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Morungaba-SP
2019
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Morungaba-SP
2019
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RESUMO
ABSTRACT
This report presents the proposal of a video class with content on peoples and
cultures, which works with History and Geography, taking place and time as
structuring concepts. The video lecture is aimed at students in the 5th grade of
Elementary School and has as its theme the fires in the Amazon and human action in
time and space.
Keywords: video class, peoples, cultures, history, geography, place, time, Amazon,
fires.
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 06
2. OBJETIVOS 06
3. DESCRIÇÃO DAS OBSERVAÇÕES 07
4. ANÁLISES E DISCUSSÕES 08
5. CONTRIBUIÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DO PROJETO INTEGRADOR 09
5.1 Informações didáticas e metodológicas 09
5.2 Informações temáticas 11
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 15
REFERÊNCIAS 16
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1- INTRODUÇÃO
A atividade proposta nesse trabalho é relatar as informações necessárias
para a elaboração de uma vídeo-aula a ser preparada tendo como tema os
Incêndios na Amazônia no ano de 2019 e sua relação com a ação humana no tempo
e no espaço.
As informações são: dados específicos sobre o problema dos incêndios
(notícias da mídia em geral e dados bibliográficos), dados levantados da observação
de campo de aulas dadas para 5ºs anos e informações didático-pedagógicas sobre
esse público alvo: crianças de nove e dez anos de idade – perfil, como aprendem, o
que as motiva e atrai, ideias e possibilidades de recursos a serem utilizados,
especialmente recursos ligados a aulas digitais.
Essas informações são imprescindíveis para que se possa desenvolver uma
aula que seja interessante, relevante, que desperte e motive o aprendizado de
conteúdos ligados aos conceitos de lugar e tempo nas disciplinas de história e
geografia, e que conecte os alunos à realidade social e cultural onde estão inseridos.
2. OBJETIVOS
O objetivo principal dessa coleta de informações é desenvolver e propor uma
vídeo-aula que atenda demandas curriculares nacionais, especialmente nas áreas
de história e geografia, que mobilize os alunos a um aprendizado prático que os
torne protagonistas sociais, atuantes no meio em que vivem, e que seja interessante,
criativa e envolvente.
De acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), umas das
competências específicas de ciências humanas para o ensino fundamental é
“Identificar, comparar e explicar a intervenção do ser humano
na natureza e na sociedade, exercitando a curiosidade e
propondo ideias e ações que contribuam para a transformação
espacial, social e cultural, de modo a participar efetivamente
das dinâmicas da vida social”.
É oportuno, portanto, abordar os problemas recentes dos incêndios florestais,
despertando nos alunos um espírito de cidadania.
Ainda de acordo com propostas da BNCC, através desse tema de vídeo-aula,
as crianças terão oportunidade de desenvolver o pensamento espacial e
cartográfico, ao lidar com a localização das florestas.
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4. ANÁLISES E DISCUSSÕES
Consideramos que os objetivos das professoras – conscientizar sobre o papel
de cada um na preservação do meio ambiente, na redução de fatores que causam
aquecimento global, efeito estufa e chuvas ácidas e na contribuição para a
reciclagem – foram parcialmente atingidos. Ficou evidente que os alunos, até certo
ponto, compreenderam que devem cumprir com tais responsabilidades. Entretanto
ficou a impressão de que, por terem sido expostos apenas aos métodos
“tradicionais” de ensino (transmissão de informações), não foram afetadas em seus
sentidos e emoções, e não se sentiram pessoalmente impactados e
responsabilizados diante dos desafios que foram apresentados. Faltou um
despertamento mais intenso da cidadania responsável e atuante na área
socioambiental.
Temos percebido através de estudos teóricos e demonstrações práticas que o
aluno aprende fazendo, atuando como protagonista no processo de ensino-
aprendizagem, e não apenas sendo colocado na posição de ouvinte passivo que
recebe informações. Nesse quesito, parece-nos que a abordagem didática vista em
sala de aula deixou a desejar.
