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Publicando desde 2013, a Editora C O N T E Ú D O 1ª E 2ª FASES
D’Plácido, que é especializada em Parte 1 – Estatuto da OAB e 4 Filosofia medieval: os ensina-
C O L E Ç Ã O
literatura jurídica, já conta com Código de Ética e Disciplina mentos de Santo Agostinho e
COLEÇÃO OAB
do Brasil
Em 2015, a Editora D’Plácido 6 Immanuel Kant: formalismo,
1
C O L E Ç Ã O 2019
ESTATUTO DA OAB,
CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA
E FILOSOFIA DO DIREITO
v o l u m e 1 0
3
Copyright © 2019, D’Plácido Editora. Editora D’Plácido
Copyright © 2019, Os autores. Av. Brasil, 1843, Savassi
Editor Chefe Belo Horizonte – MG
Plácido Arraes Tel.: 31 3261 2801
CEP 30140-007
Produtor Editorial
Tales Leon de Marco W W W. E D I TO R A D P L A C I D O. C O M . B R
Bibliografia.
ISBN: 978-85-60519-15-6
CDU340CDD340
Dedico a coautoria desta obra aos meus amados pais Cláudio Roberto
Brambilla e Silvia Ávila de Souza Brambilla (in memoriam). Não
tenho palavras para descrever o quanto os amo, nem mesmo o quanto os
amarei por todos os meus dias. Muito obrigado por cada esforço e cada
renúncia que tiveram para dar o melhor à nossa família.
Se eu puder ser aos meus futuros filhos apenas uma parcela do que
foram e são para mim, terei cumprido a minha missão como pai.
Dedico esta obra aos meus irmãos Gabriela e Guilherme, meus eternos
companheiros.
Também, dedico este trabalho à Melina Serrano, a mulher que amo.
Por fim, dedico esta obra aos queridos amigos e alunos da Toledo Pru-
dente Centro Universitário.
Pedro Augusto de S. Brambilla
Dedico esta obra, em primeiro lugar, a Deus. Muito obrigado, Pai, pela
força e saúde em toda a jornada.
Também, dedico esta obra às pessoas que mais amo neste mundo: meus
pais. Almir Mendes de Oliveira e Sandra Regina Antônio de Oliveira,
saibam que vocês são meus maiores amores.Vocês são a razão de minha
existência neste mundo. Muito obrigado por todo zelo, carinho e por
renunciarem seus sonhos para viverem os meus. Amo vocês e espero ser
para meus filhos aquilo que são para mim.
Dedico esta obra a minha família, na pessoa das matriarcas Maria
Enoe Costa e Maria Elias Antônio.
Aos meus tios, primos, muito obrigado! Um beijo especial para minhas
tias Sofia Antônio Brambilla,Yvete Rodrigues de Oliveira e minha
madrinha Yvonete Aparecida Costa de Oliveira, por sempre estarem
presentes em minha vida.
Não poderia trair minha consciência e não dedicar esta obra a dois
grandes amigos e exemplos de amor ao Direito, ética e profissionalismo.
Ao amigo, Daniel Colnago, muito obrigado: seu brilhantismo acadêmico
inspira a todos os alunos- inclusive a mim- que tive a honra de ter sido.
Também, meu abraço apertado ao meu amigo e ex-chefe: Cristiano
Lourenço Rodrigues.Tive a honra de ter sido seu estagiário na Procura-
doria do Trabalho em Presidente Prudente. Muito além de me ensinar
questões atinentes ao Direito, me passou inúmeras lições de ética, huma-
nidade e humildade. Sua generosidade e sensibilidade transformam este
grande homem em um personagem ímpar.
Sorte a minha de poder chama-los de amigos e colegas de trabalho, na
Toledo Prudente Centro Universitário.
Por fim, dedico esta obra aos queridos leitores e amigos: tenham fé, acre-
ditem nos sonhos de vocês e sigam em frente. Nós estamos com vocês!
João Victor M. Oliveira
Dedico esta obra aos meus pais, José e Geni, por sempre me apoiarem e
incentivarem em todos os meus projetos de vida.
Dedico, também, a minha amada esposa Shirlei pelo constante apoio e com-
preensão, e na confiança depositada nos meus ideais.
Por fim, dedico esta obra também aos futuros operadores do direito, que
vislumbram alcançar a tão almejada justiça social.
Afetuosamente,
José Adriano Ramos
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar, agradeço a Deus por ser Ele a luz na escuridão das
incertezas. Ao Pai, toda honra e glória.
Agradeço também a Ele por ter me dado a oportunidade de ser filho
de duas pessoas que tanto amo: Almir Mendes de Oliveira e Sandra Regina
Antônio de Oliveira, vocês são a razão de minhas lutas e sonhos. Amo vocês
Ao querido amigo e parceiro neste sonho, Pedro Brambilla. É uma honra
ser chamado de coautor, meu amigo- afinal- o grande mérito é seu.
Agradeço imensamente à minha família pela compreensão em razão
das minhas ausências: o motivo está nesta coleção, que a partir de agora se
perpetuará!
Mando um caloroso abraço ao meu querido professor, amigo e coordena-
dor do curso de Direito do Centro Universitário Antônio Eufrásio de Toledo,
professor doutor Sérgio Tibiriçá Amaral. Querido mestre, muito obrigado
por lá atrás ter confiado em meu trabalho e em minha pessoa. Sem você nada
disso seria possível!
Estendo um caloroso abraço aos amigos de escritório, “Madrid Advoga-
dos Associados”, em especial ao nosso fundador, meu querido amigo Marco
Antônio Madrid: obrigado pelas inúmeras lições e por seu exemplo enquanto
ser humano e causídico. Também, estendo meus sinceros e fraternos abraços
ao meu amigo, Dr. Rodrigo de Souza Gonçalves, atual presidente da 120ª
Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil, em Presidente Epitácio. Tenho
em você um exemplo de honestidade e irmandade. Um abraço fraterno ao
meu amigo Vitor Hg Mussi, pela sua camaradagem e empenho!
Não podia esquecer de agradecer meus amigos e sócios do “Epitácio
Aprova”: Leonardo Trombeta e Vinicius Vilela: muito obrigado por dividirem
este sonho comigo. Continuaremos firme em nosso propósito e amor ao Direito.
Por fim, direciono meus agradecimentos a você, querido leitor e estu-
dante de Direito. O grande patrono da advocacia brasileira, Rui Barbosa, tem
uma frase monumental e que ilustra bem este momento final da faculdade e a
preparação para o exame de Ordem. Assim ensina o grande causídico: “Maior
que a tristeza de não haver vencido é a vergonha de não ter lutado”.
Lembrem-se, a nossa existência neste mundo é movida a sonhos e de-
safios. E mais, para tudo existe um tempo. Portanto, se dediquem, estudem e
acreditem nas forças do tempo e nas obras do Pai: a sua aprovação vai chegar!
O grande velejador brasileiro, Amyr Klink, em sua obra “Cem dias entre
céu e mar” traz uma frase épica que diz: “Nesta vida, o maior naufrágio é
não partir”. Portanto, não tenham medo de crescer, tenham medo de ficarem
parados, pois a vida é movida a sonhos e nós acreditamos em vocês. Portanto,
corram na direção dos sonhos de vocês e não tenham medo da felicidade!
O estudo é lento, solitário, mas seus resultados são belos, doces. Portanto,
acreditem: o melhor está por vir.
Por fim, agradeço a confiança da Editora D’Plácido e dos colegas orga-
nizadores Rafael de Lazari e Emerson Borges Oliveira: foi um imenso prazer
trabalhar com vocês, meus amigos!
