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PROCURADORIA-GERAL FEDERAL
PROCURADORIA SECCIONAL FEDERAL EM MOSSORÓ/RN
NÚCLEO DE MATÉRIA PREVIDENCIÁRIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DO(A) 12ª VARA FEDERAL DE PAU DOS FERROS
NÚMERO: 0501400-91.2018.4.05.8404
EMBARGANTE(S): INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
EMBARGADO(S): MARIA JUSTA DO EGITO AMORIM
1. Cabimento
Vale dizer que o juiz, após publicar a sentença, só pode alterar sua decisão para corrigir
inexatidões materiais ou erros de cálculo e por meio de embargos de declaração, conforme art. 494, do
CPC-2015:
Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a
requerimento;
III - corrigir erro material.
Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:
I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em
incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento;
II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1 o.
Observa-se que a sentença estabelece que a DCB do benefício deverá ser em 31/03/2019.
Ocorre que o laudo do perito foi expresso quanto ao prazo para reavaliação, senão vejamos:
"3) Essa doença ou sequela o(a) incapacita para o exercício de atividade laborativa? Qual A
DATA (MÊS E ANO) DO INÍCIO DA INCAPACIDADE? A incapacidade é TEMPORÁRIA OU DEFINITIVA?Sim.
Incapacidade parcial e duradoura, por no mínimo vinte meses a contar de janeiro/2017, com
base em atestados com datas de 02/01/2017, 14/07/2017 e 05/06/2018o benefício somente pode
ser cessado após nova avaliação médica a ser promovida pelo INSS ou ausência do requerente a esta
avaliação médica."
Assim, o prazo para avaliação contido no laudo é de 20 meses a contar de janiero de 2017 e
não 26 meses conforme consta na sentença:
"Por fim, considerando a legislação aplicável no termo inicial do benefício (Lei n. 13.457/17),
bem como o prognóstico para recuperação da parte autora indicado no laudo judicial (vinte e seis
meses, a contar da janeiro/2017), fixo o termo final do benefício em 31/03/2019 (DCB), ressalvando-
se a possibilidade de pedido administrativo de prorrogação, devendo a autora, neste caso, ser
submetida à perícia médica administrativa."
Assim, a DCB deve ser fixada em 09/2018, nos termos da Lei nº 13.457, de 2017.
Assim, resta configurado o erro material, uma vez que o prazo dado pelo perito constou
equivocadamente na sentença, fazendo postergar o benefício indevidamente, em desacordo com regra
válida.
2. Requerimento