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ATA DE ANÁLISE DE RECURSOS ADMINISTRATIVOS – PREGÃO ELETRÔNICO


047/7030-2010 - CONTRATAÇÃO DE EMPRESA ESPECIALIZADA, PELO
PERÍODO DE 24 (VINTE E QUATRO) MESES, NA PRESTAÇÃO DE
TELESSERVIÇOS (TELEMARKETING) PARA ATENDIMENTO E SUPORTE
OPERACIONAL E TECNOLÓGICO AOS PRODUTOS, SERVIÇOS E SISTEMAS
SOB GESTÃO DA CAIXA, INCLUINDO SERVIÇOS OPERACIONAIS DE
ATENDIMENTO POR MEIO DE CANAIS MULTIMEIOS, PARA A CENTRAL DE
TELESSERVIÇOS LOCALIZADA EM FORTALEZA/CE .

Aos vinte e um (21) dias do mês de setembro do ano de dois mil e dez (2010), às 08:00
horas, reuniram-se, nesta RSN Logística/RE – Licitação, a Pregoeira Alessandra
Helena Brito de Miranda Diniz e a Equipe de Apoio para análise e manifestação acerca
de Recursos Administrativos interpostos pelas empresas PLANSUL PLANEJAMENTO
E CONSULTORIA LTDA e VECTOR SERVIÇOS DE ATEND TELEFÔNICO LTDA na
qualidade de participantes do Pregão Eletrônico em referência, que tem por objeto o
definido no preâmbulo desta ATA, realizado através do endereço WEB
www.caixa.gov.br, conforme consta dos autos do processo administrativo n.º
7030.01.0438.0/2010.

DAS RAZÕES DO RECURSO DA EMPRESA PLANSUL PLANEJAMENTO E


CONSULTORIA LTDA: Insurge-se a Recorrente contra a decisão da pregoeira que
classificou a proposta da empresa POLITEC Tecnologia da Informação S/A sob os
seguintes argumentos: Inicialmente, registra que, a proposta final ofertada pela
Recorrida é inexequível uma vez que não considera o tempo ocioso na Taxa de
Ocupação (TO) comprometendo a realização dos serviços com equipe insuficiente para
o tratamento dos 3.200.000 minutos objeto do presente certame; Esclarece que para a
formulação do preço do minuto deve-se considerar o tempo efetivo de atendimento de
cada operador e cita resposta à pergunta de nº 20 disponibilizada na internet para
ratificar o seu entendimento de que a informação ali prestada, qual seja, “Ver item 9.8
Anexo I do Edital e item 4.3 Anexo V do Edital” (grifos nossos), estabelece que o tempo
de ocupação do operador deve ser definido de forma a não comprometer a execução
dos serviços; Relata que a experiência comprova, na prática, que somente 70%
(setenta por cento) do tempo contratado do empregado, em média, são efetivamente
laborados em favor do faturamento; Afirma que a Recorrida, ao mensurar sua equipe
com base num tempo de ocupação igual ao tempo contratado, considerou que o
empregado não iria “sair da cadeira” durante todo o seu expediente, em todos os dias
do mês, desrespeitou o edital, vez que ignorou esclarecimentos prestados, além obter
um menor valor ofertado tendo em vista que os custos orçados não levaram em
consideração o número correto de empregados necessários para a realização dos
serviços objeto licitado; Cita o processo licitatório conduzido pela GILIC/BR, qual seja,
PGE 073/7855-2010, para informar que naquele processo, após julgamento de recurso,
a proposta da empresa Politec foi desclassificada por ter a mesma considerado uma
equipe insuficiente para a execução do contrato; Reafirma que aceitar preço com base
numa taxa de ocupação de 100% (cem por cento) implica num dimensionamento
subestimado da equipe de atendimento, fato este que irá impactar negativamente no
resultado mensal, com perda de ligações e atrasos nos atendimentos, comprometendo
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todo o trabalho realizado; Faz um comparativo entre a equipe dimensionada pela


Recorrida e a que deveria ser dimensionada para o perfeito atendimento ao objeto
licitado, conforme segue: “... pela conta da Politec, para atendimento dos 3.200.000 minutos objeto
da licitação em comento, ele precisará de 410 atendentes: 3.200.000 / 340 (100% da jornada do
operador) / 23 (dias por mês) = 410 operadores Entretanto, essa conta não é real, o correto pela prática,
é que sejam considerados apenas 70% dos minutos da jornada contratada do operador, levando o
numero mínimo de operadores para 585: 3.200.000/ 238 (70% da jornada do operador)/ 23 (dias por
mês) = 585 operadores A este passo faz-se mister esclarecer que não se trata de postos de serviços e, é
exatamente por isso a importância de se mensurar corretamente a equipe que realizara os serviços de
forma a contemplar corretamente a demanda licitada. É a ocupação real de cada operador, que ira
regular a formação dos preços, pois o valor do minuto é calculado com base no valor da mão de obra
necessária. A equipe mensurada pela POLITEC para o presente certame, já considerando a reserva
técnica de 61 operadores, totalizando 471 operadores, atenderia apenas 80,5% da demanda contratada,
que é de 3.200.000 minutos. Destaca-se do caso concreto, que não foi considerado no preço ofertado
pela Politec, o custo total da equipe necessária para a realização dos serviços. Ficaram de fora 114
operadores (Operadores cotados 410 + 61 reserva técnica Total 471), isso sem se falar na equipe de
apoio à atividade que é dimensionada com base no numero de operadores contratados. Apenas para o
implemento destes 114 operadores, necessários para o atendimento dos 3.200.000 minutos contratados
a Politec terá de dispor mais de R$ 113.514,81(cento e treze mil quatrocentos e quatorze reais e oitenta
e um centavos) para pagamento de salários e encargos + Vale alimentação: 114 (operadores) x
R$510,00 (salário) x 70,44% (encargos sociais) = R$99.093,81 + VA = 14.421,00 = 113.514,81 Vale
ressaltar que nesta conta, não estão inseridos, vale transporte e impostos incidentes, o que de pronto
torna o preço ofertado inexeqüível...” , para comprovar a inexequibilidade dos preços
ofertados; Por fim, requer que seja desclassificada a proposta da Recorrida para,
consequentemente chamar a próxima classificada no certame até a definição de
proponente que apresente o menor preço dentro do estabelecido no edital.