Com carinho,
Agradeço aos meus pais, José e Geni, por sempre me apoiarem e incen-
tivarem em todos os meus projetos de vida.
Agradeço, também, a minha esposa Shirlei pelo constante apoio e com-
preensão, e na confiança depositada nos meus ideais.
Afetuosamente,
ESTAT U TO
DA OA B E C Ó D I G O D E É T I CA E D I S C I P l i N A
J o s é Ad r i a n o Ra m o s
PA RT E 1
T EO R I A E Q U ESTÕ ES C O M E N TA DAS
PA RT E 2
C Ó D I G O D E É T I CA E D I S C I P L I N A DA OA B
CA P Í T U LO 1 CA P Í T U LO 2
DA É T I CA D O A DVO G A D O 91 D O P R O C ES S O D I S C I P L I N A R 1 1 1
F i l o s o f i a d o D i re i to
P e d ro Au g u s to d e S o u z a B ra m b i l l a
J o ã o V i c to r M e n d e s d e O l i v e i ra
CA P Í T U LO 1 CA P Í T U LO 3
F I LO S O F I A D O D I R E I TO – C O N - A R I STÓT E L ES E AS AC E P Ç Õ ES
C E I TO S E AS P ECTO S G E RA I S 175 S O B R E A J U ST I ÇA 195
CA P Í T U LO 2 CA P Í T U LO 4
U M P O U C O D O S C L ÁS S I C O S : O S F I LO S O F I A M E D I E VA L : O S E N S I -
E N S I N A M E N TO S D E S Ó C RAT ES N A M E N TO S D E S A N TO AG O ST I -
E P L ATÃO 185 N H O E S ÃO TO M ÁS
D E AQ U I N O 2 07
2.1. Sócrates e a vida virtuosa: Justiça
como princípio de virtude 185 4.1. Agostinho de Hipona
2.2. Platão: Teoria das ideias (354-430 d.C.) 207
e projeto político 188 4.2. São Tomás de Aquino
2.3. Questões de aplicação 191 (1255 – 1274 d.C.) 211
2.4. Gabarito comentado 192 4.3. Questões de aplicação 215
CA P Í T U LO 5 8.2.1. Antinomias reais e aparentes:
T H O M AS H O B B ES , J O H N LO C K E critérios de solução 260
E J E A N J AC Q U ES R O U S S E AU 2 1 9 8.2.2. Conflito e insuficiência
5.1. Thomas Hobbes 219 dos critérios 261
5.2. John Locke 222 8.3. O problema das lacunas 262
5.3. Jean Jacques Rousseau 225 8.3.1. Lacunas reais e lacunas
ideológicas 263
5.4. Questões de aplicação
do conteúdo 229 8.3.2. Critérios de solução 264
5.5. Gabarito comentado 230 8.4. Questões de aplicação 265
8.5. Gabarito comentado 267
CA P Í T U LO 6
I M M A N U E L K A N T: FO R M A L I S M O , CA P Í T U LO 9
D I G N I DA D E E O D I R E I TO 233 M I G U E L R E A L E E A T EO R I A T R I -
D I M E N S I O N A L D O D I R E I TO 2 6 9
6.1. Kant e a teoria do
conhecimento 233 9.1. Críticas às teorias reducionistas 269
6.2. Moralidade 235 9.2. Teoria tridimensional do direito270
6.3. Dignidade 237 9.3. Da verificação da tridimensionali-
6.4. Kant e o Direito 239 dade na criação, no desenvolvimento
6.5. Questões de aplicação: 241 e na aplicação do direito 273
6.6. Gabarito comentado 243 9.4. Questões de aplicação
do conteúdo 275
CA P Í T U LO 7 9.5. Gabarito Comentado 276
H A N S K E L S E N E A T EO R I A
P U RA D O D I R E I TO 245 CA P Í T U LO 1 0
A T EO R I A DA J U ST I ÇA
7.1. Do direito como objeto D E J O H N RAW L S 279
da ciência jurídica 245
7.2. Os planos do ser e do dever ser 246 10.1. A Justiça como equidade 279
7.3. Norma jurídica: hierarquia, 10.2. Os dois princípios da justiça 283
validade e eficácia 248 10.3. Questões de aplicação 286
7.4. Interpretação e decisão judicial 251 10.4. Gabarito comentado 288
7.5. Direito e justiça 252
CA P Í T U LO 1 1
7.6. Questões de aplicação
J U R G E N H A B E R M AS E A T EO R I A
do conteúdo 253 D O AG I R C O M U N I CAT I VO 291
7.7. Gabarito comentado 254
11.1. A teoria do agir comunicativo 291
CA P Í T U LO 8 11.2. O Estado democrático de direitos
N O R B E RTO B O B B I O E A T EO R I A à luz da teoria do agir
D O O R D E N A M E N TO comunicativo 293
JURÍDICO257
11.3. De um necessário espaço de livre
8.1. A teoria do ordenamento fala para compreensão e formação
jurídico 257 do Direito 295
8.2. O problema das antinomias 260 11.4. Questões de aplicação 297
11.5. Gabarito comentado: 298
CA P Í T U LO 1 2
H E R B E RT H A RT E O C O N C E I TO
D E D I R E I TO 299
CA P Í T U LO 1 3
R O N A L D DWO R K I N : H A R D CA-
S ES E A T EO R I A D O S
PRINCÍPIOS309
R E F E R Ê N C I AS 3 1 5
E S T A T U T O
D A O A B E
C Ó D I G O D E
É T I C A E
D I S C I P L I N A
J o s é A d r i a n o R a m o s
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PA R T E 1
E S TAT U T O D A O A B – T E O R I A
E Q U E S T Õ E S C O M E N TA D A S
L e i n º 8 . 9 0 6 / 9 4
1
DA ADVOCACIA
1. DA ATIVIDADE DA ADVOCACIA
Art. 1º São atividades privativas de advocacia:
I - a postulação a qualquer órgão do Poder Judiciário e aos
juizados especiais; (Vide ADIN 1.127-8)
II - as atividades de consultoria, assessoria e direção jurídicas.
§ 1º Não se inclui na atividade privativa de advocacia a impe-
tração de habeas corpus em qualquer instância ou tribunal.
§ 2º Os atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas,
sob pena de nulidade, só podem ser admitidos a registro, nos
órgãos competentes, quando visados por advogados.
§ 3º É vedada a divulgação de advocacia em conjunto com outra
atividade.
Art. 2º O advogado é indispensável à administração da justiça.
§ 1º No seu ministério privado, o advogado presta serviço público
e exerce função social.
§ 2º No processo judicial, o advogado contribui, na postulação de
decisão favorável ao seu constituinte, ao convencimento do julgador,
e seus atos constituem múnus público.
§ 3º No exercício da profissão, o advogado é inviolável por seus
atos e manifestações, nos limites desta lei.
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AT E N Ç Ã O : D e v e - s e o b s e r v a r q u e e s s e d i s p o s i t i v o t e m a p l i -
cação ao advogado no exercício da profissão e nos limi-
tes da lei (norma constitucional de eficácia contida !!!!!).
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da Advocacia-Geral da União, da Procuradoria da Fazenda Na-
cional, da Defensoria Pública e das Procuradorias e Consultorias
Jurídicas dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das
respectivas entidades de administração indireta e fundacional.
§ 2º O estagiário de advocacia, regularmente inscrito, pode
praticar os atos previstos no art. 1º, na forma do regimento
geral, em conjunto com advogado e sob responsabilidade deste.
