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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP – POLO GUAÍRA - SP

CURSO: CIÊNCIAS CONTÁBEIS

1º SEMESTRE

AMARILDO DE OLIVEIRA PIMENTEL RA: 3383550344

JEAN CARLOS PEREIRA DE CASTRO ARAÚJO RA: 3383556819

Desafio Profissional
Disciplinas Norteadoras:

Teorias da Administração, Economia, Responsabilidade Social e Meio


Ambiente, Ciências Sociais e Teoria da Contabilidade.

TUTOR EAD: ANDERSON WILLIAN DOUGLAS DE OLIVEIRA

TUTOR PRESENCIAL: FERNANDO DOS SANTOS

GUAÍRA – SÃO PAULO

2016.
UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP– POLO GUAÍRA - SP
CURSO: CIÊNCIAS CONTÁBEIS

1º SEMESTRE

Desafio Profissional
Disciplinas Norteadoras:

Teorias da Administração, Economia, Responsabilidade Social e Meio


Ambiente, Ciências Sociais e Teoria da Contabilidade.

TUTOR EAD: ANDERSON WILLIAN DOUGLAS DE OLIVEIRA

TUTOR PRESENCIAL: FERNANDO DOS SANTOS

Trabalho desenvolvido para o curso de


Ciências Contábeis, disciplinas
norteadores Ciências Sociais,
Economia, Responsabilidade Social e
Meio Ambiente, Teoria da
Contabilidade e Teorias da
Administração, apresentado à
Anhanguera Educacional como
requisito para a avaliação na Atividade
Desafio Profissional do 1º semestre, com
orientação do tutor EAD Anderson
William Douglas de Oliveira.

GUAÍRA - SÃO PAULO


2016

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SUMÁRIO

1 – INTRODUÇÃO ................................................................................................................03

2 – DESENVOLVIMENTO...................................................................................................04

2.1 – MODELO DE PRODUÇÃO...........................................................................................04

2.2 – RELAÇÃO ECONÔMICO-SOCIAL.............................................................................05

2.3 – RELATÓRIO SOBRE LANÇAMENTO DE NOVO PRODUTO.................................07

2.4 – DRE PROJETADA..........................................................................................................10

2.5 – RESPEITO AOS PRINCÍPIOS CONTÁBEIS E À LEGISLAÇÃO VIGENTE............11

3 – CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................................13

4 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................14

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1. INTRODUÇÃO

Neste trabalho vamos conhecer a rotina e a estrutura de uma indústria de pneus do


noroeste do Paraná, que utiliza somente matéria prima de borracha natural comprada somente
de produtores locais, em um acordo de dependência/exclusividade entre a empresa e os
produtores; avaliando seu modelo de produção e indicando as desvantagens e vantagens deste
modelo de produção; sendo que algumas dessas vantagens foram aperfeiçoadas e são
utilizadas até os dias de hoje. Analisar a importância da relação econômico/social da empresa
no contexto geral, como sua participação em projetos sociais e ambientais, além da utilização
de matéria prima renovável. Verificar os riscos, vantagens e desvantagens sobre o lançamento
de um novo produto no mercado, sendo que este terá um aumento no preço final ao
consumidor, devido a uma nova matéria prima importada da Rússia, diminuindo assim a
margem de contribuição de cada produto. Elaborar uma DRE projetada da empresa para o ano
de 2016, considerando a demanda oriunda de um grande revendedor de bicicletas, a fim de
apurar se depois de descontados os gastos de produção, vendas, administrativos, impostos, IR,
CSLL e outros, a empresa conseguirá um lucro esperado, que é de 12%. Além de verificar e
avaliar determinadas atitudes de seus diretores, sobre o ponto de vista da responsabilidade
social, e de respeito aos princípios contábeis e à legislação tributária e fiscal.

