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ESCRITURÁRIO

Técnicas de Vendas e
Atendimento – Parte 1
Prof. Rafael Ravazolo
Edital 2018

Atendimento, Ética e Diversidade: Satisfação, valor e retenção de clientes Telemarketing. Eti-


queta empresarial: comportamento, aparência, cuidados no atendimento pessoal e telefôni-
co. Lei nº 10.048/2000 – Dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e dá outras
providências. Lei nº 10.098/2000 – Estabelece normas gerais e critérios básicos para a pro-
moção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida,
e dá outras providências. Decreto nº 5.296/2004 – Regulamenta a Lei nº 10.048/2000, que dá
prioridade de atendimento às pessoas que especifica e a Lei nº 10.098/2000, que estabelece
normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras
de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências.

TÉCNICAS DE VENDAS: Noções de administração de vendas: planejamento, estratégias, ob-


jetivos; análise do mercado, metas. Técnicas de Vendas de Produtos e Serviços financeiros
no setor bancário: planejamento, técnicas; motivação para vendas. Produto, Preço, Praça;
Promoção. Vantagem competitiva. Como lidar com a concorrência. Noções de Imaterialidade
ou intangibilidade, Inseparabilidade e Variabilidade dos produtos bancários.Noções de Ma-
rketing de Relacionamento. Interação entre vendedor e cliente. Qualidade no atendimento a
clientes. Satisfação e retenção de clientes. Valor percebido pelo cliente.

BANCA: FCC
CARGO: Escriturário

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Sumário

1. LEI 10.048/2000................................................................................................. 07
1.1. QUESTÕES..................................................................................................09
2. LEI 10.098/2000................................................................................................. 11
2.1. QUESTÕES..................................................................................................17
3. DECRETO 5.296/2004......................................................................................... 23
3.1. QUESTÕES..................................................................................................43

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Apresentação

Olá, futuro escriturário do Banrisul!


Aqui é o professor Rafael Ravazolo, escrevendo diretamente para você que será, em breve,
funcionário do Banco do Estado do Rio Grande do Sul (com todos aqueles benefícios
maravilhosos e aquele vale alimentação bem caprichado).
Saiba que outros funcionários já estiveram exatamente no ponto em que você está hoje:
estudando essas matérias, fazendo questões, revisando, enfrentando desafios pessoais, talvez
até duvidando de si mesmos. Isso tudo é normal, faz parte da trajetória, eu também já estive aí
e passei por essa montanha-russa de sentimentos chamada “estudar para concurso”.
A notícia boa é que, apesar das durezas do caminho, o verdadeiro esforço geralmente é
recompensado. Conheço esse sentimento bom da nomeação (lembro até hoje da minha posse
no TRE-RS) e quero que você sinta também!
Dizem que sorte é o encontro da competência com a oportunidade, por isso montei esse
material com todo carinho, especialmente para o seu concurso e a sua banca. Estamos juntos
nessa jornada e é nosso esforço e nosso comprometimento (meu e seu, somados) que vão dar
aquela “sorte” na hora da prova.
Aproveite, use bastante o material e as dicas que darei em aula para complementar sua
preparação.
Sobre a matéria específica dos três capítulos a seguir (Lei 10.048/2000, Lei 10.098/2000 e
Decreto nº 5.296/2004), você perceberá que são legislações relativamente pequenas/médias
e que as questões costumam ser o famoso “copia e cola”, por isso, quem está acostumado a
estudar já sabe: nesses casos, é importante iniciar com a leitura da lei toda, para se ter uma
noção geral do seu conteúdo.
Essa é a principal dica de estudo que posso te dar agora: A) largue a caneta colorida, marcador
etc. B) Leia toda a lei de uma só vez, sem anotar ou marcar (o foco inicial é ter uma visão geral
do assunto). C) Assista à aula e anote as dicas que darei. D) complemente com suas próprias
anotações e/ou marcações. E) faça as questões.
Você me vê na aula, eu te vejo no Diário Oficial e nós marcamos aquele churrasco para
comemorar, combinado?
Bons estudos!

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Téc. de Vendas e Atendimento

1. LEI 10.048/2000

Dá prioridade de atendimento às pessoas que Art. 5º Os veículos de transporte coletivo a serem


especifica, e dá outras providências. produzidos após doze meses da publicação desta
Lei serão planejados de forma a facilitar o acesso a
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que seu interior das pessoas portadoras de deficiência.
o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
seguinte Lei: § 1º (VETADO)
Art. 1º As pessoas com deficiência, os idosos § 2º Os proprietários de veículos de trans-
com idade igual ou superior a 60 (sessenta) porte coletivo em utilização terão o prazo
anos, as gestantes, as lactantes, as pessoas com de cento e oitenta dias, a contar da regula-
crianças de colo e os obesos terão atendimento mentação desta Lei, para proceder às adap-
prioritário, nos termos desta Lei. (Redação dada tações necessárias ao acesso facilitado das
pela Lei nº 13.146, de 2015) pessoas portadoras de deficiência.
Art. 2º As repartições públicas e empresas Art. 6º A infração ao disposto nesta Lei sujeitará
concessionárias de serviços públicos estão os responsáveis:
obrigadas a dispensar atendimento priori-
tário, por meio de serviços individualizados I – no caso de servidor ou de chefia respon-
que assegurem tratamento diferenciado e sável pela repartição pública, às penalida-
atendimento imediato às pessoas a que se des previstas na legislação específica;
refere o art. 1º. II – no caso de empresas concessionárias
Parágrafo único. É assegurada, em todas de serviço público, a multa de R$ 500,00
as instituições financeiras, a prioridade de (quinhentos reais) a R$ 2.500,00 (dois mil e
atendimento às pessoas mencionadas no quinhentos reais), por veículos sem as con-
art. 1º. dições previstas nos arts. 3º e 5º;

Art. 3º As empresas públicas de transporte e as III – no caso das instituições financeiras, às pe-
concessionárias de transporte coletivo reserva- nalidades previstas no art. 44, incisos I, II e III,
rão assentos, devidamente identificados, aos da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964.
idosos, gestantes, lactantes, pessoas portado- Parágrafo único. As penalidades de que tra-
ras de deficiência e pessoas acompanhadas por ta este artigo serão elevadas ao dobro, em
crianças de colo. caso de reincidência.
Art. 4º Os logradouros e sanitários públicos, Art. 7º O Poder Executivo regulamentará esta
bem como os edifícios de uso público, terão Lei nº prazo de sessenta dias, contado de sua
normas de construção, para efeito de licencia- publicação.
mento da respectiva edificação, baixadas pela
autoridade competente, destinadas a facilitar o Art. 8º Esta Lei entra em vigor na data de sua
acesso e uso desses locais pelas pessoas porta- publicação.
doras de deficiência. Brasília, 8 de novembro de 2000; 179º da
Independência e 112º da República.

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Questões

1.1 QUESTÕES

1. (FCC – 2018 – TRT – 6ª Região (PE) – Analis- 3. (FCC – 2016 – TRT – 20ª REGIÃO (SE) – Ana-
ta Judiciário) lista Judiciário)
Conforme expressamente previsto pela Lei Em uma repartição pública, existem diver-
n° 10.048/2000, está assegurada a priorida- sas pessoas aguardando por atendimento,
de de atendimento às pessoas com defici- dentre as quais se encontram as seguin-
ência em tes pessoas: uma pessoa com deficiência
física (cadeirante), um jovem de 18 anos
a) cinemas e outros centros culturais. com o braço imobilizado temporariamen-
b) restaurantes. te em razão de fratura no dedo indicador,
c) serviços de correios. uma pessoa com deficiência mental, um
d) Instituições financeiras. adolescente de 16 anos, uma mulher com
e) postos de saúde. 55 anos, uma mulher grávida com 30 anos,
uma mulher com criança de colo, uma pes-
2. (FCC – 2018 – TRT – 6ª Região (PE) – Técni- soa com doença grave, um homem obeso
co Judiciário) de 25 anos, uma mulher que deixou o seu
filho de apenas 2 meses em casa e um ho-
A Lei nº 10.048/2000, que dispõe sobre mem com 60 anos. De acordo com a Lei nº
prioridade no atendimento de determi- 10.048/2000, têm direito ao atendimento
nadas pessoas e outros benefícios, prevê, prioritário
dentre seus dispositivos, para atender às
pessoas com deficiência, a) todas as pessoas mencionadas no
exemplo acima, com exceção do jovem
a) a disponibilização de cadeira de rodas de 18 anos com o braço imobilizado
em mercados e estabelecimentos con- temporariamente em razão de fratura
gêneres. no dedo indicador e o homem obeso
b) a meia entrada em eventos culturais. de 25 anos, pois são as únicas que não
c) o planejamento de veículos de trans- apresentam as características descriti-
porte coletivo e sua adaptação para fa- vas que permitem concluir que se en-
cilitar seu acesso. caixam nos critérios de prioridade pre-
d) o acesso por meio de rampa e elevado- vistos na referida lei.
res a pisos mais elevados. b) todas as pessoas mencionadas no
e) a elaboração em braile de panfleto com exemplo acima, pois as características
contatos mínimos de atendimento dos descritivas de todas elas permitem con-
serviços públicos essenciais. cluir que se encaixam nos critérios de
prioridade previstos na referida lei.
c) apenas a pessoa com deficiência física
(cadeirante), a mulher grávida com 30

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anos e o homem com 60 anos, pois es- 4. (FCC – 2017 – TRT – 24ª REGIÃO (MS) – Téc-
sas são as únicas pessoas que apresen- nico Judiciário)
tam as características descritivas que
permitem concluir que se encaixam nos Uma concessionária de transporte coletivo
critérios de prioridade previstos na re- não reservou assentos, devidamente iden-
ferida lei. tificados, aos idosos, gestantes, lactantes,
d) apenas a pessoa com deficiência física pessoas portadoras de deficiência e pesso-
(cadeirante), a pessoa com deficiência as acompanhadas por crianças de colo, em
mental, a mulher grávida com 30 anos, alguns veículos utilizados diariamente. Con-
a mulher com criança de colo, o homem forme as disposições da Lei n° 10.048/2000,
obeso de 25 anos, a mulher que deixou essa infração sujeitará aos responsáveis
o seu filho de apenas 2 meses em casa a) interdição temporária ou total do esta-
e o homem com 60 anos, pois estas são belecimento.
as únicas pessoas que apresentam as b) prestação de serviços à comunidade.
características descritivas que permi- c) o pagamento de multa por veículo sem
tem concluir que se encaixam nos crité- estas condições mencionadas.
rios de prioridade previstos na referida d) embargo do estabelecimento.
lei. e) advertência e determinação de prazo
e) apenas a pessoa com deficiência física para realização das adaptações que se
(cadeirante), a mulher grávida com 30 fizerem necessárias.
anos, a mulher com criança de colo, a
pessoa com doença grave e o homem
com 60 anos, pois estas são as únicas
pessoas que apresentam as caracterís-
ticas descritivas que permitem concluir
que se encaixam nos critérios de priori-
dade previstos na referida lei.

Gabarito: 1. D 2. C 3. D 4. C 

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2. LEI 10.098/2000

Estabelece normas gerais e critérios básicos a) barreiras urbanísticas: as existentes nas


para a promoção da acessibilidade das pessoas vias e nos espaços públicos e privados aber-
portadoras de deficiência ou com mobilidade tos ao público ou de uso coletivo; (Redação
reduzida, e dá outras providências. dada pela Lei nº 13.146, de 2015)
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que b) barreiras arquitetônicas: as existentes
o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a nos edifícios públicos e privados; (Redação
seguinte Lei: dada pela Lei nº 13.146, de 2015)
c) barreiras nos transportes: as existentes
CAPÍTULO I nos sistemas e meios de transportes; (Reda-
DISPOSIÇÕES GERAIS ção dada pela Lei nº 13.146, de 2015)
d) barreiras nas comunicações e na infor-
Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais e crité-
mação: qualquer entrave, obstáculo, atitu-
rios básicos para a promoção da acessibilidade
de ou comportamento que dificulte ou im-
das pessoas portadoras de deficiência ou com
possibilite a expressão ou o recebimento de
mobilidade reduzida, mediante a supressão de
mensagens e de informações por intermé-
barreiras e de obstáculos nas vias e espaços pú-
dio de sistemas de comunicação e de tecno-
blicos, no mobiliário urbano, na construção e
logia da informação; (Redação dada pela Lei
reforma de edifícios e nos meios de transporte
nº 13.146, de 2015)
e de comunicação.
III – pessoa com deficiência: aquela que
Art. 2º Para os fins desta Lei são estabelecidas
tem impedimento de longo prazo de natu-
as seguintes definições:
reza física, mental, intelectual ou sensorial,
I – acessibilidade: possibilidade e condição o qual, em interação com uma ou mais bar-
de alcance para utilização, com segurança e reiras, pode obstruir sua participação ple-
autonomia, de espaços, mobiliários, equi- na e efetiva na sociedade em igualdade de
pamentos urbanos, edificações, transpor- condições com as demais pessoas; (Reda-
tes, informação e comunicação, inclusive ção dada pela Lei nº 13.146, de 2015)
seus sistemas e tecnologias, bem como de
IV – pessoa com mobilidade reduzida:
outros serviços e instalações abertos ao pú-
aquela que tenha, por qualquer motivo, di-
blico, de uso público ou privados de uso co-
ficuldade de movimentação, permanente
letivo, tanto na zona urbana como na rural,
ou temporária, gerando redução efetiva da
por pessoa com deficiência ou com mobi-
mobilidade, da flexibilidade, da coordena-
lidade reduzida; (Redação dada pela Lei nº
ção motora ou da percepção, incluindo ido-
13.146, de 2015)
so, gestante, lactante, pessoa com criança
II – barreiras: qualquer entrave, obstácu- de colo e obeso; (Redação dada pela Lei nº
lo, atitude ou comportamento que limite 13.146, de 2015)
ou impeça a participação social da pessoa,
V – acompanhante: aquele que acompanha
bem como o gozo, a fruição e o exercício de
a pessoa com deficiência, podendo ou não
seus direitos à acessibilidade, à liberdade de
desempenhar as funções de atendente pes-
movimento e de expressão, à comunicação,
soal; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de
ao acesso à informação, à compreensão, à
2015)
circulação com segurança, entre outros,
classificadas em: (Redação dada pela Lei nº
13.146, de 2015)

