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UNIVERSIDADE FEEVALE

THALYS BETTIO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO

Relatório de Estágio Curricular Obrigatório


apresentado como requisito parcial à
obtenção do título de Bacharel em
Engenharia Civil, pela Universidade
FEEVALE.

Orientador: Prof. Carina Stolz

Autorizo o encaminhamento para avaliação,

____________________________________________________________
Assinatura do professor Orientador
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Novo Hamburgo, 2019


RESUMO

O relatório apresentado a seguir tem como objetivo descrever as atividades


acompanhadas no decorrer a disciplina de estágio obrigatório, supervisionado pela
engenheira civil Nicolle Amorim, em obra da empresa MRV Engenharia e
Participações. A obra conta com cinco torres, cada uma com dez pavimentos, sendo
que o sistema de construção executado é alvenaria estrutural de blocos de concreto.
Esta construção encontra-se em fase inicial de execução e o serviço acompanhado,
objeto de estudo do relatório, será o de execução tubulação, colocação de caixas de
passagens elétricas na alvenaria e passagem do cabeamento elétrico dos
apartamentos. O sistema objeto de acompanhamento deste relatório, é executado
após a execução da alvenaria, constitui no lançamento de tubulações durante a
execução da laje (tubulação para as tomadas), execução de furos para colocação
das caixas de passagem e após passagem do cabeamento, ficando neste ponto até
o acabamento final.
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 04
1.1. DESCRIÇÃO DA UNIDADE CONCEDENTE DO ESTÁGIO 04
1.2. OBJETIVOS DO ESTÁGIO E RESUMO DAS ATIVIDADES 05
2 DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO 06
2.1. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 06
2.2. PRINCIPAIS PROBLEMAS ENCONTRADOS 08
2.3. RELAÇÃO DO ESTÁGIO COM REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS E COM AS DISCIPLINAS DO CURSO 09
3 CONCLUSÕES 10
3.1. APRENDIZADO PRÁTICO 10
3.2. RELACIONAMENTO PROFISSIONAL 10
3.3. SUGESTÕES PARA UNIVERSIDADE 11
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 12
5 REFERÊNCIAS 13
6 ANEXOS 14
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1 INTRODUÇÃO

Este relatório descreve a atividade que o acadêmico Thalys Bettio acompanhou


na obra da empresa MRV ENGENHARIA E PARTICIPAÇÕES, supervisionado
pela engenheira de execução Nicolle Amorim, na disciplina de estágio, do curso
de engenharia civil da universidade FEEVALE. Nesta etapa do estágio, o
principal serviço acompanhado foi de execução da tubulação na laje e alvenaria
para passagens de cabos elétricos, colocação das caixas de passagem e
instalação dos cabos elétricos dos apartamentos, tendo mais ênfase na torre 02
do empreendimento, por se tratar da torre mais avançada (quarto pavimento),
em relação as demais.
Esta disciplina tem como objetivo inserir o aluno em um ambiente de trabalho
onde posa aplicar seus conhecimentos acadêmicos, aprimorando-os e tendo
contato com o trabalho prático, assim, podendo obter uma visão geral do serviço
e conhecendo as dificuldades que possam surgir ao longo do processo.

1.1 DESCRIÇÃO DA UNIDADE CONCEDENTE DO ESTÁGIO

A MRV ENGENHARIA possui sua sede em Belo Horizonte (MG), tendo obras em
todo o Brasil, o empreendimento descrito neste relatório é a obra PARQUE
PORTO MARABELLA, localizada na Rua Visconde de São Leopoldo, número
410, bairro Vila Rosa, na cidade de Novo Hamburgo (RS). A construtora tem seu
foco na construção de imóveis para a classe média, com certificação nível A do
PBQP-H.
Este empreendimento teve início em dezembro de 2019 e tem como prazo
previsto de entrega Maio de 2021. No total é composto por cinco torres, sendo
todas elas com mesma arquitetura e mesmo projeto de fachada, cada torre
possui 10 pavimentos e cada pavimento possui 8 apartamentos. Este
empreendimento da MRV é o último em alvenaria estrutural e conta com a nova
linha de acessórios da MRV o chamado selo digital. O mesmo conta com
sistema de proteção do perímetro do condomínio e também das torres, no
entorno da torre são instaladas câmeras de segurança e o perímetro do
condomínio conta com câmeras de segurança e cerca elétrica com alarme
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audiovisual. Os apartamentos, por sua vez, possuem tomadas elétricas e pontos


