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ILUSTRÍSSIMO SENHOR ARTUR RICARDO NOLTE - PREFEITO DO MUNICÍPIO DE TIBAGI –

ESTADO DO PARANÁ

PREGÃO ELETRÔNICO Nº 009/2023

NEXTI DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS S.A., pessoa jurídica de direito privado,


inscrita no CNPJ sob o nº 25.322.949/0001-39, estabelecida na Rua Gelúlio Vagas, nº 470, Centro,
São José/SC, CEP: 80.103-400, vem respeitosamente, por meio de seu representante legal com
fulcro no art. 24 do Decreto nº 10.024/2019 e no item 8.1 do instrumento convocatório, apresentar
IMPUGNAÇÃO ao Edital de Pregão Eletrônico nº 009/2023, conforme as razões que passa a seguir.

I – SÍNTESE FÁTICA
A Prefeitura do Município de Tibagi, estado do Paraná, realizará licitação na modalidade
Pregão Eletrônico, do tipo menor preço, visando a locação de relógio ponto digital, conforme
quantidades e especificações constantes do edital e seus anexos.
A ora Impugnante, com o intento de participar do referido certame, ao realizar a análise
do edital, verificou que as exigências técnicas descritas são excessivas, além de ilegais, restringindo
a ampla competitividade do certame.
Imperioso destacar que o núcleo do objeto ora licitado é a implantação dos
equipamentos para controle de ponto eletrônico, ou seja, ainda que a Administração possua
discricionariedade para estabelecer características mínimas que entenda pertinentes, em relação
aos equipamentos e ao software, não se pode estabelecer exigências excessivas e desnecessárias,
que sirvam tão somente para diminuir o universo de possíveis proponentes, sem trazer qualquer
beneficio para a consecução dos objetivos da contratação.
Frisa-se que o constrangimento da ampla competitividade do certame, além de ilegal,
implica na dificuldade de atingir o principal objetivo do processo licitatório, qual seja, a obtenção da
proposta mais vantajosa, consoante Art. 3º, da Lei 8.666/93.

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Por esta razão, apresenta-se impugnação, a fim de que as exigências restritivas à ampla
participação no certame sejam suprimidas, prestigiando a legalidade e a ampla competitividade na
condução do certame.

II– MÉRITO DA IMPUGNAÇÃO


II.I- Do prazo para substituição dos equipamentos
Consoante depreende-se da cláusula 4 do Edital, bem como do item 1 do Termo de
Referência, o qual dispõe acerca das quantidades e especificações do produto, a troca do relógio
ponto digital na cidade e interior do município, deverá ser realizada em ATÉ 48 horas após o pedido
realizado.
Tal exigência restringe a competitividade do certame, posto que somente empresas
locais teriam capacidade de cumprir com a demanda em um prazo tão curto.
Não se justifica a exigências ora guerreada na medida em que se presta somente para
excluir do pregão empresas, ainda que detentoras de equipamentos de alta qualidade e aptas ao
pleno atendimento das necessidades do município, encontram-se sediadas em regiões que não
permitam o atendimento no exíguo prazo determinado no edital.
Alternativa à exigência em comento seria a determinação de que fossem
disponibilizados equipamentos backup, deixados em posse do município Contratante, para
substituição imediata em caso de defeito, o que aumentaria sobremaneira o tempo para realização
do atendimento presencial pela futura Contratada.
Destarte, ao determinar nas especificações técnicas mínimas para a execução do objeto
a necessidade de suporte em um prazo impraticável, a Administração consignou exigência que,
injustificadamente, restringe sobremaneira o universo de possíveis licitantes, obstando a
participação de um universo maior de licitantes e, por conseguinte, a melhor proposta para a
Administração.
O manifesto direcionamento do certame para empresas sediadas na região do município
licitante, configurada pela exigência supracitada, infringe diretamente ao que rege o artigo 7º, inciso
I, parágrafo 5º, da Lei 8.666/93, o qual estabelece que “é vedada a realização de licitação cujo
objeto inclua bens e serviços sem similaridade ou de marcas, características e especificações
exclusivas, salvo nos casos em que for tecnicamente justificável, ou ainda quando o fornecimento
de tais materiais e serviços for feito sob o regime de administração contratada, previsto e
discriminado no ato convocatório”.
Dessa forma, ao incluir no projeto básico a exigência supra combatida, a Administração
incorre em manifesta ilegalidade.
Impende destacar que a supressão da exigência de atendimento técnico em até 48
(quarenta e oito horas), não trará qualquer prejuízo à Administração, posto que poderão ser