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VI – elemento de urbanização: quaisquer X – desenho universal: concepção de pro-
componentes de obras de urbanização, dutos, ambientes, programas e serviços a
tais como os referentes a pavimentação, serem usados por todas as pessoas, sem
saneamento, encanamento para esgotos, necessidade de adaptação ou de projeto
distribuição de energia elétrica e de gás, específico, incluindo os recursos de tecno-
iluminação pública, serviços de comunica- logia assistiva. (Incluído pela Lei nº 13.146,
ção, abastecimento e distribuição de água, de 2015)
paisagismo e os que materializam as indica-
ções do planejamento urbanístico; (Reda-
ção dada pela Lei nº 13.146, de 2015) CAPÍTULO II
VII – mobiliário urbano: conjunto de obje- DOS ELEMENTOS DA URBANIZAÇÃO
tos existentes nas vias e nos espaços públi-
cos, superpostos ou adicionados aos ele- Art. 3º O planejamento e a urbanização das vias
mentos de urbanização ou de edificação, de públicas, dos parques e dos demais espaços de
forma que sua modificação ou seu traslado uso público deverão ser concebidos e executa-
não provoque alterações substanciais nes- dos de forma a torná-los acessíveis para todas
ses elementos, tais como semáforos, postes as pessoas, inclusive para aquelas com deficiên-
de sinalização e similares, terminais e pon- cia ou com mobilidade reduzida. (Redação dada
tos de acesso coletivo às telecomunicações, pela Lei nº 13.146, de 2015)
fontes de água, lixeiras, toldos, marqui- Parágrafo único. O passeio público, elemen-
ses, bancos, quiosques e quaisquer outros to obrigatório de urbanização e parte da via
de natureza análoga; (Incluído pela Lei nº pública, normalmente segregado e em nível
13.146, de 2015) diferente, destina-se somente à circulação
VIII – tecnologia assistiva ou ajuda técnica: de pedestres e, quando possível, à implan-
produtos, equipamentos, dispositivos, re- tação de mobiliário urbano e de vegetação.
cursos, metodologias, estratégias, práticas e (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015)
serviços que objetivem promover a funcio- Art. 4º As vias públicas, os parques e os demais
nalidade, relacionada à atividade e à parti- espaços de uso público existentes, assim como
cipação da pessoa com deficiência ou com as respectivas instalações de serviços e mobili-
mobilidade reduzida, visando à sua auto- ários urbanos deverão ser adaptados, obede-
nomia, independência, qualidade de vida e cendo-se ordem de prioridade que vise à maior
inclusão social; (Incluído pela Lei nº 13.146, eficiência das modificações, no sentido de pro-
de 2015) mover mais ampla acessibilidade às pessoas
IX – comunicação: forma de interação dos portadoras de deficiência ou com mobilidade
cidadãos que abrange, entre outras opções, reduzida.
as línguas, inclusive a Língua Brasileira de Parágrafo único. No mínimo 5% (cinco por
Sinais (Libras), a visualização de textos, o cento) de cada brinquedo e equipamento
Braille, o sistema de sinalização ou de co- de lazer existentes nos locais referidos no
municação tátil, os caracteres ampliados, os caput devem ser adaptados e identificados,
dispositivos multimídia, assim como a lin- tanto quanto tecnicamente possível, para
guagem simples, escrita e oral, os sistemas possibilitar sua utilização por pessoas com
auditivos e os meios de voz digitalizados e deficiência, inclusive visual, ou com mobi-
os modos, meios e formatos aumentativos lidade reduzida. (Redação dada pela Lei nº
e alternativos de comunicação, incluindo as 13.443, de 2017)
tecnologias da informação e das comunica-
ções; (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) Art. 5º O projeto e o traçado dos elementos de
urbanização públicos e privados de uso comuni-

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tário, nestes compreendidos os itinerários e as Parágrafo único. Os semáforos para pedes-


passagens de pedestres, os percursos de entra- tres instalados em vias públicas de grande
da e de saída de veículos, as escadas e rampas, circulação, ou que deem acesso aos servi-
deverão observar os parâmetros estabelecidos ços de reabilitação, devem obrigatoriamen-
pelas normas técnicas de acessibilidade da As- te estar equipados com mecanismo que
sociação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. emita sinal sonoro suave para orientação
do pedestre. (Incluído pela Lei nº 13.146, de
Art. 6º Os banheiros de uso público existentes 2015)
ou a construir em parques, praças, jardins e
espaços livres públicos deverão ser acessíveis Art. 10. Os elementos do mobiliário urbano de-
e dispor, pelo menos, de um sanitário e um la- verão ser projetados e instalados em locais que
vatório que atendam às especificações das nor- permitam sejam eles utilizados pelas pessoas
mas técnicas da ABNT. portadoras de deficiência ou com mobilidade
reduzida.
Art. 7º Em todas as áreas de estacionamento de
veículos, localizadas em vias ou em espaços pú- Art. 10-A. A instalação de qualquer mobiliário
blicos, deverão ser reservadas vagas próximas urbano em área de circulação comum para pe-
dos acessos de circulação de pedestres, devida- destre que ofereça risco de acidente à pessoa
mente sinalizadas, para veículos que transpor- com deficiência deverá ser indicada median-
tem pessoas portadoras de deficiência com difi- te sinalização tátil de alerta no piso, de acordo
culdade de locomoção. com as normas técnicas pertinentes. (Incluído
pela Lei nº 13.146, de 2015)
Parágrafo único. As vagas a que se refere o
caput deste artigo deverão ser em número
equivalente a dois por cento do total, garan- CAPÍTULO IV
tida, no mínimo, uma vaga, devidamente si- DA ACESSIBILIDADE NOS EDIFÍCIOS
nalizada e com as especificações técnicas de PÚBLICOS OU DE USO COLETIVO
desenho e traçado de acordo com as nor-
mas técnicas vigentes. Art. 11. A construção, ampliação ou reforma de
edifícios públicos ou privados destinados ao uso
CAPÍTULO III coletivo deverão ser executadas de modo que
DO DESENHO E DA LOCALIZAÇÃO sejam ou se tornem acessíveis às pessoas por-
tadoras de deficiência ou com mobilidade redu-
DO MOBILIÁRIO URBANO zida.
Art. 8º Os sinais de tráfego, semáforos, postes de Parágrafo único. Para os fins do disposto
iluminação ou quaisquer outros elementos verti- neste artigo, na construção, ampliação ou
cais de sinalização que devam ser instalados em reforma de edifícios públicos ou privados
itinerário ou espaço de acesso para pedestres destinados ao uso coletivo deverão ser ob-
deverão ser dispostos de forma a não dificultar servados, pelo menos, os seguintes requisi-
ou impedir a circulação, e de modo que possam tos de acessibilidade:
ser utilizados com a máxima comodidade.
I – nas áreas externas ou internas da edifi-
Art. 9º Os semáforos para pedestres instalados cação, destinadas a garagem e a estacio-
nas vias públicas deverão estar equipados com namento de uso público, deverão ser re-
mecanismo que emita sinal sonoro suave, inter- servadas vagas próximas dos acessos de
mitente e sem estridência, ou com mecanismo circulação de pedestres, devidamente sina-
alternativo, que sirva de guia ou orientação para lizadas, para veículos que transportem pes-
a travessia de pessoas portadoras de deficiência soas portadoras de deficiência com dificul-
visual, se a intensidade do fluxo de veículos e a dade de locomoção permanente;
periculosidade da via assim determinarem.

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II – pelo menos um dos acessos ao interior II – percurso acessível que una a edificação
da edificação deverá estar livre de barreiras à via pública, às edificações e aos serviços
arquitetônicas e de obstáculos que impe- anexos de uso comum e aos edifícios vizi-
çam ou dificultem a acessibilidade de pes- nhos;
soa portadora de deficiência ou com mobili-
dade reduzida; III – cabine do elevador e respectiva porta
de entrada acessíveis para pessoas portado-
III – pelo menos um dos itinerários que co- ras de deficiência ou com mobilidade redu-
muniquem horizontal e verticalmente todas zida.
as dependências e serviços do edifício, en-
tre si e com o exterior, deverá cumprir os re- Art. 14. Os edifícios a serem construídos com
quisitos de acessibilidade de que trata esta mais de um pavimento além do pavimento de
Lei; e acesso, à exceção das habitações unifamiliares,
e que não estejam obrigados à instalação de
IV – os edifícios deverão dispor, pelo me- elevador, deverão dispor de especificações téc-
nos, de um banheiro acessível, distribuindo- nicas e de projeto que facilitem a instalação de
-se seus equipamentos e acessórios de ma- um elevador adaptado, devendo os demais ele-
neira que possam ser utilizados por pessoa mentos de uso comum destes edifícios atender
portadora de deficiência ou com mobilida- aos requisitos de acessibilidade.
de reduzida.
Art. 15. Caberá ao órgão federal responsável
Art. 12. Os locais de espetáculos, conferências, pela coordenação da política habitacional regu-
aulas e outros de natureza similar deverão dis- lamentar a reserva de um percentual mínimo do
por de espaços reservados para pessoas que total das habitações, conforme a característica
utilizam cadeira de rodas, e de lugares especí- da população local, para o atendimento da de-
ficos para pessoas com deficiência auditiva e vi- manda de pessoas portadoras de deficiência ou
sual, inclusive acompanhante, de acordo com a com mobilidade reduzida.
ABNT, de modo a facilitar-lhes as condições de
acesso, circulação e comunicação. CAPÍTULO VI
Art. 12-A. Os centros comerciais e os estabe- DA ACESSIBILIDADE NOS VEÍCULOS
lecimentos congêneres devem fornecer carros DE TRANSPORTE COLETIVO
e cadeiras de rodas, motorizados ou não, para
o atendimento da pessoa com deficiência ou Art. 16. Os veículos de transporte coletivo deve-
com mobilidade reduzida. (Incluído pela Lei nº rão cumprir os requisitos de acessibilidade esta-
13.146, de 2015) belecidos nas normas técnicas específicas.

CAPÍTULO V CAPÍTULO VII


DA ACESSIBILIDADE NOS EDIFÍCIOS DA ACESSIBILIDADE NOS SISTEMAS
DE USO PRIVADO DE COMUNICAÇÃO E SINALIZAÇÃO

Art. 13. Os edifícios de uso privado em que seja Art. 17. O Poder Público promoverá a elimina-
obrigatória a instalação de elevadores deverão ção de barreiras na comunicação e estabelecerá
ser construídos atendendo aos seguintes requi- mecanismos e alternativas técnicas que tornem
sitos mínimos de acessibilidade: acessíveis os sistemas de comunicação e sinali-
zação às pessoas portadoras de deficiência sen-
I – percurso acessível que una as unidades sorial e com dificuldade de comunicação, para
habitacionais com o exterior e com as de- garantir-lhes o direito de acesso à informação, à
pendências de uso comum; comunicação, ao trabalho, à educação, ao trans-
porte, à cultura, ao esporte e ao lazer.

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Art. 18. O Poder Público implementará a forma- CAPÍTULO X


ção de profissionais intérpretes de escrita em DISPOSIÇÕES FINAIS
braile, linguagem de sinais e de guias-intérpre-
tes, para facilitar qualquer tipo de comunicação Art. 23. A Administração Pública federal direta
direta à pessoa portadora de deficiência senso- e indireta destinará, anualmente, dotação orça-
rial e com dificuldade de comunicação. mentária para as adaptações, eliminações e su-
Art. 19. Os serviços de radiodifusão sonora e pressões de barreiras arquitetônicas existentes
de sons e imagens adotarão plano de medidas nos edifícios de uso público de sua propriedade
técnicas com o objetivo de permitir o uso da lin- e naqueles que estejam sob sua administração
guagem de sinais ou outra subtitulação, para ga- ou uso.
rantir o direito de acesso à informação às pesso- Parágrafo único. A implementação das
as portadoras de deficiência auditiva, na forma adaptações, eliminações e supressões de
e no prazo previstos em regulamento. barreiras arquitetônicas referidas no caput
deste artigo deverá ser iniciada a partir do
CAPÍTULO VIII primeiro ano de vigência desta Lei.
DISPOSIÇÕES SOBRE Art. 24. O Poder Público promoverá campanhas
AJUDAS TÉCNICAS informativas e educativas dirigidas à população
em geral, com a finalidade de conscientizá-la e
Art. 20. O Poder Público promoverá a supres- sensibilizá-la quanto à acessibilidade e à inte-
são de barreiras urbanísticas, arquitetônicas, de gração social da pessoa portadora de deficiên-
transporte e de comunicação, mediante ajudas cia ou com mobilidade reduzida.
técnicas.
Art. 25. As disposições desta Lei aplicam-se aos
Art. 21. O Poder Público, por meio dos organis- edifícios ou imóveis declarados bens de interes-
mos de apoio à pesquisa e das agências de fi- se cultural ou de valor histórico-artístico, desde
nanciamento, fomentará programas destinados: que as modificações necessárias observem as
I – à promoção de pesquisas científicas vol- normas específicas reguladoras destes bens.
tadas ao tratamento e prevenção de defici- Art. 26. As organizações representativas de pes-
ências; soas portadoras de deficiência terão legitimida-
II – ao desenvolvimento tecnológico orien- de para acompanhar o cumprimento dos requi-
tado à produção de ajudas técnicas para as sitos de acessibilidade estabelecidos nesta Lei.
pessoas portadoras de deficiência; Art. 27. Esta Lei entra em vigor na data de sua
III – à especialização de recursos humanos publicação.
em acessibilidade. Brasília, 19 de dezembro de 2000; 179º da
Independência e 112º da República.
CAPÍTULO IX
DAS MEDIDAS DE FOMENTO À
ELIMINAÇÃO DE BARREIRAS
Art. 22. É instituído, no âmbito da Secretaria de
Estado de Direitos Humanos do Ministério da
Justiça, o Programa Nacional de Acessibilidade,
com dotação orçamentária específica, cuja exe-
cução será disciplinada em regulamento.

