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ATENÇÃO FARMACÊUTICA NA PRÁTICA

5 Dicas
para atendimentos
no balcão
CASOS DE
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FARMÁCIA

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"O homem é o reflexo do seu conhecimento e usá-lo
em benefício do próximo é adquirir sabedoria”
Autor desconhecido
Daiana Carvalho
Farmacêutica

Farmacêutica assim como você em busca de uma revolução e a valori-


zação profissional.

Experiência de 8 anos no mercado farmacêutico, possuo o desejo


enorme de crescer cada vez mais profissionalmente e poder ajudar
meus colegas de profissão com essa experiência.

Um dos meus principais objetivos é ajudar o maior número de farma-


cêuticos possível com dicas sobre atenção farmacêutica que facilita-
rão o dia a dia nos balcões de farmácias e drogarias do Brasil.

Nasci com uma vontade enorme de aprender. Por isso, me dedico dia-
riamente ao aprendizado, participo de diversos cursos, capacitações,
palestras e workshops, buscando enriquecer meus conhecimentos
cada vez mais.

E todo esse conhecimento não poderia ficar somente


comigo, é preciso compartilha-lo.
SUMÁRIO 01 Análise ambiental e comportamental
Pag-8

Análise da prescrição ou da descrição


de sintomas
Pag-13 02
03 Análise da prescrição ou da queixa do
paciente.
Pag-15

Análise funcional
Pag-17
04
05 Orientação
Pag-19
INTRODUÇÃO
Atenção farmacêutica na prática

atendimento ao paciente nas farmácias e drogarias, por vezes,


é uma tarefa complexa. O ato da dispensação é definido como
um processo onde existe a entrega de uma droga,
medicamento, insumo ou produto, seguidos de uma orientação
sobre seu uso.

Este processo é realizado em etapas, e está condicionado ao


farmacêutico que deverá ter conhecimento técnico e científico para
tal atividade.

A forma como este processo é realizado pode identificar um possível


erro de prescrição, erro de indicação e até mesmo prevenir um dano
que poderia ser ocasionado pelo uso indevido de medicamento A
dispensação é o ultimo processo da assistência farmacêutica, mas é o
mais importante para a atenção farmacêutica.

Na atenção farmacêutica realizada no balcão são envolvidas


habilidades onde é necessário coletar as informações recebidas,
separá-las de forma organizada e racionalizar a orientação que será
entregue ao paciente ao final do processo.

Neste mini e-book você verá cinco dicas básicas para te auxiliar na
realização da atenção farmacêutica no balcão durante um
atendimento de dispensação de receita ou indicação de
medicamento.

Boa leitura!

7
01
Análise ambiental e
comportamental
Atenção farmacêutica na prática

ntender o que traz o paciente à farmácia, a condição que ele se


encontra naquele momento e a forma como irá emitir seu
parecer técnico é essencial para uma atenção farmacêutica de
excelência.

Existem situações onde o paciente não necessita de medicamento, e


sim de uma orientação profissional. Em contrapartida, existem
momentos onde o paciente necessitará do medicamento, mas o
ambiente ao seu redor poderá impossibilitar a sua adesão ao seu
tratamento Ex.: Pacientes com síndrome do jaleco branco.

Figura: Pngtree

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Atenção farmacêutica na prática

Caso 1
Uma paciente chega à farmácia e pede ao farmacêutico que lhe
indique algum medicamento que a ajude a manter a serenidade.
Relata que tem passado por dificuldades no trabalho devido ao
stress, que em sua vida pessoal as coisas não andam muito bem.
Quando é questionada sobre quais medicamentos já havia tomado,
ela afirma que teria feito desmame do ansiolítico clonazepam.

Analise

“O paciente não necessita de medicamento e sim de uma


orientação profissional.”

Pode-se observar, através do relato da paciente, que esta sofre com


o stress em seu trabalho e com a sua vida pessoal. Isto indica um
˝sintoma˝ por fator ambiental.

Observa-se também, que esta paciente já possuía um histórico


farmacoterapêutico de ansiolíticos. Pois, sua antecipação a se
automedicar para se sentir mais calma indica um fator
comportamental.

Conduta

Fornecer um medicamento para à paciente apenas lhe traria alívio


momentâneo de sua queixa, podendo talvez, retardar uma possível
condição clínica relacionada a sua saúde mental. Estar disposto a
escutar e conversar com o paciente também é uma conduta. O mais
adequado a essa situação é encaminhar a paciente a procurar o
serviço de um profissional psicólogo ou psiquiatra, que auxiliará
desenvolver tais questões sem a necessidade extrema de
medicamentos.