DAS RAZÕES DO RECURSO DA EMPRESA VECTOR SERVIÇOS DE ATEND


TELEFÔNICO LTDA: Insurge-se a Recorrente contra a decisão da pregoeira que a
inabilitou sob os seguintes argumentos: Inicialmente registra que a sua desclassificação
deu-se em face de não “suposto” atendimento a alguns aspectos do edital; Discorre
sobre o parecer técnico inserido no ofício GILIC/RE nº 069/2010 encaminhado à
Recorrente detalhando, de forma pormenorizada, os motivos que ensejaram a sua
inabilitação e debate ponto a ponto principalmente os itens apontados pela área técnica
da CAIXA, conforme segue: a) NO QUE DIZ RESPEITO AO ATESTADO FORNECIDO
PELA EMPRESA HAPVIDA E ABC ADMINISTRADORA: “De início, cumpre registrar, por
NECESSÁRIO E IMPORTANTÍSSIMO, que para o atestado apresentado no procedimento licitatório em
tela, elaborado por HAPVIDA ASSISTÊNCIA MÉDICA LTDA, não há que se falar em ´´objeto deste
contrato é Locação de Estrutura, não podendo ser aceito como Atestado de Capacidade Técnica, por se
tratar de Prestação de Serviço de Atendimento.´´(texto constado no relatório que desclassificou a
RECORRENTE). Nobre Pregoeira: no aludido ATESTADO, consta, de forma expressa, ter a VECTOR
desempenhado, ´´de forma satisfatória, no mesmo de julho de 2009, a prestação de telesserviços
(exclusivamente humanos), compatíveis e concomitantes, com a quantidade de 1.734.240 (hum milhão,
setecentos e trinta e quatro mil, duzentos e quarenta) minutos de informações ou orientações aos
usuários e realização de abordagens sobre serviços, por meio de licitações recebidas e geradas,
utilizando o telefone como meio de contato...´´ Ora, No aludido ATESTADO, OU PELO ATESTADO, não
se pode falar em LOCAÇÃO DE ESTRUTURA, mas sim em serviço de CALL CENTER, que é o OBJETO
LICITADO. E, para tal constatação, basta que sejam lidos os termos do atestado, não restando dúvidas
de que por este documento HÁ EXPERTISE POR PARTE DA RECORRENTE, NOS SERVIÇOS
LICITADOS. Assim, de logo já se verifica o GRANDE ENGANO COMETIDO NO PROCEDIMENTO
LICITATÓRIO EM TELA, sendo insubsistente o argumento contido no item 2.1.1 do parecer técnico
juntado ao procedimento eletrônico licitatório. Para o item 2.1.1.1 que afirma que ainda que ´´pudesse ser
aceito, levando-se em consideração a quantidade de posições de atendimento informados no Contrato, e
mesmo com ocupação 24 horas verificamos que a volumetria máxima por tal contigente seria de 856.800
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(oitocentos e cinqüenta e seis mil e oitocentos) minutos, conforme cálculo demonstrado a seguir: 21 PAs
x 340 minutos de tempo produtivo X 30 dias = 865.800.´´, TAMBÉM NESTE PONTO MELHOR SORTE
NÃO HÁ PARA A COMISSÃO. Na diligência realizada por essa INSTITUIÇÃO FINANCEIRA realizadora
do certame, FOI APRESENTADO PELA VECTOR um conjunto vasto de notas fiscais, em que constam,
SEM QUALQUER DÚVIDA, a realização de atividades, por parte da RECORRENTE, relacionadas a 110
PAS, o que representa, no cálculo aritmético feito pela COMISSÃO, então, 1.122.000 MINUTOS. Ou
seja, dizendo de modo mais claro, nobre Pregoeira: em que pese exista uma informação no contrato de
prestação de serviço entre VECTOR SERVIÇOS e HAPVIDA, de acordo com aludidas notas fiscais
juntadas ao procedimento licitatório DEVENDO SER DO INTERESSE DESSA COMISSÃO A AFERIÇÃO
DA CAPACIDADE PARA A PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS a RECORRENTE possui a prova de que,
para tal contrato, HÁ UMA VOLUMETRIA DE 1.734.240 MINUTOS, e não 865.800. (...) É claro que
possui a LICITANTE RECORRENTE experiência nos trabalhos licitados!! E mais: deverá ser computada
a volumetria de trabalho relativa à atestação fornecida pela empresa ABC ADMINISTRADORA,
porquanto ali se verifica ´´know how´´ de atividades da VECTOR SERVIÇOS, embora tenha havido
