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Ficha nº6

1. Relaciona o inacabamento do bebé humano com a importância das relações


precoces.
O inacabamento do bebé torna-o dependente dos cuidados dos pais ou de
outros adultos, desde o nascimento e durante mais tempo que os outros
animais.

2. Enumera algumas competências básicas do bebé para comunicar.


O choro, o sorriso, as expressões faciais e as vocalizações são algumas das
competências básicas para comunicar.

3.“A capacidade de a mãe comunicar com o bebé e responder positivamente


às suas necessidades é uma competência básica”. Explica esta afirmação.
É uma competência básica porque é fundamental para o desenvolvimento de
uma interacção equilibrada entre a mãe e o bebé.

4. Explicita o conceito continente-conteúdo que contextualiza a relação mãe-


bebé.
O conceito continente-conteúdo, desenvolvido por Alfred Bion, quer dizer “a
mãe pensa pelo bebé”. Os sinais emitidos pelo bebé (conteúdo) são
vivenciados e interpretados pela mãe (continente).

5. Mostra que a mãe-continente é aquela que comunica eficazmente com o seu


bebé.
A mãe-continente comunica eficazmente com o seu bebé porque consegue
interpretar os sinais que ele emite e devolve-os de uma forma em que ele sente
segurança e conforto. A mãe-continente faz com que o bebé se sinta amado,
compreendido, confiante e seguro.

6. A relação mãe-bebé inicia-se antes do nascimento. D que modo?


Durante a gravidez a mãe estabelece uma relação afectiva com o bebé
centrando nele a sua atenção e energias. Estabelece com ele uma relação que
passa por imaginar como é que ele será, conversa com ele, projecta-o no
futuro. Na base desta relação, estão as fantasias da mãe em relação ao seu
bebé.

7. Define vinculação.
Vinculação é a necessidade de o bebé criar e manter relações de proximidade
e afectividade com os adultos que cuidam dele para garantir a satisfação das
suas necessidades, protecção e segurança.
8. Descreve sucintamente as investigações de Bowlby que levaram a elaborar
a teoria da vinculação.
Bowlby desenvolveu as suas investigações a partir dos anos 40 do século XX,
estudando os efeitos da separação dos pais em crianças londrinas durante a
Segunda Guerra Mundial.
Aplicou entrevistas e testes a jovens e a famílias procurando conhecer o efeito
da separação no desenvolvimento físico e psicológico das crianças. Constatou
que a separação tinha tido consequências muito negativas. Os resultados da
sua pesquisa vieram, então, confirmar a sua hipótese: a proximidade física do
bebé com o seu progenitor é uma necessidade básica, inata, essencial para o
desenvolvimento equilibrado do ser humano.

9. Descreve, em linhas gerais a experiência Situação Estranha de Mary


Ainsworth.
Mary Ainsworth com esta experiência pretendeu analisar os efeitos da
separação e do reencontro de bebés com as suas mães. Na experiencia os
bebés eram colocados com as suas mãe numa sala, depois juntava-se uma
pessoa estranha ao bebé e à sua mãe. De seguida, a mãe saía da sala ficando
o bebé apenas com a pessoa estranha que, passado algum tempo saía
deixando o bebé sozinho. Após algum tempo, regressava em primeiro lugar a
pessoa estranha e depois regressava a mãe. Consoante o tipo de reacção do
bebé à saída e ao regresso da mãe assim seria classificado o tipo de
vinculação.

10. Identifica três categorias de vinculação, segundo Mary Ainsworth.


Vinculação segura, vinculação evitante e vinculação ambivalente ou resistente.

11. Que tipo de vinculação proporciona um sentimento de confiança, uma base


de segurança à criança? Justifica a tua resposta.
Vinculação segura dado que este tipo de vinculação garante que o bebé se
sente seguro para descobrir o mundo que o rodeia e que a relação com os
seus progenitores se mantém mesmo após a separação.

12. Mostra a importância da passagem da díade à relação triangular (mãe-


bebé-pai) e aos grupos sociais.
O bebé humano pela sua prematuridade necessita de cuidados prolongados no
tempo. A relação mãe-bebé, em virtude das alterações da estrutura familiar das
sociedades ocidentais, evoluiu para uma relação onde o papel do pai, embora
diferente do da mãe, tem grande importância no desenvolvimento da criança. A
qualidade destas relações vai marcar as relações sociais que irá estabelecer
no futuro.

13. De que modo se pode estabelecer uma relação entre a vinculação e o


equilíbrio psicológico do ser humano?
Quanto melhores forem as relações de vinculação da criança melhor será o
seu equilíbrio psicológico. Uma relação de vinculação que proporcione um
sentimento de confiança e segurança influenciará positivamente a sua
constituição psicológica.
14. Qual é a relação entre a vinculação e o processo de individuação?
Ao haver vinculação a criança sente uma grande segurança para explorar o
mundo que a rodeia, pois sabe que, que se se sentir insegura, pode regressar
a onde ela se sente mais segura, quer sejam os pais ou outros cuidadores.

15. Descreve sucintamente as experiências de Harlow. Mostra de que modo


contribuíram para compreensão da importância das relações precoces.
Harlow estudou nas crias de macacos os efeitos da ausência da sua
progenitora. Os macacos-bebés tinham acesso a duas mães artificiais, uma de
arame e outra de peluche, apenas a “mãe” de arame fornecia alimento.
Verificou que em ambas as situações as crias procuravam mais a mãe de
peluche. Harlow concluiu, assim, que a vinculação vai para além da satisfação
da necessidade de alimentação, implica também à satisfação da necessidade
de contacto e
conforto.

16. As perturbações nas relações precoces de vinculação podem afectar o


desenvolvimento humano. Explica de que modo.
A ausência ou a perturbação das relações precoces de vinculação pode
conduzir consequências graves no desenvolvimento psicológico e emocional
das crianças. Nestes casos, são afectadas a confiança nas próprias
capacidades e os processos de interacção com os outros. O processo de
vinculação segura propicia equilíbrio emocional e uma melhor interacção social.

17. Spitz levou a cabo um conjunto de investigações que o conduziram à


definição de hospitalismo. Faz uma breve descrição das suas pesquisas.
René Spitz estudou crianças institucionalizadas durante o primeiro ano de vida
e as consequências para o seu desenvolvimento da falta de laços afectivos.
Essas crianças apresentavam perturbações, muitas vezes irreversíveis, como
atrasos de desenvolvimento físico, menor resistência a doenças, apatia,
dificuldades de adaptação, atraso na linguagem, etc. Spitz usou o termo
hospitalismo para designar este conjunto de perturbações decorrente da
ausência de cuidados maternos.

André Rocha nº4 / 12º A

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