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Resumo
O presente trabalho tem como intenção trazer ao leitor uma breve secção temporal de
como o conceito do que temos hoje como Inércia foi desenvolvido e sintetizado, através das
análises de fontes primárias e secundárias de Newton e Galileo, com o auxilio de fontes
secundárias de Descartes para uma devida e obrigatória conexão. Foi possível, através destes
textos uma melhor compreensão nossa (e esperamos que do leitor também) de como se dão o
desenvolvimento de um conceito e sua evolução1 e de como alguns autores se apropriam e/ou
complementam, ou rejeitam a fala de anteriores, que entendemos como consenso da natureza
da ciência.
Introdução
“Todo corpo persiste em seu estado de repouso, ou de movimento retilíneo
uniforme, a menos que seja compelido a modificar esse estado pela ação de
forças impressas sobre ele”
NUSSENZVEIG (2002) (p. 68)
A partir disso podemos observar, conforme cita McComas (1998) et al, apud
PLAGIARINI (2007) é uma atividade onde “pessoas de todas as culturas contribuem”,
tendo também outra característica da natureza da ciência que é a da não linearidade
das ideias, que neste caso, saltam de Galileo a Newton, passando por diversos autores.
Segundo GARDELLI (1999), para, enunciar a primeira lei do movimento dos
corpos, Newton percebeu que “quando todas as forças aplicadas em um corpo se
anulam mutuamente este corpo só poderia ser encontrado em dois estados: o estado
de repouso ou o estado de movimento retilíneo uniforme, ambos em relação a um
referencial inercial”, o que se aproxima bastante das duas primeiras leis do movimento
enunciadas por Descartes. Em seu livro, COHEN et al (2002) afirma que a enunciação
da primeira lei de Newton foi a seguinte:
“Todo corpo continua em seu estado de reposo, ou de movimento uniforme em
linha reta, amenos que seja compelido a modificar esse estado por forças
imprimidas sobre ele.”.
NEWTON (1934) apud COHEN (2002)
Se olharmos para o seu primeiro volume dos Principia, veremos que Newton
enuncia a primeira Lei de movimento logo no início do livro, o que nos mostra que isso,
por ele, necessariamente deve ser considerado como verdade para qualquer outro
estudo conduzido por ele em seu livro. Em outra definição, anterior a como vimos que
COHEN et al (2002) coloca (na integra) que Newton postulou, temos a definição da vis
insita, onde Newton diz:
“A vis insita, ou força inata da matéria, é um poder de resistir, através do qual
todo corpo, no que depende dele, mantém seu estado presente, seja ele de
repouso ou de movimento uniforme em linha reta.”.
NEWTON (2008) (p. 40)
Conclusões
Referências
NUSSENZVEIG, H. M. “Curso de física básica”. 4ª edição; São Paulo, 2002.
ZANETIC, J. “Dos “Principia” da mecânica aos “Principia” de Newton”. Cad. Cat. Ens.
Fís. Florianópolis, 1988.
GARDELI, D. “A origem da inércia”. Cad. Cat. Ens. Fís. Florianópolis, 1999.
Galileu Galilei, Dialogo sobre os dois Maximos Sis- temas do Mundo Ptolomaico e
Copernicano (Discurso Editorial-Imprensa Oficial, São Paulo, 2004).