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MANUEL BANDEIRA
MANUEL BANDEIRA
1 - INTRODUÇÃO...............................................................................................04
2 - DESENVOLVIMENTO...................................................................................04
3 - CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................11
4 - REFERÊNCIA................................................................................................11
1- INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo aumentar o conhecimento geral sobre Manuel
Bandeira (Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho), professor, poeta, cronista,
crítico e historiador literário, nasceu no Recife, PE, em 19 de abril de 1886, e faleceu
no Rio de Janeiro, RJ, em 13 de outubro de 1968.
2- DESENVOLVIMENTO
Com uma obra recheada de lirismo poético, Bandeira foi adepto do verso livre, da
língua coloquial, da irreverência e da liberdade criadora. Os principais temas
explorados pelo escritor são o cotidiano e a melancolia.
No Rio de Janeiro, para onde viajou com a família, em função da profissão do pai,
engenheiro civil do Ministério da Viação, estudou no Colégio Pedro II (Ginásio
Nacional, como o chamaram os primeiros republicanos). Foi aluno de Silva Ramos,
de José Veríssimo e de João Ribeiro, e teve como condiscípulos Álvaro Ferdinando
Sousa da Silveira, Antenor Nascentes, Castro Menezes, Lopes da Costa, Artur Moses.
Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, onde foi o terceiro ocupante da
cadeira 24, cujo patrono é Júlio Ribeiro. Sua eleição ocorreu em 29 de agosto de 1940,
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sucedendo Luís Guimarães Filho, e foi recebido pelo acadêmico Ribeiro Couto em 30
de novembro de 1940.
A imagem de bom homem, terno e em parte amistoso que Bandeira aceitou adotar
no final de sua vida tende a produzir enganos: sua poesia, longe de ser uma pequena
canção terna de melancolia, está inscrita em um drama que conjuga sua história
pessoal e o conflito estilístico vivido pelos poetas de sua época. Cinza das Horas
apresenta a grande tese: a mágoa, a melancolia, o ressentimento enquadrados pelo
estilo mórbido do simbolismo tardio. Carnaval, que virá logo após, abre com o
imprevisível: a evocação báquica e, em alguns momentos, satânica do carnaval, mas
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termina em plena melancolia. Essa hesitação entre o júbilo e a dor articular-se-á nas
mais diversas dimensões figurativas. Se em Libertinagem, seu quarto livro, a
felicidade aparece em poemas como "Vou-me embora pra Pasárgada", onde é
questão a evocação sonhadora de um país imaginário, o pays de cocagne, onde todo
desejo, principalmente erótico, é satisfeito, não se trata senão de um alhures
intangível, de um locus amenus espiritual. Em Bandeira, o objeto de anseio estará
sempre envolto em névoas e fora do alcance. Lançando mão do tropo português da
"saudade", poemas como Vou-me embora pra Pasárgada e tantos outros encontram
um símile na nostálgica rememoração bandeiriana da infância, da vida de rua, do
mundo cotidiano das provincianas cidades brasileiras do início do século. O
inapreensível é também o feminino e o erótico. Dividido entre uma idealidade
simpática às uniões diáfanas e platônicas e uma carnalidade voluptuosa, Manuel
Bandeira é, em muitos de seus poemas, um poeta da culpa. O prazer não se encontra
ali na satisfação do desejo, mas na excitação da algolagnia do abandono e da perda.
Em Ritmo Dissoluto, seu terceiro livro, o erotismo, tão mórbido nos dois primeiros
livros, torna-se anseio maravilhado de dissolução no elemento líquido marítimo, como
é o caso de Na Solidão das Noites Úmidas.
- Carnaval, 1919;
- Os Sapos, 1922;
- Libertinagem, 1930;
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Busca a cultura popular, sobretudo a nordestina, fazendo citações de cantigas
antigas e elementos do folclore brasileiro como embolada, cordel, repente e cantiga
de roda estão no centro deste poema. E como se fosse brincadeira de roda autor nos
convida a retornar ao mundo lúdico.
O autor pode ter sido influenciado a colocar o título de Trem de Ferro, pois:
A produção de cana de açúcar foi muito forte no período de 1930-1950, pois com
a crise de 29 a safra do café caiu, e com isso houve um interesse pela cana de açúcar
e o algodão, e havia mão de obra em abundância e barata. Através destes requisitos
houve uma modernização, pois os estados financiaram pesquisas.
A mão de obra era quase escrava, o trabalhador era submetido a uma extensa e
cansativa jornada de trabalho, o pagamento muitas vezes, dava somente para pagar
suas refeições. O trabalhador encontrava-se preso, sem esperança de retorno para
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sua cidade natal. “Quando me prendero no canaviá”. Ironicamente anos antes o Brasil
passou por uma série de aprovação de leis trabalhista como regulamentação do
trabalho feminino e infantil, descanso semanal remunerado, férias remuneradas e
jornada de trabalho de oito horas diárias.
O “canaviá” no poema pode ser comparado a uma cadeia onde cada pé de cana
é um “oficiá”, reafirmando a ideia de prisão.
A linguagem simples, opaca chama atenção sobre si. A escolha das palavras, dos
sons e das repetições possibilita ao leitor uma interpretação mais vívida do conteúdo.
O autor marca com três versos repetidos os “tempos” do poema seu início com
os versos: “Café com pão/ Café com Pão/ Café com pão…” o meio da viagem se dá
com a seguinte repetição “… Muita força/ Muita Força/Muita Força…” e o fim da
viagem com “…Pouca gente/Pouca gente/Pouca Gente…”
Quanto a pontuação, Manuel Bandeira não usa de nenhum ponto final, é como
se a viagem não parasse, o trem está sempre andando por isso a predominância de
reticências que ao total são seis.
Na primeira estrofe não há nada no verso “café com pão” que imediatamente
direcione o pensamento a um trem, não há mesmo qualquer referência direta. No
entanto, a repetição desse verso produz uma sequência de sons oclusivos explosivos,
que em alternância com sons fricativos se assemelha ao barulho proveniente do
deslocamento de uma locomotiva sobre trilhos.
Na última estrofe assim como trem de ferro, o eu – lírico também tem pressa de
chegar “…Vou depressa/Vou correndo/Vou na toda…” dando a ideia de velocidade e
continuidade.
3- CONSIDERAÇÕES FINAIS
4- REFERÊNCIA
BANDEIRA, Manuel. Trem de Ferro. 4ª edição. Editora Global: São Paulo, 1950.
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LEONARDO, Roberto. Viajando no trem de ferro de Manuel Bandeira, análise da
obra. Disponível em <http://eraumavezuem.blogspot.com/2012/12/viajando-no-trem-
de-ferro-de-manuel-86838.html > Acesso em 20 out. 2019.
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