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CONCEITOS EM GENÉTICA

A teoria evolutiva de
LAMARCK

Rosana Tidon

Laboratório de Biologia Evolutiva, Departamento de Genética e Morfologia,


Instituto de Ciências Biológicas, Universidade de Brasília

Autor para corespondência: rotidon@pq.cnpq.br

64 Genética na Escola | Vol. 9 | Nº 1 | 2014


Genética na Escola – ISSN: 1980-3540

Q uando se fala sobre teorias da Evolução Biológica, dois


grandes nomes são logo lembrados: Lamarck e Darwin.
O estudioso francês é muitas vezes considerado como “aquele
que estava errado”, e Darwin, como “aquele que estava certo”.
Entretanto, essa fama é injusta. A trajetória científica de
Lamarck mostra grandes acertos, e parte dos erros que ele
cometeu estão presentes também na obra de Darwin.

A Evolução Biológica é ocasionalmente


abordada no segundo ciclo do Ensino
Fundamental, e mais frequentemente no úl-
timo ano do Ensino Médio. Nessas ocasiões,
as teorias de Lamarck e de Darwin são mui-
tas vezes comparadas de forma equivocada,
favorecendo confusões conceituais. A teoria
de Darwin é tradicionalmente relacionada
à Seleção Natural, enquanto que a de La-
marck costuma ser caracterizada por duas
ideias principais: a “Lei do Uso e Desuso” e
a “Herança dos Caracteres Adquiridos”. Essa
simplificação conduz a uma interpretação
errônea das ideias desses dois grandes na-
turalistas, principalmente das de Lamarck
(FREZZATTI-JUNIOR, 2011). Este ar-
tigo revisita a teoria de Lamarck, e compara
alguns de seus aspectos com a proposta por
Darwin. Nessa abordagem serão tratados
os principais conceitos associados ao lamar-
ckismo, frequentemente mal interpretados
nos textos didáticos. O objetivo é propiciar
ao professor um panorama mais completo e
preciso das ideias desses dois grandes evolu-
cionistas.

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AS IDEIAS DE LAMARCK para, baseado neles, propor explicações. Ele


foi o primeiro a propor uma sistema teóri-
O francês Jean-Baptiste Pierre Antoine de
co completo para explicar as mudanças das
Monet (1744-1829), que herdou do pai
espécies ao longo do tempo, embora nunca
o título de cavaleiro de Lamarck, não foi o
tenha usado o termo “evolução” ou “transfor-
primeiro a admitir mudanças nas espécies ao
mação” para se referir a essas mudanças.
longo do tempo. Antes dele, outros filósofos
naturais desenvolveram ideias sobre a trans- A Teoria de Lamarck, em livros didáticos e
formação das espécies. Dentre eles podemos salas de aula, costuma ser associada às leis do
citar seu conterrâneo famoso, Georges Louis uso e desuso e herança dos caracteres adqui-
Leclerc (conde de Buffon, 1707-1788), e o ridos. Esses dois mecanismos realmente são
inglês Erasmus Darwin (1731-1802), avô de componentes importantes da teoria lamar-
Charles Darwin (1809-1882). Entretanto, ckista, mas não capturam adequadamente
embora esses antecessores admitissem mu- toda a essência da obra desse grande pensa-
danças nas espécies ao longo do tempo, eles dor. A compreensão dessa teoria pelos estu-
não desenvolveram teorias sistematizadas dantes será mais produtiva se abordada com
sobre a transformação e origem das espécies. base nos quatro princípios apresentados no
Lamarck era um observador atento dos fatos quadro 1.

