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Sumário

AULA 1 - PROBABILIDADE
● O que é probabilidade..........................................................................2
● Fórmula................................................................................................3

AULA 2 - Equação do 1º grau


● O que é uma equação..........................................................................5
● Como resolver uma equação................................................................6

AULA 3 - Inequações do 1º grau com uma incógnita


● O que é Desigualdades.......................................................................11

AULA 4 - RAZÃO, DENSIDADE E PROPORÇÃO


● Conceito de razão................................................................................17
● Velocidade média.................................................................................17
● Conceitos de escala.............................................................................18
● Conceito de densidade.........................................................................22
● Proporção..............................................................................................23
● Meios e extremos..................................................................................25

AULA 5 - GRANDEZA E REGRA DE TRÊS


● Conceito de grandeza...........................................................................25
● Regra de três.........................................................................................29

AULA 6 - PORCENTAGEM E JUROS SIMPLES


● Conceito de porcentagem.......................................................................35
● Aumento e desconto...............................................................................38
● Juros.......................................................................................................40
● Empréstimo.............................................................................................41
● Parcelamento..........................................................................................43

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AULA 1 - PROBABILIDADE

Na matemática a probabilidade estuda as chances de obter um certo resultado. A


teoria das probabilidades incluem conceitos matemáticos que foram explorados há
muito tempo, na antiguidade.
É comum ouvirmos no mundo do esporte que a probabilidade de seu time ser
campeão é de x%, ou seja a probabilidade é um assunto muito comum em nosso
cotidiano e uma das matérias mais cobradas nos vestibulares.

Mas como podemos calculá-la?

Para calcular a probabilidade de algo acontecer, divida o número de casos


favoráveis ao acontecimento pelo número total de casos possíveis.

Acompanhe o exemplo:

Imagine que dentro de uma caixa tenha 12 figurinhas de esporte - 5 do time da


Argentina e 7 do time do Brasil. Se colocarmos essas figurinhas dentro da caixa,

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chacoalhamos e tirarmos uma figurinha, qual a probabilidade de sair uma figura do
time do Brasil?

Para saber o resultado, basta utilizar a seguinte fórmula:

Lembrando que o “P” é a abreviação de “probabilidade”, o número de resultados


favoráveis para isso acontecer é 7, pois há 7 figurinhas relacionadas à natação e o
número total de resultados possíveis é 12, visto que há no total 12 figurinhas, logo o
resultado será de 0,58.
Esse resultado também pode ser expresso em porcentagem, basta multiplicar 0,58
por 100 e o resultado será de 58%. A probabilidade de sair uma figurinha
relacionada à natação é de 58%.

Agora imagine que em uma garrafa há 10 confeitos de açúcar verdes e brancos.


Não é possível vê-los dentro da garrafa, exceto se a virarmos de ponta-cabeça,
quando um dos confeitos vai para o gargalo e é possível ver sua cor. Ao longo de
vários dias, repetiu-se 2000 vezes a seguinte operação: chacoalhava-se e tombava-
se a garrafa para então anotar a cor do confeito que aparecia no gargalo.

Os resultados foram os seguintes:

Na próxima vez que for repetida essa operação, qual a probabilidade da cor do
confeito ser verde?
Para responder sua pergunta, utilizamos a fórmula que estudamos há pouco.

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Observando o cálculo, a probabilidade da cor do confeito ser verde é de 0,31 ou
31%.

Agora, acompanhe outros exemplos.

Qual a probabilidade de sair o número 6 após o lançamento de um dado?

Qual a probabilidade de sair somente números pares?

Qual a probabilidade de se retirar uma carta qualquer de um baralho de 52 cartas e


obter uma carta de paus?
Lembre-se que em um baralho de 52 cartas existem 13 cartas de paus, logo:

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AULA 2 - Equação do 1º grau

Em nosso dia a dia nos deparamos com situações em que precisamos descobrir o
valor de um número desconhecido.
Esse valor pode estar associado a dinheiro, medidas, temperaturas, distâncias,
quantidade de pessoas etc. E, exatamente por isso, precisamos aprender a resolver
equações, já que elas nos auxiliam nesses e em muitos outros casos.

