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IFT-TM-02/90

O ORDENAMENTO DOS PRIMEIROS

ESTADOS EXCITADOS DO NUCLEON

EM UM MODELO DINÂMICO DE SACOLAS

Antonio Eduardo Assis Amorim

Orientador: Lauro Tomio

Tese de mestrado

Instituto de Física Teórica - UNESP

Rua Pamplona, 145

01405 - São Paulo - S.P. - Brasil

Abril - 1990
Agradecimentos

Desejo expressar meus agradecimentos ao prof. Lauro Tomio pela

atenção, amizade e pela orientaíâo deste trabalho, mostrando-se sempre


receptivo às discussões
Ao prof. Paulo Leal Ferreira, pelo seu carinlio e atenção e por ter-me
iniciado nesta área.
Ao prof. Shinso NaLai, pela sua peculiar maneira de ensinar Física.
L-CLa 1«-A «-«.'w- VA ^-.-A V-VA Íaí-v- -ur A X AAX J. AXVAS.e-.-'
fascinante mundo chamado Ciência.
Desejo também agradecer à minha espos-í í./ *a r' XVA
1'rXVAX i •» XXXXXwXAVAj
i tvi ^1 i 'Ti ^'wIvA
r»^1 ^ Vx’vX Sfi r-i d.
v-XXwl a

e pelo apDio sem o qual este trabalho não seria possível.


Ao meu mais recente companheiro, o Pedrinho.
Aos meus colegas de classe, Samuel, Airton, Pablo, P.c-dolfo, Paulo e o
Clistenes.
Aos meus sogros, pelo apoio e amizade.
Ao ST. Antonio, pelo seu mconíundivel humor.
Desejo também agradec:er aos meus colegas de infância, Fernando,
Adilson e ao Paulo, pelas nossas discussões e pela grande amizade que nos une.
Agradeço ao CNPq e à Capes pelo apoio financeiro durante estes: anos.
Finalmente agradeço à todos os funcionários e proíess<?res do IFT que
mantém um agr adável ambiente e estimulante à pes;quisa.
Dedico este trabalho à minha mae, pelo seu exemplo de vida e luta qu
jamais esquecerei.
Dedico este trabalbo à minlia mãe, pelo seu exemplo de vida e luta qu
jamais esquecerei.
Resumo

Nessa tese, é feito uiti estudo de um modelo dinâmico de sacolas para os


primeiros estados excitados do nucleon. Foram calculadas; explicitamente as
Correções de troc;a de um glüon para os estados de paridade positiva e
negativa pai'a o nucleon. Além dessa correcao, taimbém foram consideradas
correções devido ao movimento do centro de massa, correções piônicais e uma
estimativa da contribuição relativistica. para o movimento da sup>erficie.
Tomando-se a energia de ponto zero corn :> um dos parâmetrcs,

mostramos que um bom ajuste pode ser encontrado, fornecendo um correto

ordenamento de paridade para os prirneiro-s est-ados.


0 ordenamento dos primeiros estados eMcLtados do nucieon
em um modeio dinâmico de sacolas
Rntonío Eduardo Rsscs Rmorim
Orientador : prof. Or. Lauro Tomio

índice

i Introdução 1.1
li. Modelo de sacolas
2.Í Modeio de Bogoiioubou 2.7
2.2 MIT Bag Modeh. .........2.12
2.3 Outras correcões — 2.23
III. Interações gluônicas
3.1 Introdução .....3.26
3.2 Interações diretas 3.28
3.2.1 Parte elétrica 3.3®
3.2.2 Parte magnética ...............3.33
3.3 Interação de troca 3.46
lU. D inâmica da bag e resultados
4.1 Simetria quirai 4.56
4.2 Dinâmica da bag .....4.59
4.5 Resultados.... 4.64
ü. Discussão dos resultados e perspectíuas.. .........5.73
DL Bibliografia..... 6.75
I.f - introOucSo

A idéia de que a matéria, que compõe o universo, possa ser gerada

através de combinações de pequenas partículas, porém elementares, é muito


antiga, em torno do ano 4S0 a.C., através dos trabalhos filosóficos de Leucipo e
Demócrito que acreditavam na existência do átomo. Aristóteles e outros
supunham ser geradas através de quatro elementos básicos.
Contudo as especulações da escola de Abdera que defendia o atomisrno
nao foram aceitas na idade média e na Renascença. Os conceitos aceitos nessa
época eram os dos filósofos estóicos, entre os quais A^ristóteles, que
acreditavam na continuidade da matéria e na sua finitude. Esta era a base da
Alquimia cjue procurava, pela combinação dos quatro elementos básicos, terra,
ar, água e fogo, gerar os elementos que compunham a natureza.
Em torno do séc. IIX, as idéias de Aristóteles começaram a
desmoronar devido aos trabalhos de Dalton, Gav-Lussac e outros que
estudando leis de reações entre compostos começaram a observar uma certa
discreteza na m.atéria.
Além disso, em 1&69, Meyer e Mendelevev independentemente
analisando as regular idades nos elementos ciuímicos desenvolveram a tabela
periódica. Um^ dos grandes triuníos desta tabela foi as previsões de alguns
elementos que não haviam ainda sido descotertos, o que aconteceria quase cem^
anos depois.
As evidências em favor da visão atomística da matéria ficaram mais
fortes através dos trabalhos de Maxv^ell, Gibbs, Boltzmann e outros que
desenvolveram a teoria cinética dos gases e dos trafc-alhos de Faradav com suas
experiências sobre eletrólise.
Porém, ainda em 1906, fpse fí^-rtíic- VAJUULN^<_A.
certo ceticismo quanto a teoria atômica da matéria. Objetavam que as medidas
eram indiretas. Perrin desenvolveu um trabalho que praticamente encerrou
as discussões e por fim estabeleceu a teoria atômica da. matéria.
Nesta época acreditava-se que o átomo era composto por elétrons,
descobertos por Thomson em lô97.
Em 1919, Rutherford e Mai'sden detectam o próton.
Até 19S0, haviam sido detectadas o elétron, o fóton e o próton.

Introdução f. 1
De 1930 até 1950, íoram acrescentados os píons, os káons, o nêutron, o
pósitron e os múons.
Contudo, à medida que a tecnolc^ia de deteçâo e aceleração de
partículas íoi se desenvolvendo, permitindo ao bomem uma análise mais
acurada da subestrutura da matéria, novas partículas foram sendo
detectadas, tornando o elementar nâo elementar.
Assim, da mesma forma como em 1669 quando foi elatX)rada a tabela
periódica dos elementos através de análises das simetrias existentes nas
propriedades químicas, será que de forma equivalente não ezistiriam
simetrias entre as partículas ?

Pensando assim, em 1949, Fermi e Yang * tentaram descrever os píons


em ter mos do próton e do nêutron.
9
Mais tarde, em 1956, com a descoberta dos eventos estranhos, Sal:ata“
elaborou um modo de descrever os hádrons conhecidos na época, em termos de
três elementos; básicos p, n, A .

Porém em torno de 1961, Gell-Mann e Ne eman analisando as


simetrias existentes entre os hádrons, elaboraram um modelo de classificação

conhecido por " eightfold wav”


Posterior mente, em 1964 verificou-se que este esquema de
classificação possuía um sigrdíicado físico mais profundo que era a existência
7 ft
dos quarks ‘ .
A idéia básica, proposta por Gell-Mann era de que hádrons eram
compostos de quarks e cada quark carregaria uma propriedade, denominada
sabor. Por meio de simetrias, três sabores (u, d, s) seriam necessários para
reproduzir os hádrons conhecidos na época. 0 grande triunfo deste modelo foi

a previsão da partícula íí detectada em 1964 por Barnes. Contudo estudc*s

posteriores sobre decaimento via interação fraca dos quarks ^ revelaram a


necessidade de se introduzir mais sabores. Atualmente acredita-se que seis
sabores sejam suficientes para a descrição completa de medo que a combinação
de três quarks ser iam suficientes para se descrever um bárion enquanto que
um par de quark-antiquark descrevería um méson.

introdução I. 2
Contudo se observarmos com cuidado este esquema de classificação^
notamos que para algumas partículas o princípio de exclusão de Paul! é
violado.
Se acreditamos que o princípio seja válido para qualquer escala de
energia devemos então introduzir um novo número quântíco.
Nesse sentido foi introduzido, em torno de 1965, um novo número
U P P 14
quantico chamado cor ‘ ^
Este argumento, apesar de não ser muito convincente, esconde a
natureza dinâmica da tec^ria responsável pelas interações fortes, chamada

Q r Tj í 6, 1 í

Além disso é improvável que uma teoria baseada arenas na simetria

do sabor des'Creva os processos fortes entre os hadrons .

Vejamos algumas característi-tas desta teoria ;

- Q.C.D é uma teoria de gauge nâo-At>eiiana do grupo SU(3) de cor,


onde oito bósons vetoriais sem mi.ass;a, chamados glúons, são responsáveis pela
troca das cargas coloridas entre os quarks.

- Por ser uma teoria não Abeliana os; glúons podem interagir entre si.

nsta proprieoaoe surge oo censor t , que para o caso oa. e


dado pela relação

a D - ig i. B (í.l)

onde são os campos de glúons e g é a constante de interacS.o forte. Como os


campos são não-Abelianos então na Lagrangeana encontramos termos cúbiccs
e quárticos que caracterizam a interação entre os glúons contrariamente a
QED, que é uma teoria Abeliana e onde os fótons não interagem entre si já que

Introdução I. 3
os campos comutam.

- Acredita-so que a teoria seja coníinante. Cálculos até a primeira


ordem mostram que a constatite de acoplamento cresce, a grandes distâncias.
Além disso ainda não foram detectados quarks e glúons livres.