QUADRO 1.
PRINCÍPIOS DA TEORIA DE LAMARCK

1. Ocorrência frequente de geração espontânea

2. Lei do uso e desuso

3. Herança dos caracteres adquiridos

4. Aumento da complexidade e progresso

1. Novas linhagens evolutivas ck, esses organismos iniciais classificavam-se


surgem frequentemente em pelo menos dois tipos: os que seguiriam
por geração espontânea como plantas e os que seguiriam como ani-
mais.
No início do século XIX, Lamarck defendia
que, sob certas condições, a matéria inanima- 2. Adaptação ao ambiente
da poderia gerar formas simples de vida que por uso e desuso
ele chamou de “germes” (ébauches). Ele acre- Como muitos de sua época, Lamarck de-
ditava que a chave para a geração espontânea fendia que o uso continuado de um órgão
seria a força de fluidos ativos que atuariam tenderia a desenvolvê-lo, enquanto que seu
sobre a matéria gelatinosa. Dessa maneira, desuso causaria sua redução. Embora a ideia
pela força da natureza, seriam continuamen- já fosse muito antiga quando Lamarck a in-
te produzidos organismos muito simples, corporou em sua teoria (quadro 2), ela ficou
sem órgãos especializados. Segundo Lamar- conhecida como “Primeira Lei de Lamarck”.

QUADRO 2.
Hipócrates de Cós (460-370 a.C.)

Esse médico grego foi um observador atento das variações dentro e entre populações
humanas. Ele sugeriu as leis do uso e desuso, herança dos caracteres adquiridos, para
explicar que “O clima e outros fatores regionais seriam os responsáveis pelas diferenças
entre pessoas que vivem em lugares diferentes”.

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A ideia por trás dessa lei é que, quando ex- voo, a ausência de pernas em serpentes e de
postos a novas circunstancias ambientais, dentes em baleias. Ou seja, ele foi um bom
os fluidos internos dos animais se movi- observador de órgãos vestigiais.
mentam e abrem novas passagens entre as
Lamarck era também um botânico expe-
células. Dessa forma, eles poderiam criar
riente, e percebeu que determinadas gramí-
novos órgãos, com o uso. Lamarck ilustrou
neas tornavam-se raquíticas em primaveras
este ponto comparando os órgãos de um
mais secas, mas que em primaveras pre-
animal recém-nascido com os de sua vida
dominantemente quentes e úmidas essas
adulta. Segundo ele, a observação de como
plantas cresciam mais fortes e vigorosas.
corpo de um indivíduo muda ao longo do
O mesmo fenômeno ele relatou para a al-
seu desenvolvimento ontogenético ilustra-
titude. Sementes de uma mesma espécie,
ria o funcionamento desta lei.
quando cultivadas em altitudes diferentes,
Segundo o naturalista francês, alguns hábi- podem gerar plantas morfologicamente
tos dos animais poderiam induzir mudan- bem diversas. Nos dois casos, a interpreta-
ças estruturais, por uso ou desuso. O caso ção é que o ambiente induziu mudanças na
mais famoso é o do pescoço das girafas. La- forma da planta. Ou seja, o clima e a dispo-
marck argumentou que o hábito (não cons- nibilidade de recursos, que variam notavel-
ciente) de esticar o pescoço para se alimen- mente entre diferentes localidades, teriam
tar na copa das árvores teria conduzido ao uma forte influência na constituição física
aumento do tamanho dessa estrutura, no dos organismos. Por fim, Lamarck atribuía
decorrer das gerações. Para ilustrar o efeito uma grande importância ao tempo (MAR-
do desuso nos animais Lamarck usou, den- TINS; BAPTISTA, 2007). Ele reconhecia
tre muitos outros exemplos, toupeiras que que algumas mudanças só seriam possíveis
não usam o sentido da visão, aves mantidas se considerássemos períodos muito longos
em cativeiro que perdem a capacidade de de tempo.

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3. Continuidade evolutiva ao longo 4. Progressão mediante


