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(Adoptada a estrutura constante no Art.41.º do Decreto Presidencial n.

º 193/18, de 10 de Agosto, Normas


Curriculares Gerais de Graduação, em anexo a este programa)

PROGRAMA TEMÁTICO E ANALÍTICO DA DISCIPLINA DE METODOLOGIA


DE ENSINO DA MATEMÁTICA
UNIDADE CURRICULAR ANO

METODOLOGIA DE ENSINO DA MATEMÁTICA NO ENSINO PRIMÁRIO 3.º

FUNDAMENTAÇÃO

O A disciplina Metodologia de Ensino de Matemática se ocupa do estudo dos processos pedagógicos


que transcorrem na adquisição de conhecimentos e no desenvolvimento de habilidades e capacidades
matemáticas; quer dizer, estuda os conteúdos, as leis e a organização desses processos com o intuito de
contribuir à preparação dos professores para dirigir o processo de ensino-aprendizagem dos conteúdos
matemáticos que foram incorporados no Ensino Primário.
Os objectivos gerais do curso de Licenciatura em Educação Primaria, e os desafios actuais da educação
Matemática, tornam evidente a necessidade de formar professores com níveis elevados de
conhecimentos teóricos e práticos das diferentes áreas do conhecimento.
Sendo a metodologia de ensino da matemática uma cadeira-chave para construção do conhecimento nas
diferentes áreas do saber e saber fazer, é de fundamental importância que o futuro um professor do
ensino primário tenha conhecimentos sólidos desta ciência, principalmente das formas de ensinar a
matemática básica.
Para uma melhor adequação aos actuais planos de estudos do novo sistema de educação houve
necessidade de elaborar este programa que pressupõe a adaptação de uma nova concepção do ensino em
geral e em particular da matemática. Esta concepção privilegia os mais recentes conhecimentos e
processos científicos na área da matemática e suas metodologias.
Tendo em conta as exigências sociais e contextuais decorrentes do processo de reforma educativa
implementada no país, a UC de Metodologia de ensino da Matemática pretendem dar resposta às
necessidades de elevar o nível profissional e científico dos professores do ensino primário no sentido de
contribuir para a melhoria da qualidade do sistema educativo nacional.
O programa de Metodologia de ensino da Matemática possui cinco temas com conteúdos devidamente
seleccionados que constituem um todo suficiente para dotar o futuro professor de conhecimentos,
capacidades, habilidades e hábitos exigidos a um professor do ensino primário competente.
OBJECTIVOS INSTRUTIVOS E EDUCATIVOS
1. Desenvolver habilidades e capacidades para planificar, preparar e executar aulas aplicando os
métodos mais efectivos para a direcção do processo de ensino-aprendizagem da Matemática no
Ensino Primário, com carácter científico em estreita vinculação com a vida, cumprindo com os
princípios didácticos sobre a base do programa e demais documentos políticos educacionais
2. Proporcionar aos licenciados actualização científica e metodológica para o ensino da
Matemática no Ensino Primário, que permita: a claridade de conceitos, o desenvolvimento do
raciocínio lógico e a capacidade para estabelecer relações.
3. Proporcionar o uso correcto de técnicas, materiais, recursos e procedimentos que melhorem o
rendimento dos alunos no estudo da Matemática, através de carácter instrumental, formativo e,
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de interpretação e aplicação da matemática.
4. Obter amplia formação científica e actualização didáctica para o ensino da Matemática no
Ensino Primário.
5. Actualizar procedimentos metodológicos para que o aluno do Ensino Primário possa chegar ao
conhecimento matemático por seus próprios meios, gerando estratégias e explicando mediante
raciocínios lógicos.
6. Elaborar meios de ensino apropriados para desenvolver o raciocínio, a criatividade na
construção dos conhecimentos matemáticos.
7. Experimentar métodos de investigação para a inovação educativa em Didáctica da Matemática.