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Questões

2.1. QUESTÕES

1. (FCC – 2018 – TRT – 15ª Região (SP) – Ana- implantação de mobiliário urbano e de
lista Judiciário) vegetação.
De acordo com a Lei n° 10.098/2000, o pla-
nejamento e a urbanização das vias públi- 2. (FCC – 2018 – TRT – 14ª Região (RO e AC) –
cas, dos parques e dos demais espaços de Analista Judiciário)
uso público deverão ser concebidos e exe- C(onsidere a seguinte situação hipotética:
cutados de forma a torná-los acessíveis a Prefeitura de Rio Branco inaugurará im-
para todas as pessoas, inclusive para aque- portante praça pública, na região central
las com deficiência ou com mobilidade re- da cidade, denominada “Praça Para Todos”,
duzida. O passeio público, elemento que contará com inúmeros atrativos, entre
a) facultativo de urbanização e parte da eles, 40 equipamentos de lazer disponibi-
via pública, necessariamente segregado lizados à população. Nos termos da Lei nº
e em nível diferente, destina-se à circu- 10.098/2000, o número mínimo de equipa-
lação de pedestres e à implantação de mentos de lazer que devem ser adaptados
mobiliário urbano e de vegetação. e identificados, tanto quanto tecnicamente
b) obrigatório de urbanização e parte da possível, para possibilitar a utilização por
via pública, necessariamente segregado pessoas com deficiência, inclusive visual, ou
e em nível diferente, destina-se à circu- com mobilidade reduzida, será
lação de pedestres e à implantação de a) 15.
mobiliário urbano e de vegetação. b) 5.
c) facultativo de urbanização e não inte- c) 10.
grante da via pública, normalmente se- d) 3.
gregado e em nível diferente, destina- e) 2.
-se somente à circulação de pedestres
e, quando possível, à implantação de 3. (FCC – 2018 – Câmara Legislativa do Distri-
mobiliário urbano e de vegetação. to Federal – Consultor Legislativo)
d) obrigatório de urbanização e parte da
via pública, normalmente segregado e Com a edição da Lei de Acessibilidade, Lei
em nível diferente, destina-se somen- n° 10.098/2000, foi instituído o Programa
te à circulação de pedestres e, quando Nacional de Acessibilidade, com dotação
possível, à implantação de mobiliário orçamentária específica, no âmbito
urbano e de vegetação
a) do Ministério da Ciência, Tecnologia e
e) obrigatório de urbanização e não in-
Inovações.
tegrante da via pública, normalmente
b) do Ministério das Cidades.
segregado e em nível diferente, des-
c) do Ministério dos Direitos Humanos.
tina-se à circulação de pedestres e à

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d) da Secretaria de Estado de Direitos c) 15 vagas.
Humanos do Ministério do Desenvolvi- d) 50 vagas.
mento Social. e) 10 vagas.
e) da Secretaria de Estado de Direitos Hu-
manos do Ministério da Justiça. 6. (FCC – 2018 – TRT – 2ª REGIÃO (SP) – Técni-
co Judiciário)
4. (FCC – 2018 – TRT – 2ª REGIÃO (SP) – Técni-
co Judiciário) Em vias públicas, parques e demais espa-
ços existentes, conforme previsão da Lei n°
Segundo previsão expressa da Lei nº 10.098/2000, cada brinquedo e equipamen-
10.098/2000, o acompanhante é aquele to de lazer existente devem ser adaptados
que e identificados, tanto quanto tecnicamente
possível, num percentual de no mínimo,
a) foi indicado como guardião da pessoa
com deficiência em ação judicial pro- a) 5% para utilização de pessoas com defi-
posta para esse fim. ciência, inclusive visual, ou com mobili-
b) acompanha a pessoa com deficiência, dade reduzida.
podendo ou não desempenhar as fun- b) 10% para utilização de pessoas com de-
ções de atendente pessoal. ficiência, inclusive visual, ou com mobi-
c) possui parentesco com a pessoa com lidade reduzida.
deficiência, representando-a junto aos c) 20% para utilização de pessoas com de-
serviços públicos. ficiência, inclusive visual, ou com mobi-
d) foi constituído curador da pessoa com lidade reduzida.
deficiência, representando-a judicial- d) 5% para utilização de pessoas com defi-
mente. ciência, excluindo-se a deficiência visu-
e) é contratado ou disponibilizado à pes- al, ou com mobilidade reduzida.
soa com deficiência como seu cuidador, e) 10% para utilização de pessoas com de-
representando-o junto aos serviços de ficiência, excluindo-se a deficiência vi-
saúde. sual, ou com mobilidade reduzida.

5. (FCC – 2018 – TRT – 15ª Região (SP) – Ana- 7. (FCC – 2018 – TRT – 6ª Região (PE) – Analis-
lista Judiciário) ta Judiciário)
A Prefeitura da cidade “X” está construindo Segundo a Lei n° 10.098/2000, barreiras ar-
um centro de Convenções. De acordo com quitetônicas são aquelas
a Lei nº 10.098/2000, deverão ser reserva-
das vagas próximas dos acessos de circula- a) existentes nos edifícios públicos e pri-
ção de pedestres, devidamente sinalizadas, vados.
para veículos que transportem pessoas b) que representem entrave que dificulte
portadoras de deficiência com dificuldade ou impossibilite a expressão.
de locomoção. Nesse caso hipotético, se o c) existentes nos meios de transporte.
centro de Convenções possuir 500 vagas de d) existentes em espaços públicos, aber-
estacionamento, deverão ser reservadas tos ao público e de uso coletivo.
vagas destinadas aos veículos que trans- e) que representem obstáculo que dificul-
portem pessoas portadoras de deficiência te ou impossibilite a comunicação com
com dificuldade de locomoção no seguinte terceiro.
quantitativo:
a) 25 vagas.
b) 5 vagas.

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8. (FCC – 2016 – TRT – 20ª REGIÃO (SE) – Téc- mobiliário oferecerá risco de acidente à
nico Judiciário) pessoa com deficiência. Nos termos da Lei
n° 10.098/2000, a instalação narrada
De acordo com a Lei n° 10.098/2000 que
estabelece normas gerais e critérios básicos a) deverá ser indicada mediante sinaliza-
para a promoção da acessibilidade das pes- ção tátil de alerta em postes, a fim de
soas portadoras de deficiência ou com mo- que a pessoa com deficiência possa,
bilidade reduzida, e dá outras providências, manualmente, constatar o mobiliário
é correto afirmar: urbano, de acordo com as normas téc-
nicas pertinentes.
a) Todos os sanitários e lavatórios de uso b) é absolutamente vedada.
público existentes ou a construir em c) deverá ser indicada mediante sinaliza-
parques, jardins e espaços livres públi- ção tátil de alerta no piso, de acordo
cos, deverão ser acessíveis e atender às com as normas técnicas pertinentes.
especificações das normas técnicas da d) deverá ser indicada mediante sinaliza-
ABNT. ção sonora, com estridência, a fim de
b) Os centros comerciais e estabelecimen- que a pessoa com deficiência tenha
tos congêneres devem fornecer carros condições de constatar o mobiliário ur-
e cadeiras de rodas, necessariamente bano, de acordo com as normas técni-
motorizados, para o atendimento da cas pertinentes.
pessoa com deficiência ou com mobili- e) poderá ser indicada tanto mediante
dade reduzida. sinalização tátil de alerta em postes,
c) Não cabe ao Poder Público implemen- como mediante sinalização sonora, ca-
tar a formação de profissionais intér- bendo ao poder público optar pela op-
pretes em escrita braile, linguagem de ção mais apropriada ao local e que me-
sinais e guias-intérpretes para facilitar lhor atenda às necessidades da pessoa
a comunicação direta à pessoa com de- com deficiência.
ficiência sensorial e com dificuldade de
comunicação. 10. (FCC – 2017 – TRT – 21ª Região (RN) – Téc-
d) Em edifícios públicos, todos os acessos nico Judiciário)
ao interior da edificação devem estar
livres de barreiras arquitetônicas e de A Lei n° 10.098/2000 estabelece algumas
obstáculos que impeçam ou dificultem definições, dentre elas, a definição de co-
a acessibilidade de pessoa portadora de municação. Assim, para os fins da mencio-
deficiência ou com mobilidade reduzi- nada Lei, comunicação é a forma de intera-
da. ção dos cidadãos e abrange, entre outras
e) As regras de acessibilidade se aplicam opções, as descritas a seguir, EXCETO:
aos edifícios públicos e de uso coletivo,
mas também existem regras impostas a) o sistema de sinalização ou de comuni-
aos edifícios de uso privado em que cação tátil.
seja obrigatória a instalação de eleva- b) a linguagem simples, obrigatoriamente
dores ou edifícios com mais de um pa- na forma oral.
vimento. c) a visualização de textos.
d) os dispositivos multimídia.
9. (FCC – 2017 – TST – Analista Judiciário) e) os modos, meios e formatos aumenta-
tivos e alternativos de comunicação.
A Prefeitura de determinado Município pre-
tende instalar mobiliário urbano em área
de circulação comum para pedestre. Esse

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11. (FCC – 2017 – TST – Analista Judiciário) b) todos os acessos ao interior da edifi-
Considere: cação deverão estar livres de barreiras
arquitetônicas e de obstáculos que im-
I. As normas de acessibilidade não se apli- peçam ou dificultem a acessibilidade de
cam à zona rural, pela própria característica pessoa portadora de deficiência ou com
de tal ambiente, incompatível com regras mobilidade reduzida.
de modificações e adaptações. c) os edifícios deverão dispor de, no mí-
II. O passeio público destina-se somente à nimo, dois banheiros acessíveis, dis-
circulação de pedestres e, quando possível, tribuindo-se seus equipamentos e
à implantação de mobiliário urbano e vege- acessórios de maneira que possam ser
tação. utilizados por pessoa portadora de defi-
ciência ou com mobilidade reduzida.
III. Nos edifícios de uso privado, caberá ao d) pelo menos um dos itinerários que co-
órgão municipal responsável pela coorde- muniquem horizontal e verticalmente
nação da política habitacional regulamentar todas as dependências e serviços do
a reserva de um percentual mínimo do total edifício, entre si e com o exterior, deve-
das habitações, conforme a característica rá cumprir os requisitos de acessibilida-
da população local, para o atendimento da de de que trata esta Lei.
demanda de pessoas portadoras de defici- e) pelo menos um dos percursos que co-
ência ou com mobilidade reduzida. muniquem horizontalmente as depen-
dências e serviços internos do edifício
Nos termos da Lei n° 10.098/2000, que tra- com o exterior, deverá ser coberto para
ta das normas gerais e critérios básicos para proteção contra as intempéries.
a promoção da acessibilidade das pessoas
portadoras de deficiência ou com mobilida- 13. (FCC – 2017 – TST – Técnico Judiciário)
de reduzida, está correto o que consta em
Nos termos da Lei n° 10.098/2000, as vias
a) II, apenas. públicas de grande circulação
b) III, apenas.
c) I, II e III. a) não podem estar equipadas com me-
d) I e II, apenas. canismo que emita sinal sonoro, sendo
e) I e III, apenas. que, em tais vias, a pessoa com defi-
ciência, especialmente a visual, deve,
12. (FCC – 2017 – DPE-RS – Técnico) obrigatoriamente, estar acompanhada
de seu familiar ou atendente pessoal,
Um edifício público destinado ao uso co- ou ainda, de cão-guia.
letivo passará por uma reforma. Para que b) podem estar equipadas com meca-
sua execução atenda às disposições da Lei nismo que emita sinal sonoro ou com
n° 10.098/2000, dentre outros, deverá ser qualquer outro mecanismo alternativo.
observado o seguinte requisito de acessibi- c) não precisam estar equipadas com me-
lidade: canismo que emita sinal sonoro, pois
a) nas áreas externas ou internas da edi- apenas as vias públicas que deem aces-
ficação, destinadas a garagem e a es- so aos serviços de reabilitação é que es-
tacionamento de uso público, deverão tão obrigadas a assim o fazer.
ser reservadas vagas, em qualquer local d) devem, obrigatoriamente, estar equi-
do espaço em referência, para veículos padas com mecanismo que emita sinal
que transportem pessoas portadoras sonoro com estridência e que seja in-
de deficiência com dificuldade de loco- termitente, para orientação do pedes-
moção permanente. tre.

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e) devem, obrigatoriamente, estar equi- c) Os semáforos para pedestres instalados


padas com mecanismo que emita sinal em vias públicas de grande circulação,
sonoro suave para orientação do pe- ou que deem acesso aos serviços de
destre. reabilitação, devem obrigatoriamente
estar equipados com mecanismo que
14. (FCC – 2017 – TRT – 21ª Região (RN) – Ana- emita sinal sonoro suave para orienta-
lista Judiciário) ção do pedestre.
d) Os centros comerciais e os estabele-
João é acompanhante de Marta, pessoa cimentos congêneres devem fornecer
com deficiência. Conforme preceitua a Lei carros e cadeiras de rodas, motorizados
n°10.098/2000, o acompanhante ou não, para o atendimento da pessoa
a) acompanha a pessoa com deficiência e com deficiência ou com mobilidade re-
é, também, denominado de atendente duzida.
pessoal. e) A construção, ampliação ou reforma de
b) deve, obrigatoriamente, desempenhar edifícios públicos ou privados destina-
as funções de atendente pessoal. dos ao uso coletivo deverão ser execu-
c) não pode desempenhar as funções de tadas de modo que sejam ou se tornem
atendente pessoal. acessíveis às pessoas portadoras de de-
d) pode ou não desempenhar as funções ficiência ou com mobilidade reduzida.
de atendente pessoal. 16. (FCC – 2017 – TRT – 24ª REGIÃO (MS) –
e) deve possuir necessariamente mais de Técnico Judiciário)
35 e menos de 50 anos de idade.
Um idoso está acompanhado por uma ges-
15. (FCC – 2016 – AL-MS – Agente de Polícia tante. Esse idoso apresenta dificuldade de
Legislativo) movimentação permanente, gerando re-
dução efetiva da mobilidade, da flexibilida-
Sobre a Lei nº 10.098/2000, que estabele- de, e da coordenação motora. Nos termos
ce normas gerais e critérios básicos para a da Lei n° 10.098/2000 e respectivas atuali-
promoção da acessibilidade das pessoas zações, a condição desse idoso é definida
portadoras de deficiência ou com mobili- como uma pessoa
dade reduzida, e dá outras providências, é
INCORRETO afirmar: a) debilitada.
b) com deficiência.
a) Os parques de diversões, públicos e c) incapacitada.
privados, devem adaptar, no mínimo, d) deficitária.
vinte por cento de cada brinquedo e e) com mobilidade reduzida.
equipamento e identificá-lo para pos-
sibilitar sua utilização por pessoas com 17. (FCC – 2017 – TRF – 5ª REGIÃO – Analista
deficiência ou com mobilidade reduzi- Judiciário)
da, tanto quanto tecnicamente possí-
vel. No tocante aos elementos de urbanização,
b) A instalação de qualquer mobiliário considere:
urbano em área de circulação comum I. No mínimo 10% de cada brinquedo e equi-
para pedestre que ofereça risco de aci- pamento de lazer existentes nas vias públi-
dente à pessoa com deficiência deverá cas e nos parques devem ser adaptados e
ser indicada mediante sinalização tá- identificados, tanto quanto tecnicamente
til de alerta no piso, de acordo com as possível, para possibilitar sua utilização por
normas técnicas pertinentes. pessoas com deficiência, inclusive visual, ou
com mobilidade reduzida.

