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Para a gente revisar tudo o que vimos acima, preparei esse vídeo. É
bem curtinho, 8 minutinhos apenas, para a gente fixar de uma vez tudo
o que é relevante dessa aula.
Resumo do capítulo
Pessoal, pra sentença não ser fechada, ela tem que ser aberta!...
/////////////////////////////
/////////////////////
P→QP→Q
Uma frase imperativa consiste de uma ordem direta, a qual pode ser
obedecida ou desobedecida, mas não julgada em V ou F. Por exemplo,
se o irmão mais velho grita para o mais novo:
///////////////////
/////////////////////////////
PP QQ P∧QP∧Q
V V V
V F F
F V F
F F F
O que isto significa?
Significa que, quando P for verdadeiro e Q também for verdadeiro, a
proposição composta “P e Q” também será verdadeira (ver linha 1 da tabela).
Quando P for verdadeiro e Q for falso, a proposição composta “P e Q” será
falsa (linha 2 da tabela).
Quando P for falso e Q for verdadeiro, a proposição composta será falsa (linha
3).
Finalmente, se P e Q forem falsos, a proposição composta será falsa (linha 4).
Pronto. Isso é uma tabela verdade.
Para os demais conectivos, as tabelas verdade estão abaixo indicadas.
Tabela verdade do conectivo “ou”:
PP QQ P∨QP∨Q
V V V
V F V
F V V
F F F
Tabela verdade do conectivo “se, então”:
PP QQ P→QP→Q
V V V
V F F
F V V
F F V
Para resolver os exercícios, você ainda precisa saber que, no condicional “se
P, então Q”, as proposições simples recebem nomes especiais.
P é o antecedente.
Q é o consequente.
Tabela verdade do conectivo “se, e somente se”:
PP QQ P↔QP↔Q
V V V
V F F
F V F
F F V
Tabela verdade do conectivo “ou... ou”
PP QQ P∨−−QP∨_Q
V V F
V F V
F V V
F F F
Pronto. Para resolver os exercícios de concursos, é só decorar as tabelas
acima.
Eu não vou passar nenhuma regrinha, nenhum macete de como decorar tudo.
Neste caso, acho que é muito mais proveitoso, em vez de simplesmente
decorar tudo, tentar entender a ideia por trás de cada conectivo. Para tanto,
eu vou colocar exemplos que dispensam a tabela verdade, ok?
Exemplo 1:
João vai viajar. Antes de pegar a estrada, passou na oficina para que fosse
feita uma revisão nos freios e na suspensão de seu carro.
No dia seguinte, João vai à oficina buscar seu carro. Em cada uma das
situações abaixo, como João classificaria o atendimento da oficina?
a) foram checados os freios e a suspensão
b) foram checados só os freios; a suspensão não foi checada
c) foi checada só a suspensão; os freios não foram checados
d) não foi checada a suspensão; os freios também não foram checados
Resolução:
O que João quer é realizar uma viagem segura. Ele só estará seguro se os dois
itens mencionados forem checados. Não adianta nada estar com os freios bons
e a suspensão ruim. João continuará correndo risco de acidente. Da mesma
forma, não é seguro ele viajar com a suspensão em ordem se os freios não
estiverem ok.
Deste modo, a única situação em que João vai aprovar o atendimento da
oficina será na letra “a”, em que os dois itens são checados. Em qualquer
outra hipótese, o atendimento terá sido falho.
João só estará satisfeito com o atendimento quando os dois itens forem
checados (suspensão e freios). Ele só estará satisfeito com o atendimento
quando for checado o freio e também for checada a suspensão.
Analogamente, uma proposição com o conectivo “e” só será verdadeira
quando todas as suas “parcelas” forem verdadeiras. Ou ainda, quando todos
os seus termos forem verdadeiros.
Daí dá até para entender o nome do conectivo. A proposição composta só será
verdadeira se suas parcelas forem conjuntamente verdadeiras.
(Cespe)
Em cada um dos itens a seguir, é apresentada uma proposição que deve
ser julgada se, do ponto de vista lógico, é equivalente à
proposição “Se for autorizado por lei, então o administrador detém a
competência para agir”.
56 Somente se for autorizado por lei, o administrador deterá a competência
para agir.
Resolução:
O “se” aponta para o antecedente.
O “somente se” aponta para o consequente.
Então, para fazermos a frase com “somente se”, deveríamos ter:
O administrador é autorizado por lei somente se detém competência para
agir.
