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Sociologia Urbana

As mudanças na técnica das construções durante a Revolução Industrial

Construções – Séc. XVIII (Benevolo) – palavra que cobria todas as definições


(guarda-chuva), qualquer pessoa com o “saber” poderia fazer. Não existia a
possibilidade de especialidade por falta da formação, isso antes da Revolução
Industrial.
Durante a Revolução Industrial houve a necessidade de especialização,
tornando-se uma rede gigante e complexa de especificações – sem largar as
relações tradicionais. Ampliações técnicas e culturais demandavam especificações.
Como exemplo dessas especificidades têm-se as escolas de pontes, de arquitetura,
construções, eram chamadas de ofícios (focadas apenas na prática), possibilitando
uma melhor eficácia nas obras. As estruturas na construção precisavam
acompanhar o desenvolvimento crescente dos burgos; essas construções, apesar
das mudanças, não abandonaram o padrão clássico da Arquitetura.
A Revolução Industrial modificou a técnica das construções, os materiais mais
tradicionais, paulatinamente, são substituídos por outros materiais de forma mais
liberal, unindo-se a novos materiais como o ferro gusa (primário/base – usa-se
apenas como agregado), vidro e mais tarde o concreto. Época de potencialização de
problemas e também de descobertas (ex. aço).
Melhorias no aparelhamento dos canteiros de obras, geralmente eram feitas
com tração animal. O desenvolvimento da geometria permite uma representação
mais rigorosa e unificada de projetos (deixar o projeto entendível). Avanços da
reprodução gráfica geram a difusão desse conhecimento de maneira muito rápida.

Transformação da Revolução Industrial

Aumento das obras – ampliação das construções urbanas e,


consequentemente, modificações nas vias es estruturas para possibilitar a
mobilidade, processo de adequação à realidade da cidade industrial. O
planejamento urbano faz-se necessário frente ao desenvolvimento das cidades
durante a Revolução Industrial. Com o passar da Revolução, os bairros dos
operários apresentavam vários problemas de desenvolvimento, tal como a poluição
e esgoto.

A valorização da edificação e do terreno

Edifícios não são vistos apenas como arranjos, tornam-se investimentos,


demandando uma rede de produção específica para isso. Se antes os edifícios eram
vistos como locais insalubres e precários, nesse momento os edifícios perdem a
estabilidade (antes eram mais estáveis, permanentes), assumindo uma construção
mais fluida (não único, diversas possibilidades, inclusive ser demolido); é nesse
ponto que o terreno passa a ter uma valorização mais acentuada, tendendo a uma
valorização acima do próprio edifício, logo pela ideia de durabilidade; o Estado
passa a ter o domínio de alienação do solo da cidade.

Os progressos científicos e o ensino

Entre os séc. XVI e XIX a ciência passa por grandes transformações


construtivas em todo o continente europeu, recaindo também – esses avanços –
sobre a Arquitetura. Leis da matemática, física ajudaram na construção e proteção
às Construções.
A Verificação dos materiais e limitações dos sistemas de contrução passaram
a ser a aspiração dos arquitetos. Em 1748, Poleni realiza uma perícia na cúpula de
São Francisco. Louis Marie Navier (1785-1836) faz um compêndio dos principais
estudos dos primeiros decênios do século XIX. Difusão do conhecimento, tanto de
quem estuda como de quem ensina.

Necessidade de Especializações técnicas pela demanda Estatal (França)

 Academia de Arquitetura (1671) – não havia separação de Arquitetura e


Engenharia, todo mundo fazia tudo – guardiã da tradição clássica.
O Estado era o principal preocupado com a formação técnica – justamente para o
desenvolvimento. Com o tempo perdeu a força para as especializações.

 Escola de Pontes (1747) – Primeira separação entre áreas


 Escola de Engenharia de Mézièrs (1748) – Primeira escola de Engenharia
 Escola Politécnica (1794 e 1795)

Escolas de Engenharia na Europa

Praga (1806)
Viena (1815)
Alemanha (1825)

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