- Liberdade assintótica a pequenas distâncias, ou se.fe a constante de


16 17
acoplamento é muito pequena quando r -> 0 ' o que possibilita o uso de
teoria de perturbações convencional. Na figura abaixo podemos avaliar a
varia<^o da constante de acoplamento em termos de r

Contudo para o setor 1 GeV, do quaJ dispomos de uma enorme


quantidade de dados exp>erimentais, a teoria de perturbação já não pode ser
utilizada. Surgiu então a idéia de estudar modelos que incorporassem algumas
propriedades da OCD e que ao mesmo tempo descrevessem a fenomenolc^ia

dos hádr ons.


Dentre estes modelos fenomenológicos podemos destacar o modelo de

sacolas conhecido por “ bag model" e os modelos de potencial.


A principal diferença entre estes modelos é a forma na qual é
realizado o confinamento.
Enquanto que nos modelos de potencial o confinamento é obtido
através de um potencial confinante presente na hamiltoniana, já no bag model

Introduoão I. 4
0 confinamento é obtido pela introdução de um envoltório fechado e que limita
0 movimento de quarks e glúons.
Desse modo podemos destacar que enquanto nos modelos de potencial a
funcao de onda das partículas que descrevem a subestrutura dos hadrons é
definida em todo o espaço, no bag model a função de onda é definida apenas no
interior deste envoltório.
A primeira versão do bag model foi desenvolvida em 195ô por
Bogolioubov. Mais tarde, em 1974, o modelo foi reeditado numa nova ver são
mais aprimorada pelo grupo do MIT, como resuJtado, nesta época, de uma
série de experimentos efetuados em colaboração no SLAC.
Atualmente, a idéia básica, dentro da Física Nuclear, do modelo de
sacolas é de cpie bag são pequenas bolhas que ^o formadas no vácuo, a custa de
uma certa quantidade de energia, e que, somente em seu interior, quarks e
glúons podem se propagar.
A região externa à bag, na qual quarks e glúons não podem
propagar-se é chamada " fase normal do vácuo ' enquaiito que a região
interna, que pode ser povoada é dita ” fase hadrônica.".
Uma vez que o confinamento é alcançado devido a pressão que o vácuo
exterior exerce sobre a bag, acredita-se que os quarks interajam fracarnente
dentro da bag. Até a ordem mais baixa de interação, os glúons pedem ser
tratados como par tículas independentes, não interagindo entre si. Des;ta formia
0 estudo destas interaç^ se reduz a um problema da OED envolvendo oito
bósons vetoriais sem massa
Ressaltamos aqui uma das principais diferenças entre os; modelos a t^ag
relativísticos e os não relativísticos. Enquanto que nos; modelos relativísticos as
interações sptn-spin surgem natm-almente da dinâmica dos glúons, nos
modelos não-relativísticos é preciso introduzir a mão este tipo de interação,
geralmente através do potencial de Fermi- Breit.
0 modelo do MIT descreve com razoável precisão a massa dos hádrons,
em especial o setor bariônico. Contudo se estendemos o estudo para os
primeiros estados excitados, não conseguimos obter um ordenamento correto
da paridade. Para resolvermos este problema introduziremos uma dinâmica
para a superfície da bag de forma não-relativística.
Por outro lado, nosso modelo deve possuir simetria quiral. A forma de

Introdução 1. 5
se restaurar a invariãncia na Lagrangeana é introduzindo um campo extra de
píons de forma que a corrente axial seja conservada.
Portanto desenvolveremos neste trabalho um estudo sobre as

correções envolvendo a troca de um glúon e do movimento do centro de massa


e sua implicação no ordenamento correto da paridade para os primeiros

estados excitados do núcleon quando utilizamos o modelo de sacolas com


dinâmica na superfície.
0 trabalho esta organizado da seguinte maneira:

no capítulo 2 discutiremos o modelo de Bogolioutov , o modelo do MIT e


algumas correções tais como energia de ponto zero devido ao efeito Casimir e
energia do centro de massa, no 3 estudamos a troca de glúons até a ordem
mais baixa. No capítulo 4 discutimos um pouco o problema da simetria quir al e
a forma de se introduzir um campo de píons a fim de se res;tuuran a simetria,

analisamos sucintamente a questão da dinâmica no envoltório e apresentamos


os resultados:. No capítulo b discutimos os resultados e apresentamos algumas
perspectivas para trabalhos futur os.

IntroduQão 1. 6
2.1 Modelo de Bogolíoubou

Vimos da OCD que existe uma região do espaço no qual quarks


Interagem íracamente entre si. Esta r^iâo, vista no capítulo anterior, envolve
grandes momentos trocados. Tal propriedade é chamada liberdade assintótica.
Existe uma outra r^íâo em que a constante de acoplamento das
interações fortes é grande de modo que confina os quarks e glúons.
1Q
Em torno de 1966, Bogolioubov imaginou o caso em que os^ quarks
estai'íam confinados em uma região do espaço, submetidos a um potencial
escalar simétrico . Uma ves que envolvem grandes momentos trocados
devemos tratá-los relativisticamente. A equação de Dirac é dada. então por

6 p - m - V ( r ) \ j^. /■-<
= 0 (2.1)

onde m é a massa do quark livre, E é a energia do quar k e V ( r ) é o potencial


escalar- dado por

- ffi I?

V ( r ) = (0
V.Í- .i- /

0 , r > R

com R sendo identificado como o raio da bag.

t é a função de onda que contém a parte radiai e são os spinores

Modelo de sacolas 2. 7
que contêm informações acerca do spin e do momento angular e sao dados por

I I /o
w 1Á-//9 i 4-1
2 j = A+ 1/2
X £:AL ♦ 1

(2.3)

1/2 J t X1 ^í'?
ÍJ
jt. j = A- 1/2
I +1 2:
X J lUj L £ÍT^ i J \1/

•?
onde Y são os esféricos harmônicos, x e sendo resp>ectivamente os

números quânticos do momento â rX^Ullul^ ^ C-OÍXj|-^DIlX^íiTr$ 2 íá-0 ijulOXXiOU.Í-O 3.ÍjI^UIÍ3.,


totaJ,
^Cl~â c-i ct"*_-'üfVí
w* 'w s_*AO o . V- A-i A V
w Xwl Í'uA ....l-i.'■ rttviQ Ts-at^-a

outra para r maior que R.


Entretanto temos dois vínculos; para cada componente do spinor. Por
exemplo para a componente superior g(r) da função temos que

g(0)=0 r < R
P
\ ÍJ . X f
Lim rí t r \J -
— Cl
■'■■ r > R
r->oo &

Para a componente inferior, há um conjunto de equações proveniente


da equação de Dirac «que acopla com a componente superior. Portanto, hasta

Modelo de sscoias 2. 8
tomarmos a condição para apenas uma das componentes, ]á que para a outra
basta efetuarmos uma transformação utilízando-se as equações que vinculam
as componentes.

Resolvendo a equação de Dirac para r < R, obtemos a seguinte


autofunção para o estado ^ em termos das funções de Bessel esféricas

onde o confinamento é obtido tomaudo-se o limite m -> cx= .

Os autovalores são obtidos através da imposição da continuidade das


componentes do spinor para r = R, C^essa forma obtemos: a seguinte relação
para o estado

( W ) = j j ( V7 ) (2.6)

onde os doiio rs-f^ imeíros autovalor TfcT C“3iõ


c5a H ados pí^r

Wj = 2.04 5.40

A constante de normalização obtida através da relação

J á^r 'i yi = 1 (2.7)

Modelo de sacolas 2. 9
é dada por

N vr; (2.Ô)

2 R" ( w - 1 ) sin “ ( w )

A energia, para cada quark / confinado, é dada por

E. = ^ VR (2.9)

Assim, por exemplo, a energia do ground st.ate para o núcleon serií


soma das energias se os qnarks não interagem entre si

M — >• / R = ^ VY 2 lO 1
K

0 qne nos daria um raio em torno de 1.3 fm. 0 primeii'o estado excitado,
interpretado por Bogolioubov como sendo a ressonância Roper seria dado por

< ^ r’ C ir-TT
i^ioo ivie V (2.1 1,'
% , ^
R

0 que experimentalmente estaria muito bom.

Contudo tal modelo possui alguns defeitos :

- não é decentemente covariante;


- é instável;

Modelo de sacolas Z. 10
- Dão conserva o tensor energia-momentum.

O tensor energia-momentum é dado por

D (2.12)

onde ©y deíine o volume da bag e é dado por

í 1 dentro
e
y (2.1.3)

n fora

^ lr>' e o tensor energia-momentum para um campo oe Dii ac livre

= 5 ' q t. rj cj q V r ; k2.in;

onde q ( r ) é a luncão de onda total dos quaxks e 3 ^ é definido como sendo

♦ti'' Íh* _
0 = d (2.15)

A condição para que haja conservação da energia e momentum é que a


divergência do tensor energia-momentum deve se anular. Calculando

Modelo de sacolas 2. 11
não 4 conservado devido a

divergência sobre que não 4 nulo.

Uma forma de remediar este problema é introduzindo um novo


parâmetro na Lagrangeana do sistema e 4 esta a príndpal diferença entre o
modelo de Bogolioubov e o modelo desenvolvido no MIT e que veremos a
seguir.

2.2 - MIT Model

Em vista dos resultados efetuados no SLAC, em 1974, no MIT foi

desenvolvido o bag model “ , um modelo íenomenol<^ico e que


incorporava algumas propriedades da QCD.
Definimos bag como sendo um sistema no qual os campos que
descrevem a subestrutura dos hádrons estão definidos em uma região do
espaço, como mostra a figura

Assim seja q^ ( x ) o campo que define os quarks onde o índice a está

relacionado com os sabores e com as cores.

Mod»lo de at«iooi 2.12


:M
DèSSê ClkXiO õ liü^O j é dàdo pOi

= qg^ ( X ) (x) (2.16)

Uma vez que os campos es:t3,o definidos somente no interior da bag


ent-âo devemos impor que fora da bag o fluxo é nulo, ou seja que na suF>erfície
da bag

n 0 (2.17)
M-

onde n^ 4 o versor nornial à süpei íicie da bag.

A condição (2.17) pode ser escrita de outra forma, ou seja

i T . n qg, (x) = qg, ( X ) (2.1Ô)

que implica em

I
I n x*-- • i yy
isup.

na superfície da bag.