de iluminação, em algumas tomadas da sala e do quarto contam com tomada +
USB, além disso o apartamento possui cozinha, banheiro, 2 quartos, lavanderia
e varanda com churrasqueira.
No canteiro de obras tem-se almoxarifado, engenharia, depósito de inflamáveis,
baias de resíduos sólidos, área de carpintaria, lava rodas, depósitos de tintas e
gesso, grua, salão de festas, vestiário, banheiro, guarita, piscina, sala de
encarregados e refeitório. O efetivo da obra é em média de 115 funcionários,
sendo estes empreiteiros e próprios da empresa, a equipe administrativa da
engenharia é composta por 12 funcionários.

1.2 OBJETIVOS DO ESTÁGIO E RESUMO DAS ATIVIDADES

A disciplina de estágio tem como objetivo encaminhar o acadêmico para o


primeiro contato com os setores de sua formação, tanto em escritórios mais
alinhados para projetos estruturais entre outros projetos complementares, quanto
para canteiro de obras, onde está alinhada a execução dos projetos elaborados.
Este, que na minha opinião, é o melhor contato com a engenharia civil pois é
neste setor que tu estarás trabalhando o dia a dia do engenheiro civil.
Em conjunto ao mencionado acima, também existem as relações interpessoais
no meio de trabalho, outro objetivo da disciplina de estágio, este contato visa
fazer com que o acadêmico já trabalhe com as adversidades encontradas no
canteiro de obra.
As atividades realizadas em obra serão conferência de execução de tubulação e
caixas de passagem em laje e alvenaria e passagem dos cabos elétricos dos
apartamentos. A conferência acontecerá com o comparecimento do acadêmico
ao local onde foram executados os serviços e conferindo e analisando se os
pontos de tomadas e passagens de tubulações estão em local correto e
conforme projeto e, por fim, a conferência nas passagens de cabeamentos
elétrico.
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2 DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO

O estágio ocorreu na cidade de Novo Hamburgo, obra Parque Porto Marabella


da empresa MRV ENGENHARIA E PARTICIPAÇÕES, a atividade principal
exercida pelo acadêmico foi o acompanhamento das instalações de tubulações e
caixas de passagens na alvenaria e laje, após a execução dessa primeira etapa,
foi acompanhada a passagem do cabeamento elétrico dos apartamentos.
O material necessário para a conferência deste serviço, os projetos, foi fornecido
pela equipe técnica da MRV, responsável pelos projetos de toda a regional.
Nestes projetos constam os trajetos das tubulações tanto na alvenaria quanto na
laje, e também o posicionamento das caixas de passagem na alvenaria, nestes
também constam as especificações de cabos e tipos que passam nas
tubulações.
Após análise dos projetos pela equipe de engenharia de execução é
desenvolvida uma ata de alterações e assuntos abordados e enviada a equipe
técnica dos projetos, caso aprovadas as mudanças, são plotados os projetos e
mantidos ao alcance dos profissionais e acadêmico.
Além dos projetos, utiliza-se também ABNT NBR 5410:2004 – instalações
elétricas de baixa tensão e procedimento de execução de serviço e ABNT NBR
ISO/CIE 8995-1:2013 – Iluminação em ambientes de trabalho, as chamadas
PES, que são procedimentos padrões desenvolvidos pela própria empresa
visando padronizar nas obras os serviços bem como a conferência do mesmo.
.

2.1 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

Antes do início dos serviços foi realizado um treinamento com os funcionários


responsáveis pela execução, eletricistas e auxiliares de eletricistas, juntamente
com o acadêmico, engenharia e encarregado pela equipe de profissionais. Nesta
reunião foram apresentados os projetos (imagem 01), metodologia de execução
dos serviços, apresentada também ABNT NBR 5410 e os PES (procedimento de
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execução de serviço) (Imagem 02), reunião essa de suma importância para o


