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As Sete Leis Herméticas

As Sete Leis da Sabedoria, podem nos ajudar se soubermos utilizá-los em nosso dia-a-dia.
Hermes Trismegisto, o Três Vezes Grande, era considerado pelos Egípcios o Mensageiro dos Deuses, por ter
transmitido os ensinamentos a este grande povo da antigüidade e ter implantado a tradição sagrada, os rituais
sagrados, e os ensinamentos das artes e ciências em suas Escolas da Sabedoria. A medicina, a astronomia,
a astrologia, a botânica, a agricultura, a geologia, a matemática, a música, a arquitetura, a ciência
política, tudo isso era ensinado nessas Escolas e em seus livros, que segundo os gregos somavam
42. Entre eles se encontra “O Livro dos Mortos” que é também chamado de “O Livro da Saída
da Luz”. A Ciência Hermética é baseada em seus ensinamentos e comprova com seus preceitos,
que o Grande Hermes veio transmitir para a humanidade uma Sabedoria Divina, até hoje mal
compreendida apesar de amplamente comprovada.
A Filosofia Hermética se baseia nos Princípios Herméticos incluídos no livro “O Caibalion”,
(Três Iniciados – Livraria Pensamento) e parece destinada a plantar uma semente de Verdade no
coração dos sábios, que perpetuam e transmitem os seus ensinamentos. Em todas as
civilizações sempre existiram ouvidos atentos a estes preceitos. Como diz o próprio Caibalion:
Em qualquer lugar que se achem os vestígios do Mestre,
Os ouvidos daqueles que estiverem preparados para receber
O seu Ensinamento, se abrirão completamente.
Quando os ouvidos do discípulo estão preparados para ouvir,
Então vêm os lábios para enchê-los de sabedoria”.
Porém o Caibalion nos ensina também que:
“Os lábios da Sabedoria estão fechados, exceto aos ouvidos do Entendimento”.
O Caibalion nos foi transmitido pela Tradição Hermética e reúne os ensinamentos básicos da Lei
que rege todas as coisas manifestadas. A palavra Caibalion , na língua hebraica significa
tradição ou preceito manifestado por um ente de cima. Esta palavra tem a mesma raiz da
palavra Qabala (Cabala), ou Qibul, ou Qibal, que em hebraico, significa tradição.
A maior das Lojas dos Místicos (Templos de Iniciação) foi estabelecida no antigo Egito e foi por
suas portas que entraram os Neófitos que, mais tarde, como Hierofantes, Adeptos e Mestres, se
espalharam por todas as partes da terra, levando consigo o precioso conhecimento que
possuíam, afim de ensiná-lo àqueles que estivessem preparados para compreendê-lo. È dessa
mesma fonte que os Essênios beberam, e portanto Jesus também.
Em nossos dias o termo ‘hermético’ significa secreto, fechado de tal maneira que nada escapa,
significando que os discípulos de Hermes sempre observavam o princípio do segredo nos seus
preceitos. Os antigos instrutores pediam este segredo, mas nunca desejaram que os ensinamentos
não fossem transmitidos. Não instituíram uma religião, de forma que estes princípios pudessem ser
aproveitados por todos mas não pertencessem a nenhum credo. De fato, os "Princípios Herméticos’
são baseados nas Leis da Natureza, e como tais pertencem somente à Ordem Divina.
“As doutrinas sempre foram transmitidas de ‘Mestre à Discípulo’, de Iniciado à Hierofante, dos lábios aos
ouvidos. Ainda que esteja escrita em toda parte, sua verdade foi propositadamente velada com os termos
da alquimia e da astrologia, de modo que só os que possuem a chave podem-na ler bem”. (O Caibálion).
Os Sete Princípios (ou Sete Leis) em que se baseia a Filosofia Hermética são os seguintes:
I – O princípio de Mentalismo
II – O princípio de Correspondência
III – O princípio de Vibração
IV – O princípio de Polaridade
V – O princípio de Ritmto
VI – O princípio de Causa e Efeito
VII – O princípio de Gênero
A Primeira Lei revela o Principio do Mentalismo:
“O TODO é MENTE; o Universo é Mental”
Este é sem dúvida o mais importante de todos os princípios, já que nele estão contidos todos os
outros. O TODO (ou seja a realidade que se oculta em todas as manifestações de nosso universo
material) é Espírito, Incognoscível e Indefinível em si mesmo, mas pode ser considerado como
uma Mente Vivente Infinita Universal. “Compreendendo a verdade da Natureza Mental do nosso
Universo o discípulo estará bem avançado no Caminho do Domínio”, escreveu um velho mestre
do Hermetismo. Estas palavras continuam atuais e verdadeiras e são a chave para a nossa
compreensão das regras e Leis que regem nosso universo material.
Observaremos que, se o Universo é Mental e nós existimos na Mente do Todo, como tais, nós somos
seres mentais e criamos com a nossa mente, à imagem e semelhança do Todo, conforme explica o
Segundo Princípio. A mente nada mais é que um complexo aglomerado de impulsos energéticos,
capazes de enviar mensagens, não somente ao nosso próprio corpo, mas também fora dele. Todos já
experimentamos aquela sensação de ‘sermos observados’ mesmo se nada podemos ver com nossos
olhos físicos. É bem possível que essa sensação seja a conseqüência de um olhar mental (de
impulsos energéticos) enviado por outra pessoa que naquele momento desconhecemos.
Por outro lado, a sabedoria popular nos ensina que ‘a inveja mata’. Como é possível? O que pode
fazer um olhar invejoso? A energia negativa gerada pela mente de uma pessoa maldosa pode
interferir em nossa própria energia mental e física. Quem já não experimentou isso?
Podemos então compreender que nossa mente, feita à imagem e semelhança do TODO, pode também
criar, coisas positivas e coisas negativas. A criação de uma imagem gerada por nossa mente, é captada
pelo cérebro físico como sendo “REAL”. È dessa forma que funcionam as imagens mentais que são
elaboradas para auxiliar as pessoas que desejam superar alguma dificuldade num sistema de auto-ajuda.
