Autonomia e

profissionalidade
(Livro: A Autonomia de Professores, José Contreras)
Anos 70: Tecnicismo

 Controle burocrático do trabalho de professores

 Política ineficaz pra democratização do ensino
 Manutenção da exclusão social

 Trabalho fragmentado disciplinar

 vs. Pensar a relação conhecimento-sociedade
 vs. Contribuição dos saberes às problemáticas sociais, humanas, ambientais
Autonomia

 Trabalho autônomo ----- ??

 Quem é o cliente?

 Forma de ser e de estar do profissional em relação ao mundo

 Remete a questões educativas e políticas
1 - proletarização

 Perda de controle e sentido sobre o próprio trabalho

 Perda de status – transformação das características e condições de
trabalho
 Desqualificação – Dependência do conhecimento dos experts
 Separação entre concepção e execução – perda de um sentido ético
implícito

Burocratização
Intensificação do trabalho
Favorece a rotinização e o isolamento (individualismo)
 “...Agora é mais difícil se manter fora das redes de burocratização, na
medida em que também é mais difícil desenvolver perspectivas de não
assimilação ideológica. Portanto, poderíamos encontrar um setor do
professorado que se aproxima dos postulados de proletarização
ideológica (...), ao identificar-se com os princípios valorativos que justificam
oficialmente a reforma, não reconhecendo o terreno perdido e tentando
desenvolver as novas habilidades técnicas que esta leva incorporada, as
quais lhes permitem manter uma imagem de qualificação profissional e
técnica.” (pg. 50)
Por outro lado...

 Características dos profissionais...

 Argumento corporativista: isolamento e não intromissão  Exclusão da

comunidade nas decisões educativas que lhes afetam?

 “Profissionalismo” – coerção para colaborar em projetos ou reformas /

exigência de obediência
2 – valores da profissionalidade

 Obrigação moral

 Compromisso com a comunidade

 Competência profissional
Obrigação moral

 Finalidade da educação: pessoa humana livre

 Ligado à dimensão emocional da prática educativa
Compromisso com a comunidade

 Moralidade é um fenômeno social; uma questão política

 Práticas profissionais não são isoladas, mas partilhadas

 Interpretar as expectativas sociais na determinação do currículo

 Análise e forma de intervir nos processos sócio-políticos

 Como resolver dilemas e conflitos sem autonomia?

Competência profissional

 Transcende o conhecimento específico disciplinar

 Habilidades, princípios e consciência do sentido e das consequências das
práticas pedagógicas

 Como assumir um compromisso ou uma obrigação moral sem

competência?
 De que adianta competência se não houver autonomia?
 Obrigação moral

 Compromisso com a comunidade

 Competência profissional

 Compreensão da autonomia como um valor

Modelos de professores

 O especialista técnico

 O profissional reflexivo

 O intelectual crítico
Modelos de professores –
O especialista técnico
 Obrigação moral: rejeição a problemas normativos. Fins e valores são
resultados estáveis e bem definidos
 Compromisso com a comunidade: Não há responsabilidades aceitas, mas
procedimentos corretos. Aceitação das metas do sistema. Preocupação
com a eficácia e eficiência.
 Competência profissional: domínio de métodos para alcançar resultados
previstos

 Autonomia é um status. Ilusória: dependência de diretrizes técnicas.

Insensibilidade para dilemas. Incapacidade e resposta criativa diante da
incerteza.
- Profissional reflexivo
 Obrigação moral: ensino – valores educativos pessoalmente assumidos;
Evitar a formulação dos grandes problemas impossíveis de resolver a partir
de sua atuação
 Compromisso com a comunidade: regulamentação burocrática externa
impede de atender simultaneamente às necessidades de seus alunos e às
exigências de controle. Deslocamento da culpa para contextos imediatos.
 Competência profissional: reflexão sobre a prática de sala de aula.
Deliberação na incerteza

 Autonomia: responsabilidade moral individual. Capacidade de resolver

criativamente as situações problema para realização das pretensões
educativas.
Intelectual crítico

 Obrigação moral: emancipação individual e social: questionar

criticamente sua própria concepção de sociedade, de escola e do ensino
 Compromisso com a comunidade: transcende o compromisso com a
transmissão de um saber crítico – compromisso com a própria
transformação social.
 Competência profissional: auto-reflexão (distorções, condicionantes),
analise e crítica social, participação na ação política, desenvolvimento de
linguagem apropriada

 Autonomia: emancipação - liberação das opressões, superação das

distorções ideológicas. Processo coletivo.