Art. 4º São nulos os atos privativos de advogado praticados
por pessoa não inscrita na OAB, sem prejuízo das sanções
civis, penais e administrativas.
Parágrafo único. São também “nulos” os atos praticados por
advogado impedido - no âmbito do impedimento - suspenso,
licenciado ou que passar a exercer atividade incompatível
com a advocacia.
Art. 5º O advogado postula, em juízo ou fora dele, fazendo
prova do mandato.
§ 1º O advogado, afirmando urgência, pode atuar sem procu-
ração, obrigando-se a apresentá-la no prazo de quinze dias,
prorrogável por igual período.
§ 2º A procuração para o foro em geral habilita o advogado
a praticar todos os atos judiciais, em qualquer juízo ou ins-
tância, salvo os que exijam poderes especiais.
§ 3º O advogado que renunciar ao mandato continuará, durante
os dez dias seguintes à notificação da renúncia, a representar o
mandante, salvo se for substituído antes do término desse prazo.
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mandato, comprometendo-se em apresentá-lo no prazo de 15 dias, prorro-
gáveis pelo mesmo período (NCPC, art. 104). O advogado que, renunciar ao
mandato, continuará a representar o mandante pelo prazo de 10 dias, salvo se
substituído (NCPC, art. 112).
A procuração para o foro em geral (procuração “ad judicia”) permite ao
advogado a prática de todos os atos judiciais, exceto os que exigirem poderes
especiais (ex.: transigir, renunciar, etc.).
AT E N Ç ÃO : o s a t o s e c o n t r a t o s c o n s t i t u t i v o s d e p e s s o a s j u r í -
dicas, sob pena de nulidade, só podem ser admitidos, a re -
gistro, nos órgãos competentes, quando visados por advo-
gado. Não haverá necessidade para as “microempresas” e
“empresas de pequeno porte” (Lei complementar nº 124).
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Conselhos Seccionais onde passar a exercer habitualmente sua profissão (mais
de cinco causas por ano !!!!).
I M P O R TA N T E : e s t e d i s p o s i t i v o d e v e s e r i n t e r p r e t a -
do de forma sistemática com o artigo 10 deste Estatuto.
C U I DA D O : s e o c r i m e n ã o t i v e r re l a ç ã o c o m o e xe rc í c i o p ro f i s -
s i o n a l , o a d v o g a d o n ã o t e m o d i re i t o d a p re s e n ç a d e u m re p re -
s e n t a n t e d a OA B p a r a a l a v r a t u r a d o re s p e c t i v o a u t o d e p r i s ã o .
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comodidades condignas, assim reconhecidas pela OAB, e, na
sua falta, em prisão domiciliar; (Vide ADIN 1.127-8)
I M P O R TA N T E : P a r a o S T F, s a l a d e E s t a d o m a i o r é q u a l q u e r
s a l a d a s i n s t a l a ç õ e s d a s Fo rç a s A r m a d a s ( E xé rc i t o , M a r i n h a e
A e ro n á u t i c a ) o u d a s Fo rç a s a u x i l i a re s ( P o l í c i a M i l i t a r o u c o r-
p o d e b o m b e i ro s ) . N ã o s e e x i g e , e m r a z ã o d a d e c l a r a ç ã o d e
inconstitucionalidade da expressão em tela, que a acomo -
d a ç ã o d e E s t a d o M a i o r s e j a re c o n h e c i d a c o m o t a l p e l a OA B .
a) Exercício da profissão;
b) Flagrante delito;
c) Crime inafiançável;
d) Ter a presença de um representante da O.A.B.
I M P O R TA N T E : A O . A . B . d e v e d e s i g n a r r e p r e s e n t a n t e p a r a
acompanhar os inquéritos policiais ou processos crimi-
nais nos quais o advogado figure como indiciado ou réu e
digam respeito ao exercício da profissão (art. 16 do EOAB).
VI - ingressar livremente:
a) nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos cancelos
que separam a parte reservada aos magistrados;
b) nas salas e dependências de audiências, secretarias, car-
tórios, ofícios de justiça, serviços notariais e de registro, e,
no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora de ex-
pediente e independentemente da presença de seus titulares;
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c) em qualquer edifício ou recinto em que funcione reparti-
ção judicial ou outro serviço público onde o advogado deva
praticar ato ou colher prova ou informação útil ao exercício
da atividade profissional, dentro do expediente ou fora dele,
e ser atendido, desde que se ache presente qualquer servidor
ou empregado;
d) em qualquer assembléia ou reunião de que participe ou
possa participar o seu cliente, ou perante a qual este deva
comparecer, desde que munido de poderes especiais;
29
XV - ter vista dos processos judiciais ou administrativos de
qualquer natureza, em cartório ou na repartição competente,
ou retirá-los pelos prazos legais;
XVI - retirar autos de processos findos, mesmo sem procu-
ração, pelo prazo de dez dias;
I M P O R TA N T E : s e o p r o c e s s o c o n t i v e r “ d o c u m e n t o d e d i -
f í c i l r e s t a u r a ç ã o ”, o j u i z p o d e r á p r o i b i r s u a c a r g a . A s r e -
g r a s q u a n t o a o d i re i t o d e v i s t a s ã o m a n t i d o s n e s t a h i p ó t e s e .
I M P O RTA N T E : a s ú m u l a v i n c u l a n te n º 1 4 e s t a b e l e c e q u e “é d i re i to
d o d e fe n s o r, n o i n t e re s s e d o re p re s e n t a d o , t e r a c e s s o a m p l o
a o s e l e m e n to s d e p rova q u e , j á d o c u m e n t a d o s e m p ro c e d i m e n to
i n v e s t i g a t ó r i o re a l i z a d o p o r ó rg ã o c o m c o m p e t ê n c i a d e p o l í c i a
j u d i c i á r i a , d i g a m r e s p e i t o a o e x e r c í c i o d o d i r e i t o d e d e f e s a ”.
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XVII - ser publicamente desagravado, quando ofendido no
exercício da profissão ou em razão dela;
XVIII - usar os símbolos privativos da profissão de advogado;
XIX - recusar-se a depor como testemunha em processo no
qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado
com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando
autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre
fato que constitua sigilo profissional;
XX - retirar-se do recinto onde se encontre aguardando
pregão para ato judicial, após trinta minutos do horário
designado e ao qual ainda não tenha comparecido a au-
toridade que deva presidir a ele, mediante comunicação
protocolizada em juízo.
XXI - assistir a seus clientes investigados durante a apuração
de infrações, sob pena de nulidade absoluta do respectivo in-
terrogatório ou depoimento e, subsequentemente, de todos os
elementos investigatórios e probatórios dele decorrentes ou
derivados, direta ou indiretamente, podendo, inclusive, no curso
da respectiva apuração: (Incluído pela Lei nº 13.245, de 2016)
a) apresentar razões e quesitos; (Incluído pela Lei nº 13.245,
de 2016)
b) (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.245, de 2016)
§ 1º Não se aplica o disposto nos incisos XV e XVI:
1) aos processos sob regime de segredo de justiça;
2) quando existirem nos autos documentos originais de
difícil restauração ou ocorrer circunstância relevante que
justifique a permanência dos autos no cartório, secretaria
ou repartição, reconhecida pela autoridade em despacho
motivado, proferido de ofício, mediante representação ou a
requerimento da parte interessada;
3) até o encerramento do processo, ao advogado que houver
deixado de devolver os respectivos autos no prazo legal, e só
o fizer depois de intimado.