A imagem positiva criada precisa de uma repetição até que ela seja ‘fixada’ pelo cérebro que afinal precisa
reconhecê- la como real. A partir daí (normalmente os exercícios são feitos em 21 dias) o cérebro já
reconhecendo a imagem mental como real, começa a modificar a estrutura energética ao redor da pessoa
“atraindo o similar” ou seja, atraindo aquilo que foi criado por nossa mente. O similar atrai o similar, assim
como o amor atrai o amor, o ódio atrai o ódio, o dinheiro atrai o dinheiro, etc... É claro que entre a criação
da imagem e a materialização existe um lapso de tempo (tempo esse que existe somente na matéria) e
muitas vezes é justamente esse lapso de tempo que faz as pessoas desistirem de sua criação.
Todos os terapeutas são unânimes em aconselhar pensamentos positivos aos seus pacientes!
Então porque não começamos a controlar as imagens mentais que criamos? Projetarmos em
nossa mente imagens de paz, harmonia, amor, abundância, felicidade e alegria, é a solução. Mas
lembrem-se, nada é conseguido sem o duro trabalho da perseverança!

Segunda Lei Hermética: O Princípio da Correspondência


Esta semana continuaremos com nossas reflexões sobre as Leis Herméticas, que podemos chamar
de Leis da Sabedoria, já que nos ensinam muito sobre os mistérios de nosso universo. Aconselho aos
estudantes de hermetismo que não parem na superfície, na simples leitura do artigo, mas que
procurem se aprofundar no conhecimento para poder beber da fonte dessa grande sabedoria.
O princípio da Correspondência nos ensina que:
“É verdadeiro, completo, claro e certo. O que está em cima é como o que está embaixo, e o que
está embaixo é como o que está em cima, e por estas coisas fazem-se os milagres de uma coisa
só. E como todas as coisas são e provém de UM, pela mediação do UM, todas as coisas são
nascidas dessa única coisa por adaptação. O Sol é seu Pai, a Lua é sua Mãe, o Vento a trouxe
em seu ventre e a Terra é sua nutriz e receptáculo”.
Essa é somente uma parte do princípio que na realidade é bem mais complexo e serve de base
para o estudo do Hermetismo e da Alquimia. Mas aqui queremos somente compreender como
fazer dessa Lei Hermética uma ferramenta para nosso dia- a-dia. Este Segundo Princípio explica
a verdade que existe na correlação e correspondência dos diferentes planos de Manifestação,
Vida e Existência. Tudo o que está incluído no Universo emana de uma mesma fonte (SOMOS
TODOS UM) e está sujeito às mesmas leis, princípios e características que, aplicadas à cada
unidade, nos mostram a manifestação dos fenômenos que existem em cada plano.
A Filosofia Hermética considera o Universo dividido em três Grandes Planos de Manifestação:
1º - O Grande Plano Espiritual.
2º - O Grande Plano Mental.
3º - O Grande Plano Físico.
É claro que essas divisões são bastante arbitrárias, e os hermetistas consideram que existem, entre esses três
Planos maiores, mais sete outros sub-planos entre cada um. Mas para nosso estudo basta compreender que,
para se manifestar na matéria, uma energia primordial primeiro precisa ser gerada no plano Espiritual, ser
forjada no plano Mental e se materializar no plano Físico. Quando falamos de “plano” também devemos
compreender que não é uma dimensão ordinária de espaço, mas sim uma mudança de densidade no princípio
de “Vibração” (Terceiro Princípio Hermético). Desde as manifestações mais elevadas até as mais baixas, todas
as coisas vibram em diferentes coeficientes de movimento em diferentes direções e de diferentes maneiras. Os
graus de medição na Escala de Vibração constituem a “Quarta Dimensão”. Nós já ouvimos alguém dizer (a
sabedoria popular nunca erra) “aquela pessoa tem uma vibração ruim”, ou já nos aconteceu dizer: “Esse lugar
está carregado, sinto uma vibração ruim”. Ruim quer dizer ‘inferior’.
O mais elevado grau de vibração constitui a mais elevada manifestação da Vida que ocupa um
determinado plano. O átomo da matéria, a unidade de força, a mente do hom em e a existência do
arcanjo são ‘graus’ de escala e fundamentalmente a mesma coisa em diferentes planos: a diferença
está somente no grau e no coeficiente de vibração. Afinal, todas são manifestação da Mente do Todo.
No Grande Plano Físico temos sete manifestações menores de energia: o mais sutil têm analogia
com os fenômenos mentais, os mais densos são aqueles físicos visíveis a olho nu.
A Astrologia usa com sabedoria essa lei; de que forma?
Vamos imaginar que seu astrólogo lhe diz que você está passando por “uma quadratura de Saturno”. Isso mete
medo, não é? Nada é mais hermético que a linguagem astrológica! Vamos ver: Saturno fecha um ciclo
completo do Sol em cerca de 29,5 anos, formando a cada sete anos um aspecto consigo mesmo. Cada vez
que ele “fecha” um ciclo completo, ele nos brinda com uma fase de amadurecimento. Mas antes de ‘fechar’
completamente um ciclo ele nos brinda com três pequenos períodos de crise: duas quadraturas e uma
oposição (aos 7 – 14 – 21). Sabemos como essas idades são marcantes na nossa vida, não é? Bem, as
quadraturas e oposições servem de “vestibulares” que nos ajudam a examinar os conhecimentos adquiridos
nos últimos sete anos. No fechamento do ciclo (ou anel), aos 28,5 – 29,5 anos, acontece o encerramento de
um momento crucial de crescimento na nossa vida. 29 anos, 59 anos, e 72 anos são momentos importantes na
vida de cada um de nós. Os ciclos se fecham, inexoravelmente, sob a ação do Deus do Tempo.
