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INSTITUTO FEDERAL DE SÃO PAULO

TECNOLOGIA EM GESTÃO DA PRODUÇÃO INDUSTRIAL

FERNANDA EMILIANO DE LIMA

LABORATÓRIO DE CONTROLE DE QUALIDADE


RELATÓRIO DE METALOGRAFIA

São Paulo

Outubro de 2019
Sumário

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 3

2. MATERIAIS UTILIZADOS.................................................................................................. 3

3. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS .............................................................................. 6

3.1 Lixamento ............................................................................................................................. 6

3.2 Ataque químico .................................................................................................................... 7

3.3 Microscopia .......................................................................................................................... 7

4. RESULTADOS ...................................................................................................................... 9

5. CONCLUSÕES .................................................................................................................... 10

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 11

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1. Introdução
O controle de qualidade feito em materiais pode ser estrutural e dimensional. O
controle estrutural, como o próprio nome diz, está relacionado com a estrutura, composição,
do material. O controle dimensional está relacionado com suas dimensões. À disciplina que
estuda as dimensões dos metais, damos o nome de Metrologia. À que estuda a estrutura dos
metais, Metalografia. (ROHDE, 2010)

Este relatório tem como objetivo trazer o detalhamento do experimento realizado no


laboratório de Metalografia, onde no início do semestre foi distribuído a cada aluno um corpo
de prova embutido em baquelite, para que realizássemos os procedimentos de lixamento, até
que alcançássemos as condições necessárias para descobrir com qual metal estávamos
trabalhando.

Após os procedimentos realizados e a descoberta do metal, são trazidos a este relatório


as conclusões obtidas e uma análise bibliográfica do material.

2. Materiais utilizados
a) Corpo de prova embutido;

Figura 2.1

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b) lixas de granulometria 100, 220, 320, 400 e 600;

Figura 2.2

c) Lixadeira manual;

Figura 2.3

d) Secador;

Figura 2.4

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e) Nital 5% de ácido nítrico e 95 % álcool;

Figura 2.5

f) Microscópio;

Figura 2.6

g) Placa de petri de vidro;

Figura 2.7

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3. Procedimentos experimentais
Um corpo de prova, para ser preparado, deve ser passado pelas fases de corte, limpeza
da amostra, embutimento, lixamento, polimento e ataque químico, antes de ser levado à
análise microscópica. Para o corte, é necessário escolher uma seção da peça para análise, a
fim de evitar heterogeneidades que possam prejudicar a análise micrográfica. Na limpeza, é
necessário fazer a remoção de sujeiras, graxas, etc., além de eliminar contaminantes. No
embutimento, que pode ser a frio ou a quente, circundamos o metal com um material
adequado para facilitar o manuseio da amostra e evitar danos às lixas ou ao próprio corpo de
prova.

No caso desse experimento, já nos foi dado em aula o metal embutido a quente, com
baquelite, pronto para a etapa do lixamento, conforme mostra a figura 2.1 deste relatório. As
etapas seguintes são descritas a seguir.

3.1 Lixamento

Para a etapa do lixamento, molhamos a lixa e a colocamos na lixadeira manual,


deixando ligado um fluxo de água na lixadeira, que serve para evitar o aquecimento da
amostra e facilitar o processo. Iniciamos o lixamento, começando pela lixa de granulometria
100, passando sucessivamente a amostra em contato com a lixa molhada, e utilizando técnicas
apropriadas para evitar a formação de faces, o desnível da peça e riscos não paralelos.

Na medida em que a amostra estiver pronta para a próxima lixa, avançamos para a
próxima de nível 220, 320, 400 e por último a 600, sempre girando a peça em 90° para
desaparecerem os traços do lixamento anterior, como no exemplo da figura 3.1.

Figura 3.1. Direção do lixamento. Fonte: RHODE, 2010.

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3.2 Ataque químico

A lixa 600, por ser mais fina, tira os riscos das lixas anteriores e traz brilho ao metal,
que deve ser retirado com o ataque químico para fazermos a análise da microestrutura, pois o
brilho traria o reflexo da luz do microscópio e impossibilitaria a análise.