terceirização de tarefas. Dizendo de modo mais objetivo: o contrato travado com aludida empresa ABC
ADMINISTRADORA demonstra, sem qualquer dúvida, possui a VECTOR SERVIÇOS a ´´propriedade´´
na minutagem ali desenvolvida, Ou seja, A VOLUMETRIA DE 1.734.240 MINUTOS verificada no contrato
com a empresa HAPVIDA, somada com 915.840 reconhecida pela COMISSÃO, totaliza o montante
superior ao que EXIGIDO NO EDITAL”; b) NO QUE DIZ RESPEITO A VALORES DA
PROPOSTA DA RECORRENTE: “(...) imprescindível ser dito aqui não haver valores ERRADOS
na proposta apresentada pela RECORRENTE, não tendo o parecer técnico ensejador da
DESCLASSIFICAÇÃO nem mesmo demonstrado, de modo objetivo e claro, em que teria a
RECORRENTE se equivocado em seus valores. Noutro passo, não pode prosperar a desclassificação da
proposta da VECTOR, por irrisoriedade do preço e/ou valores de salários de profissionais, haja vista ser
da responsabilidade do LICITANTE a fixação de valores que possam viabilizar a execução das
atividades, considerada a compatibilidade entre os custos reconhecidos pelo licitante e os praticados no
mercado. Vale mencionar que atualmente a contratação dos serviços de atendimento telefônico,
semelhante ao licitado, na seara privada comporta percentuais de encargos em equivalência aos
apresentados nas planilhas da Recorrente, sendo absolutamente praticáveis e exequíveis. E mais: não é
função da Administração tutelar o gerenciamento financeiro de quaisquer dos interessados licitantes,
ficando a cargo da LICITANTE administrar seu patrimônio e os negócios que titulariza, inclusive os riscos
envolvidos, sendo o único responsável pelos eventuais prejuízos que colher”; c) DO ASPECTO
RELATIVO AO VÍNCULO EMPREGATÍCIO VERIFICADO EM PARECER DA
REFORMA DA DECISÃO E DECRETAÇÃO DE VENCEDOR POR PARTE DA
RECORRENTE: “Por fim, relativamente ao aduzido pela COMISSÃO no sentido de que ´´consta na
relação de empregados da empresa VECTOR Serviços...a funcionária Suzy Helen Gomes Cunha, CPF
659.435.463-91, no cargo de Assistente Administrativo, sendo que a citada empregada é
sócia/administradora da empresa CALL TO Terceirizações em Serviços de Telefonia Ltda, empresa
participante deste certame...´´ VERIFICA-SE NÃO EXISTIR NENHUMA REGRA NO CERTAME QUE
IMPEÇA TAL OCORRÊNCIA. Ora, a Senhora SUZY HELEN GOMES era, não é mais, FUNCIONÁRIA
da RECORRENTE, sendo SÓCIA DA EMPRESA CALL TO TERCEIRIZAÇÕES. No entanto, não se sabe
o porquê tenha ocorrido a DESCLASSIFICAÇÃO da RECORRENTE por tal fato, haja vista não existir
nem no EDITAL LICITATÓRIO, tampouco na Lei nº 8.666/93 (Estatuto das LICITAÇÕES) qualquer
vedação acerca desta situação. Dizendo de modo mais incisivo: o fato de ter essa Comissão vinculado
um fato INTEIRAMENTE ISOLADO funcionária de uma empresa; sócia de outra, ambas concorrentes
entre si , para os fins de desclassificação da RECORRENTE, tal análise viola princípio constitucional
relativo à eficiência na Administração Pública art. 37, ´´caput´´ que afirma que ´´a administração pública
direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e,...´´, na
medida em que terá a CAIXA ECONÔMICA, com a desclassificação, que contratar com empresa com
PREÇO SUPERIOR AO DA RECORRENTE. (... )não há regra no edital, ou no código licitatório Lei nº
8.666/93 que vede o fato de uma sócia de empresa concorrente ser contratada de outra fato este nem
mais existente, estando a COMISSÃO, com a desclassificação, afastando-se das regras editalícias, O
QUE NÃO SE ADMITE.”; Esclarece que as diligências realizadas não podem prejudicar a
licitante quando atendidas as regras editalícias nem pode o pregoeiro fixar outras
regras para a licitação nem se apegar a formalismos exacerbados; Finalmente requer o
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provimento do recurso para considerá-la classificada e vencedora no presente certame.

