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MONITORAMENTO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS DO LAGO DO PARQUE


ECOLÓGICO DOS BURITIS, GOIÂNIA – GO, BRASIL.

Guilherme Augusto Ferreira1; Núbia Natália de Brito2

RESUMO
O presente estudo teve como objetivo avaliar e monitorar a qualidade da água que abastece o lago do Parque
Ecológico dos Buritis, situado em Goiânia-GO. Para isto, foram coletadas amostras de água em três pontos do
lago, semanalmente, no período de março de 2011 a abril de 2012. Para o monitoramento, foram utilizados os
parâmetros analíticos: temperatura, pH, turbidez, cor, acidez, alcalinidade total, nitrogênio amoniacal, dureza
total, cloreto, oxigênio consumido (OC), ferro total, coliformes totais e termotolerantes, potencial de oxirredução
(pE), Índice de Estabilidade Langelier (LSI) e Índice de Estabilidade Rysnar (RSI). Os valores encontrados para
turbidez, oxigênio consumido e coliformes totais e termotolerantes foram aqueles que mais se apresentaram fora
dos limites impostos pela Resolução Conama 357/2005 (classe 2).

Palavras-chave: qualidade da água, poluição, monitoramento.

ABSTRACT

WATER QUALITY MONITORING OF THE LAKE OF BURITIS’S ECOLOGICAL PARK,


GOIANIA - GO, BRAZIL.

The present study had as objective to evaluate and monitor the water quality of the Buritis Ecological Park’s
Lake, located in Goiânia-GO. For this, samples of water were collected in three points of the lake, weekly, in the
period of March 2011 to April 2012. For the monitoring, the analytic parameters were used: temperature, pH,
turbidity, color, acidity, total alkalinity, ammoniacal nitrogen, total hardness, chloride, consumed oxygen (OC),
total iron, total and fecal coliforms, redox potential (pE), Langelier Stability Index (LSI) and Rysnar Stability
Index (RSI). The values found for turbidity, consumed oxygen and total and thermotolerants coliforms were
those that more came out of the limits imposed by Resolution Conama 357/2005 (class 2).
Keywords: water quality, pollution, monitoring.

1
Instituto de Química, Universidade Federal de Goiás, CP 131, Campus II, 74001-970, Goiânia-GO
2
Instituto de Química, Universidade Federal de Goiás, CP 131, Campus II, 74001-970, Goiânia-GO.
*e-mail: nubiabrito@quimica.ufg.br

Engenharia Ambiental - Espírito Santo do Pinhal, v. 10, n. 4, p. 046-065, jul./ago. 2013


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1. INTRODUÇÃO o monitoramento das águas não permite


concluir sobre o impacto sofrido pelo
A água representa insumo ambiente, o sedimento passa a ter uma
fundamental à vida, configurando elemento significativa importância como ferramenta
insubstituível em diversas atividades de avaliação (BURGESS et al., 2010)
humanas, além de manter o equilíbrio do A poluição do ambiente aquático,
meio ambiente. Provavelmente, é o único provocada pelo homem, de uma forma
recurso natural que se relaciona com todos direta ou indireta, mediante a introdução de
os aspectos da civilização humana, desde o substâncias inorgânicas e orgânicas,
desenvolvimento agrícola e industrial aos produz efeitos deletérios, tais como
valores culturais da sociedade (LEE et al., prejuízo aos seres vivos; perigo à saúde
2010). humana; efeitos negativos às atividades
O acelerado crescimento aquáticas (pesca, lazer, entre outras) e
populacional no mundo tem conduzido ao prejuízo à qualidade da água com respeito
aumento da demanda de água, o que vem ao uso na agricultura, indústria e outras
ocasionando, em várias regiões, problemas atividades econômicas (Ouyang, 2005).
de escassez desse recurso. O crescimento Esses mesmos ambientes aquáticos
da demanda mundial de água de boa são altamente vulneráveis às substâncias
qualidade tende a se tornar uma das químicas tóxicas. Diversas classes de
maiores pressões antropogênicas sobre os compostos são agressivas aos ecossistemas
recursos naturais do planeta nas próximas podendo ser quantificadas através do
décadas (POWELL, 1995). monitoramento de parâmetros físicos,
Os ecossistemas aquáticos acabam químicos e biológicos. Devido à grande
de uma forma ou de outra, servindo como variedade e complexidade das interações
reservatórios temporários ou finais de entre esses parâmetros o monitoramento e
grande variedade e quantidade de os estudos dos efeitos sinérgicos tornam-se
poluentes descartados no ar, no solo ou fundamentais para avaliar os impactos
diretamente nos corpos d’água (Esteves, ambientais provocados às matrizes sólidas
1998). O sedimento também é um e líquidas (OLIVEIRA et al., 2008).
compartimento ambiental que desempenha Desta forma o monitoramento de
papel fundamental na qualidade da água, um curso d’água também é um mecanismo
pois acumula e, em muitos casos, de avaliação, podendo contribuir como
redistribui espécies químicas à biota base para um plano de manejo do mesmo e
(DEEPULAL et al., 2012). No caso onde das áreas adjacentes. A análise da água de