NÚMERO DE UNIDADES DE CRÉDITO E DE HORAS LECTIVAS, A SUA DISTRIBUIÇÃO POR


AULAS TEÓRICAS E PRÁTICAS

NÚMERO Horas de Contacto


Horas Horas
DE Horas
Horas Horas Horas Horas Trabalho Orientação Avaliação
UNIDADES Teórico-
Totais semanais Teóricas Práticas Autónomo Tutorial (A)
DE práticas
(HS) (T) (P) (TA) (OT)
CRÉDITO (HT) (TP)
4 60 3 10 20 10 10 5 5

PLANEAMENTO TEMÁTICO
Teórico-
TEMA Teóricas Práticas Total
práticas
1. FUNDAMENTOS DA METODOLOGIA DE ENSINO 1 2 2 5
DA MATEMÁTICA NO ENSINO PRIMÁRIO
2. FUNDAMENTOS DIDÁCTICO-METODOLÓGICOS 1 2 2 5
NA
3.  A AULA COMO FORMA FUNDAMENTAL DE
ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO DE ENSINO- 3 6 2 12
APRENDIZAGEM
4. AVALIAÇÃO E TRABALHO COM OS 2 2 2 6
PROGRAMAS DO ENSINO PRIMÁRIO
5. TRATAMENTO DE SITUAÇÕES TÍPICAS DO 6 20 7 32
ENSINO DA MATEMÁTICA PRIMÁRIA
TOTAL 13 32 14 60

RESULTADOS DE APRENDIZAGEM (CONHECIMENTOS, HABILIDADES E ATITUDES) POR


TEMA
TEMA 1. Fundamentos da Metodologia de Ensino da Matemática no Ensino Primário
RESULTADOS DE APRENDIZAGEM:
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No final deste tema, os estudantes deverão ser capazes de:
1. Compreender o objecto de estudo da didáctica especial da matemática para o desempenho das funções
de professor
2. Reconhecer as diferentes concepções de Ciências e de Conhecimento Matemático nas teorias
pedagógicas.
3. Analisar a importância dos conhecimentos matemáticos como meios para compreender e transformar o
mundo à sua volta
4. Reflectir sobre as teorias da aprendizagem, a postura pedagógica do profissional da educação e o
ensino da matemática na actualidade, tendo em vista a sociedade do conhecimento
5. Entender a importância da metodologia na construção da Linguagem Matemática e suas
representações, cálculos e/ou algoritmos, resolução de problemas, etnomatemática, modelagem
matemática, alfabetização tecnológica, história da Matemática, jogos e desafios.
6. Linhas Directrizes do Ensino da Matemática
CONTEÚDO CURRICULAR:
TEMA # 1: Objecto e âmbito metodológico da Metodologia de Ensino da Matemática no Ensino Primário.
Fundamentos e aspectos principais do trabalho metodológico
1.1 A Metodologia do Ensino da Matemática como disciplina pedagógica e suas relações com outras
disciplinas.

1.2 Importância do ensino da Matemática para a formação e preparação para a vida de escolar primária

TEMA #2. FUNDAMENTOS DIDÁCTICO-METODOLÓGICOS NA


RESULTADOS DE APRENDIZAGEM:
No final deste tema, os estudantes deverão ser capazes de:
1. Usar correctamente as técnicas, materiais, recursos e procedimentos que melhorem o rendimento dos
alunos no estudo da Matemática, através de carácter instrumental, formativo e, de interpretação e
aplicação da matemática.
2. Chegar ao conhecimento matemático por seus próprios meios, gerando estratégias e explicando
mediante raciocínios lógicos.
3. Elaborar meios de ensino apropriados para desenvolver o raciocínio, a criatividade na construção dos
conhecimentos matemáticos.
4. Fundamentar as limitações e a necessidade de ampliação dos conteúdos matemáticos
5. Ser capaz de dirigir o processo de ensino aprendizagem conhecendo os aspectos interactivos que
intervêm, facilitando a motivação e permitindo um adequado tratamento das diferenças individuais na
aula de matemática;
6. Reflectir a partir da prática escolar sobre o desenvolvimento profissional.
7. Reconhecer as matemáticas como instrumento de modelização da realidade.
8. Utilizar estratégias de investigação, as regras e procedimentos heurísticos: estratégias para frente e
para atrás.
9. Ter capacidade de reflectir sobre o processo de ensino-aprendizagem, ser consciente dos diferentes
tipos de discurso e organização da aula que se podem utilizar em matemáticas a fim de melhora-lo.
CONTEÚDO CURRICULAR:

