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Curso de Mestrado
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1. INTRODUÇÃO:
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— O algoritmo não tem bom senso, ele se guia por palavras e perfis, e não pelo
contexto. E há o comportamento coletivo. Muitas vezes a necessidade de estar
incluído num grupo é mais forte que a própria indignação que a história gera. Se todo
mundo está falando sobre uma coisa, eu passo a falar para me sentir integrado.- As
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transformações nos meios digitais também promovem uma mudança nas relações
entre fãs e ídolos, na medida em que a mesma exposição que garante a carreira e a
fama pode se virar contra seu propagador. - A internet possibilita uma sensação de
maior aproximação entre o público e a celebridade, podemos acompanhar seu
cotidiano de forma mais “invasiva”, por meios como os stories do Instagram, o
Twitter etc. Comportamentos humanos são contraditórios, inclusive em suas
performances mediadas digitalmente, por mais que se tente ter algum tipo de controle
— comenta Adriana Amaral, professora da Unisinos (RS) e pesquisadora de cultura
digital e estudos de fãs. (...)”
2. OBJETIVOS:
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g. Investigar de que forma e até que ponto a idade de um texto influencia sua
qualidade e a opinião que se tem a seu respeito, no ponto de vista do roteirista,
em sua relação com o caráter trans-histórico das narrativas e sua forma de
captura da atenção e dos afetos dos espectadores.
h. Averiguar o que seria um texto de qualidade, que características deve ter, que
relação deve estabelecer com seu público-alvo, a partir do ponto de vista do
roteirista, buscando discutir os espaços de criação, criatividade, adaptação e
disrupção, em face dos impositivos de mercado e da repetição das fórmulas
fáceis calcadas no gosto dos públicos médios.
i. Compreender o que seria um texto de qualidade, que características deve ter,
que relação deve estabelecer com o seu público-alvo, no ponto de vista do
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3. JUSTIFICATIVA
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Saber narrar é deter o domínio técnico de uma narrativa. Não existem escritores e
roteiristas geniais que não tenham estudado profundamente as técnicas narrativas do
passado para criar uma base sólida de conhecimento atual, e assim poder acompanhar
o saber, o comunicar, o contar histórias para um mundo cada vez mais exposto a
informações midiáticas; para alguns “apocalípticas” e, para outros, “integradas”, mas
que fundamental e inegavelmente podem empoderar ou cegar seu consumidor final:
nós, os humanos, sedentos por tentar decodificar a subjetividade das mensagens ou
apenas flanar sobre elas.
Ainda hoje há uma informalidade na escrita de roteiristas contemporâneos, por
conta de uma falsa democracia da informação. Mas exatamente por causa dela, a
quantidade de roteiristas e autores aspirantes tem se proliferado sem qualquer domínio
de técnicas narrativas, consequentemente emitindo um provável conteúdo
desordenado, sem meio, começo e fim e muito menos sem qualquer responsabilidade
social e política na subjetividade de seu conteúdo. Como responsáveis pela
comunicação, devemos tentar ser agentes de uma mudança de consciência, estudando,
pesquisando e compreendendo os meios de comunicação contemporâneos.
Depois do advento do streaming, o roteirista, agora um comunicador menos
solitário e autoral, deve ter consciência dessa mudança, que vem trazendo uma outra
lógica de produção e exigindo que aquele se insira em uma relação mais institucional
em todas as partes da produção. Agora ele faz parte de uma equipe, que junta pode
criar e produzir conteúdo com responsabilidade social e política.
Não existem fórmulas para se fazer um bom roteiro, e sim técnicas, escolhas.
Existem caixas de ferramentas para justificar escolhas de narrativas. O autor deve ter
a liberdade e a clareza da escolha de narrativa. O importante é fazer escolhas a partir
de técnicas. Escolhas de narrativas. As inúmeras possibilidades que temos para narrar.
Existem inúmeras possibilidades de narrativas e um manual de roteiro não vai
ensinar isso. Deve-se escolher conscientemente como escrever um roteiro, não
achando que existe uma genialidade por trás disso.
A figura do gênio ainda existe no Brasil. Ele nasceu no romantismo e traz a figura
do artista indomável, como se ele não precisasse explicar a que veio. Ele é
simplesmente genial. Existe agora uma indústria audiovisual que pensa em números.
público, espectadores. O roteiro é um produto.
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4. METODOLOGIA
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5. BIBLIOGRAFIA
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BOOKER, CHRISTOPHER. The Seven Basic Plots: Why we tell Stories? The
Seven basic plots: Why We Tell Stories,
https://www.dropbox.com/s/25rwg4p19gd5zt6/%5BChristopher_Booker%5D_Th
e_Seven_Basic_Plots_Why_We%28BookZZ.org%29.pdf?dl=0
CRARY, Jonathan. Capitalismo tardio e os fins do sono. São Paulo: Cosac &
Naify, 2014.
ECO, Umberto. Apocalípticos e Integrados – Col. Debates 19. São Paulo: Editora
Perspectiva, 2004.
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