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um curso pode evidenciar o uso Goiânia está localizada em pleno


inadequado do solo, os efeitos dos cerrado, um dos biomas mais devastados
lançamentos de efluentes, suas limitações do Brasil. A cidade e sua região
de uso e seu potencial de auto-depuração, metropolitana fazem parte de uma das
isto é, sua capacidade de restabelecer o regiões de Goiás onde a vegetação original
equilíbrio após o recebimento de efluentes é pouco preservada. Para agravar, a cidade
(GRABOW, 1996). tem sofrido com um aumento na poluição
O monitoramento da qualidade das do ar, diretamente relacionado à queima
águas superficiais é também um dos mais dos combustíveis fósseis nos automóveis.
importantes instrumentos da gestão Entretanto, Goiânia mantém uma
ambiental. Ele consiste, basicamente, no grande quantidade de áreas verdes para
acompanhamento sistemático dos aspectos uma metrópole. Atualmente, a capital
qualitativos das águas, visando à produção goiana possui 28 parques e bosques. Do
de informações e é destinado à ponto de vista hidrográfico, Goiânia e sua
comunidade científica, ao público em geral região metropolitana se localizam numa
e, principalmente, às diversas instâncias área onde há 22 sub-bacias hidrográficas,
decisórias. Nesse sentido, o monitoramento as quais deságuam nos ribeirões Anicuns,
é um dos fatores determinantes no Dourados e João Leite. Todas essas sub-
processo de gestão ambiental, uma vez que bacias pertencem à bacia hidrográfica do
propicia uma percepção sistemática e rio Meia Ponte, afluente direto do rio
integrada da realidade ambiental Paranaíba. Desde sua fundação, a cidade
(JARDIM; SILVA, 2006). teve um crescimento populacional
A limnologia dos lagos artificiais desordenado que trouxe problemas
de áreas de lazer tem sido pouco estudada ambientais como consequência, com
em todo Brasil. A Resolução Conama 357 destaque para as erosões, principalmente a
de 2005 considera que a saúde e o bem fluvial, que vem comprometendo a
estar humano podem ser afetados pelas qualidade de seus cursos d'água (MAIA;
condições de balneabilidade. No entanto, ARAÚJO, 2008; REZENDE et al., 2008).
estes ambientes são amplamente utilizados Diante disso, o objetivo do presente
pela população urbana e neles ocorrem artigo foi de levantar informações
frequentemente florações de algas e relacionadas à qualidade da água do lago
cianobactérias, bem como ações em estudo, através de análises ambientais
antrópicas. realizadas rotineiramente durante um ano.
O intuito foi o de contribuir para um

