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http://www.cescage.edu.br/publicacoes/technoeng
ISSN 2178-3586
¹ Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais - CESCAGE – THAÍS DANIELE KRAICZYI
HEKAVEI1;
¹ Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais - CESCAGE – BRUNO ANGELO GOMES
SANTIAGO2;
¹ Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais - CESCAGE – CLEYTON CRISTIAO CROVADOR3;
¹ Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais - CESCAGE – TALITA SOARES DE ANDRADE4
1 INTRODUÇÃO
2 MATERIAIS E MÉTODOS
Materiais utilizados
o Concreto
Como principal material utilizado na construção civil, o concreto é um
composto constituído por cimento, água, agregado miúdo (areia), agregado graúdo
(brita ou pedra), ar e quando necessário aditivos que modificam sua
trabalhabilidade.
Misurelli e Massuda (2009) indicam quatro tipos de concreto, que podem ser
utilizados no sistema de Paredes de Concreto, são eles: “o concreto celular; o
concreto com alto teor de ar incorporado – até 9%; o concreto com agregados leves
ou com baixa massa específica e; o concreto convencional ou auto adensável.”
A escolha do material adequado deve ser precisa, o projetista deve atentar
às principais características de cada mistura sempre observando o requerido.
o Armadura
A armação das paredes moldadas “in loco” é executada através de telas
soldadas, dispostas verticalmente às paredes. Como a quantidade de pavimentos
pode variar, em alguns casos se torna necessário o uso de reforço no lado externo
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das paredes. Já para os vãos das janelas e portas são utilizados reforços de barras
de armadura convencional.
Algumas recomendações devem ser seguidas, como o uso de telas
soldadas já ser contabilizada no projeto estrutural, reduzir ao máximo os tipos e as
posições inadequadas das telas, obedecendo as dimensões do projeto e fazer o uso
de telas com qualidade garantida por fornecedor.
o Formas
As fôrmas têm o papel de suportar o concreto em estado fresco até que
possa alcançar o estado de sustentação. As formais mais utilizadas nas paredes de
concreto são as formas metálicas, as metálicas com madeira compensada, e as de
plástico.
A aplicação do desmoldante é importante, garantindo a possível reutilização
das fôrmas, e facilitando a desforma além de impedir a aderência entre ambos.
Etapas de produção
o Fundação
Não existindo uma regulamentação que se prevê a fundação a qual deverá
ser utilizada, na maioria das vezes são executadas as fundações: sapata corrida,
radier e blocos de travamento para estacas e tubulões, levando em consideração os
projetos estruturais.
o Marcação na laje
A marcação das paredes no piso/laje em que vão ser executadas, é a etapa
inicial desse sistema, sendo um procedimento de fácil execução, porém exigindo
atenção e cuidado, garantindo o alinhamento correto.
A NBR 16.055 (ABNT, 2012) define como tolerância máxima para a posição
dos eixos de cada parede em relação ao projeto ∓ 5 mm, e a tolerância individual de
desalinhamento horizontal (Th) de elementos estruturais menor ou igual a l/500 ou 5
mm, considerando o menor valor, sendo o l o comprimento expresso em mm.
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o Armação
A forma mais usual entre as construtoras para esse tipo de construção é a
armação em tela soldada na posição vertical das paredes, que por sua vez devem
“...resistir aos esforços de flexotorção das paredes, controlar a retração do concreto
e estruturar e fixar as tubulações de elétrica, hidráulica e gás” (ABCP, 2008).
E por ser um dos principais materiais para a boa qualidade e segurança, as
telas devem ser transportadas, manuseadas e estocadas de forma a garantir que
elas não oxidem, caso acorra essa situação, o construtor deve limpar e avaliação
das armaduras, podendo até reduzir a seção (ABNT NBR 16.055, 2012).
Seguindo as especificações, a montagem das telas soldadas da armadura
principal é executada, seguindo dos reforços e então é executado os itens de
finalização, como cintas e espaçadores, esses que tem função no alinhamento,
espessura das paredes e geometria das placas. Para deixar o serviço mais rápido,
pode-se retirar a tela dos locais onde estão localizados portas e janelas. Segue
abaixo, a figura 2 que demonstra o processo de execução de armaduras.
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Figura 2 – Execução das armaduras
o Instalações prediais
Nesse sistema construtivo temos duas opções para executar a instalação
hidráulicas, que pode ser embutido diretamente na estrutura ou utilizar shafts,
compartimentos geralmente em alvenaria ou plástico que não interferem na estrutura
da edificação (FARIA, 2009).