§ 2º O advogado tem imunidade profissional, não constituindo
injúria, difamação ou desacato puníveis qualquer manifestação
de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora
dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB,
pelos excessos que cometer. (Vide ADIN 1.127-8)
I M P O R TA N T E : o a d v o g a d o r e s p o n d e r á , n o e n t a n t o , p e r a n t e
à O.A.B., pelos excessos que cometer (disciplinarmente !!!).
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§ 3º O advogado somente poderá ser preso em flagrante, por mo-
tivo de exercício da profissão, em caso de crime inafiançável,
observado o disposto no inciso IV deste artigo.
§ 4º O Poder Judiciário e o Poder Executivo devem instalar, em
todos os juizados, fóruns, tribunais, delegacias de polícia e presídios,
salas especiais permanentes para os advogados, com uso e controle
assegurados à OAB. (Vide ADIN 1.127-8)
§ 5º No caso de ofensa a inscrito na OAB, no exercício da
profissão ou de cargo ou função de órgão da OAB, o conselho
competente deve promover o desagravo público do ofendi-
do, sem prejuízo da responsabilidade criminal em que
incorrer o infrator.
§ 6o Presentes indícios de autoria e materialidade da prática
de crime por parte de advogado, a autoridade judiciária
competente poderá decretar a quebra da inviolabilidade
de que trata o inciso II do caput deste artigo, em deci-
são motivada, expedindo mandado de busca e apreensão,
específico e pormenorizado, a ser cumprido na presença
de representante da OAB, sendo, em qualquer hipótese,
vedada a utilização dos documentos, das mídias e dos
objetos pertencentes a clientes do advogado averiguado,
bem como dos demais instrumentos de trabalho que
contenham informações sobre clientes. (Incluído pela Lei
nº 11.767, de 2008)
§ 7o A ressalva constante do § 6o deste artigo não se estende
a clientes do advogado averiguado que estejam sendo for-
malmente investigados como seus partícipes ou co-autores
pela prática do mesmo crime que deu causa à quebra da
inviolabilidade. (Incluído pela Lei nº 11.767, de 2008)
C U I D A D O : s o m e n t e a a u t o r i d a d e j u d i c i á r i a p o d e r á d e t e r-
minar a quebra da inviolabilidade profissional do advogado.
I M P O R TA N T E : a q u e b r a d a i n v i o l a b i l i d a d e p o d e r á a b r a n g e r
também os documentos de cliente do advogado que sejam
c o - a u t o re s o u p a r t í c i p e s e m c r i m e a e l e ( a d v o g a d o ) a t r i b u í d o .
32
Em síntese, são cinco os pressupostos para que seja juridicamente possível
a quebra da inviolabilidade do advogado:
1) Ordem judicial;
2) Determinada por juiz competente;
3) Objeto delimitado;
4) Decisão fundamentada; e
5) Comunicação prévia à OAB.
AT E N ÇÃO : N o q u e c o n c e r n e à i nv i o l a b i l i d a d e d o e s c r i tó r i o d o a d -
vo g a d o , i m p o r t a d e s t a c a r q u e , a te o r d a Le i n º 1 1 .7 6 7/0 8 , n ã o p o -
d e rã o s e r u t i l i z a d o s o s d o c u m e nto s , a s m í d i a s e o s o b j eto s p e r te n -
c e n t e s a s e u s c l i e n t e s , e m r a z ã o d o s i g i l o p ro f i s s i o n a l , exc e t o o s
re l a t i vo s a o s c l i e n te s d o a d vo g a d o q u e s e j a m c o a u to re s o u p a r t í -
c i p e s p e l o m e s m o c r i m e q u e d e u a zo à q u e b r a d a i nv i o l a b i l i d a d e .
33
• diligências em andamento;
• ainda não documentados nos autos; e
• risco de comprometimento da eficácia da diligência.
3. DA INSCRIÇÃO
Para que a pessoa seja qualificada como advogado (a), e possa exercer os
direitos e prerrogativas inerentes à profissão, não basta ser bacharel e Direito
e ter sido aprovado no Exame de Ordem. Necessário se faz, também, que
preencha sete requisitos cumulativamente. São requisitos para a inscrição nos
quadros da OAB:
34
Art. 8º Para inscrição como advogado é necessário:
I) capacidade civil;
A capacidade civil consiste na aptidão jurídica da pessoa natural contrair
direitos e obrigações na esfera civil. O Código Civil dispõe acerca da capaci-
dade civil em seus artigos 1º a 5º.
II) diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição
de ensino oficialmente autorizada e credenciada;
O candidato à inscrição nos quadros da OAB deve apresentar seu Diplo-
ma de colação de grau em Direito em instituição de ensino oficial, autorizada
ou credenciada no Ministério da Educação.
Poderá apresentar, ainda, na falta do diploma, a Certidão de Colação de Grau,
que deverá estar acompanhada de Histórico Escolar autenticado (exigência constante
no artigo 23 do Regulamento da ordem dos Advogados do Brasil (REGOAB).
Os estrangeiros podem exercer a advocacia no Brasil. A figura do es-
trangeiro que pretende exercer a advocacia no Brasil não se confunde com a
figura do “advogado ou sociedade de advogados estrangeiros” que pretendam
exercer a advocacia em nosso país.
O advogado estrangeiro, por sua vez, pode exercer a atividade no Brasil,
desde que observadas as restrições constantes no provimento nº 91/2000 do
Conselho Federal.
I M P O RTA N T E : p o r ó bv i o e s te re q u i s i to n ã o s e a p l i c a a o e s t ra n g e i ro .
35
O Exame de Ordem tem por finalidade precípua a aferição de conheci-
mentos jurídicos mínimos do candidato para o exercício d advocacia.
Não se exige a graduação em direito para que a pessoa preste o exame.
Todavia, se não for bacharel em direito, mesmo que aprovada no exame, não
poderá se inscrever por ausência deste requisito.
I M P O R TA N T E : o C o n s e l h o S e c c i o n a l é u m ó rg ã o d a OA B e t e m
sua estrutura e funcionamento disciplinado pelos artigo 56 e
s s . d o E OA B . C a d a E s t a d o - m e m b ro t e m u m C o n s e l h o S e c c i o n a l .
36
A legislação não define o que seja crime infamante. Possui, destarte, um
conceito indeterminado ou aberto, exigindo uma interpretação casuística para
a adequação do fato ao seu conceito.
Já entendeu o Conselho Federal da OAB que crime infamante é aquele
que denigre a imagem do advogado e da advocacia no contexto social. (OAB
Federal, Recurso 2007.08.02752-05).
Em outros termos, crime infamante é aquele que tem potencial de ofender
a honra dos advogados e advocacia como um todo. Não se valora a gravidade
do crime por si só, mas a sua gravidade em relação a moral dos advogados.
VII) prestar compromisso perante o conselho.
Por derradeiro, deve o candidato prestar compromisso perante o Conselho
Seccional respectivo. Trata-se de solenidade pública.
O artigo 20 do REGOAB descreve o compromisso a ser firmado pelo
candidato (sugiro uma breve leitura desse artigo).
AT E N Ç Ã O : o s p a r á g r a f o s 3 º e 4 º j á f o r a m a n a l i s a -
dos conjuntamente com o inciso VI (Idoneidade moral).
37
À exceção do diploma ou certidão de graduação e da aprovação no
exame de ordem (inciso II e IV), deverá o estudante comprovar todos os
demais requisitos descritos no artigo 8º para se inscrever na condição de
estagiário.
II) ter sido admitido em estágio profissional de advocacia.
Além dos requisitos supra descritos, deve o estudante comprovar que fora
admitido em estágio profissional.