1. Campos ou esferas de objectivos do ensino da Matemática.


2. Panorâmica dos conteúdos matemáticos por classe no Ensino Primário e sua inter-relação. Critérios de
selecção.
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3. A elaboração dos conceitos matemáticos. Vias para a sua elaboração
4. Considerações gerais sobre os componentes do processo de ensino-aprendizagem da Matemática no
Ensino Primário
TEMA 3. A AULA COMO FORMA FUNDAMENTAL DE ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO DE
ENSINO- APRENDIZAGEM
RESULTADOS DE APRENDIZAGEM:
No final deste tema, os estudantes deverão ser capazes de:
1. Funções didácticas no ensino da Matemática. Tipos de aulas. Sistema de aulas
2. A preparação da aula de Matemática desde um enfoque criativo
3. Dominar os métodos princípios, meios e formas de organização do ensino da matemática
4. Reconhecer que os recursos didácticos têm um papel importante no processo de ensino e aprendizagem
matemática.
5. Compreender os diferentes métodos e formas de avaliação em Matemática.
6. Planificar aulas de matemática para o ensino de Matemática para o ensino primário.
7. Desenvolver actividades docentes, na Prática de Formação e nas aulas, sobre os temas e/ou conteúdos
específicos de cada classe do ensino.
8. Elaborar materiais e recursos para o ensino e aprendizagem da Matemática: uso, abuso e desuso,
significado e finalidade da sua utilização para melhorar a aprendizagem da mesma.
9. Elaborar tarefas de aprendizagem do tema
CONTEÚDO CURRICULAR
1. Conceito de aula 2. Bases teóricas para planificação e preparação da aula; 3. Processo de ensino e
aprendizagem; 4. Objectivos do ensino de matemática (da 1ª à 6ª classe: Corte vertical e transversal); 5.
Conteúdos de ensino; 6. Métodos de ensino da matemática; 7. Importância dos métodos de ensino; 8.6.
Princípios de ensino da matemática; 8.1- Importância dos princípios de ensino da matemática; 9. Meios de
ensino na matemática; 9.1 - Importância dos meios de ensino; 11. Formas de organização do trabalho;11.1 -
Importância das formas de organização do trabalho; 12. O jogo e a manipulação de objectos concretos; 12.1
Importância do jogo e da manipulação no ensino da matemática (classes iniciais); 13. Funções didácticas; 13.1
Tipos de aula; 14. Planificação e preparação da aula; 14.1 - Bases da planificação; 14.2 - Planificação a longo,
médio e a curto prazo (anual ou semestral trimestral; plano temático detalhado de uma unidade); 14.3 -
Exemplos de planos detalhados de uma unidade e de uma aula de matemática.
TEMA # 4: AVALIAÇÃO E TRABALHO COM OS PROGRAMAS DO ENSINO PRIMÁRIO
CONTEÚDO CURRICULAR
4.1 Conceito de avaliação; 4.2 Tipos de Avaliação;4.3 Requisitos para elaboração de provas.
TEMA #5. TRATAMENTO DE SITUAÇÕES TÍPICAS DO ENSINO DA MATEMÁTICA PRIMÁRIA
CONTEÚDO CURRICULAR
5.1 Elaboração de conceitos e definições; 5.2. Elaboração de demonstrações de teorema; 5.3 Elaboração de
procedimentos de carácter algoritmo e heurísticos; 5.4 Técnicas de apresentação do conjunto; 5.4.1 O conjunto
e as suas propriedades; 5.5 2. Tratamento dos números Naturais
5.6 Tratamento dos números Naturais até 10; 5.7 Tratamento dos números Naturais até 20; 5.8 Tratamento dos
números Naturais maiores que 20; 5.9 Tratamento dos números Fraccionários e seus conceitos fundamentais;
5.10 Tratamento dos símbolos numéricos romanos que se abordam no Ensino Primário;
5.11 Exercícios integradores sobre o tratamento dos números Naturais.
5.12 Introdução das operações básicas de cálculo e suas propriedades;. 5.13 O desenvolvimento das acções
mentais. Aplicação prática da teoria do desenvolvimento das acções mentais da Teoria de Galperín.
5.14 Tratamento sistemático dos exercícios básicos e das vias para o seu domínio; 5.14 Tratamento dos
exercícios não básicos e dos procedimentos para a sua solução. Exercícios para a fixação do cálculo oral.
5.15 Desenvolvimento de habilidades nos procedimentos escritos de cálculo. Exercícios para a sua fixação.
5.16 Tratamento da adição e subtracção de números fraccionários. Tratamento da multiplicação e divisão de