As equações do 1º grau, possuem igualdade (=) e incógnita. A incógnita é um


número desconhecido representado geralmente por letras; sendo x, y e z as mais
utilizadas.
O objetivo principal de resolver uma equação de 1º grau é descobrir o valor da
incógnita, e são representadas sob a forma:

ax + b = 0 nesse caso a incógnita é x, sendo que a e b podem assumir qualquer


valor real diferente de 0.

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Observe alguns modelos de equação:

Uma equação pode ter mais de uma incógnita, porém nesse momento trataremos
apenas das que possuem uma incógnita.

Importante frisar que toda equação tem:

Qualquer parcela, do 1º ou do 2º membro, é um termo da equação.

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Atenção! Nem toda expressão matemática é uma equação, acompanhe alguns
exemplos:

Antes de resolver uma equação devemos lembrar que o seu resultado é chamado
de raiz ou solução e esse resultado nada mais é que o valor de x.
Em primeiro lugar você deve observar a forma como o problema se apresenta. Para
resolver essa questão, transforme os dados apresentados em uma sentença
matemática.
Esse é um momento muito importante, pois todo o desenrolar do problema
dependerá da sua interpretação.

Acompanhe este exemplo:


Imagine que eu compre 4 quilos de sorvete e depois compre mais 2 potes. Qual o
peso de cada pote, sabendo que ao todo há 16 quilos?

Como dito, as variáveis ou incógnitas aparecem como letras e o objetivo é encontrar


o valor dessa incógnita.
Agora, veja a resolução da equação: 2x + 4 = 16.
Lembre-se que toda equação possui dois membros.

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Em uma equação você pode mudar os termos de um membro para o outro desde
que se troque o sinal:

Em um dos membros ficam os termos com as incógnitas e no outro os termos


independentes:

Efetuamos as operações:

Dividimos os membros pelo coeficiente da incógnita:

Determinamos a solução:

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Portanto, cada pote possui 6 quilos de sorvete. Se você substituir a incógnita pelo
resultado comprovará a equação.

Acompanhe:

Imagine que você queira comprar 36 doces, 24 balas e o restante de bombons,


quantos bombons comprará?
Para resolver esse tipo de problema precisamos conhecer alguns elementos
importantes referentes à equação do 1º grau.
Agora que está compreendendo o conceito, voltaremos ao cálculo do problema
apresentado no início da aula.

Se você comprar 36 doces, 24 balas e o restante de bombons, quantos bombons


comprará?

● Dados Número de balas: 24


● Número de bombons: ?
● Total de doces: 36

Acompanhe o cálculo:

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Logo, dos 36 doces, 24 são balas e 12 são bombons.

Agora vamos aprender sobre equação do 1º grau com duas incógnitas.


Essa equação é reproduzida à forma ax + by = c, sendo a e b números diferentes de
zero.
Agora, acompanhe a situação:

Como a soma do número de


chicletes e bombons é igual a
6, podemos indicar o
número de chicletes por x e o
número de bombons por y.
Assim temos x + y igual a 6.
As equações do tipo ax + by = c,
são chamadas de equação do primeiro grau porque em cada termo, há somente
uma incógnita e essa incógnita tem expoente 1.
Na equação que apresentamos, o número x (que representa o número de chicletes)
é um número natural.

Então, a composição pode ser:

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Observe que cada par de números (um indicando o número de chicletes e
outro indicando o número de bombons) é uma solução da equação x + y = 6.
Portanto, as soluções possíveis são: (0,6); (1,5); (2,4); (3,3); (4,2); (5,1); (6,0).

Cada solução é expressa por um par ordenado. Nesse caso, o primeiro elemento do
par indica o número de chicletes e, o segundo, o número de bombons.

AULA 3 - INEQUAÇÕES DO 1º GRAU COM UMA INCÓGNITA

Agora, iniciaremos a aula 3 do curso de matemática. Nela estudaremos as


inequações do 1º grau com uma incógnita, assunto muito importante para o
entendimento da matemática.
Antes de iniciarmos, gostaria de comentar as condições de vida da população
brasileira em relação às desigualdades. Veja algumas notícias que li no jornal que
comprei enquanto passávamos pela banca.