O item 56 deslocou o “somente se” para o lugar errado. ITEM ERRADO.
Exemplo 5:
Inácio é um veterinário. Num dado dia, ele recebe dois cães, gravemente
feridos (Alfa e Beta, ambos vítimas de atropelamento). Os dois precisam de
pronto atendimento. Do contrário, irão falecer.
Inácio não tem outros veterinários para lhe auxiliar, só tendo condições de
atender a um dos cães por vez. Avalie o comportamento de Inácio nas
situações abaixo.
a) Inácio atende Alfa e o salva; Beta não é atendido e morre.
b) Inácio atende Beta e o salva; Alfa não é atendido e morre.
c) Inácio tenta atender os dois ao mesmo tempo. Acaba não conseguindo
atender nenhum dos cães de forma adequada e ambos morrem.
d) Inácio não atende a nenhum dos dois e ambos morrem.
Resolução:
Na letra “a”, Inácio agiu corretamente. Ele não teria como atender os dois
cães. Ele escolheu o cão Alfa e o salvou. Era o máximo que ele poderia fazer
naquelas condições. Pelo menos um dos cães foi salvo. Na letra “a”, dizemos
que Inácio agiu de forma adequada, dadas as restrições que ele tinha.
Pelo mesmo raciocínio, na letra “b” também dizemos que Inácio agiu de
forma adequada. Ele só teria condições de salvar um cão. Ele escolheu Beta e
o fez.
Na letra “c” Inácio não foi um bom profissional. Tentou atender aos dois cães,
o que ele já sabia que não seria possível. Consequentemente, nenhum cão foi
atendido de forma adequada e ambos morreram.
Na letra “d” Inácio também agiu de forma inadequada. Ao não atender
nenhum dos cães, ele simplesmente não salvou Alfa nem Beta (quando era
possível salvar um dos dois).
Podemos dizer que ou Inácio atende Alfa ou Inácio atende Beta. As únicas
formas de ele agir corretamente são quando ele atende só o Alfa ou só o Beta.
Dividindo a frase em duas partes, teríamos: primeira parte – atender Alfa;
segunda parte – atender Beta.
O comportamento de Inácio só é adequado quando a primeira parte acontece
(atende Alfa) e a segunda não (não atende Beta). Outra forma de seu
comportamento ser adequado é quando a primeira parte não acontece (não
atende Alfa) e a segunda parte acontece (atende Beta).
De modo análogo, uma proposição com o conectivo “ou ... ou” só é verdadeira
quando um termo é verdadeiro e o outro é falso. Qualquer outra situação
implica em proposição falsa.
É muito importante saber diferenciar a disjunção exclusiva (ou ... ou) da
disjunção inclusiva (ou).
As tabelas-verdade de ambas são quase iguais. A diferença se dá apenas
quando os dois termos são verdadeiros.
Na disjunção inclusiva, os dois termos verdadeiros implicam em proposição
verdadeira. É só lembrar do exemplo do José, que poderia comprar carne ou
peixe. Quando as duas parcelas acontecem (ou seja, quando ele compra carne
e peixe), ele cumpriu sua missão (pois Maria poderá fazer o almoço). José
agiu de maneira satisfatória.
Na disjunção exclusiva, se os dois termos são verdadeiros, temos uma
proposição falsa. É só lembrar do exemplo do Inácio. Inácio deveria atender
ou Alfa ou Beta. Quando as duas parcelas acontecem (ou seja, quando ele
atende os dois cães), aí ele não agiu de forma satisfatória (pois ambos, Alfa e
Beta, morrem).
Podemos pensar que uma única proposição simples deve ser verdadeira
(exclusividade), para que a proposição composta seja verdadeira. Assim como
um dos cães deveria ter exclusividade de atendimento, para que Inácio fosse
considerado um bom veterinário.
Fixado o valor lógico de p, vamos para q. Em cada uma das situações acima,
podemos ter q sendo verdadeiro ou falso.
Isto está representado no diagrama abaixo.
Observem que:
- para “p”, alternamos o valor lógico a cada 4 linhas
- para “q”, alternamos o valor lógico a cada 2 linhas
- para “r”, alternamos o valor lógico a cada 1 linha.
Esta é uma forma sistemática de abranger todos os casos possíveis. No fundo
no fundo, simplesmente transformamos o diagrama em uma tabela.
E isso ajuda a lembrar que a tabela-verdade de uma proposição composta
por n proposições simples terá 2n2nlinhas.