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adequado manejo do Parque dos Buritis e distintos da superfície do lago (pontos P1,
proporcionar ações preventivas que P2 e P3, assim chamados,
colaborem com a preservação da qualidade correspondendo às três lagoas que,
da água de uma área de lazer público, na interligadas subterraneamente, formam
cidade de Goiânia, visando à o grande lago).
sustentabilidade e seu uso pela sociedade As coletas e preservação das
goianiense. amostras para as análises físico-químicas
foram realizadas de acordo com a Norma
NBR 9898 da ABNT (1987). Para as
2. MATERIAL E MÉTODOS
análises microbiológicas, os frascos
coletores foram esterilizados em estufa de
2.1 Área de estudo
esterilização a 180º C por 2 horas. Todas
as amostras coletadas foram preservadas
O lago estudado situa-se no Parque
em caixa de refrigeração a ± 4º C até a
Ecológico dos Buritis, na cidade de
chegada ao laboratório, onde as análises
Goiânia – Goiás, e é abastecido
foram feitas imediatamente (Goulart e
diretamente pelo Córrego dos Buritis,
Odorizzi, 2002).
afluente do Ribeirão Anicuns. O local
apresenta coordenadas geográficas
2.2 Determinação dos parâmetros pH,
16°40'55"S 49°15'42"W, altitude de 749
turbidez, cor, acidez, alcalinidade total,
metros e temperatura média de 23º C. Este
nitrogênio amoniacal (N-NH3), ferro
sistema aquático não recebe descarga de
total, dureza total, cloreto (Cl-) e
atividades urbano-industriais em suas
oxigênio consumido (OC).
águas nem serve como manancial para o
As análises realizadas nas amostras
município. A legislação utilizada para
de água coletadas foram: pH, turbidez, cor,
avaliação da qualidade da águas
acidez, alcalinidade total, nitrogênio
monitoradas foi Resolução Federal
amoniacal (N-NH3), ferro total, dureza
CONAMA 357/2005 e, eventualmente,
total, cloreto (Cl-) e oxigênio consumido
para fins de contextualização a Portaria do
(OC). Os métodos analíticos utilizados
Ministério da Saúde 2914/11.
foram estabelecidos pela American Public
As amostras foram coletadas
Health Association (APHA) no Standard
semanalmente no período vespertino de
Methods for the Examination of Water and
março de 2011 até abril de 2012 (mês 1 até
Wastewater (1998), sendo que a
mês 14, assim intitulados) em três pontos
determinação de oxigênio consumido

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seguiu a recomendação da Analytical de Langelier (LSI) e Índice de Estabilidade


Methods Manual (AMM), em Examination de Rysnar (RSI). Para construção dos
of Water and Wastewater (1974). A análise gráficos foi utilizado a média e o desvio
de coliformes totais e termotolerantes padrão de cada mês, já que, os resultados
foram realizadas de maneira qualitativa ficaram bem próximos, quando comparado
utilizando cartelas TECNOBAC. O fator os valores da semana de um mesmo mês.
temperatura da água também foi Os dados pluviométricos
monitorado, sendo este in situ. Todos os registrados no período de análise foram
ensaios foram executados no Laboratório obtidos através dos boletins
de Química Analítica da Universidade agrometeorológicos médios mensais
Federal de Goiás. disponibilizados no site da Estação
Outros parâmetros teóricos Evaporimétrica de Goiânia da Escola de
baseados nos valores experimentais Agronomia e Engenharia de Alimentos da
obtidos também foram avaliados: potencial Universidade Federal de Goiás (Figura 1).
de oxirredução (pE), Índice de Estabilidade

Figura 1 – Índice de precipitação pluviométrica de Goiânia no período avaliado.

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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO padrão dos resultados obtidos para os


Nas Tabelas 1 e 2 podem ser parâmetros avaliados em cada ponto de
visualizados os valores médios e o desvio coleta.
Tabela 1: Valores médios e desvio padrão dos parâmetros físicos analisados.
Parâmetros Valores Ponto 1 Ponto 2 Ponto 3

Médias 6,83 6,79 7,45


pH
Desvio ± 0,087 ± 0,157 ± 0,473
Padrão
Médias 3,14 3,21 4,16
Desvio
Cor Padrão ± 0,146 ± 0,216 ± 0,122

Médias 11,83 12,63 32,26


Turbidez Desvio
(NTU) Padrão ± 4,311 ± 5,305 ± 29,306

Médias 25,71 26,36 27,43


Temperatura Desvio
(°C) Padrão ± 1,705 ± 1,328 ± 1,600

Tabela 2: Valores médios e desvio padrão dos parâmetros químicos analisados.