O que estas reportagens têm haver com inequações?

As inequações nada mais são que desigualdades. No caso das reportagens


estamos falando de desigualdades sociais que têm muito haver com esse assunto.
Agora, acompanhe outro exemplo, observe as crianças brincando nas gangorras e
seus respectivos pesos.

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Observe que o peso de Paulo é menor que o de Larissa (27 < 29), o peso de Carlos
é maior que o de Flávia (32 > 25) e o peso de Pedro é igual ao peso de Luana (26 =
26).

Quando comparamos dois números reais a e b, somente uma das três afirmações é
verdadeira: a < b ou a = b ou a > b

Se os números a e b forem diferentes, então a < b ou a > b e dizemos que a e b são


desiguais, isto é, existe entre eles uma desigualdade, portanto a desigualdade é
uma sentença matemática em que aparece um destes sinais, veja:

Na situação apresentada vimos dois exemplos de desigualdades verdadeiras, que


27 é menor que 29 (27 < 29) e que 32 é maior que 25 (32 > 25). Partindo desse
conceito, a inequação é uma sentença aberta expressa por uma desigualdade entre
duas expressões algébricas e pode ser escrita numa das seguintes formas:

Nessa expressão o “a” e o “b” são números reais e “a” é


diferente de 0.

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Veja alguns exemplos de inequação do 1º grau:

Conheça algumas características das inequações do 1º grau:

É importante frisar que antes de aprendermos a resolver uma inequação é


fundamental conhecer os princípios de equivalência das desigualdades.

Veja no quadro que os sinais < e <, bem como os sinais > e > têm o mesmo sentido.
Já os sinais < e >, bem como > e < têm sentidos opostos.

Essa constatação é importante para compreendermos o conceito de princípio aditivo


e multiplicativo das desigualdades.

PRINCÍPIO ADITIVO DA DESIGUALDADE

Acompanhe os cálculos quando adicionamos os mesmos números nos dois


membros da desigualdade:

Perceba que, ao
adicionar um mesmo
número aos dois

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membros da desigualdade,
obtemos outra desigualdade de mesmo sentido.

PRINCÍPIO MULTIPLICATIVO DA DESIGUALDADE

Acompanhe os cálculos quando multiplicamos os mesmos números nos dois


membros da
desigualdade, mas
agora, atente-se à
inversão de sinais
(> e <):

Perceba que ao multiplicar os dois membros de uma desigualdade por um número


positivo, obtemos outra desigualdade de mesmo sentido, se esse número for
negativo,obtemos uma desigualdade de sentido oposto e se esse número for zero,
obtemos uma igualdade.

Os cálculos que acabamos de estudar permitem analisar se uma inequação é


verdadeira ou não, ou seja, se o sinal (>, <, > ou <) realmente apresenta uma
expressão correta. Acompanhe o cálculo da inequação: 5 > 3.

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Observe que é possível usar os mesmos recursos matemáticos de somar ou
subtrair
um mesmo valor aos membros da inequação do 1º grau.

Agora, acompanhe a explicação com o mesmo exemplo utilizando a multiplicação e


divisão desses membros:

É preciso ter o máximo de cuidado ao multiplicar ou dividir por um mesmo valor os


componentes de uma inequação do primeiro grau.
Caso este valor seja um número negativo, o sinal da inequação sempre será
invertido.

Agora, acompanhe o cálculo da inequação 3x + 5 < 17:

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Após fazer os devidos cálculos da inequação apresentada, pode-se concluir que a
solução dada é formada por todos os números inteiros positivos menores que o
número 4, ou seja, S = {1, 2, 3}

Veja outro exemplo calculando a inequação -2x + 7 > 0:

Portanto a solução da inequação é x < 7/2.

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AULA 4 – RAZÃO, DENSIDADE E PROPORÇÃO

Essa é a aula 4 do curso de Matemática Básica II. Nela, estudaremos razão,


densidade e proporção. Começaremos conceituando a palavra “razão” que vem do
latim ratio e significa divisão, logo, razão é a divisão ou relação entre dois números
a e b, com b ≠ 0, representado pelo quociente a lido como: “a está para b”; “razão
de a/b para b” ou “razão entre a e b”.