Uma vez que q^^, fora da bag 4 nula e q^ ( x ) 0, então existirá uma

Modelo de sacolas 2. 13
descontinuidade na superfície da bag
Analisemos o tensor energia-momentum (e. m ) que justaunente o
dif^r^ncia do modelo proposto por Rogolioubov.
Se calcularmos o fluso do tensor em. de Dirac através da superfície,
obtemos com auxílio de (2.14) que

V> _
n Tp, iqn.s^o q } - \o qn.jsq j (2.20)
fi. L'

1 r / - /■o
2 [ *4 0_ ^ a ^ j sup i)

Clar amente identificamos que o tensor em. de E)irac não se anula s^jbre
a superfície do envoltório. Fisicamente isto não é bom uma vez que haveria um
fluxo de energia através da superfície da bag e ela tendería então a. se
colapsar.
Se identificamos Pp como sendo a pressão de Dirac, ou seja a pressão

que é exercida sobre o envoltório pelos constituintes internos da bag.

1 r —
'i? í a a j i sup KÁ.ÁZ}

então

n Tp, n^ P (2.23)
/jí. V D

Modelo de sacolss 2. 14
Se requeremos que a t>ag nâo colapse, devemos introduzir uma pressão
externa, de fora para dentro sobre a bag Esta pressão pode ser identificada
como sendo a pressão que o meio exterior, ou seja, o vácuo, exerce sobre a
bag.

Dessa forma podemos interpretar a bag como sendo uma pequena


cavidade existente em um vácuo em que quarks e glúons não podem se
propagar mas que, por exemplo, léptons e íótons podem

Tais cavidades, também conhecidas por bolhas, pendem ser obtidas por
meio de concentração de energia e possuem um raio característico em torno
de 1 fermi.

Portanto pedemos ter duas visões para o modelo de sacolas mas que
descrevem os mesmos resultados para a dinâmica de quarks e glúons.
A primeira visão, dada no inicio da seção, restringe o movimento de
quarks e glúons no interior de um envoltório sem fazer, contudo, mencao do
vácuo. Ou seja, aparentemente os vácuos fora e dentro da bag são equivalentes.
A outra visão restringe o movimento dos; qu.arks e glúons também,
contudo identificando duas fases para o vácuo, " a fase normal “ que é externa
a bag e outra interna chamada ” fase hadrônica “. Para a ” fase normal ",

quarks e glúons estariam proibidos de se propagar, podendo apenas fazê-lo na


" íase hadr ônica.".
Neste caso, uma quantidade B de energia por unidade de volume será
hecessária para se criar a bolha no vácuo e este termo está relacionado com a
pressão que o vácuo exerce sobre a bag.
Redefinimos então o tensor como sendo

= í T, e (2.24)
•MIT o V

bnde a função denota o fato de que a função de onda. que descreve a

substrutura hadrônica é definida apenas no interior do envoltório.


O primeiro termo é identificado como sendo a pressão que quarks e
glúons exercem sobre a bag de dentro para fora enquanto qu.e o segundo

Modelo de sacolas 2. 15
Precisamos agora verificar se este novo tensor é conservado.
Calculando obtemos que

fdlT (2.25)

onde é a função delta de superfície e é dada por

ò A n (n oí^\
M' V M'

Com auxílio de (2.23) encontramos que

ò = 0 (2.27)
Ai MIT

^ que B = Pj^ , o que nos assegura que a bag não colapsará.

A condição do não colapsamento, também chamada condição de


^tabilidade, pode ser expressa por

Í-L=0 C2.2Ô)
dr

Se consideramos a bag esférica e estática então obtemos as seguintes

Modelo de sacolas 2.16


Se consideramos a bag esíéríca e estática então obtemos as seguintes
^uações

- i s)= (s) (2.29)

I. (q q^) 1 (2.30)

encfuanto (ijtie a e<ruacão de Dirac piara um <juai'k de massa /22 é dada p>or

( - 1 ‘S. 7 - X t + m ; q r ; = u U-3 u

Analisemos qualitativamente o que equações (2.29) - (2.31) nos

fornecem.
A primeir a equação irá nos fornecer os autovalores cujas funções q^

são autoiunções da eq, de Dirac. A segunda, equação irá nos: limitar os estados

angulares possíveis. Isto pode ser visto facilmente quando tomames o caso em
que a bag sofre deformações sem contudo perder a sua forma Desse modo a

pressão esercida sobre o envoltório é global, ou seja independe da direção


escolhida. Assim se independe da direção então o termo q^^q^ deverá

também ter esta independência anguJar. Logo, os: únicos estados: p>ossíveis
c,
serão aqueles em que j= l-''2 ou seja as ondas 1j Pi/2

A última equação irá fornecer as autoiunções dos quarks e suas


respectivas energias.
72, 7<=; ^ . .
Entretanto alguns autores tem considerado cases em que é

possível introduzir mais estados angulares. Talvez o mais interessante seja. o

Modelo de sacolas 2.17


trabaltio de Rebbi em que leva em conta pequenas oscilacões da bag. Neste caso
verificamos que é equivalente a fazer pequenas deformações na bag mantendo
contudo o volume constante 0 tratamento matemático 4 um pouco complexo e
exige uma série de passos cuja finalidade é a de eliminar as variáveis de
contorno e linearizar os vínculos. 0 resultado final que se observa neste

tratamento é de que alguns estados | 56 j sâo espúrios, ou. seja

correspondem a uma translacão da bag e que portanto no "fitting" devem ser


descartados. Contudo em nosso tratamento consideraremc^; a bag como sendo
esférica. Resolvendo a equação (2 .31.) para os estados S 1./2 ^ ^ 1^2 ^t-temos

que as funções de onda serão dadas por

l/z =

1 r io '

(-i Et/R)
N. fo 7 7'
S l/z e X! s 1.
.1 9
]*' “ t xr/R) oi I
‘I

enquanto que

P 1/:

1 \
Eryi*.. j ' “ (xr/R) o.f

(-> Et/R) ^
K (2.33)
P e X s i/z
1/9
i r E— J ( xr/R) J
[ ^ I

Modelo de sacolas 2. 18
As funções de onda (2.32) e (2.33) podem ser reescritas como sendo

(r,t) =

x\
i. ( xr/R) ( o.r)
(-) i A

N U ( jj )e^ (2.34)
X
«+ 1
il_ ^ ( xr/R) (af)
\ '

onde U(jj) é dado por

t /o
1/2 (2.35)
V.I, \ + í- j
U ( j, \d 3 2‘ .I

e a constante de normalizaca.o obtida da relacao

r" dr q"" q = 1 (2.36)


1

õ dada por

1 f
) X R l E + (-)''rn J í 2ER+m/E- (-.)"^2 J (2.
N. “=(R/x)'

Modelo de sacolas 2. 19
onde

E E ( m, R ) = C2.3Ô)

Utilizando a condição de contorno (2 29) obtemos para a onda S j /2 e

P 1/2

X (2.39)
X =

1-mR (mR )'

No gráfico abaixo podemos avaüar a variacao dos primeiros


autovalores em termos de mR

Modelo de sacolas 2. 2t
Para ra=0 os primeiros autovalores ^o dados por

(2.04 f 3.ÔI

5.40 7.00

Ô3Õ . 10.16

Se tomarmos R = 1 ím a densidade de proba.bilidade dos quarks será


dada por

x^ [j^“ ( xr ) + jj ^ ( xr ) 1 (2.40)
P(r ) =

sm ^ ( X ) [ X - ( - 1 ]

Qaramente na fig. abaixo identificamos a descontínuidade da função de


onda na superfície da bag

Se a expressão (2.22) é válida na superfície da bag então o tensor


^nergia-momentum definido em (2.24) é conservado de modo que o

Modelo de sacolas 2.21


(juadrivetor energia-momentiim será dado por

(2.41)

onde temos tomado B=Pj^, com B sendo tratado agora como um parâmetro.

Perceba que o termo -B g nao contrioui para o momentum do

quark. Apenas contribui para a energia com um termo da forma BV onde V é


0 volume da bag.
Portanto a energia do hádron será dada por

/n ^1 \

R 3

0 primeiro termo é a energia cinética proveniente dos quarks


enquanto que o segundo é um termo de volume. Basicamente este segundo
termo está relacionado com a energia necessária para a formação da bc-líia no
vácuo. Analisando relação ( 2.42 ) percebemos claramente que o modelo é
estável, ou seja existe um R mínimo.
Pelo fato do modelo ser íenomenol<^ico, ou seja que incorpora algumas
propriedades da OCD, este modelo deve, dentro de certos limites, descrever
ailgumas propriedades hadrônicas com um certo grau de concordância.
Finalizando esta seção cbamamos atenção ao fato que, o vácuo físico em

geral proíbe a propagação de quarks e glúons. Contudo, por meio de


concentração de energia, pode possuir duas fases, uma em que ainda quarks e
glúons não podem se propagar e outra em que podem. A energia necessária

para se criar a boUia por unidade de volume é B e por unidade de superfície <r

^ que independe dos quarks e dos glúons que estão no interior da boltia
Portanto B ou <r deve ser constante para todos os hádrons. Contudo

Modelo de sacolas 2.22


alguns autores utilizam um ou o outro parâmetro ou ambos. A questão é de

simples conveniência Entretanto se tomarmos o termo o- que é identificado

como a tenrâo superficial, além da vantagem de não possuir vínculos


nâo-lineares na teoria, quando introduzimos a dinâmica na superfície da bag a
expansão da função de onda da bag em termos de osciladores harmônicos
torna-se mais conveniente, i^parentemente os resultados podem ser
equivalentes.