DAS CONTRA-RAZÕES DA EMPRESA POLITEC TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO


S/A: Insurge-se a Recorrida contra as razões do recurso apresentado pela empresa
PLANSUL PLANEJAMENTO E CONSULTORIA LTDA nos seguintes termos: Registra
que o edital do pregão em referência está contratando serviços e não alocação de
postos de trabalho em conformidade com a Instrução Normativa MPOG nº 02/09 e que
os custos dos serviços devem ser programados, em sua totalidade, considerando os
prazos para a execução dos serviços, logo, é de responsabilidade única e exclusiva da
contratada o dimensionamento da equipe para que os serviços sejam prestados de
acordo com a necessidade da Contratante; Esclarece que na perspectiva de
contratação de serviços, e não de mão-de-obra, os parâmetros disponibilizados no
edital orientam as licitantes para o dimensionamento do esforço necessário ao
atendimento total da demanda, permitindo a conversão do esforço necessário em
quantitativo mínimo de profissionais. Deste modo a Recorrida informa que apresentou
Planilha de Custos e Formação de Preços em conformidade com o edital e a IN MPOG
nº 02/09, demonstrando o esforço necessário para o atendimento de 3.200.000 de
minutos/mês, por uma equipe mínima equivalente ao esforço de 410 operadores,
alocados em 23 dias/mês, com produtividade máxima equivalente a 61 operadores,
cujos custos estão incluídos nos preços, visando cobrir absenteísmo ou queda na taxa
de ocupação nas seguintes proporções: 21 operadores para cobrir 5% de absenteísmo
e 40 operadores para suprir a necessidade da taxa de ocupação; Detalha que poderá
treinar 205 operadores a cada sábado do mês, em duas salas de treinamento com
capacidade mínima de 26 participantes, com duração de 3 horas, o que corresponde a
2.460 horas de treinamento mensal, não comprometendo, desta forma, a Taxa de
Ocupação do sábado nem nos dias úteis, estando os custos de mão-de-obra
relacionados ao trabalho aos sábados incluídos na planilha de custos; Afirma que irá
acompanhar diariamente e avaliará mensalmente seus indicadores de desempenho a
fim de alocar recursos necessários à plena execução do contrato sem qualquer
alteração do preço unitário do serviço previsto na proposta comercial; Por amor ao
debate informa: “se a Taxa de Ocupação tivesse sido definida no edital igual a 70 %, o que não
consta no edital, não significaria que a POLITEC ou qualquer outro licitante contratado não pudesse ser
mais produtivo que essa hipotética estimativa. Acertadamente, a GILIC/RE concluiu, no esclarecimento
prestado ao Questionamento nº 16, que a Taxa de Ocupação é inerente à capacidade produtiva de cada
empresa, conforme registrando na seguinte transcrição retirada da resposta ao questionamento: “a
atribuição do TO – Taxa de Ocupação dos Operadores é de responsabilidade da empresa licitante” ;
Ratifica ter ciência que os indicadores definidos no edital fornecerão os meios
necessários para assegurar que a prestação dos serviços seja tempestiva e
efetivamente prestada, com qualidade aceitável, para regularidade dos pagamentos,
sob pena de aplicação de sanção à empresa Contratada; Com relação à exeqüibilidade
de sua proposta esclarece que: “as planilhas de custos e formação de preços do edital, sob a
perspectiva POLITEC, baseiam-se no esforço (homens/minutos) necessário para o atendimento de
3.200.000 de minutos/mês, equivalente a uma equipe mínima de 410 operadores, alocados em 23
dias/mês, com produtividade máxima equivalente ao esforço de 340 minutos/dia por operador,
suportando a variação dos picos de demanda ou queda na taxa de ocupação. Desta forma, a estimativa
do esforço (homens/minutos) necessário para execução integral dos serviços realizada pela POLITEC
foi convertida, em absoluta aderência aos padrões do edital, em quantitativo mínimo equivalente ao
esforço de 410 operadores (para a execução dos serviços) acrescidos de uma reserva mínima de
esforço equivalente a 61 operadores, adicionados de recursos extras previstos em sua planilha de
preços, sendo suficiente para execução dos serviços e cumprimento das obrigações contratuais
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definidas no edital”;
Explica que haverá um acréscimo de 16,6%, em média, no
faturamento com a adição da bonificação por ACP (Adicional de Complexidade)
previsto no subitem 6.11.10 do Anexo I do edital; Esclarece que “O fato da Recorrente ter
citado outros editais como referência é inconcebível, visto que os licitantes estão vinculados às regras
estabelecidas no PE 047/7030-2010 e não em outros editais. Desta forma, não há como a Recorrente
criar ou citar regras que não fazem parte do escopo do presente processo licitatório, uma vez que as
mesmas foram previamente estabelecidas, divulgadas e as dúvidas sanadas, antes da sessão de
abertura do presente certame” ; Detalha que “Tomando-se como referência o disposto nos itens
6.11.3, 6.11.4, do Anexo I (...) Nota-se claramente que os riscos de ociosidade da equipe ou a
impossibilidade de execução dos serviços por indisponibilidade de sistemas e aplicativos CAIXA estão
previstos no edital, sendo realizado pagamento adicional a título de remuneração compensatória” ;
Relata que, visando cobrir absenteísmo e suprir a necessidade da taxa de ocupação,
foi estimado o esforço adicional mínimo equivalente a 61 operadores, cujos custos
estão inclusos nos preços; Menciona o item 6.11.1 do Anexo I para esclarecer que
receberá da Contratante, mensalmente ou em períodos menores, uma estimativa de
volumetria global diária e com base nessas informações alocará a equipe necessária
para o atendimento de 3.200.000 minutos/mês ao preço unitário do minuto ofertado na
proposta comercial, respeitando os indicadores de desempenho previstos em contrato.
Caso necessário alocação de recursos adicionais para atendimento da variação dos
picos de demanda ou queda na taxa de ocupação, afirma que não haverá alteração do
preço unitário do serviço; Reitera seu posicionamento de que a Recorrente objetiva
tumultuar o processo licitatório, utilizando-se de informações que não constam no
edital, citações distorcidas relacionadas aos esclarecimentos do certame, além de
utilizar de discricionariedade na interpretação das regras do edital, estabelecidas de
forma cristalina; Requer, por fim, que seja mantida a decisão que a declarou vencedora
do certame, dando seguimento ao procedimento licitatório.

DAS CONSIDERAÇÕES DA PREGOEIRA: Preliminarmente, julgamos pela


admissibilidade dos recursos e contra-razões apresentados posto que presentes os
requisitos para tal.

1) Tendo em vista que os recursos e contra-razões abordam aspectos operacionais


e de cunho técnico, a pregoeira solicitou análise e opinamento da área técnica da
CAIXA, que se manifestou como segue:

Com relação ao recurso interposto pela empresa PLANSUL: “Após análise das
argumentações apresentadas através do Recurso impetrado pela empresa Plansul
Planejamento e Consultoria Ltda, informamos que o mesmo apresenta-se sem
objetividade, uma vez que se respalda em informações pertinentes a outros Editais.
Quanto ao PGE 047/7030-2010, ratificamos que não há definição de TO (taxa de
ocupação), motivo pelo qual não efetuamos análise técnica específica em relação a
este Recurso”.

