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EDUCAÇÃO INCLUSIVA

CAPÍTULO 1 - COMO SURGIU A EDUCAÇÃO


INCLUSIVA?
Miryan Cristina Buzetti

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Introdução
Você já pensou em como as pessoas com deficiência eram atendidas antigamente? Será que existia algum
sistema de ensino para elas?
Com o passar do tempo, as concepções e mudanças sofridas pela Educação Inclusiva passou a favorecer e melhor
atender indivíduos com algum tipo de deficiência. Desde ambientes separados exclusivos para essas pessoas até
a conquista de um espaço separado dentro da escola regular para o atendimento e trabalho específico. Mais
tarde, chagou-se à tentativa da inclusão escolar, em que se busca oferecer o direito pela educação e por uma
aprendizagem adequada. Aliás, você já se perguntou como surgiu o termo “educação inclusiva”? Será que os
alunos com deficiência sempre estudaram na rede regular de ensino? Qual é a diferença entre Educação Especial
e Educação Inclusiva?
Essas e outras questões serão respondidas a partir de agora, em que veremos indicações de legislações que
contribuíram para a consolidação da Educação Inclusiva e para o avanço da Educação Especial. Além disso,
iremos discutir sobre os conceitos de inclusão comparando com a segregação e a exclusão, reforçando a
importância dos avanços trazidos para os alunos com deficiência.
O tipo de atendimento oferecido e o local que esses alunos frequentavam mudou bastante ao longo do tempo,
assim como as práticas pedagógicas e de intervenção. Compreender essas mudanças irá auxiliar na percepção da
situação da Educação Inclusiva e do atendimento especializado. Afinal, é importante termos em mente que tudo
isso é recente, visto que os avanços ainda continuam e que conhecer o passado ajudará a compreendermos todo
o processo e o tipo de educação que as pessoas com deficiência já tiveram. Com isso, também é possível
identificar que temos muito a avançar para atender a todos de maneira adequada. Você, inclusive, faz parte desse
processo, pois a garantia da Educação Inclusiva depende da união e do envolvimento de todos.
Vamos aos estudos!

1.1 Introdução à Educação Inclusiva


A história da Educação Inclusiva inicia com a “Declaração de Salamanca”, um documento que foi formulado na
Conferência Mundial sobre Educação Especial, na Espanha, em 1994, o qual discute a exclusão de pessoas
consideradas “diferentes” em ambientes escolares. Esse documento enfatiza a necessidade de uma escola para
todos, levando a um movimento mundial de reflexão sobre os processos excludentes dentro do ambiente
educacional. Além disso, o documento ainda coloca que a escola deveria atender todos os alunos,
independentemente de sua condição física, intelectual, social ou linguística, incluindo, também, crianças de
população nômade ou pertencentes a minorias linguísticas, étnicas ou culturais (BRASIL, 1994).
É válido ressaltar que o termo “inclusão escolar” se diferencia do termo “educação especial”, visto que a
Educação Especial é uma modalidade de ensino que atinge os diferentes níveis do sistema, em busca do
desenvolvimento de alunos com deficiência, condutas típicas ou altas habilidades. A Educação Inclusiva, por sua
vez, tem caráter social, no qual todas as crianças com deficiência têm direito a educação o mais próximo possível
do que é oferecido para os alunos regulares.
Vamos melhor compreender a respeito da diferença desses dois termos a partir de agora.

1.1.1 Conceituando a Educação Inclusiva


O conceito de educação inclusiva é mais do que garantir somente o acesso, a entrada ou a matrícula do aluno em
uma instituição de ensino, uma vez que busca eliminar obstáculos e impedimentos que levam o aluno com
deficiência ou altas habilidades a aprender e participar do processo educativo. A Resolução CNE/CEB n. 2/2001,
em seu artigo 2º, determina que as escolas devem matricular todos os alunos, sendo responsáveis pela

organização para oferecer aos alunos com deficiências condições necessárias para uma educação de qualidade

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organização para oferecer aos alunos com deficiências condições necessárias para uma educação de qualidade
(BRASIL, 2001).

Figura 1 - A inclusão é um trabalho compartilhado.


Fonte: Nelosa, Shutterstock, 2018.

Dessa forma, pessoas com deficiência, transtorno do espectro autista e altas habilidades têm direito à educação
dentro desse modelo de ensino na escola regular, não sendo segregadas ou excluídas. A Educação Inclusiva,
então, parte do princípio de que todos têm o direito de frequentar uma escola de qualidade e ter as necessidades
específicas de aprendizagem atendidas pela instituição:

A Educação Inclusiva pode ser definida como a prática da inclusão de todos – independentemente de
seu talento, deficiência, origem socioeconômica ou cultural – em escolas e salas de aula provedoras,
onde as necessidades desses alunos sejam satisfeitas. (STAINBACK; STAINBACK, 1999, p. 21).