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II. O projeto e o traçado dos elementos de a) nenhuma das situações é exemplo de
urbanização públicos e privados de uso co- barreira.
munitário, nestes não compreendidos os iti- b) apenas a situação I traz exemplo de
nerários e as passagens de pedestres, deve- barreira.
rão observar os parâmetros estabelecidos c) apenas as situações I e II trazem exem-
pelas normas técnicas de acessibilidade da plos de barreira.
Associação Brasileira de Normas Técnicas – d) todas as situações são exemplos de bar-
ABNT. reiras.
e) apenas a situação III traz exemplo de
III. Os banheiros de uso público existentes barreira.
ou a construir em parques, praças, jardins e
espaços livres públicos deverão ser acessí- 19. (FCC – 2017 – TRF – 5ª REGIÃO – Técnico Ju-
veis e dispor, pelo menos, de um sanitário e diciário)
um lavatório que atendam às especificações
das normas técnicas da ABNT. De acordo com a Lei n° 10.098/2000, os se-
De acordo com a Lei n° 10.098/2000, está máforos para pedestres instalados nas vias
correto o que se afirma APENAS em públicas deverão estar equipados com me-
canismo que emita sinal ou com mecanismo
a) II e III. alternativo, que sirva de guia ou orientação
b) I e II. para a travessia de pessoas portadoras de
c) III. deficiência visual, se a intensidade do fluxo
d) I e III. de veículos e a periculosidade da via assim
e) I. determinarem. Neste caso, o sinal sonoro
que esses semáforos devem emitir será
18. (FCC – 2017 – TRT – 21ª Região (RN) – Téc-
nico Judiciário) a) suave, intermitente e sem estridência.
b) forte, intermitente e estridente.
Considere: c) suave, contínuo e sem estridência.
d) forte, contínuo e estridente.
I. O comportamento de Maria limitou a par- e) forte, contínuo e sem estridência.
ticipação social de determinada pessoa com
deficiência.
II. O comportamento de João limitou o exer-
cício do direito de acesso à informação de
determinada pessoa com deficiência.
III. O comportamento de Joaquim impediu
o exercício do direito de liberdade de ex-
pressão de determinada pessoa com defici-
ência.
Nos termos da Lei n° 10.098/2000, especifica-
mente no que concerne à definição de “bar-
reiras” constante do citado diploma legal,

Gabarito: 1. D 2. E 3. E 4. B 5. E 6. A 7. A 8. E 9. C 10. B 11. A 12. D 13. E 14. D 15. A 16. E 17.
C 18. D 19. A

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3. DECRETO 5.296/2004

Regulamenta as Leis nos 10.048, de 8 de no- IV – a concessão de aval da União na ob-


vembro de 2000, que dá prioridade de atendi- tenção de empréstimos e financiamentos
mento às pessoas que especifica, e 10.098, de internacionais por entes públicos ou priva-
19 de dezembro de 2000, que estabelece nor- dos.
mas gerais e critérios básicos para a promoção
da acessibilidade das pessoas portadoras de de- Art. 3º Serão aplicadas sanções administrativas,
ficiência ou com mobilidade reduzida, e dá ou- cíveis e penais cabíveis, previstas em lei, quan-
tras providências. do não forem observadas as normas deste De-
creto.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atri-
buição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Art. 4º O Conselho Nacional dos Direitos da
Constituição, e tendo em vista o disposto nas Pessoa Portadora de Deficiência, os Conselhos
Leis nos 10.048, de 8 de novembro de 2000, e Estaduais, Municipais e do Distrito Federal, e as
10.098, de 19 de dezembro de 2000, organizações representativas de pessoas por-
tadoras de deficiência terão legitimidade para
DECRETA: acompanhar e sugerir medidas para o cumpri-
mento dos requisitos estabelecidos neste De-
creto.
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Este Decreto regulamenta as Leis nos CAPÍTULO II
10.048, de 8 de novembro de 2000, e 10.098, DO ATENDIMENTO PRIORITÁRIO
de 19 de dezembro de 2000.
Art. 2º Ficam sujeitos ao cumprimento das dis- Art. 5º Os órgãos da administração pública di-
posições deste Decreto, sempre que houver in- reta, indireta e fundacional, as empresas pres-
teração com a matéria nele regulamentada: tadoras de serviços públicos e as instituições
financeiras deverão dispensar atendimento
I – a aprovação de projeto de natureza arqui- prioritário às pessoas portadoras de deficiência
tetônica e urbanística, de comunicação e in- ou com mobilidade reduzida.
formação, de transporte coletivo, bem como
a execução de qualquer tipo de obra, quan- § 1º Considera-se, para os efeitos deste De-
do tenham destinação pública ou coletiva; creto:

II – a outorga de concessão, permissão, au- I – pessoa portadora de deficiência, além


torização ou habilitação de qualquer natu- daquelas previstas na Lei nº 10.690, de 16
reza; de junho de 2003, a que possui limitação ou
incapacidade para o desempenho de ativi-
III – a aprovação de financiamento de pro- dade e se enquadra nas seguintes catego-
jetos com a utilização de recursos públicos, rias:
dentre eles os projetos de natureza arqui-
tetônica e urbanística, os tocantes à comu- a) deficiência física: alteração completa ou
nicação e informação e os referentes ao parcial de um ou mais segmentos do corpo
transporte coletivo, por meio de qualquer humano, acarretando o comprometimento
instrumento, tais como convênio, acordo, da função física, apresentando-se sob a for-
ajuste, contrato ou similar; e ma de paraplegia, paraparesia, monoplegia,

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monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, tri- tar-se, permanente ou temporariamente,
plegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, gerando redução efetiva da mobilidade, fle-
ostomia, amputação ou ausência de mem- xibilidade, coordenação motora e percep-
bro, paralisia cerebral, nanismo, membros ção.
com deformidade congênita ou adquirida,
exceto as deformidades estéticas e as que § 2º O disposto no caput aplica-se, ainda, às
não produzam dificuldades para o desem- pessoas com idade igual ou superior a ses-
penho de funções; senta anos, gestantes, lactantes e pessoas
com criança de colo.
b) deficiência auditiva: perda bilateral, par-
cial ou total, de quarenta e um decibéis § 3º O acesso prioritário às edificações e
(dB) ou mais, aferida por audiograma nas serviços das instituições financeiras deve
freqüências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e seguir os preceitos estabelecidos neste De-
3.000Hz; creto e nas normas técnicas de acessibili-
dade da Associação Brasileira de Normas
c) deficiência visual: cegueira, na qual a Técnicas – ABNT, no que não conflitarem
acuidade visual é igual ou menor que 0,05 com a Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983,
no melhor olho, com a melhor correção óp- observando, ainda, a Resolução do Conse-
tica; a baixa visão, que significa acuidade vi- lho Monetário Nacional no 2.878, de 26 de
sual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a julho de 2001.
melhor correção óptica; os casos nos quais
a somatória da medida do campo visual em Art. 6º O atendimento prioritário compreende
ambos os olhos for igual ou menor que 60o; tratamento diferenciado e atendimento ime-
ou a ocorrência simultânea de quaisquer diato às pessoas de que trata o art. 5º.
das condições anteriores; § 1º O tratamento diferenciado inclui, den-
d) deficiência mental: funcionamento inte- tre outros:
lectual significativamente inferior à média, I – assentos de uso preferencial sinalizados,
com manifestação antes dos dezoito anos e espaços e instalações acessíveis;
limitações associadas a duas ou mais áreas
de habilidades adaptativas, tais como: II – mobiliário de recepção e atendimen-
to obrigatoriamente adaptado à altura e à
1. comunicação; condição física de pessoas em cadeira de
2. cuidado pessoal; rodas, conforme estabelecido nas normas
técnicas de acessibilidade da ABNT;
3. habilidades sociais;
4. utilização dos recursos da comunidade; III – serviços de atendimento para pessoas
com deficiência auditiva, prestado por in-
5. saúde e segurança; térpretes ou pessoas capacitadas em Língua
6. habilidades acadêmicas; Brasileira de Sinais – LIBRAS e no trato com
aquelas que não se comuniquem em LI-
7. lazer; e BRAS, e para pessoas surdocegas, prestado
8. trabalho; por guias-intérpretes ou pessoas capacita-
e) deficiência múltipla – associação de duas das neste tipo de atendimento;
ou mais deficiências; e IV – pessoal capacitado para prestar aten-
II – pessoa com mobilidade reduzida, aque- dimento às pessoas com deficiência visual,
la que, não se enquadrando no conceito de mental e múltipla, bem como às pessoas
pessoa portadora de deficiência, tenha, por idosas;
qualquer motivo, dificuldade de movimen-

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V – disponibilidade de área especial para Parágrafo único. Cabe aos Estados, Muni-
embarque e desembarque de pessoa por- cípios e ao Distrito Federal, no âmbito de
tadora de deficiência ou com mobilidade suas competências, criar instrumentos para
reduzida; a efetiva implantação e o controle do aten-
dimento prioritário referido neste Decreto.
VI – sinalização ambiental para orientação
das pessoas referidas no art. 5º; CAPÍTULO III
VII – divulgação, em lugar visível, do direito DAS CONDIÇÕES GERAIS
de atendimento prioritário das pessoas por- DA ACESSIBILIDADE
tadoras de deficiência ou com mobilidade
reduzida; Art. 8º Para os fins de acessibilidade, considera-
VIII – admissão de entrada e permanência -se:
de cão-guia ou cão-guia de acompanha- I – acessibilidade: condição para utilização,
mento junto de pessoa portadora de defi- com segurança e autonomia, total ou assis-
ciência ou de treinador nos locais dispostos tida, dos espaços, mobiliários e equipamen-
no caput do art. 5º, bem como nas demais tos urbanos, das edificações, dos serviços
edificações de uso público e naquelas de de transporte e dos dispositivos, sistemas
uso coletivo, mediante apresentação da e meios de comunicação e informação, por
carteira de vacina atualizada do animal; e pessoa portadora de deficiência ou com
IX – a existência de local de atendimento es- mobilidade reduzida;
pecífico para as pessoas referidas no art. 5º. II – barreiras: qualquer entrave ou obstá-
§ 2º Entende-se por imediato o atendimento culo que limite ou impeça o acesso, a liber-
prestado às pessoas referidas no art. 5º, an- dade de movimento, a circulação com se-
tes de qualquer outra, depois de concluído gurança e a possibilidade de as pessoas se
o atendimento que estiver em andamento, comunicarem ou terem acesso à informa-
observado o disposto no inciso I do parágra- ção, classificadas em:
fo único do art. 3º da Lei nº10.741, de 1º de a) barreiras urbanísticas: as existentes nas
outubro de 2003 (Estatuto do Idoso). vias públicas e nos espaços de uso público;
§ 3º Nos serviços de emergência dos esta- b) barreiras nas edificações: as existentes
belecimentos públicos e privados de aten- no entorno e interior das edificações de uso
dimento à saúde, a prioridade conferida por público e coletivo e no entorno e nas áreas
este Decreto fica condicionada à avaliação internas de uso comum nas edificações de
médica em face da gravidade dos casos a uso privado multifamiliar;
atender.
c) barreiras nos transportes: as existentes
§ 4º Os órgãos, empresas e instituições re- nos serviços de transportes; e
feridos no caput do art. 5º devem possuir,
pelo menos, um telefone de atendimento d) barreiras nas comunicações e informa-
adaptado para comunicação com e por pes- ções: qualquer entrave ou obstáculo que
soas portadoras de deficiência auditiva. dificulte ou impossibilite a expressão ou o
recebimento de mensagens por intermé-
Art. 7º O atendimento prioritário no âmbito da dio dos dispositivos, meios ou sistemas de
administração pública federal direta e indireta, comunicação, sejam ou não de massa, bem
bem como das empresas prestadoras de servi- como aqueles que dificultem ou impossibili-
ços públicos, obedecerá às disposições deste tem o acesso à informação;
Decreto, além do que estabelece o Decreto no
3.507, de 13 de junho de 2000.

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III – elemento da urbanização: qualquer com- Art. 9º A formulação, implementação e manu-
ponente das obras de urbanização, tais como tenção das ações de acessibilidade atenderão
os referentes à pavimentação, saneamen- às seguintes premissas básicas:
to, distribuição de energia elétrica, ilumina-
ção pública, abastecimento e distribuição de I – a priorização das necessidades, a progra-
água, paisagismo e os que materializam as in- mação em cronograma e a reserva de re-
dicações do planejamento urbanístico; cursos para a implantação das ações; e

IV – mobiliário urbano: o conjunto de obje- II – o planejamento, de forma continuada e


tos existentes nas vias e espaços públicos, articulada, entre os setores envolvidos.
superpostos ou adicionados aos elementos
da urbanização ou da edificação, de forma CAPÍTULO IV
que sua modificação ou traslado não pro- DA IMPLEMENTAÇÃO DA
voque alterações substanciais nestes ele- ACESSIBILIDADE ARQUITETÔNICA
mentos, tais como semáforos, postes de
sinalização e similares, telefones e cabines
E URBANÍSTICA
telefônicas, fontes públicas, lixeiras, toldos,
marquises, quiosques e quaisquer outros
Seção I
de natureza análoga; DAS CONDIÇÕES GERAIS
V – ajuda técnica: os produtos, instrumentos, Art. 10. A concepção e a implantação dos pro-
equipamentos ou tecnologia adaptados ou jetos arquitetônicos e urbanísticos devem aten-
especialmente projetados para melhorar a der aos princípios do desenho universal, tendo
funcionalidade da pessoa portadora de defi- como referências básicas as normas técnicas de
ciência ou com mobilidade reduzida, favore- acessibilidade da ABNT, a legislação específica e
cendo a autonomia pessoal, total ou assistida; as regras contidas neste Decreto.
VI – edificações de uso público: aquelas ad- § 1º Caberá ao Poder Público promover a
ministradas por entidades da administração inclusão de conteúdos temáticos referentes
pública, direta e indireta, ou por empresas ao desenho universal nas diretrizes curricu-
prestadoras de serviços públicos e destina- lares da educação profissional e tecnológica
das ao público em geral; e do ensino superior dos cursos de Enge-
VII – edificações de uso coletivo: aquelas nharia, Arquitetura e correlatos.
destinadas às atividades de natureza co-
§ 2º Os programas e as linhas de pesquisa a
mercial, hoteleira, cultural, esportiva, finan-
serem desenvolvidos com o apoio de orga-
ceira, turística, recreativa, social, religiosa,
nismos públicos de auxílio à pesquisa e de
educacional, industrial e de saúde, inclusive
agências de fomento deverão incluir temas
as edificações de prestação de serviços de
voltados para o desenho universal.
atividades da mesma natureza;
VIII – edificações de uso privado: aquelas Art. 11. A construção, reforma ou ampliação de
destinadas à habitação, que podem ser clas- edificações de uso público ou coletivo, ou a mu-
sificadas como unifamiliar ou multifamiliar; e dança de destinação para estes tipos de edifica-
ção, deverão ser executadas de modo que se-
IX – desenho universal: concepção de espa- jam ou se tornem acessíveis à pessoa portadora
ços, artefatos e produtos que visam atender de deficiência ou com mobilidade reduzida.
simultaneamente todas as pessoas, com
diferentes características antropométricas § 1º As entidades de fiscalização profissio-
e sensoriais, de forma autônoma, segura e nal das atividades de Engenharia, Arquite-
confortável, constituindo-se nos elementos tura e correlatas, ao anotarem a respon-
ou soluções que compõem a acessibilidade. sabilidade técnica dos projetos, exigirão a