§ 1º O estágio profissional de advocacia, com duração de dois
anos, realizado nos últimos anos do curso jurídico, pode
ser mantido pelas respectivas instituições de ensino superior
pelos Conselhos da OAB, ou por setores, órgãos jurídicos
e escritórios de advocacia credenciados pela OAB, sendo
obrigatório o estudo deste Estatuto e do Código de Ética
e Disciplina.
O estágio terá a duração máxima de dois anos e deve ser realizado nos
últimos anos do curso.
Exige-se que o estágio se dê em órgãos jurídicos ou escritórios de ad-
vocacia credenciados pela OAB.
O estágio pode ser também realizado na própria instituição de ensino,
nos denominados Núcleos de Prática. Depende, também, de aval do Conselho
Seccional.
I M P O R TA N T E : é o b r i g a t ó r i o d u r a n t e o e s t á g i o o e s t u -
do do Estatuto da OAB e do Código de Ética e Disciplina.
38
CUIDADO: Além do estudante, o bacharel em Direito tam-
b é m p o d e s e i n s c re v e r n o s q u a d ro s d a OA B c o m o e s t a g i á r i o .
I M P O R TA N T E : a i n s c r i ç ã o p r i n c i p a l p o d e r á s e r r e q u e r i -
da em seccional diversa daquela em que o candidato pres-
tou o exame, pois este tem abrangência e caráter nacional.
39
Se houver vício ou ilegalidade na inscrição principal e existir pedido de
transferência ou de inscrição suplementar, o Conselho Seccional deve “sus-
pender” a transferência e comunicar o Conselho Federal (Atenção !!!!!!!).
Art. 11. Cancela-se a inscrição do profissional que:
I - assim o requerer;
II - sofrer penalidade de exclusão;
III - falecer;
IV - passar a exercer, em caráter definitivo, atividade incom-
patível com a advocacia;
V - perder qualquer um dos requisitos necessários para
inscrição.
I M P O R TA N T E : p a r a q u e b a c h a re l o b t e n h a n o v a m e n t e s u a i n s -
crição não é necessário que realize novo exame de ordem.
I M P O R TA N T E : s e o a d v o g a d o p a s s a a e xe rc e r, e m c a r á t e r d e -
finitivo, atividade incompatível com a advocacia, a hipótese
s e r á d e c a n c e l a m e n t o ; t o d a v i a , s e o e x e rc í c i o d e t a l a t i v i d a -
d e fo r m e r a m e n t e t e m p o r á r i a , s e r á o c a s o d e l i c e n c i a m e n t o .
40
Art. 13. O documento de identidade profissional, na forma
prevista no regulamento geral, é de uso obrigatório no exer-
cício da atividade de advogado ou de estagiário e constitui
prova de identidade civil para todos os fins legais.
4. DA SOCIEDADE DE ADVOGADOS
Art. 15. Os advogados podem reunir-se em sociedade simples
de prestação de serviços de advocacia ou constituir sociedade
unipessoal de advocacia, na forma disciplinada nesta Lei e no
regulamento geral. (Redação dada pela Lei nº 13.247, de 2016)
41
§ 4o Nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade
de advogados, constituir mais de uma sociedade unipessoal
de advocacia, ou integrar, simultaneamente, uma sociedade
de advogados e uma sociedade unipessoal de advocacia, com
sede ou filial na mesma área territorial do respectivo Con-
selho Seccional. (Redação dada pela Lei nº 13.247, de 2016)
§ 5o O ato de constituição de filial deve ser averbado no re-
gistro da sociedade e arquivado no Conselho Seccional onde
se instalar, ficando os sócios, inclusive o titular da sociedade
unipessoal de advocacia, obrigados à inscrição suplementar.
(Redação dada pela Lei nº 13.247, de 2016)
§ 6º Os advogados sócios de uma mesma sociedade profissional
não podem representar em juízo clientes de interesses opostos.
§ 7o A sociedade unipessoal de advocacia pode resultar da
concentração por um advogado das quotas de uma sociedade
de advogados, independentemente das razões que motivaram
tal concentração. (Incluído pela Lei nº 13.247, de 2016)
Art. 16. Não são admitidas a registro nem podem funcionar
todas as espécies de sociedades de advogados que apresen-
tem forma ou características de sociedade empresária, que
adotem denominação de fantasia, que realizem atividades
estranhas à advocacia, que incluam como sócio ou titular de
sociedade unipessoal de advocacia pessoa não inscrita como
advogado ou totalmente proibida de advogar. (Redação dada
pela Lei nº 13.247, de 2016)
§ 1º A razão social deve ter, obrigatoriamente, o nome de, pelo menos,
um advogado responsável pela sociedade, podendo permanecer o de
sócio falecido, desde que prevista tal possibilidade no ato constitutivo.
§ 2º O licenciamento do sócio para exercer atividade incompatível
com a advocacia em caráter temporário deve ser averbado no registro
da sociedade, não alterando sua constituição.
§ 3º É proibido o registro, nos cartórios de registro civil de
pessoas jurídicas e nas juntas comerciais, de sociedade que
inclua, entre outras finalidades, a atividade de advocacia.
§ 4o A denominação da sociedade unipessoal de advocacia
deve ser obrigatoriamente formada pelo nome do seu titular,
completo ou parcial, com a expressão ‘Sociedade Individual
de Advocacia’. (Incluído pela Lei nº 13.247, de 2016)
Art. 17. Além da sociedade, o sócio e o titular da sociedade indi-
vidual de advocacia respondem subsidiária e ilimitadamente pelos
danos causados aos clientes por ação ou omissão no exercício
da advocacia, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar em
que possam incorrer. (Redação dada pela Lei nº 13.247, de 2016)
42
C U I D A D O : n ã o d e v e s e r f e i t o o r e g i s t r o n a s J u n t a s C o m e r-
ciais ou nos Cartórios de Registro de Pessoas Jurídicas.
I M P O R TA N T E : o s s ó c i o s e o s t i t u l a r e s d e s o c i e d a d e u n i -
pessoal de advogados são “subsidiariamente” respon-
sáveis pelos prejuízos que as sociedades porventu-
ra causarem (Não é responsabilidade solidária !!!!!).
5. DO ADVOGADO EMPREGADO
Art. 18. A relação de emprego, na qualidade de advogado,
não retira a isenção técnica nem reduz a independência
profissional inerentes à advocacia.
Parágrafo único. O advogado empregado não está obrigado
à prestação de serviços profissionais de interesse pessoal dos
empregadores, fora da relação de emprego.
Art. 19. O salário mínimo profissional do advogado será
fixado em sentença normativa, salvo se ajustado em acordo
ou convenção coletiva de trabalho.
Art. 20. A jornada de trabalho do advogado empregado,
no exercício da profissão, não poderá exceder a duração
diária de quatro horas contínuas e a de vinte horas sema-
nais, salvo acordo ou convenção coletiva ou em caso de
dedicação exclusiva.
§ 1º Para efeitos deste artigo, considera-se como período de
trabalho o tempo em que o advogado estiver à disposição
do empregador, aguardando ou executando ordens, no
seu escritório ou em atividades externas, sendo-lhe reem-
bolsadas as despesas feitas com transporte, hospedagem e
alimentação.
§ 2º As horas trabalhadas que excederem a jornada normal são
remuneradas por um adicional não inferior a cem por cento
sobre o valor da hora normal, mesmo havendo contrato
escrito.
§ 3º As horas trabalhadas no período das vinte horas de um dia até
as cinco horas do dia seguinte são remuneradas como noturnas,
acrescidas do adicional de vinte e cinco por cento.
Art. 21. Nas causas em que for parte o empregador, ou pessoa
por este representada, os honorários de sucumbência são
devidos aos advogados empregados.