No entanto, é válido ressaltar que a inclusão de pessoas com deficiência na escola regular precisa de
fundamentos teóricos, reflexivos e práticos para se estabelecer dados concretos que possam orientar e servir de
parâmetros para os educadores. Assim, a inclusão não é um trabalho fácil, mas extremamente significativo para
toda a sociedade.
A inclusão, então, está presente nas diversas dimensões de nossas vidas, sendo reconhecida pela sociedade de
maneira a reestruturar nossa convivência e práticas para uma sociedade sem preconceitos. Entretanto, alguns
aspectos dificultam ou impedem a prática da escola inclusiva, como custo, acesso físico, preconceito,
discriminação e as próprias políticas públicas. Em 1994, na Espanha, foi elaborado um documento com o
objetivo de fornecer diretrizes básicas para as políticas públicas educacionais, voltadas para o movimento de
inclusão social. Esse documento, conhecido como “Declaração de Salamanca”, é um dos principais documentos
mundiais que consolidou a Educação Inclusiva.

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VOCÊ QUER LER?
A “Declaração de Salamanca” é uma resolução das Nações Unidas que trata dos princípios
políticos e práticos da Educação Especial. Ela foi criada em 1994, em Salamanca, na Espanha,
em uma convenção. Serviu de base para colocar em prática a inclusão escolar em vários países,
inclusive o Brasil. Você pode acessar o documento completo através do link: <http://portal.
mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf>.

A “Declaração de Salamanca” é considerada inovadora, pois proporciona a garantia da inclusão das crianças com
deficiência no sistema de ensino regular. De acordo com o documento, o princípio fundamental da escola
inclusiva é que todas as crianças devem aprender no mesmo ambiente. Além disso, a escola deve reconhecer e
responder as necessidades de seus alunos, respeitando as diferenças.

1.1.2 O papel da escola inclusiva


A escola inclusiva traz uma série de mudanças de valores na educação tradicional, como a necessidade de novas
políticas e a reestruturação da educação, buscando um novo olhar sobre a aprendizagem. Assim, exige-se uma
transformação significativa no sistema educacional, quebrando os padrões de normalidade estabelecidos ao
longo dos anos.
A Educação Inclusiva também favorece a diversidade, considerando que todos os alunos podem ter necessidades
em algum momento da vida acadêmica, descrevendo que algumas dessas crianças poderão precisar de
interferência ou algum recurso mais especializado para adaptar a situação de ensino-aprendizagem, como o uso
de tecnologia, comunicação alternativa, prancha de comunicação, reglete ou intérprete de libras.

VOCÊ O CONHECE?
Louis Braille é o criador do código em braile. Ele nasceu em 4 de janeiro de 1809, na França.
Aos três anos de idade, enquanto brincava, feriu-se nos olhos e acabou perdendo a visão.
Apesar da cegueira, ele frequentou uma escola regular e apresentava facilidade na
aprendizagem. Em 1821, quando tinha 12 anos, foi apresentado a um sistema de comunicação
chamado Sonografia. Louis, então, esforçou-se para aprender e aperfeiçoar esse sistema, de
maneira a permitir que outras pessoas cegas pudessem utilizá-lo. Daí nasceu o braile. Para
fazer a escrita em braile, é necessária uma máquina ou reglete, que é acompanhada por uma
punção, usado por pessoas cegas em uma prancha com uma régua, a qual contém as celas do
alfabeto.

A Educação Inclusiva trouxe, então, uma nova visão para a deficiência, valorizando a diversidade, considerando
que é justamente nesta que podemos ampliar a visão de mundo e desenvolver atitudes de respeito. Além disso,
oportuniza-se a convivência e a igualdade entre todos, valorizando as competências, as capacidades e as
potencialidades do aluno.

As políticas da escola, bem como as práticas educativas, devem ser desenvolvidas para enfatizar o valor de cada

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As políticas da escola, bem como as práticas educativas, devem ser desenvolvidas para enfatizar o valor de cada
estudante. Nesse sentido, Mazzotta (2005) reforça que há situações escolares que podem exigir intervenções
mais específicas e diretas, para tanto, é necessário que a escola esteja preparada para atuar com respeito e de
maneira adequada. O autor ainda nos explica que o respeito não está relacionado a oferecer a mesma
oportunidade de ensino para todos, mas oferecer a cada um as condições necessárias para que se desenvolvam e
aprendam dentro do ambiente escolar. Dessa forma, é preciso ter uma escola que se adequa as necessidades do
aluno, e não o aluno as necessidades da escola.