Parece confuso, mas não é. No decorrer da aula veremos uma série de exemplos
que facilitarão seu entendimento no assunto.

Observe aquele grupo de pessoas jogando bola. Imagine que eles participaram de
um campeonato e, de 6 jogos disputados, ganharam 4. Portanto, a razão entre o
número de jogos e o número de vitórias é 6/4 = 3/2. Portanto, a cada três partidas,
eles ganharam dois jogos.

Para realização do cálculo, a fração foi simplificada até se tornar irredutível. Esse
conceito foi estudado na 3ª aula do curso “Matemática Básica I”. Logo, razão é a
relação entre duas grandezas que já estão relacionadas ou uma divisão entre dois
valores.

EXERCÍCIO

Existem algumas razões especiais que são utilizadas em nosso cotidiano. A


primeira
que vamos conhecer é a velocidade média.
A "velocidade média" percorrida por um corpo móvel (motocicleta, automóvel, trem
etc.) é uma grandeza obtida pela razão entre uma distância percorrida (expressa em
quilômetros ou metros) e o tempo gasto por ele (expresso em horas, minutos ou
segundos) e definida pela fórmula:

Portanto, a razão entre a distância percorrida por um corpo móvel e o tempo gasto
para percorrê-la é definida como velocidade média.
Imagine que um carro de corrida percorreu 420 km em 2h. Qual foi a velocidade
média do veículo?
Primeiramente devemos levantar os dados do problema que são a distância
percorrida de 420 quilômetros e o tempo gasto de 2 horas. Não possuímos a

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informação referente à velocidade média, pois é justamente o dado que queremos
descobrir.

DADOS DO PROBLEMA
Distância percorrida: 420 km.
Tempo gasto: 2 h.
Velocidade média: ?

Agora, basta aplicar os conceitos na fórmula, observe:

Portanto, a velocidade média do veículo durante a corrida foi de 210 Km/h, ou seja,
para cada hora percorrida o carro deslocou 210 Km. Agora vamos conhecer outra
razão especial que é a escala.

Todos os mapas devem conter uma escala para que o leitor saiba quantas vezes a
área foi reduzida, permitindo o cálculo das distâncias reais dessa área.
Aprenda alguns conceitos relacionados ao assunto.

A fórmula para esse cálculo é bastante simples. Existem três possibilidades


dependendo da informação que desejamos buscar.

Quando não sabemos a distância no terreno, devemos usar a fórmula:

Quando não sabemos a distância no mapa, devemos usar a fórmula:

Quando não sabemos qual é a escala do mapa, devemos usar a fórmula:

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Portanto, cada vez que nos depararmos com um problema de escala temos que
identificar a incógnita para então utilizarmos a fórmula adequada. Acompanhe o
exemplo:

Imagine que esse campo de futebol


possui 8 metros de
comprimento. Qual seria o valor da
escala, sabendo que a
planta baixa utilizada possui 5 cm?

ETAPA 1

Primeiramente devemos identificar a incógnita por meio do levantamento das


informações apresentadas no problema:

Comprimento real: 8 m
Comprimento do desenho: 5 cm
Escala: ?

Note que as unidades de medida são diferentes (8 metros e 5 centímetros), porém


elas devem possuir a mesma unidade de medida. Nesse caso é necessário
transformar 8 metros em centímetros, acompanhe.

Conforme estudamos, quando não sabemos qual é a escala do mapa, devemos


utilizar a seguinte fórmula:

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Agora, acompanhe outro exemplo. Imagine que você tenha comprado um
apartamento que ficará pronto em um ano. A planta baixa indica as dimensões do
futuro apartamento com escala de 1: 100 ou _1_ que deve ser lido como 1 cm para
100 cm. 100

Isso significa que cada centímetro medido na planta corresponde a 100 centímetros
ou 1 metro na realidade.
Nesse caso, qual seria o comprimento real da sacada?