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números fraccionários; 5.17. Desenvolvimento de habilidades no cálculo com números fraccionários.
Exercícios para a sua fixação; 5.18 Exercícios integradores sobre o tema; 5.19. Trabalho com variáveis no
Ensino Primário; 5.20. Conceito de variável, equação e inequação; 5.21. Trabalho com tabelas, igualdades
e desigualdades com variáveis; 5.22. Tratamento com equações e inequações no Ensino Primário e sua
sistematização; 5.23 Formas de solucionar as equações através de: reflexões lógicas, de forma intuitiva,
mediante tentativas e a aplicação de conhecimentos matemáticos;
6. Tratamento das magnitudes no Ensino Primário
6.1 Importância das magnitudes para a vida e a ciência em geral. Valor educativo
6.2 Objectivos do tratamento das magnitudes
6.3 Panorâmica dos conteúdos que se trabalham no Ensino Primário relacionados com as magnitudes. Uso dos
meios de ensino
6.4 Tratamento das magnitudes que se trabalham no Ensino Primário, que pertencem ao SIU
6.5 Unidades de superfície e de volumem. Relações e tratamento
6.6 Exercícios integradores relacionado com o tema.
7. Tratamento metodológico dos conceitos geométricos no Ensino Primário
7.1 Importância da Geometria para a vida do aluno e para o trabalho que desenvolve o professor
7.2 Conteúdos fundamentais da Geometria no Ensino Primário
7.3 Vias metodológicas para a obtenção dos conceitos geométricos e suas especialidades no Ensino Primário
7.4 Habilidades que se devem adquirir para o traçado a e a construção.
7.5 Tratamento de exercícios com as figuras incluídas, reconhecimentos de figuras e corpos geométricos e suas
propriedades
7.6 Exercício integrador do tema.
RECOMENDAÇÕES METODOLÓGICAS
No desenvolvimento do programa deve-se obter que os alunos reafirmem e sistematizem os conhecimentos
estudados em classes e temas anteriores e no mesmo tema, além de propiciar a integração das diferentes áreas
do conhecimento. Deste modo se pode obter que o aluno se aproprie de um quadro integral da Matemática que
o prepare para enfrentar seu trabalho como docente na educação primária.
O trabalho com a disciplina deve ser activo, a partir da formulação e resolução de exercícios e problemas,
tomando como ponto de partida os que aparecem nos textos de Matemática da escola primária, valorando sua
vigência, actualidade, suficiência, idoneidade, possibilidades de solução e propostas de ampliação.
Para que o estudante veja a necessidade de dominar a disciplina como um meio que facilitará sua futuro
trabalho é necessário que em cada tema a tratar se analisem os programas e textos da escola para que vejam
seus antecedentes na primária. Pode-se mostrar que o tema do trabalho com variáveis oferece uma
oportunidade valiosa para precaver-se da forma em que se transita por este contido nos diferentes níveis de
ensino. O docente, por exemplo, pode orientar um estudo de programas e livros de texto para resumir como
transcorre o trabalho com as variáveis e equações na escola (introduz-se em primeiro grau, resolvem pranchas
com uma primeiro variável e com dois depois, empregam-se em generalizações, proposições, definições e
fórmulas, etc.).
O estudo das operações com conjuntos se realiza em estreito vínculo com os conectores lógicos para
proposições compostas e se encaminha à compreensão das expressões "e", "ou", " se..., então", " se e só se ",
"para todo ", "existe", que se empregam na escola. O trabalho com as operações com conjuntos e os conectores
lógicos deve realizar-se sobre a base de uma adequada selecção de exemplos, tanto de situações extra-
matemáticas como intra-matemáticas. Trata-se de compreender o significado destes termos, para o qual deve
dirigir o trabalho prático dos estudantes e nem tanto ao cálculo proposicional mediante o emprego de tabelas

