Você está na página 1de 11

FAQ/ Dúvidas Frequentes –

Licitação e Processo Administrativo de Apuração de


Responsabilidade - PAAR

Diretoria de Administração e Finanças - DAF


Coordenação-Geral de Cadastro e Licitações

Setembro
2019
2ª EDIÇÃO – Brasília, setembro de 2019

DIRETOR GERAL
Antônio Leite dos Santos Filho

DIRETOR DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS


Marcio Lima Medeiros

COORDENADOR GERAL DE CADASTRO E LICITAÇÕES


Rafael Gerard de Almeida Demuelenaere

EQUIPE TÉCNICA:
Anna Régia Rodrigues Azevêdo
Leandro Frauzino Real
Ludmila Moreira Medina
Nathália Prado Radel
Wendia Sales Amaral

DIREITOS AUTORAIS
DNIT

2
Sumário
Introdução ao FAQ/Dúvidas Frequentes............................................................................. 04
TOMO I - Licitações ........................................................................................................... 05
Questão 01 – Contratações distintas cujo objeto refere-se à Manutenção de
mesma BR......................................................................................................... 05
Questão 02 – Limite ao valor da Garantia Adicional ........................................06
Questão 03 – Possibilidade de correção na Planilha de Preços........................ 07
Questão 04 – Novo Decreto do Pregão Eletrônico nº 10.024 de 20/09/2019.....08
ANEXO I – Memorando Circular nº 12/2017/CGCL/DIREX...........................09
TOMO II – Processo Administrativo de Apuração de Responsabilidade..............................10

3
Introdução ao FAQ/Dúvidas Frequentes
O FAQ/Dúvidas Frequentes tem como proposta reunir os questionamentos enviados pelas
demais Coordenações e Unidades Descentralizadas, de forma a uniformizar os entendimentos,
bem como atender à eventuais dúvidas que se repetirem.
Todo mês o FAQ/Dúvidas Frequentes será disponibilizado, contendo o compilado dos
questionamentos encaminhados aos e-mails: cgcl.apoio@dnit.gov.br e
cgcl.penalidades@dnit.gov.br.
A primeira parte do FAQ refere-se às dúvidas relacionadas à licitação, e a segunda parte
refere-se às dúvidas relacionadas ao Processo Administrativo de Apuração de
Responsabilidade.
Importante frisar que em todos os esclarecimentos prestados pela Coordenação Geral de
Cadastro e Licitações, não há qualquer emissão de juízo sobre qual decisão deve ser tomada,
mas apenas orientações as Superintendências, conforme dispõe o art. 21 do Regimento Interno
deste Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes:

"Art. 21. À Coordenação-Geral de Cadastro e Licitações, subordinada


diretamente à Diretoria Executiva, compete:
(...)
IX - acompanhar, orientar e dar assistência aos setores de licitações dos Órgãos
Descentralizados;"

4
TOMO I – Licitações
 Questão 01: Contratações distintas cujo objeto refere-se à Manutenção de mesma BR
DÚVIDA (adaptada): Temos 3 licitações para contratação de empresa para executar o serviço de
Manutenção na BR-XX, em 3 segmentos, objeto de diferentes Pregões.
Uma empresa no Recurso suscitou a questão de favorecimento a certa Licitante, na elaboração do
Termo de Referência pela área técnica, ao separar os seguimentos da BR em questão em Licitações
distintas para aproveitamento do mesmo responsável técnico.

Pregão “A” - BR-XX; Segmento: km 513,80 – km 590,10


Pregão “B” -BR-XX; Segmento: km 261,10 – km 346,20
Pregão “C” - BR-XX; Segmento: km 346,20 – km 433,10

Pergunta-se: É ilegal realizar a contratação em Pregões diferentes ou o correto seria o Pregão


único, com vários lotes para os trechos.

ESCLARECIMENTO: 01. Versa o presente expediente acerca de questionamento da


Superintendência Regional do DNIT, sobre a ilegalidade da realização de contratações distintas
cujo objeto refere-se à Manutenção da mesma BR.
02. Conforme artigo 23, § 1º da Lei nº 8.666/93, o parcelamento do objeto é medida aconselhável,
tendo em vista a ampliação da competitividade, vejamos:

Art. 23. As modalidades de licitação a que se referem os incisos I a III do artigo


anterior serão determinadas em função dos seguintes limites, tendo em vista o
valor estimado da contratação:
(...)
§ 1o As obras, serviços e compras efetuadas pela Administração serão divididas
em tantas parcelas quantas se comprovarem técnica e economicamente viáveis,
procedendo-se à licitação com vistas ao melhor aproveitamento dos recursos
disponíveis no mercado e à ampliação da competitividade sem perda da economia
de escala.

