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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ

ALUNOS: ESTEVÃO MIGUEL CARDOSO DA SILVA


MATRICULA: 201801214
TURMA: CIÊNCIAS ECONÔMICAS 2017

QUESTÃO: a) um resumo dos temas e a periodização apresentada; b) destaque de cada


um dos documentários, dissertativamente as características econômicas e no final relacionar essa
periodicidade com as questões desenvolvidas na introdução do livro capitalismo tardio.

O processo de transformação do Brasil colônia em Império foi, em certa


medida, rápido e com poucos conflitos regionais. A transição foi rápida pois a coroa
portuguesa enfrentava naquele período conflitos externos e demandava uma
jurisdição oficial para refugiar-se. A proclamação da independência em 1822 custou
caro ao pais, pois Portugal exigiu uma determinada quantia como multa para a
concessão do título de Império ao Brasil. Devido a incapacidade de cumprir o valor
exigido por Portugal, o império brasileiro recorre, então, a Inglaterra para tomar
empréstimos e definitivamente sanar a dívida com Portugal. Muito se discute se tal
medida não serviu apenas para trocar o “dono” do império brasileiro, uma vez que
este manteve-se subordinado a outra grande potência da época, possuindo apenas
uma capacidade de gerencia virtual. O decorrer do império passou por mais dois
períodos de destaque, sejam eles: a Regência (1830 - 1840) e o segundo reinado
(1840 – 1889). O período conhecendo como Regência iniciou logo após a volta de
Dom Pedro I para Portugal devido a necessidades políticas. Como não havia um
substituto imediato capaz de governar o Império, formou-se então uma comissão de
administração para reger o Império enquanto o filho de Dom Pedro I, Pedro II, não
atingia a idade suficiente para governar. Em 1840 inicia-se o terceiro e último
período do império, a fase em que Dom Pedro II toma posse e assume o posto de
imperador do Brasil. O período ficou marcado por uma série de medidas para
integrar o Império e garantir o fluxo da principal mercadoria brasileira na época, o
café. A construção de ferrovias e de um sistema bancário foram as principais
medidas que serviram para garantir a manutenção do sistema de produção cafeeiro
no Império. A eficácia das medidas mostrou resultado fazendo a produção de café
brasileira atingir 60% de toda a economia do Império. Além disso, diversos outros
fatos marcaram o período do Império, como o conflito entre as elites cafeeiras e a
Inglaterra devido ao fim do
comercio de escravos e o fim da escravidão no Império e a guerra do Paraguai que
também marcou o período e fez nascer o ímpeto republicano no exército imperial da
época. O fim da escravidão em 1888 marca também o fim do império, pois as elites
civis não ficaram satisfeitas com a posição de Dom Pedro II em aceitar o decreto
que marcava o fim da escravidão no Império. Assim em 1889 chega ao fim o
período do Império.
O período posterior ao Império tem início em 1889 com a proclamação da
república. Os protagonistas da ruptura do vínculo com a monarquia foram os
militares e as elites cafeeiras. Ambos tiveram seus motivos para derrubar o
imperador Dom Pedro II e dar início a uma República. Os militares estavam
insatisfeitos com as condições salariais e trabalhistas as quais estavam submetidos,
e, somado a isto, havia também um despertar de ideais positivistas nos capitães e
líderes militares. Já a elite cafeeira paulista estava insatisfeita com o fim da
escravidão e a posição da coroa quanto a esse fato. Assim termina por decidir apoiar
juntamente com os militares o processo de derrubada da Monarquia.
O período da República Velha foi um período intenso para a historiografia
brasileira. A economia passa por diversas transformações, uma delas e a ascensão
da borracha em 1890 que gerou um grande fluxo de imigrantes para as regiões
amazônicas. A receita gerada pela borracha ficava concentrada em uma pequena
elite que se localizava nas capitais Manaus e Belém. O período de alta da borracha
dura até por volta de 1910 devido ao amadurecimento das colheitas asiáticas e
inglesas. No período ocorrem diversas transformações urbanas, principalmente nas
capitais. O surgimento das primeiras fabricas atraem muitas pessoas para as capitais
e devido a precária infraestrutura urbana da época surgem as primeiras favelas. O
café ainda em alta atrai mão de obra estrangeira proveniente de países como
Alemanha, Itália e Japão. O período ainda é marcado pela eclosão da primeira
guerra mundial em 1914 e as diversas convulsões da economia brasileira devida aos
choques externos. A decadência da Republica velha ocorre com a instabilidade entre
as elites oligárquicas da época. A queda da primeira republica ocorre em 1930 com
a chamada Revolução de 1930.
O período intitulado Era Vargas tem seu início exatamente com a eleição de
Getúlio Vargas em 1930. Vargas enfrenta forte oposição das elites militares em seu
governo e revoltas como as de 1932 em prol da criação de uma assembleia
constituinte. As pressões sobre Vargas resultaram em uma constituinte em 1934 e
na constituição de 1934 aonde o foram instituídos o voto secreto e feminino. A
economia do período ficou marcas pela posição protagonista do Brasil no cenário da
produção de café, o que levou Vargas a subsidiar os produtores com a queima de
estoques para controlar o preço das exportações. Além disso o Brasil também se
destaca como exportador de algodão, principalmente para a Alemanha. Devido a
retração da demanda internacional em função da crise de 1929, Vargas alavanca um
projeto de industrialização do país, e substituição de importações. O governo de
Vargas ainda promove diversas reformas federais, principalmente no sistema de
ensino e na infraestrutura. Vargas em 1937 aplica um golpe de estado e implanta
uma ditadura. O período ainda foi marcado pela eclosão da segunda guerra mundial
e por instabilidade política. Vargas enfrenta diversas pressões para por fim ao seu
regime e em 1945 cede, tem-se então o fim da era Vargas.
Mello assim como Fausto faz uma análise histórica do Brasil. Analisa o
complexo processo de construção da economia brasileira, desde o Brasil colónia até
o surgimento da industria no governo Vargas. Na analise de todo esse período
pode-se perceber a formação de uma economia domestica dependente e frágil,
submissa a setor externo e incapaz de auto-reproduzir-se. Assim sendo, Mello
aprofunda-se nas questões mais dedicadas a economia buscando compreender as
razões do profundo subdesenvolvimento e dependência a qual estava submetida a
economia brasileira. Mello compreende que são diversos os fatores que cooperaram
conjuntamente para acorrentar a economia brasileira e limita-la a uma economia
primário exportadora durante séculos. Mello em seu texto afirma que a
compreensão de que a organização internacional tem parte direta na determinação
da economia doméstica é o caminho para a emancipação da economia do país. Ou
seja, Mello propões o foco da economia doméstica nas condições de oferta e
demanda internacionais para então atingir o ideal de industrialização planejado.

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