Bem, mas o que isso tem a ver com o Princípio da Correspondência? Bem, o Astrólogo (aquele
que lhe falou da quadratura de Saturno) vai lhe dizer também: “Cuidado, a quadratura de Saturno
provoca, dor nos joelhos ou dentes, sensação de empobrecimento, preocupações com o futuro,
preocupações com a família, preocupações profissionais, etc. etc.”. No plano físico, estas são
todas manifestações da energia de Saturno (entre outras).
O que podemos fazer para ‘evitar’ ou ‘minimizar’ estas manifestações negativas no plano físico
onde vivemos?
Primeiro: compreender sua natureza e suas correspondências nos vários planos
Segundo: mudar de vibração sempre em sua correspondência em cada um dos planos
Parece fácil, mas não é. Podemos aplicar o Princípio de que “Tudo é Mente” e usar nossa mente para
fazê-lo. Mas isso requer muito estudo, muita compreensão e muita força de vontade. Ao compreender em
que energia você está inserido neste momento de sua vida, você poderá mais facilmente fazer a analogia
da Correspondência (sozinho ou com a ajuda de um bom astrólogo ou hermetista); depois você aprenderá
a aplicar o Princípio da Vibração, mudando essa energia – se negativa – de plano e plano, de estado em
estado, do mais denso ao mais sutil. Pelo contrário, se ela for positiva, aprenderá a usá-la a seu favor
aproveitando em tudo e por tudo aquilo que o TODO está lhe proporcionando.
A correspondência, correlação e harmonia que existe entre os planos de manifestação da energia da
Mente do Todo se manifesta através da Lei da Vibração que explicaremos na próxima semana.
Você já tentou “mudar de vibração”? Acalmar sua mente muito agitada para conseguir uma maior
harmonia com o Universo? Você pratica algum tipo de meditação, Yoga, Zen ou outra?

Terceira Lei Hermética: O Princípio da Vibração


Vocês já entraram num lugar onde a “vibração” não estava boa? Já saíram de uma festa porque o
ambiente estava “pesado”? O que é na realidade essa vibração? Algo visível? Não, absolutamente, mas
trata-se de algo perceptível especialmente às pessoas mais sensíveis. (Em astrologia os signos de Água
são naturalmente os mais sensíveis, e os signos de Terra os menos sensíveis a essas vibrações).
Este princípio hermético declara:
“Nada está parado, tudo se move, tudo vibra”.
O movimento que é manifestado em todo o Universo é um movimento vibratório. A ciência já no
século IXº fazia suas primeiras descobertas a respeito desse princípio de vibração, somente
corroborado pelas descobertas mais recentes do século XX. O século XXI trará ainda mais
confirmação daquilo que o Grande Hermes já afirmara e que está explicado nas Leis Herméticas.
A Telepatia será desenvolvida na Era de Aquário como ferramenta de comunicação através da
vibração da mente. Agora nós ainda precisamos de um “celular” (matéria física) para nos
comunicarmos à distância. E quem sabe chegará um dia em que poderemos mudar a vibração do
nosso corpo até podermos nos desmaterializar num lugar e nos materializar em outro. Mas isso
está ainda muito longe de nossa realidade, pelo menos da grande maioria da humanidade.
Para compreendermos o Princípio da Vibração precisamos entender que O TODO se manifesta
através de vibração. Mas esta vibração acontece em escala tão sutil e rápida que nos é praticamente
imperceptível. Assim podemos concluir que o Espírito se manifesta através da vibração mais rápida e
sutil e se propaga através do Éter (O Quinto Elemento). Consequentemente a Matéria possui uma
vibração mais lenta e mais grosseira. Entre esses dois pólos de vibração, existem outros modos de
vibração, numa escala com milhões e milhões de graus.
Diz o Caibálion: A ciência moderna já descobriu que o que chamamos de Matéria e Energia é
simplesmente um modo de movimento vibratório, e já se estudam os fenômenos da Mente como
sendo fenômenos vibratórios. Se lembrarmos que o Primeiro Princípio Hermético é o Princípio do
Mentalismo - “Tudo é Mente, o Universo é Mental” - podemos concluir que a Mente se manifesta
através da vibração, desde a mais sutil e rápida, até a mais densa e lenta.
Outra coisa que a ciência nos ensina é que as vibrações são procedentes da temperatura ou
calor. Não importa se um objeto é quente ou frio, ao vibrar ele manifesta calor. O movimento
vibratório é circular, ou seja, gira em volta de um núcleo central. Assim é com o átomo e assim é
com os planetas. As moléculas das quais são compostas as espécies particulares da matéria se
encontram em constante vibração e movimento, umas ao redor das outras.
Nós já vimos um desenho ou representação do átomo, não é? E ele não é parecido com um
sistema solar? O Micro não é igual ao Macro? Aqui podemos então aplicar o Princípio da
Correspondência: “O que está em cima é como o que está em baixo”.
Portanto, podemos aplicar este princípio em nossa própria vibração energética, na vibração de
nossa mente e de nosso corpo físico.
A ciência moderna explica que a luz, o calor, o magnetismo e a eletricidade são formas de
movimento vibratório, provavelmente emanadas do éter. Mas ela ainda não consegue explicar o
princípio da coesão, ou seja, o princípio da atração molecular, e nem a afinidade química que é o
princípio da atração atômica. E nem ela explica o principio da gravitação que é o princípio de
atração pela qual uma partícula ou massa de matéria é atraída por outra partícula.
Agora podemos fazer uma analogia: se nós temos pensamentos negativos, nossa mente estará
emitindo sinais vibratórios negativos, então, que tipo de vibrações estaremos atraindo para nós?