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2. DESENVOLVIMENTO

Elaboração de um relatório referente ao modelo de produção utilizado pela empresa, sua


relação econômico-social dentro da sociedade e suas perspectivas de futuro, analisando a
possibilidade ou não do lançamento de um novo modelo de produto no mercado, com todas as
suas viabilidades e seus riscos, além de projetar uma Demonstração de Resultado de
Exercício, já considerando as vendas desse novo modelo de produto, sempre respeitando os
Princípios Contábeis, e a Legislação Tributária e Fiscal vigente.

2.1 - MODELO DE PRODUÇÃO

Após conhecer um pouco sobre esta organização, descreva o modelo de produção que é
utilizado pela mesma e faça um relato das vantagens e desvantagens desse modelo de
produção.
Depois de conhecer a empresa pode-se dizer que a entidade adota o modelo de produção
chamado de Taylorismo, idealizado por Frederick Winslow Taylor, que contribuiu muito com
os seus conceitos para afirmação de uma das Teorias da Administração denominada Teoria
Científica ou também chamada de Administração Científica, sendo muito utilizada pelos
empresários no final do século XIX, pois propiciava uma diminuição dos custos e uma
maximização dos lucros. Nesse modelo de produção destacam-se algumas desvantagens e
vantagens, sendo elas:
As vantagens: O aprimoramento dos espaços e movimentos dos trabalhadores para
melhorar o desempenho; padronização das ferramentas; melhoria nos salários dos
trabalhadores, com base em cumprimento de metas; redução dos esforços dos trabalhadores
na produção; além do estabelecimento de princípios como planejamento, seleção e
treinamento dos funcionários, controle e execução que são amplamente utilizados até hoje,
sendo alguns deles aperfeiçoadas na questão do relacionamento com o trabalhador.
As desvantagens: Administração baseada na obsessão pelos resultados; pregava que o
trabalhador deveria saber somente sobre sua função e nada mais, negando ao trabalhador a
possibilidade de crescer dentro da empresa e até mesmo saber ou entender como funciona a
empresa; exploração dos trabalhadores como engrenagem complementar das máquinas e

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ainda não reconhecia as necessidades dos trabalhadores, como desejos ou opiniões,
provocando assim uma insatisfação e desmotivação.

2.2 - RELAÇÃO ECONÔMICO-SOCIAL

Resumir a importância da relação econômico-social que as indústrias devem possuir


para com seus fornecedores de matéria prima, analisando se esta parceria beneficia os
produtores da região noroeste do Paraná, onde a indústria compra exclusivamente destes
produtores, respondendo se esta dependência/exclusividade de entrega do látex a um único
cliente é favorável ao desenvolvimento das atividades e ganhos.
Nos dias de hoje, a relação econômico-social entre empresas e fornecedores se torna
uma das principais necessidades e porque não dizer, estratégias para assegurar um constante
aprimoramento na melhoria do bem estar social de seus funcionários, fornecedores e
moradores da região em geral, que estejam inseridos nesse contexto. Um dos maiores
diferenciais entre as empresas hoje em dia, é a utilização de matéria prima renovável, sempre
considerando o conceito de sustentabilidade da produção.
Do mesmo modo, as iniciativas da empresa, prestando apoio econômico em projetos de
conscientização, preservação e de reflorestamento, além de serem benéficas ao meio ambiente,
preservando as nascentes de água que existem na região, aumentando a capacidade de
permeabilidade do solo, aumentando as propriedades orgânicas do solo, e também propiciam o
aumento de absorção de gás carbônico realizada pelas arvores. Em um futuro próximo, com
toda certeza provocará um aumento de produtividade na região, região esta, onde seus
fornecedores cultivam suas plantações que servirão de fonte de matéria prima para a própria
empresa. Torna-se uma via de mão dupla para as empresas.
Com o mesmo pensamento, o empreendedor deve investir em projetos sociais,
filantrópicos, esportivos, capacitações e quaisquer outros que venham a melhorar a qualidade
de vida de seus fornecedores, trabalhadores e familiares, e da população em geral. Pois através
dessa melhoria todos são beneficiados, seus funcionários se sentem mais motivados e
realizados ao verem o comprometimento da empresa em promover a melhoria da qualidade de
vida da população em geral, melhorando assim os níveis de comprometimento de seus
funcionários com os propósitos da empresa, além de que, o investimento econômico e social
na região, cria condições primárias para o desenvolvimento da economia regional, em todos os