2.3 Outras correcôes

Antes do estudo da troca de glúons entre os quarks, temos duas


contribuições importantes, uma devido ao efeito Casimir e outra devido ao
tnovimento do centro de massa.
0 efeito Casimir é um efeito físico proveniente da energia do vácuo e

fOL estudado primeiramente por Casimir em 1946 . Em geral, na formulação


da teoria quântica de campos, onde os campos são definidos em todo o espaço, o

vácuo é assumido elementair atribuindo-se o valor zero para a energia do


vácuo. Nas situações em que os campos são definidos apenas ern certas regiões;
do espaço, o ordenamento normal não impõe que o valor da energia do vácuo

seja nulo. Em geral a energia de f^onto zero ao efeito Casimir depende


da topologia da cavidade em consideração.

A introdução de condições de contorno no vácuo altera os modos; de


Vibração do campo eletromagnético e isso se manifesta surgindo uma forca no
objeto em questão.
?7 .
Contudo o tratamento matemãtico“ ‘ é muito delicado uma vez que
deve-se somar sobre as frequências possíveis quando se quantiza
canonicamente o sistema. Entretanto tal soma de frequências está restrita, a
Um certo valor já que não é possível confinar modos com frequências elevadas.

Dessa forma deve-se introduzir um. método matemático que efetue o


cálculo de energia do ponto zero e a precisão do cálculo depende do método a
ser utilizado.

Modelo de sacolas 2.23


Cálculo«s matemáticos têm revelado“‘, em geral, que a energia de
Casimir para uma cavidade esférica é dada por

E = - 2o /R (2.4J)

onde é uma constante.

Entret-anto o valor de ainda não foi bem estabelecido, nern a questão

de seu sinal. Como já mencionamos, vários métodos foram propcístos e cada


método em termos gerais condus a resultados que ora concordam com
resultados anteriores, ora discordam.
A fisação do valor de , pelo grupo do MIT foi feita baseando-se no

espectro dos hádrons. Entretanto seu vaJor era. alto,

Posterior mente verificou-se que parte desta energia deveria ser

atribuída a efeitos de centro de massa. Neste modelo irem'Os tratar a Z como


O
rnn parâmetro livre porém com valores restritc^

A outra correcao importante pai'a o modelo de sacolas é’ devido a


energia do centro de massa. Em geral existem várias prescrições para se
mtroduzir correções deste tip>o. Adotaremos neste modelo a prescrição de
P\
T^omas onde o termo de correção 4 dado por

(2.44)

onde Z é dado por

Modelo de sacolas 2.24


(2.45)
z
5^ V

No próximo capítulo iremos introduzir cor reções devido a troca de um


glúon entre os quarks.

Modelo de sacoiss 2. 25
3.1 Introdução

De acordo com o esquema de classificação proposto por Gell-Mann e


Zweig, algumas partículas violavam o princípio de esclusâo de Pauli e uma
forma de evitar este problema, se acreditamos que o princípio seja válido
para qualquer escala de energia, é introduzindo um novo número quântico que
^stá relacionado com a dinâmica dos glúons. Dessa forma, foi introduzido, em
1965, um novo númer o quântico chamado cor a função de onda dos quarlís.
Devido a natureza não-Abeliana da teoria, glúons podem interagir
enlrp Qf PAnTlirlA
“ Oa.. d1g'A''^C' V
ULv^S/ glÜ.VAA.^ A nSA 4 •v' K/--w»v i T7 a ac- XXYX
V SJL-w-AVnJ liTrftvr- li«wl
r,ci ri^Tiir-a
“íSd*. O
que nos leva a acreditar que a teoria é confinante. 0 fato de até agora não

terem sido observado hádrons coloridos nos leva a acreditar que os estados
físioos observáveis são singlet'OS: de cor. Podemos reescrever o coníinamento
de quarlcs em termos de uma lei de cor, interações; entre os; ^quarlcs devem ser
tais que os hadrons sejam singletos de cor. Esta é uma condição muito forte já
que impede a esistêncía de hádrons como sendo uma combinacão de 2 qu.arlcs
ou antí-quarks. AJém disso, esta condição impede -qu-e rnc-delos a. bag fissionem.
A princípio uma bag singleto em cor poderia dar origem a duas bags coloridas.

Entretanto a medida que a bag começa, a fissionar-se o flu.zo de

onergia na parte mais estreita diverge f ^ I TU W •ü T r t ur s I

proibido.

Neste modelo assumiremos que os quarks interagem fracamente entre


si já que o confinamento é obtido por meio do envoltório. Desse nQodo até esta

Intersobes giuônicas 3.26


ordem, glúons não interagem entre si já que tiá a troca de apenas um glúon
entre os quarks

Portanto tomando interações até a primeira ordem de perturbação,


podemos ter os seguintes diagr amas de Feynrnan

Diagramas (la) sao conhecidos por " incer.3c'r/ou “


enqu.anto que (Ib) são conhecidc>s; por " se///uterãci/on .
Para as interações em que os: quarks nao tro-ca-m de estado es:p)acíal
damos o nome de /n/erseões d/re/ss .
Neste tipo de interação destacamos; que >os vértices nao têm
dependência temporal, uma vez que os; estados íinal e inicial são idênticos.
Pai'a as interações em que há. troca, dos; númertos; quãnticCíS; es;p:acia.is
para um^ dado quar k, damos; o norne de /uterseees de irecs Neste caso os
vértices possuem def>endência temporal.
Adiantamos aqji um problema que ocorre para o caso da " self
mteraction ". Neste caso, o tratamento é mais delicado, ikús o quar k ao emitir
um glúon, passa para uma coníiguração intermediária, qj.e a pu-incípio poderia
ser qualquer um dos estados; possíveis. 0 mais correto, pjara o cáJculo da

correção de energia devido a troca de um glúon, seria somar mos s;obre todas
as configurações pc-ssiveis.

Contudo Thorn e aiodcs “" mostr aram que ÔO g da ener gia devido
aos diagramas Ib, provém quando os vértices são independentes do temp>o, ou
seja quando os quarks não trocam de estados esp>aciais.

IntersQoes gluônicas 3.27


Por outro lado, diagramas Ib também estão relacionados com a
renormalizaçâo da massa. Como veremos mais adiante, devemos introduzãr

uma prescrição dada por DeGrand'^'' para a renormaüzaçao se queremos


evitar o risco de uma dupla contagem na massa dos quarks.
Portanto neste capítulo dividiremos o estudo em duas partes;

a primeira para as interações diretas e a segunda paí'a as que


envolvem troca nos estados dos quarks.

3.2 Interações diretas

Este tipo de interação é caracterizado pelo fato de que os estados final

e inicial são idênticos.

Sejam e os campos elétrico e magnético da cor

respectivamente. 0 índice / e 3 estão associados ao número de quarks e a


cor respectivamente ( a= I...Ô ) Uma vez que estamos considerando
contribuições até a primeira ordem então os glúons não interagem entre si de
modo que podemos utilizar a teoria eletromagnética convencional.
Pelas leis de Maxwell temos para as interações diretas que

7 X (3.1)

r < R

(3.2)

Interações gluônicas 3.28


7. (33)

r < R

7 X = 0 (3-4)

. -
A corrente para este tipo de intera<áio será dada por

. \ a . jii
h " h (35)

onde são as matrizes de Gell-Mann.

Note que pelo fato dos estados inicial e final serem idênticos, a

corrente não varia com o tempo.


Se 0 envoltório é esférico e estático então temos as seguintes condições
de contorno

f . S = 0 (3-6)

r =R

(3-7)

Utilizando a lei de Gauss em (3-3X obtemos que o campo elétrico da cor

InterapSes gluônicas 3.29


será dado por

= (4n) ^ f J á\/T^
(3.Ô)

Note que para r= R, o campo elétrico é dado por

(R ) f X//( 4nR^)
•. w‘ - O"!
V/

de modo qi!.e usando a relação de contorno (


obtemos um imp-ortan
tesultado, ou se a

^ X à.
K: = u íi.ó. lUJ
i ^

Isto significa que os tiádrons sao singletos de cor

3.2.1 Parte elétrica

0 termo de energia gluônica da parte elétrica, é dado por

= Êi" .Êj^d-V (3.1i)

onde g é a constante de acoplamento da interacao forte ( g“= éna^)

interações giuônicas:
3.30
Denotando

! r')d (3 12)

a energia elétrica da cor é reescrita como sendo

(3.13)

( 4n

onde ( r ) é dado por

R/Xj / Xj r/R - sin( 2x^r/R)-

(3.H)

.2 .
- ( Xjr/R ) j^( x^r/R ) j j ( x^r/R ) 1- ( - )-^ m.

Ei ^

onde Xj refere-se ao i-ésimo quark com um par de autovalor es ( x, jl ).

Denotando I^| como sendo

(3-15)

Interações gluônicaa 3.31


Esplicitamente obtemos que 1^^, para o caso em que m^ = m^ = 0 é

dado por

í
fT
'ij =

Rxíi X. [ X-- (-)-i j [ X(-ri ]

+ X. + Io; ^ / .-r \i~^r i


1/3 -[2j
■ M l ^ ^ 1

--1.
+ [1 ? i " f—j
V -i j1 *í[ 1^ - Y
“I “/í' — i. )i -2D-Dj-(D^+Dp/5 +

3.2, - / .
^ ( X- + X . 'i i X- + X ■ ) + ( X- - X I ' ! - vr "i
J ^
7 7 7 . . 7 . .
l^X-“X-“ i “(Y’ M “ ÍY “l
^“*^1 *“’j ■'o I' 'O

" 1 r1 ' i * k/AíSj) 1 Si( 2K.) -


^ r ]
- [ X. + x-"/(3x - ) j Si( 2X-) + ( X- + X i y/{t X- X j) Si 2 (■ X-+ x i +
i j » j j • ' j I j • j ^ '

+ /■ ^ \-7 í/Ç. „ T» ^ C*J i n / _ T» \ i i


^ V. üj - ; y VJ Xj Xjj i íi V Aj / j (3.16)

0£ide

. . i-
Dj = 1 - K-y ■• Xj í3.íyj

Interaooes gluônicas. 3.32


e

X
Si ( X ) = j Siü( L ) dt lü,'
o r.

Os valores correspondentes a este tipo de interação serão

apresentados mais adiante no capítulo 4.

