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Editora da Universidade
Estadual da Paraíba
Diretor
Cidoval Morais de Sousa
Diagramação
Carlos Alberto de Araujo Nacre
Conselho Editorial
Alain Vuillemin, UNIVERSITÉ D´ARTOIS
Alfredo Adolfo Cordiviola, UFPE/UEPB
Antonio Carlos de Melo Magalhães, UEPB
Arnaldo Saraiva, UNIVERSÍDADE DE PORTO
Ermelinda Ferreira Araujo, UFPE/UEPB
Goiandira F. Ortiz Camargo, UFG
Jean Fisette, UNIVERSITÉ DU QUÉBEC À MONTRÉAL ( UQAM)
Max Dorsinville, MC GILL UNIVERSITY, MONTRÉAL
Maximilien Laroche, UNIVERSITÉ LAVAL, QUÉBEC
Regina Zilberman, PUC-RS
Rita Olivieri Godet, UNIVERSITÉ DE RENNES II
Roland Walter, UFPE/UEPB
Sandra Nitrini, USP
Saulo Neiva, UNIVERSITÉ BLAISE PASCAL
Sudha Swarnakar, UEPB
Revisores
Eli Brandão da Silva, Luciano B. Justino,
Sébastien Joachim, Antonio Magalhães
A literatura e os lugares
de gênero da cultura
Campina Grande - PB
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 5
NO EMBALO DA SUINGUEIRA:
O USO DA ETNOCARTOGRAFIA NA INVESTIGAÇÃO
DAS REDES SOCIAIS 26
ESTUDOS DA HOMOCULTURA:
APONTAMENTOS SOBRE A CRIAÇÃO DO GT
DA ANPOLL E FACES CRÍTICAS DO HOMOEROTISMO
NA FICÇÃO LITERÁRIA 111
A HOMOAFETIVIDADE FEMININA EM
LYGIA FAGUNDES TELLES 177
O objetivo deste número da Sociopoética e tornar
pública as produções de pesquisadores da área que
projetaram nos artigos ideias que defendem e que
encontram respaldo teórico e pragmático, porque têm
nas vivências dos indivíduos em suas movências afetivas,
bem como endereçamento para os outros de seus afetos
a chave de leitura para cada imagem ou problema dado.
A contribuição desta edição é no sentido de ampliar os
estudos já feitos, aproximando as questões postas do
momento em que estamos vivendo. Os olhares sobre
gênero, então, exibem as alterações feitas na base
teórica, nas performatividades, nos modos de aparecer
e interpretar as subjetividades emergentes e as que
reiteram antigas ordens, sobretudo quanto ao que se
entende por corpo e sujeito.
SocioPoética - Volume 1 | Número 10
RESUMO:
Este artigo versará sobre como a masculinidade é vivida por Luiza-Homem,
personagem protagonista do romance de Domingos Olímpio, escrito em 1903.
Neste romance, narra-se a história insólita desta personagem cujo destino foi
colorido de forma drástica por conta da sua aparência física. No romance, o
narrador onisciente não borra a natureza da mulher em Luzia; ele usa o pincel
mostrando os traços que a colocam no lugar de mulher, enquanto a maioria
dos personagens enfatiza o seu lado viril. A partir desta narrativa inspirada
na ficção regionalista moderna, propomos que seja feita uma nova leitura
de Luzia-Homem sob a perspectiva da teoria queer; com isto, porém, não
estamos insinuando que a personagem tenha uma práxis queer tampouco o
seu autor. Nesta narrativa, salta aos olhos como a aparência importa, e importa
sobremaneira, daí porque traremos à baila a construção desta subjetividade
corpórea considerando a relação com a família, com as vizinhanças e consigo
mesma, em uma nova perspectiva.
ABSTRACT:
This article will focus on how masculinity is experienced by Luiza-Homem,
the main character of the novel by Domingos Olympio, written in 1903. This
novel narrates the unusual history of this character whose fate was dramatically
colorful because of their physical appearance. In the novel, the omniscient
narrator does not blur the nature of woman in Luzia; he uses the brush showing
the traits that put her in the place for women, while most of the characters
emphasizes his manly side. From this narrative inspired by modern regionalist
fiction, we propose a new reading of Lucia-Man from the perspective of queer
theory. However, we are not implying that the character has a queer praxis
nor its author. In this narrative, strikes the eye like appearance matters, and
matters greatly, hence why we bring to the fore the construction of this corporeal
subjectivity considering the relationship with the family, with the neighborhoods
and herself, in a new perspective.
INTRODUÇÃO
A narrativa é circunscrita ao final do século XIX, na
cidade cearense de Sobral, considerada, então, o centro
intermediador dos produtos agrícolas da Serra da Meruoca
e da Serra Grande para o resto do estado do Ceará e
para o estado do Piauí. No município, foram criados, pelo
Governo, opulentos celeiros que o tornaram um empório
do comércio do norte da província.