1.2 O contexto da Educação Especial e os movimentos de


integração, normatização e inclusão
Ao longo dos anos, a sociedade apresentou diferentes comportamentos em relação as pessoas com deficiência,
desde a condenação à morte, exclusão e abandono até a internação em hospícios e manicômios, a criação de
escolas especiais e salas exclusivas. De acordo com Rodrigues (2006), as diferenças existem não somente entre
os alunos, mas também entre os professores e a equipe gestora, pois é uma característica humana, e não um
atributo específico de algumas pessoas. A ideia da diferença, então, ganhou força e fundamentação teórica com o
advento de práticas e estratégias de ensino.
Nesse contexto, temos que lembrar que nem sempre a inclusão e a valorização da diferença estiveram presentes
em nossa sociedade, visto que o termo “inclusão escolar” é recente e ainda está em implantação. Dessa maneira,
saber que, em alguns períodos da história, conceitos como “integração” e “segregação” estiveram presentes,
mesmo que de forma sutil, contribui para se contextualizar a prática atual de inclusão escolar.
Na sequência, vamos entender melhor sobre os dois termos.

1.2.1 Segregação
Na história da Educação Especial, é possível identificar que, até a segunda metade do século XX, pessoas com
algum tipo de alteração ou deficiência eram colocadas em instituições especiais, ficando segregadas da sociedade
e de ambientes educacionais. Nesse período, haviam duas formas de ensino: a escola comum (ou regular), que
recebia os alunos que não possuíam nenhuma deficiência, chamados de “normais”; e as escolas especiais, que
atendiam aquelas pessoas com algum tipo de deficiência ou pessoas consideradas inaptas para conviver em
ambientes sociais (MAZZOTTA, 2005).
Até aproximadamente os anos de 1960, as pessoas com deficiência eram impedidas de frequentarem as escolas
regulares, não tendo nenhum tipo de convivência ou interação com os alunos. A escolarização e o atendimento
dessas pessoas eram exclusivos e restritos a instituições especializadas (FERNANDES, 2013).

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Figura 2 - A segregação conduz a seleção e separação das pessoas com deficiência.
Fonte: Alexander Limbach, Shutterstock, 2018.

Nas instituições especializadas, o tempo dedicado para o ensino ficava em segundo plano, sendo irrelevante, pois
não havia preocupação com os aspectos educativos desses alunos. O foco nessas instituições era o atendimento
voltado para a área de saúde e terapias, como atendimento psicológico, fonoaudiólogo, terapia ocupacional e
fisioterapia. De acordo com Stainback e Stainback (1999), acreditava-se que esses atendimentos iriam favorecer
o desenvolvimento dos alunos com deficiência, sendo a maneira ideal para atendê-los, reforçando a ideia de que,
como essas pessoas precisam de maiores cuidados, estariam melhor em ambientes separados e protegidas dos
demais.
No entanto, conforme os anos foram passando, essas ideias foram sendo questionadas e novas maneiras de
atender, cuidar e educar alunos com deficiência foram surgindo. A maior mudança foi levar esses indivíduos
para dentro da escola regular, de forma integrada.

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1.2.2 Integração
A partir da década de 1960, o modelo paralelo de atendimento das pessoas com deficiência começou a sofrer
críticas e questionamentos. Entre as críticas, temos a questão do respeito aos direitos humanos, o custo elevado
desse tipo de atendimento e os avanços na área educacional, que possibilitava um ensino mais adequado para
pessoas com deficiência. Isso ganhou força e mobilização social, abrindo espaço para uma nova forma de atender
as pessoas a partir da integração.
A integração se baseia no princípio da normalização, tendo como argumento a ideia de que todas as pessoas
possuem o direito de participar do mesmo ensino, das mesmas atividades sociais, tendo as mesmas
oportunidades de aprendizagem.
Segundo Mazzotta (2005), no modelo integrativo, a sociedade não reagia à diferença, ou seja, as pessoas
cruzavam os braços e aceitavam as diferenças existentes, recebendo todos no sistema de ensino regular, desde
que os alunos fossem capazes de se adequar aos serviços e ao ensino oferecido pela escola. Isto é, o aluno deveria
se enquadrar no padrão de ensino já existente. Com essa visão, a exclusão dos alunos que não conseguiam se
adaptar ao ensino oferecido se tornou visível, pois não conseguiam acompanhar o que a instituição oferecia, e
esta não se preocupava em adaptar e favorecer uma aprendizagem para todos os estudantes.

VOCÊ QUER LER?


Entender os diferentes atendimentos oferecidos as pessoas com deficiência ao longo da
história auxilia na compreensão do que vemos hoje, bem como na percepção de que a inclusão
escolar é algo recente que está em constante transformação. Aliás, o livro “Fundamentos para
Educação Especial”, de Sueli Fernandes, é uma ótima opção de leitura para quem quer
entender melhor sobre o assunto!