das gerações pela herança aumento da complexidade
dos caracteres adquiridos Uma vez originados por geração espontâ-
Lamarck defendia que todas as mudanças nea, organismos inicialmente muito simples
estruturais, causadas pelo uso ou desuso de progrediriam de uma forma a outra, no de-
determinados órgãos, seriam transmitidas correr das gerações, em uma escala crescente
para a geração seguinte. Ou seja, os descen- de complexidade. A força ativa dos fluidos
dentes herdariam as modificações adquiridas os transportaria ao seu destino evolutivo,
(ou perdidas) por seus ancestrais. A ideia da através de uma escala progressiva que con-
herança dos caracteres adquiridos, apesar de duziria à perfeição. Lamarck não supôs que
também muito antiga e amplamente difundi- diferentes espécies descendem de ancestrais
da entre os intelectuais dos séculos XVIII e comuns. Ele interpretava a diversidade bio-
XIX, tornou-se conhecida como a “Segunda lógica que o rodeava como um conjunto de
lei de Lamarck”. formas derivadas de diferentes eventos de
geração espontânea. Os organismos que des-
Sobre nossa história evolutiva, Lamarck
cendem de linhagens mais antigas seriam
especulou que “... se algum quadrúmano, so-
mais complexos porque tiveram mais tempo
bretudo dentre os mais aperfeiçoados, viesse a
para evoluir. Representantes de linhagens
perder (pela necessidade da circunstância ou
que surgiram por geração espontânea mais
alguma outra causa) o hábito de subir em árvo-
recentemente, por outro lado, seriam mais
res e segurar galhos com seus pés, como fazem
simples.
com suas mãos ao se pendurar, e se os indiví-
duos dessa raça, ao longo de uma sucessão de A essência da teoria lamarckista está re-
gerações, fossem forçados a usar seus pés ape- presentada na figura 1. Observa-se que os
nas para o movimento e parassem de usar suas eventos de geração espontânea ocorrem ao
mãos como pés, não há dúvida (...) de que eles longo do tempo, e seguem suas trajetórias
seriam finalmente transformados em bípedes” em direção ao aumento da complexidade.
(LAMARK, 1809, p.309). Entretanto, é importante ressaltar que as

Figura 1.
A teoria de Lamarck pressupõe
diversos eventos independentes
de geração espontânea, ao longo
do tempo, produzindo linhagens
Espécies que evoluem progressivamente
atuais em direção ao aumento da
sso complexidade.
gre
Pro

Escala de
organização

Formas simples geradas espontaneamente

Tempo

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linhagens podem progredir por caminhos posteriormente aracnídeos ou insetos, e


evolutivos diversos, em função do ambiente assim por diante (tabela 1). Em síntese, to-
que elas ocuparam durante a trajetória. A das as linhagens evoluiriam em direção ao
escala dos animais, por exemplo, teria início progresso, mas para isso poderiam trilhar
com organismos muito simples, como póli- caminhos evolutivos diferentes devido à in-
pos ou infusórios, os quais depois de muitas fluência dos ambientes que ocuparam nesse
gerações se tornariam vermes ou radiários, trajeto.

Tabela 1.
Estágios da evolução animal,
ESTÁGIO REPRESENTANTES
segundo Lamarck. A evolução 1o Pólipos e infusórios
de uma linhagem não pressupõe
que ela passe por todos os 2o Vermes e radiários
grupos dentro de um mesmo
estágio. Por exemplo, os seres 3 o
Aracnídeos e insetos
muito simples, do primeiro
estágio, podem atravessar o 4o Moluscos, cirripédios, anelídeos e crustáceos
segundo como vermes ou como
5o Peixes, anfíbios e répteis
radiários.
6o Aves, mamíferos
Adaptado de http://itc.gsw.edu/faculty/bcarter/histgeol/paleo2/chain2.htm

Dado o cenário acima, não é surpresa que os têm existência real. Uma espécie gradati-
Lamarck considerava artificial a classificação vamente se tornaria outra, mais complexa,
dos seres vivos em espécies, gêneros, famílias, ao longo de sua jornada evolutiva através das
ordens e classes: para ele apenas os indivídu- gerações.

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LAMARCK E DARWIN Apesar das semelhanças superficiais entre as