bom andamento do serviço, grande parte dos eletricistas já haviam estudado a
NBR 5410.
O serviço de instalações tubulações é o primeiro passo do serviço do qual o
acadêmico acompanhou, este por sua vez inicia-se com o lançamento de
tubulações na laje (imagem 03) do primeiro pavimento, estas tubulações são as
tomadas dos apartamentos do segundo pavimento, nesta etapa são
posicionadas as tubulações (imagem 04), mangueiras elétricas reforçadas na cor
laranja (imagem 03), na laje e fixadas através de cintas plásticas ou
abraçadeiras de nylon. Este procedimento de fixação é mencionado e cobrado
pela PES, as tubulações que serão as tomadas dos apartamentos do segundo
pavimento são fixadas em pequenos pedaços de barra de aço deixados na
alvenaria do primeiro pavimento (imagem 04), após este passo é concretada a
laje.
Após a concretagem da laje inicia-se a alvenaria. Nesta etapa era verificado o
posicionamento das tubulações de tomadas que foram deixadas fixadas na
alvenaria conforme dito anteriormente, estes posicionamentos devem estar
corretos, pois são nestes pontos que são fixadas as caixas de passagem que
dão lugar aos acabamentos de tomadas.
Finalizada a conferência de posicionamento das tubulações de tomadas
(imagem 02), a alvenaria segue sua execução normal até sua última fiada, neste
momento são posicionadas as tubulações de iluminação dos apartamentos
interruptores.
Após este serviço inicia-se uma nova laje, o segundo pavimento com cobertura
completa. Iniciou-se então a terceira etapa dos serviços conferidos pelo
acadêmico, a colocação de caixas de passagem (imagem 05) e passagem do
cabeamento dos apartamentos (imagem 06).
Esta etapa inicia-se com execução dos furos na alvenaria para colocação das
caixas de passagem elétricas (imagem 07), depois foram alocadas e
posicionadas as caixas de passagem. A conferência ocorreu neste momento que
consistiu em verificação dos pontos de caixas de passagem, conforme projetos
(imagem 01) apresentados aos funcionários em reunião, alinhamento das caixas
onde haviam linhas de caixas de passagem, como na sala de estar (imagem 08)
e cozinha que possuem até cinco caixas de passagem na mesma altura e fiada
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de bloco e devem estar alinhadas. Também foi conferida a profundidade da


instalação da caixa de passagem, profundidade da caixa de passagem para que
no momento de colocação dos acabamentos, o parafuso que acompanha o
acabamento seja o suficiente para fixação.
Após a colocação de caixas de passagem iniciou-se a passagem de cabos
elétricos dos apartamentos tanto de tomadas quanto de iluminação. A seção dos
cabos para as tomadas é 2,5mm² (imagem 08) e a seção da iluminação de
1,5mm². Nesta é conferida as cores dos cabos elétricos, conforme PES e
conforme ABNT NBR 5410, no caso das tomadas onde possuíam uma fase,
terra e neutro, as cores exigidas eram preto para fase, verde para terra e azul
para neutro, essas cores estavam de acordo com o indicado pela norma que
para fase vermelho, preto ou marrom, para neutro o azul e para terra o verde.
Na iluminação tivemos que ter mais cuidado com a conferência pois na mesma,
não passam fases e neutros em todos os pontos do apartamento. Na linha
principalmente de iluminação deveria ser passado a fase o neutro e o terra,
sendo assim nos pontos onde deveriam ficar os interruptores somente iam a fase
e retorno, nas cores preta e amarela.

2.2 PRINCIPAIS PROBLEMAS ENCONTRADOS

Principais problemas encontrados na etapa de lançamento de tubulações na laje,


nesta etapa foram encontrados muitos problemas conexão errônea de
tubulações em caixas de passagem do teto, como por exemplo, conexão da
tubulação que deveria ir para o interruptor que liga a luz da cozinha estava
conectada na caixinha da sala, má fixação da tubulação na armadura da laje,
fazendo com que a tubulação ficasse por cima do concreto, posicionamento dos
pontos de tomadas do apartamento superior errados, após o lançamento e
fixação da tubulação na armação, foram encontrados amassados na tubulação o
que dificultaria e muito na passam de cabos dos apartamentos.
Na etapa de furação e colocação de caixas de passagem na alvenaria, falta de
posicionamento correto da tubulação no ponto de tomada e interruptor fazendo
com houvesse quebra da alvenaria, lembrando que a alvenaria estrutural permite
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um rasgo de 40cm, e desalinhamento entre as caixas de passagem nos


cômodos onde tínhamos essa situação como sala de estar e cozinha.
Na fase final que é de passagem de cabos elétricos, os problemas principais
encontrados foram entupimento de tubulação devido a quebra da mesma na fase
inicial da laje e/ou devido ao amassamento da tubulação, falta de retorno entre o
interruptor e o ponto de iluminação em diversos pontos no pavimento dentro dos
apartamentos.