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setores, podendo ocorrer à criação de novas empresas, ou evolução das empresas existentes,
com a economia girando, teremos um aumento do poder aquisitivo, provocando assim um
aumento no consumo de seus próprios produtos, ou seja, aumentando seu número final de
clientes. Nesse mesmo contexto, com o investimento em capacitações e cursos em geral,
ocorre também o aumento da população com capacidade produtiva que poderá em algum dado
momento ser incorporada pela empresa. Isso sem contar a grande contribuição em impostos
pagos pela empresa, onde uma parte considerável volta para os municípios da região e serão
aplicados em vários setores da sociedade, por força de lei ou a critério da administração
pública, retornando assim para a população em forma de qualidade de vida e melhora no bem
estar social.
Na questão da dependência/exclusividade de compra da borracha natural, acordada entre
a empresa e os produtores do noroeste do Paraná, quanto ao desenvolvimento da atividade e
ganho, observam-se dois pontos de vista, onde:
- O produtor por sua parte, perde a possibilidade de vender para outra empresa por um
preço melhor, mas sabendo das parcerias entre produtores e empresa, para um
desenvolvimento sustentável da atividade em toda a região, ou seja, existe um benefício
coletivo muito grande, e hoje em dia isso é muito importante, e destacando ainda que os
produtores ao vender direto para a empresa estão pulando os atravessadores ou distribuidores.
Assim sendo, entende-se que esses produtores já estão conseguindo um bom rendimento
agregado pelos produtos.
- A empresa por sua vez, perde a possibilidade de comprar sua matéria prima, por um
preço mais baixo, vendido por produtores de outras regiões, mas vale lembrar que estes
produtos teriam um frete muito maior agregado ao valor do produto. Devendo ressaltar
também, que a empresa firmou convênios com os governos; federal, estadual e municipal, para
desenvolvimento regional, ocorrendo nestes casos um considerável abatimento em impostos,
remissão de dividas e outros benefícios fiscais, onde devido à somatória desses abatimentos e
benefícios, justifica-se a escolha pelo contrato de dependência/exclusividade realizado pela
empresa em detrimento ao custo oportunidade “comprar de outros produtores”. Isso sem
contar que a empresa fica livre da dependência dos preços mundiais do petróleo, já que toda a
matéria prima passa a ser de borracha natural das propriedades locais, podendo ainda ganhar
frutos em um mercado competitivo com o rótulo da sustentabilidade de sua produção, devido à
utilização de matéria prima renovável.