Com relação ao recurso interposto pela empresa VECTOR: “Em relação ao recurso
apresentado pela empresa Vector Serviços de Atendimento Telefônico Ltda,
informamos que a sua desclassificação está diretamente relacionada ao não
cumprimento ao disposto no subitem 8.1.3.1 do Edital , o qual exige a comprovação
mínima de 2.520.000 (dois milhões, quinhentos e vinte mil) minutos mensais de
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informações ou orientações aos usuários e realização de abordagens sobre produtos e


serviços, por meio de ligações recebidas e geradas, utilizando o telefone como meio de
contato. Dos Atestados apresentados pela empresa Vector, consideramos apenas 3
Atestados válidos, uma vez que o contrato com a empresa HAPVIDA Assistência
Médica Ltda tem como objeto a Locação de Estrutura. Para os contratos vinculados
aos Atestados aceitos pela Área Técnica, restou comprovado que a volumetria
apresentada pela empresa estava em desacordo com a volumetria mínima exigida no
subitem 8.1.3.1, pois estava abaixo do mínimo exigido como comprovação técnica,
conforme informado em nosso Parecer Técnico (subitens 3.1; 3.2; 3.3 e 3.4).
Informamos, por fim, que nosso Parecer Técnico foi totalmente embasado e amparado
na documentação apresentada pela empresa, em resposta à Diligência Administrativa
referente ao Ofício GILIC/RE nº 064/2010 de 22/06/2010 encaminhado pela CAIXA.
Ratificamos, desta forma, nossa decisão de que a empresa não atendeu aos requisitos
exigidos no Edital de Licitação”.

Com relação à contra-razão interposta pela empresa POLITEC: “Quanto às


contrarrazões apresentadas pela empresa Politec Tecnologia da Informação S/A.,
informamos que de fato o objeto do Edital é a contratação de serviços, e não de mão-
de-obra. Embora a empresa não tenha apresentado TO (taxa de ocupação)
considerada ideal pela Área Técnica, optamos por considerar a proposta da empresa
aceitável para fins de Classificação, em virtude das considerações apresentadas
posteriormente pela mesma, principalmente a de que assumirá todas as despesas
adicionais porventura necessárias para a efetiva prestação dos serviços, com a
qualidade exigida sem quaisquer ônus para a CAIXA, cumprindo fielmente os valores
apresentados em sua Planilha de Composição de Preços. Ressalvamos que o ganho
adicional mensurado como ACP, só é aplicável após os 90 (noventa) dias de carência e
mesmo assim não é garantido, pois a CAIXA pode defini-los ou alterá-los de acordo
com suas diretrizes estratégicas, conforme previsto nos subitens 7.4.8.2.1; 7.4.9.3.1;
7.5.8.2.1 do Termo de Referencia: “Adicional por Complexidade e Prioridade (ACP):
Cada Fila de Atendimento (FA), de acordo com sua complexidade e prioridade,
poderá receber um adicional que varia de 1% à 100%. Esse adicional será
determinado exclusivamente pela CAIXA e poderá ser revisto a cada período de
faturamento. O objetivo da atribuição do ACP é a remuneração diferenciada dos
atendimentos especializados e ou considerados prioritários pela CAIXA. Nos
casos em que a complexidade e prioridade da Fila de Atendimento não
justificarem a aplicação de tal adicional o ACP da fila será igual a 0%.”. Portanto,
reforçamos que o ACP diferenciado não é garantido, podendo a CAIXA, a seu
critério, estabelecê-lo para determinados serviços, considerando a sua prioridade
estratégica e/ou complexidade. Ainda em relação ao ACP, informamos que além do
citado no Edital foi comunicado à empresa através do Ofício RSLOG/RE nº 087/2010,
subitem 3.1 quanto a essa prerrogativa da CAIXA, bem como no subitem 3.2 do
mesmo Ofício foi informado à mesma que os indicadores FAT e FAR poderão ser
positivos ou negativos, podendo inclusive gerar glosas e conseqüente remuneração a
menor. Ressaltamos que o único item do Edital onde o ACP é garantido é nos subitens
6.11.11 e 6.11.11.1. Em relação aos dados apresentados pelos Anexos: III-A
(Evoluções de Atendimento Mensal e Diário das filas do SAC, Abordagem e de
Retaguarda),, III-B (Volume Percentual das Ligações) e III-C (Provável Distribuição
da Demanda em Adicionais de Complexidade e Prioridade) mencionados pela
empresa em sua defesa, ressaltamos que os mesmos são meramente ilustrativos,
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baseados em dados históricos atuais, não representando dados obrigatórios a serem


utilizados pela CAIXA na nova contratação. Reforçamos, portanto, que a CAIXA se
resguarda o direito de atribuir quaisquer indicadores (ACP, FAT e FAR, TMA), além de
outros porventura definidos em contrato, de forma imparcial e sem interferência de
terceiros, conforme suas prioridades e diretrizes estratégicas, de acordo com o
respaldado através dos subitens 7.4.8.2.1; 7.4.9.3.1; 7.5.8.2.1 do Edital a seu único e
exclusivo critério. Portanto, não reconhecemos nenhum ganho adicional como certo,
além do que consta na Planilha de Composição de Preços apresentada pela empresa
Politec Tecnologia da Informação S/A.”