Para isso, mergulhamos a amostra em contato com o Nital 5% na placa de petri, por
menos de 5 segundos.

Retiramos a amostra do recipiente, e lavamos imediatamente a superfície atacada com


álcool, e em seguida fazemos a secagem, conforme figura 3.2

Figura 3.2. Secagem da amostra. Fonte: RHODE, 2010.

3.3 Microscopia

Nesta última etapa, a amostra está em condições certas para a análise da sua
microestrutura, e utilizamos o microscópio, que com seus fatores de aumento, nos dá a
perfeita visão da microestrutura do metal.

Figura 3.3. Microscópio. Fonte: Autor.

Foi obtido a análise do metal no microscópio conforme a imagem 3.4:

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Figura 3.4. Análise microscópica do corpo de prova. Fonte: Autor.

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4. Resultados

Após feitas os procedimentos experimentais e obtido o ensaio visual e micrográfico da


amostra, o resultado foi de um aço SAE 1045, denunciado pela maior quantidade de perlita,
parte escura, e ferrita, parte clara. Assim como mostram as imagens a seguir, tiradas no
laboratório, que foram comparadas com a imagem do corpo de prova no microscópio.

Figura 4.1. Micrografia dos aços.

Sobre as características do aço SAE 1045, trata-se de um aço para beneficiamento com
temperabilidade (profundidade de transformação martensítica) baixa, ou seja, baixa
penetração de dureza na sua seção transversal. O aço 1045 retangular possui uma boa relação
entre resistência mecânica e resistência à fratura (resistência à tensão e razoável tenacidade ou
resiliência) para a sua faixa de aplicação. É utilizado geralmente com durezas no intervalo de
180 a 300 HB em faixas de 30 a 40 HB. O material SAE 1045 tem, em sua composição
química, praticamente, só o teor de Carbono controlado, o que não lhe garante alta
repetitividade em termos de processamento, quanto aos residuais (uma vez que muitos blocos
e bitolas redondas costumam ser fabricadas à partir de sucata e em forno elétrico, o que leva a
residuais no pico da liga) porém lhe confere um custo mais acessível do que muitos aços
ferramenta para a utilização em seus moldes. (AÇOESPECIAL, 2019)

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5. Conclusões
Ao longo das aulas experimentais, foram observadas uma série de peculiaridades
características da metalografia. É de fundamental importância que algumas técnicas não
deixem de ser seguidas, para que a obtenção dos resultados não seja prejudicada. Nas etapas
de lixamento, deve-se ter muita atenção com a pressão exercida sobre o corpo de provas, é
necessário ponderar sobre quando aplicar maior pressão e quando aplicar menos, pois se não
houver cuidado forma-se na amostra diferentes faces. Se a pressão na peça for exagerada,
também ocorre o problema da formação de riscos muito profundos, que por sua vez são mais
difíceis de se eliminar.

Ao término do lixamento, é importante secar a peça com cuidado, pois no processo da


secagem, caso seja posto um material áspero em contato com o metal, há o risco de surgir
riscos. Por este motivo utiliza-se o secador, com ar quente.

Ao utilizar o secador, deve-se ter atenção com a distância entre ele e a peça, pois se
estiver muito próximo a temperatura do ar pode causar outro tipo de conformação mecânica.
Da mesma forma, não se deve pôr o metal de frente com o ar, e sim de lado, evitando os
mesmos problemas que a temperatura pode causar no material.

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6. Referências bibliográficas

RHODE, Regis Almir. 2010. Preparação de Amostras. Disponível em


http://www.urisan.tche.br/~lemm/metalografia.pdf Acesso em: 15.10.2019

ROCHA, Rhuan. Disponível em:


https://www.academia.edu/34391363/RELATÓRIO_DE_TRABALHO_EXTRA_CLASSE_
DE_METALOGRAFIA

AÇOESPECIAL, 2019. Características do aço 1045. Disponível em:


www.acoespecial.cm.br/aco-1045

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