Negativas, sem dúvida. Estamos cansados de ouvir isso, mas nossa mente continua a emitir
sinais de ódio, raiva, inveja, frustração, etc., etc. Todas elas são vibrações negativas. Na
realidade é bem fácil de comprovar este princípio: a guerra atrai a guerra, o ódio atrai o ódio e o
dinheiro atrai dinheiro, não é? Pois é, mas amor atrai amor, bondade atrai bondade, prosperidade
atrai prosperidade. Como fazer então para atrair tanta coisa boa para a nossa vida?
Penso que é muito difícil termos somente pensamentos e vibrações positivas “o tempo todo”!
Ninguém é de ferro e todos temos frustrações, limitações, medos. Eles são como mecanismos de
defesa que levantamos para nos defendermos das agressões do mundo exterior e esses
mecanismos são forjados já primeira infância, no ambiente onde fomos criados. O nosso Mapa
Astral indica onde e como, na fase lunar principalmente, preparamos as barricadas que irão nos
defender no futuro e das quais iremos atirar nossas ‘pedras’ contra as agressões exteriores.
Vimos que a vibração se propaga através do éter, e os ensinamentos dos ocultistas e das filosofias
orientais principalmente, nos ensinam a mudar e purificar essa substância, através de cerimônias:
externas, com velas, incensos e aromas, cores suaves, ambientes harmônicos e em contato com a
natureza; e internas, como meditações e vibrações de tranqüilidade, florais e aromaterapia,
alinhamentos de chakras, mantras, e orações. Mesmo a homeopatia funciona através deste princípio.
Os movimentos vibratórios mais rápidos sempre correspondem a energias mais sutis.
Vocês já viram uma roda ou um pião girando? Quando ele gira muito rápido ele parece até estar parado, mas
à medida que sua rotação diminui, podemos ver sua rotação, notar seu movimento. Da mesma forma
acontece com os sons: os sons mais agudos são dificilmente ouvidos por seres humanos, mas são
perceptíveis aos ouvidos de certos animais. A mesma coisa acontece com os graus ascendentes de
calor. Vocês sabem como funciona o forno de Microondas que vocês têm em casa? Já pararam para
pensar como ele esquenta? Com ondas que vibram de forma muito rápida!
Eu acredito piamente que o fenômeno chamado de Ressurreição de Cristo aconteceu por um
movimento de vibração: na realidade Jesus não “subiu” ao céu, mas desmaterializou-se pois seu
corpo vibrou tão rapidamente até se tornar tão sutil que foi transportado pelo éter e se confundiu
com ele, já que o próprio éter é o veiculo de manifestação do Espírito. Ele se tornou espírito ou
substância etérea. Sem matéria e portanto invisível.
O Hermetismo nos ensina que a manifestação de pensamento, raciocínio, vontade, desejo não é
nada mais que uma vibração manifestada: ela pode assim afetar a mente de outras pessoas! Por
esta razão devemos ter muita cautela com nossos pensamentos pois, mesmo involuntariamente,
estaremos espalhando vibrações similares àquelas que estão em nossa mente. Vibremos amor,
receberemos amor, vibremos harmonia e estaremos em harmonia.
Com esforço e vontade podemos mudar nossas vibrações negativas, compreendendo quão
poderoso é esse instrumento chamado de Mente: aplicar o Princípio da Vibração para atrair
prosperidade, paz, bem estar, harmonia requer domínio da mente e disposição mental.
Os Hermetistas, em seu estágio mais evoluído, tornam-se Magos, por ter adquirido o domínio das
Vibrações através da Vontade. A Arte da Transmutação Mental é chamada de Alquimia Mental.
Vamos terminar esse artigo com uma frase para reflexão:
“Aquele que compreende o Princípio da Vibração alcançou o Cetro do poder”.

Quarta Lei Hermética: O Princípio da Polaridade


Quando sento no computador para escrever mais um artigo para a comunidade Vidanova o faço sempre com
muito carinho e dedicação. É claro que ao transmitir um pouco do conhecimento que adquiri nesses anos de
estudo, minha intenção é compartilhá-lo com vocês todos. Assim, mais uma vez, nesse frio dia bem paulista,
vou tentar conversar um pouco com vocês, e hoje, para continuar nosso estudo sobre As Leis Herméticas, ou
Leis da Sabedoria, tentarei explicar o Principio da Polaridade que constitui a Quarta Lei Hermética.
Não devemos - porém - perder de vista as leis anteriormente explicadas porque uma é
decorrente da outra e o raciocínio deve ser contínuo e holístico para alcançar o TODO.
A Lei da Polaridade declara:
“Tudo é duplo, tudo tem dois pólos; tudo tem seu oposto; o semelhante e o dessemelhante são uma
só coisa; os opostos são idênticos em natureza, mas diferentes em graus; os extremos se tocam,
todas as verdades são meias-verdades; todos os paradoxos podem ser reconciliados” – O Caibalion
Esta lei transmite noções bastante variadas e complexas, mas todas elas facilmente compreensíveis e
verificáveis. Primeiramente devemos compreender que tudo o que é manifestado possui dois lados, dois
aspectos, dois pólos opostos com muitos graus de diferença entre os dois extremos. No hermetismo se
considera que a diferença entre coisas que se parecem diametralmente opostas é simplesmente uma questão
de graus de vibração (Ver a Lei da Vibração). Todos nós sabemos que, para que a eletricidade se manifeste,
ela precisa ter dois pólos, um negativo e o outro positivo. Assim é para a natureza, que se manifesta em
feminino e masculino, nos reinos animal e vegetal, e, creia-me, até no reino mineral. A escala de cores que é
perceptível aos nossos olhos é uma vibração em diferentes graus da emissão da luz, e suas manifestações vão
desde o violeta superior até o vermelho inferior. O termômetro marca os graus da temperatura, chamando-se o
pólo mais baixo de frio e o pólo mais elevado de calor. Entre estes dois pólos existem muitos graus de vibração
que nós oferecem a sensação de calor ou frio. Mas é interessante notar que não há uma demarcação absoluta
(mesmo se existe uma convenção que indica o 0º como linha de demarcação - e de congelamento - da água).