Assim, a integração escolar ficava reduzida somente a presença do aluno na instituição de ensino regular, sendo
excluídas situações de aprendizagem e participação efetiva. Diante disso, diversas manifestações e
reinvindicações foram feitas em todo o país para a reestruturação do sistema de ensino. Internacionalmente, a
integração também acaba sofrendo críticas e começa a ser adotada uma nova política de inclusão. Uma das
principais mudanças solicitadas foi que não mais o aluno se adaptasse ao ensino escolar, mas que a escola se
adaptasse para receber o aluno com deficiência.
Dessa ideia, surge o princípio de tornar as deficiências comuns, oferecendo um ensino adequado, como se essas
pessoas não precisassem de adaptações ou adequações.

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VOCÊ QUER VER?
A entrevista “Educação Inclusiva”, realizada com Rodrigo Hubner Mendes e Maria Teresa Égler
Mantoan, ambos de influência nacional sobre o assunto; traz à tona um debate sobre os
principais desafios da inclusão escolar, na qual podemos perceber a complexidade e a
dificuldade de muitas escolas em avançarem conceitos pautados na segregação e na integração
para a inclusão. Você pode ver a entrevista completa em: <https://www.youtube.com/watch?
v=DpvsxSMq9GE>.

Podemos perceber, portanto, que a integração não oferecia um ensino para todos, pois nem todos conseguiam
acompanhar a proposta educacional. Dessa forma, a nova proposta trazia como marca o respeito à diferença,
produzindo mudanças profundas na educação escolar. Com essas mudanças, na década de 1980, emerge o
conceito de educação inclusiva, buscando garantir o direito à educação de qualidade para pessoas com
deficiências. Sendo assim, esses alunos passam a ter acesso a oportunidades reais de aprendizagem no ambiente
escolar.
A partir disso, novas teorias e estudos foram feitos, buscando compreender o processo de aprendizagem das
pessoas com deficiência e quais estratégias seriam melhor utilizadas em cada situação. Na sequência, vamos
estudar mais detalhadamente quanto a essas contribuições teóricas.

1.3 Contribuições teóricas ao debate sobre a inclusão


No Brasil, há uma legislação que especifica o trabalho e a obrigatoriedade da inclusão escolar, mas somente ela
não é suficiente para garantir ao aluno com deficiência um ensino adequado, adaptado e de qualidade. Dessa
maneira, é preciso buscar ações e atitudes que assegurem, também, a aprendizagem desse estudante. Para que
isso aconteça, é fundamental uma ação pedagógica mais qualificada, que garanta ao professor buscar estratégias
e procedimentos de intervenções adequados. Por isso, a formação do professor é um dos maiores desafios para a
efetivação da Educação Inclusiva.
A partir de agora, vamos conhecer um pouco sobre a legislação nacional, entendendo a abrangência e a
especificação quanto ao trabalho docente e à organização escolar, a fim de construirmos uma escola mais justa e
adequada para todos.

1.3.1 A Educação Inclusiva no Brasil


Foi somente na década de 1930 que teve início a educação escolar das pessoas com necessidades especiais no
Brasil. Na década de 1940, haviam, no país, 40 escolas públicas regulares que atendiam pessoas com deficiência
intelectual, e 14 que atendiam pessoas com outras deficiências. O início do discurso de inclusão teve grande
influência de movimentos internacionais que iniciaram na década de 1940, com a Declaração Universal dos
Direitos Humanos. O Brasil, membro da ONU (Organização das Nações Unidas), signatário de documentos
internacionais, reconhece e se apropria de conteúdos a respeito das políticas públicas. Entre os documentos que
o Brasil compartilha, temos a “Declaração Mundial Sobre a Educação para Todos”, a “Declaração de Salamanca”, a
“Convenção da Guatemala” e a “Declaração de Montreal”.
Em 1954, surge a primeira APAE (Associação de Pais e Amigos de Excepcionais).

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VOCÊ SABIA?
O Movimento Apaeano surgiu através de iniciativa de pais de crianças com deficiências. Além
dos pais, atualmente, o movimento também conta com o envolvimento de amigos, pessoas com
deficiência, voluntários, profissionais e instituições parceiras (públicas e privadas). A APAE
tem como objetivo principal a promoção e a defesa dos direitos de cidadania da pessoa com
deficiência, bem como sua inclusão social. Para atingir esse objetivo, é oferecido um
atendimento completo na área de saúde e educação para essas pessoas, garantindo o bem-
estar e a ação social. Nos dias de hoje, o movimento congrega 23 federações das APAEs e mais
de 2.000 APAEs localizadas em todo o território nacional, que oferecem atenção integral
acerca de 250.000 pessoas com deficiência. Para saber mais sobre a instituição e o movimento,
acesse o link: <https://apaebrasil.org.br/page/2>.