Para resolvermos o problema devemos levantar os dados e identificar a fórmula


adequada.

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Assim, com base nas informações podemos calcular as medidas reais da sacada da
seguinte forma.

Portanto, as medidas reais da sacada são: 240 cm e 85 cm ou 2,4 m e 0,85 m.

Também podemos
chegar ao resultado de
outra maneira,
acompanhe:

Esse procedimento é
conhecido como regra
de três que
estudaremos mais
detalhadamente na
próxima aula.

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Você se lembra dos conceitos estudados sobre massa e volume no curso
“Matemática Básica I”? Agora iremos mais além, estudaremos sobre “densidade”
que nada mais é que a razão entre a massa de um corpo e o volume que ele ocupa.
Observe na fórmula que densidade é igual a massa, dividido pelo volume.

A densidade dos sólidos e líquidos é expressa em gramas por centímetro cúbico


(g/cm3). Falando sobre isso, imagine que uma barra de ouro puro pesa 3kg e tem
volume de 155,44 cm3. Esses dados permitem calcular a densidade do ouro,
acompanhe.

Portanto, a densidade do ouro é de aproximadamente 19,3 g/cm3.

Acabamos de aprender que a densidade do ouro puro é de 19,3 g/cm3.


A presença de outros metais diminui a densidade relativa, que pode baixar até 15
g/cm3, pois a densidade dos outros metais é menor que a do ouro.

Há também a densidade demográfica, ou seja, a razão entre o número de


habitantes e a área da região ocupada por eles. Acompanhe um exemplo, vamos
descobrir a densidade do Distrito Federal, para isso precisamos de alguns dados

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como a população que é de 2.455.903 e a área que é de 5.801,94 Km2. Agora,
atente-se para a fórmula e o cálculo.

Portanto, a densidade demográfica do Distrito Federal é de aproximadamente


423,29 hab./km2.

Agora você já sabe onde aplicar o conceito de razão que é a relação existente entre
grandezas da mesma espécie. Evoluindo nesse conceito, nosso próximo assunto
será “proporção”.

Acompanhe a comparação do número de pés com o número de dedos.

Ao compararmos um pé
e
cinco dedos, chegamos
a
proporção de um para
cinco.

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Ao compararmos dois pés e
dez dedos, chegamos a
proporção dois para dez.

Pegando nossos pés como exemplo, podemos dizer que o número de pés está para
o número de dedos na razão um para cinco, dois para dez e assim sucessivamente.
Essas razões apresentam as seguintes igualdades: um para cinco e dois para
dez.

Logo, cada uma dessas igualdades é uma


proporção, que também podem ser escritas
assim: 1: 5 = 2 :10.

Note que os números 1, 5, 2, 10 são os termos da


proporção, sendo que 1 e 10 são extremos e 5 e 2 são os
meios

Importante saber que em toda proporção, o produto dos meios é igual ao produto
dos extremos. Nesse caso o produto dos meios é 10 (5 x 2) e o produto dos
extremos também é 10 (1 x 10). Esse cálculo também pode ser feito da seguinte
forma:

Resumindo... uma proporção é


uma igualdade entre duas
razões, a/b = c/d , sendo os
números a/b e c/d designados
razões. Numa proporção a/b =
c/d, dizemos que a, b, c

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e d são termos da proporção, a e d são os extremos e b e c são os meios.

Atenção! Existem razões que não formam uma proporção. Acompanhe o exemplo
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das razões 15 e 2

As razões não formam uma proporção, pois o produto dos meios é diferente do
produto dos extremos.

AULA 5 – GRANDEZA E REGRA DE TRÊS

Antes de começarmos, imagine a altura de um prédio de cinco andares, o volume


da
caixa d’água de uma casa, a velocidade de um automóvel, o número de gols de
uma
partida de futebol etc., tudo isso está relacionado a grandezas que nada mais é que
uma relação numérica estabelecida com um objeto. É tudo que podemos contar,
medir, pesar e enumerar.

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Para facilitar o entendimento, acompanhe a rotina de Roberto. Atente-se para a
diferença entre grandeza e unidades de medida de cada exemplo apresentado.