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de verdade.
De maneira, que ao concluir os quatro semestres os estudantes possam formular definições e proposições
estudadas na educação primária, as argumentar ou as demonstrar, conforme seja necessário, evidenciando as
diferenças entre estes termos.
Os temas dedicados à numeração e o cálculo aritmético devem concluir com uma análise da directriz
ampliação dos domínios numéricos, em que se manifestem as insuficiências de cada domínio numérico, a
necessidade de sua ampliação e as relações que se estabelecem entre eles como conjuntos. Recomenda-se que
se realizem exercícios como os que aparecem no livro de texto de 10ª classe
Os estudantes continuarão familiarizando-se com os domínios numéricos e suas ampliações sucessivas.
Reafirmando o estudo do conjunto dos números naturais e fraccionários, suas operações e propriedades pela
incidência que têm no ensino fundamental; sugerem-se actividades práticas nas que se observe a elaboração
dos números naturais em primeiro grau, realizem-se resumos segundo os números que se elaboram em cada
classe, os meios que se utilizam e os tipos de exercícios que se propõem para a fixação nos livros de texto e
cadernos de trabalho.
Conceitos como número primo, decomposição de um número em factores primos, divisibilidade, m.c.m. e
m.c.d., são de extraordinária importância na aritmética elementar. Não se recomenda um tratamento destes
conteúdos com todo o rigor, é preferível assimilar os conceitos e proposições fundamentais para aplicá-los à
resolução de problemas a partir das exigências do programa da sexta classe e que se valore a importância deste
conteúdo como condição prévia para o cálculo da adição e subtracção de números fraccionários expressos
como fracções comuns (diferentes denominadores).
De maneira análoga no trabalho com o domínio dos números fraccionários se sugere observar classes nas que
se repartam ditos conteúdos de maneira que se evidencie a relação entre o aprendido na disciplina e a prática
escolar, esta relação pode dar-se como ponto de partida do conhecimento teórico ou como aplicação desse
conhecimento na prática. Em dependência do momento do curso em que se trabalhe, devem consultar livros de
texto de 5ª e 6ª graus 5ª e 6ª classes, realizar actividades práticas que despertem o interesse pelo ensino da
disciplina como pudesse ser: a elaboração de meios de ensino próprios para representar fracções, representar
fracções no raio numérico, idear actividades lúdicas relacionadas com estes conteúdos, resolver exercícios e
problemas propostos nos livros, assim como elaborar outros tirados de situações da prática.
No relacionado com a proporcionalidade e o tanto por cento, devem-se utilizar estratégias que contribuam à
compreensão do significado destes conceitos. Recomenda-se consultar o livro de texto e as orientações
metodológicas para que resolvam os exercícios que se propõem e se elaborem problemas da vida prática onde
se estabeleçam relações de proporcionalidade e se apliquem o tanto por cento e o tanto por mil.
A sistematização do trabalho com magnitudes é uma ocasião ideal para mostrar a utilidade da Matemática,
suas aplicações práticas e a estreita relação que existe entre suas diferentes áreas.
O tratamento das magnitudes deve promover no aluno a exploração activa do mundo real para que adquira
destrezas na realização de estimativas e medições.
No tratamento dos conceitos do tema se deve chamar a atenção sobre as vias indutivas e dedutivas que se
empregam na Educação Primária. Para a introdução de diferentes unidades de medida, para isso se pode
orientar o estudo dos passos que aparecem nas orientações metodológicas de primeira classe para introduzir o
centímetro e nas de terceira classe para a introdução do grama e explicar como esses procedimentos se devem