Exemplo: se a proposição for composta por 2 proposições simples, ela
terá 22=422=4 linhas.
Se a proposição for composta por 3 proposições simples, a tabela verdade
terá 23=823=8 linhas.
Se a proposição for composta por 4 proposições simples, a tabela verdade
terá 24=1624=16 linhas.
Viu? Vai sempre dobrando (4, 8, 16, 32, ...)
Uma proposição composta por “n” proposições simples terá tabela verdade
contendo 2n2n linhas
Agora que já conseguimos relacionar todas as combinações de valores lógicos
para p, q e r, podemos continuar montando a tabela verdade.
A proposição composta é:
(p∧q)→r(p∧q)→r
Os parênteses nos indicam que devemos, primeiro, fazer o “e”.
Em qualquer outro caso, ou seja, quando pelo menos uma das parcelas é
falsa, a conjunção será falsa (em vermelho o que preenchemos agora, em azul
o que já havia sido preenchido).
Resumo do capítulo
a∨b
Em que:
a: a qualidade da educação dos jovens sobe
b: a sensação de segurança da sociedade diminui.
//////////////
Assim:
P:a∨bP:a∨b
aa bb a∨ba∨b
VV V
VF V
F V V
F F F
P=14P=14
Gabarito: errado
FECHAR
#687303 CEBRASPE (CESPE) -
Papiloscopista Policial Federal/2018
Julgue o item, acerca da seguinte proposição:
Equivalências lógicas
Existem algumas proposições compostas que apresentam tabelas verdades
idênticas. Quando isso acontece, dizemos que as proposições envolvidas
são equivalentes.
Em outras palavras, duas proposições compostas são equivalentes quando
apresentam sempre o mesmo valor lógico, independentemente dos valores
lógicos das proposições simples que as compõem.
Quando duas proposições p, q são equivalentes escrevemos p⇔qp⇔q.
Podemos também escrever assim: p≡qp≡q
PRINCIPAIS EQUIVALÊNCIAS
É possível construirmos inúmeras equivalências lógicas. Para concursos, quatro
delas são especialmente importantes:
¬(p∧q)≡(¬p)∨(¬q)¬(p∧q)≡(¬p)∨(¬q)
¬(p∨q)≡(¬p)∧(¬q)¬(p∨q)≡(¬p)∧(¬q)
(p→q)≡(¬p)∨q(p→q)≡(¬p)∨q
(p→q)≡(¬q→¬p)(p→q)≡(¬q→¬p)
As duas primeiras equivalências são chamadas de “Leis de Morgan”.
Sabendo as equivalências acima, dá para resolver a grande maioria das
questões de equivalências lógicas. Há algumas questões que cobram
equivalências diferentes das listadas acima. Falo sobre elas mais adiante, mas
já fazendo o alerta de que é impraticável decorar todas as equivalências
possíveis, já que existem infinitas. Nossa tarefa é memorizar as mais
importantes e, caso a prova apareça com uma equivalência "maluca", sempre
dá para resolver a questão usando a tabela verdade.
Para entendermos porque é que duas proposições diferentes são ditas
equivalentes, vamos mostrar que
¬(p∧q)≡(¬p)∨(¬q)¬(p∧q)≡(¬p)∨(¬q)
Para comprovar que estas duas proposições são equivalentes, basta fazer as
respectivas tabelas verdades.
Começando pela tabela-verdade de ¬(p∧q)¬(p∧q)
PRIMEIRA EQUIVALÊNCIA
¬(p∧q)≡(¬p)∨(¬q)¬(p∧q)≡(¬p)∨(¬q)
Para negar uma proposição composta pelo “e”, nós negamos cada parcela e
trocamos o "e" por um "ou".
Exemplo: A negação de “Pedro é alto e Júlio é rico” é “Pedro não é
alto ou Júlio não é rico”.
Não é verdade que Pedro é alto e Júlio é rico
=
(Pedro não é alto) ou (Júlio não é rico)
Vamos fazer passo a passo.Vejam que a primeira frase acima começa com
"não é verdade que". Logo, estamos fazendo uma negação. Estamos negando a
proposição "Pedro é alto e Júlio é rico", que é composta pelo conectivo "e".
Como fazemos tal negação?
Basta negar cada parcela:
"Pedro é alto" dá lugar a "Pedro não é alto"
"Júlio é rico" dá lugar a "Júlio não é rico"
Em seguida, trocamos o conectivo por "ou". O que resulta em:
(Pedro não é alto) ou (Júlio não é rico)
Aqui cabe uma observação. Tem muita gente que confunde as coisas.
