das
próprios e formando crenças, valores, significados, modos
estratégias que promovem a participação dos alunos
de agir, prática. Essa cultura própria, internalizada pelas
nas atividades escolares.
pessoas, gera um estilo coletivo de perceber as coisas, de
pensar os problemas e encontrar soluções e é chamada (E) ministrar cursos para a equipe docente sobre diferen-
pelo autor de tes recursos pedagógicos e tecnológicos voltados ao
aluno com necessidades educacionais especiais, dis-
(A) currículo real, que deve ser desenvolvido ignorando
poníveis na unidade escolar, garantindo que o profes-
o currículo oculto e procurando se aproximar do cur-
sor de classe comum faça o atendimento educacional
rículo formal.
especializado.
(B) cultura tecnológica, a qual embasa o trabalho da dire-
ção, da coordenação e dos docentes, sem ignorar que
a escola é parte de um sistema social mais amplo.
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41. Mantoan, no livro Pensando e Fazendo Educação de Leia o trecho que se segue. Ele introduz as questões de
Qualidade (2001), afirma que uma escola na visão in- números 43 e 44.
clusiva não segrega os atendimentos dentro ou fora das
salas de aula, e, nela, nenhum aluno é encaminhado às Olga, coordenadora pedagógica em uma unidade da rede
salas de reforço. Por outro lado, o art. 1o da Resolução municipal de ensino de Ribeirão Preto, participa de encontros
CNE/CEB no 4 de 2009 determina que os sistemas de en- frequentes e sistemáticos, organizados pela secretaria mu-
sino devem matricular os alunos com deficiência, trans- nicipal de educação, tanto específicos para coordenadores
tornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/ pedagógicos, quanto destinados a reunir equipes de direção/
superdotação nas classes comuns do ensino regular e no coordenação de todas as escolas ou de grupos delas.
Atendimento Educacional Especializado (AEE). Essas reuniões visam a favorecer uma implantação eficaz de
diretrizes educacionais, ao apoiar esses profissionais que, na
Analisando-se o texto de Mantoan e o que dispõe a Reso-
escola, articulam o trabalho educativo, de natureza coletiva,
lução CNE/CEB no 4 de 2009, pode-se concluir que não há
interdisciplinar e complexa.
divergência entre ambos porque
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44. Para implantar corretamente as diretrizes da EJA (Educa- 45. Marta K. de Oliveira, no livro Vygotsky – aprendizado e
ção de Jovens e Adultos), Olga julgou de fundamental im- desenvolvimento: um processo sócio-histórico (1997),
portância participar nas reuniões das equipes de direção/ destaca pontos fundamentais da teoria desse estudioso,
coordenação, organizadas pela secretaria municipal para dando ênfase à importância da cultura e da linguagem na
estudar e discutir tanto a legislação nacional (LDBEN constituição do ser humano. Explica que os colaboradores
no 9.394/96; ECA, Lei no 8.069/90; Resolução CNE/CEB de Vygotsky continuaram a desenvolver, após sua morte,
no 3/2010; Parecer CNE/CEB 11/2000), quanto a muni- “investigações fundamentadas nos pressupostos básicos
cipal (Deliberações CME no 04/09 e no 03/10, e Resolu- de seu pensamento e a produzir vasto material escrito que
ções CME 19/09 e 06/10). nos permite aprofundar os vários aspectos presentes no
programa de trabalho do chamado grupo de psicólogos
Dadas as atribuições dos coordenadores pedagógicos
soviéticos”. Desse programa de trabalho, a autora aborda,
municipais e o direito dos jovens e adultos a uma educa-
no último capítulo da referida obra, três aspectos funda-
ção básica de qualidade (ECA, Artigo 54, inciso I), Olga
mentais da concepção vygotskyana na produção de seus
entendeu, corretamente, que, para além das normas relati-
colaboradores: o funcionamento cerebral como suporte
vas à idade mínima de ingresso na EJA, ao tempo de dura-
biológico do funcionamento psicológico; a influência da
ção dos cursos, a seu currículo básico e a sua certificação,
cultura no desenvolvimento cognitivo dos indivíduos; e
o “espírito” dessa legislação aponta para a institucionali-
zação de um sistema educacional público de Educação (A) a hereditariedade como fator preponderante para a
Básica de Jovens e Adultos, como política pública aprendizagem e o desenvolvimento que a possibilita.