Percebemos também que nenhum fato social relevante foi levantado como
tema para discussão – tal como o problema das queimadas que tanto foi ventilado
na sociedade brasileira ao longo do ano de 2019. Isso contraria as mais recentes
propostas de ensino, inclusive para as áreas de história e geografia: desenvolver as
competências de:
“analisar o mundo social, cultural e digital e o meio técnico-
científico-informacional com base nos conhecimentos das
Ciências Humanas, considerando suas variações de significado
no tempo e no espaço, para intervir em situações do cotidiano
e se posicionar diante de problemas do mundo
contemporâneo... Identificar, comparar e explicar a intervenção
do ser humano na natureza e na sociedade, exercitando a
curiosidade e propondo ideias e ações que contribuam para a
transformação espacial, social e cultural, de modo a participar
efetivamente das dinâmicas da vida social” (BNCC).
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podem ser usados, desde que tenham uma resolução de câmera mais alta. É
possível configurar o dispositivo a melhor qualidade, levando em conta que o
ambiente também pode ajudar. Os microfones também facilitam a gravação e
garantem um áudio limpo. Para quem vai investir em material novo, vale comprar os
microfones direcionais.
Existem bons programas disponíveis para gravação e edição:
ActivePresenter, Camtasia Studio, Cyberlink PowerDirector, IMovie, Ocam,
Screenflow e Windows Movie Maker, por exemplo.
Por fim, quanto à gravação de vídeos criativos e interessantes, notamos que
não existe uma fórmula mágica. Mas pode-se seguir essas dicas para tornar o
resultado bem interessante. Primeira: falar sobre os próprios interesses! Este é um
ótimo jeito de começar, pois quando se tem domínio do assunto é mais fácil, e a
possibilidade de falar com paixão é maior. Isso acrescenta realismo e emoção dando
personalidade ao vídeo. Segunda: contar histórias. As pessoas adoram ouvir
histórias, isso as inspira.
que essa delicada transferência possa entrar em colapso. A perda de apenas mais
uma fração dessa floresta geradora de umidade poderia tornar seca uma fração
ainda maior dela, o que reduziria ainda mais as chuvas, em uma espiral
autossustentável. As mudanças climáticas, as décadas de desmatamento e o
desmatamento por incêndios intencionais já provocaram secas recordes em 2005,
2010, e 2015-2016.
Por que a Amazônia importa? A Amazônia tem 60% de sua área no Brasil e é
a maior floresta tropical do mundo. É considerada um grande centro de
biodiversidade, com muitas plantas e animais que só podem ser encontrados ali. A
densa floresta absorve uma quantidade enorme do dióxido de carbono produzido
mundialmente. Esse é o gás que, segundo estudos, é o maior causador das
mudanças climáticas. De acordo com os cientistas, preservar a Amazônia é vital
para combater o aquecimento global.
Os incêndios florestais no Brasil atingiram o seu pico desde pelo menos 2013,
tendo aumentado 84% em 2019 até 23 de agosto, comparado com o mesmo período
do ano anterior, de acordo com o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Houve 78.383 incêndios neste ano, quase metade deles apenas em agosto.
A Amazônia possui um ecossistema único e insubstituível, sendo a maior
detentora da maior rede de rios do globo. São 6,7 milhões de quilômetros que se
estendem por nove países e abrigam 10% das espécies do planeta. O bioma ajuda a
estabilizar o clima, o ciclo da água do planeta, gera alimentos e garante água e
energia para toda região. Ela é o lar de 34 milhões de pessoas, incluindo mais de
350 povos indígenas, alguns deles vivendo em isolamento voluntário.
Qual o papel da Amazônia na oferta de água e na luta contra o aquecimento
global? A Amazônia é peça fundamental contra a crise climática, pois possui as
maiores reservas de carbono do mundo. Em caso de desmatamento, há a liberação
de milhões de toneladas de gases de efeito estufa, piorando o cenário climático. A
floresta ainda recicla sua própria água, gera umidade e permite um clima adequado
na América do Sul, mesmo em regiões mais afastadas. Ela também abriga 20% da
água doce do planeta.