Tem aluno que pensa que “Pedro é alto e Júlio é rico” é equivalente a “Pedro
não é alto ou Júlio não é rico”. Isso está errado!!!
Vejam que elas têm tabelas verdade totalmente opostas:
PP QQ P∧QP∧Q ¬(P∧Q)¬(P∧Q)
V V V F
V F F V
F V F V
F F F V
SEGUNDA EQUIVALÊNCIA
Outra equivalência lógica importante é:
¬(p∨q)≡(¬p∧¬q)¬(p∨q)≡(¬p∧¬q)
Para negar um “ou” lógico, nós negamos cada parcela e trocamos o “ou” por
um “e”.
Exemplo: A negação de “O governo aumenta os juros ou a inflação sobe” é “O
governo não aumenta os juros e a inflação não sobe”.
Vejam que esta segunda equivalência é muito parecida com a primeira que
vimos, o raciocínio é bastante similar.
Segue um vídeo sobre as Leis de Morgan.
TERCEIRA EQUIVALÊNCIA
(p→q)≡(¬p)∨q(p→q)≡(¬p)∨q
Podemos trocar um condicional por um "ou". Basta negar a primeira parcela e
manter a segunda.
Exemplo: Dizer que “Se os juros baixam então eu compro um carro novo” é o
mesmo que dizer (em termos lógicos) que “Os juros não baixam ou eu compro
um carro novo”.
Se os juros baixam então eu compro um carro novo
=
Os juros não baixam ou eu compro um carro novo
Tínhamos um condicional, com duas parcelas:
1ª parcela: Os juros baixam
2ª parcela: Eu compro um carro novo
Nós negamos a primeira parcela, mantemos a segunda, e trocamos o
conectivo por "ou". Resultado:
Os juros não baixam ou eu compro um carro novo.
Segue um vídeo tratando desta equivalência:
QUARTA EQUIVALÊNCIA
(p→q)≡(¬q→¬p)(p→q)≡(¬q→¬p)
Podemos inverter a ordem das parcelas de um condicional, desde que façamos
as negações.
Exemplo: Dizer “Se baixam os juros então a inflação sobe” é o mesmo que
dizer, em termos lógicos, que “Se a inflação não sobe então os juros não
baixam”.
Um outro exemplo bem legal.
Lembram daquela propaganda que aparece toda hora na televisão? As frases
ditas são:
Se beber, então não dirija.
Se for dirigir, então não beba.
É claro que a ideia da propaganda é reforçar, ao máximo, que bebida e
direção não combinam. Mas, em termos lógicos, não seria necessário que as
duas frases fossem ditas. Isto porque elas são equivalentes!!!
Olhem só:
Se beber, então não dirija.
Temos:
- primeira parcela: beber
- segunda parcela: não dirigir.
Agora vamos trocar a ordem das parcelas, negando-as. Ficamos com:
- primeira parcela: dirigir.
- segunda parcela: não beber.
OUTRAS EQUIVALÊNCIAS
Partindo de duas equivalências já vistas, podemos chegar a uma nova
equivalência.
Partimos de:
¬(p→q)¬(p→q)
Dentro dos parênteses, trocamos o condicional por um "ou". Assim:
¬(¬p∨q)¬(¬p∨q)
Agora aplicamos a Lei de Morgan:
p∧(¬q)p∧(¬q)
Com isso, chegamos a mais uma equivalência:
¬(p→q)≡(p∧(¬q))¬(p→q)≡(p∧(¬q))
Em palavras: para negar um condicional, basta manter a primeira parcela,
negar a segunda, e trocar o conectivo por "e".
Mais equivalências possíveis:
(p↔q)≡(¬p↔¬q)(p↔q)≡(¬p↔¬q)
(p↔q)≡(p→q)∧(q→p)(p↔q)≡(p→q)∧(q→p)
pp qq p↔qp↔q
V V V
V F F
F V F
F F V
A proposição composta só é V quando suas duas parcelas têm valores lógicos
iguais, o que só ocorre nas linhas 1 e 4.
Se negarmos as duas parcelas ao mesmo tempo, elas trocam de valor, mas não
mudamos o fato de, nas linhas 1 e 4, elas permanecerão com valores iguais.
Oras, onde tínhamos V/V, passaremos a ter F/F. Onde tínhamos F/F,
passaremos a ter V/V. Portanto, justamente nas linhas 1 e 4 os valores lógicos
das parcelas continuarão iguais entre si, o que dá o mesmo resultado final.