Em terras brasileiras, a Política Nacional de Educação Especial, na perspectiva da Educação Inclusiva, assegura o
acesso ao ensino regular de alunos com diferentes deficiências (intelectual, física, surdos, cegos, com transtorno
de espectro autista e altas habilidades/superdotação), desde a Educação Infantil até o Ensino Superior.

Figura 3 - A Educação Inclusiva no Brasil – uma parceria de todos.


Fonte: Shutterstock, 2018.

Algumas leis e pareceres contribuíram significativamente para o crescimento da Educação Inclusiva, sendo eles:
• Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB n. 9.394/96): traz uma definição da Educação

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Algumas leis e pareceres contribuíram significativamente para o crescimento da Educação Inclusiva, sendo eles:
• Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB n. 9.394/96): traz uma definição da Educação
Especial, caracterizando as instituições privadas sem fins lucrativos que oferecem atendimento exclusivo
para pessoas com deficiências, tendo a finalidade de apoio técnico e financeiro pelo poder público;
• Decreto n. 3.298/99: define a Educação Especial como uma modalidade transversal a todos os níveis e
modalidades de ensino;
• Resolução n. 2/2001: institui as diretrizes nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Os
sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, sendo de responsabilidade da escola se organizar
para melhor atendê-los;
• Parecer n. CNE/CP 009/2001: institui as diretrizes para a formação de professores e estabelece que a
Educação Básica deve ser inclusiva, exigindo uma formação docente com conhecimentos sobre a
diversidade;
• Lei n. 10.436/2002: dispõe sobre a língua brasileira de sinais (LIBRAS), reconhecendo-a como meio
legal de comunicação e expressão;
• Programa de Acessibilidade no Ensino Superior (2005): traz a proposta de ações que buscam
garantir o acesso das pessoas com deficiência às instituições federais de Ensino Superior, criando núcleos
de acessibilidade;
• Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE): um documento importante que traz vários aspectos
relevantes para a Educação Básica e Especial, como a recomendação quanto a acessibilidade em relação a
estrutura arquitetônica nas unidades de ensino, a utilização de recursos multifuncionais em sala de aula e
a formação docente para o atendimento especializado;
• Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008): documento
que enfatiza o termo “perspectiva da educação inclusiva”, indicando que o foco da Educação Especial é a
inclusão no ensino regular da pessoa com deficiência;
• Resolução n. 4/2010: afirma que o Atendimento Educacional Especializado (AEE) deve ser oferecido
no turno inverso da escolarização, prioritariamente na sala de recursos multifuncional;
• Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (2011): firma diretrizes sobre a implantação
de salas de recursos multifuncionais, destina recursos financeiros para a adaptação arquitetônica de
escolas, oferta transporte escolar acessível e educação bilíngue (formação de professores tradutores e
interpretes de LIBRAS);
• Plano Nacional de Educação (Lei n. 13.005/2014): a meta quatro do plano discorre sobre a Educação
Especial e estabelece critérios, como a educação para alunos com deficiência devendo ser oferecida,
preferencialmente, no sistema público de ensino;
• Lei n. 13.146/2015: lei brasileira de inclusão da pessoa com deficiência que garante condições de
acesso, permanência e participação no processo de aprendizagem por meio de oferta de serviços e
recursos de acessibilidade, os quais eliminem as possíveis barreiras do aprendizado do aluno com
deficiência.

VOCÊ SABIA?
A legislação, as normas técnicas e os pareceres são publicados na íntegra no site do Ministério
da Educação (MEC), estando disponíveis para download. Você pode acessá-los através do link:
<http://portal.mec.gov.br/secretaria-de-educacao-continuada-alfabetizacao-diversidade-e-
inclusao/legislacao>.

A legislação nacional é ampla e vive em constante mudança, por isso, é fundamental para o professor estar

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A legislação nacional é ampla e vive em constante mudança, por isso, é fundamental para o professor estar
atento as publicações do Ministério da Educação e acompanhar as discussões e notícias do cenário nacional.
Além disso, a formação continuada a partir de cursos, palestras e seminários também é um caminho para se
refletir e conhecer as atuais mudanças do cenário educacional.

1.3.2 A formação do professor


A formação de professores especializados em Educação Especial atingiu o nível superior nos anos de 1960 e
1970, através de algumas reformas ocorridas na legislação nacional. Em 1970, a Educação Especial no Brasil já
aparece como uma das prioridades da política educacional. Ao longo desses anos, cursos de formação de
professores inseriram habilitações e criaram licenciaturas em Educação Especial.
Em 1975, foi elaborado um plano de ação com o objetivo de expandir e qualificar professores para a Educação
Especial, tendo como base a reformulação do currículo de formação. De acordo com Mazzotta (2005), até 1981, o
ingresso de professores na área era feito da mesma maneira que o professor do ensino regular, através da
mesma formação inicial e pelo mesmo concurso público. Somente a partir de 1982 passou a existir um cargo
específico para o educador de alunos com deficiências.
Segundo o Parecer n. CNE/CEB 17/2001, da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação,