Parágrafo único. Os honorários de sucumbência, percebidos por
advogado empregado de sociedade de advogados são partilhados
entre ele e a empregadora, na forma estabelecida em acordo.
43
O advogado pode ser empregado, a teor do artigo 3ª da C.L.T. Todavia,
o advogado não perde, em razão da relação de emprego, a sua isenção técnica
e a sua independência profissional inerentes à advocacia.
A jornada de trabalho normal não poderá exceder a 4 horas diárias ou
a 20 horas semanais, salvo acordo ou convenção coletiva ou de dedicação
exclusiva (prevista expressamente no contrato individual de trabalho – art. 12
do Regulamento).
A hora excedente deverá ser remunerada com o acréscimo mínimo de 100
% (cem por cento). Os honorários de sucumbência pertencem ao advogado em-
pregado, e o adicional noturno será de no mínimo 25 % (vinte e cinco por cento).
O empregador do advogado deve “assinar” sua Carteira de Trabalho e
Previdência Social (CTPS). ATENÇÃO: A Justiça do Trabalho será competente
para julgar os conflitos trabalhistas surgidos entre o empregador e o advogado.
O salário-mínimo profissional da categoria dos advogados será fixado por:
a) Dissídio coletivo;
b) Acordo coletivo; ou
c) Convenção coletiva
C U I DA D O : e s s a re g r a d e q u e o s h o n o r á r i o s p e r t e n c e m a o a d -
v o g a d o e m p re g a d o s o f re m i t i g a ç ã o e m r a z ã o d o e n t e n d i m e n t o
s u f r a g a d o n a A D I 1 . 1 9 4 -4 . D e a c o rd o c o m o j u l g a m e n to d e s t a A D I ,
m e s m o q u e o e m p re g a d o r n ã o s e j a s o c i e d a d e d e a d v o g a d o s ,
o s h o n o r á r i o s p o d e m s e r d e s t i n a d o s a o e m p re g a d o r m e d i a n t e
a c o rd o e x p re s s o p a c t u a d o n o c o n t r a t o i n d i v i d u a l d e t r a b a l h o .
44
§ 3º Salvo estipulação em contrário, um terço dos honorários
é devido no início do serviço, outro terço até a decisão de
primeira instância e o restante no final.
§ 4º Se o advogado fizer juntar aos autos o seu contrato de
honorários antes de expedir- jam pagos diretamente, por
dedução da quantia a ser recebida pelo constituinte o man-
dado de levantamento ou precatório, o juiz deve determinar
que lhe sejam pagos diretamente, por dedução da quantia
a ser recebida pelo constituinte, salvo se este provar que já
os pagou.
§ 5º O disposto neste artigo não se aplica quando se tratar
de mandato outorgado por advogado para defesa em pro-
cesso oriundo de ato ou omissão praticada no exercício da
profissão.
§ 6º O disposto neste artigo aplica-se aos honorários assis-
tenciais, compreendidos como os fixados em ações coletivas
propostas por entidades de classe em substituição processual,
sem prejuízo aos honorários convencionais. (Incluído pela
Lei nº 13.725, de 2018)
§ 7º Os honorários convencionados com entidades de classe
para atuação em substituição processual poderão prever a
faculdade de indicar os beneficiários que, ao optarem por
adquirir os direitos, assumirão as obrigações decorrentes do
contrato originário a partir do momento em que este foi
celebrado, sem a necessidade de mais formalidades. (In-
cluído pela Lei nº 13.725, de 2018)
Art. 23. Os honorários incluídos na condenação, por arbitramento
ou sucumbência, pertencem ao advogado, tendo este direito au-
tônomo para executar a sentença nesta parte, podendo requerer
que o precatório, quando necessário, seja expedido em seu favor.
Art. 24. A decisão judicial que fixar ou arbitrar honorários
e o contrato escrito que os estipular são títulos executivos e
constituem crédito privilegiado na falência, concordata, con-
curso de credores, insolvência civil e liquidação extrajudicial.
§ 1º A execução dos honorários pode ser promovida nos
mesmos autos da ação em que tenha atuado o advogado, se
assim lhe convier.
§ 2º Na hipótese de falecimento ou incapacidade civil do
advogado, os honorários de sucumbência, proporcionais
ao trabalho realizado, são recebidos por seus sucessores ou
representantes legais.
§ 4º O acordo feito pelo cliente do advogado e a parte contrária,
salvo aquiescência do profissional, não lhe prejudica os honorários,
quer os convencionados, quer os concedidos por sentença.
Art. 25. Prescreve em cinco anos a ação de cobrança de
honorários de advogado, contado o prazo:
I - do vencimento do contrato, se houver;
45
II - do trânsito em julgado da decisão que os fixar;
III - da ultimação do serviço extrajudicial;
IV - da desistência ou transação;
V - da renúncia ou revogação do mandato.
Art. 25-A. Prescreve em cinco anos a ação de prestação de
contas pelas quantias recebidas pelo advogado de seu cliente,
ou de terceiros por conta dele (art. 34, XXI). (Incluído pela
Lei nº 11.902, de 2009)
Art. 26. O advogado substabelecido, com reserva de poderes,
não pode cobrar honorários sem a intervenção daquele que
lhe conferiu o substabelecimento.
I M P O R TA N T E : a i n o b s e r v â n c i a d o v a l o r m í n i m o d a t a b e l a
de honorários contratuais fixados pelos Conselhos seccio-
n a i s a c a r r e t a p u n i ç ã o d i s c i p l i n a r, s a l v o m o t i v o j u s t i f i c a d o .
AT E N Ç Ã O : d i f i c u l d a d e s f i n a n c e i r a s d o c l i e n t e , p o r s i s ó ,
não autorizam a não cobrança de honorários ou mes-
mo a cobrança em valor inferior ao estabelecido na tabela.
46
O contrato de honorários advocatícios se afigura como “título executivo
extrajudicial” e permite a dedução dos valores percebidos pelo cliente em
ação judicial, com o pagamento direito ao advogado.
7. DAS INCOMPATIBILIDADES
E DOS IMPEDIMENTOS
Art. 27. A incompatibilidade determina a proibição total, e o
impedimento, a proibição parcial do exercício da advocacia.
47
No que concerne à sua duração, pode ser:
• Permanente: a inscrição deve ser cancelada (ex. magistrado);
• Transitória (limitada no tempo): o advogado fica licenciado (ex. chefe do
poder executivo).
48
I - os servidores da administração direta, indireta e funda-
cional, contra a Fazenda Pública que os remunere ou à qual
seja vinculada a entidade empregadora;
II - os membros do Poder Legislativo, em seus diferentes ní-
veis, contra ou a favor das pessoas jurídicas de direito público,
empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações
públicas, entidades paraestatais ou empresas concessionárias
ou permissionárias de serviço público.
Parágrafo único. Não se incluem nas hipóteses do inciso I
os docentes dos cursos jurídicos.
8. DA ÉTICA DO ADVOGADO
Art. 31. O advogado deve proceder de forma que o torne
merecedor de respeito e que contribua para o prestígio da
classe e da advocacia.
§ 1º O advogado, no exercício da profissão, deve manter indepen-
dência em qualquer circunstância.
§ 2º Nenhum receio de desagradar a magistrado ou a qualquer
autoridade, nem de incorrer em impopularidade, deve deter o
advogado no exercício da profissão.
Art. 32. O advogado é responsável pelos atos que, no exercício
profissional, praticar com dolo ou culpa.