3.2.2 - Psrte magnéiíca

Além da contribuiçÍ.o devido a p>arte elétrica temc« uma outra devida


a parte magnética dos campos gluônicos.
A corrente é dada ejq:>íicitamente por

r o 14 ^ o
T
j ^ = - n 1T
iíl ^ ^ í vh - iu S /T?^
XI j|i/ /íTlX
a; j; I /^ /!Ti\
f./x

/0
1 Y^'' )“ f X a. (3.19)

interações giuônícas 3.33


Definimos o momento magnético como sendo

M , R ) = i J r X f-d\ (3.20)

Por conven<,.<30, o uioruOuto mâguotico ^ R ) e definido atrâves

de sua componente na direção z, com

U(j (3.2 1)

Explicitamente o momento magnético ( m^, R ) e dado por

11 / n
i T-,^ ITt'S . /r- / Pl \ w' J
^ ( , R ) = - N [ (E^ - m"')/E" j KiiA i xvjí j s i\,‘ i UI

bccc

rx I rx í í. i' .22)
J Y

onde z denota o fato de termos tomado ap^enas esta componente.

Contudo

0 - r .-w ^ \
I áQ rx O"; 1 = -z/ ó Kó.^ô.}
'o

Interações Qiuônícas 3.54


Reescrevendo em termos de fj, obtemos então que

fi - -3 ( fx ? )/(4tt) (3.24)

onde

- dju-Cm^, R) (3.25)
dr

Contudo temos das equações de Maxwell que

7^ (r ) - - Xj^ f. (r ) (3.26)

e cuja solução é dada por

-lí
X®(r ).(4ti) * ' r|(r')d-"r' (3.27)
f - f

onde r' 4 o vetor que vai da origem ate ao elemento de integração.

InteracSes gluânioas 3.35


Ou seja

f ^ 'a,5
C r ) = 3 <r-xr □'^r C3-26)

(4n y f.'3 I f-r' I

Devido a simetria do problema, as contribuições das componentes de


r" perpendiculares a r se cancelam de modo que expressão (3 26) é reescrita

como sendo

Xj® (r ) = 3 5., f M' ^ r.r d“^r (3.29)

(4n i;' ^ I f'- P' I

Denotando o ângulo entre os vetores f e f por S, então temos que

Âj®(r) =

í . f
Oo 1 a . /. . > 1
6ttX. .E Wr r^' cosS P^(cosS) d(cosS) (3-30)
V ^
I"1
(4n y
J y

onde Pj^ são os polinômios de Legendre e r^ e r^ sâo respectivamente os raios

Interações gluônicas 3.36


menor e maior entre r e r" Fazendo a integração angular'"", obtemos

> <1 \ /? 9 1 \
Ãj® ( r ) = (5jxf)/(4n) (r j I dr r^/ r/ vj>.,5 i/

A integração em r se diVíde em duas partes ; uma cujos limites de

mtegracão vão de 0 a r que corresponde a r r e outra cu.ios limites de

integração vão de r a R.
Portanto

r <1

r
í í
í ^. - .f
Xj'' (<r^yrj/i;4n) r r ) dr + r .ü j'"( r jr ^ dr (3-32)

/
0 y

Definindo

/
^i
)dr'Vr ^
(r ) (3-33)

e com auxílio da relação (3.25) expressão (3.32) pode ser reescrit-a corno sendo

^^xf)/(4TT) [ m( ffii. r)./r'^ + ( r ) j (3.34)

Interações gluônicas 3.3?


0 campo magnético, por sua vez, será dado por

a
3.Kj“ m( r )(4n> M . í-) ^3 J +

+ 2kj^ M^(r )/(4n)

Note que na. expressão (3.35), o campo magnético é compK>sto por dois

termos: um quadrupolo e urn monopolo magnético. Contudo o campc' magnético


dado pela relac-âo adnia deve sastisfazer as condicoes de contorno (3.6) p^ara
uma cavidade esférica. Lembrando que par a r =R , M^(R)=0 então usando as

condições de contorno percebemos a condição não é satisfeita, ou seja

.E f xE:^ ( R ) = (4nR-) .E M- ( m^, R ) cr- X n (3-36)


• 1 ' i

Pai'a que as condições de contorno se.jam satisfeitas, devemc-s


introduzir um termo extra ao campo magnético. Portamto o novo campo

Interações gluônícas 3.38


magnético será dado por

(r )= 3Xj (4n) V (m^,r)r r i )/ - ^1' -^


5,^ ^ ' '1

+ Xj“(4n) * ç. [ M ( nij, R )/R" + 2 Mj ( r ) j fK ^ • )

A contribuição do termo magnético devido aos; camp>os gluônicf^s para a


energia dos hádrons é dada pela r elação

A p _ _i J Bj“' ( r ) . Bj~ ( r ) d^^r


1.1 2

p*onto surge uma dbestáo cTu.ciaJ. C>s termos; pertencentes; ao


diagrama Ib, ou s;e)a quando , contribuem para a renor rnalízaçâo da
an 1 - -
massa.'''Portanto se mcluir-mos tal diagrama, p:»deremcs: estar fazendo
Uma dupla contagem para a massa do hádron. Por outro lad< se nao
incluirmos , obtemos que os ter mos restantes, por si próprios não s W. -W
as condições de contorno dadas pelas equações (3.6) e (3.7).

De Grand''" , em seu trat>albo, nos dá uma prescrição a s;er adotada


para o cálculo da energia devido a troca de um glúon:

Serão incluídos no cálculo os termos pertencentes aos

diagramas Ib que permitam que os campos elétrico e magnético


satisfaçam as condições de contorno.

Interacõe® glucnicas 3.39


Pela prescrição de De Grand, os termos de energia decido aos glúons
serão dados por

E
(3-39)
j

t>d ò (3.40)

Substituindo (3.37) em (3.40) e lembrando que

5,. f díí J.,'


í

então à será dado por

S \ a -
& = - 3 0^, S i>«( C: 2 r ( m^, r) ( m j, r J or +

+ M- ( R ) M- (mj, R )R ^ í ■<

Inte raoô<?s gluônicas: 3.40


Defmmdo

-4
7 T?- lí. f rn. jí. r m. rVr Hr (X 4^'^
1= 1 * t
/w. (íTij, R ) ^ ( m j, R )

então a energia magnética será dada por

>.JÍ r' . 3 . a — —
à p* * = _í a E X '" K " <r <7:
^ ^ c» »- 1 j 1

f 'i /: y;\
AO ( , R) M ( mj.. R) Km-R, m^:)/R"

Com auxílio da relação (3.22) e utüizando a íorma explicita da função


de onda, obtemos que

r .^2 7. u/7
( mj, r ) = - l íE m “)/E‘ J*' “
1

(3.45)
-2/3 íxr/E)^j,^íxr/E) + xr/E- sm(xr/R)cosísr/R)

Int&rspães giuônicas: 3.41


Defmmdo

D= í - mR - (-) *'JiK (óAb)

então obtemos algumas relações úteis

ITs f o /; -r'>
A J^i u !í

sin X COS X “ Í^ ** ■*-■


V i/ Ft C3.4Ô)

’(s) = u / -■> \

Portanto substituindo e>:pressões (3.47-3.49) em (3.43), para r=

obtemos

, 7 7 . 7
M ( , R )^-2 'KJ7{ F)“ + v“ -P ■! - v“

3 1 E + i-y" m j i 2Ef; +m/E - (-)'"-2 IeR

IniersoSes gluônicas 3.42


Como

? r . . í 1 r . . ç 1
M (3.50)
D -D R I E + [-rm j I 2ER J

então

, R ) ^ _ 4ER 2(-)^mR - 3 (3.51)

6 [ 2E“R + m - (-)■ ■ 2E {

Por outro lado temos que

ü, - rm

2Xj* ( Xj) [ 2Ej“ ♦ iHj/R - (-)''■ 2Ej/R j

/ 9 C* “I \
V. J>. c* /
[ -2/3 (Xjí) ^ (Xjí) * XjX - sm( x,í ) cos ( Kjí) j

onde I = r/Fl.
Portanto I (m^R, mjR) será dado p-^r

I = 1 -j ( XjSln"Xj - 3/2 Vj) ( X|Siii"Xj - 3/2 Vj) j

Interações gluônícas 3.45


9 9
[ -2Xjr R sin“(Xj £) + 3 Xj rR - 3/2 R“ sin ( 2 Xjí ) ]

(353)

onde

- sin COS Xj (3-5‘i)


5^1

Note que Kffij^R, m^R) é invariante pela troca dos índices i - j.

Denotando

1 -I
N ( Sj, ) = [ Xj sin“Xj -y2y^ J ^ [ XjSin“x-3/2yj j tx

então mediante uma integração obtem-os

I = 1 + N ( Xj, Xj ) x^ Xj 1^-2 + COS (2x^) + cos (2Xj) + Xj Si ( 2x^ ) +

1 f
x^ Si ( 2Xj) - COS [ 2( x^-»-Xj) j COS [ 2 ( x^ - X-) j -

InteraQoes gluõnicss 3.44


( SI 1 2( Xj) 1 + ( Xj-Xj) Si 1 2( Xj-Xj) 1 + 3
2 4 V. V.

í . .1 I . . 1'
+ sm( 2x^ ) + 1/^ COS I 2( Xj+ X|) j - 1/4 cos [ 2>; x-- x-) J, ('l Sh1

Entretanto express^Ões (3-13) e (3.44) podem ainda ser reesadtas

nirnia íorma mais simplificada. Seja H a função de onda dos hádrons. Com

auxílio da expressão ( 3.10 ) e usaiido uma propriedade dos geradores , ou

se^

(.x.^- ■') H = 16/3 H -> I

obtemos <jue

_ \ a \ a r ^ F- dN X
4. Aj A: = -0/ .s e- IX .* V.-i.t

i^J

onde N é o número de quarks confinados na bag.