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2.3 - RELATÓRIO SOBRE LANÇAMENTO DE NOVO PRODUTO

Elaboração de um relatório para a diretória apontando os riscos, vantagens e


desvantagens sobre o lançamento de um novo produto no mercado, sabendo que o preço de
venda de cada unidade do produto, deve ser aumentado em no mínimo 4%, pois seus gastos de
produção aumentaram.
Dos dados levantados por uma pesquisa de mercado, com 30.000 clientes pesquisados,
descontando os que não opinaram e os que não comprariam o novo produto, obteve-se 19.188
pessoas, ou seja, 63,99% dos clientes pesquisados, que disseram que comprariam o novo
produto e ainda como mostrado nos vídeos de orientação pedagógica, a quantidade em
quilômetros de ciclovias está aumentando bastante nas grandes e médias cidades brasileiras
como tentativa dos gestores de propiciar uma melhoria no fluxo de veículos, oferecendo a
possibilidade das pessoas utilizarem as bicicletas como meio de transporte, portanto diante
deste possível aumento da utilização das bicicletas nas grandes e médias cidades e uma boa
aceitação do produto conforme resultado da pesquisa, os diretores da empresa podem
aproveitar esta oportunidade para colocar esse novo produto no mercado, mas sempre vai
existir o risco, mesmo que mínimo, da não aquisição do produto por parte do consumidor, já
que responder que compraria é uma coisa e o ato de comprar propriamente dito se torna um
pouco mais distante, isso sem contar que todos esses clientes não vão trocar seus produtos
apenas pela ótima relação custo/benefício do mesmo, muitos só trocarão quando o seu produto
atual estiver realmente na hora de ser substituído.
Mas ao mesmo tempo, considera-se uma vantagem ao lançar esse produto, o fato de
estar colocando no mercado um produto diferenciado dos concorrentes, que pode superar e
muito as expectativas dos clientes devido à reconhecida qualidade e a ótima relação
custo/benefício do mesmo, que têm grandes chances de alcançar a preferência por parte dos
consumidores, ajudando assim a empresa a atingir seu objetivo de ser líder no mercado
nacional.
Sabendo também que a curva da demanda em situações de poder aquisitivo mantido,
demonstra uma queda nas vendas quando se aumenta os valores do produto, então poderia
esperar-se uma diminuição nas vendas da empresa com esse aumento dos preços para cobrir os
novos custos, mas para uma análise correta, temos que lembrar que a empresa continuará
vendendo os pneus sem a nova matéria prima, os quais teriam os mesmos preços e a mesma
rentabilidade, e os pneus que contêm a nova matéria prima, seriam apenas novos produtos da

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empresa, sendo eles produtos substitutos, quanto mais pneus do novo modelo forem vendidos,
menos do outro modelo será vendido, diante disso projeta-se que as vendas dos produtos sem a
nova matéria prima manter-se-iam estáveis, ou pelo menos com um recuo mínimo, enquanto
que o novo produto vai sendo conhecido pelos clientes em geral, conforme a demanda do
modelo com a nova matéria prima for aumentando, a oferta do modelo sem a nova matéria
prima poderá ser diminuída por parte dos empresários. Sendo assim, em um universo de
63,99% estatisticamente falando, que responderam que comprariam o novo produto, conforme
pesquisa mencionada imagina-se como real e alcançável o aumento nas vendas de 300.000
unidades/mês para 350.000 unidades/mês, ou seja, um aumento de 16,66% nas vendas, sendo
que esses 16,66% ou até mais, devido aos produtos serem substitutos, seriam praticamente as
vendas dos novos modelos de pneus que têm totais condições de atingir esse patamar devido
ao seu ótimo custo/benefício e ainda considerando o possível aumento da utilização das
bicicletas nas grandes e médias cidades.
Como desvantagem, nota-se que ao repassar este aumento, mesmo que mínimo, de 4%
nos preços dos produtos, apenas cobrindo os novos custos, para não atrapalhar o objetivo da
empresa de ser líder do mercado nacional, o produto da empresa ficará mais caro que o da
concorrência, ou seja, perderá competitividade e pode ser preterido por alguns consumidores
na hora da compra.
Com este pensamento, considerando o impacto do aumento dessa nova matéria prima
nos custos de produção, se estima um aumento unitário conforme indicado na tabela abaixo;

GASTOS TOTAIS UNITÁRIOS


Pneu Gasto total Matéria prima nova Novo gasto total Aumento
Aro 18¨ R$13,80 R$4,80 R$18,60 +34,78%
Aro 22¨ R$27,80 R$4,80 R$32,60 +17,26%
Aro 29¨ R$38,90 R$4,80 R$43,70 +12,33%

Conforme mostrado na tabela, percebe-se que a nova matéria prima provocará um


aumento, em porcentagens distintas nos gastos totais dos produtos da empresa e sabendo que a
margem de contribuição é a diferença entre a receita total e os gastos totais (custos fixos,
custos variáveis e despesas variáveis), e representa o quanto sobra para pagar as despesas
fixas, e ainda ajudar na formação do lucro, entende-se que por um lado ocorre o aumento dos