De fato, se para nós a sensação de frio pode ser sentida quando o termômetro alcança os 10º, para os
esquimós a mesma temperatura pode representar “Um quente dia de verão”, não é?
A Luz e a Obscuridade também são manifestações da mesma realidade com muitos graus entre elas.
A escala musical também, e também o ruído e o silêncio, o duro e o flexível, o doce e o amargo. No
plano mental podemos afirmar que o Amor e o Ódio são simplesmente manifestações de uma mesma
essência, pois são manifestações “diferentes em graus” de um mesmo sentimento.
Com este fato em mente, e sabendo que podemos aplicar o Princípio da Vibração, é possível
transmutar um estado mental de um plano inferior para um plano superior conforme as linhas de
Polarização. Elevando sua vibração na linha do medo, pode-se alcançar a coragem, e elevando sua
vibração na linha do sentimento, pode-se alcançar o amor universal. No plano físico também é
possível modificar o frio em calor, a inquietude em tranqüilidade, com algumas técnicas especiais que
foram desenvolvidas especialmente pelos orientais. Conheci pessoalmente um mestre Zen que podia
até mudar a freqüência cardíaca deixando pasmados os médicos ocidentais!
Podemos também acrescentar que podemos mudar a freqüência mental de outra pessoa através da Influência
Mental. Talvez seja dessa forma que age “O poder da oração” quando, mesmo a distância, pode curar uma
pessoa que desconhece completamente que existem outras pessoas que estão orando (E vibrando
positivamente) em seu favor. Dessa mesma forma pode se obter a cura física e mental através da
cromoterapia, por exemplo, pois sabemos que as cores são vibrações em diferentes graus. Uma inflamação
(que se manifesta no vermelho e tem analogia com o planeta Marte) pode ser curada com a imposição de uma
luz azul (mais fria e com vibração superior em graus), ou verde ou violeta, dependendo do órgão
atingido. Assim acontece na escala dos chakras onde sabemos que o vermelho tem correspondência com
o chakra básico (cuja vibração é inferior) e o violeta com o chakra coronário (cuja vibração é superior).
É claro que para induzirmos a nossa própria “mudança de vibração” precisamos de muito exercício,
estudo e meditação. E os resultados são obtidos tão lentamente que muitas vezes nos desanimam! É
difícil para uma pessoa naturalmente nervosa viver de forma tranqüila, retirando completamente a
ansiedade de seus pensamentos. Mas com as técnicas apropriadas isso pode ser conseguido, se não
completamente, pelo menos “Um grau por dia” até conseguir alcançar o resultado desejado.
O astrólogo usa essa lei de maneira específica quando analisa os trânsitos planetários (vibrações
planetárias atuantes sobre a pessoa num determinado momento e lugar) e pode indicar também
a forma mais adequada para “mudar de grau em grau” uma vibração negativa em positiva para
minimizar seus efeitos, se não for possível eliminá-los completamente.
Vejamos, por exemplo, como funciona a manifestação que chamamos de RAIVA:
O CAMINHO ENERGÉTICO DA RAIVA E SUAS MANIFESTAÇÕES
As Fúrias (eram assim chamadas na antiga Grécia) são frustrações guardadas interiormente no
nosso subconsciente e prontas para explodir e se manifestar.
No Mapa Natal são indicadas pelos aspectos dos seguintes planetas que influenciam o caráter da
pessoa e sua conseqüente manifestação:
Quente = Grau vibratório inferior: (Marte) = Explode de forma visceral, animal e verbal.
Fria = Grau vibratório intermediário: (Saturno) = esfriamento = implode em ressentimento.
Controla e inibe esta emoção, não a expressa e se torna mordaz. Há dor e bloqueio.
Mais Frio, Gelado = Grau vibratório superior: (Plutão) = gelado = cristalizado = torna-se ódio. É
destrutivo e incontrolável. Pode até provocar câncer. A sensação transmitida por Plutão é de medo e
terror. Ele representa o baú inconsciente onde guardamos a raiva, e seu caminho se manifesta
quando este planeta está em contato com a Lua e sobe à consciência quando em contato com o Sol.
A negação do sentimento de raiva (ódio-amor-frustração) serve de proteção contra o medo e abre o
mecanismo de defesa. Os pólos se manifestam em:
Poder Controle
Controle Entrega
Como você sente a manifestação dessa Lei em seu dia-a-dia? Já observou alguém liberar suas
“fúrias” e depois se acalmar aliviado pela explosão? O que você faz quando está com raiva?
Como você aplica a Lei da Polaridade?
Compartilhe conosco sua opinião e suas experiências.

Quinta Lei Hermética, a Lei do Ritmo. Ela nos ensina que:


“Tudo tem fluxo e refluxo; tudo tem suas marés; tudo sobe e desce; tudo se manifesta por
oscilações compensadas; a medida do movimento à direita é a medida do movimento à
esquerda; o ritmo é a compensação” - O Caibalion
Este princípio nos revela uma grande verdade: um movimento num sentido terá um outro movimento
proporcional no outro sentido. O principio do Ritmo está em relação direta com o princípio da Polaridade,
explicado na Quarta Lei Hermética. O ritmo se manifesta entre os dois pólos, de um lado para outro e seu
movimento oscilatório é sempre proporcional. Vocês já ouviram falar do Pendulo de Foucault? Esse enorme
pêndulo (uma esfera de cobre dependurada num fio, na experiência do físico francês Foucault e descrita no
romance homônimo do italiano Umberto Eco) foi dependurado na voluta de uma igreja e sua ponta inferior
desenhava um movimento oscilatório sobre uma base de areia: isso demonstrava claramente o movimento
rítmico do nosso globo terrestre. O Pêndulo Universal sempre está em movimento; ele vibra dia após dia,
para frente e para trás, num sentido do outono e inverno e no sentido inverso na primavera e
verão. E o principio do Ritmo é também compreendido e explicado pela ciência considerando-se
essa lei universal aplicada às coisas materiais.