Portanto a contribuição elétrica devido às interações gluônicas pode
t“i rí
ser escrito como sendo com^posto por um ternio -que des:creve
interactions’ e outro que descreve self interactions .. ou seja

-4 .'< 1
= OL 2E r ) r d\ - ( 4-N }-f- f ^ d-r j (3.59)

3^1
4 (X
bu. %

Inter apões gluônicas 3.45


enquanto que a parte magnética é dada por

íe“. a^(<-N),§ «fjMjj (3.60)

onde

Ô A* (, R ) M (lUp R ) 1/ (3.61)

Os diversos valores para podem ser avaliados na tabela

apresentada no final deste capítulo.

3.3 - lnt*r«oSo de troe*

Este tipo de interação é caracterizado pelo fato de que os quarks

trocam de estado espacial, ou seja são interações em que os vértices possuem


dependência temporal.
Contudo neste modelo iremos restringir nossos estudos apenas para o
estado mais baixo de energia com j= 1/2 ou seja ondas 1/2

Entretanto para este tipo de interação iremos excluir diagramas


“selí-lnteraction", uma vez que de acordo com os trabalhos de Thorn e Chodos,

a maior contribuição à energia é proveniente de diagramas cujos vértices são


independentes do tempo.
Portanto o único diagrama que contribui quando analisamos interações

lntcraoSe« Qluftnio 3.46


de troca é

S — > p

p —> . s

Alguns autores têm, entretanto, analisado o caso de trocas envolvendo


ZX X4
quarks com estado ^2^/2'''^''' * -

No entanto em nosso modelo temos considerado o caso em que a


superfície da bag é esférica e portanto os únicos estados permissíveis são S,.,

e P • Posteriormente introduziremos no cap. 4 deformações na superfície

devido a dinâmica da bag, e mesmo assim tais deformações serão radiais de


modo que a superfície da bag ainda mantenba a forma esférica.

Para este tipo de interação temos que a corrente f será dada por

í" ^*tr “ ^ Pi/í^ í'. ^ ) y ^Si/í í ^ ^ (3.62)

Convém aqui fazer uma observação sobre a forma como a corrente


tem sido definida. A notação aqui utilizada tem seguido as notações utilizadas
"í f\
por DeGrand. Entretanto como foi observado por Brown'^", um ■fitting"
utilizando tais definições reproduziría uma constante de acoplamento das

InteraoS^s QluÔnicac 3.47


Interações fortes cc^ da ordem de 2.2 o que é muito alta e desse modo seria

necessário estender o estudo até ^ ordem mais altas. A definição usual


adotada correntemente na literatura incorpora, em cada vértice da interação

um termo X/2 e não o termo X como é utilizado por DeGrand. Desta forma
^C\
para manter coerenaa com outros trabaltios"' iremos desenvolver a análise
das trocas de glúons utilizando as definições dadas por DeGrand. Entretanto, ao
efetuarmos o estudo do “ fitting”, iremos utilizar a definição usual bastando
para isto dividir os resultados obtidos por DeGrand por 4.
Ezplicitamente temos que

ai; í 1 of Õ- + 2 o.f f

- b ( í ) D exp(-»wt/R) (3.6.3)

onde w é a diferença de au.tovaiores ^ ^ ^ =fV; -

a ( í ) = -i N ^ ( X ^ í ) V, ( xA )./(4n) (3 b4)

b ( í ) = • N jj ( Xjí ) j^ í )/(4n) (3 55)

Interações giuânícas 3. 48
Das equações de Maxwell lemos que

D X ® . -í ® C3.66)

7* a ^
Se reescrevermos Aj como senoo

Aj® (r, t) - [ ( f os - a /3 ) A2 ( n + 5 A^ ( ^ ) j exp(-iwi/R) (3.67)

ectao obtemos um par de equações diferenciais

I 92^*Cw/R)^ lA2(n-2b(í)

1 <• (w/R)^ 1 ( I ) . -a( n - b( D/i

Observe que 4 composto por dois termos, um quadrupoio e outro

monopolo.

7^^ é definido como sendo

d X ♦ 1 ) (3.60)

r^ dr dr r^

Interaoõe» gluônioas 3.49


Resolvendo a equaçSo para A2 ( £ ) e ( í ) obtemos as seguintes

soluções

A^ ( í ) - -wR“ y^(w£) L (wí')[ a ( r ) + b í 1:' )/3 1 £'^d£' +

''o

+ ) I Vçj (wDÍ aí T) + b( £')/3 1 dT +

*C^io(wí') ^ (3.69)

enquanto que

A2(£)•2wR“ 72 < wí) Í2 (wT) b í £') í'“ dí' +

j2(wl)j 72 í +C2j2ÍwX) J (3.70)

As constantes e C2, provenientes dos wronskianos das equações de

Helmlioltz, serão escolhidas de modo que satisfaçam a condição de contorno


dada por

fxB^®*0 ,r=R (3.71)

InteraoSe» gluònio 3. SÊ
Expliciiamente o campo magnético será dado por

- >4^ exp(-*wt/R) .

< 1 jjíwí) J [v/ (W2 ')X>a )*v^iyfl )aa )] í “d£ +

+ 7j(wl) J [ jj'(w£')b(í ) + a( £ ) (wX ) ] X “ dX +

+ Ajj(wX) '■ (3.72)

Contudo como deve satisía^r a condicâo de contorno,<iada peia

relação (3 71) então obtemos <jue

fX Tk o j w“R exp C-í wt/R) j Aj ^ (w) ♦

7j(w)f [ ywX')a(X') +j/(wX')b(X') ] X'“ dX' (3.73)

Portanto devemos introduzir um termo extra ao campo magnético de

modo que satisfaça as condições de contorno.

Interações gluõnicas 3.51


Portanto o campo magnético será dado por

f X 51 exp(-»wt/R) X

^ I jj(wl) J [ Vj' (wí *)b (£') + y^(wr)a (!') ] dí' +

♦ yj(wi) J [ jj'(wr')ba') + aa' )jo(wn ] t-di'-

Vj(w)/i|(w)(wi)j [ y;wr)a(r) + b(djj'(wr) jí'“di"

« fx 5 w^/(4nR^) B(X) exp ( -iwt/R ) (3.74)

A contribuição do termo magnético será dada por

M
(3.75)

0 campo elétrico, por sua vez é obtido através da relação

(3.76)

int®r»oS®s gluónic 3.
Podemos escrever o campo elétrico como sendo

Ej^ » w^/(4trR^) 1 o E^+ ir S f - 5 / 3) E2 1 (3.77)

l/w [ a (í) + b(Í)/3 ] 4n R^/w“ +4/3 B(£)/ £+2/3B\í) (3.76)

E2«*/w I B(í)/I - B'(I) - ÔnR^ b(T)/w“ ] (3.79)

Portanto a contribuição devido a parte elétrica será dada por

5 i 5 J *

*2/9E2lh, 1

InteraoSes gluônio 3.
0 campx) elétrico, dado pela expressão (3.77) satisfaz a condição de
contorno dada por

(3.61)

Finalmente podemos representar, na tabela abaixo, os termos para

cada tipo de interação estudado ac[ui

s s
s ^ s

^ij^ - - ^ 0.177/Ô E Xj^X ® o i 5 j í ^ j

gE - . a r" ^ 0.27Ô/Ô E X.“Xf


ij c I j

s s

p \ p

SEi‘ 0.112/6 S Xj®X * 5 J 5 j

SEj ® - V' ’ ^

InteraoS^s gluftnioas 3. 54
s p

E 1 s

- - %r" ^ 0.ns/ô ^ D j 5 ^

- “-çR" ' 0.0Ô5/Ô ^ >4“Xj^ 5 j D j

Podemos avaliar a variação da energia envolvendo diagramas deste

tipo em função da massa dos quarks.

Both Ouarks Moss m

No próximo capítulo iremos introduzir correções devido ao


movimento do envoltório, ou seja a bag e analisar o problema da quiralidade

do modelo.

Interações gluônieas 3.55


^.1 Simetria quiral

Vímos até o capítulo 5 que o vácuo da OCD, possuí duas fases, uma na
qual a presença de quarks e glúons é proibida porém não o é para leptons e

fótons, e outra fase ca qual quarks e glúons podem existir, fase esta. chamada
de hadrônica.
A energia necessária, por unidade de volume, para a formação da fase
1 / íí
hadrônica é h e que ern geral é escolhido como sendo B" ‘ < 200 MeV. Tal
parâmetro corresponde a pressão que o vácuo exerce sobre a bag.
A transição da fase hadrômca para a outra fase, chamada fase normal,
é abrupta, daí originando o coníinamento dos quarks e glúons
Em processos de espalhamento envolvendo altas energias entre ions
„ - -
pesados é notada a existência de duas fases"'uma ern que e povc-ada p-or
hádrons e léptons e que é chamada de fase de hadronísaca.o e outra ern que
temos um plasma de quarks e glúons apenas.
0 fato mais interessante ne-stes proces:sc?s: é que a transição entre estas
duas fases é brusca, fato confirmado pela teoria da CCD na r ede, A densidade
de energia nas duas fases é caracterizada em termc-s de uma temperatura
4
crítica, e =2 T,.
c * cujo valor está em torno T = 200 MeV.
4n
Por outro lado, como foi obser vado p^or Hasenfratz e Kuti *'',3. inclusão

do termo de tensâ.o supjerficial à Hamiltoniana nos foriiec:e res;ultado-s


similares com a vantagem de que as condícões de contorno tornam-se linear e-s.
Alguns modelos incorporam ap>enas o termo de tensão sup>erficial, outros
incorporam apenas o term^o de pressão do vácuo sobre a bag ou. mesmo ambos

os parâmetros. Fisicamente os dois termos deveríam s^r mcorpjcrados. No


entanto, a escolha é efetuada em funcao do método matemático a ser utilizado.
Uma vez que o confinamento é alcançado por meio da pr essão que o

vácuo exerce sobre elas, acredita-se que a interação entre os quarks seja
fraca. Se a interação é fraca, isto nos conduz a dois res:ultados imediatos::
- 0 tratamento a dinâmica, dos quarks deve ser relatívístico uma vez

que envolve grandes momentos trocados.