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disponibilizados equipamentos backup para substituição e, no caso da tecnologia ofertada pela
Impugnante, os reparos técnicos poderão ser realizados, em sua maioria, de forma remota,
dispensando o atendimento presencial.
É compreensível a inserção de tais exigências no presente edital, porquanto
equipamentos que se utilizam de tecnologias obsoletas denotam manutenções físicas constantes.
Entretanto, no caso dos equipamentos de vanguarda, como os ofertados pela
Impugnante, são raras as necessidades de ajustes de hardware, sendo realizadas as manutenções
de software por meio da central de suporte, amplamente preparada para o atendimento sem
descontinuidade da solução.
Assim sendo, a readequação do instrumento convocatório nos termos requeridos
possibilitará a participação de um número maior de fornecedores disponíveis no mercado, inclusive
detentores de soluções muito mais avançadas que as utilizadas pela Administração licitante,
prestigiando a competitividade no certame de forma muito mais inteligente e eficiente, bem como
celebrará um edital dentro dos moldes de legalidade, pois não mais manter-se-á as margens da
intervenção judicial por injustificada restrição da ampla participação no certame.

II-II- Emissão de comprovante de registro de ponto impresso


De acordo com as especificações do objeto do Edital, o relógio deve imprimir o
comprovante de registro de ponto de servidores atendendo a Portaria n° 1.510/09 do Ministério do
Trabalho e Emprego – MTE (item 1 do Termo de Referência).
Nesse sentido, já se afigura uma GRAVE irregularidade no instrumento convocatório,
porquanto a referida Portaria resta revogada pela Portaria/MPT nº 671/2021.
As disposições da norma em vigor afastam a obrigatoriedade de impressão do
comprovante de registro de ponto em papel, permitindo que tanto o comprovante de registro, quanto
o armazenamento dos dados coletados sejam realizados de forma digital, senão vejamos:
Art. 75. No caso de opção de anotação do horário de trabalho em registro
eletrônico, é obrigatório o uso de um dos seguintes tipos de sistema de registro
eletrônico de ponto:
I - sistema de registro eletrônico de ponto convencional: composto pelo
registrador eletrônico de ponto convencional - REP-C e pelo Programa de
Tratamento de Registro de Ponto;
II - sistema de registro eletrônico de ponto alternativo: composto pelo registrador
eletrônico de ponto alternativo - REP-A e pelo Programa de Tratamento de
Registro de Ponto;
III - sistema de registro eletrônico de ponto via programa: composto pelo
registrador eletrônico de ponto via programa - REP-P, pelos coletores de
marcações, pelo armazenamento de registro de ponto e pelo Programa de
Tratamento de Registro de Ponto.
Parágrafo único. Coletores de marcações são equipamentos, dispositivos
físicos ou programas (softwares) capazes de receber e transmitir para o REP-P
as informações referentes às marcações de ponto.
(...)

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Art. 80. O comprovante de registro de ponto do trabalhador pode ter o
formato impresso ou de arquivo eletrônico. (grifo nosso).
Consoante disposições legais supracitadas, o registro de ponto pode ser realizado de
forma física, por meio de comprovante impresso, ou de forma eletrônica, por meio de arquivos
digitais, sendo ilegal a determinação pela Administração de que os equipamentos devam fornecer
comprovantes impressos, mormente no caso de locação dos referidos relógios de ponto.
Infere-se de modo inconteste que a intenção da Administração, ao optar pela locação
dos equipamentos, é garantir que as tecnologias utilizadas sejam as mais modernas disponíveis,
além de desincumbir-se de eventuais problemas de ordem legal e técnicas que os relógios possam
vir a apresentar.
Assim sendo, ao elaborar o instrumento convocatório elencando exigências técnicas
ultrapassadas e desconformes com a legislação em vigor, a Administração, além de onerar o erário
com custos, riscos e trabalhos desnecessários, contraria frontalmente à finalidade da contratação,
disposta no texto editalício.
Atualmente, existem no mercado diversos equipamentos modernos que funcionam de
maneira completamente on-line, apresentando todos os dados dos pontos registrados por meio de
aplicativo e armazenando os dados em nuvem de forma segura e ágil.
Dessa forma, tanto o servidor, quanto a Administração têm pleno controle das jornadas
registradas a qualquer tempo e de qualquer lugar, sem necessidade de emissão de comprovante
impresso, o que inclusive facilita o trabalho de uma eventual fiscalização.
Além disso, a exigência de comprovante impresso encarece o valor da contratação,
porquanto necessário incluir nos custos o fornecimento de bobinas de papel, o que se torna
dispensável no caso de controle via aplicativo.
O comprovante impresso, inclusive, não fornece a mesma segurança no arquivo dos
registros pelo trabalhador que o controle por aplicativo, já que os impressos tendem a desbotar com
o tempo, enquanto o registro online não se perde.
Assim sendo, a exigência de emissão de comprovante impresso do ponto, mostra-se
excessiva e restritiva à ampla competitividade e até mesmo capaz de direcionar o resultado do
certame.
Frisa-se que tal exigência não guarda qualquer relação com a necessidade dos serviços
objeto do referido pregão, qual seja, o registro de ponto eletrônico, devendo ser retirada do texto
editalício, porquanto violadora da isonomia e competitividade do certame.