Parágrafo único. Em caso de lide temerária, o advogado
será solidariamente responsável com seu cliente, desde que
coligado com este para lesar a parte contrária, o que será
apurado em ação própria.
Art. 33. O advogado obriga-se a cumprir rigorosamente os
deveres consignados no Código de Ética e Disciplina.
Parágrafo único. O Código de Ética e Disciplina regu-
la os deveres do advogado para com a comunidade, o
cliente, o outro profissional e, ainda, a publicidade, a
recusa do patrocínio, o dever de assistência jurídica, o
dever geral de urbanidade e os respectivos procedimen-
tos disciplinares.
49
II - manter sociedade profissional fora das normas e preceitos
estabelecidos nesta lei;
III - valer-se de agenciador de causas, mediante participação
nos honorários a receber;
IV - angariar ou captar causas, com ou sem a intervenção
de terceiros;
V - assinar qualquer escrito destinado a processo judicial ou
para fim extrajudicial que não tenha feito, ou em que não
tenha colaborado;
VI - advogar contra literal disposição de lei, presumindo-se
a boa-fé quando fundamentado na inconstitucionalidade,
na injustiça da lei ou em pronunciamento judicial anterior;
VII - violar, sem justa causa, sigilo profissional;
VIII - estabelecer entendimento com a parte adversa sem
autorização do cliente ou ciência do advogado contrário;
IX - prejudicar, por culpa grave, interesse confiado ao seu
patrocínio;
X - acarretar, conscientemente, por ato próprio, a anulação
ou a nulidade do processo em que funcione;
XI - abandonar a causa sem justo motivo ou antes de de-
corridos dez dias da comunicação da renúncia;
XII - recusar-se a prestar, sem justo motivo, assistência ju-
rídica, quando nomeado em virtude de impossibilidade da
Defensoria Pública;
XIII - fazer publicar na imprensa, desnecessária e habitu-
almente, alegações forenses ou relativas a causas pendentes;
XIV - deturpar o teor de dispositivo de lei, de citação doutri-
nária ou de julgado, bem como de depoimentos, documentos
e alegações da parte contrária, para confundir o adversário
ou iludir o juiz da causa;
XV - fazer, em nome do constituinte, sem autorização escrita
deste, imputação a terceiro de fato definido como crime;
XVI - deixar de cumprir, no prazo estabelecido, deter-
minação emanada do órgão ou de autoridade da Ordem,
em matéria da competência desta, depois de regularmente
notificado;
XVII - prestar concurso a clientes ou a terceiros para reali-
zação de ato contrário à lei ou destinado a fraudá-la;
XVIII - solicitar ou receber de constituinte qualquer impor-
tância para aplicação ilícita ou desonesta;
XIX - receber valores, da parte contrária ou de terceiro,
relacionados com o objeto do mandato, sem expressa auto-
rização do constituinte;
XX - locupletar-se, por qualquer forma, à custa do cliente
ou da parte adversa, por si ou interposta pessoa;
XXI - recusar-se, injustificadamente, a prestar contas ao clien-
te de quantias recebidas dele ou de terceiros por conta dele;
50
XXII - reter, abusivamente, ou extraviar autos recebidos com
vista ou em confiança;
XXIII - deixar de pagar as contribuições, multas e preços de
serviços devidos à OAB, depois de regularmente notificado
a fazê-lo;
XXIV - incidir em erros reiterados que evidenciem inépcia
profissional;
XXV - manter conduta incompatível com a advocacia;
XXVI - fazer falsa prova de qualquer dos requisitos para
inscrição na OAB;
XXVII - tornar-se moralmente inidôneo para o exercício
da advocacia;
XXVIII - praticar crime infamante;
XXIX - praticar, o estagiário, ato excedente de sua habilitação.
Parágrafo único. Inclui-se na conduta incompatível:
a) prática reiterada de jogo de azar, não autorizado por lei;
b) incontinência pública e escandalosa;
c) embriaguez ou toxicomania habituais.
Este artigo elenca, num rol taxativo (“numerus clausus”), quais são as condu-
tas praticadas pelos advogados que se enquadram como “infrações disciplinares”.
Oportuno relembrar que apenas a Ordem dos Advogados do Brasil –
O.A.B. tem legitimidade para conhecer, julgar e aplicar as sanções disciplinares
em razão da prática de alguma das condutas descritas no rol alhures.
Sugere-se a leitura minuciosa destas hipóteses, com ênfase nos grifos.
Em razão da prática de alguma das condutas acima descritas, poderão ser
aplicadas as seguintes sanções disciplinares.
Art. 35. As sanções disciplinares consistem em:
I - censura;
II - suspensão;
III - exclusão;
IV - multa.
Parágrafo único. As sanções devem constar dos assentamen-
tos do inscrito, após o trânsito em julgado da decisão, não
podendo ser objeto de publicidade a de censura.
Art. 36. A censura é aplicável nos casos de:
I - infrações definidas nos incisos I a XVI e XXIX do art. 34;
II - violação a preceito do Código de Ética e Disciplina;
III - violação a preceito desta lei, quando para a infração
não se tenha estabelecido sanção mais grave.
Parágrafo único. A censura pode ser convertida em “adver-
tência”, em ofício reservado, sem registro nos assentamentos
do inscrito, quando presente circunstância atenuante.
Art. 37. A suspensão é aplicável nos casos de:
I - infrações definidas nos incisos XVII a XXV do art. 34;
II - reincidência em infração disciplinar.
51
§ 1º A suspensão acarreta ao infrator a interdição do exercício
profissional, em todo o território nacional, pelo prazo de
trinta dias a doze meses, de acordo com os critérios de in-
dividualização previstos neste capítulo.
§ 2º Nas hipóteses dos incisos XXI e XXIII do art. 34, a suspensão
perdura até que satisfaça integralmente a dívida, inclusive com
correção monetária.
§ 3º Na hipótese do inciso XXIV do art. 34, a suspensão perdura até
que preste novas provas de habilitação.
Art. 38. A exclusão é aplicável nos casos de:
I - aplicação, por três vezes, de suspensão;
II - infrações definidas nos incisos XXVI a XXVIII do art. 34.
Parágrafo único. Para a aplicação da sanção disciplinar de
exclusão, é necessária a manifestação favorável de dois terços
dos membros do Conselho Seccional competente.
Art. 39. A multa, variável entre o mínimo correspondente
ao valor de uma anuidade e o máximo de seu décuplo, é
aplicável cumulativamente com a censura ou suspensão, em
havendo circunstâncias agravantes.
Art. 40. Na aplicação das sanções disciplinares, são consi-
deradas, para fins de atenuação, as seguintes circunstâncias,
entre outras:
I - falta cometida na defesa de prerrogativa profissional;
II - ausência de punição disciplinar anterior;
III - exercício assíduo e proficiente de mandato ou cargo
em qualquer órgão da OAB;
IV - prestação de relevantes serviços à advocacia ou à causa
pública.
Parágrafo único. Os antecedentes profissionais do inscrito,
as atenuantes, o grau de culpa por ele revelada, as circuns-
tâncias e as conseqüências da infração são considerados para
o fim de decidir:
a) sobre a conveniência da aplicação cumulativa da multa e
de outra sanção disciplinar;
b) sobre o tempo de suspensão e o valor da multa aplicáveis.
Art. 41. É permitido ao que tenha sofrido qualquer sanção
disciplinar requerer, um ano após seu cumprimento, a reabi-
litação, em face de provas efetivas de bom comportamento.
Parágrafo único. Quando a sanção disciplinar resultar da
prática de crime, o pedido de reabilitação depende também
da correspondente reabilitação criminal.