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gastos totais de produção, incorporando o custo da nova matéria prima e pelo outro lado
ocorre à diminuição da margem de contribuição, diminuindo assim a lucratividade das vendas
de todos os modelos de pneus que utilizarem a nova matéria prima, mas principalmente nos
pneus aro 18¨, onde o aumento provocado pela matéria prima é percentualmente muito grande,
lembrando ainda o fato deste tipo de pneu ser o mais vendido, conforme demanda oriunda de
um grande revendedor de bicicletas, ele deveria ter uma boa margem de contribuição, então o
correto seria considerar os novos custos, projetar um lucro razoável e calcular o aumento
separadamente, já que a nova matéria prima impacta de forma diferente o preço de cada
produto, ou seja, um aumento que propicie uma boa margem de contribuição no preço final do
pneu aro 18¨, seria um aumento muito grande no preço dos outros pneus, prejudicando a
competitividade dos mesmos.
Porém, vale destacar que como contrataram uma equipe de consultoria para auxiliar na
reorganização do processo produtivo, observa-se na análise da DRE, que ocorreu no exercício
de 2015 em relação a 2013 e 2014, uma redução nos custos totais de produção e como
consequência uma maximização dos lucros, chegando a 19,51% de lucro antes do IR, e
conforme se observa no Balanço Patrimonial, quase dobraram as reservas de lucro da empresa,
aumentando assim o seu Patrimônio Líquido, ou seja, essa redução de custos no processo
produtivo e ainda a venda dos outros modelos de pneus que não usam a nova matéria prima,
que mantém a mesma rentabilidade, trás para empresa uma margem de tolerância quanto à
queda de lucratividade desses novos modelos, garantindo que a empresa possa colocar esse
novo produto no mercado, mesmo com um custo um pouco maior.
Lembrando sempre que independente do tipo ou do modelo, a maior parte das vendas é
de pneus com medidas menores, (os mais baratos), os quais geram uma margem de
contribuição pequena em Reais, ocorrendo exatamente o contrário em relação aos pneus
maiores (os mais caros), que geram uma margem de contribuição bem maior em Reais. Assim
sendo, para manter o crescimento das vendas, buscando a liderança do mercado nacional e
ainda um aumento na lucratividade, devem-se buscar além do crescimento nas vendas dos
pneus com um todo, um crescimento muito mais significativo nas vendas dos pneus maiores,
onde a margem de contribuição em Reais é bem maior. Para isso existem soluções, que vão
desde uma possível diminuição do preço final dos pneus maiores, ações de marketing em
parceria com as montadoras de bicicletas, que utilizam esses pneus aro 29¨, pois quanto mais
bicicletas vendidas, maior será a demanda pelos pneus, buscando assim a abertura de novos
mercados, como as grandes e médias cidades onde a venda destes modelos de pneus têm maior
potencial de crescimento, aproveitando a tendência dessas grandes e médias cidades de

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aumentar cada vez mais a quantidade de quilômetros de ciclovias disponíveis para as
bicicletas; que utilizam esses pneus aro 29¨, visto que eles são o fiel da balança, portanto
entende-se que quanto menor a diferença da quantidade vendida entre todas as medidas de
pneus, independente do modelo, maior será a diferença entre a receita total e os custos totais
de produção, proporcionando assim uma margem de contribuição bem maior em Reais.
Diante dos fatos narrados, verifica-se que as vantagens que o lançamento desse novo
produto pode trazer para empresa, sendo bem exploradas, são bem maiores que as
desvantagens e os riscos, desde que estes sejam bem controlados e administrados.

2.4 - DRE PROJETADA

Sabendo que o regime de tributação da empresa é o Lucro Real, e a empresa deseja um


retorno mínimo de 12% de lucro líquido em relação à receita bruta, elabore uma DRE para o
ano de 2016, para evidenciar se é possível ou não atender uma demanda de produção oriunda
de um grande revendedor de bicicletas nacional, o pneu a ser produzido é o novo modelo
citado no passo 03, sendo no total de 200.050 mil pneus aro 29¨, 500.000 mil pneus para
bicicletas aro 22¨, e 750.000 mil pneus aro 18¨, totalizando 1.450.050 pneus.
Com a venda destes pneus para este grande revendedor de bicicletas obtêm-se as
seguintes receitas:

UNIDADES PREÇO POR RECEITA


PRODUTO
VENDIDAS UNIDADE APURADA
PNEU ARO 18¨ 750.000 R$33,80 R$25.350.000,00
PNEU ARO 22¨ 500.000 R$46,50 R$23.250.000,00
PNEU ARO 29¨ 200.050 R$75,00 R$15.003.750,00
RECEITA TOTAL DAS VENDAS R$63.603.750,00

Com a receita total, elabora-se o seguinte Demonstrativo de Resultado de Exercício para


o ano de 2016, considerando as vendas para esse grande revendedor de bicicletas.

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DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCICIO
2016
PROJETADO
(=) RECEITA DE VENDAS 63.603.750,00
( - ) Impostos Sobre Vendas (13.515.796,88)
(=) RECEITA LÍQUIDA 50.087.953,12
( - ) Custos das Mercadorias Vendidas (24.042.217,50)
(=) RESULTADO BRUTO 26.045.735,62
( - ) Despesas Operacionais (13.910.140,12)
Despesas Com Vendas (7.505.242,50)
Despesas Gerais e Administrativas (6.404.897,62)
(=) RESULTADO ANTES IR/CSSL E DEDUÇÕES 12.135.595,50
Provisão para IR (1.820.339,32)
Provisão para Adicional de IR (1.189.559,55)
Provisão para CSLL (1.092.203,60)
(=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 8.033.493,03

Portanto a empresa atingirá a meta de obter um Lucro mínimo de 12% da receita total
estipulada pelos empresários, pois o Resultado Líquido do Exercício (Lucro Líquido) será no
valor de R$8.033.493,03 que representa 12,63% da receita total.

2.5 - RESPEITO AOS PRINCÍPIOS CONTÁBEIS E A LEGISLAÇÃO VIGENTE

Neste passo você irá verificar e avaliar determinadas atitudes dos empresários, sob o
ponto de vista da legislação e responder cada uma delas.
A forma de contabilização da empresa é por regime de competência. Acontece que uma nota
fiscal de mercadorias de um fornecedor, foi emitida no dia 31/12/2015, e entregue somente no dia
05/01/2016, sendo contabilizada pelo contador na data de entrega, ou seja, 05/01/2016. Tal atitude
contraria um dos princípios contábeis, que é o Princípio da Competência, onde se diz que as receitas e
despesas devem ser contabilizadas no exercício do período em que ocorrerem, independentemente de
recebimento ou pagamento.

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No final de ano, os sócios resolveram fazer uma retirada na conta bancária da empresa, no valor
de R$ 300.000,00 para gastos diversos, mas chegando do retorno das férias coletivas, no dia
05/01/2016, os sócios disseram ao gerente do financeiro que não havia dinheiro a ser devolvido, para
apenas dar baixa na contabilidade na conta bancos. Esta atitude também contraria um dos princípios
contábeis, sendo este o Princípio da Entidade, onde se diz que a contabilidade deve distinguir a pessoa
jurídica da pessoa física, afirmando a autonomia patrimonial, onde o patrimônio da empresa não se
confunde com o dos seus sócios ou proprietários. Isso seria aceito se em contrato firmado para
instituição da firma, fosse estipulado percentual do lucro a ser dividido entre os sócios e contabilizado
na DRE como Dividendos e no Balanço Patrimonial como Lucro a pagar ou Retiradas dos Sócios ou
acionistas.
No balanço patrimonial da empresa não constava a depreciação de imóveis e seu imobilizado,
fato este que não condiz com outro princípio contábil, que é o Princípio da Oportunidade, que se refere
ao momento oportuno dos registros das variações patrimoniais, sendo realizadas de forma integra e
tempestiva, onde a integridade dos registros é fundamental para análise do patrimônio e da saúde
financeira da empresa, pois todos os fatos devem ser registrados.
Lembrando que a legislação fiscal faculta às empresas a depreciarem os bens do ativo
imobilizado (artigo 305 do RIR; e Parecer Normativo CST 79/76), no entanto, para fins
contábeis a obrigatoriedade atualmente está prevista nos itens 43 a 48 do Pronunciamento
Técnico CPC 27 – Ativo Imobilizado. Assim, independentemente do regime fiscal escolhido, a
depreciação de bens é obrigatória pela legislação contábil.

