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a. o preço mínimo estabelecido refere-se ao trigo com onde PROD é o peso da produção de trigo, em quilogra-
P11. 78kg, considerado padrão; mas, PM é o preço mínimo estabelecido pelo Governo, em
b. para cada kg acima do PH padrão, apreço é acresci- cruzeiros, para o trigo com P11. 79kg e c é o fator de cor-
do de 1%; reção em função do P11.
c. para cada kg abaixo do P11 padrão, dentro da faixa Como o preço mínimo é invariante dentro de um mes-
70 C PH < 78, o preço decresce em 1% e, entrando mo ano, em experimentos comparativos obtêm-se os mes-
no intervalo 65 C P11 < 70. em 2%. mos resultados da análise da variável VI' através da análi-
se do peso da produção corrigida
A Tabela 1 não apresenta os valores de trigo com P11
abaixo de 65 kg porque este é considerado como refugo e PRODCOR.. PROD xc
a taxa de decréscimo no preço mínimo para o refugo
varia de ano para ano, ficando, em geral, a critério das O valor do fator da correção c é dado pela seguinte ex-
cooperativas. Além disto, anos com produção de tão bai- pressão, segundo o P11:
xo peso específico são de rara ocorrência.
P11 + 22,
P11> 70
100
100.{8+ f(70-P11)x2] },
TABELA 1. Preço mínimo para o trigo. Safra de 1971. 65 C PH C 70
100
z.xj3+ô , (2)
APLICAÇÃO E AVALIAÇÃO DO MÉTODO PROPOSTO
onde Z, X e f3 têm as mesmas definições anteriores e
- D e. Material. Para ilustração da aplicação e avaliação do
O valor esperado e a variáncia do vetor de resíduos do
método de análise proposto, utilizam'se dados de 86 ex-
modelo (2) são: perimentos do "Ensaio Sul-Brasileiro de Linhagens de
Trigo" efetuados nos anos de 1974, 1975 e 1976. Os
E(ô) O experimentos foram conduzidos pela rede de experimen-
e tação constituída pelo Centro Nacional de Pesquisa de
V (8 ).V (DC)a DV (e) D'- D(t7 2 1)D'- a W. a 2 D2 .
Trigo (CNPT), da Empresa Brasileira de Pesquisa
Logo, Agropecuária (EMBRAPA); Instituto de Pesquisas Agro-
6 - Ntr(0,a 2 D2 )
pecuárias (IPAGRO), da Secretaria de Agricultura do Rio
onde Grande do Sul; Federação das Cooperativas Brasileiras de
Trigo e Soja Ltda. (FECOTRIGO); Universidade Federal
c o ... o do Rio Grande do Sul (UFRGS); e Universidade Federal
02 . O C... O de PeIotas (UFPEL). Estes experimentos foram delineados
em blocos ao acaso, com quatro repetições, e o número de
O O
'
C t] tratamentos variou de 10 a 36.
Foram utilizados, também, dados de quatro experi-
eCj - cIr.
mentos da área de sanidade do CNPT: "Teste de Fungici-
das do Grupo II", realizado em 1977;e "Recomendações
Assim, o vetor de resíduos do modelo (2) tem distri- da CSBT", "Avaliação de Perdas por Oídio" e "Cultiva-
buição multinormal com média zero e matriz de covarián- res x Fungicidas", efetuados em 1978. Os dois primeiros
eia diagonal, com elementos na diagonal diferentes. Isto utilizaram o delineamento em blocos casualizados, e os
decorre da heterogeneidade de variância, resultante dos di- outros dois, o delineamento em blocos casualizados com
ferentes pesos atribuídos aos tratamentos para levar em parcelas subdivididas.
conta diferentes valores de P11. Análises efetuadas, Para todos os experimentos,foi rea-
Multiplicando-se ambos os membros de (2) por lizada a análise de variáncia para as variáveis PROD e
obtém-se PRODCOR pelo método de quadrados mínimos ordinário
(análise de variáncia usual) e para a variável PROIXOR
D' Z-D" XfJ+ lí' 8, (3) foi efetuada também a análise de variáncia pelo método
ou seja, proposto, ou seja, pelo método de quadrados mínimos
Y.(lY' Xfl3+e. ponderados. Considerou-se como critério, para a avaliação
dos efeitos da utilização da variável PRODCOR as altera'
Então, a análise de peso da produção corrigida em fun- ções ocorridas nos valores de F obtidas para tratamentos.