São considerados professores especializados em Educação Especial aqueles que desenvolveram


competências para identificar as necessidades educacionais especiais, definir e implementar
respostas educativas a essas necessidades, apoiar o professor da classe comum, atuar nos processos
de desenvolvimento e aprendizagem dos alunos, desenvolvendo estratégias de flexibilização,
adaptação curricular e práticas pedagógicas alternativas, entre outras, e que possam comprovar: a)
formação em cursos de licenciatura em Educação Especial ou em uma de suas áreas,
preferencialmente de modo concomitante e associado à licenciatura para educação infantil ou para
os anos iniciais do ensino fundamental; e b) complementação de estudos ou pós-graduação em áreas
específicas da Educação Especial, posterior à licenciatura nas diferentes áreas de conhecimento, para
atuação nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio (BRASIL, 2001).

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Figura 4 - A formação de professores de Educação Especial é um desafio.
Fonte: iraua, Shutterstock, 2018.

A Resolução n. 1, de 15 de maio de 2006, instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de graduação
em Pedagogia. Em seu artigo 10, ela anuncia a extinção das habilitações, dessa forma, as de Educação Especial
não poderiam mais ser oferecidas como formação de professores. A resolução, no entanto, não contempla de
forma clara e objetiva a necessidade de formação ou uma em específico para que o profissional possa atuar com
alunos com deficiência, dando margens a interpretações. Assim, muitas dúvidas e problemas surgiram. Por
exemplo, a formação poderia acontecer a partir de cursos de especialização (lato sensu), não tendo como
exigência a formação inicial de Pedagogia, ou conhecimentos orientados e definidos como uma base para
desenvolver o trabalho. Contudo, isso gera erros.
De acordo com Mazzotta (2005), a formação de professores para a Educação Especial tem como objetivo
preparar profissionais capazes de trabalhar com recursos, linguagens e estratégias de ensino que possibilitem ao
aluno com deficiência aprender. Dessa maneira, surgem reflexões: qual é a melhor formação para esse
profissional? Quais conhecimentos são, de fato, necessários?
Sobre esses questionamentos, desde 2003, o Ministério da Educação busca ações para disseminar a política de
Educação Inclusiva em todos os municípios do Brasil, apoiando a formação de professores e gestores para tornar
o sistema de ensino mais inclusivo. Em 2010, esse programa de disseminação atingiu 168 municípios-polo, que
são multiplicadores de formação para os profissionais da educação. Além disso, o Ministério da Educação busca,
constantemente, publicar materiais e guias que possam servir como referências para a prática docente
(FERNANDES, 2013).

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Figura 5 - A prática pedagógica na escola inclusiva é essencial para a aprendizagem do aluno.
Fonte: Royalty-Free/Corbis, 2018.

Atualmente, a legislação brasileira prevê que todos os cursos de formação de professores devem oferecer
disciplinas e conteúdos que possibilitam ao futuro professor trabalhar em sala de aula regular com os alunos
com deficiência. Entretanto, em muitos casos, o conteúdo oferecido pelos cursos de licenciaturas ou a quantidade
de disciplinas ministradas sobre a temática da inclusão escolar não é suficiente para orientar e direcionar o
trabalho docente em sala de aula.
Construir uma escola inclusiva, que atenda de maneira adequada a todos os alunos, respeitando suas diferenças,
características e potencialidades, é um dos grandes desafios da atualidade. É necessário oferecer recursos,
estratégias, adaptações e procedimentos adequados, pois, do contrário, estaremos regressando ao conceito de
segregação ou integração no ambiente escolar.
Para garantir, então, uma inclusão total, é necessário valorizar a formação do professor, bem como respeitar e
conhecer a legislação que fundamenta e direciona o trabalho de toda a equipe envolvida na educação.

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1.4 A inclusão como um direito de todos
A legislação nacional busca garantir que a inclusão escolar permita que as crianças com alguma deficiência ou
necessidade especial sejam atendidas e frequentem o sistema de ensino regular, desenvolvendo suas
capacidades e potencialidades. O acesso à escola não só promove o desenvolvimento de competências e
conteúdo, mas possibilita o desenvolvimento pessoal, cognitivo e emocional. Quando a escola promove a
inclusão, consequentemente, promove o respeito à diversidade, criando uma sociedade mais justa e igualitária.
Os benefícios em incluir o aluno com deficiência no sistema de ensino regular são enormes, tanto para o aluno
quanto para os envolvidos. Assim, é importante que a escola esteja preparada para oferecer ao estudante
acessibilidade, recursos e profissionais capacitados para atender as suas necessidades. Para Stainback e
Stainback (1999), o professor é a peça-chave para o sucesso dessa inclusão, valorizando as aptidões e
habilidades dos alunos. Isso porque as salas de aulas podem se tornar comunidades de apoio, local em que os
alunos se ajudam e se respeitam.