Parâmetros Valores Ponto 1 Ponto 2 Ponto 3

Acidez Médias 28,32 27,70 28,53


(mg.L-1CaCO3) Desvio Padrão
± 0,595 ± 0,731 ± 0,915
Alcalinidade Médias 81,32 73,47 81,06
(mg.L-1CaCO3) Desvio Padrão
± 5,033 ± 2,639 ± 2,716
Dureza Médias 52,21 70,21 71,21
(mg.L-1CaCO3)
Desvio Padrão ± 28,544 ± 25,445 ± 21,492

N-NH3 (mg.L-1) Médias 0,35 0,41 0,60

Desvio Padrão ± 5,413 ± 6,333 ± 6,901

Fe total (mg.L-1) Médias 0,24 0,25 0,25

Desvio Padrão ± 0,041 ± 0,043 ± 0,064

Médias 25,93 25,19 26,90


Cloreto (mg.L-1)
Desvio Padrão ± 7,601 ± 7,235 ± 7,892

Médias
Oxigênio Consumido 7,57 7,70 8,98
(mg.L-1) Desvio Padrão ± 2,609 ± 2,267 ± 1,982

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3.1 Temperatura 3.2 pH


A temperatura da água tem A Figura 2 indica os valores de pH
importância por sua influência sobre outras da água do Lago dos Buritis nos pontos de
propriedades: acelera reações químicas, amostragem. Pode-se verificar que o pH
reduz a solubilidade dos gases, acentua a variou de 6,5 a 8,4, encontrando-se dentro
sensação de sabor e odor, etc. A variação dos limites estabelecidos pela Resolução
da temperatura da água do Lago dos Conama nº 357/2005 para corpos de água
Buritis durante o período amostrado. Pode- doce de Classe II (6,0 a 9,0). Isso indica
se verificar que a temperatura variou de que as águas que abastecem o lago não
16,0 a 29,0°C, referentes aos meses de sofreram nenhum impacto com substâncias
junho e novembro, respectivamente. Estas poluidoras ácidas ou básicas capazes de
oscilações referem-se a variações sazonais, alterar significativamente este parâmetro
uma vez que estes meses correspondem no período estudado. Nota-se que o pH das
aos meses mais frio e quente do ano, amostras referentes ao ponto de coleta P3
respectivamente. mostraram-se maiores que os demais,
indicando a presença de algum agente
contaminante, capaz de elevar a
concentração de íons hidroxila do meio.

Figura 2 – pH das amostras em função dos meses de coleta.

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3.3 Cor (proliferação de algas devido o lançamento


A cor significa a presença, de esgotos) ao lago ou reservatório.
principalmente, de matéria orgânica, Dependendo de sua intensidade, pode
especialmente as substâncias húmicas que interferir na medição da transparência e da
são constituídas de macromoléculas como turbidez (SANTOS; REZENDE, 2002;
ácidos amorfos, predominantemente REZENDE et al., 2004).
aromáticos e hidrofílicos, proveniente da A faixa de variação verificada para
decomposição de plantas e resíduos de este parâmetro de qualidade da água nos
animais. A cor também é uma três pontos de coleta foi de 3,0 a 5,0 mg Pt-
característica da água que pode fornecer ao Co L-1, não ultrapassando os limites
observador importantes indícios de estabelecidos pela legislação CONAMA
fenômenos naturais (lavagem do solo pelas 357/2005, como apresentado na Figura 3.
enxurradas) ou da agressão antrópica

Figura 3 – Cor das amostras em função dos meses de coleta.

3.4. Turbidez valor esteve acima dos limites


A medida da dificuldade de um estabelecidos pela Resolução CONAMA nº
feixe de luz em atravessar certa quantidade 357/2005 (100 NTU). O fato pode estar
de água é chamada de turbidez, que pode relacionado aos aspectos climatológicos,
ser causada por matérias sólidas em pois num período de maior precipitação,
suspensão (argila, colóides, matéria como o mês de dezembro, pode ocorrer um
orgânica, etc.). A turbidez, nos pontos aumento da turbidez em função do grande
estudados, variou de 8,0 a 110,0 NTU aporte de material que é carreado pelas
(Figura 4), no período amostrado, chuvas para o corpo d’água em questão.
destacando-se o mês de dezembro, cuja

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Figura 4 – Turbidez das amostras em função dos meses de coleta.