II.III- Requisitos de armazenamento de dados


Em relação ao armazenamento de dados, o Edital determina que o equipamento
disponibilizado pela Contratada deve possuir capacidade de armazenamento de no mínimo
3.000.000 registros.

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A exigência de armazenamento de dados na memória do equipamento novamente tem
unicamente o caráter de restringir o número de participantes, bem como atrair a contratação de
tecnologias obsoletas pela Administração, porquanto os equipamentos mais modernos, como já
argumentado alhures, realizam o armazenamento de dados no servidor em nuvem (cloud server),
o que garante a segurança dos dados em virtude do uso de criptografia, bem como a
realização de backup automático, mantendo sempre atualizados e acessíveis os dados
registrados.
O armazenamento dos dados em servidor remoto garante maior segurança das
informações, haja vista que, caso o equipamento deixe de funcionar, os dados encontrar-se-ão
seguros e acessíveis integralmente.
Repisa-se que com o armazenamento dos dados em servidor remoto, não há risco de
perda de registros em caso de defeito, vandalismo ou roubo dos equipamentos, o que afasta, de
modo inequívoco, a exigência de armazenamento dos dados na memória interna dos relógios de
ponto.

II.IV - Teclado físico – relógio de ponto


Novamente de maneira inteiramente desnecessária, o edital consigna a exigência de
teclado nos relógios de ponto.
A exigência de teclado acoplado ao relógio de ponto serve tão somente para acrescer custo
ao equipamento de maneira absolutamente desnecessária, porquanto todas as funcionalidades
relativas à acessibilidade são plenamente atendidas pelo teclado touch screen que integra o
equipamento da Impugnante, contando inclusive, com alertas sonoros para utilização por
deficientes visuais.
Nesse ponto, o edital deve considerar que equipamentos de vanguarda, como os
ofertados pela Impugnante utilizam-se de interfaces mais modernas sem qualquer prejuízo a efetiva
prestação dos serviços.
Assim sendo, a exigência de teclado deve ser reelaborada, passando a admitir que o
equipamento possua teclado touch screen, mantidas todas as exigências de acessibilidade, que
são atendidas da mesma forma que pelo teclado físico.

II.V- Exigência de portas USB


Compulsando novamente às características técnicas dos relógios de ponto, se verifica
entre as disposições editalícias a exigência de porta USB externa para utilização de pendrive
universal.
A exigência de conexões físicas, por meio de portas USB, se demonstra novamente
excessiva e desnecessária, excluindo do certame empresas, como a ora Impugnante, que se
utilizam de tecnologias muito mais seguras e modernas para a transferência de dados, por meio de