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Atenção farmacêutica na prática

Caso 2
Um paciente vai à farmácia com uma prescrição de cianocobalamina
ampola, onde a posologia pede a aplicação de uma ampola a cada
quinze dias durante três meses.
O paciente relata que não se sente confortável e que desmaia em
toda aplicação. Seu quadro clínico indicava a necessidade do aporte
da vitamina B12 como auxilio na farmacoterapia. Na prescrição
médica estava especificado a contrariedade da mudança de sua
conduta seja por medicamento ou apresentação.

Analise

“O paciente necessita do medicamento, mas o ambiente


impossibilita a sua adesão.”

Neste caso, pode-se observar que a condição clínica do paciente em


questão não lhe permite uma suplementação por via oral do
medicamento, o que seria uma escolha para a adesão do mesmo ao
tratamento. Com isso, torna-se fundamental o papel do farmacêutico
para a adesão ao tratamento pelo paciente.

Conduta

Explicar ao paciente as possíveis consequências de não realizar o


tratamento, trabalhar e inserir técnicas que possibilitem um maior
conforto ao paciente no momento da aplicação.

Exemplo 01: Para pacientes com síndrome do jaleco branco,


experimente no momento da aplicação, pedir para ele fechar os
olhos ou fixar o olhar em outro ponto que não seja o que lhe
incomoda.

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Atenção farmacêutica na prática

Exemplo 2: Explicar todo o procedimento ao paciente antes da


aplicação, enfatizando sempre o beneficio que trará a sua saúde.

Exemplo 3: Pedir para o paciente no momento da aplicação contar de


zero a dez em ordem decrescente, pois isso exigirá uma maior
concentração desviando o foco da aplicação.

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02
Análise da prescrição
ou da descrição de
sintomas
Atenção farmacêutica na prática

a maioria das vezes, você atenderá um paciente que possui


uma prescrição para o tratamento de sua queixa. Em outras
ocasiões não haverá prescrição. Com isso, certamente o
paciente solicitará a você uma indicação de medicamento que atenda
a tal queixa.

Uma prescrição é o documento onde estará à conduta


farmacoterpêutica do médico. Esta conduta é realizada de acordo
com o diagnostico estabelecido por ele após uma anamnese médica
do paciente.

A melhor forma de aviar uma prescrição é entender o diagnóstico


através dela. Dessa forma, você conseguirá entender quais os
possíveis equívocos no que diz respeito à farmacoterapia.

Nas situações onde não há uma prescrição, a melhor forma de indicar


um medicamento é entender a verdadeira queixa. Os pacientes na
maioria das vezes não se concentram no sintoma que mais
prejudicará sua saúde, essa tarefa é sua.

Você deve direcionar e organizar o relato de forma que lhe permita


identificar qual dentre as queixas é a de maior relevância, e assim
prosseguir com o atendimento.

PACIENTE

SEM COM
PRESCRIÇÃO PRESCRIÇÃO

ANAMNESE QUEIXA DO ANÁLISE DA


FARMACÊUTICA PACIENTE RECEITA

INDICAÇÃO DISPENSAÇÃO

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03
Análise da prescrição
ou da queixa
do paciente
Atenção farmacêutica na prática

anamnese é importante sempre em qualquer etapa. Nortear o


seu atendimento através de questionamentos ao atender um
paciente te ajudará a identificar possíveis erros de
prescrição, indicação ou de qualquer outro fator que poderia
prejudicar a saúde do paciente. Quando o questionamento é aplicado
em uma indicação de medicamento, lhe permitirá fazer de forma
segura e assertiva.

É possível evitar uma interação medicamentosa, perguntando a uma


paciente que possui uma prescrição de rifampicina se ela faz uso de
medicamento anticoncepcional. Isso evitaria, portanto, que a
paciente adquirisse uma gravidez indesejada por haver, neste caso,
uma interação onde, o antimicrobiano altera a eficácia do
anticoncepcional diminuindo o seu efeito contraceptivo.

As reações adversas são um exemplo de PRM (problema relacionado


ao medicamento) que podem ser evitadas se antes de indicar um
medicamento você perguntar ao paciente, se ele possui alguma
alergia ao medicamento ou a algum componente da formulação que
você pretende indicá-lo

O mais seguro ao finalizar um atendimento é abranger outras fases,


como: análise do paciente, análise da prescrição ou da discrição do
sintoma para certificar de sua conduta. Sendo assim as fases estão
interpostas, pois não seria possível realizar um atendimento seguro
sem correlacionar as informações coletadas.
Anamnese
INDICAÇÃO
Conduta

Possui alguma
ANAMENESE reação alérgica?
Doença Crônica?