- ^ estudo da interação entre os quarks envolvendo trocas de um

Dinâmica da bag e resultados 56


glúon pode ser feito utilizando-se teoria de perturbações convencional Ate a
ordem mais baixa, os glúons nao interagem entre si de modo que a teoria se
reduz à OED envolvendo oito bósons de gauge sem massa.
Até este ponto, o modelo tem descrito, com certa precisão, a massa dos

hádrons, utilizando como parâmetros B, e .

Analisando a figura acima percebemos que no setor bariônico o mc-delo

reproduz os resultados razoavelmente bem. O mesmo na.o podemos; dizer para

o setor mesônico, em especial f>ara os; píons.


Também há a questão sobre o espalhamento entre hádrons. Eni geral,

tais processos são efetuados envolvendo troca de píons, o que não é previsto
pelo modelo original do MIT, que não permitia absorção e emissão de píons.

Dínâmics ds bsg e resultados 4. 57


Além disso, o modelo não possuía simetria quiral. A corrente azial A

de um quark é dada por

(■í.l)
V (r-®V2

de mí>do que

q ? q S (r-R )/2 ^ 0 (4. 7


^ s\

Portanto a corrente asial, no modelo do MíT não se conserva.


Por outro lado se analisarmos o fluxo que cruza a bag notamos que

f. = qT^3q/2 r=R (4.3)

Portanto o fluxo não é nulo na superfície da bag.


A solução encontrada para contornar este tipo de problema é a de
incluir um campo extra, em geral de píons, de modo <que ele carr^ue,
externamente a bag, a corrente axial.

Dinâmica da bag e resultados 4. 58


0 problema íoi inicialmente tratado por Ctiodos e Thorn"'’ que
introduziram dois campos extras par a restaur ar a simetria
Em termos gerais, existem diversas formas de se restaurar a simetria

quiral introduzindo um campo extra^’'’'.


XI
Neste trabalho utilizaremos a forma pr oposta por Tomio e Nogajni''’,

que basicamente trata a interação quark-píon de forma adiabátic-a.. Desse


modo a interação quark-píon ocorre na superfície da bag, Para r<R o trabaino
segue a forma do " Qoudy bag model".
Assumindo que o píon tem uma dim.ensáo finita de raio R„ . o efeito

píônico obtido é dado por

]x/:
-3f N 1 (100 n"' “ rn 15/(3R“+3R IM ^
U_ = rr n
TT

onde fp^ e m^são respectivamente a constante de acoplamento n K N com valor

^/7
dado por fj^ = (O.Oô)" “ e a massa do pion.

n.2 Dinâmica da bag

Vários autores têm analisado a questão do movimento do envoltório.

Alguns destes traballios"'"'^admitem um " breatíiing mode" da

bag de modo a tornar local a condição de contorno ( ver relação (2.30) que
limita os estados angulares ), possibilitando desse modo a inclusão de vários
estados de paridade negativa
Entr etanto o modelo falha ao não ordenar corretamente os primeiros

estados do setor do núcleon, além de apresentar mujjtc>s estado^: não


observados, conforme podemos verificar na figura abaixo obtida da

Dinâmica da bag e resultados 4. 59


referência 33

; NfGfiTivT rnUITY pAPtON';


, 1 Pog f*'ioD^I r-ípcJic.Ilons — -
Eíperímçnf
B'’* • .147 GeV
r. • I B4
C\ r • . f. t’
m« • .?79 G? V
J. 1 .1 J .... .J
A I 7. Í1

Uma forma de contornarmos o problema áa paridade e intrcxiu.2ir


uma dinâmica na superfície da bag. Aqui nesbe crabailio iremos efetuar um
tratamento nâo-relativístico para a superfície da bag. Contudo p)odemos
efetuar uma estimativa sobre as correções devido a efeitos; reiativísticos
através da relação

^ . 7 7 . 1/7
+ /n. “'>./'i‘7rn^ 1 1 i'4 SI
'■^b " -b' i

onde < ... > é 0 valor esperado com respeito a função de onda que descreve a
superfície da bag.

Dinâmica da bag a ra&ultados 4. 66


Deste modo a hamiltomana do sistema será dado por

(4.6)

onde

= Pj^“/(2m^^) + K R"/2 (4.7)

U^. ( R ) = -Z./R + ( R ) (4.Ô)

Xi. R (4.9)

Nas relações acima, identiiicamc^s R como sendo o raio da bag e é


tratada agora como uma variável dínámic.a., E é um parâmetro constante para
todos os hádrons e que está relacionado com a quantidade de energia por
unidade de superííde da criação da bolha no vácuo, x- são os; autovalores;

obtidos da relação ( 2.39 ) e Z um termo que incorpora as correções devido a


troca de glúons entre os quarks, a correção de centro de massa e a. energia do
ponto zero devido ao efeito Casdmir.
Se sup>or mos que a massa inercial da. bag é muito grande de modo que
seu movimento seja mais lento que o dos quarts, pcderemos efetuar um
tratamento adiabático para o sistema, ou seja, o movimento dos quarks poderá

ser desacoplado do movimento da bag. Desse modo a função de onda do sistema

Dinâmics ds bag a resultados 4. 61


pode ser escrita como sendo

'}' ( r, R > - ( R ) n r^, R ) (4.10)

onde q„ é a funç-âo de onda dos quarks, o índice x representa os três estados

dos quarks e é a função de onda da bag e que é solução da equação de

Scbroedmger,

H Uj,(R) /P. P = F 11)


b 't:x ' ‘"KX

Por outro lado po-áemos iniagínar o caso em qu.e o movimento dc-s

quarks não é desacoplado do niovimento da bag. Neste caso o tr atamento deve


ser não-adiabático. Uma vez que o FK>tencial possui um termo prop>orcional

a R“, ê conveniente expandirmos a função de onda do sistema i em termos da


função de onda dos quarks e em termos da fun-ça.o de onda do osciíador
harmônico. Est-a. é a prinapal razão em se utilizar um termo quadrático e não
cúbico para a energia de criação da bag no vácuo.
Portanto a função de onda do sistema é escrita como sendo

'3' ( r, R ) = .E ^‘k ^ ^ ^ ^ i ^ (4.12)

Dinâmica da bag e resultados 4. 62


Se tomarmos

V- = mj, Wjj R- (4-13)

com

1/2
(4.14)

então a íuncâo será solução da equação

+ y“ + X ( X + 1 ) ( V ) = Ej, (4.15)
7
y“

onde 0 parâmetro X é escolhido de modo que a convergência da espansã.o seja

rápida e é dado por

Ey = 4 ic + 2X+ 3. (4.16)

Maiores detalhes sobre o tratamento à dinâmica na ba.g f)odem ser

encontrados na referência 37, onde o parâmetro .X foi tomado como igual a 0.5.

No entanto nesta referência o pau^âmetro Z foi superestimado a fírn de


poder levar em conta outros efeitos. Contudo tal parâmetro era constante

Dínamics da bag e resultados 4. 63


tanto para os estados de paridade positiva como negativa. Se observarmos
cuidadosamente as contribuições gluônicas e de centro de massa verificaremos

que tais correções não são constantes mas contribuem diferentemente para
cada paridade.
0 que iremos íazer a seguir é, com base nos resultados obtidos na
referência 37, avaJiai" as correções que devem ser feitas aos valores, incluindo
correções devido a troca de glúons, de centro de massa e correções
relativísticas da bag estimadas pela relação (4.5).

4.3 - ResuJtados

0 modelo de sacolas, até este ponto, possui 5 parâmetros a serem

ajustados ( E, nig, m^^) e um parâmetro ( ), o qual está reladonado

com a energia do ponto zero de uma cavidade esférica, que ainda depende de
um cálculo mais exato e preciso. Entretanto, aqui neste trabalho, o trataremos
como um parâmetro .
Em nosso a,ruste, nosso mteresse p>rmcipaí está em repirc-duzir, não as

massas, mas sim as diferenças de energia entre os primeiros estasdos do


nucleon.
Desse modo, a ressonância Roper N (1440) será entendida aqui como
sendo um estado em que todos os quarks es;tAra.o, basicaimente, no estado
fundamental, enquanto que a bag estará excitada.
Para o estado N (1520 ), assumiremos que apenas um dos quarks será
promovido ao estado IP enquanto que o resto do sistema piermanecerá no
estado fundamental.
0 parâmetro m^, por sua vez, estará relacionado com a massa ínercial

da bag Uma vez que nosso tratamento à. bag é não-relativístico, esperarncs em


nosso ajuste que a massa seja suficientemente pesada de modo que iu.stífrqu.e o
tratamento.
A seguir iremos construir as funções de onda. do nucleon. Com base nos
estados construidos, estauemos habilitados; para caictüar as correções devido a
troca de um glúon e do movimento do centro de niassa e aplicá-los acs
resultados obtidos na referência 37. Lembramos aqui que naquele tr aballio, o

Di nâmica da bag a rasuitados 4. 64


parâmetro não dependia dos autovalores dos qnarks e era muito alto

Z = 1.5 . Introduziremos tais correções e faremos um ajuste nos parâmetros


de modo que possamos ordenar corretamente a paridade dos primeiros
estados excitados do núcleon.
Os resultados obtidos serão apresentados no final do capítulo.