1.2. A narrativa
molhar o corpo...
− Dê-me a camisa por favor − suplicou Luzia, transida
de pejo, apontando para a roupa amontoada.
Teresinha não despregava dela os olhos, em êxtase de
admirativa curiosidade. Deu-lhe a roupa, e, despindo-se
sem o menor resguarde, banhou-se rapidamente.
− Você tem vergonha de outra mulher, Luzia? Eu, não.
Não sou torta, nem aleijada, graças a Deus...
Vestida a camisa que se lhe amoldou ao corpo molhado,
como leve túnica de estátua, Luzia não ousava erguer os
olhos, tão confusa e perturbada estava.
− Agora sou sua defensora – continuou a outra torcendo
os cabelos ensopados. – Hei de punir por você em toda
parte, porque vi com os meus olhos que é uma mulher
como eu, e que mulherão!...(L. H., p. 6).
Considerações Finais
Referências Bibliográficas
NO EMBALO DA SUINGUEIRA:
o uso da etnocartografia na investigação
das redes sociais
Resumo
A partir de uma etnocartografia, este texto lida com as experiências da
masculinidade num clube de um bairro popular na cidade de João Pessoa,
Paraíba. Ao longo de oito meses de vivência com um grupo de colaboradores(as),
a investigação foi lastreada em conceitos como sujeito-posição, teoria ator-
rede e masculinidade como performance de gênero. A pesquisa mostrou que
a rede-rizoma CAC do Rangel é formada por um circuito que compreende as
trajetórias dos atores-sujeitos no interior do clube e também na rua, por onde
se prolonga a festa.
Abstract
At suingueira waves: how to use an ethnocartography approach in network
contexts
2 Corruptela de cansada.
3 J. Clifford e G. Marcus nominam etnografia tradicional aquelas baseadas
numa visão holística e fechada sobre o outro. A partir da virada interpretativa
de C. Geertz. Assim, observando os antropólogos em sua prática de
pesquisa, as preocupações destes etnógrafos (ou meta-etnógrafos) recaíram
sobre questões relativas ao próprio processo de produção do conhecimento
antropológico e sobre a autoria dos textos resultantes desse processo.
SocioPoética - Volume 1 | Número 10
30 julho a dezembro de 2013
7 Isto se assemelha ao que foi feito nas pesquisas urbanas de C.G. Magnani,
principalmente no texto De perto e de dentro, de 2002.
SocioPoética - Volume 1 | Número 10
38 julho a dezembro de 2013
do Rangel.
REFERÊNCIAS
1 Problematizando a questão
2 É bom lembrar que não estou defendendo este ponto de vista (homem
afeminado, mulher macho), mas apenas problematizando uma questão
presente, ainda, no imaginário coletivo de nossa cultura, imagens tomadas
como verdadeiras por muitos membros da comunidade brasileira.
SocioPoética - Volume 1 | Número 10
54 julho a dezembro de 2013
construídas as subjetividades.
Referências
VIDAL, Gore. “Sexo é política”. Michael Hall and Paulo Sérgio Ed..
De fato e de ficção. São Paulo: Companhia das Letras, 1987, p.
227-250.
RESUMO:
ABSTRACT:
Our mean goal in this work is introduce the concept of discoursive ethos as a
historic perspective for linguistic studies. we are supposed to apply this concept
in order to analyse the formation of homoerotic identity in caio fernando abreu
works. for this porpose, we selected short stories from morangos mofados
(1982), which were analysed according to theoretical concepts previously
exposed. we reached the conclusion with this particular way of interpretation
that it is possible to define a historical path in author’s work, begining with a
kind of blind homoerotism until a libertarian status that would highlight his
work at 1990’s.
INTRODUÇÃO
substância do
Significado
conteúdo
plano de
conteúdo
forma do conteúdo Oposições semânticas
cigarro etc.).
No que pretendemos arquitetar como arcabouço
teórico para as análises que levamos a cabo, é fundamental
associar esse tipo de caracterização do ethos ao que
Goffman (1988) definiu como atuação social. Para o
autor, os sinais corporais que põem a nu o status moral
do indivíduo, tal como modos de agir e trejeitos (no
caso das personagens mais afetadas, por exemplo),
denunciam ou disfarçam sua conduta homoerótica.
Posto isso, natural concordar com o autor que o sujeito,
contemplado como ator social, vivencia a sexualidade e o
modo de estar no mundo, ora de acordo com os ditames
sociais – quando se preocupa mais com os julgamentos
alheios e oprime sua individualidade –, ora de acordo
com a própria singularidade, entendida esta como um
forma de negação da subjetivação material e superficial
derivada dos modos de controle capitalistas. Literalmente:
enquadrar-se para, no plano da superficialidade, ser
aceito e pertencer ao grupo social.