Caso a opção escolhida seja a primeira, o construtor deve se atentar a
algumas especificações:
a) A temperatura de contato entre a tubulação e o concreto não pode ser
maior que 15° Celsius;
b) A pressão interna na tubulação máxima deve ser de 0,3 MPa;
c) O maior diâmetro da tubulação permitido é 50mm;
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d) O diâmetro não deve ser maior que 50% da espessura da parede,
garantindo espaço para o cobrimento e a armadura de reforço – exceção de paredes
com telas dos dois lados com comprimento mínimo de 50 cm por lado, aonde é
permitido a instalação de tubulação com diâmetro de até 66% da espessura da
parede;
e) Não deve haver o contato de tubulação metálica com armadura, evitando
a corrosão galvânica (ABNT NBR 16.055, 2012).
A ABCP (Associação Brasileira de Ciência Política) ainda recomenta que
todas as instalações sejam testadas antes de executar a concretagem, pois em caso
de vazamentos posteriormente verificados, a manutenção acontece com a
necessidade de quebrar as paredes maciças. (ABCP,2018)
Assim como para as instalações hidráulicas, as elétricas também possuem
normas que regem sua execução e elas estão previstas na NBR 16.055:2012
apresentadas no item 2.3.4.3 que trata da forma em embutir essas instalações, mas
existe algumas construtoras que executam externamente à parede. Na figura 3, tem-
se um exemplo de montagem de instalação hidráulica.
Os kits elétricos (caixas de interruptores, tomadas, luzes, etc.) devem ser
posicionados nas fôrmas orientados pelo projeto, por meio de gabaritos. Os
eletrodutos devem ser dispostos na armadura com espaçadores garantindo o
recobrimento. É necessário ainda fixar os eletrodutos na tela soldada a fim de evitar
o deslocamento durante a concretagem (ABCP, 2008).
E como essa técnica se tornou mais difundia, já existe no mercado caixas de
passagem especificas para esses procedimentos, assegurando que não ocorro
obstrução durante a concretagem das formas. A ABCP (2008) orienta que caixas
onde possuam orifícios que possibilitam a infiltração do concreto devem ser
preenchidas com papel ou pó de serra, evitando a eventual vedação dos dutos.
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.
Fonte: Bastos Construtora.
Fonte: Construliga
o Concretagem
o Acabamentos
Um dos benefícios dessa técnica, é que após a desenforma ela quase não
precisa receber acabamentos, as paredes por serem executados em nível e
aprumadas são de forma regular, e possuem alguns sinais externos advindos das
junções das formas, mas que podem ser rapidamente solucionadas, como
demonstra a figura 5.
A ABCP (2008) ainda recomenda técnicas para um melhor acabamento:
a) Rebarbas originadas pela junção de painéis podem ser removidas com
espátula assim que finalizada a desforma;
b) Argamassa de cimento e areia pode ser utilizada no preenchimento dos
furos de ancoragens;
c) A Feltragem – aplicação de uma camada nata de cimento Portland, com
traço rico em cimento – é indicada para correção de possíveis falhas originadas de
infiltração de ar, ou decorrentes da heterogeneidade da granulometria da areia e
impurezas.
Figura 5 – Paredes de concreto armado prontas para receber acabamento.
Fonte: Forsa.
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Aplicações
Com o aumento da demanda do mercado imobiliário brasileiro e as medidas
governamentais para ampliar a oferta da casa própria, o sistema de paredes de
concreto armado moldadas in loco, representa uma solução possível para a
produção em grande escala.
Segundo MISURELLI, H; MASSUDA, C, esse método de construção
racionalizado possibilita a construção de casas térreas, sobrados, edifícios de até
cinco pavimentos padrão, edifícios de oito pavimentos padrão com esforços de
compressão, de até 30 pavimentos padrão e com mais de 30 pavimentos -
considerados casos especiais e específicos.
Esse método foi inspirado em experiência anteriores de construções
industrializadas em concreto celular, conhecido como sisistema Gethal e concreto
convencional, chamado de sistema Outinord, que eram muito usuais nas décadas de
70 e 80 em muitos países, porém essas tecnologias não foram utilizadas no Brasil,
devido às questões econômicas em que se encontravam o país na época e devido a
pouca demanda de construção em grande escala. Na figura 6 tem-se um exemplo
de casas térreas construídas com esse sistema.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
5 REFERÊNCIAS
ABATTE, V. Desmoldante: um para cada tipo de fôrma. Revista Techne, n.70, jan
2003. Disponível em <htttp://techne17.pini.com.br/engenharia-civil/70/artigo286230-
1.aspx>. Acesso em 15 de setembro. 2018.