A função de onda total do nucleon, necessariamente, tem que ser


antissimétríca, já que é um fér míon.
Uma vez que a função de onda colorida é constr uída de tal forma que é
antissimétríca, basicamente o que precisamos fazer aqui é analisar os estados
que sejam totalmente simétricos em sabor, spin e a parte que envolve o estado
S ou P do quark, a qual chamaremos de pseu.do-spin. Isto é feito utilizando-se
a tabela de Young. Para o c.aso em que os três quanks estão no estado
fundamental, temos que a função de onda é dada por

t (4.17)

onde é a função de onda que descreve a parte pseudo-spínorial e é dada

por

1^1 — {\ á 1A
■ /

encpianto que e t que descrevem o sabor, são dados; por

...-1/0
(b) udu + duu - 2uud ) (4.10)

Dinâmica da bag e Resultados 4. 65


*= - (2) ^ ( udu - duu) (4,20)

e finaamente kjiio d^scr^vêin â pQrtê spinorisl, dsdos por

= (6) (tif + -2 ^U ) (4.2 1)

X = _ (2) ^^'2 -jtt ) (4.22)


P

Portanto, para oste caso, obtemos, com auxílio dc-s diagramas das
páginas 3.54 e 3.55, a correcao devido a t.ro*ca de glüons e de centro de massa,
para o nucleon, é dada por

< S > = - 0.354 CL. / R - 0.765/R (á


X i.i-

Pr< OULA.^Jcl,&^JUI.I ■arii^r'-»


NC c»r^a1icat' N/A.XA ‘^CA'w nr>^ í^i-no
•s.+ Vw» mi^ar-Vc
X». Á
*v r>r-<^tY4riT7iaí%
X VXXXN.-' VX-^w+^w'

ao estado P.

Dinâmica da bag e Resultados 4. 66


Definindo

. .-1/? .
M = (3) “ ( SSP + SPS + PSS ) (4.24)

M ^ = (6) ( SPS + PSS - 2 SSP ) (á


K *•-»-» w í

M2 =-(2) ( SPS-PSS ) (4.26)

podemos, então, montar duas funções de onda simétricas, para 0 nucleon com

x= 1, ou se.ía.

. .-1/9 f - 1
N. = (2J * “ M l 'T J (4.27)
1 jO Jp A A

Nj = (2)' ‘ I «2 - n,’*’ 1 ' ^ ‘ 1 " ^.^2 i X (4.2 Ô)

Esquematizamos, na tat^ela abaixo, os valores; espierados


correspondentes aos diversos tipos; de interação gluônica.

6U £ l. AA. u
&

•P p P

R<S>^^l/OL.ç = 0.741 -0.693 -0.267 0.111 -0.153

R<S>^b‘<x^= 0.741 -0.693 -0.267 -0.06 O.OÔ

Dínâmics ds bag e flesultados 4. 67


Portanto, a correção total, para estes dois estados, 4 dada por

N
- n ac'“
/í? - 1 n^h/p
• '.y t A b iá ?Q1
^shift ^

Nt - - 0.35-9 \/R - l.OÔ (4.30)


‘stiift

Esaminando os resultados já obtidos na reíerênda 37, onde as


correções de glúon e de centro de massa não íoram tratadas adequadamente,
c-ido ■ifi(^r>r'TV^'i'riri
iXXWt r^íat■■5■^rl^2^TT'r^
\JwXO^i.V V- 7 •rn‘va€:ir'r-i<'..c-
v^V SJL*^>-1 'w.-UUà v-UwJl<UkA.
calcular o efeito de tais correções naquele modelo, da mesma forma que foi
obtida a correção relativística, necessitamos calcular o valor esperado de 1/R

e efetuar um ajuste nos valores obtidos;.


X X 'hiarl (2>-vrs-iiriHi.^-a
t £^rr, tA->
AAi'v-s-‘ A.fii-ru"Sc% /íc. /-N-TK^-a V-+V.-*
oscüador bar mônico, é dada por

-J/2 9.
0J, = (27)^' “ Aj, ^ (V“) (4.31)

onde tomamos X= 1/2, de acor do com o estudo feito na referência 37.


^7
Tomando, na erquansão, af^enas »os três primeiros termos'"', e
diagonalizando o valor es;perado de 1/R, obtemos que

0
. 1 /9
< 1/R> = 2( ) 0.297

Dinâmica da bag e Resultados 4. 68


Tomaremos, de acordo com a referência 37, = 0.25 GeV.

Podemos ainda incluir, em nosso ajuste, correções reíativíscicas ao


movimento da bag, estimadas na referência 37 e que são ap>resentadas na
tabela abaixo, em MeV

m^^ (MeV ) paridade +

250 -ÓO -12 1 -í r

300 -54 -110 - iÜ'

^50 -4 O -101 - Or"",

FinaLmente, apresentamos os resultados obtidos, na p^ágina segumte


( com e sem correção relativístka ), utilizando para a constante de
acoplamento das interações fortes, = 0.5 e com três valores: diferentes para

*7(
“O
Em asterisco, apontamos os melhores a.íustes.

Dinâmica da bag e Resultados 4.69


sem correções relativísticas
2o =

paridade

mj^ (GeV ) Raio n

0.25 oo 1.339 1.661 1 SCQ

0.3 1.159 1.451 1.503


0.2 0.959 1.411 1.453

0.3 oo 1.394 1.729 1.619


0.3 1.214 1.4Ô9 1.559
0.2 0.904 1.429 1.459

0.35 oo 1.445 1.756 1.666


0.3 1.235 1.516 1.606
0.2 0,545 1.446 1.456

- com correção relativíscica

0.25 DO 1.279 1.541 1.433

0.3 1.129 1.331 1.353


0.2 0,599 1.291 1.333

0.3 oo 1.344 1.619 1.509


0.3 1,164 1.379 1.449
0.2 0.554 1.319 1.349

0.35 OO 1.395 1.656 1.566

0.3 1.155 1.416 1.506


0.2 0.795 t 1X . -wr- 'w-

Dinâmica da bag e Resultados 4. 70


sem correções relativísticas

paridade
(GeV ) Raio n

0.25 oo 1.41Ô 1.699 1.6.32


0.3 1.266 1.4Ô9 1.5Ô2
0.2 1.03Ô i.449 1.532

0.3 DO 1.460 i.769 1.705


0.3 1.300 1.529 1.645
0.2 0.990 1.469 1

0.35 oo 1.542 1.630 1.759


0.3 1.332 1.560 1.699
0.2 0.942 5 4O1J 1 5iiú

- com correção relatí7Ística

O ?5 CX5 1.356 l .579 1.512

0.3 1.206 1.369 1 462


0.2 0.976 i.329 1.4 12

0.3 DO 1.430 1.659 > Rqs

0.3 1.250 1.419 1,535


0.2 0.940 1.359 1.435

0.35 OQ 1.492 1.730 1.659


0.3 1.262 1.460 1.599
0.2 0.692 Í.39O 1.449

Dinâmica da bag e Resultados 4. 71


: = 0.3 sem correções relativísticas

paridade

ffij. ( GeV ) Raio n

0.25 oo 1.4Ô1 1.72Ô 1.695

0.3 1-331 1.51Ô 1.645


0.2 1.101 1.47Ô 1.595

0.3 OO 1.549 1.502 1.774

0.3 1.369 1.562 1.714


0.2 1.059 1.502 1.614

0.35 1.616 11. V 1A . Aíü


V A

0.3 1.406 1.595 1.774


0.2 1.016 1.525 1.624

- com correção relatívística

0.25 oo 1,421 1.605 1.575

0.3 1.271 1.395 1.525


0.2 1.041 1.355 1.475

0.3 1.499 1i . hKií


-V 'v- X.
0.3 1.319 1.452 1.604
0.2 1.009 1.392 1.504

0.35 oo 1.566 1.765 1 . 7í


i ^ £Íi
0.3 1.356 1.495 1.674
0.2 0.966 1.425 1.524 *

Dinâmica da bag e Resultados 4. 72


5 - Conclusões e perspectíoas

Como um modelo fenomenológico, o modelo de saoolas tem-se mostrado


muito prático e simples de se trabalhar, quando estamos interessados em
analisar algumas propriedades físicas dos hádrons.
Os valores obtidos, de uma maneira geral, estão em razoável acordo

com os resultados experimentais. Porém quando analisamos a espectroscopia


dos hádrons, em particular, para o setor dos estados mais excitados;, o modelo
não se aplica muito bem. Nosso interesse aqui, porém, foi obter informações
importantes sobre o tratamento adequado à dinâmica de píons e a dmámica da
bag.
Com base nos resultados obtidos; na seção anterior, verificamos; que os;
efeitos piônicos são muito imiiJ-ortantes para qu.e possamos obter um
ordenamento correto da paridade dos estados; do nucleon. Note-s;e que ao
tomarmos o raic> do píon infinito, o que significa qu.e estamos despr esando seu
efeito, 0 estado de paridade negativa torna-se menor que a ressonância Roper,
que é 0 primeiro estado de par idade positiva.
Nossos melhores ajustes indicaram que o raio do píon ( marcado p«or
um asterisco na tabela de dados ) é pequeno

0.2 < < o.:<

Isto Indica a possível necessidade de um tratamento não adiabatico

para os píons, o que p»oderá ser tratado futuramente.


Um outro ponto importante e que foi remarcado na referência 37, é

que um tratamento adiabatico a dinâmica da bag não consegue ordenar


corretamente a paridade.

Em nosso ajuste, obtivemos bons resultados quando a energia do ponto


zero era pequena ( 2^ = 0.3 ). No entanto se incluirmos efeitos relativísticos, o

Discussão dos rosuitados e perspectiuas 5. 73


ajuste torna-se mellior para uma massa da bag mais pe^da m^ = 0.35 GeV.

Ouanto às correções gluônicas e de centro de massa, observamos a sua


importância através do reajuste necessário do parâmetro 1, já que ambas as
contribuições tem a forma 1/R. No entanto, queremos ressaltar que para os
est.ados mais excitados, a contribuição devida ao movimento de centro de
massa predomina em relação as correções de trc>c3 de um glúon
Seria interessante, então, um tratamento mais adequado para o

movimento de centro de massa na bag.

Como perspectiva de trabalho de interesse futur o, penderemos efetuar

um tratamento relativístico à dinâmica da bag assim como resolver a equação


diferencial correspondente, que nos permitiria variai' a forma do potencial da
bag ( por esemplo, pode-se incluir termos; de volume e superíicie ), wrN.-JL.Ai. ^
preocupação da escolha da base. Seria interessante, incluir, nos estudos, uma
análise no setor da delta, o que nos ajudará a obter um ajuste mais fino sobre
os parâmetros.

Oisoussão dos resultados e perspectioas 5. 74


6. Ref erências

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