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responsabilidade profissional declarada do IV – as atividades de fiscalização e a imposi-


atendimento às regras de acessibilidade ção de sanções, incluindo a vigilância sani-
previstas nas normas técnicas de acessibi- tária e ambiental; e
lidade da ABNT, na legislação específica e
neste Decreto. V – a previsão orçamentária e os mecanis-
mos tributários e financeiros utilizados em
§ 2º Para a aprovação ou licenciamento ou caráter compensatório ou de incentivo.
emissão de certificado de conclusão de pro-
jeto arquitetônico ou urbanístico deverá ser § 1º Para concessão de alvará de funciona-
atestado o atendimento às regras de aces- mento ou sua renovação para qualquer ati-
sibilidade previstas nas normas técnicas de vidade, devem ser observadas e certificadas
acessibilidade da ABNT, na legislação espe- as regras de acessibilidade previstas neste
cífica e neste Decreto. Decreto e nas normas técnicas de acessibili-
dade da ABNT.
§ 3º O Poder Público, após certificar a aces-
sibilidade de edificação ou serviço, determi- § 2º Para emissão de carta de “habite-se”
nará a colocação, em espaços ou locais de ou habilitação equivalente e para sua reno-
ampla visibilidade, do “Símbolo Internacio- vação, quando esta tiver sido emitida ante-
nal de Acesso”, na forma prevista nas nor- riormente às exigências de acessibilidade
mas técnicas de acessibilidade da ABNT e na contidas na legislação específica, devem
Lei nº 7.405, de 12 de novembro de 1985. ser observadas e certificadas as regras de
acessibilidade previstas neste Decreto e nas
Art. 12. Em qualquer intervenção nas vias e lo- normas técnicas de acessibilidade da ABNT.
gradouros públicos, o Poder Público e as empre-
sas concessionárias responsáveis pela execução Seção II
das obras e dos serviços garantirão o livre trânsi- DAS CONDIÇÕES ESPECÍFICAS
to e a circulação de forma segura das pessoas em
geral, especialmente das pessoas portadoras de Art. 14. Na promoção da acessibilidade, serão
deficiência ou com mobilidade reduzida, durante observadas as regras gerais previstas neste De-
e após a sua execução, de acordo com o previsto creto, complementadas pelas normas técnicas
em normas técnicas de acessibilidade da ABNT, de acessibilidade da ABNT e pelas disposições
na legislação específica e neste Decreto. contidas na legislação dos Estados, Municípios e
do Distrito Federal.
Art. 13. Orientam-se, no que couber, pelas re-
gras previstas nas normas técnicas brasileiras Art. 15. No planejamento e na urbanização das
de acessibilidade, na legislação específica, ob- vias, praças, dos logradouros, parques e demais
servado o disposto na Lei nº 10.257, de 10 de espaços de uso público, deverão ser cumpridas
julho de 2001, e neste Decreto: as exigências dispostas nas normas técnicas de
acessibilidade da ABNT.
I – os Planos Diretores Municipais e Planos
Diretores de Transporte e Trânsito elabo- § 1º Incluem-se na condição estabelecida
rados ou atualizados a partir da publicação no caput:
deste Decreto;
I – a construção de calçadas para circulação
II – o Código de Obras, Código de Postura, de pedestres ou a adaptação de situações
a Lei de Uso e Ocupação do Solo e a Lei do consolidadas;
Sistema Viário;
II – o rebaixamento de calçadas com rampa
III – os estudos prévios de impacto de vizi- acessível ou elevação da via para travessia
nhança; de pedestre em nível; e

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III – a instalação de piso tátil direcional e de § 2º A concessionária do Serviço Telefônico
alerta. Fixo Comutado – STFC, na modalidade Lo-
cal, deverá assegurar que, no mínimo, dois
§ 2º Nos casos de adaptação de bens cultu- por cento do total de Telefones de Uso Pú-
rais imóveis e de intervenção para regulari- blico – TUPs, sem cabine, com capacidade
zação urbanística em áreas de assentamen- para originar e receber chamadas locais
tos subnormais, será admitida, em caráter e de longa distância nacional, bem como,
excepcional, faixa de largura menor que o pelo menos, dois por cento do total de
estabelecido nas normas técnicas citadas TUPs, com capacidade para originar e rece-
no caput, desde que haja justificativa base- ber chamadas de longa distância, nacional
ada em estudo técnico e que o acesso seja e internacional, estejam adaptados para o
viabilizado de outra forma, garantida a me- uso de pessoas portadoras de deficiência
lhor técnica possível. auditiva e para usuários de cadeiras de ro-
Art. 16. As características do desenho e a ins- das, ou conforme estabelecer os Planos Ge-
talação do mobiliário urbano devem garantir a rais de Metas de Universalização.
aproximação segura e o uso por pessoa porta- § 3º As botoeiras e demais sistemas de
dora de deficiência visual, mental ou auditiva, a acionamento dos terminais de auto-aten-
aproximação e o alcance visual e manual para dimento de produtos e serviços e outros
as pessoas portadoras de deficiência física, em equipamentos em que haja interação com
especial aquelas em cadeira de rodas, e a circu- o público devem estar localizados em altu-
lação livre de barreiras, atendendo às condições ra que possibilite o manuseio por pessoas
estabelecidas nas normas técnicas de acessibili- em cadeira de rodas e possuir mecanismos
dade da ABNT. para utilização autônoma por pessoas por-
§ 1º Incluem-se nas condições estabelecida tadoras de deficiência visual e auditiva, con-
no caput: forme padrões estabelecidos nas normas
técnicas de acessibilidade da ABNT.
I – as marquises, os toldos, elementos de Art. 17. Os semáforos para pedestres instala-
sinalização, luminosos e outros elementos dos nas vias públicas deverão estar equipados
que tenham sua projeção sobre a faixa de com mecanismo que sirva de guia ou orientação
circulação de pedestres; para a travessia de pessoa portadora de defi-
II – as cabines telefônicas e os terminais de ciência visual ou com mobilidade reduzida em
auto-atendimento de produtos e serviços; todos os locais onde a intensidade do fluxo de
veículos, de pessoas ou a periculosidade na via
III – os telefones públicos sem cabine; assim determinarem, bem como mediante soli-
citação dos interessados.
IV – a instalação das aberturas, das boto-
eiras, dos comandos e outros sistemas de Art. 18. A construção de edificações de uso pri-
acionamento do mobiliário urbano; vado multifamiliar e a construção, ampliação
ou reforma de edificações de uso coletivo de-
V – os demais elementos do mobiliário ur- vem atender aos preceitos da acessibilidade na
bano; interligação de todas as partes de uso comum
VI – o uso do solo urbano para posteamen- ou abertas ao público, conforme os padrões das
to; e normas técnicas de acessibilidade da ABNT.
VII – as espécies vegetais que tenham sua Parágrafo único. Também estão sujeitos ao
projeção sobre a faixa de circulação de pe- disposto no caput os acessos, piscinas, anda-
destres. res de recreação, salão de festas e reuniões,
saunas e banheiros, quadras esportivas, por-

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tarias, estacionamentos e garagens, entre Art. 22. A construção, ampliação ou reforma de


outras partes das áreas internas ou externas edificações de uso público ou de uso coletivo
de uso comum das edificações de uso priva- devem dispor de sanitários acessíveis destina-
do multifamiliar e das de uso coletivo. dos ao uso por pessoa portadora de deficiência
ou com mobilidade reduzida.
Art. 19. A construção, ampliação ou reforma de
edificações de uso público deve garantir, pelo § 1º Nas edificações de uso público a serem
menos, um dos acessos ao seu interior, com co- construídas, os sanitários destinados ao uso
municação com todas as suas dependências e por pessoa portadora de deficiência ou com
serviços, livre de barreiras e de obstáculos que mobilidade reduzida serão distribuídos na
impeçam ou dificultem a sua acessibilidade. razão de, no mínimo, uma cabine para cada
sexo em cada pavimento da edificação, com
§ 1º No caso das edificações de uso públi- entrada independente dos sanitários cole-
co já existentes, terão elas prazo de trinta tivos, obedecendo às normas técnicas de
meses a contar da data de publicação deste acessibilidade da ABNT.
Decreto para garantir acessibilidade às pes-
soas portadoras de deficiência ou com mo- § 2º Nas edificações de uso público já exis-
bilidade reduzida. tentes, terão elas prazo de trinta meses a
contar da data de publicação deste Decre-
§ 2º Sempre que houver viabilidade arqui- to para garantir pelo menos um banheiro
tetônica, o Poder Público buscará garan- acessível por pavimento, com entrada inde-
tir dotação orçamentária para ampliar o pendente, distribuindo-se seus equipamen-
número de acessos nas edificações de uso tos e acessórios de modo que possam ser
público a serem construídas, ampliadas ou utilizados por pessoa portadora de deficiên-
reformadas. cia ou com mobilidade reduzida.
Art. 20. Na ampliação ou reforma das edificações § 3º Nas edificações de uso coletivo a serem
de uso púbico ou de uso coletivo, os desníveis construídas, ampliadas ou reformadas, onde
das áreas de circulação internas ou externas se- devem existir banheiros de uso público, os
rão transpostos por meio de rampa ou equipa- sanitários destinados ao uso por pessoa por-
mento eletromecânico de deslocamento vertical, tadora de deficiência deverão ter entrada in-
quando não for possível outro acesso mais cômo- dependente dos demais e obedecer às nor-
do para pessoa portadora de deficiência ou com mas técnicas de acessibilidade da ABNT.
mobilidade reduzida, conforme estabelecido nas § 4º Nas edificações de uso coletivo já exis-
normas técnicas de acessibilidade da ABNT. tentes, onde haja banheiros destinados ao
Art. 21. Os balcões de atendimento e as bilhe- uso público, os sanitários preparados para o
terias em edificação de uso público ou de uso uso por pessoa portadora de deficiência ou
coletivo devem dispor de, pelo menos, uma com mobilidade reduzida deverão estar lo-
parte da superfície acessível para atendimento calizados nos pavimentos acessíveis, ter en-
às pessoas portadoras de deficiência ou com trada independente dos demais sanitários,
mobilidade reduzida, conforme os padrões das se houver, e obedecer as normas técnicas
normas técnicas de acessibilidade da ABNT. de acessibilidade da ABNT.

Parágrafo único. No caso do exercício do di- Art. 23. Nos teatros, cinemas, auditórios, está-
reito de voto, as urnas das seções eleitorais dios, ginásios de esporte, locais de espetáculos
devem ser adequadas ao uso com autono- e de conferências e similares, serão reservados
mia pelas pessoas portadoras de deficiên- espaços livres para pessoas em cadeira de rodas
cia ou com mobilidade reduzida e estarem e assentos para pessoas com deficiência ou com
instaladas em local de votação plenamente mobilidade reduzida, de acordo com a capaci-
acessível e com estacionamento próximo. dade de lotação da edificação, conforme o dis-

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posto no art. 44 § 1º, da Lei 13.446, de 2015. panhante ao lado da pessoa com deficiência
(Redação dada pelo Decreto nº 9.404, de 2018) ou com mobilidade reduzida, resguardado
o direito de se acomodar proximamente
§ 1º Os espaços e os assentos a que se refere o a grupo familiar e comunitário. (Redação
caput, a serem instalados e sinalizados confor- dada pelo Decreto nº 9.404, de 2018)
me os requisitos estabelecidos nas normas téc-
nicas de acessibilidade da Associação Brasileira § 4º Nos locais referidos no caput, haverá,
de Normas Técnicas – ABNT, devem: (Redação obrigatoriamente, rotas de fuga e saídas de
dada pelo Decreto nº 9.404, de 2018) emergência acessíveis, conforme padrões
das normas técnicas de acessibilidade da
I – ser disponibilizados, no caso de edifica- ABNT, a fim de permitir a saída segura de
ções com capacidade de lotação de até mil pessoas com deficiência ou com mobilidade
lugares, na proporção de: (Incluído pelo De- reduzida, em caso de emergência. (Redação
creto nº 9.404, de 2018) dada pelo Decreto nº 9.404, de 2018)
a) dois por cento de espaços para pessoas § 5º As áreas de acesso aos artistas, tais
em cadeira de rodas, com a garantia de, no como coxias e camarins, também devem ser
mínimo, um espaço; e (Incluído pelo Decre- acessíveis a pessoas com deficiência ou com
to nº 9.404, de 2018) mobilidade reduzida. (Redação dada pelo
b) dois por cento de assentos para pessoas Decreto nº 9.404, de 2018)
com deficiência ou com mobilidade reduzida, § 6º Para obtenção do financiamento de
com a garantia de, no mínimo, um assento; ou que trata o inciso III do caput do art. 2º,
(Incluído pelo Decreto nº 9.404, de 2018) as salas de espetáculo deverão dispor de
II – ser disponibilizados, no caso de edifica- meios eletrônicos que permitam a trans-
ções com capacidade de lotação acima de missão de subtitulação por meio de legenda
mil lugares, na proporção de: (Incluído pelo oculta e de audiodescrição, além de dispo-
Decreto nº 9.404, de 2018) sições especiais para a presença física de
intérprete de Libras e de guias-intérpretes,
a) vinte espaços para pessoas em cadeira com a projeção em tela da imagem do in-
de rodas mais um por cento do que exce- térprete sempre que a distância não permi-
der mil lugares; e (Incluído pelo Decreto nº tir sua visualização direta. (Redação dada
9.404, de 2018) pelo Decreto nº 9.404, de 2018)
b) vinte assentos para pessoas com defici- § 7º O sistema de sonorização assistida
ência ou com mobilidade reduzida mais um a que se refere o § 6º será sinalizado por
por cento do que exceder mil lugares. (In- meio do pictograma aprovado pela Lei nº
cluído pelo Decreto nº 9.404, de 2018) 8.160, de 8 de janeiro de 1991.
§ 2º Cinquenta por cento dos assentos re- § 8º As edificações de uso público e de uso
servados para pessoas com deficiência ou coletivo referidas no caput, já existentes, têm,
com mobilidade reduzida devem ter carac- respectivamente, prazo de trinta e quarenta
terísticas dimensionais e estruturais para o e oito meses, a contar da data de publicação
uso por pessoa obesa, conforme norma téc- deste Decreto, para garantir a acessibilidade
nica de acessibilidade da ABNT, com a ga- de que trata o caput e os §§ 1º a 5º.
rantia de, no mínimo, um assento. (Redação
dada pelo Decreto nº 9.404, de 2018) § 9º Na hipótese de a aplicação do percen-
tual previsto nos § 1º e § 2º resultar em nú-
§ 3º Os espaços e os assentos a que se re- mero fracionado, será utilizado o primeiro
fere este artigo deverão situar-se em locais número inteiro superior. (Incluído pelo De-
que garantam a acomodação de um acom- creto nº 9.404, de 2018)