03. Conforme Acórdão 1540/2014-Plenário, o parcelamento pode ocorrer quando o objeto é


dividido em várias licitações, ou quando é feita apenas uma, adjudicando por grupos ou lotes,
vejamos:

9.2.11. não há conflito entre os parágrafos 1º e 5º do art. 23 da Lei nº 8.666/93,


que devem ser interpretados em conjunto: o parágrafo 1º trata o parcelamento
como regra a ser observada, sendo prestigiado quando são feitas várias licitações,
ou então uma única adjudicando-se por grupos ou lotes; já o parágrafo 5º trata
especificamente da modalidade licitatória a ser adotada em cada uma das parcelas
em que o objeto vier a ser dividido em mais de uma licitação;

04. Desta forma, verifica-se que não há ilegalidade da contratação em Pregões distintos, uma vez
que conforme o Tribunal de Contas da União é possível haver parcelamento em diferentes
licitações.

05. Entretanto, é interessante ressaltar que o parcelamento realizado pela Superintendência pode
não ter sido a melhor escolha, tendo em vista os seguintes fatores:
a) De acordo com o Infográfico de 2018 do Instituto Negócios Públicos, cada licitação custa o
valor total de R$ 16.172,96, razão pela qual a escolha do gestor pode ter sido antieconômica, uma
vez que foram realizadas 3 licitações distintas;

5
b) Tendo em vista que o mesmo profissional fora habilitado nas 3 licitações, a fiscalização deverá
se atentar à execução a contento do objeto.

06. Desta forma, esta Coordenação recomenda que nas próximas licitações seja avaliada a medida
mais eficiente, sob o viés da economia processual, tendo em vista o motivo exarado na alínea "a",
acima.

 Questão 02: Limite ao valor da Garantia Adicional

DÚVIDA (adaptada): Nos estamos com uma dúvida quanto ao limite de valor da Garantia
Adicional. O valor da garantia pode ser igual ao Valor da Proposta, ou existe limite?
ESCLARECIMENTO: 01. Versa o presente expediente sobre questionamento realizado pela
Superintendência Regional do DNIT, sobre o limite do valor da Garantia Adicional.

02. O Artigo 48 da Lei nº 8.666/93 em seu §2º prevê o seguinte:

(...)
§2º Dos licitantes classificados na forma do parágrafo anterior cujo valor global
da proposta for inferior a 80% (oitenta por cento) do menor valor a que se referem
as alíneas "a" e "b", será exigida, para a assinatura do contrato, prestação de
garantia adicional, dentre as modalidades previstas no § 1º do art. 56, igual a
diferença entre o valor resultante do parágrafo anterior e o valor da
correspondente proposta.

03. Conforme entendimento do Doutrinador Marçal Justen Filho, bem como do exposto no
Memorando Circular nº 12/2017/CGCL/DIREX de 18 de julho de 2017, em anexo a este Caderno,
a garantia deverá cobrir a diferença entre o valor da proposta e o limite mínimo de 80% dos
menores valores das alíneas "a" (média dos valores das propostas superiores à 50%) e "b" (valor
orçado pela administração) do artigo 48.
04. Para melhor entendimento, segue exemplo do Marçal Justen Filho, conforme o livro
Comentários à lei de licitações e contratos administrativos:

- Suponha-se vencedora a proposta no valor de 62;


- A média das propostas acima de 50% ficou em 82,25;
- O limite de 80% corresponderia a 68,20 - 0,80*82,25=68,20;
- Portanto, o licitante teria de promover garantia correspondente à diferença entre 62 (valor da
proposta) e 68,20 (80% da média): 68,20- 62=6,20.
- O licitante deverá prestar garantia de 5% ou 10%, dependendo do Edital, sobre o montante de 62
(valor da proposta) e de 100% sobre o valor de 6,20.