Retomando a personagem Sargento Garcia, é o
referido saber-fazer que lhe confere a credibilidade
necessária para conduzir Hermes até o local em
que ocorreu o sexo, bem como para fazê-lo aceitar a
experiência sexual. O conto é interessante, bem como
a personagem sob análise, pois a situação e o caráter
de Garcia mantêm, durante a narrativa, a possibilidade
de a interação homoerótica ser produto do livre desejo
de Hermes (pois o desejo de Garcia fica claro desde
quando ele oferece a carona a Hermes) – caso em que
a persuasão é apenas discursiva, portanto cognitiva –,
mas também a possibilidade de haver qualquer tipo de
constrangimento, moral ou físico. Verificada a primeira
hipótese, entendemos que o fazer persuasivo de Garcia
pode ser interpretado segundo o que Greimas e Courtés
(op. cit., p. 368) propõem:
Sendo uma das formas de fazer cognitivo, o fazer per-
suasivo está ligado à instância da enunciação e consiste
SocioPoética - Volume 1 | Número 10
S1 ® S2 Ç O0, O1[O2(O3)]
Nessa expressão, S1 é o destinador (o actante Sargento
Garcia), operador da persuasão (fazer persuasivo); S2 é o
enunciatário (o actante Hermes, responsável pelo fazer
interpretativo); O0 = S2 SM (conjunto de modalidades de
que S1 se encontraria investido e que seria transmitida a
S2 junto com o saber); O1 é o objeto cognitivo, ou seja,
o saber-fazer de S1 no qual S2 crê; O2 é o conjunto das
expectativas de S1 quanto ao programa narrativo; e O3
é o programa narrativo que deve ser executado por S2
de acordo com a estratégia de S1. Importante observar
que o destinador (S1), responsável pelo primeiro fazer,
transmite um saber (O1) para que o destinatário (S2)
realize o programa narrativo (O3) do modo (O2) como
ele, destinador, deseja. Resgatando o exemplo dado,
Sargento Garcia (S1) faz Hermes (S2) aceitar seu convite
com base em sua credibilidade como homem mais velho,
sério (O1). O fato de Hermes aceitar e ir até o hotel
com Garcia corresponde ao programa narrativo (O3), e
a concretização do ato sexual, o desejado por Garcia,
corresponde ao O2.
Como, porém, identificar o que pretendemos estudar,
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ESTUDOS DA HOMOCULTURA:
APONTAMENTOS SOBRE A CRIAÇÃO DO GT DA ANPOLL
E FACES CRÍTICAS DO HOMOEROTISMO NA FICÇÃO
LITERÁRIA
HOMOCULTURE STUDIES:
NOTES ON THE ESTABLISHMENT OF THE GT ANPOLL
AND FACES CRITICISM OF LITERARY FICTION IN
HOMOEROTICISM
ABSTRACT: This paper addresses conceptual and specific issues that pertain
to research on homoculture and literature, presenting some epistemological
contributions have designed innovative and other readings that were important
to the project of creation of the Working Group homoculture Languages and
the National Association of Graduate and research Literature and Linguistics
(ANPOLL). Also, take into consideration the homoeroticism in the literary space
of readings and positions in relation to gender identities and sexualities moved
by literary and cultural criticism.
3 Neste artigo, usarei o termo homoerotismo por ser mais flexível e por
descrever melhor as pluralidades das práticas e desejos humanos. O emprego
do sujeito homoerótico vai de encontro ao sentido dado por Jurandir Freire
Costa, uma vez que a noção de homoerótico nega a ideia de existência de
uma “substância homossexual” orgânica ou psíquica comum a sujeitos com
tendências homoeróticas. Assim, o sentido do termo não atesta a forma
substantiva que indica identidade, como no caso do “homossexualismo”
de onde derivou o substantivo “homossexual”. Daí, a noção de que o
homoerotismo admite o entendimento da atração pelo mesmo sexo. (COSTA,
1992, p. 21-22).
SocioPoética - Volume 1 | Número 10
Reflexões Finais
5 Grifo da autora.
SocioPoética - Volume 1 | Número 10
130 julho a dezembro de 2013
Leal Cunha:
Referências Bibliográficas
cristã exemplar:
[...] vinha jantar como se fosse a um baile, com seus
vestidos alegres, frouxos, decotados, tão perfumada que
os objetos a seu redor criavam uma pequena atmosfera
própria, eram mais leves e delicados. Ela não se pintava
nunca, mas não sei como fazia para ficar com aquela
lisura de louça lavada. Nela, até a transpiração era como
vidraça molhada: escorregadia, mas não suja. Diante
daquela pulcritude minha face era uma miserável e mo-
vimentada topografia, onde eu explorava furiosamente,
e em gozo físico, pequenos subterrâneos nos poros es-
curos e profundos, ou vulcõezinhos que estalavam entre
as unhas, para meu prazer. (QUEIRÓS, 2007, p. 91).