1.4.1 Por uma escola igualitária


As diferenças existentes entre as pessoas — seja de classe, gênero, idade, capacidade intelectual, oportunidade,
interesses etc. — deve ser fator positivo para a educação, e não um impedimento ou restrição para o ensino,
sendo necessário não eliminar as diferenças, mas valorizá-las para poder melhorar a qualidade. Dessa forma,
ignorar a diversidade no contexto escolar é incentivar que, no ambiente social, elas também devem ser ocultadas
e excluídas, gerando discriminação e preconceito. Nesse contexto, as escolas que se atentam para a inclusão
buscam respeitar e reconhecer a diversidade entre todos. Com certeza, é um ambiente desafiador, mas, também,
rico em possibilidades e crescimento.

Figura 6 - Todos devem se unir por uma escola inclusiva.

Fonte: Robert Kneschke, Shutterstock, 2018.

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Fonte: Robert Kneschke, Shutterstock, 2018.

Escolas que valorizam a inclusão possuem uma organização escolar diferente, sofrendo alterações desde o plano
de ensino até o Projeto Político Pedagógico, perpassando por professores, agentes de serviços, adequação
ambiental e pedagógica, atitudes, valores e procedimentos. Isto é, todos se envolvem para que a inclusão, de fato,
aconteça. Há, então, uma mudança, um esforço em atitudes.
A seguir, vamos analisar um caso fictício para que entendamos melhor sobre a importância de uma corrente de
atitudes positivas em prol da Educação Inclusiva.

CASO
Ana é professora do Ensino Fundamental I. Ela leciona há mais de 20 anos na mesma escola,
mas, nos últimos anos, percebeu que os alunos mudaram, que a família mudou e que muitas
práticas que ela tinha anteriormente já não fazem mais o mesmo resultado no ensino e na
aprendizagem dos alunos. Ana também percebeu que, em sua época como aluna e nos
primeiros anos em que lecionou, não se viam estudantes com deficiência na escola regular,
sendo a única opção para essas pessoas a instituição especializada. Hoje, a professora recebe
em sua sala de aula alunos de diferentes etnias, raças, crenças, costumes culturais, entre tantas
outras diversidades, bem como estudantes com necessidades especiais.
Ao longo de seus estudos, Ana percebeu que precisa se adaptar à nova realidade, sendo que,
em muitos casos, ela pode contar com o apoio de um profissional especialista em Educação
Especial, que irá ajudar a pensar em estratégias e recursos para adaptar o currículo e as
atividades para o aluno deficiente.
Ana entendeu que a inclusão é uma tarefa difícil, exige estudo, dedicação e busca constante por
alternativas pedagógicas. No entanto, a professora sabe que é uma postura válida, uma vez que
favorece e enriquece não só a vida do aluno com deficiência, mas a de todos os envolvidos.

A escola inclusiva, portanto, é aquela que busca garantir a qualidade de ensino para todos. Uma escola só poderá
ser considerada como inclusiva quando estiver organizada para atender e favorecer a aprendizagem de cada
aluno, com um ensino de qualidade, independentemente da diversidade. Deve-se prezar, então, por um ensino
que leve em consideração as necessidades de cada um, e que dê conta de buscar estratégias e procedimentos
para trabalhar com cada aluno, garantindo o acesso ao conhecimento.

1.4.2 Ensinar, aprender e avaliar


Pesquisadores, como Mazzotta (2005) e Rodrigues (2006), trazem em seus estudos apontamentos sobre o
avanço da educação em direção a uma escola mais inclusiva, assim como os desafios e obstáculos que ainda
precisam ser superados. Os autores destacam que a adaptação é a chave para o sucesso, e ressaltam que o
princípio fundamental da escola inclusiva é que todos os alunos devem aprender juntos, independentemente de
suas dificuldades ou talentos, deficiências, origens econômicas ou culturais. Dessa forma, é responsabilidade do
professor buscar a melhor estratégia pedagógica para isso.
A sociedade passa por um período no qual está aprendendo para incluir e incluindo para aprender, pois não há
uma receita pronta sobre como trabalhar com cada pessoa deficiente, assim como também não há uma única
maneira de trabalhar com alunos regulares. Dessa forma, é preciso superar a visão de homogeneização e pensar
que, como não há uma fórmula para aprender, também não deve haver uma para ensinar.
Algumas estratégias e posturas poderão ser tomadas pelo professor em sala de aula a fim de favorecer a inclusão