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transferir para a elaboração de outras unidades.
Ao tratar as relações que se dão entre as unidades de medida de uma mesma qualidade se deve procurar a
formação do reflexo mental do "tamanho" das mesmas e de seu número de conversão. Resultam de especial
interesse o tratamento da analogia que se dá na estruturação dos múltiplos e submúltiplos das unidades básicas
do Sistema Métrico Decimal em algumas magnitudes e o Sistema de Numeração Decimal.
É importante referir-se ao tratamento das unidades de tempo, ao uso do relógio e à realização de exercícios
variados em que os alunos tenham que determinar o tempo transcorrido
Para alcançar uma visão panorâmica dos conteúdos, sugere-se a realização dos exercícios e actividades que se
orientam nos diferentes textos do ensino fundamental, os que aparecem nos software educativos e outros
materiais afins. A elaboração ou adequação de exercícios e a confirmação de sistemas de exercícios para o
trabalho individualizado, entre outras, são tarefas de aprendizagem que para o estudante podem resultar
atractivas e de grande utilidade prática.
É importante que os estudantes compreendam que neste tema, as actividades incluídas nos livros de texto não
podem substituir não o trabalho de estimativa e medição que devem fazer os alunos enfrentar situações da vida
quotidiana.
Ao início da sistematização da geometria plaina se requer precisar os conceitos de semi-recta, semiplano,
segmento e ângulo, assim como as propriedades fundamentais da planimetria sobre a base das quais se constrói
a Geometria Escolar, o que deve servir para consolidar os conteúdos aprendidos em graus anteriores.
Ao estudar os ângulos que se formam ao ser cortadas dois rectas por uma secante terá que partir do caso em
que se trate de dois rectas quaisquer, para logo mostrar as propriedades que se cumprem para o caso em que
sortes rectas sejam paralelas. Estes teoremas podem servir de base para fixar conceitos como os de recíproco e
contra recíproco e para comprovar que os recíprocos destes teoremas são proposições verdadeiras.
As construções geométricas elementares devem ser realizadas com regra e compasso e com o emprego de
assistentes matemáticos como o Geómetra. Em um início, quando os alunos não estejam familiarizados com
este assistente, recomenda-se que realizem a construção com regra e compasso e depois com auxílio deste.
O estudo da mediatriz de um segmento e da bissectriz de um ângulo como lugares geométricos resultam de
importância por sua aplicação posterior na resolução de determinados problemas que requerem da aplicação
destes conteúdos. Teoremas como o que afirma que os pontos da mediatriz de um segmento equidistante de
seus extremos, constituem um aprofundamento e aplicação destes conteúdos e servem para que os alunos
apreciem como se podem realizar demonstrações por diversas vias. O assistente também pode ser empregue
para procurar o enunciado de uma proposição, como por exemplo, a desigualdade triangular.
As relações entre as distintas propriedades de quadriláteros especiais resultam difíceis de recordar pelos
estudantes, por isso se sugere realizar quadros ressumeis, assim como as aplicar na resolução de problemas
geométricos.
É conveniente estimar comprimentos, amplitudes de ângulos, perímetros e áreas do entorno escolar e social do
estudante e as comparar com as medições e cálculos correspondentes. Resulta proveitoso o cálculo do
perímetro e áreas de figuras que resultam da combinação de triângulos e os quadriláteros estudados.
Especial atenção deve emprestar-se ao conceito de igualdade geométrica para o qual se começará com uma
sistematização sobre os movimentos do plano. A igualdade de triângulos se definirá partindo da definição de
igualdade geométrica. Realizar-se-á a busca dos critérios por via redutiva e suas demonstrações respectivas. As
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construções de triângulos serão fundamentadas aplicando os critérios de igualdade. Não se deve igualdade de
triângulos. Resulta apropriado resolver exercícios e problemas nos que se realizem as demonstrações das
propriedades de quão quadriláteros foram tratadas anteriormente de forma intuitiva descartar que se construam
figuras planas, usando as propriedades das figuras e os critérios de, assim como problemas práticos de cálculo
geométrico.
Ao estudar as figuras semelhantes se devem sistematizar os conceitos de razão e proporção, o qual deve
contribuir além a vincular a Aritmética com a Geometria. É importante que se reconheça a proporcionalidade
entre segmentos em figuras do meio circundante, por exemplo comparando bandeiras de países e mapas a