Vejam:
Resumo do capítulo
Proposição de
Como fazer Resultado
origem
Nega primeira parcela:
Quero negar a Pedro não é alto
seguinte proposição:
Nega a segunda parcela: Pedro não é alto ou Júlio não é rico
“Pedro é alto e Júlio Júlio não é rico.
é rico”
Troca o conectivo: ou
Nega primeira parcela:
Quero negar a Pedro não é alto
seguinte proposição:
Nega a segunda parcela: Pedro não é alto e Júlio não é rico
“Pedro é Júlio não é rico.
alto ou Júlio é rico”
Troca o conectivo: e
Nega a primeira parcela:
Os juros não baixam.
Se os juros baixam,
Mantém a segunda Os juros não baixam ou eu compro um
então eu compro um
parcela: Eu compro um carro novo
carro novo.
carro novo.
Troca o conectivo: ou
Nega primeira parcela:
Não beba
Se beber, então não
Nega segunda parcela: Se dirigir, então não beba
dirija (*)
Dirija
Inverte a ordem
/////////////////
aabba→ba→b
V V V
V F F
F V V
F F V
Temos que analisar a seguinte proposição:
Em símbolos:
¬Q→¬R¬Q→¬R
Falso →→ Falso
ITEM CERTO.
FECHAR
Certo
Errado
//////////////////////////
FECHAR
Certo
Errado
/////////////////////////
ITEM ERRADO.
[Editado em 19/1/17]
(i) Quanto ao duplo "ou", não quis entrar neste aspecto porque não era
necessário para matar a questão. A associação imediata de palavras a
conectivos é apenas um facilitador, mas não algo exato. Exemplos:
costumamos associar a disjunção à palavra "ou". Mas é
perfeitamente possível montar uma disjunção usando a palavra
"e"
costumamos associar a conjunção à palavra "e". Mas é
perfeitamente possível montar uma conjunção usando a palavra
"se".
E por aí vai
Nos meus cursos, com mais calma, vemos exemplos de situações que
fogem às regras "usuais".
Eu até entendo algum candidato não gostar desta frase, pois traz como
antecedente um fato que, na linha do tempo, ocorre depois. Ou seja,
soa estranho um antecedente que ocorreu depois. Sem stress, se esse
for o problema, é só usar este outro condicional aqui, que é
equivalente:
Isto foge completamente do que foi dado na questão, pois coloca a "não
eliminação" como condição suficiente para a nomeação. Mas não é! É
apenas uma condição necessária. O próprio exercício deixa claro que
para ser nomeado há uma série de outros requisitos a serem
obedecidos, sendo a não eliminação na investigação social apenas um
deles.
Não sei se ficou clara esta explicação complementar. Por via das
dúvidas gravei o vídeo abaixo.
FECHAR
#124366 CEBRASPE (CESPE) -
Escrivão de Polícia Federal/2013 (e mais
13 concursos)
Nos termos do Edital n.º 9/2012 – DGP/DPF, de 10/6/2012, do concurso público para
provimento de vagas no cargo de escrivão de polícia federal, cada candidato será
submetido, durante todo o período de realização do concurso, a uma investigação
social que visa avaliar o procedimento irrepreensível e a idoneidade moral inatacável
dos candidatos. O item 19.1 do edital prevê que a nomeação do candidato ao cargo
fica condicionada à não eliminação na investigação social e ao atendimento a outros
requisitos.
Com base nessas informações, e considerando que Pedro Henrique seja um dos
candidatos, julgue o item seguinte.
Certo
Errado
P1: Existe a convicção por parte dos servidores do órgão X de que, se um chefe de
organização criminosa pagou para determinado candidato curso de preparação para
concurso, ou o chefe é amigo de infância do candidato ou então esse candidato foi
recrutado pela organização criminosa para ser aprovado no concurso;
P2: Há, ainda, entre os servidores do órgão X, a certeza de que, se o candidato foi
recrutado pela organização criminosa para ser aprovado no concurso, então essa
organização deseja obter informações sigilosas ou influenciar as decisões do órgão X.
P3: Ele é meu amigo de infância, e eu não sabia que ele é chefe de organização
criminosa;
P4: Pedi a ele que pagasse meu curso de preparação, mas ele não pagou.
A negação da proposição P4 é equivalente a “Não pedi a ele que pagasse meu curso,
mas ele pagou”.