2) Com relação à assertiva da Recorrente Plansul de que a proposta de Recorrida


é inexequível pelo fato de não ter considerado o tempo ocioso quando determinou uma
Taxa de Ocupação de quase 100%, refletindo numa equipe sub-dimensionada para
atendimento ao objeto licitado, entendemos que a Administração está contratando
prestação de serviços e não posto de serviço, bem como acatamos posicionamento da
área técnica quando afirma não haver exigência editalícia determinando percentual
mínimo da Taxa de Ocupação (TO). Esclarecemos que as propostas de preços
ofertadas pelas licitantes refletem a realidade de cada empresa, bem como possíveis
peculiaridades da estrutura empresarial das proponentes e variáveis mercadológicas
utilizadas para encontrar, na forma da lei, um preço coerente decorrente dos praticados
no mercado e que possa se contrapor ao estimado pela Administração. Ressalte-se
que para apuração desse resultado em muitos casos não se leva em consideração
apenas um contrato isoladamente, mas sim todas as receitas e despesas da empresa.
Ocorre que o subitem 10.3 do Edital ao tratar da planilha de composição de preços,
estatui que eventuais discrepâncias entre percentuais e valores informados nas
Planilhas – Anexos VII, VIII e IX – e aqueles decorrentes da legislação específica ou
convenções coletivas vigentes serão tomadas como erro formal, não implicando na
desclassificação da proponente e a diferença será considerada absorvida pelos demais
itens da planilha, desde que a proposta continue exeqüível. Por sua vez, o subitem
6.3.4.2 trata do preço manifestamente inexeqüível, sem defini-lo ou aprofundá-lo de
forma objetiva, ao tempo em que o subitem 10.6 determina que quando forem
detectados valores irrisórios e/ou incompatíveis com as práticas de mercado, a licitante
poderá ser convocada para apresentar Nota Explicativa (...). Dos citados subitens,
parece-nos imperioso concluir que o próprio diploma editalício remete à
discricionariedade do pregoeiro – e em última análise – ao julgador em 2º grau, o poder
de dosar e amalgamar, nas incontáveis variáveis de mercado, a exata definição de
“inexeqüibilidade”, “valores irrisórios” e “incompatíveis com as práticas de mercado”.
Não obstante, o renomado Marçal Justen Filho, na 4ª edição de sua obra Pregão
(Comentários à Legislação do pregão Comum e Eletrônico), pág. 129 e segs., adverte
que o pregoeiro não é titular de competência discricionária para avaliar a viabilidade da
execução de certa prestação ofertada por um particular. E vai mais além ao lembrar
que a temática de inexeqüibilidade sempre atormentou a Administração Pública e,
mesmo nas licitações com fulcro na Lei 8.666, não se encontrou fórmula satisfatória
para enfrentar o problema. A escolha acerca do limite mínimo de exeqüibilidade,
fundada em avaliações subjetivas, retrataria juízo arbitrário do pregoeiro. Isso seria
incompatível com a natureza da atividade administrativa num Estado Democrático de
Direito. A natureza do pregão exige que os licitantes formulem lances sucessivos, até a
obtenção de uma oferta que não fosse superada pelos demais interessados. O
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pregoeiro não pode interromper o pregão enquanto os ofertantes dispuserem-se a


realizar ofertas. Termina a disputa quando não houver nenhuma oferta de valor mais
reduzido. Conclui o mestre Marçal que a desclassificação por inexeqüibilidade, no
pregão, apresenta algumas peculiaridades. Tende o autor a afastar o problema da
inexeqüibilidade, não apenas no âmbito do pregão, mas em qualquer licitação. A
formulação de proposta inexeqüível é problema particular do licitante, que se deve
resolver ou através da punição exemplar (quando não for honrada) ou no âmbito da
repressão a práticas de abuso de poder econômico (quando o sujeito valer-se de seu
poder econômico para infringir a competição econômica leal). Insiste o autor que a
licitação destina-se – especialmente no caso do pregão – a selecionar a proposta que
acarrete o menor desembolso possível para os cofres públicos. Logo, não há sentido
em desclassificar proposta sob fundamento de ser muito reduzida. Ao ver do autor, a
inexeqüibilidade deve ser arcada pelo licitante, que deverá executar a prestação nos
exatos termos de sua oferta. A ausência de adimplemento à prestação conduzirá à
resolução do contrato, com o sancionamento adequado. Nesse sentido, item 1.1.1, TC-
015.161/2006-7, Acórdão nº 190/2007-TCU - Plenário: “Ementa: o TCU determinou ao ITI que se
abstivesse de incluir nos editais de licitação exigências que representassem invasão à esfera de vontade
do particular, a exemplo da fixação de salários dos prestadores de serviços (ressalvados os pisos
remuneratórios estabelecidos por acordos coletivos de trabalho), da determinação do valor do vale-
transporte e da cotação do tíquete alimentação e de plano de saúde para os prestadores de serviços, e
da obrigação de o licitante cotar a destinação de recursos para custear a seleção, capacitação e
treinamento de pessoal.”. Corroborando o mesmo entendimento invocamos o
posicionamento do doutrinador Adilson Dallari sobre a temática: “... a provisão de custos
questionada não pode ser simplesmente suposta ou meramente presumida: ela deve ser evidente,
manifesta, extreme de qualquer dúvida razoável, com a eleição de alguma base concreta de julgamento,
aliada ao critério de razoabilidade, lançando-se mão, na pior das hipóteses, da comparação com preços
usualmente praticados, decidindo-se por critérios de razoabilidade e simples bom senso” (grifos nossos).
Tal não ocorreu nas razões da Recorrente. Remetendo-nos ao caso concreto, é
temerário encamparmos a bandeira da inexeqüibilidade quando temos os índices
obrigatórios apresentados corretamente. Esta constatação fática remete-nos a uma
outra conclusão: O preço previsto pela CAIXA é um preço de mercado e, portanto, um
preço exequível, posto que a CAIXA, ao estimar os valores da contratação buscou com
rigor defini-los a partir do que se pratica efetivamente nos seus contratos ao longo do
território nacional, respeitando, por óbvio, todas as particularidades regionais de cada
mercado. Por fim, para que o preço se estabelecesse o mais próximo possível do
mercado, como lhe impõe a Lei, buscou, entre empresas particulares que demandam
os mesmos serviços, o valor que é pago às fornecedoras usuais. Defendemos o
posicionamento de que um preço global exeqüível afasta questões pontuais que a
legislação ainda não sinalizou com o engessamento de percentuais rígidos ficando ao
talante de cada licitante. Divergências de percentuais para itens que dependem da
discricionariedade do administrador não podem ter o condão de deslustrar a
exequibilidade de uma proposta comercial quando esta tem como supedâneo o seu
preço total. Aliás, repise-se o comando do subitem 10.3 do Edital quando prevê que
eventuais discrepâncias entre percentuais e valores informados nas planilhas e aqueles
decorrentes da legislação específica ou convenções coletivas vigentes serão tomadas
como erro formal (...) desde que a proposta continue exeqüível. O subitem 10.4 vem ao
socorro de seu predecessor quando assim se espraia: “O fato de a empresa não ser apenada
pelos erros em suas Planilhas não implica a aceitação dos valores nela contidos pela CAIXA, de modo
que eventuais prejuízos serão suportados pela proponente, que continua obrigada a cumprir a legislação
vigente e as normas coletivas aplicáveis”. Ressalte-se que as omissões aqui consideradas
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mínimas, perfeitamente suportáveis pelo preço global da proposta, não significa dizer
que não serão cobradas ao longo da execução contratual todas as exigências de
ordem legal, trabalhista e convencional de observância obrigatória para os serviços in
casu. Ao arrematar a presente análise não podemos deixar de fazer uma ligeira
referência ao interesse público que, em síntese apertada, ao final de todo processo
licitatório, deve permanecer consagrado, incólume, preservado, sacralizado.