3.5 Nitrogênio Amoniacal processos de reciclagens e regeneração


A Figura 5 ilustra a variação da bêntica de compostos nitrogenados e
concentração de nitrogênio amoniacal ao fosfatados constituintes da matéria
longo do período de amostragem, e esta orgânica (Andrade et al., 2012).
variou de 0,25 a 1,0 mg L-1de N-NH3, Em muitos casos a redução do
mantendo sempre abaixo do limite oxigênio dissolvido pode ser em função do
estabelecido pela legislação vigente para excesso da concentração de nitrogênio
valores de pH entre 7,5 a 8,0 (2,0 mg L-1). inorgânico proveniente de sedimentos, que
Os maiores valores encontrados de por sua vez, ocasionam a eutrofização
nitrogênio amoniacal podem ser devido aos como resultado da alta produção primária
intercâmbios químicos entre os com- das algas. Todo o ciclo citado promove
partimentos sedimentar e coluna d’água, também o aumento na concentração de
através da ressuspensão dos sedimentos matéria orgânica carbonatada no corpo
depositados, com isto ocorre a ativação dos d’água (LISHEID; KALETTKA, 2012).

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Figura 5 – Concentração de nitrogênio amoniacal das amostras em função dos meses de


coleta.

3.6 Dureza (Ca2+ e Mg2+) depósitos, incrustações e possibilitam o


A dureza pode atuar reduzindo ou aparecimento de bactérias ferruginosas
aumentando a toxicidade de alguns metais nocivas nas redes de abastecimento, além
tais como cádmio, cobre, chumbo por meio de serem responsáveis pelo aparecimento
da complexação com esses metais de gosto e odor, manchas em roupas e
permanecendo no ambiente por processo aparelhos sanitários e interferir em
de bioacumulação (MARKISH et al., processos industriais (Moruzzi e Reali,
2005). A precipitação química pode 2012). Esta espécie aparece principalmente
eliminar uma parte da dureza e minerais em águas subterrâneas devido à dissolução
dissolvidos (Vasconcelos e Souza, 2011). do minério pelo gás carbônico da água,
Durante o período estudado a segundo a reação 1:
dureza variou entre 27,54 mg.L-1 a 205,3 Fe + CO2 + ½ O2  FeCO3
mg.L-1, com concentração média de 47,32 (1)
-1
mg.L , sendo 71% das amostras A partir da análise dos dados
classificadas como brandas, 21% como representados na Figura 6, pode-se
pouco duras e 18% das amostras duras perceber que a maioria das amostras
(BETZ; NOLL, 1950). encontra-se dentro do padrão estabelecido
de 0,3 mg Fe L-1, com apenas duas
3.7 Ferro amostras ultrapassando este valor,
referentes ao pontos P1 e P2 ambas do mês
O ferro em águas naturais e
de outubro. No oitavo mês da coleta houve
destinadas ao abastecimento causam

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aumento na concentração de ferro fenômeno que provoca carreamento de


provavelmente em função de mês que se diversas substâncias para o ambiente
inicia o período chuvoso na região, estudado.

Figura 6– Concentração de ferro total em função dos meses de coleta.

3.8 Cloreto Segundo Andrade e colaboradores


Para as águas superficiais são (2009), o excesso do íon cloreto no meio
fontes importantes de íons cloreto as ambiente pode ocasionar a não adsorção
descargas de esgotos sanitários, sendo que pelos componentes das frações do solo,
cada pessoa expele através da urina cerca 6 razão pela qual se descolam facilmente na
-
g de Cl por dia, o que faz com que os solução do solo podendo ser adsorvidos
esgotos apresentem concentrações de pelas raízes e translocados às folhas ou
cloreto que ultrapassam 15 mgL-1 podem ser lixiviados aos mananciais.
(CETESB, 2012; MIRLEAN et al, 2005). Importante ressaltar que a toxicidade mais
Para as águas de abastecimento público, a freqüente nas culturas irrigadas, por
concentração de cloreto constitui-se em exemplo, é a do íon cloreto contido na
padrão de potabilidade, segundo a Portaria água em função do excesso de
2914 do MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2011 concentração de sais e do aumento da
(máximo de 250 mg.L-1). Todas as capacidade de troca iônica dos compostos.
amostras ficaram abaixo do limite imposto
pelo padrão de potabilidade, embora as 3.9 Acidez e Alcalinidade
águas que abastecem o lago não sejam De acordo, com os dados obtidos
usadas para consumo direto. para estes parâmetros, mostrados nas
Figuras 7 e 8, pode-se inferir que as águas

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do lago não sofreram nenhum impacto com ainda qualquer outro tipo de ação
substâncias poluidoras ácidas ou básicas antropogênica que alteraria um desses dois
capazes de alterar significativamente o parâmetros monitorados.
ambiente químico no período estudado, ou

Figura7 – Acidez total das amostras em função dos meses de coleta.