A primeira característica que pode ser analisada é
a beleza da personagem que, por onde passa, atrai a
atenção das pessoas e torna agradáveis os locais por
onde se locomove, em razão de sua elegância e de
sua “santidade”. Em sua aparência, o mais relevante,
segundo a filha, era a pele, lisa e brilhante, tão bela que,
diante dela, a pele da narradora adolescente era como
um terreno acidentado, repleta de acnes as quais eram
masoquistamente espremidas. Nenhuma personagem
desse conto é nomeada, todas são identificadas pelas
funções familiares e sociais: mãe, pai, filha, vizinho,
padre etc.
Referências
RÉSUMÉ: Cet article propose une analyse de Olga e Claudio, ouvre de l’écrivain
portugais Mário Cláudio, en partant de la notion de légèreté, proposé par Italo
Calvino, dans le Seis propostas para o próximo milênio. Relecture des fables
antiques, Mário Cláudio tisse une texte riche de références et sans la nécessité
immédiate d’une fin moralisatrice, depuis les insinuations homoérotiques semble
mettre l’accent sur le respect de la différence commel’aspect fondamentale de
penser raisonnablement des subjectivités dans las relations humaines.
Caro Giovanni,
Compus a quadra das quatro cores, com o primeiro ver-
so azul, o segundo vermelho, o terceiro violeta, o quarto
cor-de-rosa muito vivo. Claudio, o Malandrete, mijou na
tola dum polícia-de-giro. Grande abraço. Manuel (CLAU-
DIO, 1984, p. 17-19).
7 Quando Mário Cláudio publica Olga e Cláudio, em 1984, Portugal vivia uma
emergência de discussão temática das subjetividades sexuais, sempre
relegadas a um nicho marginal, dentro da intelectualidade portuguesa. Em
1979, ou seja, quatro anos depois da Revolução dos Cravos, vem à lume o
romance Sinais de fogo, de Jorge de Sena, uma das obras cimeiras em termos
de representação e discussão franca e direta sobre a homossexualidade. Em
seguida, em 1982, Guilherme de Melo publica Ser homossexual em Portugal,
trabalho de cunho jornalístico, onde o reconhecido escritor sublinha a
necessidade de se compreender e respeitar as diferenças, independentemente
de raça, origem, posição social e ocupação; e também Natália Correia publica,
em forma de ensaio, no Jornal de Letras, Artes e Idéias, a sua conferência
“Homossexualidade, mito e magna mater”, um dos textos mais pontuais
sobre as diferentes subjetividades e expressões da homossexualidade.
SocioPoética - Volume 1 | Número 10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
A homOAFETIVIDADE FEMININA em
Lygia Fagundes Telles
2
Este artigo presta homenagem aos 90 anos de Lygia Fagundes Telles. Para os
estudiosos da autora, vale a pena consultar o volume especial da Revista In-
terdisciplinar, que também comemora essa data e esta disponível em: http://
www.seer.ufs.br/index.php/interdisciplinar/index
SocioPoética - Volume 1 | Número 10
180 julho a dezembro de 2013
pode ser vista pela forma como a autora aborda tal tema
sem aprisionar a mulher a uma sexualidade fixa, nem
determinar o caráter dessa representação, vinculando-a
a questões de caráter e a de certas profissões como
pregam os estereótipos culturais (TOURAINE, 2007, p.
67).
67).
Referências bibliográficas
daitoriosaSex andthecity5.
5 Sex andthe City foi uma série norte americana, produzida pela HBO,
baseada no livro do mesmo nome, da jornalistaCandaceBushnell. A série foi
originalmente transmitida de 1998 até 2004, mas não foi fiel ao livro. Neste,
a autora coloca que as mulheres não se casam porque não querem.
SocioPoética - Volume 1 | Número 10
200 julho a dezembro de 2013
9 Para ser mais fiel, consultei e, muitas vezes, transcrevi as notícias veiculadas pelos
sites da Internet, tais como Minha série, Séries online, Maníacos por series, IMDb,
Teleséries, Ligado em séries, Tvguide, TVtome e alguns blogs específicos.
SocioPoética - Volume 1 | Número 10
15 Lipstickjungle,episódio 101.
SocioPoética - Volume 1 | Número 10
210 julho a dezembro de 2013
Conclusões
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Sites:
IMDB http://www.imdb.com/
Ligado em sérieshttp://www.ligadoemserie.com.br/
Teleséries, http://teleseries.uol.com.br/
Tvguidehttp://www.tvguide.com/
TVtomehttp://www.tv.com/