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§ 10. As adaptações necessárias à oferta de § 3º Os espaços e os assentos de que trata


assentos com características dimensionais o caput, em cada setor, somente serão dis-
e estruturais para o uso por pessoa obesa ponibilizados às pessoas sem deficiência ou
de que trata o § 2º serão implementadas sem mobilidade reduzida depois de esgota-
no prazo de doze meses, contado da data dos os demais assentos daquele setor e so-
de publicação deste Decreto. (Incluído pelo mente quando os prazos estabelecidos nos
Decreto nº 9.404, de 2018) § 1º e § 2º se encerrarem. (Incluído pelo
Decreto nº 9.404, de 2018)
§ 11. O direito à meia entrada para pessoas
com deficiência não está restrito aos espa- § 4º Nos cinemas, a reserva de assentos de
ços e aos assentos reservados de que trata que trata o caput será garantida a partir do
o caput e está sujeito ao limite estabelecido início das vendas até meia hora antes de
no § 10 do art. 1º da Lei nº 12.933, de 26 de cada sessão, com disponibilidade em todos
dezembro de 2013. (Incluído pelo Decreto os pontos de venda de ingresso, sejam eles
nº 9.404, de 2018) físicos ou virtuais. (Incluído pelo Decreto nº
9.404, de 2018)
§ 12. Os espaços e os assentos a que se re-
fere o caput deverão garantir às pessoas Art. 23-B. Os espaços livres para pessoas em ca-
com deficiência auditiva boa visualização da deira de rodas e assentos reservados para pesso-
interpretação em Libras e da legendagem as com deficiência ou com mobilidade reduzida
descritiva, sempre que estas forem ofere- serão identificados no mapa de assentos locali-
cidas. (Incluído pelo Decreto nº 9.404, de zados nos pontos de venda de ingresso e de di-
2018) vulgação do evento, sejam eles físicos ou virtuais.
(Incluído pelo Decreto nº 9.404, de 2018)
Art. 23-A. Na hipótese de não haver procura Parágrafo único. Os pontos físicos e os sítios
comprovada pelos espaços livres para pessoas eletrônicos de venda de ingressos e de di-
em cadeira de rodas e assentos reservados para vulgação do evento deverão: (Incluído pelo
pessoas com deficiência ou com mobilidade re- Decreto nº 9.404, de 2018)
duzida, esses podem, excepcionalmente, ser
ocupados por pessoas sem deficiência ou que I – ser acessíveis a pessoas com deficiência
não tenham mobilidade reduzida. (Incluído pelo e com mobilidade reduzida; e (Incluído pelo
Decreto nº 9.404, de 2018) Decreto nº 9.404, de 2018)
§ 1º A reserva de assentos de que trata o II – conter informações sobre os recursos de
caput será garantida a partir do início das acessibilidade disponíveis nos eventos. (In-
vendas até vinte e quatro horas antes de cluído pelo Decreto nº 9.404, de 2018)
cada evento, com disponibilidade em todos
os pontos de venda de ingresso, sejam eles Art. 24. Os estabelecimentos de ensino de qual-
físicos ou virtuais. (Incluído pelo Decreto nº quer nível, etapa ou modalidade, públicos ou
9.404, de 2018) privados, proporcionarão condições de acesso e
utilização de todos os seus ambientes ou com-
§ 2º No caso de eventos realizados em es- partimentos para pessoas portadoras de defi-
tabelecimentos com capacidade superior a ciência ou com mobilidade reduzida, inclusive
dez mil pessoas, a reserva de assentos de salas de aula, bibliotecas, auditórios, ginásios e
que trata o caput será garantida a partir do instalações desportivas, laboratórios, áreas de
início das vendas até setenta e duas horas lazer e sanitários.
antes de cada evento, com disponibilidade
em todos os pontos de venda de ingresso, § 1º Para a concessão de autorização de
sejam eles físicos ou virtuais. (Incluído pelo funcionamento, de abertura ou renovação
Decreto nº 9.404, de 2018) de curso pelo Poder Público, o estabeleci-
mento de ensino deverá comprovar que:

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I – está cumprindo as regras de acessibili- § 2º Os casos de inobservância do disposto
dade arquitetônica, urbanística e na comu- no § 1º estarão sujeitos às sanções estabe-
nicação e informação previstas nas normas lecidas pelos órgãos competentes.
técnicas de acessibilidade da ABNT, na le-
gislação específica ou neste Decreto; § 3º Aplica-se o disposto no caput aos esta-
cionamentos localizados em áreas públicas
II – coloca à disposição de professores, alu- e de uso coletivo.
nos, servidores e empregados portadores de
deficiência ou com mobilidade reduzida aju- § 4º A utilização das vagas reservadas por
das técnicas que permitam o acesso às ativi- veículos que não estejam transportando as
dades escolares e administrativas em igual- pessoas citadas no caput constitui infração
dade de condições com as demais pessoas; e ao art. 181, inciso XVII, da Lei nº 9.503, de
23 de setembro de 1997.
III – seu ordenamento interno contém nor-
mas sobre o tratamento a ser dispensado Art. 26. Nas edificações de uso público ou de
a professores, alunos, servidores e empre- uso coletivo, é obrigatória a existência de sina-
gados portadores de deficiência, com o lização visual e tátil para orientação de pessoas
objetivo de coibir e reprimir qualquer tipo portadoras de deficiência auditiva e visual, em
de discriminação, bem como as respectivas conformidade com as normas técnicas de aces-
sanções pelo descumprimento dessas nor- sibilidade da ABNT.
mas. Art. 27. A instalação de novos elevadores ou
sua adaptação em edificações de uso público ou
§ 2º As edificações de uso público e de uso de uso coletivo, bem assim a instalação em edi-
coletivo referidas no caput, já existentes, ficação de uso privado multifamiliar a ser cons-
têm, respectivamente, prazo de trinta e truída, na qual haja obrigatoriedade da presen-
quarenta e oito meses, a contar da data de ça de elevadores, deve atender aos padrões das
publicação deste Decreto, para garantir a normas técnicas de acessibilidade da ABNT.
acessibilidade de que trata este artigo.
§ 1º No caso da instalação de elevadores
Art. 25. Nos estacionamentos externos ou inter- novos ou da troca dos já existentes, qual-
nos das edificações de uso público ou de uso co- quer que seja o número de elevadores da
letivo, ou naqueles localizados nas vias públicas, edificação de uso público ou de uso coleti-
serão reservados, pelo menos, dois por cento vo, pelo menos um deles terá cabine que
do total de vagas para veículos que transportem permita acesso e movimentação cômoda
pessoa portadora de deficiência física ou visual de pessoa portadora de deficiência ou com
definidas neste Decreto, sendo assegurada, no mobilidade reduzida, de acordo com o que
mínimo, uma vaga, em locais próximos à en- especifica as normas técnicas de acessibili-
trada principal ou ao elevador, de fácil acesso dade da ABNT.
à circulação de pedestres, com especificações
técnicas de desenho e traçado conforme o esta- § 2º Junto às botoeiras externas do elevador,
belecido nas normas técnicas de acessibilidade deverá estar sinalizado em braile em qual
da ABNT. andar da edificação a pessoa se encontra.
§ 1º Os veículos estacionados nas vagas re- § 3º Os edifícios a serem construídos com
servadas deverão portar identificação a ser mais de um pavimento além do pavimento
colocada em local de ampla visibilidade, de acesso, à exceção das habitações unifa-
confeccionado e fornecido pelos órgãos de miliares e daquelas que estejam obrigadas
trânsito, que disciplinarão sobre suas carac- à instalação de elevadores por legislação
terísticas e condições de uso, observando o municipal, deverão dispor de especifica-
disposto na Lei nº 7.405, de 1985. ções técnicas e de projeto que facilitem a

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instalação de equipamento eletromecânico IV – elaboração de especificações técnicas


de deslocamento vertical para uso das pes- de projeto que facilite a instalação de ele-
soas portadoras de deficiência ou com mo- vador adaptado para uso das pessoas por-
bilidade reduzida. tadoras de deficiência ou com mobilidade
reduzida.
§ 4º As especificações técnicas a que se re-
fere o § 3º devem atender: Parágrafo único. Os agentes executores dos
programas e projetos destinados à habita-
I – a indicação em planta aprovada pelo po- ção de interesse social, financiados com re-
der municipal do local reservado para a ins- cursos próprios da União ou por ela geridos,
talação do equipamento eletromecânico, devem observar os requisitos estabelecidos
devidamente assinada pelo autor do projeto; neste artigo.
II – a indicação da opção pelo tipo de equi- Art. 29. Ao Ministério das Cidades, no âmbito
pamento (elevador, esteira, plataforma ou da coordenação da política habitacional, com-
similar); pete:
III – a indicação das dimensões internas e I – adotar as providências necessárias para
demais aspectos da cabine do equipamento o cumprimento do disposto no art. 28; e
a ser instalado; e
II – divulgar junto aos agentes interessados
IV – demais especificações em nota na pró- e orientar a clientela alvo da política habita-
pria planta, tais como a existência e as me- cional sobre as iniciativas que promover em
didas de botoeira, espelho, informação de razão das legislações federal, estaduais, dis-
voz, bem como a garantia de responsabili- trital e municipais relativas à acessibilidade.
dade técnica de que a estrutura da edifica-
ção suporta a implantação do equipamento Seção IV
escolhido. DA ACESSIBILIDADE AOS BENS
Seção III CULTURAIS IMÓVEIS
DA ACESSIBILIDADE NA HABITAÇÃO Art. 30. As soluções destinadas à eliminação,
DE INTERESSE SOCIAL redução ou superação de barreiras na promo-
ção da acessibilidade a todos os bens culturais
Art. 28. Na habitação de interesse social, deve- imóveis devem estar de acordo com o que esta-
rão ser promovidas as seguintes ações para as- belece a Instrução Normativa no 1 do Instituto
segurar as condições de acessibilidade dos em- do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional –
preendimentos: IPHAN, de 25 de novembro de 2003.
I – definição de projetos e adoção de tipolo-
gias construtivas livres de barreiras arquite-
tônicas e urbanísticas;
CAPÍTULO V
II – no caso de edificação multifamiliar, exe- DA ACESSIBILIDADE AOS SERVIÇOS
cução das unidades habitacionais acessíveis
DE TRANSPORTES COLETIVOS
no piso térreo e acessíveis ou adaptáveis
quando nos demais pisos;
Seção I
III – execução das partes de uso comum, DAS CONDIÇÕES GERAIS
quando se tratar de edificação multifami-
liar, conforme as normas técnicas de acessi- Art. 31. Para os fins de acessibilidade aos servi-
bilidade da ABNT; e ços de transporte coletivo terrestre, aquaviário

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e aéreo, considera-se como integrantes desses meios de acesso devidamente sinalizados para
serviços os veículos, terminais, estações, pontos o uso das pessoas portadoras de deficiência ou
de parada, vias principais, acessos e operação. com mobilidade reduzida.
Art. 32. Os serviços de transporte coletivo ter- Art. 36. As empresas concessionárias e permis-
restre são: sionárias e as instâncias públicas responsáveis
pela gestão dos serviços de transportes coleti-
I – transporte rodoviário, classificado em vos, no âmbito de suas competências, deverão
urbano, metropolitano, intermunicipal e in- garantir a implantação das providências neces-
terestadual; sárias na operação, nos terminais, nas estações,
II – transporte metroferroviário, classifica- nos pontos de parada e nas vias de acesso, de
do em urbano e metropolitano; e forma a assegurar as condições previstas no art.
III – transporte ferroviário, classificado em 34 deste Decreto.
intermunicipal e interestadual. Parágrafo único. As empresas concessioná-
Art. 33. As instâncias públicas responsáveis pela rias e permissionárias e as instâncias públi-
concessão e permissão dos serviços de trans- cas responsáveis pela gestão dos serviços
porte coletivo são: de transportes coletivos, no âmbito de suas
competências, deverão autorizar a coloca-
I – governo municipal, responsável pelo ção do “Símbolo Internacional de Acesso”
transporte coletivo municipal; após certificar a acessibilidade do sistema
II – governo estadual, responsável pelo de transporte.
transporte coletivo metropolitano e inter-
municipal; Art. 37. Cabe às empresas concessionárias e
permissionárias e as instâncias públicas respon-
III – governo do Distrito Federal, responsá- sáveis pela gestão dos serviços de transportes
vel pelo transporte coletivo do Distrito Fe- coletivos assegurar a qualificação dos profissio-
deral; e nais que trabalham nesses serviços, para que
IV – governo federal, responsável pelo prestem atendimento prioritário às pessoas
transporte coletivo interestadual e interna- portadoras de deficiência ou com mobilidade
cional. reduzida.
Art. 34. Os sistemas de transporte coletivo são Seção II
considerados acessíveis quando todos os seus DA ACESSIBILIDADE NO TRANSPORTE
elementos são concebidos, organizados, im- COLETIVO RODOVIÁRIO
plantados e adaptados segundo o conceito de
desenho universal, garantindo o uso pleno com Art. 38. No prazo de até vinte e quatro meses a
segurança e autonomia por todas as pessoas. contar da data de edição das normas técnicas re-
feridas no § 1º, todos os modelos e marcas de ve-
Parágrafo único. A infraestrutura de trans- ículos de transporte coletivo rodoviário para utili-
porte coletivo a ser implantada a partir da zação no País serão fabricados acessíveis e estarão
publicação deste Decreto deverá ser aces- disponíveis para integrar a frota operante, de for-
sível e estar disponível para ser operada de ma a garantir o seu uso por pessoas portadoras de
forma a garantir o seu uso por pessoas por- deficiência ou com mobilidade reduzida.
tadoras de deficiência ou com mobilidade
reduzida. § 1º As normas técnicas para fabricação dos
veículos e dos equipamentos de transporte
Art. 35. Os responsáveis pelos terminais, esta- coletivo rodoviário, de forma a torná-los aces-
ções, pontos de parada e os veículos, no âmbi- síveis, serão elaboradas pelas instituições e
to de suas competências, assegurarão espaços entidades que compõem o Sistema Nacional
para atendimento, assentos preferenciais e de Metrologia, Normalização e Qualidade In-