As reações 2-5 apresentadas H2CO3  2 H+ + CO32- (4)


2+
demonstram o possível equilíbrio químico CaCO3  Ca + CO32-
do meio resultando em um sistema tampão, (5)
considerando-se as espécies provenientes Segundo Vasconcelos e Souza
da dissociação do carbonato de cálcio – (2011), a alcalinidade não tem significado
componente de rochas calcárias presentes sanitário, a menos que seja devido a
no leito do lago, onde possivelmente não hidróxidos ou que contribua na qualidade
ocorrerá grandes variações do pH (Brito et de sólidos totais. Para fins potáveis, a
al., 2007). alcalinidade total não deve exceder 250
CO32- + 2H+  HCO3- (2) mg.L-1
HCO3- + H+  H2CO3 (3)

Figura 8 – Alcalinidade total das amostras em função dos meses de coleta.

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nos lagos pelos seus freqüentadores


3.10 Oxigênio Consumido (OC) e (NARDINI; NOGUEIRA, 2008).
Coliformes totais/termotolerantes Importante ressaltar também que na
análise qualitativa de coliformes totais e
Os dados obtidos, apresentados na termotolerantes foi possível observar a
Figura 9, mostram que todas as amostras presença nos três pontos amostrados destes
analisadas tiveram valores de OC maiores grupos de bactérias, que são consideradas
que 5,0 mg L-1, acima do esperado para os principais indicadores de contaminação
águas naturais, indicando concentração de fecal por estarem presentes em grande
matéria orgânica proveniente número no trato digestivo de animais de
possivelmente de ação antropogênica. sangue quente e serem eliminadas com as
O aumento da quantidade de áreas fezes. Essas bactérias são utilizadas como
permeabilizadas no vale córrego dos principais indicadores para doenças de
Buritis, aumento da ocupação humana na veiculação hídrica: febre tifóide, febre
região de seu entorno e a utilização paratifóide, desinteria bacilar e cólera
excessiva do local são fatores importantes (GERTEL et al., 2003).
para o aporte de matéria orgânica lançada

Figura 9 – Concentração de oxigênio consumido das amostras em função dos meses de


coleta.

3.11 Estudo do pE logaritmo negativo da atividade de


No sentido de caracterização físico- elétrons, expressa o grau no qual o meio
química de ambientes aquáticos, o aquático é oxidante ou redutor, assim como
potencial de oxirredução também pode ser o pH expressa o grau no qual a água é
utilizado. Este potencial, definido como o ácida ou básica. A equação 6 representa a

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relação entre pE e pH (Camargo et al., condição oxidada, onde a atividade elétrica


1999). é baixa e o potencial de oxirredução é
pE = 20,8 + 1/4 log PO2 – pH (6) elevado. Quando há valores mais baixos
onde PO2 = 0,21 atm, por convenção. O pE (entre -20 e 0), o meio caracteriza-se pelas
em águas naturais oscila geralmente entre - condições de redução, indicando uma
12 a 20, porem a escala varia de -20 até grande atividade de elétrons em solução.
+20. Em ambientes oxidantes o Fe²+ passa a
Os valores de pE para todas as Fe³+ dando origem ao hidróxido férrico,
amostras foram elevados (como que é insolúvel e se precipita, tingindo
apresentado na Figura 10), mostrando que fortemente a água, sendo esta uma possível
as águas analisadas tem caráter oxidante hipótese que justifica os valores da
(Camargo et al., 1999). Valores maiores coloração encontrados nas amostras.
de pE (entre 0 e 20) representam uma

Figura 10 – Variação de pE das amostras em função dos meses de coleta.