(A) que desburocratize o funcionamento dos cursos e dê (B) a atividade do homem no mundo, inserida num sis-
continuidade aos projetos de modo a regularizar a tema de relações sociais, como o principal foco de
relação idade/série, no prazo de 30 anos, esgotando interesse dos estudos em psicologia.
assim sua função reparadora em relação a esse seg-
mento da população. (C) o elo que liga todas as características específicas da
lógica infantil, que é o egocentrismo do pensamento
(B) de governos democraticamente eleitos, inclusive com das crianças.
votos de analfabetos, situação que clama pela função
equalizadora da EJA, exigindo qualidade técnico- (D) a ideia de polaridade do pensamento orientado e não
-pedagógica de seus cursos, de modo a alfabetizar orientado, tomada de empréstimo à psicanálise.
realmente para incluir na atual sociedade.
(E) o autismo, que é encarado como a forma original,
(C) equalizadora de oportunidades educacionais, ofere- mais primitiva, do pensamento.
cendo cursos modulados, por disciplina, recobrindo
as exigências de carga horária e de frequência aos
plantões de atendimento pedagógico, com a exigên-
cia rigorosa de média 7 (sete) nos testes finais. 46. Os problemas referentes ao processo de ensino e apren-
dizagem são alvo de preocupação de professores e
(D) de Estado e de governo, com projetos setorizados por coordenadores pedagógicos, portanto se faz necessário
município, de modo a priorizar a função que a realida- compreender, refletir e discutir os estudos das áreas da
de local demandar: reparadora, quando a maioria dos psicologia e da pedagogia sobre essa temática. Segun-
analfabetos tem mais de 40 anos de idade; e equali- do Oliveira (1997), para Vygotsky, desde o nascimento,
zadora, quando a maioria não passa de 30. o aprendizado está relacionado ao desenvolvimento da
criança, sendo que existe um percurso definido pelo pro-
(E) de Estado e não apenas de governo, com gestão de- cesso de maturação individual, mas é o aprendizado que
mocrática, e que assuma a diversidade dos sujeitos possibilita o despertar de processos internos de desen-
aprendizes e fortaleça a vocação da EJA como instru- volvimento. Oliveira (in Arantes, 2003) destaca ainda que,
mento para a educação ao longo da vida, com função para Vygotsky, há relações entre cognição e afetividade,
qualificadora. pois o ser humano aprende a agir, a pensar, a falar e a
sentir por meio do legado
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47. Os coordenadores pedagógicos das escolas municipais 49. Josefa vai prestar concurso para coordenador pedagó-
de Ribeirão Preto tiveram oportunidade de debater com gico no Município de Ribeirão Preto e constatou que
especialistas a importância do ambiente material e so- uma das atribuições desse cargo se vincula ao projeto
cial e o papel do professor na sala de aula, com apoio político-pedagógico da escola. Pesquisando o artigo de
nos textos de Teberosky & Colomer (2003) e de Piaget Orsolon (in ALMEIDA e PLACCO, 2005), verificou que,
(1976). Graças a esses estudos e debates, puderam para aquela autora, o coordenador pedagógico é um
compreender, corretamente, que, na “perspectiva cons- dos atores do coletivo escolar e desempenha um papel
trutivista, o ambiente material e o ambiente social em que coerente com o que consta da proposta de Vasconcellos
ocorre a aprendizagem estão estreitamente relacionados (2002) em sua obra sobre coordenação pedagógica, a
com a possibilidade de que tal aprendizagem ocorra”, de qual, para esse autor, é a
que permitam ao aprendiz comprovar suas hipóteses, o
que os torna diferentemente significativos para diferentes (A) controladora dos alunos em sala de aula quando o
crianças ou para uma mesma criança em momentos di- professor falta, pois a coordenação é o coringa insti-
versos de seu desenvolvimento. Para “dar conta de quais tucional, responsável por eliminar os casos de indis-
estímulos são significativos para o aprendiz”, Piaget pos- ciplina escolar.