Viu quantas grandezas e unidades de medida utilizamos no decorrer do nosso dia!


Agora, nos aprofundaremos nesse conceito.

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Imagine que um estudante tenha comprado duas réguas ao custo de R$ 5,00, logo
se ele comprar três réguas o custo total será R$ 7,50, pois o custo unitário é de R$
2,50.

Nesse caso, quanto maior a quantidade de réguas, maior a quantia a ser paga.
Logo
duas grandezas são diretamente proporcionais quando a variação de uma implica
na variação ou mudança da outra, na mesma proporção, mesma direção e sentido.

Acompanhe outro exemplo: imagine que uma papelaria cobra R$ 0,20 por página
xerocada. Nesse caso, duas páginas custarão R$ 0,40; três R$ 0,60 e assim
sucessivamente.

A razão entre a quantidade de páginas xerocadas e o preço é sempre o mesmo,


observe.

Portanto, o preço é diretamente proporcional à quantidade de páginas xerocadas.

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Imagine que esse carro tenha percorrido uma distância de 100 metros a uma
velocidade de 50 km/h em 10 segundos. Se este mesmo carro aumentar para 100
km/h gastará apenas 5 segundos para percorrer os mesmos 100 metros.

Nesse caso quanto maior a velocidade do automóvel, menor o tempo gasto.

Esse caso apresenta duas grandezas inversamente proporcionais e acontece


quando, ao dobrar o valor de uma grandeza, a outra reduz pela metade ou ao
reduzir uma grandeza pela metade, a outra dobra e assim por diante. Logo, duas
grandezas inversamente proporcionais variam na razão inversa da outra.

Acompanhe outro exemplo para compreender melhor! Imagine que você tenha
comprado 240 figurinhas da Copa do Mundo de Futebol para dividir entre seus a
migos. O número de figurinhas que cada amigo receberá depende do número de
amigos que você considerou.
Veja a tabela.

A razão entre o número de amigos é o inverso do número de figurinhas por amigo.

Logo, o número de amigos é inversamente proporcional ao número de figurinhas


que cada um receberá.

Conhecer o conceito de grandeza é muito importante para o cálculo de regra de três


que constitui uma maneira prática para resolver problemas que envolvem duas
grandezas, direta ou inversamente proporcionais. Para resolver uma regra de três
simples devemos seguir três etapas, acompanhe o exemplo.

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Regina tem 165 cm de altura e Carlos 185. Num dia de sol, eles mediram suas
sombras e o comprimento da sombra de Carlos era de 60 cm. Portanto qual era o
comprimento da sombra de Regina?

Portanto o comprimento da sombra de Regina é de 55 cm.

Imagine que um atleta percorre 20 km em 2h, mantendo o mesmo ritmo. Quanto


tempo será necessário para ele percorrer 30 km?

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Portanto, o atleta percorre 30 km em 3h.
Agora, imagine que os funcionários de uma construtora trabalharam 8 horas por dia
e finalizaram uma obra em 20 dias. Se o número de horas de serviço fosse reduzido
para 5 horas, em que prazo o mesmo trabalho seria finalizado?
Para realizar o cálculo, primeiramente organize as informações apresentadas.

Perceba se as grandezas são diretamente ou inversamente proporcionais. Note que


diminuindo o número de horas trabalhadas por dia, o prazo para término da obra
aumenta, logo as grandezas são inversamente proporcionais.

Agora montamos a proporção e resolvemos a equação.

Note que quando as grandezas são inversamente


proporcionais,devemos inverter os termos de uma
grandeza.

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Logo, se o número de horas de serviço fosse reduzido para 5 horas, o trabalho seria
finalizado em 32 dias.

Agora acompanhe esse exemplo envolvendo grandezas proporcionais e


inversamente proporcionais. Imagine que 12 tecelões em 90 dias de trabalho com
jornada de 8 horas diárias produzem 36 metros de tapete. Quantos dias levarão 15
tecelões para fazer 24 metros de tapete, trabalhando 6 horas por dia?