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dustrial, e estarão disponíveis no prazo de até § 3º As adaptações dos veículos em ope-


doze meses a contar da data da publicação ração nos serviços de transporte coletivo
deste Decreto. rodoviário, bem como os procedimentos
§ 2º A substituição da frota operante atual e equipamentos a serem utilizados nestas
por veículos acessíveis, a ser feita pelas em- adaptações, estarão sujeitas a programas
presas concessionárias e permissionárias de de avaliação de conformidade desenvol-
transporte coletivo rodoviário, dar-se-á de vidos e implementados pelo Instituto Na-
forma gradativa, conforme o prazo previsto cional de Metrologia, Normalização e Qua-
nos contratos de concessão e permissão des- lidade Industrial – INMETRO, a partir de
te serviço. orientações normativas elaboradas no âm-
bito da ABNT.
§ 3º A frota de veículos de transporte coleti-
vo rodoviário e a infra-estrutura dos serviços Seção III
deste transporte deverão estar totalmente DA ACESSIBILIDADE NO TRANSPORTE
acessíveis no prazo máximo de cento e vinte
COLETIVO AQUAVIÁRIO
meses a contar da data de publicação deste
Decreto. Art. 40. No prazo de até trinta e seis meses a
§ 4º Os serviços de transporte coletivo rodo- contar da data de edição das normas técnicas
viário urbano devem priorizar o embarque e referidas no § 1º, todos os modelos e marcas de
desembarque dos usuários em nível em, pelo veículos de transporte coletivo aquaviário serão
menos, um dos acessos do veículo. fabricados acessíveis e estarão disponíveis para
integrar a frota operante, de forma a garantir o
Art. 39. No prazo de até vinte e quatro meses a
seu uso por pessoas portadoras de deficiência
contar da data de implementação dos progra-
ou com mobilidade reduzida.
mas de avaliação de conformidade descritos no
§ 3º, as empresas concessionárias e permissio- § 1º As normas técnicas para fabricação dos
nárias dos serviços de transporte coletivo rodo- veículos e dos equipamentos de transporte
viário deverão garantir a acessibilidade da fro- coletivo aquaviário acessíveis, a serem ela-
ta de veículos em circulação, inclusive de seus boradas pelas instituições e entidades que
equipamentos. compõem o Sistema Nacional de Metrolo-
§ 1º As normas técnicas para adaptação dos gia, Normalização e Qualidade Industrial,
veículos e dos equipamentos de transporte estarão disponíveis no prazo de até vinte e
coletivo rodoviário em circulação, de forma quatro meses a contar da data da publica-
a torná-los acessíveis, serão elaboradas pe- ção deste Decreto.
las instituições e entidades que compõem o § 2º As adequações na infraestrutura dos
Sistema Nacional de Metrologia, Normaliza- serviços desta modalidade de transpor-
ção e Qualidade Industrial, e estarão dispo- te deverão atender a critérios necessários
níveis no prazo de até doze meses a contar para proporcionar as condições de acessibi-
da data da publicação deste Decreto. lidade do sistema de transporte aquaviário.
§ 2º Caberá ao Instituto Nacional de Metro-
Art. 41. No prazo de até cinquenta e quatro me-
logia, Normalização e Qualidade Industrial
ses a contar da data de implementação dos pro-
– INMETRO, quando da elaboração das nor-
gramas de avaliação de conformidade descritos
mas técnicas para a adaptação dos veículos,
no § 2º, as empresas concessionárias e permis-
especificar dentre esses veículos que estão
sionárias dos serviços de transporte coletivo
em operação quais serão adaptados, em
aquaviário, deverão garantir a acessibilidade
função das restrições previstas no art. 98 da
da frota de veículos em circulação, inclusive de
Lei nº 9.503, de 1997.
seus equipamentos.

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§ 1º As normas técnicas para adaptação dos estar totalmente acessíveis no prazo máximo de
veículos e dos equipamentos de transporte cento e vinte meses a contar da data de publica-
coletivo aquaviário em circulação, de forma ção deste Decreto.
a torná-los acessíveis, serão elaboradas pe-
las instituições e entidades que compõem o § 1º As empresas concessionárias e permis-
Sistema Nacional de Metrologia, Normaliza- sionárias dos serviços de transporte coleti-
ção e Qualidade Industrial, e estarão dispo- vo metroferroviário e ferroviário deverão
níveis no prazo de até trinta e seis meses a apresentar plano de adaptação dos siste-
contar da data da publicação deste Decreto. mas existentes, prevendo ações saneadoras
de, no mínimo, oito por cento ao ano, sobre
§ 2º As adaptações dos veículos em ope- os elementos não acessíveis que compõem
ração nos serviços de transporte coletivo o sistema.
aquaviário, bem como os procedimentos
e equipamentos a serem utilizados nestas § 2º O plano de que trata o § 1º deve ser
adaptações, estarão sujeitas a programas apresentado em até seis meses a contar da
de avaliação de conformidade desenvolvi- data de publicação deste Decreto.
dos e implementados pelo INMETRO, a par-
Seção V
tir de orientações normativas elaboradas
no âmbito da ABNT. DA ACESSIBILIDADE NO
TRANSPORTE COLETIVO AÉREO
Seção IV Art. 44. No prazo de até trinta e seis meses, a
contar da data da publicação deste Decreto, os
DA ACESSIBILIDADE NO serviços de transporte coletivo aéreo e os equi-
TRANSPORTE COLETIVO pamentos de acesso às aeronaves estarão aces-
METROFERROVIÁRIO E FERROVIÁRIO síveis e disponíveis para serem operados de for-
ma a garantir o seu uso por pessoas portadoras
Art. 42. A frota de veículos de transporte coleti- de deficiência ou com mobilidade reduzida.
vo metroferroviário e ferroviário, assim como a
infraestrutura dos serviços deste transporte de- Parágrafo único. A acessibilidade nos ser-
verão estar totalmente acessíveis no prazo má- viços de transporte coletivo aéreo obe-
ximo de cento e vinte meses a contar da data de decerá ao disposto na Norma de Serviço
publicação deste Decreto. da Instrução da Aviação Civil NOSER/IAC –
2508-0796, de 1º de novembro de 1995, ex-
§ 1º A acessibilidade nos serviços de trans- pedida pelo Departamento de Aviação Civil
porte coletivo metroferroviário e ferroviá- do Comando da Aeronáutica, e nas normas
rio obedecerá ao disposto nas normas téc- técnicas de acessibilidade da ABNT.
nicas de acessibilidade da ABNT.
Seção VI
§ 2º No prazo de até trinta e seis meses a DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
contar da data da publicação deste Decre-
to, todos os modelos e marcas de veículos Art. 45. Caberá ao Poder Executivo, com base
de transporte coletivo metroferroviário em estudos e pesquisas, verificar a viabilidade
e ferroviário serão fabricados acessíveis de redução ou isenção de tributo:
e estarão disponíveis para integrar a frota
operante, de forma a garantir o seu uso por I – para importação de equipamentos que
pessoas portadoras de deficiência ou com não sejam produzidos no País, necessários
mobilidade reduzida. no processo de adequação do sistema de
transporte coletivo, desde que não existam
Art. 43. Os serviços de transporte coletivo me- similares nacionais; e
troferroviário e ferroviário existentes deverão

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II – para fabricação ou aquisição de veículos sistema de som instalado, para uso prefe-
ou equipamentos destinados aos sistemas rencial por pessoas portadoras de deficiên-
de transporte coletivo. cia visual.
Parágrafo único. Na elaboração dos estu- Art. 48. Após doze meses da edição deste De-
dos e pesquisas a que se referem o caput, creto, a acessibilidade nos portais e sítios ele-
deve-se observar o disposto no art. 14 da trônicos de interesse público na rede mundial
Lei Complementar no 101, de 4 de maio de de computadores (internet), deverá ser obser-
2000, sinalizando impacto orçamentário e vada para obtenção do financiamento de que
financeiro da medida estudada. trata o inciso III do art. 2º.
Art. 46. A fiscalização e a aplicação de multas Art. 49. As empresas prestadoras de serviços
aos sistemas de transportes coletivos, segundo de telecomunicações deverão garantir o pleno
disposto no art. 6º, inciso II, da Lei nº 10.048, de acesso às pessoas portadoras de deficiência au-
2000, cabe à União, aos Estados, Municípios e ditiva, por meio das seguintes ações:
ao Distrito Federal, de acordo com suas compe-
tências. I – no Serviço Telefônico Fixo Comutado –
STFC, disponível para uso do público em geral:
CAPÍTULO VI a) instalar, mediante solicitação, em âmbito
DO ACESSO À INFORMAÇÃO E À CO- nacional e em locais públicos, telefones de
uso público adaptados para uso por pesso-
MUNICAÇÃO
as portadoras de deficiência;
Art. 47. No prazo de até doze meses a contar da b) garantir a disponibilidade de instalação
data de publicação deste Decreto, será obriga- de telefones para uso por pessoas portado-
tória a acessibilidade nos portais e sítios eletrô- ras de deficiência auditiva para acessos in-
nicos da administração pública na rede mundial dividuais;
de computadores (internet), para o uso das pes-
soas portadoras de deficiência visual, garantin- c) garantir a existência de centrais de in-
do-lhes o pleno acesso às informações disponí- termediação de comunicação telefônica a
veis. serem utilizadas por pessoas portadoras
de deficiência auditiva, que funcionem em
§ 1º Nos portais e sítios de grande porte, tempo integral e atendam a todo o territó-
desde que seja demonstrada a inviabilida- rio nacional, inclusive com integração com
de técnica de se concluir os procedimentos o mesmo serviço oferecido pelas prestado-
para alcançar integralmente a acessibilida- ras de Serviço Móvel Pessoal; e
de, o prazo definido no caput será estendi-
do por igual período. d) garantir que os telefones de uso públi-
co contenham dispositivos sonoros para a
§ 2º Os sítios eletrônicos acessíveis às pes- identificação das unidades existentes e con-
soas portadoras de deficiência conterão sumidas dos cartões telefônicos, bem como
símbolo que represente a acessibilidade na demais informações exibidas no painel des-
rede mundial de computadores (internet), a tes equipamentos;
ser adotado nas respectivas páginas de en-
trada. II – no Serviço Móvel Celular ou Serviço Mó-
vel Pessoal:
§ 3º Os telecentros comunitários instalados
ou custeados pelos Governos Federal, Esta- a) garantir a interoperabilidade nos serviços
dual, Municipal ou do Distrito Federal de- de telefonia móvel, para possibilitar o envio
vem possuir instalações plenamente aces- de mensagens de texto entre celulares de
síveis e, pelo menos, um computador com diferentes empresas; e

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b) garantir a existência de centrais de in- III – entradas para fones de ouvido com ou
termediação de comunicação telefônica a sem fio.
serem utilizadas por pessoas portadoras
de deficiência auditiva, que funcionem em Art. 53. Os procedimentos a serem observados
tempo integral e atendam a todo o territó- para implementação do plano de medidas téc-
rio nacional, inclusive com integração com nicas previstos no art. 19 da Lei nº 10.098, de
o mesmo serviço oferecido pelas prestado- 2000., serão regulamentados, em norma com-
ras de Serviço Telefônico Fixo Comutado. plementar, pelo Ministério das Comunicações.
(Redação dada pelo Decreto nº 5.645, de 2005)
§ 1º Além das ações citadas no caput, deve-
-se considerar o estabelecido nos Planos § 1º O processo de regulamentação de que
Gerais de Metas de Universalização apro- trata o caput deverá atender ao disposto no
vados pelos Decretos nos 2.592, de 15 de art. 31 da Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de
maio de 1998, e 4.769, de 27 de junho de 1999.
2003, bem como o estabelecido pela Lei nº § 2º A regulamentação de que trata o ca-
9.472, de 16 de julho de 1997. put deverá prever a utilização, entre outros,
§ 2º O termo pessoa portadora de defici- dos seguintes sistemas de reprodução das
ência auditiva e da fala utilizado nos Planos mensagens veiculadas para as pessoas por-
Gerais de Metas de Universalização é en- tadoras de deficiência auditiva e visual:
tendido neste Decreto como pessoa porta- I – a subtitulação por meio de legenda ocul-
dora de deficiência auditiva, no que se re- ta;
fere aos recursos tecnológicos de telefonia.
II – a janela com intérprete de LIBRAS; e
Art. 50. A Agência Nacional de Telecomunica-
ções – ANATEL regulamentará, no prazo de seis III – a descrição e narração em voz de cenas
meses a contar da data de publicação deste De- e imagens.
creto, os procedimentos a serem observados
§ 3º A Coordenadoria Nacional para Inte-
para implementação do disposto no art. 49.
gração da Pessoa Portadora de Deficiência
Art. 51. Caberá ao Poder Público incentivar a – CORDE da Secretaria Especial dos Direi-
oferta de aparelhos de telefonia celular que in- tos Humanos da Presidência da República
diquem, de forma sonora, todas as operações e assistirá o Ministério das Comunicações no
funções neles disponíveis no visor. procedimento de que trata o § 1º. (Redação
dada pelo Decreto nº 5.645, de 2005)
Art. 52. Caberá ao Poder Público incentivar a
oferta de aparelhos de televisão equipados com Art. 54. Autorizatárias e consignatárias do ser-
recursos tecnológicos que permitam sua utiliza- viço de radiodifusão de sons e imagens opera-
ção de modo a garantir o direito de acesso à in- das pelo Poder Público poderão adotar plano de
formação às pessoas portadoras de deficiência medidas técnicas próprio, como metas anteci-
auditiva ou visual. padas e mais amplas do que aquelas as serem
definidas no âmbito do procedimento estabele-
Parágrafo único. Incluem-se entre os recur- cido no art. 53.
sos referidos no caput:
Art. 55. Caberá aos órgãos e entidades da ad-
I – circuito de decodificação de legenda ministração pública, diretamente ou em parce-
oculta; ria com organizações sociais civis de interesse
II – recurso para Programa Secundário de público, sob a orientação do Ministério da Edu-
Áudio (SAP); e cação e da Secretaria Especial dos Direitos Hu-
manos, por meio da CORDE, promover a capaci-
tação de profissionais em LIBRAS.

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Art. 56. O projeto de desenvolvimento e imple- Art. 60. Os programas e as linhas de pesquisa
mentação da televisão digital no País deverá con- a serem desenvolvidos com o apoio de organis-
templar obrigatoriamente os três tipos de siste- mos públicos de auxílio à pesquisa e de agências
ma de acesso à informação de que trata o art. 52. de financiamento deverão contemplar temas
Art. 57. A Secretaria de Comunicação de Gover- voltados para tecnologia da informação acessí-
no e Gestão Estratégica da Presidência da Repú- vel para pessoas portadoras de deficiência.
blica editará, no prazo de doze meses a contar da Parágrafo único. Será estimulada a criação
data da publicação deste Decreto, normas com- de linhas de crédito para a indústria que
plementares disciplinando a utilização dos siste- produza componentes e equipamentos
mas de acesso à informação referidos no § 2º do relacionados à tecnologia da informação
art. 53, na publicidade governamental e nos pro- acessível para pessoas portadoras de defi-
nunciamentos oficiais transmitidos por meio dos ciência.
serviços de radiodifusão de sons e imagens.
Parágrafo único. Sem prejuízo do disposto
no caput e observadas as condições técni- CAPÍTULO VII
cas, os pronunciamentos oficiais do Presi- DAS AJUDAS TÉCNICAS
dente da República serão acompanhados,
obrigatoriamente, no prazo de seis meses a Art. 61. Para os fins deste Decreto, consideram-
partir da publicação deste Decreto, de siste- -se ajudas técnicas os produtos, instrumentos,
ma de acessibilidade mediante janela com equipamentos ou tecnologia adaptados ou es-
intérprete de LIBRAS. pecialmente projetados para melhorar a funcio-
nalidade da pessoa portadora de deficiência ou
Art. 58. O Poder Público adotará mecanismos
com mobilidade reduzida, favorecendo a auto-
de incentivo para tornar disponíveis em meio
nomia pessoal, total ou assistida.
magnético, em formato de texto, as obras pu-
blicadas no País. § 1º Os elementos ou equipamentos defini-
§ 1º A partir de seis meses da edição deste dos como ajudas técnicas serão certificados
Decreto, a indústria de medicamentos deve pelos órgãos competentes, ouvidas as enti-
disponibilizar, mediante solicitação, exem- dades representativas das pessoas portado-
plares das bulas dos medicamentos em meio ras de deficiência.
magnético, braile ou em fonte ampliada. § 2º Para os fins deste Decreto, os cães-guia
§ 2º A partir de seis meses da edição des- e os cães-guia de acompanhamento são
te Decreto, os fabricantes de equipamen- considerados ajudas técnicas.
tos eletroeletrônicos e mecânicos de uso Art. 62. Os programas e as linhas de pesquisa
doméstico devem disponibilizar, mediante a serem desenvolvidos com o apoio de organis-
solicitação, exemplares dos manuais de ins- mos públicos de auxílio à pesquisa e de agências
trução em meio magnético, braile ou em de financiamento deverão contemplar temas
fonte ampliada. voltados para ajudas técnicas, cura, tratamento
Art. 59. O Poder Público apoiará preferencial- e prevenção de deficiências ou que contribuam
mente os congressos, seminários, oficinas e de- para impedir ou minimizar o seu agravamento.
mais eventos científico-culturais que ofereçam, Parágrafo único. Será estimulada a criação
mediante solicitação, apoios humanos às pesso- de linhas de crédito para a indústria que
as com deficiência auditiva e visual, tais como produza componentes e equipamentos de
tradutores e intérpretes de LIBRAS, ledores, ajudas técnicas.
guias-intérpretes, ou tecnologias de informação
Art. 63. O desenvolvimento científico e tecnoló-
e comunicação, tais como a transcrição eletrô-
gico voltado para a produção de ajudas técnicas
nica simultânea.