Os hermetistas porém levam o princípio muito além, e conhecem as manifestações dessa Lei, não
somente nas coisas físicas, mas também nos estados emocionais e mentais do Homem. Isso explica a
sucessão de contínuas mudanças nas condições, estados e emoções que podemos observar em nós
mesmos. Se hoje nos encontramos num enorme estado de euforia, podemos esperar uma grande
depressão amanhã. Se um dia cometemos um exagero, qualquer que ele seja, no dia seguinte estaremos
sentindo o “resultado” desse exagero! Um enorme esforço, causa um enorme cansaço, etc. etc.
Analisando este princípio podemos compreender que ele se manifesta na criação e destruição dos
mundos, na elevação e queda de regimes políticos, no poder e destruição de ditadores e de nações
poderosas. Tudo tem fluxo e refluxo, seja no Macrocosmo que no Microcosmo. Na manifestação do
Espírito Puro que chamamos O TODO, existem a Efusão e a Infusão, ou a “Expiração e a Inspiração de
Brahma” como dizem os hindus. Os Universos são criados, se expandem até chegar no seu ponto
máximo, e depois que atingem sua maior força, se tornam massa inerte, esperando outro impulso para
começar novamente um novo ciclo, dessa vez no sentido inverso. Da mesma forma faz o ser humano que
ao nascer enche os pulmões de ar começando o eterno fluxo e refluxo da respiração. Este é um reflexo
instintivo, não comandado pelo cérebro, porque ele é submetido à Lei Natural do Ritmo.
Na nossa vida experimentamos períodos de “vacas gordas e de vacas magras”, de grandes
alegrias e grandes tristezas, de expansão e retração. Isso acontece em todos os campos físicos.
Mas como escapar dessa Lei implacável?
Os hermetistas conhecem a Lei do Ritmo e a neutralizam “no plano mental” para poder escapar à vibração
constante desse Pêndulo rítmico que se manifesta nos planos inferiores. Eles usam a Lei da Neutralização
para conseguir chegar a um estado de “não vibração”, de neutralidade. Esse é um estado mental que é
conseguido através de exercícios de meditação e harmonização, controle da respiração e outras técnicas.
A Ioga, por exemplo, nos oferece uma ótima ferramenta para alcançar essa harmonia, não realmente
neutralizando o ritmo, mas compreendendo seu fluxo e refluxo e controlando os estados alterados mais
importantes para procurar alcançar a harmonia. Mantendo a mente “acima” da vibração inferior (a vibração
mais grosseira), podemos neutralizar as forças negativas que nos influenciam. Para que isso ocorra é
necessário o uso da Vontade, do Equilíbrio e da Firmeza, e isso não se consegue num só dia! A
compreensão deste controle dará à pessoa uma ferramenta magnífica para poder neutralizar os efeitos
negativos dos ritmos emocionais extremos, levando ao domínio das emoções e a um conseqüente
equilíbrio interior. Desta forma alcançamos a tranqüilidade, a harmonia e a saúde, física e mental.
Sabemos que “a medida do movimento à direita é a medida do movimento à esquerda: o ritmo é a
compensação”. Vemos isso no movimento das marés, na mudança das estações, e em outros fenômenos
da natureza: um inverno rigoroso anuncia um verão ardente, uma árvore que dá muitos frutos num ano, no
ano seguinte não dará nenhum! A Lei do Ritmo é sempre seguida pela Lei da Compensação.
Podemos também continuar nossa reflexão falando da cadeia das encarnações. Os hermetistas
consideram que uma encarnação de sofrimento é seguida de uma encarnação de felicidades, ou seja,
o grau de sofrimento precedentemente experimentado será “compensado” pelo grau de alegrias da
encarnação subseqüente. E vice-versa. Podemos assim compreender melhor muitos acontecimentos
que seriam de outra forma difíceis de explicar e aceitar. Mas ao nos elevar espiritualmente no Plano
Superior, compreendendo espiritualmente os efeitos da Lei, podemos nós mesmos neutralizar sua
ação, com a Lei da Compensação. A Lei da Compensação está sempre em ação, esforçando-se para
balançar e contra-balançar o efeito do Ritmo e sempre virá no tempo certo, mesmo sendo
necessárias várias vidas para acionar o movimento de volta do Pêndulo.
O astrólogo hermetista pode aplicar a Lei do Ritmo para explicar os ciclos planetários (por exemplo, o ciclo
de sete anos do planeta Saturno) e também pode orientar o seu cliente a utilizar a Lei da Compensação
assimilando os princípios correspondentes ao signo oposto ao seu, de forma a neutralizar os aspectos
mais difíceis de seu próprio signo. Alcançar o TAO, ou a energia do Caminho do Meio é a meta principal.
Sexta Lei Hermética, a Lei de Causa e Efeito.
Essa Lei é também chamada de Lei do Carma.
A Lei diz:
“Toda Causa tem seu Efeito; todo o Efeito tem sua Causa; todas as coisas acontecem de acordo
com a Lei: o Acaso é simplesmente um nome dado a uma Lei não reconhecida. Existem muitos
planos de causalidade mas nenhum escapa à Lei”.
Este princípio hermético contém uma grande verdade que torna possível a compreensão de todas as leis
que regem o nosso Universo: ele explica que nada acontece por acaso, que não existe o “acaso”, e que
“acaso” é simplesmente um termo dado a um fenômeno existente e do qual não conhecemos a origem e
portanto não reconhecemos nele a Lei à qual se aplica. Este Princípio Hermético é um dos mais
polêmicos, pois também implica no fato de sermos responsáveis por todos os nossos atos. No entanto,
este princípio é aceito por todas as filosofias de pensamento, desde a antiguidade. Não reconhecer esta
Lei torna nulos os pensamentos filosóficos antigos ou atuais que subtraem os fenômenos do universo de
uma Ordem cósmica imutável. A ciência às vezes não “explica” um determinado fenômeno, pois não sabe
em que Lei ele se aplica, mas reconhece, no entanto, que “precisa” existir uma ordem para ele.