teorias de Lamarck e Darwin, elas são essen-
Embora seja frequentemente ensinado que a
cialmente diferentes. A evolução por seleção
teoria de Charles Darwin não tem nada em
natural conduz a mudanças ao longo das
comum com a de Lamarck, esse não é exata-
gerações que – embora fortemente influen-
mente o caso. Ambos postularam mudanças
ciadas pelo ambiente – não são necessaria-
biológicas ao longo do tempo, e atribuíram
mente progressivas. Lamarck – por outro
uma enorme influência do ambiente nesse
lado - via a evolução biológica como uma
processo. Os dois evolucionistas também
mudança que implicava aumento de comple-
reconheceram importância do uso e desuso
xidade, como uma marcha progressiva para
e da herança dos caracteres adquiridos na
a perfeição. Esse “progresso” era o item das
evolução biológica, embora tenham aborda-
ideias evolucionistas de Lamarck que Da-
do essas ideias em suas teorias de formas di-
rwin chamava de “disparate”, e representa
ferentes. Para Lamarck, essas duas leis con-
uma das grandes diferenças entre as teorias
duziam à adaptação dos organismos aos seus
desses dois grandes naturalistas. Por fim,
ambientes. Para Darwin, por outro lado, elas
Darwin evitou abordar questões religiosas
explicavam a origem da variação sobre a qual
em seus textos, enquanto Lamarck atribui
a seleção natural atua.
claramente o curso do processo evolutivo ao
A constatação de que Darwin se referiu às “supremo autor de todas as coisas”.
leis do uso e desuso e herança de caracteres
adquiridos surpreende muitos estudantes. CONSIDERAÇÕES FINAIS
No capítulo sobre “Leis da Variação” do livro
As conclusões de Lamarck parecem mais in-
“A Origem das Espécies”, ele se refere aos efei-
tuitivas e persuasivas que as de Darwin. Por
tos do uso e desuso dizendo: “Com base nos
causa disso, muitas pessoas (mesmo acredi-
fatos mencionados no primeiro capítulo, acho
tando conhecer as diferenças entre as teorias
que deve ter restado pouca dúvida quanto à
de ambos) usam inconscientemente raciocí-
ideia de que, entre os animais domésticos o uso
nios baseados no uso e desuso e herança dos
reforça e desenvolve certas partes de seus corpos,
caracteres adquiridos para explicar a mudan-
enquanto o desuso as atrofia, e que tais modi-
ça biológica. Dentre as obras avaliadas no
ficações são hereditárias”. Lembre-se de que
Programa Nacional do Livro para o Ensino
Darwin não conheceu as ideias de Mendel, e
Médio (SECRETARIA DA EDUCAÇÃO
que a teoria hereditária vigente na época (he-
BÁSICA, 2006), por exemplo, algumas in-
rança por mistura, mediada pela pangênese)
duziam o estudante a pensar que o proces-
pressupunha que os descendentes de um ca-
so evolutivo é linear, progressivo, e conduz à
sal tenderiam a ser intermediários entre eles.
perfeição (ROCHA et al. 2007). Como con-
A predição desse modelo é que as gerações se
sequência desse entendimento equivocado,
tornariam cada vez mais uniformes ao longo
o aprendiz é levado a pensar em organismos
do tempo, perdendo, portanto, variabilidade.
“superiores” e “inferiores”, em répteis viventes
Nesse cenário, Darwin solucionou esse dile-
que descendem de anfíbios viventes, e assim
ma, argumentando que indivíduos de uma
por diante. Essas concepções equivocadas,
mesma ninhada (mesmo que muito seme-
que também foram identificadas entre profes-
lhantes ao nascimento por serem intermedi-
sores de Ensino Médio (TIDON; LEWON-
ários entre seus genitores) poderiam se dife-
TIN, 2004), se opõem à Teoria de Darwin e
renciar ao longo da vida em função do uso
são compatíveis com a Teoria de Lamarck.
ou desuso de diferentes estruturas. Se essas
diferenças acumuladas fossem passadas para Em suma, podemos dizer que, apesar dos
a geração seguinte, então teríamos uma fon- esforços empreendidos até o momento, a
te para variações observadas nas populações teoria de Lamarck ainda continua mal com-
naturais e domesticadas. É importante res- preendida e representa uma fonte fértil de
saltar que as leis do uso e desuso e da heran- equívocos conceituais. Nesse contexto, este
ça de caracteres adquiridos não fazem parte artigo forneceu subsídios para uma compre-
da teoria evolutiva moderna, estabelecida no ensão mais profunda das contribuições desse
século XX. notável filósofo naturalista.

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REFERÊNCIAS
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PARA SABER MAIS


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