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conexão WI-FI e/ou GPRS para transferência de dados via WEB, sem a necessidade de cabos ou
mesmo de manipulação de usuários diretamente nos equipamentos.
Ora Ilustre Pregoeiro, ao elencar dentre as exigências técnicas dos equipamentos a
existência de portas USB, exclui do certame empresas cujos equipamentos realizam o
armazenamento de dados remotamente, para coleta via internet, ignorando o que se tem por
evolução tecnológica em termos de economicidade e segurança.
Os equipamentos ofertados pela Impugnante, bem como por diversas empresas do
mercado, além de conexão à internet por meio de rede WI-FI, realizam conexão via GPRS, ou
General Packet Radio Services - em português, Serviços Gerais de Serviços por Rádio.
Trata-se de um serviço de comunicação sem fio que se baseia em pacote, e que está
disponível na rede GSM, assim como o SMS e as conexões de voz, oferecendo conexão contínua
à internet, com altas taxas de transferências de dados.
Dessa feita, ao incluir entre as características dos relógios de ponto a exigência de
possuírem portas USB, novamente a Administração restringe a competitividade sem qualquer
justificativa para a eficácia dos serviços.
Não bastasse isso, só em utilizar o termo relógio de ponto já demonstra certa tendência
de contratação, vez que, conforme prevê a Portaria/MPT nº 671/2021, o equipamento é um
REGISTRADOR ELETRÔNICO DE PONTO, ou seja, um equipamento que atenda aos objetivos
legais da portaria.
Assim sendo, as conexões físicas exigidas no edital devem ser suprimidas, permitindo
a participação de um universo maior de participantes, cujo ingresso no certame resta vedado
simplesmente por se utilizarem de tecnologias superiores às consignadas no edital, o que não se
mostra razoável.

II.VI- Da ausência de previsão de cláusula de reajuste


De acordo com as disposições do item 6 do instrumento convocatório, O prazo de
vigência do Contrato será até 12 (doze) meses, contados a partir da assinatura da mesma, podendo
ser prorrogado nos termos da lei 8.666/93.
Contudo, ainda que o edital albergue a possibilidade de prorrogação da vigência, não
se verifica entre suas disposições a hipótese de reajustamento do valor contratado.
Contudo, a previsão de cláusula de reajuste é expressamente obrigatória, consoante
rege o art. 40, inciso XI da Lei nº 8.666/93:
Art. 40. O edital conterá no preâmbulo o número de ordem em série anual,
o nome da repartição interessada e de seu setor, a modalidade, o regime de
execução e o tipo da licitação, a menção de que será regida por esta Lei, o
local, dia e hora para recebimento da documentação e proposta, bem como

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para início da abertura dos envelopes, e indicará, obrigatoriamente, o
seguinte:
XI - critério de reajuste, que deverá retratar a variação efetiva do custo
de produção, admitida a adoção de índices específicos ou setoriais,
desde a data prevista para apresentação da proposta, ou do orçamento
a que essa proposta se referir, até a data do adimplemento de cada
parcela;

O objeto ora licitado inclui, além do fornecimento de equipamentos, que sofrerão


depreciação ao longo da contratualidade, a prestação de serviços técnicos, o que alberga a
necessidade de revisão do preço contratado em caso de prorrogação da vigência, em face das
perdas inflacionarias do período.
Assim sendo, pugna-se pela inserção da cláusula prevendo o reajuste dos preços do
contrato, em observância aos princípios da efetiva manutenção das condições da proposta e da
legalidade.

Em relação às exigências técnicas impugnadas, reitera-se que estas servem tão


somente para onerar o erário de maneira desnecessária, abrindo mão a Administração de contratar
serviços de ponta a um custo inferior, em decorrência de requisitos que, conforme demonstrado
supra, não fazem a menor diferença para a consecução dos objetivos da futura contratação.
É por essa razão que o brilhante legislador vedou cláusula que comprometam,
restrinjam ou frustrem o caráter competitivo da licitação, conforme se depreende da leitura do inciso
I do art. 3º da Lei nº 8.666/93:
Art. 3º A licitação destina-se a garantir a observância do princípio
constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a
administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e
será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios
básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da
publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento
convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.
§ 1º É vedado aos agentes públicos:
I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas
ou condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter
competitivo, inclusive nos casos de sociedades cooperativas, e
estabeleçam preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede
ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra circunstância impertinente
ou irrelevante para o específico objeto do contrato, ressalvado o disposto

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nos §§ 5o a 12 deste artigo e no art. 3o da Lei no 8.248, de 23 de outubro
de 1991; (grifo nosso).