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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após análise de todas as informações, dados e relatórios referentes à empresa, chega-se


a várias conclusões, como a de que a diretória da empresa precisa melhorar seu modelo
administrativo, com vistas a melhorar a motivação de seus funcionários quanto sua evolução
dentro da empresa; no quesito responsabilidade social os diretores estão trilhando um caminho
acertado, com parcerias com fornecedores, sociedade, e os governos estadual, federal e
municipal, fazendo uso de matéria prima renovável, além de produzir produtos que incentivam
a pratica da atividade física e por consequência, melhoria na qualidade de vida; na questão da
melhoria da eficiência da empresa, os diretores contrataram consultores que com os seus
ajustes propiciaram uma grande diminuição nos custos de produção, aumentando o poder de
competitividade da empresa e com isso seus lucros; na percepção de futuro, seus diretores
estão sendo visionários quando enxergam uma oportunidade de atingir seu objetivo de ser líder
de mercado, com o lançamento de um novo produto que têm potencial altíssimo de aceitação,
aproveitando-se de um crescente aumento no incentivo ao uso de bicicletas feito pelos atuais
governantes; já na parte contábil, esta diretoria está sendo bastante imprudente, desrespeitando
princípios contábeis e a própria legislação contábil vigente, precisando evoluir no sentido de
conseguir gerenciar a empresa de uma forma mais coesa quanto aos princípios contábeis e a
própria legislação.

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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Fonte: Livro Introdução à Teoria Geral da Administração, CHIAVENATO, Idalberto,


Rio de Janeiro, Elsevier, 2003.
Fonte: https://www.ebah.com.br/content/ABAAAAWAcAB/teoria-administracao,
acessado em 15 de Agosto de 2016.
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=OTxnPrM3nuc, acessado em 23 de Agosto
de 2016.
Fonte: http://contabeis-cassr.webnode.com.br/principais-conceitos/, acessado em 29 de
Agosto de 2016.
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=TLtuHxi2BXI, aula sobre Ponto de
Equilíbrio, acessado em 31 de Agosto de 2016.
Fonte: http://aulasprofscarpin.bolgspot, Aba Contabilidade, acessado em 01 de Setembro
de 2016.
Fonte: http://www.renatoaulasparticulares.com.br/DRE_rec_cust_1.htm#DRE, acessado
em 16 de Setembro de 2016.
Fonte: https://webcontabil.com.br/ver_noticia_publica.php?v1=92020&v2, acessado em
22 de Setembro de 2016.
Fonte: Livro Contabilidade Geral, Fundação Sérgio Contente, IDEPAC, atualização
Prof. Mauricio Barros, junho de 2013.
Fonte: http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/custo-fixo-variavel.htm,
acessado em 11 de Outubro de 2016.
Fonte: http://www.dpc.com.br/pt-br/artigos/17374, acessado em 17 de Outubro de 2016.
Fonte: http://www.geografiaopinativa.com.br/2015/03/modelos-produtivos-as-
diferencas-entre.html, acessado em 21 de Outubro de 2016.
Fonte: https://vieradministratoren.wordpress.com/2012/05/22/administracao-cientifica-
taylorismo-ou-mecanicismo-ort/, acessado em 21 de outubro de 2016.
Fonte: http://www.portaldeauditoria.com.br/tematica/calculo-tributario_irpllr-
trimestral.htm, acessado em 27 de Outubro de 2016.
Fonte: http://www.contabeis.com.br/forum/topicos/74962/calculo-do-irpj-e-da-csll-no-
lucro-presumido/, acessado em 27 de outubro de 2016.

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