3) Com relação à divergência no julgamento entre procedimentos licitatórios


distintos realizados pela GILIC/BR e pela GILIC/RE mencionados pela empresa
Plansul, esclarecemos que se tratam de processos diferentes onde, para cada pregão,
é designado um pregoeiro e equipe de apoio, por meio de portaria, com total liberdade
para analisar, julgar e decidir acerca de qualquer assunto relativo à licitação, desde de
que dentro da legalidade e, quando necessário, devidamente amparado pela área
técnica. Desta forma, desnecessária a comparação com outra licitação em andamento
tendo em vista que em nada contribuiu na formulação do julgamento do pregoeiro e
equipe de apoio.

4) Com relação ao recurso interposto pela empresa Vector, acatamos


posicionamento da área técnica e ratificamos que a sua inabilitação deu-se
exclusivamente por descumprimento ao subitem 8.1.3.1 do edital, ipsi literis: “8.1.3.1
Apresentação de atestado(s)/certidão(ões)/declaração(ões) fornecido(s) por pessoa(s) jurídica(s) de
direito público ou privado, comprovando ter a licitante desempenhado de forma satisfatória, prestação
de telesserviços (exclusivamente humanos), compatíveis e concomitantes, com o mínimo de
2.520.000 (dois milhões, quinhentos e vinte mil) minutos mensais de informações ou orientações
aos usuários e realização de abordagens sobre produtos e serviços, por meio de ligações
recebidas e geradas, utilizando o telefone como meio de contato” . Esclarecemos que os
documentos encaminhados em resposta à diligência administrativa, quais sejam:
cópias de Contratos de Prestação de Serviços com as empresas emitentes dos
atestados de capacidade técnica; da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais);
das Folhas de Pagamentos dos prestadores de serviços objeto dos atestados; de
Guias de Recolhimento do FGTS; da Relação de Empregados; da Relação de
Tomadores (RET) do FGTS; da Contribuição Sindical do último exercício; do Contrato
Social; e de Notas Fiscais das prestações dos serviços informados nos atestados,
foram detalhadamente examinados pela área técnica que concluiu que a volumetria
constante dos atestados de capacidade técnica apresentados não atendiam à
volumetria mínima exigida em edital para a comprovação da capacidade operacional da
licitante. Desnecessário debater os outros itens apontados nas razões do recurso pelo
fato de ter sido exclusivamente a não comprovação da capacidade operacional o
motivo da inabilitação da Recorrente. Outras questões pormenorizadas pela GILIC por
oportunidade da inabilitação da empresa, teve como objetivo registrar inconformidades
verificadas na proposta e na documentação encaminhada pela licitante, mas que não
sopesaram na inabilitação da Recorrente. Alguns registros tinham finalidade
meramente pedagógica, outros podiam perfeitamente serem sanados. Já no que diz
respeito ao registro de que a empregada Susy Helen Gomes participa do quadro de
empregados de duas empresas participantes do certame, e diante do entendimento da
empresa Vector que não há respaldo legal nem previsão editalícia para a sua
inabilitação com base na informação de que a Sra. Susy Helen, além de ser
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empregada da Recorrente, é Representante Legal da empresa Call To Terceirizações