O Tribunal de Contas da União já se manifestou reiteradamente acerca da matéria,


consoante se depreende do Acórdão 2.383/2014-TCU-Plenário, no sentido de que, em licitações
para aquisição de equipamentos, havendo no mercado diversos modelos que atendam
completamente as necessidades da Administração, deve o órgão licitante identificar um conjunto
representativo desses modelos antes de elaborar as especificações técnicas e a cotação de preços,
de modo a evitar o direcionamento do certame para modelo específico e a caracterizar a realização
de ampla pesquisa de mercado.
Dessa forma, ao incluir no projeto básico as exigências supra combatidas, sem
considerar que existem no mercado outros tantos modelos de relógio de ponto biométrico que
atendem plenamente ao objetivo dos serviços, a Administração incorrem em manifesta ilegalidade.
No mesmo sentido, o Acórdão TCU nº 2.829/2015 – Plenário:
(…) 20. A descrição do objeto de forma a atender às necessidades específicas da
entidade promotora do certame não configura direcionamento da licitação, mormente quando não
há no edital a indicação de marca específica e quando se verifica no mercado a existência de outros
modelos que poderiam atender completamente as especificações descritas no edital”.
O julgado supra colacionado deixa claro que se afigura manifesto direcionamento do
certame a exigência de equipamentos cuja características sejam restritivas e desnecessárias,
mormente no presente caso, onde não resta justificada nenhuma das características técnicas
apontadas pela Representante.
Impende destacar que, tal qual ocorre no presente processo licitatório, a Centrais
Elétricas de Santa Catarina – CELESC Distribuição S/A, deflagrou o Pregão Eletrônico n.º 20/00646,
para contratação de objeto idêntico ao ora licitado, incluindo no instrumento convocatório diversas
exigências excessivas e desnecessárias à eficácia da prestação dos serviços.
Ato contínuo, após acatada a impugnação interposta, o edital foi retificado e a ora
Representante sagrou-se vencedora do certame, resultando em uma economia de
aproximadamente 500 mil reais aos cofres públicos, porquanto apresentada proposta de valor
substancialmente inferior ao segundo colocado, senão vejamos:

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Frisa-se que atualmente a Impugnante é a prestadora dosa serviços de controle de
ponto biométrico para a Celesc, utilizando 245 relógios de ponto que realizam a integração com o
sistema de folha de pagamento on line, por meio da rede de dados GPRS, oferendo qualidade e
excelência em seus equipamentos, software e atendimento técnico, a um custo incontestavelmente
mais vantajoso ao erário, oferecendo, entre outros, os seguintes serviços:
- Identificação em tempo real de faltas e atrasos dos servidores;
- Coleta do ponto automática e remota
- Identificação dos servidores com segurança através da biometria à Prova de
Fraudes.
- Automatização de processos de recursos humanos;
- Controle de jornada e banco de horas autorizadas e não autorizadas.
- Processamento dos registros de ponto para fins de remuneração ou cálculo de
Banco de Horas.
- Permite flexibilidade na criação de regras conforme acordos trabalhistas, por
exemplo, gerenciamento dos prazos de documentos (CNH, treinamentos e certificados), impedindo
que os mesmos expirem sua validade.
- Gerenciamento da falta, atraso ou esquecimento dos servidores, permitindo ação
imediata, permitindo a correção desta e de outras situações como coberturas de férias, por exemplo,
além de gerenciar as exceções de forma flexível: justificativas, abonos, dentre outros.

Portanto, reitera-se que tanto as exigências de caráter técnico que ora se combatem
servem tão somente para onerar o erário de maneira desnecessária, abrindo mão a Administração
de contratar tecnologias de ponta a um custo inferior, em decorrência de exigências que não fazem
a menor diferença para a consecução dos objetivos da futura contratação.

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III – PEDIDOS E REQUERIMENTOS
Demonstradas as irregularidades no instrumento convocatório, conforme as razões
expostas, pugna pelo recebimento, processamento e acolhimento desta impugnação,
reconhecendo-se os vícios arguidos, e por consequência fática das nítidas ilegalidades, requer-se
a retificação do texto editalício, nos termos da fundamentação supra.
Por fim, requer seja republicado o novo texto editalício pelos meios oficiais, nos
termos do art. 22 do Decreto 10.024/19, marcando-se nova data para a realização da licitação.

Termos em que, pede deferimento.

São José/SC, 02 de março de 2023.

RODRIGO LUIZ Assinado de forma digital por


RODRIGO LUIZ
FONTOURA:785135 FONTOURA:78513502987
Dados: 2023.03.02 17:34:05
02987 -03'00'
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REPRESENTANTE LEGAL

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