Certo
Errado
A proposição P4 fica:
p∧(¬q)p∧(¬q)
(Pedi a ele que pagasse meu curso de preparação, mas ele não pagou) =
(Pedi a ele que pagasse meu curso de preparação eele não pagou)
Queremos negar esta proposição composta pelo "e". A lei de Morgan nos
diz para fazer o seguinte:
negamos a primeira parcela: ¬p¬p
¬(¬q)≡q¬(¬q)≡q
trocamos o conectivo por "ou"
Resultado:
¬p∨q¬p∨q
ITEM ERRADO
#185839 CEBRASPE (CESPE) -
Administrador (PF)/2014 (e mais 7
concursos)
Ao planejarem uma fiscalização, os auditores internos de determinado órgão
decidiram que seria necessário testar a veracidade das seguintes afirmações:
Certo
Errado
Convertendo o argumento para a simbologia lógica:
Em
Sentença original
símbolos
Se a programação de aquisição dos insumos previstos no plano de trabalho
fosse adequada, haveria disponibilidade, no estoque do órgão, dos insumos R→QR→Q
previstos no plano de trabalho
Se houvesse disponibilidade, no estoque do órgão, dos insumos previstos
no plano de trabalho, os beneficiários teriam recebido do órgão os insumos Q→PQ→P
previstos no plano de trabalho
Mas os beneficiários não receberam do órgão os insumos previstos no ¬P¬P
Em
Sentença original
símbolos
plano de trabalho
Logo, a programação de aquisição dos insumos previstos no plano de
trabalho não foi adequada
¬R¬R
Ou seja, nosso argumento fica:
Premissa 1: R→QR→Q
Premissa 2: Q→PQ→P
Premissa 3: ¬P¬P
Conclusão: ¬R¬R
1ª solução
Podemos fazer uma tabela verdade englobando todas as
proposições simples. É a técnica 2 que ensino nos meus cursos de
lógica.
P QR
VV V
VV F
VF V
VF F
F VV
F VF
FF V
FF F
Agora vamos lendo cada premissa e descartando as linhas que as
tornam falsas. Lembrando que um condicional é falso quando o
antecedente é V e o consequente é F, ou seja, quando temos V/F,
nesta ordem.
P1: R→QR→Q
A primeira premissa é falsa se R for verdadeiro e Q for falso.
Eliminamos estas linhas:
P QR
VV V
VV F
VF V
VF F
F VV
F VF
FF V
P QR
FF F
P2: Q→PQ→P
A segunda premissa será falsa quando Q for verdadeiro e P for
falso.
P QR
VV V
VV F
VF V
VF F
F VV
F VF
FF V
FF F
P3: ¬P¬P
Esta premissa será falsa quando P for verdadeiro.
P QR
VV V
VV F
VF V
VF F
F VV
F VF
FF V
FF F
Só sobrou a última linha da tabela verdade. É a única valoração
que faz todas as premissas serem verdadeiras. Nesta linha, notem
que RR é falso. Logo, ¬R¬R é verdadeiro. Ou seja, realmente
podemos concluir que a programação de aquisição dos insumos
previstos no plano de trabalho não foi adequada.
2ª solução: usando a técnica 1
Repetindo o argumento:
Premissa 1: R→QR→Q
Premissa 2: Q→PQ→P
Premissa 3: ¬P¬P
Conclusão: ¬R¬R
Da premissa 3, concluímos que P é falso.
Agora analisamos a premissa 2:
Q→P falsoQ→P⏟falso
Se o antecedente fosse V, teríamos V/F nesta ordem e a premissa
seria falsa.
Para que isso não ocorra, o antecedente deve ser falso.
Q é falso
Agora analisamos a premissa 1:
R→Q falsoR→Q⏟falso
Se o antecedente fosse V, teríamos V/F nesta ordem e a premissa
seria falsa.
Para que isso não ocorra, o antecedente deve ser falso.
R é falso
Portanto, realmente a negação de R é verdadeira. Novamente é
correto concluir ¬R¬R. Argumento válido.
3ª solução: usando as regras de inferência (técnica 6):
Relembrando o argumento:
Premissa 1: R→QR→Q
Premissa 2: Q→PQ→P
Premissa 3: ¬P¬P
Conclusão: ¬R¬R
De 3 e 2, pela regra Modus Tollens, inferimos:
4) ¬Q¬Q
Agora, de 4 e 1, pela regra Modus Tollens, inferimos:
5) ¬R¬R
Que é a conclusão a que queríamos chegar. Mais uma vez,
argumento válido.
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