Cientistas temem que a continua destruição da Amazônia possa chegar a um
ponto de não retorno, quando a região chegaria a um ciclo de rebaixamento de
floresta para savana. O cientista brasileiro Carlos Nobre acredita que de 15% a 17%
de toda a Amazônia já foi destruída. Primeiro, pesquisadores pensavam que esse
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ponto de não retorno seria 40%. Mas isso mudou com o aquecimento global, o
aumento de temperaturas da Amazônia e os incêndios. Hoje, acredita-se que esse
ponto seja entre 20% e 25%. Se esse ponto for atingido, essa regressão de status
da floresta durará de 30 a 50 anos, um período em que 200 bilhões de toneladas de
dióxido de carbono serão jogados na atmosfera, segundo Nobre, tornando difícil
para o mundo manter o aumento de temperatura entre 1,5 e 2 graus Celsius, a meta
para evitar efeitos mais devastadores do aquecimento global.
Quais são as zonas mais afetadas pelos incêndios? Os incêndios recentes
devastaram áreas enormes da Amazônia no Brasil e na Bolívia e outras regiões,
como o Bosque Chiquitano, o Chaco, o Pantanal e o cerrado (também atingindo o
Paraguai).
O impacto causado pelos incêndios na Amazônia é enorme. Os incêndios
podem aumentar a crise climática por conta das emissões de carbono provenientes
da queima de matéria orgânica. As áreas afetadas serão mais vulneráveis às secas,
inundações e outros efeitos das mudanças climáticas devido à falta de cobertura
vegetal. A perda de floresta reduzirá também a capacidade de absorção do dióxido
de carbono. A geração e a dispersão da fumaça comprometem a qualidade do ar de
regiões próximas e afastadas. Os incêndios provocam a morte de milhares de
animais e plantas que habitam a região, e prejudica o habitat das espécies
sobreviventes. Eles causam graves problemas sociais, econômicos e de saúde
pública. Os meios de vida de pequenos produtores locais e povos indígenas estão
ameaçados pelo avanço das chamas. O aumento das queimadas e do
desmatamento gera diminuição da evapotranspiração da Amazônia. Também está
em risco a água, pois as florestas são as principais captadoras desse recurso e são
responsáveis por abastecer as fontes que, finalmente, levam esse recurso até as
cidades.
O que cada pessoa pode fazer para ajudar? Manter-se informado sobre o que
acontece na Amazônia e as ameaças que ela enfrenta. Usar o poder das suas redes
sociais para compartilhar informações com familiares, amigos e conhecidos. Incluir
mais opções vegetarianas em suas dietas e escolher produtos que não estejam
associados ao desflorestamento. Exigir do governo e autoridades competentes que
implementem ações urgentes para deter o desmatamento na maior floresta tropical
do planeta são algumas das opções viáveis a serem feitas pela população em geral.
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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesse relatório pudemos desenvolver e propor o “tripé estrutural” da vídeo-
aula, considerando: (1) A pesquisa de campo, que apontou para a necessidade de
se elaborar aulas participativas, diversificadas, criativas e envolventes. (2) A
pesquisa didática e tecnológica, que indicou métodos e abordagens adequados para
crianças de nove e dez anos de idade, bem como a importância, maneiras e
cuidados no uso de recursos audiovisuais. (3) A pesquisa de um tema de relevância
prática e social, a saber, as queimadas na Amazônia e sua relação com a ação
humana, sendo que essa temática está alinhada com as propostas curriculares
nacionais.
Com essas informações, pretendemos elaborar uma vídeo-aula interessante
e relevante, que enriqueça os conhecimentos das crianças acerca dos conceitos de
espaço e tempo, relacionados com as disciplinas de história e geografia, e as
conscientize e conduza a uma postura ativa de preservação do meio ambiente!
Como já foi colocado por Frezza e Silva (2010, p.52):
Os problemas de espaço e tempo que as crianças enfrentam
não envolvem complicados conteúdos da física, mas se
referem a coordenar movimentos em suas ordens temporal e
espacial, enfim, em organizar os comportamentos confrontando
aspectos subjetivos (influenciados pelo egocentrismo) com a
realidade objetiva. A sistematização dessas condutas desde a
infância influencia fortemente o desenvolvimento da inteligência
e repercute por toda a vida do sujeito.
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REFERÊNCIAS