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3.12 Estudo do LSI e RSI Rysnar (1944) determinou um


Segundo Langelier (1936), o Índice de estabilidade, conhecido como
cálculo do Índice de Estabilidade de RSI (Índice de Estabilidade de Rysnar),
Langelier (LSI) é feito tomando-se a que, assim como o LSI, permite uma
diferença entre o pH da água (pH) e o pH melhor previsão da tendência incrustante
calculado quando esta mesma água ou corrosiva de uma água e corresponde a
apresenta-se saturada com CaCO3 (pHs) seguinte equação:
(eq. 7-9).
RSI = 2(pHs) – (9)
LSI = pH – pHs (7) Onde: pHs = pH da água
Onde pHs pode ser calculado a saturada com CaCO3, calculado pela
partir da seguinte equação: equação 3
pHs = (pK’2 – pK’sp) x pCa + pAlk pH = pH da água medido.
(8)
Onde: Observando os valores
pK’2 = log negativo da segunda encontrados nas Figuras 11 e 12, ambos
constante de dissociação do H2CO3 os índices de LSI e RSI indicam que as
(10,26); águas sob estudo não apresentam
pK’sp = log negativo do produto de tendência à corrosão, mas sim
solubilidade do CaCO3 (8,045); possibilidade de precipitação de
pCa = log negativo da concentração carbonato de cálcio dando características
2+
de íons Ca em mols por litro; incrustantes a esta água (LANGELIER,
pAlk = log negativo da alcalinidade 1936; RYSNAR, 1944).
da amostra em gramas de CaCO3 por
litro.

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Figura 11 – Variação do índice de LSI das amostras em função dos meses de coleta.

Figura 12 – Variação do índice de RSI das amostras em função dos meses de coleta.

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4.CONCLUSÃO Por fim, à UNESP Campus de Sorocaba


por fornecer o apoio do Laboratório de
A partir das análises realizadas Biologia e os equipamentos necessários
durante o monitoramento do lago, pode-se para a coleta e análise das amostras.
concluir que as águas sob estudo
apresentaram grande parte dos parâmetros
REFERÊNCIAS
avaliados dentro dos valores estabelecidos
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
pela legislação vigente (CONAMA NORMAS TÉCNICAS – ABNT.
357/2005) durante o período avaliado. NBR 9898: Preservação e técnicas
Valores de alguns parâmetros tais como: de amostragem de efluentes
líquidos e corpos receptores, Rio
turbidez, oxigênio consumido e coliformes de Janeiro, 1987.
totais/termotolerantes, que se apresentaram ANALYTICAL METHODS MANUAL –
relativamente maiores, foram encontrados AMM. Examination of Water and
Wastewater, Canada, 1974.
justamente no período chuvoso, época em
ANDRADE, C.F.F.; NIENCHESKI,
que o volume do lago tem um expressivo L.F.H.; ATTISANO, K.K.;
aumento devido ao desaguamento de MILANI, M.R. Fluxos de
nutrientes associados às descargas
grande quantidade de água da chuva, sendo
de água subterrânea para a lagoa
esta carreadora de diversas substâncias mangueira (Rio Grande do Sul,
com potencial poluidor, o que justifica os Brasil). Química Nova, São Paulo,
v. 35, n. 1, p. 5-10, 2012.
maiores valores encontrados.
ANDRADE, E.M.; AQUINO, D.N.;
CRISÓSTOMO, L.A.;
5. AGRADECIMENTOS RODRIGUES, J.O.; LOPES, F.B.
Impacto da lixiviação de nitrato e
cloreto no lençol freático sob
Os autores agradecem ao Instituto
condições de cultivo irrigado.
de Química da UFG pelo uso dos Ciência Rural, Santa Maria, v. 39,
laboratórios e ao Programa de Iniciação n.1, p.88-95, 2009.
AMERICAN PUBLIC HEALTH
Científica – PIVIC pela oportunidade
ASSOCIOATION - APHA.
concedida. Standard methods for the
Ao CNPq - Conselho Nacional de Examination of Water and
Wastewater. Washington, D.C.:
Desenvolvimento Científico e Tecnológico American Public Health
e a Reitoria da Universidade Estadual Association, 1998.
Paulista pela concessão de bolsas. BETZ, J. D.; NOLL, C. A. Total-Hardness
Determination by Direct

Engenharia Ambiental - Espírito Santo do Pinhal, v. 10, n. 4, p. 0 46-065, jul./ago. 2013


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