Art. 42. Fica impedido de exercer o mandato o profissional a
quem forem aplicadas as sanções disciplinares de suspensão
ou exclusão.
Art. 43. A pretensão à punibilidade das infrações disciplinares
prescreve em cinco anos, contados da data da constatação
oficial do fato.
52
§ 1º Aplica-se a prescrição a todo processo disciplinar paralisado
por mais de três anos, pendente de despacho ou julgamento,
devendo ser arquivado de ofício, ou a requerimento da parte
interessada, sem prejuízo de serem apuradas as responsabi-
lidades pela paralisação.
§ 2º A prescrição interrompe-se:
I - pela instauração de processo disciplinar ou pela notificação
válida feita diretamente ao representado;
II - pela decisão condenatória recorrível de qualquer órgão
julgador da OAB.
I M P O R TA N T E : a c e n s u r a p o d e r á , a i n d a , s e r c o n v e r t i d a e m a d -
vertência (pena ainda mais branda !!!!). A advertência não pode
s e r a p l i c a d a d e fo r m a d i re t a , p o i s d e c o r re r á s e m p re d a t r a n s -
fo r m a ç ã o d a p e n a d e c e n s u r a , d e s d e q u e p re s e n t e a l g u m a c i r-
c u n s t â n c i a a t e n u a n t e . N ã o s e r á re g i s t r a d a n o s a s s e n t a m e n t o s
d o a d v o g a d o , m a s a p e n a s c o m u n i c a d a p o r o f í c i o re s e r v a d o .
AT E N Ç ÃO : a p e n a d e exc l u s ã o s e r á a p l i c a d a q u a n d o o a d vo g a d o
fo r c o n d e n a d o a t rê s p e n a s d e s u s p e n s ã o p e l a p r á t i c a d a s i n f r a -
ç õ e s d e s c r i t a s n o s i n c i s o s X X V I a X X V I I I ( n ã o s e ex i g e a re i n c i d ê n-
cia específica, mas apenas a aplicação da mesma penalidade !!!).
• Multa: A pena de multa não pode ser aplicada de forma autônoma, visto ter
caráter acessório. Pode ser cumulada com a pena de censura ou suspensão,
desde que presentes circunstâncias agravantes. Não pode ser aplicada con-
53
juntamente com a exclusão. Terá o valor mínimo de 1 anuidade e máximo
10 anuidades.
O EOAB prevê também a ocorrência de determinadas circunstância
atenuantes. Estão previstas no artigo 40 do Estatuto, interferindo na mensu-
ração ou mesmo na própria natureza da pena.
A teor do disposto no artigo 43 do Estatuto, a pretensão punitiva das in-
frações disciplinares prescreve em 5 anos, a contar da constatação oficial do
fato. O prazo prescricional não corre antes do conhecimento oficial do fato.
AT E N Ç Ã O : n o s t e r m o s d a s ú m u l a n º 1 d o C o n s e l h o Fe d e r a l ,
q u a n d o h o u v e r re p re s e n t a ç ã o , o c o n h e c i m e n t o o f i c i a l s e d a r á
c o m o s e u p ro t o c o l o . O p ro c e s s o d i s c i p l i n a r p o d e , t a m b é m , s e r
i n i c i a d o d e o f í c i o , c i rc u n s t â n c i a e m q u e o p r a z o p re s c r i c i o n a l
i n i c i a - s e n o m o m e n t o e m q u e o ó rg ã o c o m p e t e n t e d a OA B t o m a
conhecimento do fato, seja pela notoriedade ou documento.
QUESTÕES OBJETIVAS:
QUESTÃO 1.
Walter é advogado com atuação no Estado W e foi surpreendido pela acusação
de participar de evento criminoso, tendo sido decretada sua prisão cautelar,
por ordem judicial. Com relação ao caso relatado, nos termos do Estatuto da
Advocacia, assinale a afirmativa correta.
a) O advogado deve ser apresentado ao Presidente da Seccional da OAB
ou ao seu representante.
b) O advogado ficará preso em sala de Estado-Maior ou equivalente até o
final do processo.
c) O advogado ficará restrito à sua residência, em prisão domiciliar, até
reunião da seccional da OAB.
d) O advogado sofrerá punição disciplinar pelo fato de estar respondendo
a processo criminal.
QUESTÃO 2
54
Pitolomeu, aluno regularmente matriculado em Escola de direito, obtém a
sua graduação e, logo a seguir, aprovação no Exame de Ordem. Por força de
movimento grevista deflagrado na Instituição de Ensino, o diploma não pôde
ser expedido. A respeito da inscrição no quadro de advogados, consoante o
Regulamento Geral da OAB, assinale a alternativa correta:
QUESTÃO 3
Para que o advogado possa exercer, em caráter temporário, atividade incom-
patível com a advocacia, deverá:
a) Apenas anotar sua incompatibilidade em seus registros da OAB, podendo
continuar a advogar;
b) Cancelar sua inscrição;
c) Licenciar-se;
d) Cancelar sua inscrição e se submeter a novo exame de ordem, caso deseje
retornar aos quadros da OAB.
QUESTÃO 4
Joel é Conselheiro do Tribunal de Contas do Município J, sendo proprietário
de diversos imóveis. Em um deles, por força de contrato de locação residencial,
verifica a falta de pagamentos dos alugueres devidos. O Conselheiro é Bacharel
em Direito, tendo exercido a advocacia por vários anos na área imobiliária.
Nesse caso, nos termos do Estatuto da Advocacia, o Conselheiro:
a) poderia atuar como advogado em causa própria.
b) deverá contratar advogado para a causa diante da situação de incompatibilidade.
c) poderia advogar; recomenda-se, contudo, a contratação de advogado.
d) está com a sua inscrição como advogado suspensa.
QUESTÃO 5
Os atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas, para sua admissão em
registro, em não se tratando de empresas de pequeno porte e de microempresas,
consoante o Estatuto da Advocacia, devem:
55
a) apresentar os dados do contador responsável.
b) permitir a participação de outros profissionais liberais.
c) conter o visto do advogado.
d) indicar o advogado que representará a sociedade.
GABARITO COMENTADO
Q U E S TÃO 1
Não há previsão no EOAB acerca da necessidade
de apresentação do advogado preso ao presidente
A Errada do Conselho Seccional. Os direitos do advogado
estão insertos no artigo 7º. Sem, contudo, constar
essa hipótese.
Q U E S TÃO 2
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O Regulamento da O.A.B. é expresso neste sentido,
D Correta exigindo, na falta do diploma, a Certidão de Conclusão
de Curso e o Histórico Escolar, consoante seu artigo 23.
Q U E S TÃO 3
Q U E S TÃO 4
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Q U E S TÃO 5
A Errada Não há previsão no EOAB neste sentido.
B Errada Não há previsão no EOAB neste sentido.
O artigo 1º, § 2º, do EOAB determina que os contra-
C Correta tos e atos constitutivos de pessoas jurídicas devem ser
“visados” por advogado.
O EOAB determinado que os contratos e estatutos
devam ser “visados”. Não impõe o dever dos consti-
D Errada
tuintes indicarem advogado que representará a socie-
dade (artigo 1º, § 2º).
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2019
10
Publicando desde 2013, a Editora C O N T E Ú D O 1ª E 2ª FASES
D’Plácido, que é especializada em Parte 1 – Estatuto da OAB e 4 Filosofia medieval: os ensina-
C O L E Ç Ã O
literatura jurídica, já conta com Código de Ética e Disciplina mentos de Santo Agostinho e
COLEÇÃO OAB
do Brasil
Em 2015, a Editora D’Plácido 6 Immanuel Kant: formalismo,