escala, entre outros modelos apropriados. Os estudantes devem compreender o significado da igualdade e a
semelhança de figuras plainas.
Para introduzir o correspondente a equações, inequações e funções lineares se deve analisar o trabalho que se
realiza desde a primeiro classe em relação com as linhas directrizes “Variáveis” e “Equações”, analisar como
solucionam os alunos as equações mediante reflicta lógicas, aplicando propriedades, relacione entre operações
etc. Uma vez que se repassem os procedimentos para resolver equações, deve trabalhar-se para que os alunos
formulem problemas, pela importância que isto reveste inclusive para sua futura profissão.
No trabalho com inequações lineares os estudantes devem poder inferir os procedimentos para a resolução de
inequações lineares ou quadráticas a partir das propriedades e o gráfico das correspondentes funcione. Devem
capacitar-se para representar situações da realidade mediante inequações, precisando o domínio de definição
destas, assim para resolver problemas utilizando este recurso.
Em uma panorâmica do transcurso da linha directriz “Função” deve destacar-se além como a Escola Primária
tem que garantir as condições prévias para a compreensão posterior deste importante conceito. Deve
esclarecer-se que uma função está determinada sozinho quando se conhece seu domínio, o qual se deve ilustrar
pondo exemplos de funções com domínios diferentes ao do conjunto dos números reais.
Deve-se fazer insistência na importância que tem que se possa passar de uma forma de representação de uma
função a outra, quer dizer, que os alunos possam passar de suas propriedades a sua representação analítica e
gráfica e vice-versa, além de que possam pôr exemplos de situações que se ajustam ao comportamento descrito
por uma função dada ou possam determinar os parâmetros de uma equação empírica.
Além disso, recomenda-se fazer uso de um assistente matemático como o Equação ou simulador de funções de
Eureka para compreender as modificações da equação e do gráfico de uma função por dilatação, contracção ou
a realização de algum movimento. Este assistente também é adequado para aventurar ou verificar hipótese a
respeito dos parâmetros de um tipo de equação, que descreve alguma situação da realidade.
Também é importante planificar actividades em que os alunos integrem o conteúdo de geometria com o das
funções.
No Tema sobre elementos de estatística descritiva, combinatória e probabilidades se trabalhará em função de
que os estudantes sistematizem os tipos de ferramentas estatísticas que se podem aplicar de acordo com as
características das variáveis que se estudam, de modo que se possam analisar tendências e realizar valorações
sobre determinados feitos e fenómenos da realidade. É necessário para isso que resolvam problemas que
requerem da descrição e interpretação de dados discretos e contínuos, jogo de dados mediante tabelas, gráficos
e estatísticos, em particular, a aplicação dos conteúdos estatísticos à descrição de situações docentes,
económicas e do cuidado do meio ambiente.
Durante o desenvolvimento desta disciplina os estudantes têm que adquirir domínio no trabalho com o
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software educativo, que depois terão que orientar a seus alunos nas escolas. além das possibilidades que este
brinda para a aquisição independente de conhecimentos, brinda múltiplos oportunidades para a consolidação,
aprofundamento e ampliação do aprendido.
SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Os estudantes realizarão duas provas de frequência. As tarefas de aprendizagem serão integradoras, e partem
da incorporação dos conteúdos estatísticos, no qual os estudantes deverão demonstrar a compreensão
conceptual, procedimental e atitudinal em que descansa esta concepção didáctica mediante:
 Pequenas investigações orientadas a aplicar os conteúdos estudados nas diferentes temáticas.
 Trabalhos de investigação curtos, que vinculam a matemática com a sociedade e a tecnologia, o meio
ambiente, assim como as demais disciplinas do Currículo.
 Oficinas
 Testes escritos e exames orais;
 Apresentação da resolução das fichas de exercícios
1ª Época - 2 Provas de Frequências e Prova de Exame
 2ª Época: Prova de Recurso e
 Exame especial
INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS
1. Apontamentos do docente
2. Rivero, E. F.: Matemática para a Escola Pedagógica. Editoral Pueblo y Educacíon, Cuba,
3. Allendoerfer, C. B.: Introduccción Moderna a la Matemática Superior, Edição de Castillo, S. A.,
Madrid, 1975
4. Vinográdov, I.: Fundamentos da teoria dos números. Ed. Mir, Moscovo, 1971.

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