Base teórica
CONDUTA
Anamnese

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04
Análise funcional
Atenção farmacêutica na prática

indicação em confronto a queixa ou a coerência na prescrição


é outro fator importante a ser observado nas prescrições.
Podemos imaginar como, por exemplo, uma prescrição para
tratamento alérgico quando a queixa do paciente refere-se a uma
possível infecção.

Uma outra situação é quando o relato do paciente se refere a uma


farmacoterapia com analgésicos e em sua prescrição está uma
vitamina.

Isso pode acontecer pela similaridade nos nomes dos medicamentos


que tendem a causar uma confusão pelo prescritor, ou na
interpretação de quem atende a prescrição no ato da dispensação.

Correlacione

ENTENDÍVEL NA PRESCRIÇÃO TRATAMENTO REAL


Levofloxacino
Dipirona Depura
Deponsteron Durateston
Amoxicilina Ampicilina
Noradrenalina Norepinefrina
Dobutamina Dopamina
Hidroquinona

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05
Orientação
Atenção farmacêutica na prática

ós costumamos achar que é simples entender que os 10 ml da


amoxicilina devem ser reconstituídos antes de serem
colocados no copo dosador. Sim! Para nós profissionais da
área a apresentação realmente é uma questão óbvia, mas para uma
mãe não alfabetizada ou estrangeira isso pode não ser tão simples.

A orientação no ato da dispensação ajuda a esclarecer aos pacientes


possíveis dúvidas quanto ao uso do medicamento. Isso permite uma
conferência mais detalhada da prescrição ou da indicação e
identificará a inviabilidade da apresentação ao uso pelo paciente.

Veja alguns exemplos com as seguintes situações:

“mãe não alfabetizada ou estrangeira”

Uma mãe entra em uma drogaria próximo a sua casa com seu filho
nos braços ansiosa e apreensiva, porque a criança estava engasgada
com o medicamento que ela havia lhe dado a poucos instantes.

Neste caso, a mãe por não receber a devida orientação, administrou


via oral ao filho a quantidade de 10ml de amoxicilina não
reconstituída (pó) ao seu filho de 3 anos. Ela afirmou que não era
alfabetizada e por isso não conseguia ler a bula.

Fez como a orientaram: 10ml de 8/8 horas. Não tinha conhecimento


nem foi informada sobre a necessidade da diluição do medicamento
antes.

Conduta

Foi realizada a manobra de heimlich como primeiros socorros


induzindo uma tosse artificial. Logo após, uma nova dispensação e
orientação foi feita à paciente.

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Atenção farmacêutica na prática

Desta vez, de forma correta orientando que o medicamento deveria


ser preparado antes de ser administrado a criança indicando a
margem correta para colocar a água, destacando também, que a
água deveria ser filtrada e fria.

A conduta foi uma orientação completa de forma que a paciente


mesmo não alfabetizada, compreendesse, desde a preparação do
medicamento até ao seu descarte correto.

“conferência mais detalhada de uma prescrição”

Em um atendimento, o paciente afirma ser diabético não controlado.


O farmacêutico identifica no ato da dispensação que o medicamento
prescrito (prednisolona) não seria o mais indicado a esse paciente.

Conduta

Sabemos que a prednisolona altera os níveis de glicemia e a


resistência insulínica, pois trata-se de um glicocorticoide. Antes de
qualquer orientação é necessário observar a condição clínica e
correlaciona-la com a prescrição para avaliar o custo benefício do uso
da droga.

Se o paciente possui uma prescrição onde a farmacoterapia é um


tratamento agudo e pontual, vale a sugestão ao médico da troca por
um anti-inflamatório AINES.

Se o uso do prednisolona for uma farmacoterapia de maior benefício


ou obrigatória, a orientação será o acompanhamento glicêmico
assíduo durante o tratamento.

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Atenção farmacêutica na prática

“identificar a inviabilidade da apresentação ao uso pelo


paciente”

Ao realizar a análise da prescrição de um paciente, o farmacêutico


identifica que a apresentação do medicamento loratadina em
comprimidos não seria apropriado, uma vez que o paciente se tratava
de uma criança de três anos.

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CONCLUSÃO
Atenção farmacêutica na prática

organização do atendimento de forma sistemática irá te


ajudar a uma dispensação correta. A educação contínua é
uma das ferramentas de atualização que você tem nas mãos
para desenvolver melhor o que na verdade já sabe.

Neste mini e-book disponibilizo apenas cinco dicas básicas para


organizar o seu atendimento. Em um próximo trabalho você será
direcionado a realizar a atenção farmacêutica prática no balcão passo
a passo.

Por isso, experimente! Realize a atenção farmacêutica em todo e


qualquer atendimento. É seguro para você e para o seu paciente.

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PROJETO GRÁFICO
ESTRATÉGIA DIGITAL
Douglas Vieira

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