ETAPA 1

ETAPA 2

ETAPA 3

31
ETAPA 4

ETAPA 5

ETAPA 6

32
Após realizar os cálculos, constatamos que os números: 12, 90, 8, 24 são
numeradores e os números 15, 6, 36 são denominadores. Logo temos:

Serão necessários 64 dias


de trabalho para fazer a
quantidade de tapete
solicitada.

Agora, acompanhe outro exemplo utilizando um modo de cálculo diferente. Em um


prédio, 6 pintores pintam uma área de 300m² em 2 horas. Quantos pintores serão
necessários para pintar uma área de 400m² em 1 hora?

Então podemos montar as razões da seguinte forma:

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AULA 6 – PORCENTAGEM E JUROS SIMPLES

Chegamos à última aula do curso “Matemática Básica II” e falaremos de um assunto


muito interessante que faz parte do nosso dia a dia, a porcentagem. Observe:

- Dona Margarida teve um desconto de 10% ao comprar essa blusa de lã.


- 80% dos comerciantes dessa feira de artesanato acreditam que as vendas
aumentarão 5% no próximo mês, devido às festas que ocorrerão na cidade.
- Esse belo quadro sofreu um aumento de 5% na semana passada.

Realmente é muito comum ouvirmos falar disso no dia a dia. Quem nunca se
deparou com promoções do tipo: só hoje 10% de desconto em toda loja, aproveite
os descontos especiais de até 60%, compre hoje e evite o reajuste de preços.

Pois bem, porcentagem pode ser definida como a centésima parte de uma
grandeza, ou ainda como uma fração cujo denominador é 100, ou seja, 40% é igual
a_40_ que corresponde a 0,40.
100

Não podemos esquecer que a porcentagem é representada pelo símbolo de %.


O mais interessante é que podemos utilizar a regra de três para calcular a
porcentagem.
Acompanhe os exemplos.

Antônia é comerciante na feira de artesanato e vende, em média, R$ 700 por mês.


Como está prevendo um aumento de 15% nas vendas devido às festas que
ocorrerão na cidade no próximo mês, quanto venderá? Existem várias maneiras de
resolver esse problema de porcentagem, porém utilizaremos a regra de três para
calculá-lo.

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Portanto, o aumento das vendas será de R$ 105,00 e o valor total das vendas do
próximo mês será de R$ 805,00.

Agora imagine que em um jogo de basquete um único jogador tenha feito 25% dos
92 pontos marcados por seu time. Vamos descobrir quantos pontos ele fez por meio
do cálculo da porcentagem.

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Agora acompanhe o cálculo do mesmo exemplo usando regra de três. Para realizar
o levantamento de dados, observe que 92 pontos estão para 100%, assim como “x”
pontos estão para 25%, assim formamos a proporção:

Acompanhe o cálculo de 100%.

Nessa barraca, Dona Elisa vende anéis variados, 42 deles contêm pedras
brasileiras e correspondem a 60% do total.
Quantos anéis Dona Elisa têm no total?

Observe que 42 anéis estão para


60% assim como x anéis estão
para 100. Veja a proporção e
acompanhe o cálculo por meio da
regra de três.

Outra forma de resolver o


problema é por meio de uma
equação, em que x é o número
total de anéis.
Resolvendo a equação em x,

Logo, Dona Elisa tem 70 anéis em sua barraca.

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Agora vamos aprender a calcular porcentagem. Imagine que essa feira de
artesanato possuísse 15 barracas variadas e que 6 delas vendessem somente
artigos voltados ao público infantil. Qual seria a porcentagem de barracas que
venderia outros tipos de artigos?

Ao subtrair o número total de barracas pelo número de barracas de artigos infantis,


encontramos a quantidade de barracas de artigos variados, que nesse caso é 9.

Com base na informação anterior, faremos o cálculo da porcentagem utilizando o


conceito de regra de três:

A porcentagem de barracas variadas é de


60%.

Outro assunto muito interessante é o cálculo de aumento e desconto em


porcentagem.
Por exemplo, imagine que na semana passada você tenha pesquisado o preço de
uma calça e de uma camiseta na feira de artesanato. Hoje, decidiu comprá-las, mas
ao chegar à barraca percebeu que os preços foram alterados. A calça, que custava
R$ 83,00 sofreu aumento de 10% e a camiseta, que custava R$ 42,00, teve
desconto de 5%. Quanto gastará?