2.3 RELAÇÃO DO ESTÁGIO COM REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E COM AS


DISCIPLINAS DO CURSO

Os procedimentos da obra em que a engenheira supervisiona o estágio do


acadêmico é uma obra que segue a normativa brasileira ABNT NBR 5410 e
também seus procedimentos padrões internos, confeccionados a partir de
exemplo de outras obras de alvenaria estrutural da empresa, as chamadas PES.
Conforme falado acima, as chamadas PES’s procedimento de execução de
serviço desenvolvidas internamente na empresa, visam além de padronizar as
instalações elétricas por todo o Brasil, auxilia ao acadêmico que nunca teve
contato com tais serviços e iniciar o processo de conferência dos serviços.
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3 CONCLUSÕES

3.1. APRENDIZADO PRÁTICO

Aprender a ver os detalhes, conferência de serviço de instalações elétricas


em cada um de seus passos, comunicação entre membros da equipe e
encarregados, trabalhar em diversos setores da obra, pois a mesma contém
na engenharia diversas atividades corroborando com outras como por
exemplo compras e planejamento, a pratica exercida pelo acadêmico dentro
do estágio profissional é fundamental para o seu crescimento dentro do
ambiente acadêmico, pois as aulas teóricas combinadas com as práticas no
canteiro fazem com o acadêmico tenha uma visão e entendimento
expandidos em sala de aula.
Com a oportunidade tida de conferência de instalações elétricas o
entendimento de tal setor da engenharia civil foi significativamente
aumentado, integrando ainda mais em disciplinas relacionadas as instalações.

3.2. RELACIONAMENTO PROFISSIONAL


Relacionamento com os colaboradores e profissionais da área em que atuou
o acadêmico, aumentou a capacidade de comunicação no ambiente de
trabalho, isso foi ampliado para dentro da sala de aula, onde diversos alunos
já convivem direta ou indiretamente com diversos ambientes de trabalho.
Acredito que isso ajuda e muito na convivência com outros profissionais da
área da construção civil.
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3.3. SUGESTÕES PARA UNIVERSIDADE


Minha sugestão para a universidade Feevale é que torne a disciplina de
estágio obrigatório concomitante com as construção civil II, é suma importância que
o acadêmico tenha noção da organização de canteiro de obras para que a disciplina
de construção civil seja aproveitada ao máximo, pois além de ser importante a
teórica temos alguns conteúdos dentro da disciplina de construção civil que com o
convívio no canteiro o entendimento é amplificado.
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Posso dizer que o aproveitamento entre disciplina de estágio e o estágio na


obra foi muito satisfatório trazendo a tona toda a trajetória do curso de engenharia
civil, toda a bagagem teórica alcançada até aqui foram distribuídas entre os setores
do estágio, principalmente carga em relação as disciplinas que abordaram o tema de
instalações elétricas e projeto elétrico.

Vale reforçar que a capacidade de resolução de problemas não cabe muito ao


estagiário, porém o mesmo aprendeu muito quando encontrava alguma não
conformidade com os projetos de instalações elétricas, a trajetória acadêmica até
aqui colaborou muito para o auxilio em resolução de problemas.

Posso concluir que a vivência no canteiro de obras colabora muito no


entendimento de diversos conteúdos de diversas disciplinas da engenharia.
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5 REFERÊNCIAS

PRODANOV, Cleber Cristiano; FREITAS, Ernani Cesar de. Metodologia do


trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. Novo
Hamburgo, RS: Feevale, 2009. 288 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410 – instalação


elétricas de baixa tensão. Rio de Janeiro, 2008

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8995 – Iluminação em


Ambientes de Trabalho. Rio de Janeiro, 2013
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6 ANEXOS

Imagem 01 – Projeto elétrico.

Fonte: Projeto elétrico elaborado por corpo técnico mrv.

Imagem 02 – PES (Procedimento de execução de serviço).


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Fonte: Arquivos internos MRV.

Imagem 03 – Tubulações na laje.

Fonte: Foto do autor

Imagem 04 – Tubulações para tomadas.


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Fonte: Foto do autor

Imagem 05 – Caixa de passagem.

Fonte: Foto do autor


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Imagem 06 – Caixa de passagem.

Fonte: Foto do autor

Imagem 07 – Furos para posicionamento das caixas.

Fonte: Foto do autor

Imagem 08 – Alinhamento de caixas.


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Fonte: Foto do autor

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