tulou o conceito de “observável”, que vem a ser aquilo
(B) provedora de técnicas, mídias, respostas e soluções
que o sujeito
para os diferentes problemas dos docentes, poden-
(A) consegue ver de seus diversos lados, pegar, sentir. do até oferecer planos de aulas modelo para os mais
novos.
(B) se põe a pesquisar, estimulado e mediado pelo
(C) elaboradora e divulgadora do projeto político-peda-
professor.
gógico para que os professores possam analisá-lo e
(C) interpreta, crê constatar, não sendo apenas um dado executá-lo, sem terem de ocupar-se com seu plane-
sensorial. jamento e construção.
(D) tem em seu raio de visão, sem obstáculos que a (D) fiel combatente à ideologia dominante e à gestão
prejudiquem. autoritária da escola, promovendo um clima orga-
nizacional não diretivo e de constante convivência
(E) consegue enxergar porque já explica cientificamente. amistosa.
(B) pedagógica.
(C) financeira.
(D) de pessoal.
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51. A formação profissional inicial e continuada dos pro- 54. Zuleica, coordenadora pedagógica da rede municipal de
fessores, tal como estabelecida no Parecer CNE/CEB ensino de Ribeirão Preto, assim como muitos de seus
no 07/2010 e nas Diretrizes Curriculares Nacionais Ge- colegas, está desenvolvendo, com os professores dos
rais para a Educação Básica, Resolução CNE/CEB anos iniciais do ensino fundamental, uma sequência de
no 04/2010, articula-se com diversas atribuições do cargo reflexões sobre suas práticas didático-pedagógicas, à luz
de coordenador pedagógico. Levando-se em considera- de leitura e debate de alguns textos de referência. Com
ção essa articulação, cabe reportar-se à obra de Francis- base em um deles, de Zabala (1998), esses educadores
co Imbernón (2002), que apresenta um modelo de forma- analisaram a tipologia dos conteúdos, categoria didática
ção docente a partir da escola e estruturado com base central no processo de ensino e aprendizagem, concluin-
no paradigma do corretamente que
(A) dialogal. (A) os conteúdos objetivados pelo ensino escolar são
dos tipos factuais e conceituais, os quais são apren-
(B) investigativo.
didos via memorização por repetição verbal, condi-
(C) tecnológico. ção a ser oferecida, diariamente, nas atividades pro-
postas aos alunos, mediante utilização de materiais
(D) colaborativo.
didáticos favoráveis a isso.
(E) burocrático.
(B) os diferentes tipos de conteúdos devem ser ensi-
nados separadamente, um de cada vez, numa se-
52. Vasconcellos, na obra Coordenação do Trabalho Peda- quência que parte dos factuais, passa pelos proce-
gógico: do projeto político-pedagógico ao cotidiano da dimentais e se completa com os conceituais e os
sala de aula (2002), examina o papel da reunião pedagó- atitudinais, utilizando, para cada tipo, os materiais
gica semanal no trabalho realizado no interior da escola instrucionais que lhe são próprios.
para a gestão daquele projeto. Ele concebe essa reunião (C) diferentes conteúdos são diferentemente aprendidos
como espaço de reflexão crítica, coletiva e constante so- e, por isso, as situações de aprendizagem organiza-
bre a prática da sala de aula e da instituição, cujo núcleo das pelo professor devem contemplar as condições
de trabalho é(são) e os materiais necessários para que os alunos se
(A) a prática transformadora. apropriem dos diversos conteúdos implicados pelos
objetivos intencionados.