O cálculo de aumento deve ser feito da seguinte forma: primeiramente


determinamos a porcentagem do preço atual da calça em relação ao preço antigo,
ou seja, 100% mais 10% que corresponde a 110%.

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Depois calculamos 110% do preço
antigo da calça (R$ 83,00) e
obtemos o preço atual.

Observe que há duas formas de fazê-lo:

Agora, vamos aprender o cálculo de desconto que é realizado da mesma maneira.


Primeiramente determinamos a porcentagem do preço atual da camiseta em relação
ao preço antigo, ou seja, 100% menos 5% que corresponde a 95%.

100% - 5% = 95%

Depois calculamos 95% do preço antigo (R$ 42,00) e obtemos o preço atual.
Observe que há duas formas de fazê-lo:

Para finalizar some os dois valores e obtenha o valor final da compra.

Calça: R$ 91,30 + Camiseta: R$ 39,90 =


Total: R$ 131,20

Logo, o valor total da compra será de R$ 131,20.

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Agora, falaremos de outro assunto bastante comentado no dia a dia, o juro. Você
saberia nos dizer o juro cobrado ao realizar um empréstimo bancário, ao comprar
uma TV com pagamento parcelado, ou ainda, quanto renderá aquele dinheirinho da
poupança.

Para aprender a calcular juros, primeiramente é importante saber alguns conceitos.

Capital: posses em dinheiro ou em propriedades, ou ainda, valores empregados em


uma empresa.
Juros Simples: acréscimos somados ao capital inicial no final de uma aplicação.
Montante: soma de um capital com o respectivo juro.

De modo geral o juro simples (J) que incide de um capital (C) a uma taxa de juro (i)
por um determinado prazo (t) é calculado por meio da seguinte fórmula:

Imagine que você tenha emprestado dinheiro do banco, seja por meio de um
empréstimo, cheque especial, hipoteca etc., sem dúvida serão cobrados juros sobre
esse dinheiro. O mesmo aconteceria se ocorresse o contrário, em um investimento,
caderneta de poupança etc., o banco utilizaria o seu dinheiro e, nesse caso, você
receberia juros.

Veja outro exemplo prático. Durante quatro meses, Vinicius conseguiu economizar
R$ 1.000,00 e para não cair em tentação colocou esse dinheiro na poupança.
Quanto Vinícius terá na poupança após um mês, sabendo que a taxa de juros foi de
0,5% ao mês?

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Portanto, depois de um mês Vinicius receberá R$ 5,00 de juros e terá na poupança
R$ 1.005,00.

Agora veja uma situação de empréstimo. Daniel fez um empréstimo de R$ 1.000,00


com um amigo à taxa de juro simples de 2% ao mês. Depois de três meses quanto
ele pagou?

Portanto, depois de três meses Daniel pagará R$ 60,00 de juros, logo R$ 1.060,00
pelo empréstimo. Observe que no sistema de juro simples, o juro incide apenas
sobre o capital. O montante obtido nesse sistema depende do capital, do tempo de
aplicação e da taxa de juros.

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Imagine que você queira comprar um novo aparelho de TV. A loja oferece duas
formas diferentes para o pagamento, R$ 630,00 à vista ou em 8 parcelas de R$
94,50, custando ao final R$ 756,00. Por que isso acontece?

O preço da TV a prazo é maior porque é cobrado juro em relação ao preço à vista.


Vamos calcular o juro que será
cobrado pelo parcelamento.

Primeiro levante as informações


do problema.

Descubra a diferença do
preço da TV à vista e a
prazo.

Encontre a porcentagem de juro que será


cobrado na TV a prazo.

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Logo, o juro cobrado na TV a prazo é de
20%. Para saber a taxa cobrada ao mês,
basta dividir 20% por 8 (dado que
corresponde ao número de parcelas).
Nesse caso, obtemos 2,5% que é a taxa
de juro simples mensal.

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