05. Desta forma, não existe limites à garantia adicional, tendo em vista que o montante final
dependerá do valor da proposta da licitante, bem como dos cálculos acima expostos. Entretanto, é
necessário se ater aos princípios da razoabilidade e proporcionalidade, tendo em vista que o
objetivo da garantia adicional é preservar a Administração Pública de danos ao erário, garantindo
a execução do objeto contratual. Entende-se, portanto, que uma garantia adicional igual ao valor
da proposta da licitante, pode ser considerada desproporcional ao que realmente é pretendido pela
Administração.

6
 Questão 03: Possibilidade de correção na Planilha de Preços

DÚVIDA (adaptada): Por gentileza estamos com uma dúvida com relação ao Pregão de
competência da SR, objetivando a contratação de empresa para execução de Manutenção
Rodoviária (Conservação/Recuperação).
Enviamos a Documentação de Habilitação e Proposta de preço para análise da área técnica que
Desclassificou a empresa por um erro de Planilha que nós da SELIC e Pregoeiro entendemos
passível de diligência para correção dos itens não atendidos pela Planilha. Gostaríamos de
confirmar o entendimento. O Relatório da análise da área técnica está em anexo, na íntegra.
O caso é o seguinte:

7
ESCLARECIMENTO: 01. Versa o presente expediente acerca de
questionamento da Superintendência Regional do DNIT, sobre a possibilidade de correção de
planilha.
02. Tem-se que a área técnica sugeriu a desclassificação da licitante, sob a motivação de que a
mesma havia alterado a quantidade de mão de obra de serviço. Entretanto torna-se necessária certa
cautela, uma vez que a Instrução Normativa nº 5/2017/SEGES, assim dispõe:

7.9.Erros no preenchimento da planilha não são motivos suficientes para a


desclassificação da proposta, quando a planilha puder ser ajustada sem a
necessidade de majoração do preço ofertado, e desde que se comprove que este é
o bastante para arcar com todos os custos da contratação;

03. Desta forma, é necessário sopesar os princípios que regem a licitação, uma vez que a
vinculação ao instrumento convocatório e o formalismo moderado devem ser equilibrados, pois a
finalidade da licitação deve sempre ser o atendimento ao interesse público, sob o enfoque da
vantajosidade.

04. Sendo assim, a desclassificação da licitante pelos motivos elencados pela área técnica, quais
sejam, alteração da quantidade de mão de obra, pode ser considerada como excesso de
formalismo, razão pela qual entende-se ser plenamente cabível a realização de diligências para
ajustes das quantidades.

05. Imperioso ressaltar, que caso essa Superintendência entenda pela diligência, é necessário
deixar claro para a licitante que o valor global da proposta não pode ser majorado.

 Novo Decreto do Pregão Eletrônico nº 10.024 de 20 de setembro de 2019

No dia 20 de setembro de 2019 foi publicado o Decreto nº 10.024 de 20 de setembro de 2019


que “regulamenta a licitação na modalidade pregão, na forma eletrônica, para a aquisição de bens
e a contratação de serviços comuns, incluídos os serviços comuns de engenharia, e dispõe sobre o
uso da dispensa eletrônica, no âmbito da administração pública federal”.
Importante ressaltar que os editais publicados após o dia 28 de outubro de 2019 deverão ser
ajustados aos termos do Decreto, conforme o § 1º do artigo 61.
Ademais, esta Coordenação Geral de Cadastro e Licitações irá aguardar a Advocacia Geral
da União realizar as alterações nas minutas de Edital para podermos adequar às do DNIT, visto
que, a IN 02/2017 em seu artigo 35 afirma que a Administração deverá usar os modelos de minutas
padronizados disponibilizados pela AGU.
Sugerimos a leitura atenta do Decreto nº 10.024, e também do artigo publicado no site O
licitante que pode ser acessado pelo seguinte link: http://www.olicitante.com.br/inovacoes-pregao-
eletronico-propostas-novo-decreto/.

8
ANEXO I

9
TOMO II - Processo Administrativo de Apuração de
Responsabilidade
 Neste mês não houve questionamentos acerca de Processo Administrativo de Apuração de
Responsabilidade.

10
Diretoria de Administração e Finanças - DAF
Coordenação-Geral de Cadastro e Licitações

11

Você também pode gostar