(B) as determinações legais.
(D) os conteúdos presentes no planejamento didático-
(C) a literatura pedagógica atual. -pedagógico de suas escolas municipais deixam a
(D) a solução dos problemas disciplinares. desejar quanto ao tipo procedimental, havendo so-
brecarga nos conteúdos de tipos factuais e atitudi-
(E) as relações interpessoais na escola. nais, os quais pedem a utilização de material didático
de baixo custo.
53. A natureza da atividade-fim da escola, o processo de ensi- (E) diferentes tipos de conteúdo devem ser ensinados di-
no e aprendizagem, aponta a formação dos educadores, ferentemente, havendo, no entanto, duas exigências
tanto a inicial quanto a continuada, como elemento chave comuns ao ensino de todos eles: demonstrar aos alu-
para atingir os objetivos intencionados. No processo de nos o como se faz, tantas vezes quantas forem ne-
formação continuada, a atuação do coordenador peda- cessárias, e indicar livro didático de confiança, para
gógico e a importância do horário de trabalho pedagógi- realização dos exercícios de fixação.
co coletivo como espaço institucional são enfatizadas por
diversos pesquisadores. Dentre esses estudiosos, Weisz
(2006) destaca que, nesse processo,
(A) o mais importante é a atualização técnica do coor-
denador pedagógico para repassar conhecimentos e
estratégias de ensino aos professores.
(B) as reuniões de trabalho pedagógico coletivo devem
ser organizadas com apresentação de seminários te-
máticos, pelos professores, em revezamento.
(C) o coordenador pedagógico deve dar aulas-modelo,
corrigindo falhas dos professores, observadas por
ele em visitas às classes.
(D) a prática pedagógica deve ser registrada e tematiza-
da, desentranhando a(s) teoria(s) que guia(m) essa
prática, mesmo que os professores não tenham
consciência dela(s).
(E) o elemento fundamental é o fazer didático, e o me-
lhor modo de abordá-lo, a realização de oficinas
orientadas pelo coordenador pedagógico.
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55. Sidnei, coordenador pedagógico, ficou muito preocupa- 57. Carmem é coordenadora pedagógica de uma escola
do com algumas professoras da Educação Infantil que municipal de ensino fundamental e, tendo em vista en-
lhe confessaram crer na impossibilidade de as crianças riquecer o trabalho de seus professores, consultou dois
pequenas aprenderem matemática. Ciente de que as artigos sobre as tecnologias e o professor em ambien-
crianças utilizam a matemática em inúmeras situações te virtual: o artigo de Moran, s.d., “Gestão inovadora da
do cotidiano e de que ela não se reduz ao ensino dos escola com tecnologias”, e o texto de Mauri e Onrubia
números e da contagem, Sidnei reuniu o corpo docente (in COLL, 2010). A partir do primeiro, Carmem confirmou
para debater o texto “Reflexões gerais sobre o ensino da corretamente que “cada professor pode ter [na internet]
matemática” (PANIZZA, 2006). Essa escolha teve como uma página pessoal com sua disciplina, atividades, pro-
base o fato de a citada autora trazer à luz uma importante jetos e materiais específicos.”. Do segundo, ela selecio-
reflexão: é possível tratar o tema da aprendizagem e do nou uma das contribuições, na qual os autores entendem
ensino da matemática, mesmo com crianças pequenas, que, com a integração das TIC no processo de ensino e
desde que se aborde seriamente a questão aprendizagem, o professorado deve aprender a
(A) da representação numérica. (A) proporcionar aos alunos um ensino voltado à aqui-
sição de certezas quanto ao futuro, com base nas
(B) da construção do sentido. teorias científicas.