em Serviços de Telefonia Ltda, 1ª classificada após a sessão de lances e
anteriormente inabilitada, mister esclarecer que dentre os princípios básicos e
fundamentais dos procedimentos licitatórios, quais sejam, igualdade, publicidade,
probidade administrativa, vinculação ao instrumento convocatório, julgamento objetivo
e dos que lhes são correlatos, encontram-se o da moralidade, o da impessoalidade e o
da igualdade, além do sigilo das propostas, que foram feridos de morte pela
Recorrente. Será que uma empregada que trabalha para uma empresa e é
representante legal de outra, ambas participando de um mesmo procedimento
licitatório, e esta empregada/representante legal tendo conhecimento da proposta
comercial das duas empresas, podendo manipular o resultado do pregão, não estaria
ferindo os princípios da moralidade, da igualdade, do sigilo das propostas, da isonomia
e, principalmente, o da competitividade? Oportunamente informamos que em pesquisa
realizada ao SICAF (Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores)
constatamos a participação societária do Sr. Paulo Sérgio Santos Sousa (CPF nº
259.839.203-59) nas empresas Vector Serviços de Atendimento Telefônico Ltda e Call
To Terceirizações em Serviços de Telefonia Ltda. Ora, além da empregada Susy Helen
Gomes ter participação e conhecimento das propostas das duas empresas, existe,
ainda, o Sr. Paulo Sérgio Santos Sousa como sócio de ambas. Colacionamos, acerca
do tema, decisão proferida pela MM Juíza Federal Carolina Souza Malta, da 3ª Vara da
Justiça Federal de Pernambuco: “(...) A impetrante pugna pela nulidade do Pregão Eletrônico nº
113/7030-2008 em face da ocorrência de algumas irregularidades, especificamente por haver sido
desclassificada do certame por ser considerada empresa coligada com outra empresa que também
participou da licitação. Não obstante haver deferido a liminar requestada, altero, contudo, o entendimento
esposado naquela oportunidade. Com efeito, apesar de ratificar o fato de que a impetrante não pode ser
considerada empresa coligada nos termos dos art.s 1.097 e 1.099 do Código Civil, consoante restou
demonstrado na decisão interlocutória de fls. 160/164, tenho que assiste razão ao Ministério Público
Federal ao aduzir em seu parecer que a participação de empresas com sócios comuns, que é o caso da
impetrante, violaria o caráter competitivo do certame, além dos princípios da moralidade e isonomia. De
fato, o princípio da competitividade é a essência da licitação. Só é possível promover o certame onde
houver competição real. Nesse passo, evidencia-se mácula ao referido princípio quando participam da
mesma licitação mais de uma empresa com identidade de algum de seus sócios. É possível extrair-se
referida ilação da essência da própria norma ao proibir a participação de empresas que “estejam
reunidas em consórcio, sejam controladoras, coligas ou subsidiárias entre si” (fl. 19-v), uma vez que
nesses casos, como na hipótese dos autos, a comunicação e o acordo de valores das propostas é
praticamente certo. (...) Pelo exposto, revogo a liminar e denego a segurança pleiteada, por não
vislumbrar ilegalidade no ato impugnado.”. Diante do exposto resta comprovada a perfeita
sintonia com a legalidade a exclusão da Recorrente do certame em referência por
violação aos princípios basilares do procedimento licitatório.

5) Com relação à contra-razão interposta pela empresa Politec: Acatamos


posicionamento da área técnica acerca da aceitação da proposta comercial
apresentada pela Recorrida, porém enfatizamos haver cientificado a Politec, por meio
do Ofício RSLOG/RE nº 087/2010, que a majoração média esperada de 16,6% no valor
global final ofertado e detalhado na Planilha de Composição de Preços apresentada
em função do ACP (Adicional por Complexidade e Prioridade) não será reconhecido
como ganho adicional e certo.
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CONCLUSÕES DA PREGOEIRA: À vista do exposto acima, não obstante a


admissibilidade dos recursos, opina esta Pregoeira pelo indeferimento dos recursos
interpostos no enfrentamento do mérito. Nada mais havendo a tratar, a Pregoeira
declarou encerrados os trabalhos, lavrando-se a presente Ata, que vai assinada por ela
e Membro da Equipe de Apoio. Em homenagem ao princípio do duplo grau revisional,
consagrado no art. 109 da Lei 8.666/93, remeta-se o presente processo à decisão da
autoridade superior competente.

Recife, 23 de Setembro de 2010.

ALESSANDRA H B DE M DINIZ DA RSN Logística/RE


Pregoeira
Processo: 7030.01.0438.0/2010
Pregão Eletrônico 047/7030-2010
Equipe e Apoio
Nos termos da ata de análise de recursos
administrativos, exarada no processo em
referência em 23/09/2010, assinada pela
Yara Laet Galindo de Araújo Sousa pregoeira Alessandra Helena Brito de Miranda
Técnica Bancária Diniz e equipe de apoio, decido pelo não
acatamento aos recursos interpostos pelas
empresas PLANSUL PLANEJAMENTO E
CONSULTORIA LTDA e VECTOR SERVIÇOS
DE ATEND TELEFÔNICO LTDA, mantendo a
À classificação e a decisão que declarou
RSN Logística/RE vencedora a empresa POLITEC TECNOLOGIA
DA INFORMAÇÃO S.A., pelo valor mensal de
Com a nossa concordância aos R$ 796.800,00 (setecentos e noventa e seis mil
entendimentos e procedimentos adotados e oitocentos reais) e valor global de R$
pela pregoeira ALESSANDRA HELENA 19.123.200,00 (dezenove milhões, cento e vinte
BRITO DE MIRANDA DINIZ e Equipe e três mil e duzentos reais).
Apoio, no presente pregão eletrônico, Recife, 24 de Setembro de 2010.
submetemos o presente processo à
análise e decisão dessa Gerência
Regional.
Recife, 23 de Setembro de 2010. PEDRO CARLOS DA JUSTA MOTA
Gerente de Sustentação ao Negócio
RSN Logística/RE
LUIZ FRANCISCO SOARES
Coordenador de Sustentação ao Negócio
RSN Logística/RE – Licitação

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