ção do peso do hectolitro é equivalente à análise da pro- Para os experimentos Cultivares x Fungicidas/1978 e
dução (não corrigida), modelo (1), com a matriz do deli- Sul-Brasileiro de Linhagens de Trigo Precoce-A de Vaca-
neamento D"X em vez de X. A análise apropriada pode ria/1975, foi feita a comparação entre médias de trata-
ser efetuada pela aplicação do método de quadrados míni- mentos para as variáveis PROD e PRODCOR, a fim de se
mos ponderados ao modelo (2). O peso atribuido a cada verificar as alterações causadas pela adoção da variável
observação do i-ésimo tratamento é 1/ei, isto é, o inverso PRODCOR.
TABELA 2. Avaliação do efeito da utilização da variável PRODCOR, com relação à variável PROD, sobre o teste 1'
pua tratamentos (análise de variáncia não ponderada) e da adoção da análise de variáncia ponderada para
a variável FRODCOR, com relação à análise de variáncia usual para PRODCOR e PROD.
TABELA 2. Continuaçb.
TABELA 2. Continuação.
TABELA 3. Comparação das médias das cultivares (parcelas principais) do ensaio Cultivares x Fungicldas/1978 com re-
lação às variáveis produção de grãos de trigo (PROD) e produção de grãos de trigo conigida em função do
peso do hectolitro (PRODCOR). Teste Duncan (aa 0,05).
PROO PRODCOR
2 3.565 A 2 3.632 A
8 3.044 8 4 3.094 8
4 3.037 8 1 3.038 O
1 2.984 8 8 3.030 O
5 2.868 BC 5 2.862 A
1 2.595 C 6 2.551 C
3 2.584 C 1 2.521 C
6 2.568 C 3 2.517 C
quisadores adotam como critério de decisão uma portância nos casos em que não se utilizam testes
determinada percentagem sem levar em conta os estatísticos.
testes estatísticos. Um exemplo disto é o critério Com relação à correção dos dados de produ-
utilizado na avaliação do rendimento de grãos para ção de grãos de trigo em função do peso do hec-
o lançamento de novas cultivares de trigo, o qual tolitro, convém salientar, ainda, que o Banco do
consiste em que uma linhagem pode ser lançada Brasil utiliza uma tabela de melhoria do peso do
como nova cultivar se na média dos últimos três hectolitro em função da umidade do grão. No
anos de experimentação ela tiver 5% mais produ- presente trabalho, não se levou isto em considera-
ção do que a melhor testemunha. No exemplo ci- ção, uma vez que se supôe ser prática geral entre
tado, vê-se que a produção relativa dos tratamen- pesquisadores secar convenientemente os grãos
tos 17 e 7 foi alterada em 4% quando se utilizou de todos os tratamentos a serem comparados, an-
a PRODCOR. Este fato mostra que o uso da va- tes da determinação do peso da produção de grãos
riável PRODCOR pode talvez assumir maior im- e do peso do hectolitro.
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a .Gr-
a
Ln
REP. REPETIÇÃO
TRAT.. TRATAMENTO
E o - 8 PROD- PRODUÇÃO DE GRÃOS EM KG/HA
E
c c c c PH..PESODOHECTOLITRO;
a IFPFI <7ØTHENGOTOP1;
8 Y. (PH+ 22)1100;
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o., g
Ioe1c.1In .? GOTOP3;
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ri 4J P1:IFPH< 65THENGOTOP2;
Y. (100- (8+ ((70 - PH)'2))/100;
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o ee P2 :Y.Ø,48;
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P3:PRODCOR..PROD'Y
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P. 1/(Y'Y);