Não reconhecer a Lei de Causa e Efeito é como dizer que algo (qualquer coisa materializada e
existente) pode ser independente, pode ser subtraída de forma inexplicável desse universo
fenomenal, pode não ser submetido à Lei Universal.
Tal coisa seria então superior ao TODO? Ou seria o próprio TODO que se subtrairia a esta Lei? A existência de
tal coisa tornaria então sem efeito todas as Leis Naturais e mergulharia o universo na desordem e no caos.
Vocês imaginam o que aconteceria se de repente as galáxias, os sistemas solares, os planetas, tudo o que
existe se subtraísse de repente a esta Ordem Invisível e começasse a “enlouquecer”?
Mas vamos falar do ACASO. Esta palavra tem em sua raiz a palavra ‘cair’, (do latim ad-cado, verbo
cadere=cair) que dá a idéia de que um acontecimento fruto do acaso ‘cai’ de repente, assim do nada,
sem nexo nem ordem. É nesse sentido que normalmente empregamos este termo. Assim, podemos
dizer que se você jogar os dados ao ‘acaso’ eles caem de qualquer maneira, sem nexo nem ordem.
Mas sabemos que jogadores experientes (e mesmo matemáticos) conseguem prever com uma certa
lógica a seqüência na própria queda dos dados. Existe uma espécie de seqüência que faz que eles
caiam de uma determinada maneira. Difícil de se compreendida, mas existente. Então, não existe
acaso. Tudo obedece à Lei. Sempre há uma Causa e um Porquê para todos os acontecimentos.
Bem, mas no nosso caso, vamos examinar o que chamamos de Lei do Carma, à qual atribuímos todos
nossos males e que tanto nos faz sofrer, inutilmente. Muitas vezes escuto a pergunta: “Mas para que serve
a Lei de Causa e Efeito se a Causa acontece numa encarnação e o Efeito na outra? Não vou me lembrar
mesmo”! Bobagem! Nós lembramos, ou melhor, nosso espírito lembra. Nossa mente racional não quer
acreditar na intuição, intuição essa que é fruto da sugestão que o espírito nos transmite. E o espírito
SABE! Nós é que não escutamos! Nossa mente (que os cabalista chamam de Lúcifer pois ela nos trai com
seus pensamentos “racionais”) não quer dar ouvidos à nossa intuição, vinda do nosso EU INTERIOR.
Assim, nada acontece sem uma Causa, ou mesmo sem uma cadeia de causas. Nossos atos ordenam
a eventualidade dos futuros acontecimentos, assim como eles são o fruto dos acontecimentos
precedentes. “Nenhum evento cria outro; ele faz parte simplesmente de um elo precedente na grande
cadeia ordenada de eventos procedentes da energia criativa do TODO” (O Caibalion).
Vamos raciocinar, “nenhum evento cria outro” quer dizer que há uma continuidade em todos os acontecimentos
(anteriores e posteriores) mesmo não diretamente ligados a um determinado ato. Exemplo: Uma pedra cai de
um lugar montanhoso elevado e quebra o teto de uma cabana lá no vale. A principio podemos considerar este
acontecimento como um fato casual, mas podemos, com um pouco de raciocínio, perceber que ele é fruto de
uma cadeia de fatos: a chuva que amoleceu a terra, que deslocou a pedra, a falta de arvores para sustentar a
terra, a erosão, etc. etc. É uma “cadeia de acontecimentos” ou não?
Da mesma forma acontece na cadeia das encarnações. Não é absolutamente correto dizer que o que acontece
nesta encarnação é conseqüência da precedente! Não acontece tudo de forma tão direta! Inúmeras são as
variantes, mas todas se submetem à Lei. Esta é uma Verdade. Tudo tem um Propósito, lembram? E, de
qualquer maneira, nossos atos podem ser também subseqüentes a atos procedentes NESTA
MESMA ENCARNAÇÃO e não na precedente, não é mesmo? Sabemos que aprendemos com
nossos erros, pelo menos se formos um pouquinho inteligentes! E se cuidarmos para não
cometer erros nos livraremos de sofrimentos futuros.
Quando trabalhamos com consciência nossa encarnação atual nos tornamos mais atuantes quanto ao
nosso destino individual. O Conhecimento nos leva a atuarmos de forma direta, a nos tornarmos
responsáveis pelos nossos atos. Ao fazer uma análise de Mapa Astrológicos Cabalístico costumo dizer
aos meus clientes que devemos “sair” do Destino Coletivo” para ingressarmos no Destino Individual e, se
possível, desenvolvermos nossa Consciência Individual para no final, como o Cristo, o Buda e outros
Mestres, chegarmos a encontrar a Consciência Cósmica. Este é o Caminho, essa é a Senda. Quando
tomamos as rédeas de nosso destino, quando evoluímos de forma consciente, sem querer nos esquivar
das Leis Universais, estamos de alguma forma cumprindo o Propósito do Plano Superior.
Não quero me alongar sobre o assunto do Livre Arbítrio que entra em jogo quando falamos de evolução
cósmica consciente. Mas é um fato que, se cuidarmos de nossa palavras, de nossos atos e de nossos
pensamentos, se nos tornarmos Senhores de nosso Destino, podemos tomar as rédeas de nossa vida para não
nos tornar simples peões ou dados jogados ao acaso pela Lei de Causa e Efeito. Os Mestres não escapam à
Causalidade dos planos mais elevados, mas “concordam” com as Leis Superiores, as reconhecem e agem de
acordo, dominando assim as circunstâncias nos planos inferiores. Eles, os Mestres, conhecem as regras do
jogo e não procuram se esquivar (nem o Cristo se esquivou de seu martírio na cruz!) e se propõem a seguir o
Grande Plano sem fugir às conseqüências como simples instrumentos do TODO. Quando servimos o Plano
Superior podemos atuar e governar o Plano Inferior ou Material.