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dar-se-á a partir da instituição de parcerias com V – incentivo à formação e treinamento de
universidades e centros de pesquisa para a produ- ortesistas e protesistas.
ção nacional de componentes e equipamentos.
Art. 66. A Secretaria Especial dos Direitos Hu-
Parágrafo único. Os bancos oficiais, com manos instituirá Comitê de Ajudas Técnicas,
base em estudos e pesquisas elaborados constituído por profissionais que atuam nesta
pelo Poder Público, serão estimulados a área, e que será responsável por:
conceder financiamento às pessoas porta-
doras de deficiência para aquisição de aju- I – estruturação das diretrizes da área de
das técnicas. conhecimento;

Art. 64. Caberá ao Poder Executivo, com base em II – estabelecimento das competências des-
estudos e pesquisas, verificar a viabilidade de: ta área;

I – redução ou isenção de tributos para a III – realização de estudos no intuito de sub-


importação de equipamentos de ajudas sidiar a elaboração de normas a respeito de
técnicas que não sejam produzidos no País ajudas técnicas;
ou que não possuam similares nacionais; IV – levantamento dos recursos humanos
II – redução ou isenção do imposto sobre que atualmente trabalham com o tema; e
produtos industrializados incidente sobre V – detecção dos centros regionais de re-
as ajudas técnicas; e ferência em ajudas técnicas, objetivando a
III – inclusão de todos os equipamentos de formação de rede nacional integrada.
ajudas técnicas para pessoas portadoras de § 1º O Comitê de Ajudas Técnicas será su-
deficiência ou com mobilidade reduzida na pervisionado pela CORDE e participará do
categoria de equipamentos sujeitos a dedu- Programa Nacional de Acessibilidade, com
ção de imposto de renda. vistas a garantir o disposto no art. 62.
Parágrafo único. Na elaboração dos estu- § 2º Os serviços a serem prestados pelos
dos e pesquisas a que se referem o caput, membros do Comitê de Ajudas Técnicas são
deve-se observar o disposto no art. 14 da considerados relevantes e não serão remu-
Lei Complementar no 101, de 2000, sinali- nerados.
zando impacto orçamentário e financeiro
da medida estudada.
CAPÍTULO VIII
Art. 65. Caberá ao Poder Público viabilizar as se-
DO PROGRAMA NACIONAL
guintes diretrizes:
DE ACESSIBILIDADE
I – reconhecimento da área de ajudas técni-
cas como área de conhecimento; Art. 67. O Programa Nacional de Acessibilidade,
II – promoção da inclusão de conteúdos sob a coordenação da Secretaria Especial dos
temáticos referentes a ajudas técnicas na Direitos Humanos, por intermédio da CORDE,
educação profissional, no ensino médio, na integrará os planos plurianuais, as diretrizes or-
graduação e na pós-graduação; çamentárias e os orçamentos anuais.

III – apoio e divulgação de trabalhos técnicos Art. 68. A Secretaria Especial dos Direitos Hu-
e científicos referentes a ajudas técnicas; manos, na condição de coordenadora do Pro-
grama Nacional de Acessibilidade, desenvolve-
IV – estabelecimento de parcerias com esco-
rá, dentre outras, as seguintes ações:
las e centros de educação profissional, cen-
tros de ensino universitários e de pesquisa, I – apoio e promoção de capacitação e es-
no sentido de incrementar a formação de pecialização de recursos humanos em aces-
profissionais na área de ajudas técnicas; e sibilidade e ajudas técnicas;

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II – acompanhamento e aperfeiçoamento da função física, apresentando-se sob a for-


da legislação sobre acessibilidade; ma de paraplegia, paraparesia, monoplegia,
monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, tri-
III – edição, publicação e distribuição de títu- plegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia,
los referentes à temática da acessibilidade; ostomia, amputação ou ausência de mem-
IV – cooperação com Estados, Distrito Fe- bro, paralisia cerebral, nanismo, membros
deral e Municípios para a elaboração de com deformidade congênita ou adquirida,
estudos e diagnósticos sobre a situação da exceto as deformidades estéticas e as que
acessibilidade arquitetônica, urbanística, de não produzam dificuldades para o desem-
transporte, comunicação e informação; penho de funções;

V – apoio e realização de campanhas infor- II – deficiência auditiva – perda bilateral,


mativas e educativas sobre acessibilidade; parcial ou total, de quarenta e um decibéis
(dB) ou mais, aferida por audiograma nas
VI – promoção de concursos nacionais so- freqüências de 500HZ, 1.000HZ, 2.000Hz e
bre a temática da acessibilidade; e 3.000Hz;
VII – estudos e proposição da criação e nor- III – deficiência visual – cegueira, na qual a
matização do Selo Nacional de Acessibilidade. acuidade visual é igual ou menor que 0,05
no melhor olho, com a melhor correção óp-
tica; a baixa visão, que significa acuidade vi-
CAPÍTULO IX sual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS melhor correção óptica; os casos nos quais
a somatória da medida do campo visual em
Art. 69. Os programas nacionais de desenvol- ambos os olhos for igual ou menor que 60o;
vimento urbano, os projetos de revitalização, ou a ocorrência simultânea de quaisquer
recuperação ou reabilitação urbana incluirão das condições anteriores;
ações destinadas à eliminação de barreiras ar-
quitetônicas e urbanísticas, nos transportes e IV – .................
na comunicação e informação devidamente
d) utilização dos recursos da comunidade;
adequadas às exigências deste Decreto.
..”(NR)
Art. 70. O art. 4º do Decreto no 3.298, de 20 de
Art. 71. Ficam revogados os arts. 50 a 54 do De-
dezembro de 1999, passa a vigorar com as se-
creto no 3.298, de 20 de dezembro de 1999.
guintes alterações:
Art. 72. Este Decreto entra em vigor na data da
“Art. 4º .............
sua publicação.
I – deficiência física – alteração completa ou
Brasília, 2 de dezembro de 2004; 183º da In-
parcial de um ou mais segmentos do corpo
dependência e 116º da República.
humano, acarretando o comprometimento

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Questões
3.1. QUESTÕES

1. (FCC – 2018 – TRT – 2ª REGIÃO (SP) – Ana- 3. (FCC – 2018 – TRT – 15ª Região (SP) – Técni-
lista Judiciário) co Judiciário)
Segundo o previsto no Decreto n° A Prefeitura Municipal “X” está construin-
5.296/2004, nos serviços de emergência do um prédio visando novas instalações da
dos estabelecimentos públicos e privados Procuradoria Municipal, para melhoria do
de atendimento à saúde, a prioridade de atendimento ao Público. De acordo com o
atendimento da pessoa com deficiência ou Decreto no 5.296/2004, nessa construção,
mobilidade reduzida deverá ser garantido, livre de barreiras e
de obstáculos que impeçam ou dificultem a
a) fica condicionada ao pedido expresso sua acessibilidade:
da pessoa com deficiência ao ser regis-
trada sua solicitação de atendimento a) pelo menos, três acessos ao seu inte-
no serviço de saúde. rior, com comunicação com todas as
b) não está condicionada a qualquer ava- suas dependências e serviços, incluindo
liação, devendo ser observada. garagens e dependências de veículos.
c) fica condicionada à avaliação do corpo b) pelo menos, dois acessos ao seu inte-
de enfermagem responsável pelo aten- rior, com comunicação com todas as
dimento inicial, que considerará as ou- suas dependências e serviços.
tras prioridades legais a serem atendi- c) todos os acessos ao seu interior, com
das na mesma oportunidade. comunicação com todas as suas depen-
d) não deve ser observada nos serviços de dências e serviços.
urgência ou emergência médica. d) todos os acessos ao seu interior, com
e) fica condicionada à avaliação médica comunicação com as principais depen-
em face da gravidade dos casos a aten- dências e serviços.
der. e) pelo menos, um dos acessos ao seu in-
terior, com comunicação com todas as
2. (FCC – 2018 – TRT – 2ª REGIÃO (SP) – Técni- suas dependências e serviços.
co Judiciário)
4. (FCC – 2017 – TRF – 5ª REGIÃO – Analista
O Decreto n° 5.296/2004, ao regulamentar Judiciário)
a Lei n° 10.098/2000, previu que os semá-
foros para pedestres, instalados nas vias Dispõe o Decreto n° 5.296/2004 que nos
públicas com intenso fluxo de veículos, de teatros, cinemas, auditórios, estádios, giná-
pessoas ou que apresentem periculosidade, sios de esporte, casas de espetáculos, salas
deverão estar equipados com mecanismo de conferências e similares é obrigatória
que sirva de guia ou orientação para traves- a destinação de dois por cento dos assen-
sias de pessoas com mobilidade reduzida tos para acomodação de pessoas portado-
ou deficiência ras de deficiência visual e de pessoas com
mobilidade reduzida, incluindo obesos, em
a) auditiva. locais de boa recepção de mensagens sono-
b) visual. ras, devendo todos ser devidamente sinali-
c) mental. zados e estar de acordo com os padrões das
d) física. normas técnicas de acessibilidade da ABNT.
e) intelectual.

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Segundo o referido Decreto, a pessoa com II. edificações destinadas às atividades de
mobilidade reduzida é aquela que, natureza hoteleira.
a) não se enquadrando no conceito de Nos termos do Decreto n° 5.296/2004, os
pessoa portadora de deficiência, tenha, itens I e II tratam, correta e respectivamen-
por qualquer motivo, dificuldade de te, de
movimentar-se, permanente ou tem-
porariamente, gerando redução efetiva a) elementos de urbanização e edificações
da mobilidade, flexibilidade, coordena- de uso coletivo.
ção motora e percepção. b) elementos de urbanização e edificações
b) se enquadrando no conceito de pessoa de uso privado.
portadora de deficiência, tenha, por c) mobiliários urbanos e edificações de
qualquer motivo, dificuldade de movi- uso privado.
mentar-se, permanente ou tempora- d) mobiliários urbanos e edificações de
riamente, gerando redução efetiva da uso coletivo.
mobilidade, flexibilidade, coordenação e) elementos de urbanização e edificações
motora e percepção. de uso público.
c) se enquadrando no conceito de pessoa
portadora de deficiência, tenha, por 6. (FCC – 2017 – TST – Analista Judiciário)
qualquer motivo, dificuldade de movi-
mentar-se necessariamente de forma No que concerne ao conceito de pessoa
permanente ou seja, com impossibi- com mobilidade reduzida, previsto no De-
lidade de reversão, gerando redução creto n° 5.296/2004, considere:
efetiva da mobilidade, flexibilidade, co-
I. A dificuldade de movimentar-se, desde
ordenação motora e percepção.
que preenchidos os requisitos legais, pode
d) não se enquadrando no conceito de
ser decorrente de qualquer motivo.
pessoa portadora de deficiência, te-
nha, por qualquer motivo, dificuldade II. A pessoa com mobilidade reduzida en-
de movimentar-se necessariamente quadra-se no conceito de pessoa portadora
de forma permanente, ou seja, com de deficiência.
impossibilidade de reversão, gerando
redução efetiva da mobilidade, flexibi- III. A dificuldade de movimentar-se gera re-
lidade, coordenação motora e percep- dução efetiva da mobilidade, flexibilidade,
ção. coordenação motora e percepção.
e) se enquadrando no conceito de pessoa IV. A pessoa com mobilidade reduzida tem
portadora de deficiência, tenha, por dificuldade de movimentar-se permanente-
qualquer motivo, dificuldade de movi- mente, pois a dificuldade de movimentar-se
mentar-se, permanente ou temporaria- temporariamente não integra o conceito de
mente, gerando qualquer tipo de redu- pessoa com mobilidade reduzida.
ção da mobilidade motora em qualquer
grau ou nível específico de dificuldade Está correto o que consta APENAS em
ou inabilidade.
a) I e IV.
b) II, III e IV.
5. (FCC – 2017 – TST – Analista Judiciário)
c) I e III.
Considere: d) II e III.
e) II e IV.
I. postes de sinalização e terminais e pontos
de acesso coletivo às telecomunicações;

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Banrisul (Escriturário) - Técnicas de Vendas e Atendimento – Prof. Rafael Ravazolo

7. (FCC – 2017 – TST – Analista Judiciário)


Robson apresenta perda auditiva bilateral,
parcial, de quarenta e cinco decibéis (dB),
aferida por audiograma nas frequências
de 500 Hz, 1.000 Hz, 2.000 Hz e 3.000 Hz.
Já Reinaldo possui acuidade visual inferior
a 0,05 no melhor olho, com a melhor cor-
reção óptica. Nos termos do Decreto n°
5.296/2004, Robson
a) apresenta deficiência auditiva e Reinal-
do apresenta deficiência visual, qual
seja, cegueira.
b) apresenta deficiência auditiva e Reinal-
do apresenta deficiência visual, qual
seja, baixa visão.
c) e Reinaldo não são considerados pesso-
as com deficiência.
d) não apresenta deficiência auditiva e
Reinaldo apresenta deficiência visual,
qual seja, baixa visão.
e) não apresenta deficiência auditiva e
Reinaldo apresenta deficiência visual,
qual seja, cegueira.

Gabarito: 1. E 2. B 3. E 4. A 5. D 6. C 7. A

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