(C) da didática. (B) garantir aos alunos a busca de novas informações,
priorizando a interpretação dessas no ensino aos
(D) da resolução de problemas.
que se interessem por isso.
(E) da memorização.
(C) dominar e a implantar uma cultura da aprendizagem
que desenvolva, com os estudantes superdotados,
as capacidades de gestão do aprendizado.
56. A coordenadora pedagógica Sandra, preocupada em
incentivar o uso dos recursos tecnológicos disponíveis (D) consolidar uma cultura escolar valorizadora das TIC,
no processo de ensino e aprendizagem escolar, recor- destacando o conhecimento do que é universal, pois
reu à obra Novas tecnologias e mediação pedagógica, este dispensa o exame do que é local.
de Moran, Masetto e Behrens (2000). Ela considerou de (E) dominar e a valorizar uma nova cultura da aprendi-
suma relevância umas das contribuições desse texto, zagem e não só um novo instrumento, ou um novo
em que Moran afirma que ensinar com as novas mídias sistema de representação do conhecimento.
será uma revolução se
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59. A Lei Complementar no 2.524/2012, a qual define o Esta- 60. Segundo Marzano, Pickering e Pollock (2008), desde as
tuto do Magistério Municipal de Ribeirão Preto, estabele- últimas décadas do século XX, os educadores encon-
ce, em seus artigos de 67 a 73, a composição, as compe- tram-se em um ponto especial no tempo “porque a arte
tências e as atribuições do Conselho de Escola. Dentre do ensino está rapidamente se tornando a ‘ciência’ do
as atribuições, encontra-se a de participar da definição ensino” e “novos estudos mostraram que o ‘professor in-
de diretrizes e metas de ação da escola. Levando em dividualmente pode ter um efeito poderoso em seus alu-
consideração as reflexões de José Contreras (2002), so- nos, mesmo que a escola não o tenha’”. Esses autores
bre a autonomia dos professores, e também as de There- apresentam nove categorias de estratégias de ensino se-
zinha Rios (2011), sobre ética e competência no trabalho lecionadas de estudos a esse respeito, as quais têm, em
docente, pode-se afirmar corretamente, em relação ao comum, e no seu conjunto, o propósito de
pensamento desses estudiosos, que as citadas normas
desse Estatuto do Magistério (A) tornar as atividades escolares mais prazerosas, en-
frentando a concorrência com as redes sociais e os
(A) são coerentes com o pensamento de Contreras a meios de comunicação e entretenimento.
respeito da autonomia dos professores com base
na participação democrática, mas conflitam com o (B) responsabilizar os alunos e seus familiares pelo
de Rios, que dá prevalência à dimensão técnica da desempenho nos estudos, uma vez que o professor
competência dos docentes, argumentando que é ela assuma, com excelência, seu papel de transmitir
que garantirá que todos os alunos aprendam. ciência.
(B) são coerentes com os dois: a competência docente (C) melhorar o desempenho dos alunos, colocando-os
tem as dimensões técnica, política e ética e, assim numa posição de sujeitos intelectualmente ativos e
como a autonomia democrática dos professores, corresponsáveis pelas aprendizagens.
constrói-se no presente, articulando passado e futuro,
(D) aprimorar as técnicas de ensino com a utilização de
com participação comunitária e visão crítica da rela-
recursos tecnológicos e informacionais, como meio
ção escola/sociedade, com vistas à igualdade social.
seguro de melhorar o desempenho dos alunos.
(C) conflitam com as reflexões dos dois autores, pois Con-
(E) reciclar os professores de modo a atualizar seus pro-
treras adverte que a verdadeira autonomia dos profes-
cedimentos de ensino em consonância com os acha-
sores só se constrói com o advento histórico do socia-
dos das teorias sobre aprendizagem.
lismo, e Rios advoga que a ética é o conteúdo-chave
da formação dos docentes para torná-los competentes,
isto é, para “fazerem bem” o seu ofício de ensinar.
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