Quantas verdades estão contidas nessa Lei! Quantos questionamentos! Como vemos a aplicação dessa Lei em
nosso dia a dia? Como podemos atuar para nos adequar a esta Lei? Podemos melhorar nosso destino?

Sétima Lei Hermética, a Lei do Gênero.


Diz o Caibalion: “O Gênero está em tudo: tudo tem seus princípios Masculino e Feminino; o
gênero se manifesta em todos os planos da criação”.
Este princípio lembra e complementa a Lei da Polaridade, Quarta Lei Hermética. Ele nos explica que
tudo o que é manifestado na natureza está sujeito ao gênero, no seu sentido hermético. A palavra
Gênero é derivada da raiz latina “generare” que significa gerar, procriar, produzir. Assim podemos
compreender que, se esta Lei nos explica algo sobre o sexo, ela nos explica também toda a vida
orgânica do jeito que a conhecemos, mas também nos explica toda a manifestação criativa, ou seja,
relativa à criação. A base da matéria, como a ciência a conhece, também está sujeita a este princípio
hermético: ao estudarmos as combinações entre os corpúsculos, íons e elétrons, compreendemos
que para que uns girem em torno dos outros eles precisam ser de alguma forma de dois gêneros:
alguns negativos e outros positivos. Assim, o pólo negativo é identificado com o feminino e o positivo
é identificado com o masculino. O primeiro atrai e o segundo repele. É assim com os pólos terrestres.
Os termos positivos e negativos não podem ser entendidos de maneira errada: numa bateria elétrica o
pólo negativo é aquele que na realidade gera e produz as novas formas de energia. É importante salientar
que não devemos a princípio considerar que o “negativo” tenha um sentido pejorativo. Os termos “positivo
e negativo” nada têm de bom ou de ruim, pois sua manifestação é de igual necessidade para a criação.
Por essa razão os cientistas usam a palavra “catódico”, para que não aja um subentendido de “valor
negativo” nesta ação de gerar. O pólo catódico ou negativo é o Princípio Materno dos fenômenos elétricos
e das formas sutis da matéria, assim como o pólo negativo do sexo, o feminino, é o princípio gerador da
forma. O pólo negativo possui o impulso natural de buscar a união com o pólo positivo para poder criar
novas formas. Nenhum dos dois pólos é capaz de criar sem o outro. É de suas uniões e combinações que
se manifestam os diversos fenômenos da luz, do calor, da eletricidade, do magnetismo, da atração e
repulsão, da afinidade ou inversão química, e outros fenômenos semelhantes. Esta é a Lei. E ela pode e
deve ser aplicada ao sexo, ao gênero humano, mas não somente a ele.
O Gênero está em ação constante e se manifesta através da matéria inorgânica e através da matéria
orgânica. Através da Teoria Elétrica do Universo explicamos como as partículas se atraem e repelem
constantemente criando novos fenômenos da eletricidade. Da mesma forma que os princípios de
atração e repulsão não existem por si só, mas somente um em relação ao outro, podemos concluir
que o amor e o ódio também não podem existir um sem o outro. Várias são as formas de
manifestação dessas energias, mas elas são sempre duplas e complementares.
Vamos examinar como esta Lei Hermética funciona no Plano Mental. A antiga filosofia hermética
conhecia os fenômenos da “mente dual”. No princípio masculino da mente temos a mente
consciente, a mente voluntária, a mente ativa, ou seja, todas as manifestações mentais
relacionadas com o lado Yin da nossa atividade mental. No princípio feminino temos a mente
subjetiva, a mente subconsciente, a mente involuntária, a mente passiva, etc., ou seja, todas as
manifestações relacionadas com o lado Yang de nossa atividade mental.
Se considerarmos este princípio no plano mental, podemos deduzir que os pensamentos também
podem ser negativos ou positivos: sabemos que o cérebro possui dois lados, um mais positivo e ativo
e outro mais feminino e receptivo, e por esta razão precisamos mudar a polaridade de nossos
pensamentos para atrair as coisas que precisamos. Na realidade, vocês podem observar que a lei do
gênero faz com que o gênero feminino atraia o masculino, mas todos nós sabemos que não existe
feminino absoluto ou masculino absoluto. Dentro do feminino (Yin) existe uma pequena parcela de
masculino (Yang) e vice-versa. Assim, aquela pequena parcela de masculino contida no feminino irá
atrair o masculino por similaridade, ao mesmo tempo em que o feminino irá atrair o feminino pela
mesma razão. Em muitas manifestações orgânicas o masculino e o feminino existem, coabitam e se
manifestam ao mesmo tempo. No estudo da Cabala consideramos que cada Sefira possui ambas as
energias em manifestação, a negativa e a positiva, ou seja: uma sefira é negativa para a sefira
superior (ou anterior) e positiva para a sefira inferior (ou posterior), permitindo a atração e o fluir da
energia de uma para a outra. Sem este princípio não haveria manifestação em Malkuth, o Reino.
Vamos então considerar que no Plano Mental, (lembrem-se do Primeiro Princípio Hermético – link
ao final) podemos usar sempre essas duas forças: isto é, podemos aplicar a Lei do Gênero para
encontrar dentro de nós aquela parcela que está em menor quantidade, e através dela, atrair uma
energia similar. Este princípio é muito aplicado nas cerimônias mágicas e cabalísticas para
neutralizar as energias indesejadas e atrair as desejadas.
Vamos então começar a controlar nossos pensamentos, dirigindo-os conscientemente para as energias que
desejamos atrair em nosso dia a dia. Por outro lado, controlemos também as palavras, que nada mais são que
energia manifestada através do verbo e que exercem um poder de atração enorme através da Lei do Gênero.
Geann T.O.M

Conhecimento sem compromisso é apenas vaidade.

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