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Algumas estratégias e posturas poderão ser tomadas pelo professor em sala de aula a fim de favorecer a inclusão
escolar e a aprendizagem de todos. Para isso, é fundamental que o professor conheça seus alunos, saiba quais são
as suas habilidades, suas dificuldades e suas necessidades, para somente depois pensar em adaptações e
possibilidades de ensino.
Para que o professor possa buscar as estratégias diferenciadas é preciso que tenha uma boa formação. Uma
formação que permita ao profissional conhecer recursos, estratégias e, principalmente, as necessidades de cada
deficiência, o que irá favorecer a prática do professor e sua postura inclusiva. Além disso, é essencial que o
professor especialista da Educação Especial interaja com o professor da sala regular, trocando informações,
atividades e seguindo na mesma direção em relação ao atendimento e ensino do aluno (PAN, 2013). Esse diálogo
deve acontecer a todo momento durante o ano letivo, desde o planejamento de ensino até a avaliação final, pois
só assim os diferentes profissionais poderão desenvolver e oferecer ao aluno um conteúdo contextualizado e
coerente. Em muitas escolas e sistemas de ensino, existe um período em que o professor da sala regular pode
sentar e planejar, juntamente com o professor especialista, o plano de ensino para o estudante com deficiência, a
fim de pensarem em estratégias variadas e adequadas.
O atendimento educacional especializado contribui significativamente para o desenvolvimento do aluno da
Educação Especial. Um atendimento oferecido no contra turno escolar, normalmente de maneira individual ou
em pequenos grupos, que busque adaptar e trabalhar de maneira diferenciada, também possibilita que o
estudante acompanhe e realize as atividades no mesmo ritmo da sala regular.
Outro fator que pode auxiliar na efetivação da inclusão escolar é o uso da tecnologia. Em muitos casos, ela pode
suprir uma necessidade do aluno, como com a questão da linguagem, da comunicação ou da locomoção. Alguns
estudantes ainda podem se beneficiar, por exemplo, com o uso de notebooks em sala de aula, facilitando a escrita
de um texto ou a realização de atividades com adaptadores e softwares específicos.

VOCÊ SABIA?
As salas de recursos multifuncionais possuem recursos diversos para atender alunos da
Educação Especial. É um espaço que conta com computador, softwares, jogos e outros recursos
para facilitar a comunicação e o ensino. Para trabalhar na sala de recursos, é necessária uma
formação específica em Educação Especial.

Além dos aspectos apresentados, a relação entre a escola e a família é fundamental. Conhecer o histórico de vida
da criança, o que ela realiza, os procedimentos, as necessidades e a comunicação que precisa poderá contribuir e
muito para o trabalho docente. Estabelecer esse diálogo constante ajudará não somente a criança, mas o
professor, por exemplo, com um aluno que é surdo e que não tem a língua de sinais (LIBRAS). Nesse caso, o
educador irá precisar conhecer alguns sinais caseiros para iniciar a comunicação com essa criança. Já em um
caso de um aluno autista, será necessário conhecer os costumes, a rotina, o que o deixa irritado ou o que o
acalma, com o intuito de melhor acompanhar e incluir esse estudante em sala de aula.
Por fim, no processo de ensinar e aprender, é necessário avaliar. Avaliar o desenvolvimento do aluno, o que ele
aprendeu, onde ele teve dificuldades, como foi seu comportamento e interesse. É essa análise constante e
específica que irá contribuir para futuros planejamentos e para garantir o desenvolvimento do aluno. Procure
fazer, também, uma avaliação do trabalho docente, das estratégias utilizadas, das práticas e o que foi mais efetivo.

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Síntese
Neste primeiro capítulo, pudemos aprender sobre os tipos de atendimentos oferecidos ao longo dos anos para
pessoas com deficiência, percebendo a mudança de paradigma e o avanço nas estratégias educacionais. Além
disso, você teve contato com a legislação nacional que rege e estabelece parâmetros sobre a Educação Especial e
Inclusiva.
Neste capítulo, você teve a oportunidade de:
• compreender que a história da Educação Inclusiva se inicia com a “Declaração de Salamanca”;
• reconhecer que a “Declaração de Salamanca” é considerada inovadora, pois proporciona a garantia da
inclusão das crianças com deficiência no sistema de ensino regular;
• identificar a diferença entre Educação Especial e Educação Inclusiva;
• reconhecer que o conceito de Educação Inclusiva é mais do que garantir somente o acesso, a entrada ou
a matrícula do aluno em uma instituição de ensino;
• reconhecer que, no Brasil, o início do discurso de inclusão teve grande influência de movimentos
internacionais que iniciaram na década de 1940;
• aprender que, em 1954, surge a primeira APAE (Associação de Pais e Amigos de Excepcionais);
• analisar que a legislação nacional é ampla e vive em constante mudanças, por isso, é fundamental que o
professor esteja atento as transformações.

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